Ana Magni IBGE Brasília, 06 de julho de 2016

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1 Ana Magni IBGE Brasília, 06 de julho de 2016

2 Desde o início dos anos 90, há no Brasil um processo ininterrupto, embora não linear, de desconstrução do que houve de avanços sociais inscritos na Constituição Federal de 1988, mesmo que por vezes se mantenha seu texto intocado. Pensando em uma perspectiva de democratização e aperfeiçoamento do Estado e da proteção social, vê-se que as mudanças foram em sentido contrário. Ainda que nos anos mais recentes haja movimentos contraditórios em relação aos serviços públicos e aos servidores, esses não são capazes de representar um real avanço do papel do Estado na proteção social e nas relações de trabalho.

3 O que há de diferenças mais significativas entre esses dois períodos? Intenção de promover uma contrarreforma do Estado Brasileiro amplamente documentada, em particular a partir de 1995 É mais escasso o reconhecimento explícito da necessidade de reformular as bases do Estado. Documentação mais esparsa, argumentos contraditórios Redução do quantitativo de servidores civis do executivo federal; ampliação muito significativa do número de aposentados Baixíssimo número de ingressos por concurso público Arrocho salarial permanente Sistemática aplicação de medidas de desmonte do Estado e dos direitos dos servidores; instrumentos de destaque: EC 19 e 20 (Reformas Administrativa e Previdenciária) lógica privada, quebra de preceitos constitucionais Ampliação do quantitativo de servidores do executivo federal; o quantitativo de aposentados fica estável Incremento bastante significativo dos ingressos por concurso público Há recomposição parcial dos salários, em particular para algumas carreiras (divisão, segmentação, diferenciação) Muda, com alguma significância, a densidade da aplicação do modelo (boa parte do desmonte da estrutura e dos direitos já havia sido promovida de maneira intensa - bases para um processo posterior de continuidade em cima do já regulamentado) - ritmo mais reduzido

4 Variação % do quantitativo de servidores civis ativos do Poder Executivo - SIAPE Período Governo Acumulada Md./Ano Collor -12,9-4, Itamar -6,1-3, FHC I -11,9-3, FHC II -5,4-1, Lula I 8,7 2, Lula II 7,5 1, Dilma I 8,1 2, Dilma II 0,6 0,6 2015/ ,4-0,5 Saldo do período : redução do nº de servidores Entre 1991 e 2016, estima-se que a população brasileira cresceu 40% (IBGE). Se em 1991 havia um servidor público federal para cada 245 habitantes, em 2016 essa proporção é de 1/335.

5 : queda da proporção de servidores em relação à PEA (recupera em ) Nº servidores em atividade, em 2015, atingiu patamar muito próximo ao que havia em 1992

6 Evolução do nº anual de aposentadorias e ingressos de Servidores por Concurso Brasil, Governo Federal, Ano Aposentadorias Ingressos SIAPE Ingresos PGPE* Total Ingressos Saldo (ingressos - aposentadorias) Fonte: MP Boletim Estatístico de Pessoal 237 (janeiro/2016)

7 O que há de pontos comuns entre os períodos e ? Em especial a partir de 1995, o governo assume a defesa da Nova Administração Pública (NAP) gerencial e do desmonte dos direitos dos servidores. Além das privatizações, as mudanças na legislação abrem caminho para a publicização, para a inserção de uma lógica privada nos serviços públicos Não há política salarial para o funcionalismo; simplesmente não há reajustes. Processa-se o descumprimento dos preceitos da CF88. Reestruturações para algumas carreiras, política diferenciada, flexibilização remuneratória A "responsabilidade fiscal" torna possível desmontar a capacidade do governo federal executar políticas e serviços públicos amplos e de qualidade Em momentos de contração econômica, processa-se um ataque mais intenso aos direitos dos trabalhadores, em particular do funcionalismo O governo assume o mito do inchaço, da necessidade de desmontar privilégios, do ajuste fiscal, da existência de um déficit na previdência Os poucos ingressos no serviço público federal dão-se por meio de contratações temporárias, ainda incipientes neste período. Mesmo sem reconhecer explicitamente (busca se diferenciar), os documentos do governo e a prática das contrarreformas indicam a continuidade da defesa e da implementação da NAP. Amplia-se a diluição das fronteiras entre o público e o privado. Lógica da contratualização. Ainda que haja negociação e reajustes dos salários, não há de fato uma política salarial. Segue-se descumprindo os preceitos da CF88. Reajustes diferenciados, flexibilização remuneratória, quebra da paridade A "responsabilidade fiscal" segue sendo argumento para sistemáticos cortes orçamentários, restrições de pessoal e arrocho salarial, que precarizam os serviços públicos sob diferentes aspectos. Ocorre o mesmo, como pode ser visto a partir do momento em que os efeitos da crise de 2008 passam a se verificar sobre a economia brasileira (projetos contra os servidores 2º governo Dilma). Ainda que sem assumir o discurso do inchaço, desde 2003 segue firme a retórica de combater privilégios, da necessidade de ajuste fiscal, e o reforço do mito do déficit na previdência Ainda que se amplie significativamente o nº de servidores ativos, parte destes é composta por não estáveis/precários. No período, ampliam-se significativamente as contratações precárias, em relação à fase anterior

