ESTUDO DE BASE DO PROJECTO DE PROMOÇÃO DA JUSTIÇA ENTRE HOMENS E MULHERES NO ACESSO E USO DA TERRA

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1 ESTUDO DE BASE DO PROJECTO DE PROMOÇÃO DA JUSTIÇA ENTRE HOMENS E MULHERES NO ACESSO E USO DA TERRA Relatório de Investigação N o 6 Por Issufo Tankar Berta Rafael Maputo, Julho 2015

2 Produzido com apoio de: Este material é integral- ou parcialmente financiado pela Oxfam Solidarité, Agência Sueca de Desenvolvimento e Cooperação Internacional (ASDI), We Effect, e Cooperação Suiça. Estes parciros não concordam necessariamente com as opiniões expressas. O autor é o único responsável pelo conteúdo.

3 Estudo de base: Promoção da justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra ESTUDO DE BASE DO PROJECTO DE PROMOÇÃO DA JUSTIÇA ENTRE HOMENS E MULHERES NO ACESSO E USO DA TERRA Por Issufo Tankar Berta Rafael Maputo, Julho 2015 Citação Sugerida: Tankar, I. & B. Rafael (2015). Estudo de base do projecto de promoção da justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra. Relatório de Investigação N o 6, 18 pp. Maputo, CTV. Capa: Entrevista a membros da comunidade de Nacata conduzida por inquiridores. Foto: Issufo Tankar Direitos Reservados Direitos de autor aplicam-se à esta obra. Esta publicação seja por inteiro ou em partes, não poderá ser reproduzida independentemente do formato ou meio, seja electrónico, mecânico ou óptico, para qualquer propósito, sem a devida autorização expressa, por escrito, do Director Geral do Centro Terra Viva. i

4 Estudo de base: Promoção da justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra SUMÁRIO EXECUTIVO No âmbito do projecto de Promoção da Justiça entre Homens e Mulheres no Acesso e Uso da Terra, implementado pelo Centro Terra Viva(CTV), em parceria com a OXFAM Bélgica, foi realizado um estudo de base para identificar a situação actual das comunidades residentes na zona abrangida pelo projecto e fornecer informações que poderão guiar os implementadores sobre como melhor responder às necessidades dos beneficiários. A recolha de dados de campo foi feita por uma equipa de dois técnicos do CTV que contou com o apoio de nove técnicos dos Serviços Distritais de Actividades Económicas (SDAE) e das Administrações Distritais. Para o efeito, foram realizadas entrevistas a informantes chave (director Provincial de Agricultura, ponto focal do Prosavana em Nampula, directores Distritais dos SDAE de Meconta, Muecate, Rapale bem como aos representantes de organizações da sociedade civil, nomeadamente, ORAM, ASPACADE e ITC. Foram também realizadas entrevistas à grupos focais de 17 comunidades dos distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Ribáuè e Malema. As entrevistas foram complementadas por informação documental sobre comunidades delimitadas, paralegais existentes na Província, métodos para elaboração de planos de uso da terras entre outras. O estudo de base, foi realizado na Província de Nampula, abrangendo 17 comunidades de 6 distritos. Este estudo levou à seguintes conclusões: * O acesso à informação sobre assuntos de interesse comunitário é bastante limitado e até contraditório; * Os distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Mecuburi, Ribaue, Malema e Lalaua constituem áreas prioritárias para a implementação do projecto; * Nas comunidades abrangidas pelo levantamento, constatou-se haver discrepância entre comunidades que afirmaram que a sua terra foi delimitada e aquelas que constam da lista de comunidades delimitadas, em posse dos SPGC. A triangulação de dados permitiu concluir que apenas 12% de comunidades da área de estudo estão delimitadas. Esta cifra não consta da lista de comunidades delimitadas, lançada no Cadastro Nacional de Terras, pelo facto de o processo de titulação ter abrangido comunidades com dimensões maiores, possuindo nomes diferentes das que foram visitadas pelo CTV; * Todas as comunidades consideradas como delimitadas, possuem comités de gestão de recursos naturais CGRN, cujos membros são maioritariamente homens (61%); * As comunidades entrevistadas não recebem nenhuma assistência jurídica especializada. Apenas 12% têm sido assistidas por juízes comunitários, que resolvem conflitos de nível comunitário e 25% daquelas comunidades são apoiadas por paralegais; * As comunidades apenas possuem capacidade para resolver conflitos internos e, no caso em que estes envolvem investidores externos é sempre necessária a intervenção de advogados que, no caso dos distritos abrangidos pelo projecto, não estão disponíveis; * De Acordo com as comunidades entrevistadas, um terço dos processos de atribuição de DUATs foram emitidos de forma irregular. As comunidades referiram-se às compensações incompletas ou injustas, promessas não cumpridas, consultas mal feitas, sobreposição de direitos e ocupação de ii

5 Estudo de base: Promoção da justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra áreas superiores que as acordadas, como as principais causam das irregularidades verificadas nos processos mencionados. * Apenas 12 consultas comunitárias foram realizadas em 47% (n=8) comunidades abrangidas pelo estudo nos últimos dois anos. Das consultas feitas 91.6% foram aceites. Nenhuma consulta foi precedida por sessões de preparação social e apenas 5.8% das consultas realizadas teve mais de 50 participantes; * Somente 17.6% das comunidades possuem algum tipo de parceria com investidores locais, que na sua maioria (66.7%) foram consideradas más e se resumem ao fornecimento de água em troca de terra, assistência técnica à produção e comercialização de gergelim e algodão, entre outras acções. iii

