MANEJO PRÉ ABATE DE SUÍNOS
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- Vasco Palma de Paiva
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1 MANEJO PRÉ ABATE DE SUÍNOS Prejuízos decorrentes do manejo pré abate inadequado Prejuízos ao criador, ao comprador ou ao frigorífico PERDAS ANUAIS: Canadá: t. de carne Austrália: U$ 20 milhões Estados Unidos: U$ 60 milhões devido a ocorrência de carne PSE 2 1
2 Motivo dos prejuízos Lesões de pele Qualidade da carne (incidência de PSE ou DFD) Perda de peso Salpicamento da carne Morte 3 Fatores que interferem Duração do jejum Temperatura ambiente Desenho do caminhão Velocidade do transporte Mistura de animais Densidade no transporte 4 2
3 JEJUM ALIMENTAR CARREGAMENTO TRANSPORTE DESCARREGAMENTO ESPERA NO FRIGORÍFICO ABATE INSENSIBILIZAÇÃO 5 JEJUM ALIMENTAR Nunca suspender o fornecimento de água de qualidade Jejum de alimento Realizado cuidadosamente impacto positivo nas condições de bem-estar impacto positivo na qualidade da carne 6 3
4 JEJUM ALIMENTAR 12 a 15 horas antes do embarque para o frigorífico suspender o fornecimento de ração (retirar a sobra dos comedouros) continuar a fornecer água à vontade e de boa qualidade ATENÇÃO a suspensão no fornecimento de ração pode gerar estresse: aumento de agressividade aumento dos riscos de contusões perdas quantitativas e qualitativas na carcaça prejuízos tanto aos produtores quanto aos frigoríficos 7 TEMPO DE JEJUM não deve ser superior a 24 horas (jejum na granja, embarque, transporte, desembarque e descanso no frigorífico) perdas de ~ 5% do PV (esvaziamento do seu conteúdo intestinal) + 24 horas: efeito negativo ao bem-estar (fome) e na qualidade da carne 8 4
5 Jejum prolongado Depleção do glicogênio muscular Pouca produção de ácido láctico Carne DFD Pequena queda do ph muscular post-mortem 9 DARK FIRM - DRY Cor: escura (Dark) Textura: firme (Firm) Capacidade de retenção de água (Dry): grande ph: queda normal porém ph final acima de 6,0 Curta vida de prateleira, baixa absorção dos sais de cura e perigo de fermentação em produtos crus. 10 5
6 Tempo curto de jejum Alta [glicogênio muscular] Alta produção de ácido láctico Carne PSE Queda rápida do ph muscular nos primeiros minutos após o abate (ph inicial menor 5,4) 11 PALE SOFT - EXUDATIVE Animal estressado momentos antes do abate Cor: clara (Pale) Textura: mole (Soft) Capacidade de retenção de água: baixa (Exudative) ph: queda rápida do Ph após a morte. Menor rendimento tecnológico, aumento da absorção do sal de cura 12 6
7
8 VANTAGENS DO JEJUM CORRETO previne a liberação de bactérias (derramamento do conteúdo intestinal) = segurança alimentar bem-estar: menor taxa de mortalidade reduz ocorrência de vômitos durante o transporte velocidade e facilidade na evisceração reduz o volume de dejetos que chega ao frigorífico reduz o custo de produção menor ocorrência de lesões e hematomas maior rendimento e melhor qualidade da carne 15 Horário correto do embarque Programação adequada e momento correto do início do jejum Higienização das baias, pois como os suínos estão com fome, tendem a ingerir restos de ração misturadas com fezes, que estão no piso das baias, o que ocasiona contaminação das carcaças. 16 8
9 Efeito combinado entre distância de transporte e duração do jejum na incidência de carnes PSE e DFD em suínos
10 PERDAS CORPORAIS Influenciadas: tempo de jejum temperatura no dia do transporte densidade de transporte Causada por: eliminação de fezes e urina mobilização das reservas energéticas para a manutenção corporal desidratação 19 CARREGAMENTO FATORES ESTRESSANTES Interação com o homem Mudanças ambientais Dificuldades dos animais se deslocarem sobre as rampas Caminhões com dois a três andares com rampas internas muito inclinadas e baixa altura dos andares 20 10