8 - Reforma da previdência Contribuição dos servidores aposentados - Quebra da paridade - Criação do FUNPRESP Pressão e imposição de adesão automática dos novos servidores ao sistema de previdência complementar - Desvinculação das receitas da União - Parcerias público-privadas, fundações estatais de direito privado, OS - Vários projetos enviados pelo Executivo prevendo restrições aos gastos com pessoal - Outras iniciativas mais abertamente destrutivas de direitos, que se intensificaram na fase mais recente, de baixo crescimento econômico, em particular a partir do 2º governo Dilma - Temas controversos - exemplo: Reformas na educação: elementos de continuidade e de ruptura - expansão do ensino superior no País, em parte reforçando a lógica privada e em parte edificada sobre um processo de precarização

9 Relação entre Desp. Pessoal e RCL é bem menor nos anos recentes do que nos anos 90 Últimos dois anos: relação voltou a subir - baixo crescimento da RCL (em média, 1,5% ao ano, enquanto a média do período foi de 12,1% ao ano)

10 - Contratação por tempo determinado - Terceirização - Trabalho estágio - Outros vínculos precários LRF/2000: Superávit primário - pagamento da dívida. Inibe a realização de concursos públicos (despesa permanente); estimula a contratação temporária, emergencial, de comissionados, a terceirização (despesas temporárias e muitas vezes menores); em vários casos os gastos sequer são contabilizados como despesa de pessoal

11 Pelo menos a metade da força de trabalho que hoje ingressa nos serviços públicos é selecionada por meio de processos seletivos simplificados e está associada a vínculos precários de contratação, sem falar nas outras formas como a terceirização e o trabalho estágio.

12 Numericamente, o ingresso de trabalho temporário no serviço público federal se intensificou nos últimos anos : ingressaram, em média, trabalhadores temporários; : média se ampliou para , mesmo rebaixada devido ao contexto restritivo mais recente (implicações sobre a redução do ritmo de inserção de força de trabalho no SPF). Em relação ao período anterior, o SPF brasileiro tem absorvido um maior nº de trabalhadores submetidos a formas menos protegidas e mais inseguras de contratação.

13 Dez/2015: contratados (expansão de 14% em relação ao ano anterior) Planejamento: o contrato temporário chega a representar, nos últimos anos, quase 30% do total de vínculos, por conta da situação atual do IBGE MDS: 15%; Educação: 5% do total dos servidores Construção de relações de forte dependência deste formato mais precário de trabalho Total: 4%

14 Forma de contratação barata: segundo MP, temporários representam 4% do total de servidores; mas as despesas com essa forma de contratação correspondem a apenas 0,8% a 1,2% do total das despesas com ativos.