6 Estudo de base: Promoção da justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO...ii 1. INTRODUÇÃO METODOLOGIA Área de Estudo Amostragem e Instrumentos Utilizados Trabalho de Campo Constrangimentos e Limitações Análise de Dados RESULTADOS Informação Geral Segurança de Posse da Terra Acesso a Serviços de Assistência Jurídica Irregularidades no Acesso, Uso e Aproveitamento da Terra Consultas Comunitárias Parcerias CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...11 ANEXOS...12 iv

7 1. INTRODUÇÃO O Centro Terra Viva (CTV) em parceria com a OXFAM Bélgica e a União Nacional de Camponeses (UNAC), incluindo as uniões províncias e distritais de produtores agrícolas das zonas de implementação do projecto, pretendem implementar um projecto de Promoção da Justiça entre Homens e Mulheres no Acesso e Uso da Terra. O programa possui dois subprogramas, cabendo ao CTV a responsabilidade de operacionalisar acções ligadas ao Subprograma Terra, género e aprendizagem camponesa, a ser implementado num período de três anos ( ). Com vista a obter informação de base que alimentará o sistema de monitoria do projecto, bem como orientar a intervenção do CTV no sentido de maximizar os impactos da sua intervenção, foi realizado o presente estudo de base, em 50 comunidades de oito distritos da Província de Nampula. O trabalho tinha como objectivo identificar a situação actual das comunidades residentes na zona abrangida pelo projecto e fornecer informações que poderão guiar os implementadores sobre como melhor responder às necessidades dos beneficiarios. Espera-se ainda que o relatório resultante desta avaliação seja um documento orientador para desenhar o sistema de monitoria e avaliação do projecto. 2. METODOLOGIA 2.1. Área de Estudo O presente estudo de base foi realizado na Província de Nampula, ao longo do corredor de Nacala. A Província de Nampula localiza-se na região Nordeste de Moçambique. Ao norte faz fronteira com as províncias de Cabo Delgado e Niassa, através do rio Lúrio. A sudoeste com a Província da Zambézia, através do rio Ligonha e, a Este com o Oceano Índico. Possui uma população de habitantes, sendo a Província mais populosa do país. Ocupa uma área de km², o que faz com que a densidade populacional seja de aproximadamente 50.4 habitantes por km² (Censo Populacional de 2007). Tal como no resto do país, a agricultura constitui a principal fonte de subsistência da maioria da população. A economia da província está essencialmente ligada à produção de castanha de caju, algodão, tabaco, pedras preciosas e outros minerais. Nampula possui 23 distritos a saber: Angoche, Eráti, Ilha de Moçambique, Lalaua, Larde, Liúpo, Malema, Meconta, Mecubúri, Memba, Mogincual, Mogovolas, Moma, Monapo, Mossuril, Muecate, Murrupula, Nacala-a-Velha, Nacala-Porto, Nacarôa, Nampula, Rapale e Ribáuè. A recolha de dados de campo foi realizada na cidade de Nampula e nos distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Ribáuè e Malema. O mapa apresentado na Figura 1, ilustra os locais de recolha de dados. 1

8 Figura 1. Locais de colecta de dados Amostragem e Instrumentos Utilizados O cálculo do tamanho da amostra teve em conta os recursos disponíveis (humanos, materiais e financeiros), bem como as características agro-écologicas, sociais e económicas dos distritos localizados no corredor de Nacala. Isto para, por um lado, garantir o sucesso da realização do estudo e por outro, respeitar o rigor técnico exigido neste tipo de trabalho. Neste sentido, o trabalho foi projectado para: * Recolher dados na Direcção Provincial de Agicultura (DPA), nomeadamente, Serviços Provinciais de Geografia e Cadastro (SPGC) e Serviços Provinciais de Agricultura (SPA); * Recolher dados nos Governos Distritais/Serviços Distritais das Acitividades Económicas (SDAE) dos oito distritos com maior potencial de conflito de terras; * Recolher dados junto do projecto Prosavana; * Realizar entrevistas a grupos focais em 20% de comunidades (10 comunidades) selecionadas aleatoriamente; * Recolher dados junto às comunidades - três grupos focais (grupo de líderes comunitários, homens e mulheres) por cada comunidade; * Realizar entrevistas a quatro organizações não governamentais (ONGs) que trabalham nas áreas abrangidas pelo projecto. A identificação dos distritos a visitar foi feita com base em propostas fornecidas pela DPA e ONGs contactadas telefonicamente (ORAM, Fórum Terra e Associação Provincial dos Paralegais) tendo em conta a localização geográfica dos mesmos, nomeadamente - estar localizada no corredor de Nacala, ser um distrito com grande procura de terra por investidores, apresentar boa produção ou potencial agrícola e apresentar alto risco de eclosão de conflitos. Por sua vez, a selecção de comunidades foi feita com apoio dos SDAE dos distritos abrangidos, que forneceram uma lista de comunidades com alguma acção ligada ao Prosavana. Esta lista foi 2