11 CUIDADOS NO CARREGAMENTO Transportar os animais através de corredores Utilizar tábuas de manejo Utilizar chocalhos de garrafa PET Nunca usar choque Caminho sempre iluminado
12 BASTÃO ELÉTRICO X TÁBUAS 23 CARREGAMENTO Correlação positiva entre o ângulo de inclinação e o tempo gasto para subir a rampa e sobre a frequência cardíaca Ideal: Rampas com inclinação menor que 20º Plataformas Hidráulicas 24 12
13 PLATAFORMA HIDRÁULICA 25 TRANSPORTE Tipos de estresse causado pelo transporte: Motor Emocional Digestivo Térmico Desequilíbrio hídrico 26 13
14 FATORES QUE AFETAM O BEM ESTAR Reagrupamento Densidade do transporte Distância e tempo de transporte Tipo de estrada Maneira de dirigir o caminhão Disponibilidade de alimento e água 27 TRANSPORTE Maior estresse nos primeiros kms Horários mais frescos do dia Evitar freadas bruscas e alta velocidade Não misturar lotes Centro do caminhão: calor excessivo que pode gerar hipertermia Laterais do caminhão: frio excessivo 28 14
15 MISTURA DE LOTES 29 MISTURA DE LOTES 30 15
16 MISTURA DE LOTES uma granja várias granjas Taxa de mortalidade (%) = 0,25b 0,41a Carcaças depreciadas (%) = 0,46b 0,68a Fonte: Gosálvez et al., QUAL A DENSIDADE IDEAL? 32 16
17 DENSIDADE NO TRANSPORTE Espaço suficiente para descanso e ingestão d água Escolha da densidade ideal depende do tempo e da qualidade do caminhão Baixa densidade onera os custos e aumenta a incidência de lesões corporais Alta densidade muita brigas = lesões na pele A densidade usada no Brasil é de 0,28 a 0,35 m 2 /100 kg de peso vivo. 33 DENSIDADE NO TRANSPORTE Trajetos curtos pode usar densidade mais alta não se deitam durante transportes curtos, portanto altas densidades permitem melhor estabilidade (apoio entre animais) reduzindo lesões Trajetos longos densidade mais baixa para melhor bem estar 34 17
18 TRANSPORTE EUROPEU 35 RISCO CARNE DFD X DENSIDADE Fonte: Guàrdia et al.,
19 TEMPO E DISTÂNCIA AUMENTO resulta em: Aumento de lesões de peito Redução do glicogênio hepático Redução da glicose sérica Instalação lenta do processo do rigor mortis 37 DISNTÂNCIA X MORTALIDADE 38 19
20 DISNTÂNCIA X QUALIDADE Fonte: Chevillon, TEMPO X QUALIDADE DE CARCAÇA 40 20
21 TEMPERATURA AMBIENTE >T C >PSE 41 ESPERA NO FRIGORÍFICO Ideal: repouso de 2 a 3 horas Recuperar do estresse do transporte e do desembarque Retornar aos níveis fisiológicos normais Longo: incidência de DFD Curto: incidência de PSE 42 21
22 ESPERA NO FRIGORÍFICO 43 Baias de espera Nunca maiores que a capacidade de lotação de 40 suínos Ideal: 15 a 20 suínos Densidade: 2 suínos/m² 44 22
23 Banho de aspersão Função de diminuir a temperatura corporal e a taxa respiratória Limita o risco de hipertermia Diminui a taxa de mortalidade Quando? Logo após o embarque e nas baias de espera do frigorífico 45 CONDUÇÃO E LAVAGEM Divididos em lote Durante o percurso são lavados com jatos de água clorada que podem ser de cima para baixo, de baixo para cima ou pelas laterais O banho de aspersão durante a condução dura em média 3 minutos 46 23
24 INSENSIBILIZAÇÃO Instantânea e completa inconsciência Geralmente é feita por choque elétrico (alta voltagem e baixa amperagem) atrás das orelhas do animal (fossas temporais) pode ser realizada por marreta, pistola pneumática ou gás carbônico O choque é efetuado por 6 a 10 segundos. Posteriormente o animal é preso, por uma das pernas, a um transportador aéreo. 47 SANGRIA ESCALDAGEM DEPILAÇÃO E TOALETE EVISCERAÇÃO CORTE DA CARCAÇA REFRIGERAÇÃO PESAGEM 48 24
25 25
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