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17 Despesas com contratação por tempo determinado nos diferentes Ministérios (em R$) , 2010 e 2014 Ministério/Ano MIN.PLAN.ORC.GESTAO , , ,77 MINIST. DA AGRICUL.,PECUARIA E ABASTECIMENTO , ,78 MINISTERIO DA CIENCIA E TECNOLOGIA , , ,67 MINISTERIO DA CULTURA , , ,67 MINISTERIO DA DEFESA , , ,28 MINISTERIO DA EDUCACAO , , ,31 MINISTERIO DA FAZENDA , , ,04 MINISTERIO DA INTEGRACAO NACIONAL ,39 MINISTERIO DA JUSTICA , , ,15 MINISTERIO DA PESCA E AQUICULTURA , ,68 MINISTERIO DA PREVIDENCIA SOCIAL , ,86 MINISTERIO DA SAUDE , , ,41 MINISTERIO DAS CIDADES , ,99 MINISTERIO DAS COMUNICACOES , ,09 MINISTERIO DAS RELACOES EXTERIORES ,08 MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA , ,24 MINISTERIO DO DESENV. SOCIAL E COMBATE A FOME ,46 MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO 6.436, ,81 MINISTERIO DO DESENV,IND. E COMERCIO EXTERIOR 889, ,21 MINISTERIO DO ESPORTE 4.275,00 MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE , , ,03 MINISTERIO DO TURISMO , ,39 MINISTERIO DOS TRANSPORTES ,67 PRESIDENCIA DA REPUBLICA , ,74 Total 04-Contratação por tempo determinado , , ,19 Fonte: CGU - Portal da Transparência - Governo Federal Elaboração própria maiores proporções de gastos: 1) Ministério da Educação (48,53%); 2) Ministério da Saúde (15,46%); 3) Ministério da Fazenda (10,61%); 4) Ministério da Defesa (9,34%); 5) Ministério Planejamento (5,59%). Maiores nºs de trabalhadores não significam maiores despesas médias: diferenças significativas entre salários, que dependem da Lei e das condições contratuais

18 7,000,000, ,000,000, ,000,000, ,000,000, ,000,000, ,000,000, ,000,000, Total dos gastos diretos do governo federal com terceirização (Elementos ), nos diferentes ministérios a em R$ constantes Variação real de 290% nas despesas com terceirização (locação de mão de obra e outras despesas decorrentes de contratos de terceirização), no conjunto dos Ministérios (incluindo a Presidência da República e suas Secretarias Especiais vinculadas), que passaram de R$ 1,7 bilhões para R$ 6,6 bilhões : momento de compromisso com o TCU de frear as terceirizações (vários TACs).

19 As maiores proporções médias de despesas com terceirização, somados dois elementos de despesa, foram encontradas em: 1) Ministério da Educação (26,7%); 2) Ministério da Saúde (17,2%); 3) Ministério da Previdência Social (9,7%); 4) Ministério da Fazenda (8,4%). As maiores ampliações destas despesas, entre 2004 e 2014, foram verificadas no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; na Presidência da República; no Ministério da Educação; e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).

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21 -Serviços de Consultoria: : crescimento real de 208% (de R$ 167,5 milhões para R$ 515,7 milhões). Separando 2004, 2010 e 2014, os Ministérios que mais despenderam recursos com consultoria foram o Ministério dos Transportes (42,1%) e o Ministério da Integração Nacional (12,1%). -Outros serviços de terceiros pessoa física: crescimento real de 180% (de R$ 577,9 milhões para R$ 1,6 bilhão). Em média, para os três anos, esses gastos encontraram suas maiores proporções nos Ministérios da Educação (36,7%) e da Defesa (32,4%).

22 Bolsa auxílio: R$ 203 (NI, 20h) a R$ 520 (NS, 30h). Acumula corrosão de 56% desde Proporção % de Estagiários em relação aos ativos efetivos - Administração Pública Federal - SIAPE ( ) 4,8 5,3 5,4 5,8 6,1 5,8 3,6 2,3 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 jan/13 jan/14 jan/15 Janeiro/2008: estagiários; Dezembro/2015: (+193%) : crescimento do número de estagiários de 193%, ou 24% ao ano, enquanto o quantitativo de servidores civis ativos no Executivo cresceu 17%, ou 2% ao ano (em um período pós Lei do Estágio)

23 Educação Dez/2015: docentes (SPF) 90,1% ( ) = Carreira de Magistério 9,4% (12.501) = contratos temporários : ingressaram professores efetivos e temporários Para cada servidor efetivo, foram contratados 2 temporários

24 Planejamento/IBGE

25 Revela-se, para cada uma dessas formas contratuais e na soma de todas elas, a construção de uma dependência cada vez maior de vínculos menos densos, orgânicos ou estáveis para o planejamento e a consecução dos serviços públicos. Movimentos contraditórios a partir de Porém, se o crescimento das formas de contratação atípicas ou por prazo determinado teve pouca expressão no mercado de trabalho privado, o mesmo não ocorreu no setor público. KREIN e BIAVASCHI (2015): Saindo da esfera federal e considerando todo o setor público brasileiro, dados da RAIS permitem verificar uma ampliação de 1.743% nos contratos especiais (passando de para contratos entre 1999 e 2013), com uma intensificação desta forma de contratação posterior a 2003.