9 complementada por visitas feitas aleatoriamente por técnicos do CTV sem envolvimento de técnicos do Estado Trabalho de Campo O trabalho de campo teve dois momentos distintos. O primeiro consistiu na revisão de documentos relevantes como o documento de Projecto, documento do Prosavana e marcação de encontros com ONGs e DPA. O segundo consistiu na realização de entrevistas em Nampula e nos distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Ribáuè e Lalaua. A realização de inquéritos contou com o apoio de técnicos dos SDAEs e alguns técnicos das secretarias distritais. No princípio foram realizados encontros com as estruturas locais (DPA, SDAE, extensionistas) para explicar o trabalho a ser desenvolvido com vista a obter apoio destes na fase de realização do mesmo. De seguida, os inquiridores trabalharam durante cinco dias tendo realizado 17 inquéritos para grupos focais de igual número de comunidades (cada grupo era constituído por 10 a 15 pessoas; Figura 2) e 7 para informantes-chave, sendo três de ONGs (ORAM, ITC e Associação de Paralegais de Nampula) e quatro do Governo (Distrital e Provincial). Figura 2. Inquiridores realizando entrevistas no campo. Foto: Issufo Tankar Constrangimentos e Limitações A recolha de dados de campo decorreu na última semana de trabalho do CTV (em Dezembro de 2014), faltando apenas 5 dias para a finalização de todo trabalho de campo. Por isso, não foi possível alcançar todos os 8 distritos planificados. Mesmo assim, tendo em conta que existem muitas similaridades nos distritos localizados ao longo do corredor, foi aumentado o número de comunidades a entrevistar para compensar as que não foi possível entrevistar nos distritos onde, devido a limitações de tempo e sobreposição de agendas com os SDAEs (nas mesmas datas estava a decorrer o conselho consultivo provincial), não foram alcançados Análise de Dados A realização deste trabalho obedeceu a metodologia proposta nos termos de referência (Anexo 2) de modo a permitir a medição do impacto do projecto nas diferentes componentes. Para o efeito, espera-se que o estudo produza informação sobre: 3

10 Indicadores de Impacto No corredor de Nacala (Província de Nampula), pelo menos 50 comunidades nos 8 distritos mais propensos a conflitos de terra denunciam irregularidades nos processos de aquisição do DUAT e são apoiadas por uma rede de paralegais membros das comunidades Indicadores de Progresso a) Informação Geral i. Comunidades abrangidas pelo Prosavana nos oito distritos; ii. Situação actual de ocupação de terras pelas comunidades (terra delimitada ou não, formas de utilização e acesso à terra, etc); iii. Número de comunidades delimitadas; iv. Número de mulheres que participam nos órgãos de decisão. b) Informação sobre Paralegais v. Número de paralegais e de juristas baseados na Província de Nampula para apoiar as comunidades; vi. Número de paralegais existentes na Província que assistem as comunidades abrangidas pelo projecto. c) Informação sobre Irregularidades vii. Número de DUATs atribuídos no último ano (2013); viii. Número de DUATs atribuídos de forma irregular no último ano; ix. Número de irregularidades denunciadas; x. Número de irregularidades denunciadas e não atendidas; xi. Número de irregularidades atendidas a favor da comunidade. d) Informação sobre Consultas Comunitárias xii. Número de consultas comunitárias realizadas; xiii. Número de consultas realizadas pós-preparação social das comunidades; xiv. Número de participantes presentes nas consultas [Muitos (>100); Poucos (50-100); Muito poucos (< 50)]; xv. Número de consultas que tiveram aceitação da comunidade; xvi. Número de consultas que satisfizeram as comunidades. e) Informação sobre Parcerias xvii. Número de acordos estabelecidos entre as comunidades e investidores nos últimos 2 anos; xviii. Como é que as comunidades avaliam o acordo? xix. O que devia mudar para o acordo ser satisfatório para as comunidades? 4

