16/3/2010 FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E CRESCIMENTO COMPENSATÓRIO EM BOVINOS DE CORTE. 1. Introdução. 1. Introdução. Crescimento. Raça do pai e da mãe

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Mafalda Farinha Figueiroa
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA VETERINARIA BOVINOCULTURA DE CORTE 1. Introdução Por que estudar a fisiologia do Crescimento corporal? FISIOLOGIA DO CRESCIMENTO E CRESCIMENTO EM BOVINOS DE CORTE O crescimento corporal representa grande importância em diversas áreas da produção animal. Devido aos seus efeitos ao longo da vida produtiva. Devido ao seu significado biológico. Março 2010 Profa. Isabel Cristina Ferreira Devido à possível existência de relações genéticas e fenotípicas das diversas características do crescimento. Crescimento 1. Introdução Fatores que influenciam o crescimento pré-natal: Raça do pai e da mãe É conseqüência da multiplicação das células e do aumento do tamanho das mesmas (ALVES, 2003). É o aumento de massa tecidual. Dessa forma, crescimento inclui também deposição de gordura, embora massa muscular seja, de interesse primário na produção de carne. Heterose Ordem de parição da mãe Número de fetos Sexo do feto Temperatura ambiental Nutrição da mãe Desenvolvimento embrionário: Todos os tecidos crescem por hiperplasia Figura 1: Relação entre peso fetale dias de gestação em bovinos O crescimento fetal apresenta um comportamento exponencial e 2/3 deste crescimento ocorre no terço final da gestação. No entanto, células especializadas após o nascimento (músculo esquelético), perdem sua capacidade de multiplicação e crescem somente por hipertrofia ou incorporação de células satélites. 1

2 1)Cabeça relativamente grande 2) Pernas compridas (60% da idade adulta) 3) Corpo pouco desenvolvido 4) Peso: representa de 6 8% da maturidade 5) membros são mais desenvolvidos que o corpo O crescimento, além de limitado, não ocorre igualmente e nem ao mesmo tempo para as várias estruturas que compõem o animal. O desenvolvimento dos tecidos segue uma ordem em que a gordura passa a ser acumulada no animal a medida que este envelhece. Figura 2 Taxas de deposição de vários tecidos em vários locais do animal. a) alta taxa de ganho, b) baixa taxa de ganho (Owens et al., 1993). Curva 1: desenvolvimento do cérebro e gordura perirrenal Curva 2: desenvolvimento dos ossos e gordura intermuscular Curva 3: desenvolvimento dos músculos e gordura subcutânea Curva 4: deposição de gordura e gordura intramuscular Figura 3 Curva de crescimento de ovinos. a) concepção, b) nascimento, c) fase de máximo crescimento, d) puberdade (inflexão), e) pós-puberdade, f) maturidade (Owens et al., 1993). 2

3 Rotineiramente, o crescimento é medido como alteração do peso vivo. Figura 4 Crescimento dos tecidos após o nascimento Peso vivo cheio É a medida do peso vivo sem jejum hídrico ou alimentar. Peso em jejum É a medida do peso vivo após 12 horas sem água e sem alimento. Peso de corpo vazio É quando a digesta é cuidadosamente e totalmente removida do trato gastro-intestinal após o abate dos animais. Figura 5 Relação entre peso corporal vazio e peso vivo (Owens et al., 1995). Figura 6 Composição do corpo de bovinos em diferentes pesos vivos. Figura 7 Composição do corpo de bovinos em diferentes pesos vivos com base na matéria seca. Figura 8 Proporção de proteína e gordura no peso corporal vazio de bovinos de vários pesos vivos. Sem preenchimento significa início do confinamento e com preenchimento final (Owens, 1995). 3

4 Figura 10 Raças de diferentes tamanhos corporais à maturidade. Figura 9 Medida da altura da garupa para determinação do tamanho corporal à maturidade. Figura 11 Conteúdo de gordura e proteína do ganho de peso estimados com as equações de Simpfendorfer (1974) e da literatura revisada por Owens et al. (1995). Figura 12 Efeito do tamanho à maturidade sobre a composição corporal em bovinos. Figura 13 Curva de crescimento e ponto de abate de grupos genéticos de diferentes pesos à maturidade. Figura 14 Efeito do sexo sobre a composição corporal de bovinos. 4

5 1. DEFINIÇÃO CRESCIMENTO EM BOVINOS DE CORTE O crescimento compensatório é um fenômeno que ocorre com animais que, após uma fase de restrição alimentar, com a retomada de níveis adequados, apresentam um ritmo de crescimento de forma mais intensa que ocorreria caso eles tivessem tido crescimento contínuo. Dessa forma, uma parte ou todo o crescimento que deixou de se efetuar no momento de restrição é compensado durante a duração do crescimento compensatório. 2. O GANHO PODE SER DIVIDIDO: ESQUEMAHIPOTÉTICO MOSTRANDO AS VÁRIAS POSSIBILIDADES DE CURVAS DE CRESCIMENTOCOM E SEM COMPENSAÇÃODO GANHO E COMPENSAÇÃOCOMPLETA OUPARCIAL. a) Compensação completa: em que a taxa de ganho superior do crescimento compensatório consegue compensar plenamente o menor desempenho do período de restrição b) Compensação parcial: Em que as taxas mais elevadas de ganho da compensação não são suficientes para recuperar tudo que deixou de ser ganho no período de restrição. c) Ausência de compensação 3. FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO 3.1. A idade de ocorrência do período de restrição Após nascimento: tendem a não apresentar compensação peso adulto prejudicado Após desmama: compensação completa No sobreano: compensação incompleta Adultos: dificilmente tem compensação completa 3. FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO 3.2. Severidade da restrição Maiores perdas: maior período de compensação perda de 0,080 kg/d : 82 dias de crescimento compensatório, perda de 0,230 kg/d : compensação por 180 dias Duração restrição Períodos curtos: maior recuperação Períodos longos; menor compensação 5

6 3. FATORES QUE AFETAM O CRESCIMENTO 3.4. Grau de maturidade 30-35% do peso adulto: maior chance de compensação 3.5. Tipo de restrição Energética: melhor crescimento compensatório Protéica: 4. ALTERAÇÕES DURANTE O CRESCIMENTO 4.1. Ingestão de alimentos A pasto: permanecem mais tempo em pastejo Confinados: alteram ou não ingestão 4.2.Tamanho e peso dos órgãos internos Aumentam durante compensação 4.3.Exigência de energia metabolizável Diminui durante crescimento compensatório 6

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