26 Mesmo com as contradições expressas, já se transcorrem mais de 25 anos de planejamento e aplicação de um modelo que envolve uma série de elementos desestabilizadores do Estado, de sua capacidade de formular e executar políticas públicas, bem como dos trabalhadores do setor e de sua organização e resistência Tempos de sucessivas mudanças na seguridade social - área para a qual se planeja ainda mais e novas contrarreformas no sentido da contenção dos direitos; de intensificação de uma lógica privada implementada no Estado, seja por meio da previdência complementar, dos modelos de gestão, das parcerias públicoprivadas ou da exploração intermediada da força de trabalho como fonte de acumulação através da terceirização, entre tantos outros exemplos

27 Composto de 3 partes: a) Plano de Auxílio aos Estados e ao DF: permite alongar o prazo de pagamento das dívidas dos Estados com a União e reduzir o valor das parcelas. Condição: adoção de contrapartidas de controle dos gastos b) Medidas de Reforço à Responsabilidade Fiscal: estabelece critérios para fixação de limites aos gastos primários dos entes públicos e redutores das despesas obrigatórias no processo orçamentário 3 estágios progressivos de cortes, caso extrapole limites c) Regime Especial de Contingenciamento (REC): permite o contingenciamento de todas as despesas (exceções definidas em lei), caso haja baixo crescimento econômico no período

28 Cria os depósitos remunerados no Banco Central: instrumento de política monetária alternativo à venda de títulos do Tesouro. Institui modalidade de garantia às exportações e investimentos brasileiros no exterior por parte da União Objetivo: limitar o gasto público em relação ao PIB Extensão de 20 anos para pagamento das dívidas dos estados com a União, mediante a assinatura de um aditivo, com contrapartidas de curto e longo prazos: Curto prazo: adotar leis vedando, por 24 meses, a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remunerações a qualquer título, excetuando-se as sentenças judiciais e a revisão anual geral de salários prevista no inciso X do artigo 37 da CF Proíbe novas nomeações, exceto para reposição por aposentadoria e morte exclusivamente nas áreas de educação, saúde e segurança. Corte de 10% nos cargos de livre provimento, tendo como base o ano de Proíbe novas renúncias tributárias;

29 Longo prazo (estruturais): elevação das alíquotas da previdência (14%= trabalhadores, 28%=Estado); novos servidores: Estados deverão criar previdência complementar obrigatória; reforma do RJU, que deve limitar benefícios, progressões e vantagens aos servidores públicos da União Os PPAs (1º ano de mandato, vigência = 4 anos) deverão fixar gasto público primário sobre o PIB no caso da União e sobre a receita primária total no caso dos estados. Se o PLDO ultrapassar os limites do PPA, deverão ser feitos cortes em três estágios

30 a) Primeiro estágio: Restringe ampliações no quadro de pessoal; veda criação de cargos, funções, alteração de carreiras e contratação de pessoal (ressalvadas reposição por aposentadoria ou falecimento, reposição de cargos de chefia e direção que não implique aumento de despesa, contratação temporária de excepcional interesse público) Veda aumentos reais de salários de servidores, restringindo os reajustes à (no máximo) a inflação medida pelo IPCA do ano de elaboração da LDO corte de pelo menos 10% das despesas com cargos de livre provimento as despesas de custeio não obrigatórias não poderão ter correção superior à variação do IPCA

31 b) Segundo estágio: reajuste de salários de servidores limitado à revisão geral anual prevista no inciso X do artigo 37 da Constituição Federal corte adicional ao 1º estágio de pelo menos 10% das despesas com cargos de livre provimento vedação das despesas com subsídios ou subvenções, exceto se já contratadas, e congelamento da despesa de custeio não obrigatória c) Terceiro estágio: reajuste do SM limitado à reposição da inflação (mínimo assegurado pela CF, art 7º, inc. IV) = FIM DA POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DO SM redução em até 30% dos gastos com servidores decorrentes de parcelas indenizatórias e vantagens de natureza transitória (transferências, diárias etc.); e implantação de PDVs e licenças incentivadas para servidores e empregados, a fim de reduzir despesas