11 3. RESULTADOS 3.1. Informação Geral Acesso a Informação e Conhecimento sobre o Prosavana O acesso à informação e conhecimento sobre o Prosavana é bastante heterogéneo. Os técnicos do governo entrevistados, embora em certos casos com algum ceticismo, referiram-se ao Prosavana como um programa de transferência de tecnologia e assistência técnica aos produtores. Por sua vez, os técnicos da sociedade civil, explicaram não haver clareza nos objectivos do programa e mencionaram o acesso deficiente à informação, bem como a existência de discursos contraditórios, por parte do governo, para sustentar este posicionamento. No seio das comunidades, a situação mostrou-se bastante difusa. Com efeito, o trabalho feito no âmbito do estudo de base, revelou que 70% das comunidades já ouviram falar do Prosavana enquanto as restantes 30% nunca ouviram. Das comunidades que ouviram falar do Prosavana, 29% explicaram tratar-se de um programa que irá fornecer apoio técnico aos camponeses, enquanto 41% destas, desconhece a essência do mesmo tendo afirmado tratar-se de um programa de apoio aos camponeses, mas não sabem de que forma esse apoio será prestado. Os restantes 30% das comunidades inquiridas relacionaram o Prosavana com projectos específicos de investimento vocacionados à produção de soja, eucalipto, milho etc. Um membro da comunidades de Niosse, no distrito de Malema, afirmou o seguinte: o Prosavana é um projecto que vem produzir soja, eucalipto, milho e outras culturas. O SDAE avisou-nos [aos líderes] que o Governo precisa de terras não ocupadas para investidores que irão contractar membros da comunidade como trabalhadores. Isto revela que apesar de grande parte das pessoas terem ouvido falar do Prosavana, prevalecem opiniões diferentes sobre o objectivo do mesmo, a forma de actuação e o papel de cada actor, com o governo a realçar a relevância daquele programa para o desenvolvimento social e económico do País, enquanto a sociedade civil apresenta uma série de dúvidas e incertezas, em relação ao mesmo. Esta situação deixa as comunidades receosas e divididas quanto a sua aderência ou não ao programa e, por consequência, a todas as iniciativas em curso na região Áreas de Intervenção do Projecto O projecto foi esboçado para ser implementado ao longo do corredor de Nacala, abrangendo 8 distritos da província de Nampula. No entanto, o corredor de Nacala abrange 10 distritos da Província, os mesmos que fazem parte da área de implementação do Prosavana. Assim, na selecção dos distritos de intervenção do projecto, foram priorizadas áreas de maior procura de terras por parte dos investidores, existência de conflitos e existência de terras férteis para a práctica da agricultura e outras actividades afins. O trabalho feito permitiu identificar com unanimidade, seis distritos (Monapo, Muecate, Meconta, Ribáuè, Malema e Lalaua) como prioritários. Em relação a seleção dos restantes 2 distritos a serem abrangidos pelo projecto, não existem consensos. As diferentes fontes usadas, divergiam em termos de priorização de dois dos quatro distritos. Por isso, foram considerados critérios adicionais nomeadamente, distritos próximos da cidade de Nampula bem como nos locais onde o CTV tem estado a intervir no âmbito de outras iniciativas. Como resultado do acréscimo destes critérios, foram selecionados os distritos de Rapale e Mecuburi. 5

12 Assim, com base nos critérios acima mencionados, entrevistas realizadas bem como outras fontes consultadas chegou-se a conclusão de que a implementação do projecto deve priorizar os distritos de Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Mecuburi, Ribáuè, Malema e Lalaua Segurança de Posse da Terra Registo de Terras Comunitárias Para o efeito deste trabalho, foi considerada apenas a delimitação de terras comunitárias como registo de terras, embora a demarcação de terras também seja de facto um processo de registo de terras. Este pressuposto foi considerado pelo facto de a delimitação ser um processo mais abrangente, tanto em termos de beneficiários, assim como de protecção de direitos colectivos. As entrevistas mostram que 24% das comunidades inquiridas foram delimitadas mas o cruzamento de informação com os dados de comunidades delimitadas, fornecido pelos Serviços de Geografia e Cadastro mostra que nenhuma comunidade abrangida pela pesquisa foi delimitada. Nas quatro comunidades delimitadas existem quatro comités de gestão de recursos naturais. A comunidade do bairro 25 de Setembro com dois membros, as de Nacavale e Muassiquissa com 12 e a comunidade de Niosse com nove, perfazendo ao todo 23 membros. A comunidade cujo comité possui dois membros, inclui outros povoados com outros membros. Segundos os grupos focais entrevistados, os membros dos comités foram eleitos por toda a comunidade mas não houve nenhuma explicação sobre o papel que iriam desempenhar Distribuição de Membros em Função do Género A distribuição dos membros em função do género apresenta ainda desigualdade em termos quantitativos, já que apenas 39% dos membros eram mulheres. Isto no entanto, mostra que nas comunidades onde existem comités de gestão de recursos naturais, há uma preocupação de integrar mulheres nestes órgãos. Contudo, a liderança destes, em todas as comunidades, é assumida pelos homens. As comunidades abrangidas usam a terra para fins múltiplos nomeadamente habitação, agricultura, pastagem, extracção de produtos florestais, entre outros. Esta discrepância pode justificar-se pelo facto de algumas delimitações terem sido feitas ao nível de regulados com nomes diferentes das comunidades/povoados entrevistados ou ainda porque os processos estão em tramitação. Os dados permitem concluir que existem, pelo menos, 12% de comunidades delimitadas mas as mesmas estão registadas com outro nome que reflete uma unidade maior cuja designação difere do povoado entrevistado. As comunidades delimitadas possuem CGRN com 61% de membros do sexo masculino e 39 do sexo feminino. A distribuição dos membros do comité na perspectiva do género é bastante interessante pois a percentagem de mulheres está bem acima das médias nacionais, mas ainda abaixo das metas previstas no âmbito do equilíbrio de género Acesso a Serviços de Assistência Jurídica A assistência jurídica para as comunidades é assegurada de várias formas, sendo de destacar os paralegais e juristas. Os poucos paralegais e juristas disponíveis estão ligados a ONGs que trabalham em diferentes áreas temáticas, não estando normalmente disponíveis para atender às necessidades das comunidades, na altura em que são solicitados Acompanhamento e Assistência Jurídica Prestada por Juristas ou Advogados Todas as comunidades entrevistadas explicaram não beneficiar de nenhuma assistência de juristas ou advogados. As comunidades que enfrentam conflitos de terras e beneficiam de assistência de 6

13 algumas ONGs como ORAM e Fórum Terra, referiram-se apenas a assistência técnica e apoio na mediação de conflitos. Apesar de as comunidades não receberem assistência jurídica de técnicos e não terem acesso aos tribunais, 12% das que foram entrevistas beneficiaram de assistência de juízes dos tribunais comunitários que resolvem apenas conflitos de nível comunitário (que envolvem membros das comunidades) Acompanhamento e Assistência Jurídica prestada por Paralegais Os paralegais da província de Nampula beneficiaram de vários cursos de formação ministrados por diferentes instituições. A capacitação beneficiou mais de 200 paralegais (os números variam de acordo com a fonte), dos quais apenas 29 estão actualmente activos. Contudo, todos eles estão vinculados a diferentes instituições com programas e prioridades diferentes, o que limita a sua capacidade de intervenção no apoio às comunidades. Para perceber o nível de intervenção dos paralegais nas comunidades, foi colectada informação sobre existência ou não de paralegais que assistem às comunidades, número de paralegais treinados, o trabalho que realizam e exemplos de casos resolvidos com sua intervenção. Apenas 23.5% das comunidades recebem assistência jurídica de paralegais, maioritariamente técnicos de ONGs que trabalham nestas comunidades e líderes comunitários treinados como paralegais. O número de paralegais que assiste às comunidades é variável, tendo algumas comunidades dois paralegais e outras nenhum Irregularidades no Acesso, Uso e Aproveitamento da Terra Número de DUATs Atribuídos de Forma Irregular aos Investidores Do total de comunidades entrevistadas, verificou-se que mais de metade (53%) desconhece o número de DUATs emitidos a seu favor, o que mostra a sua fraca participação/envolvimento na gestão de terras. No que se refere à irregularidades, as comunidades entrevistadas disseram que 33% dos processos de atribuição de DUATs foram emitidos de forma irregular. As comunidades referem-se às compensações incompletas ou injustas, promessas não cumpridas, consultas mal feitas, sobreposição de direitos e ocupação de áreas superiores que as acordadas, como as principais causas das irregularidades verificadas nos processos mencionados. As irregularidades verificadas foram canalizadas aos líderes locais, secretários e governo local para efeitos de sua regularização e/ou resolução Processos Encaminhados e seu Desfecho Dos oito processos considerados irregulares, somente um foi atendido a favor da comunidade, dois em benefício dos investidores e os restantes seis estão ainda em tramitação. Isto realça a necessidade de reforçar os mecanismos de prevenção e resolução de conflitos, sobretudo em processos que envolvem investidores externos. As comunidades possuem capacidade para resolver conflitos entre os seus membros mas quando o processo envolve investidores externos é sempre necessária a intervenção de técnicos ou advogados que, no caso dos distritos abrangidos pelo projecto, não estão disponíveis. 7

14 3.5. Consultas Comunitárias Número de Consultas Feitas Para analisar o grau de realização de consultas comunitárias, bem como a sua efectividade, foi colhida informação sobre o número de comunidades onde foram realizados encontros de consultas comunitárias, número de consultas, preparação social e número de participantes entre outros. Os dados colhidos mostram que nos últimos dois anos foram realizadas 12 consultas comunitárias em 47% (8 comunidades) das comunidades abrangidas pelo presente levantamento. Das consultas feitas, 91.6% foram aceites. Verificou-se ainda que nenhuma consulta foi precedida de sessões de preparação social e apenas 5.8% de consultas realizadas teve mais de 50 participantes Qualidade das Consultas Realizadas A qualidade das consultas realizadas, quando avaliada em termos de número de participantes e percepção dos assuntos tratados é bastante fraca. Tal como referido anteriormente, não foi feito nenhum trabalho prévio de preparação social e o número de participantes foi bastante reduzido em quase todas consultas (menos de 50 pessoas). Este aspecto, associado ao facto das consultas enfatizarem aspectos positivos e nunca os impactos resultantes da cedência da terra, faz com que muitas comunidades aceitem o pedido apresentado no acto da consulta. Aparentemente a situação no terreno é bastante boa, já que com 91.6% das comunidades afirmando que aceitaram as consultas feitas. Porém analisando estes dados com alguma atenção, verifica-se que o facto de as consultas não ser antecedidas de preparação social, leva as pessoas/famílias a cederem as suas terras em troca de emprego, escolas, hospitais e outras promessas vagas feitas pelos investidores. Porém, quando tomam conhecimento das implicações da decisão por eles (na maioria das vezes por um grupo restrito) tomadas, sentem-se enganados e com expectactivas frustradas, parando de colaborar com o projecto e gerando conflitos, muitas vezes difíceis de resolver Parcerias No contexto jurídico moçambicano, as parcerias constituem um dos meios para melhorar a produtividade da terra, unindo o recurso terra, na posse das comunidades, ao capital e tecnologia, detidos pelos investidores, com vista a incrementar as condições e rendimentos de cada uma das partes. Somente 17.6% das comunidades possuem algum tipo de parceria com investidores locais. Os acordos mencionados referem-se, por exemplo, ao fornecimento de água em troca da terra, assistência técnica na produção e comercialização de gergelim e algodão, entre outros. As comunidades entrevistadas foram solicitadas para fazerem uma breve avaliação qualitativa das parcerias que estabeleceram com investidores. Foram usadas três categorias: má, boa e razoável. Dos poucos casos de parceria analisados, 33.3% foram considerados como sendo parcerias razoáveis em virtude de ambas as partes estarem aparentemente satisfeitas com as condições acordadas. As restantes (66.7%) foram consideradas más, não havendo nenhuma parceria considerada boa. Os entrevistados mencionaram os seguintes aspectos como limitantes ao seu envolvimento em parcerias: 8