32 Outras despesas com pessoal: definição ampliada - terceirização, outras formas de contratação de pessoal, valores repassados para as organizações da sociedade civil (contratação de mão de obra para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco) cada vez mais vão proliferar contratações mais baratas Inclui itens antes não considerados como Despesa com Pessoal (ex.: despesas com indenizações e auxílios e valores referentes às despesas de exercícios anteriores) Limite da LRF inclui, para fins de cálculo, a remuneração bruta (incluindo os descontos com IR) Limita a proporção das despesas com pessoal a 40,87% da RCL (União) Limite prudencial (tribunais de contas acionam os órgãos responsáveis) reduzido de 95% para 90% do limite máximo Impede celebração de acordos cujos efeitos financeiros vão para além do mandato

33 Servidores estaduais: passarão, necessariamente, 2 anos sem aumento salarial num contexto de inflação relativamente alta A revisão anual não é realizada normalmente. A perspectiva de estagnação econômica, a obrigação de redução do gasto com pessoal e o aumento da contribuição previdenciária impactaria numa redução da remuneração líquida dos servidores Redução do emprego público Restrições com custeio impactarão negativamente nas condições de trabalho (instalações, equipamentos, diárias, etc.) Risco de privatizações antecedidas de redução do quadro de pessoal como ocorreu no passado Inviabilização da política de valorização do serviço público

34 A negociação coletiva passaria a ter seu momento principal ao longo do processo de elaboração e aprovação do Plano Plurianual: aumentam as incertezas e o risco de deterioração das condições salariais e de trabalho Resultado da negociação estaria sempre sujeito à revogação pela Lei Orçamentária, caso o desempenho da arrecadação não confirme as previsões iniciais, mesmo que isso decorra de má gestão das finanças públicas ou da economia AMPLA REFORMA ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO: vincula o ajuste fiscal da União a todos os entes federativos Danos aos servidores e ao serviço público: todo o ajuste será feito somente sobre as despesas não financeiras, preservando assim o privilégio da destinação de recursos para o pagamento da dívida pública

35 O governo interino está paralisado? Ágil caneta contra os direitos e a proteção social Governo já aprovou a DRU (PEC 87/15 - Dilma), ampliando de 20 para 30% o percentual a ser desvinculado até 2023 (contribuições sociais que deveriam ir para seguridade social vão para onde o governo quiser); encaminhou questões como Estatuto das Estatais (PLS 555/15 - portas abertas para a privatização); novas regras para a gestão dos fundos de pensão públicos (PLS 78/2015); abertura do Pré-Sal (PLS 131/15; aumento da participação do capital estrangeiro nas aéreas (MP 714/16); renegociação da dívida dos Estados em troca de apoio, etc, etc, etc, etc...

36 PLP 257/16: urgência constitucional/prioridade (encontrando resistência vide 06 de julho, votação no plenário da Câmara) PEC 241/16 novo regime fiscal ou parte da PONTE PARA O ABISMO : - teto para o gasto público (limite: despesa do ano anterior, corrigida pela inflação). - CONGELAMENTO POR 20 ANOS mesmo que a economia cresça! canaliza a economia para pagamento da dívida (juros+principal) ALVOS: trabalhadores, servidores (despesas com pessoal = freios: proibição de reajuste salarial, criação de cargos ou funções, reestruturação de carreiras e realização de concursos públicos), serviços públicos, benefícios, educação, seguridade (saúde, previdência, assistência) desvinculação, de % da receita de impostos, de despesas com educação e saúde

37 PL 327/14 regulamentação da greve: virou prioridade desconto dos dias parados; mínimo de 60% para atividades essenciais; substituição dos grevistas; multa para as entidades sindicais; proibição de greve 60 dias antes de eleições, etc. Reforma da previdência FILÉ! alvo preferencial do mercado financeiro - Mudanças não só para os novos trabalhadores (fórmula Meirelles) - Novas exigências (idade mínima + contribuição) - Desvincular benefícios (inclusive aposentadorias) dos reajustes do salário mínimo Outras medidas de ajuste: dispensa de servidor por insuficiência de desempenho; mudanças nos critérios de progressão/promoção; restrições na concessão de pensões, aposentadorias por invalidez e auxílio-doença; novo arrocho na concessão do abono do PIS/PASEP e do seguro-desemprego

38 Referências: Slides 1-26: MAGNI, Ana Carla (2016). Flexibilização e precarização nos serviços públicos: o caso do IBGE. Dissertação de Mestrado - Instituto de Economia UNICAMP. Demais slides: DIEESE (2016). O Projeto de Lei Complementar 257/2016 e os Trabalhadores no Serviço Público. Nota Técnica nº 158, abril de Disponível em < DIAP (2016). PEC de teto de gasto público tem o servidor como alvo. Disponível em <

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