15 * A ausência de acordos escritos com prazos, direitos e deveres; * A comunidade tem a posse da terra mas não tem dinheiro, nem locais onde comercializar; * A indemnização deve ser negociada directamente com o beneficiário e não com o líder; * Os produtores nunca ganham dinheiro. Ficam sempre endividados; * Os motoristas fazem promessas que não são cumpridas. Apesar de haver consciência sobre a importância das parcerias por parte das comunidades, o facto de grande parte das experiências serem consideradas más, faz com que estas estejam cépticas em relação à possibilidade de se associarem a investidores. Por isso, as organizações da sociedade civil podem jogar um papel fundamental no apoio às comunidades em termos de capacitação e assistência técnica e jurídica para a formalização e monitoria das parcerias, com vista a inverter o actual cenário em que nenhuma parceria foi considerada boa. 4. CONCLUSÕES Este estudo permitiu alcançar as seguintes conclusões: * O acesso à informação sobre assuntos de interesse comunitário é bastante limitado e até contraditório; * Os seguintes distritos constituem áreas prioritárias para implementação do projecto: Monapo, Meconta, Muecate, Rapale, Mecuburi, Ribáuè, Malema e Lalaua; * Nas comunidades abrangidas pelo levantamento, constatou-se haver discrepância entre comunidades que afirmaram que a sua terra foi delimitada e aquelas que constam da lista de comunidades delimitadas, em poder dos SPGC. A triangulação de dados permitiu concluir que apenas 12% de comunidades estão delimitadas, mas não constam da lista de comunidades legalizadas, lançada no Cadastro Nacional de Terras, pelo facto de terem sido delimitadas áreas com dimensões maiores; * Todas as comunidades consideradas como delimitadas, possuem comités de gestão de recursos naturais CGRN, constituídos maioritariamente por homens (61%); * As comunidades entrevistadas não recebem nenhuma assistência jurídica especializada. Apenas 12% delas referiram-se à assistência jurídica prestada por juízes comunitários, que resolvem apenas conflitos de nível comunitário e, menos de 25% das comunidades inquiridas recebem assistência de paralegais; * As comunidades apenas possuem capacidade para resolver conflitos internos, recorrendo, quase sempre, à intervenção especializada de advogados quando os casos envolvem investidores externos, embora estes técnicos não estejam disponíveis, nos distritos abrangidos pelo projecto; * De acordo com as comunidades entrevistadas, um terço dos processos de atribuição de DUATs foram tramitados de forma irregular. As comunidades referiram-se às compensações incompletas ou injustas, promessas não cumpridas, consultas mal feitas, sobreposição de direitos e ocupação de áreas superiores que as acordadas, como as principais causas das irregularidades verificadas nos processos mencionados. 9

16 * Apenas 12 consultas comunitárias foram realizadas em 47% (n=8) comunidades abrangidas pelo estudo nos últimos dois anos. Das consultas feitas 91.6% foram aceites. Nenhuma consulta foi precedida de sessões de preparação social e apenas 5.8% de consultas realizadas teve mais de 50 participantes; * Somente 17.6% das comunidades possuem algum tipo de parceria com investidores locais, que na sua maioria (66.7%) foram consideradas más e se resumem ao fornecimento de água em troca da terra, assistência técnica na produção e comercialização de gergelim e algodão, entre outras. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Governo da Província de Cabo Delgado (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Cabo Delgado , Pemba. Governo da Província de Gaza (2006). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Gaza, Xai-Xai. Governo da Província de Inhambane (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Inhambane Inhambane Governo da Província de Manica (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Manica , Chimoio. Governo da Província de Maputo (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Maputo , Matola. Governo da Província de Nampula (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Nampula , Nampula. Governo da Província de Niassa (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Niassa , Lichinga. Governo da Província de Sofala (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Sofala , Beira. Governo da Província de Tete (2004). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Tete , Tete. Governo da Província de Zambézia (2010). Plano Estratégico de Desenvolvimento da Província de Zambézia , Quelimane. INE (Instituto Nacional de Estatística) (2009). Resultados definitivos do III recenseamento geral da população e habitação. Maputo, Instituto Nacional de Estatística. República de Moçambique (2008). Zoneamento agrário a nível nacional: relatório do exercício de validação de resultados de terra disponível para grandes investimentos a nível local: resultados da fase ii: validação da terra disponível. Versão Final, Dezembro de

17 ANEXOS Anexo 1. Ficha de Inquérito às Comunidades InfoRmação Geral Já ouviram falar de um programa agrícola chamado Prosavana? O que sabem desse programa? Situação de registo da Terra A vossa comunidade foi delimitada? Como é que a terra é utilizada na comunidade? (Quem utiliza, Como utiliza??) Sim Não Não sei Existe algum comité/conselho ou comissão que trata de assuntos da terra da comunidade? Sim Não Se sim quantas pessoas fazem parte desse órgão? Quantas mulheres que fazem parte dos comités de gestão de terras Como e que essas pessoas foram eleitas? A comunidade possui terra para ser usada para produção agrícola? Informação sobre Assistência Jurídica Existem juristas que assistem/apoiam comunidades em Nampula? Sim Não Existem juristas que assistem/apoiam a vossa comunidade? Sim Não Sem, sim quantos são? Que trabalho fazem? Já resolveram alguns casos? Sim Não Se sim, mencione pelo menos 3 casos que conhece. Existem paralegais que assistem/apoiam comunidades em Nampula? Sim Não Existem paralegais que apoiam ou assistem a vossa comunidade? Sim Não Sem, sim quantos são? Que trabalho fazem? 11

18 Informação sobre irregularidades Sabe quantos DUAT s foram atribuídos na vossa comunidade durante os anos 2013/4? Sim Não. Se sim, quantos são? Quantos DUAT s foram atribuídos aos investidores de forma irregular nos últimos anos (2013/4); Quantas denúncias de irregularidades fizeram nos anos 2013/4? Para onde as irregularidades foram canalizadas? Que tipo de irregularidades eram? Das irregularidades denunciadas qual é a situação actual (preencha a tabela)? Número de denúncias resolvidas a favor das comunidades: Número de denúncias resolvidas a favor do investidor Exemplos: Exemplos: Exemplos: Número de denúncias ainda não resolvidas Informação sobre consultas comunitárias Nos anos 2013/4 foi realizada alguma consulta comunitárias na vossa comunidade 1? Sim Não Se sim, quantas consultas comunitárias foram realizadas em 2013/4? ; Das consultas realizadas, quantas foram antecedidas de preparação social das comunidades (Seminários de divulgação da legislação, capacitação em negociação, delimitação etc); Nenhuma Todas Algumas Não sei Quantas pessoas participaram nessas reuniões? Muitos >100 Poucos Muito poucos < 50 Das consultas feitas, quantas é que foram aceites pela comunidade (Consideradas boas?). Porque? Informação sobre parcerias A comunidade possui algum acordo estabelecido com um investidor que veio pedir Terra? Sim Não Se sim, quantos acordos foram estabelecidos entre a sua comunidade e investidores nos últimos 2 anos. Que tipo de acordos são? (Descreve os acordos estabelecidos): Como é que as comunidades avaliam o acordo? Foi Bom. Porque? 1 Caso em 2014, não tenha sido realizada nenhuma consulta comunitária, peça por favor que falem do ano 2013 devendo neste caso mencionar que são dados de

19 Foi Razoável. Porque? Foi mau. Porque? O que devia mudar para o acordo ser satisfatório para as comunidades? 13

20 Anexo 2. Ficha de Inquérito ao Governo e ONGs GUIÃO DE INQUÉRITOS DPA/GOVERNOS DISTRITAIS Informação Geral Quais são os distritos abrangidos pelo Prosavana na província de Nampula; Indique 8 distritos com maior probabilidade de ocorrência de conflitos? Quais as comunidades abrangidas ou que poderão ser abrangidas pelo Prosavana nestes 8 distritos (Enumere em ordem de prioridade); Qual é a situação actual de ocupação de terras pelas comunidades (terra delimitada ou não, formas de utilização e acesso da terra, etc); Comunidades delimitadas (listar) Número de comunidades delimitadas Formas de utilização da terra Número de mulheres que fazem parte dos comités de gestão de terras Informação Sobre Assistência Jurídica Existem juristas que assistem/apoiam comunidades em Nampula? Sim Não Existem Juristas que assistem/apoiam comunidades nos distritos acima seleccionados? Sim Não Sem, sim quantos são? Que trabalho fazem? Já resolveram alguns casos? Sim Não Se sim, mencione pelo menos 3 casos que conhece. Existem paralegais que assistem/apoiam comunidades em Nampula? Sim Não Existem paralegais que apoiam ou assistem comunidades nos distritos acima seleccionados? Sim Não Sem, sim quantos são? Que trabalho fazem? Informação sobre Irregularidades Sabe quantos DUAT s foram atribuídos nas comunidades abrangidas pelo projecto durante o ano 2014? Sim Não Se sim, quantos são? Quantos DUAT s foram atribuídos aos investidores de forma irregular no último ano (2014); Quantas denúncias de irregularidades receberam no ano 2014?. Que tipo de irregularidades eram? Das irregularidades denunciadas qual é a situação actual (preencha a tabela)? 14

21 Número de denúncias Número de denuncias Número de denuncias ainda resolvidas a favor das resolvidas a favor do não resolvidas comunidades: investidor Exemplos: Exemplos: Exemplos: Informação sobre consultas comunitárias No ano 2014 teve conhecimento da realização de alguma consulta comunitária para atribuição de DUAT s? Sim Não Se sim, quantas consultas comunitárias teve conhecimento em 2014? ; Das consultas realizadas, quantas foram antecedidas de preparação social das comunidades (Seminários de divulgação da legislação, capacitação em negociação, delimitação etc); Nenhuma Todas Algumas Não sei Quantas pessoas participam normalmente nessas reuniões? Muitos>100 ; Poucos Muito poucos < 50 Das consultas feitas, quantas é que foram aceites pela comunidade (consideradas boas?). Porque? Informação sobre parcerias A comunidade possui algum acordo estabelecido com um investidor que veio pedir Terra? Sim Não Se sim, quantos acordos foram estabelecidos entre a sua comunidade e investidores nos últimos 2 anos. Que tipo de acordos são (descrever)? Como é que as comunidades avaliam o acordo? Foi Bom. Porque? Foi Razoável. Porque? Foi mau. Porque? O que devia mudar para o acordo ser satisfatório para as comunidades? 15

22 Anexo 3. Termos de referência 1. Antecedentes CENTRO TERRA VIVA PROJECTO OXFAM BÉLGICA Termos de Referência Para Realização do Baseline O Centro Terra Viva (CTV) em parceria com a OXFAM Bélgica (Líder) e a UNAC (incluindo as Uniões Províncias e Distritais das zonas de implementação do Projecto), pretendem implementar um projecto de Promoção da Justiça entre homens e mulheres no acesso e uso da terra. O programa possui dois subprogramas, cabendo ao CTV a responsabilidade de implementar acções ligadas ao Subprograma Terra, género e aprendizagem camponesa (CG4) 3 anos ( ). Com vista a obter informação de base que alimentará o sistema de monitoria do projecto bem como orientar a intervenção do CTV no sentido de maximizar os impactos da sua intervenção, pretende se realizar um baseline em 50 comunidades de 8 distritos da província de Nampula. 2. Detalhes do Projecto (Componente Terra, Género e Aprendizagem Camponesa) Objetivos específicos Em 2016, nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, 30 comunidades, 400 camponeses, 130 organizações de base, 3 uniões de distrito, 2 uniões de província, 1 união nacional são capazes de defender os seus direitos de acesso e uso das suas terras e de as aproveitar de maneira mais produtiva e sustentável, tomando em consideração as necessidades e os direitos específicos das mulheres. Os indicadores de objectivo (estudo de base) do projecto são: Indicador A: Numero de comunidades que conseguiu que o processo de atribuição de DUAT a um investidor externo a comunidade seja realizado de acordo com os procedimentos legais Resultados No corredor de Nacala (província de Nampula), pelo menos 50 comunidades nos 8 distritos mais ameaçados pelos conflitos de terra denunciam as irregularidades nos processos de aquisição do DUAT e são apoiadas por uma rede de paralegais membros das comunidades Os indicadores de resultados (monitoria). i. Indicador 2.1: Número de paralegais e de juristas estabelecidos na província de Nampula para apoiar as comunidades. 16

23 ii. Indicador 2.2: Número de irregularidades nos processos de aquisição do DUAT identificadas e documentadas pelos paralegais. iii. Indicador 2.3: Número de processos de consultas comunitárias e/ou recursos assistidos por um jurista e/ou paralegal. iv. Indicador 2.4: Número de acordos estabelecidos entre as comunidades e investidores. 3. Metodologia Recolher dados na DPA (SPGC, SPA); Governos distritais dos oitos distritos mais ameaçados pelo conflito de terras; Recolher dados ao PROSANA; Realizar entrevistas a grupos focais em 20% de comunidades (10 comunidades) selecionadas aleatoriamente. Recolher dados nas comunidades -3 grupos focais (1 grupo de lideres, 1 de homens e 1 de mulheres) por cada comunidade; 5. Resultados Esperados ( deliverables ) Um relatório com informação detalhada sobre: a) Informação Geral i. Comunidades abrangidas pelo prosavana nos 8 distritos; ii. Situação actual de ocupação de terras pelas comunidades (Terra delimitada ou não, Formas de utilização e acesso da terra, etc); iii. Número de comunidades delimitadas; iv. Número de mulheres que participam nos órgãos de decisão. b) Informação sobre paralegais v. Número de paralegais e de juristas estabelecidos na província de Nampula para apoiar as comunidades; vi. Número de paralegais existentes na província que assistem as comunidades abrangidas pelo projecto. c)informação sobre irregularidades v. Número de DUAT s atribuídos no último ano (2013); vi. Núumero de DUAT atribuídos de forma irregular no último ano; vii. Número de irregularidades denunciadas; viii. Número de irregularidades denunciadas e não resolvidas; 17

24 ix. Número de irregularidades resolvidas a favor da comunidade; d) Informação sobre consultas comunitárias x. Número de consultas comunitárias realizadas; xi. Nuúmero de consultas realizadas pós preparação social das comunidades; xii. Número de participantes presentes nas consultas (Muitos>100; Poucos <100; Muito poucos < 50) xiii. Número de consultas que tiveram aceitação da comunidade; xiv. Número de consultas que satisfizeram as comunidades; e) Informação sobre parcerias xv. Número de acordos estabelecidos entre as comunidades e investidores nos últimos 5 anos. xvi. Como é que as comunidades avaliam o acordo? xvii. O que devia mudar para o acordo ser satisfatório para as comunidades? 5. Calendário Recolha de dados preliminares (1 a 10 de Novembro); Visita preliminar (3 a 6 de Novembro) Renato Uane; Recolha de dados nas comunidades (17 a 21 de Novembro) Análise e compilação de dados (21 de Novembro a 10 de Dezembro) 18

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