TEMAS PNEUMOCONIOSES NEOPLASIAS

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1 TEMAS PNEUMOCONIOSES NEOPLASIAS

2 INTRODUÇÃ ÇÃO Classificaçã o das doenças respiratórias rias: 1. Doença a respiratória ria ocupacional a natureza do trabalho causa o adoecimento 2. Doença a respiratória ria relacionada ao trabalho há necessidade de comprovaçã o do nexo causal

3 Classificaçã o em relaçã à latência: Longa - pneumoconioses e o câncer c de pulmão - exposiçã o acumulativa ou dose-dependente dependente - tempo de exposiçã - concentraçã o do agente na fraçã o respirada Curta - disfunçã o reativa das vias aéreas a e pneumonite de hipersensibilidade - agentes irritantes ou sensibilizantes

4 PNEUMOCONIOSES Pneumo = pulmão Conion = póp Ose = estado de Zenker (1866) PNEUMOCONIOSE: poeiras minerais inaladas. Estendeu para agentes orgânicos Aerossol = soluçã o coloidal em que a fase dispersora é gasosa e a fase dispersa é sólida or líquida Quem são? s As poeiras, os fumos, as fumaças as e as neblinas Poeiras, fumos e fumaças as contêm m material particulado passível de ser inalado Fibras: partículas com relaçã o comprimento/diâmetro metro 3:1. Deposiçã depende do diâmetro 3 µm Poeiras são o produzidas pela quebra ou degradaçã o mecânica de material sólido, que se encontra em suspensão o no ar, na forma de particulado esférico ou na forma de fibra Fumos são óxidos metálicos formados a partir do aquecimento e fusão do respectivo metal. Tamanho médio m de 0,1 a 0,4 µm Fumaças as são o produtos complexos de materiais orgânicos carbonáceos, ceos, sendo constituídas de gases, fumos, vapores e poeiras

5 Fatores que influenciam a reaçã o pulmonar: 1. Tamanho da partícula para deposiçã o alveolar entre 2 a 5µm; 5 2. Susceptibilidade individual; 3. Intensidade e duraçã o da exposiçã, e; 4. Propriedade química da poeira e sua toxicidade.

6 Tamanho médio m das partículas em suspensão o no ar (Parkes WR. Occupational Lung Disorders ) Grãos de areia Pólens Poeira de cimento Esporos de Actinomices Poeira industrial de rochas moídas (asbestos, sílica s livre) Fumaça a de cigarro Fumos metálicos (de solda) 200 a 2000 µm 10 a 100 µm 4 a 10 µm 0,6 a 2,5 µm 1 a 10 µm 0,1 a 1 µm 0,1 a 4 µm

7 Tipos de reaçã o pulmonar parenquimatosa (Green FHY. Pathology of Occupational Lung Disease 1998) Pneumoconiose não fibrogênica Fibrose pulmonar nodular Pneumonia intersticial descamativa Fibrose pulmonar progressiva Proteinose alveolar difusa Granulomatose Pneumonia intersticial de células c gigantes Pneumonite de hipersensibilidade Pneumonite química Metais inertes (ferro,cromo) Sílica, carvão o mineral Asbestos Sílica, carvão o mineral Sílica Berílio, alumínio Cobalto Poeiras orgânicas(enzimas) Fumos de solda

8 PNEUMOCONIOSES DIAGNÓSTICO STICO: Anamnese clínica Anamnese ocupacional Exame físicof Exame complementar: O principal meio é a leitura radiológica. Classificaçã o radiológica pela Organizaçã o Internacional do Trabalho: 1. qualidade radiológica; 2. profusão o radiológica, e; 3. tipos de lesão.

9 Risco Exame Complementar Periodicidade dos Exames Método de Execuçã Critério rio de Interpretaçã Aerodispersóides ides FIBROGÊNICOS Telerradiografia do Tórax T PA Espirometria Admissional e anual Admissional e bienal Radiografia em PA Técnica T preconizada pela OIT, 1980 Técnica preconizada pela ATS, 1987 Classificaçã Internacional da OIT para radiografias Aerodispersóides ides Não FIBROGÊNICOS Telerradiografia do Tórax T PA Espirometria Admissional e trienal, se exposiçã o < 15 anos Bienal, se exposiçã o > 15 anos Admissional e Bienal Radiografia em PA TécnicaT preconizada pela OIT, 1980 Técnica preconizada pela ATS, 1987 Classificaçã Internacional da OIT para radiografias

10 SILICOSE Agente etiológico principal é o quartzo Inalaçã o de sílica s livre ou do dióxido de silício Silicose,, DPOC, Câncer C de pulmão, Insuf Renal, aumento do risco de Tuberculose pulmonar e Doenças do colágeno (Silicoesclerodermia( = Sindrome de Erasmus) Ocupaçõ ções: Mineraçã o de ouro Pedreira Indústria cerâmica Jateamento de areia Fábrica de vidros refratários rios e de louças Fundiçã o de ferro Cavadores de poços os no Nordeste

11 Classes evolutivas: 1. Forma crônica - > de 10 anos e pequenas concentraçõ ções. Nódulos N disseminados em ambos os pulmões. Mais comum; 2. Forma acelerada de 5 a 10 anos. Nódulos N com tendência ncia à confluência,e; ncia,e; 3. Forma aguda de 1 a 5 anos e grandes concentraçõ ções. Participaçã imunológica?! Indústria de sabão o abrasivo, jateamento de areia e cavadores de poços os Radiologia: Presença a de alteraçõ ções radiológicas persistentes, irreversíveis veis e progressivas independente de nova exposiçã. Classicamente os nódulos n são s o descritos no 1/3 superior dos pulmões, podem coalescer e cavitar (BK associado) Prova de funçã o respiratória: ria: inicialmente obstrutivo e com a progressão o da doença a passa a ter padrão o restritivo. Não N o existe boa correlaçã o entre imagem e funçã

12 SIDEROSE Ocupaçõ ções: mineraçã o e fundiçã o de ferro, extraçã o e fabricaçã o de esmeril, fabricaçã o de aço. a Possibilidade de exposiçã à sílica livre (mineraçã, siderurgia e fundiçõ ções de peças usadas nos moldes de areia) Clínica inexpressiva Radiologia: semelhante ao da silicose,, linhas B de Kerley.. Pode regredir

13 DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO Comercialmente conhecido como amianto (quase 30 variedades). Classificaçã o em 2 grupos: 1. Crisolita ou amianto branco (principal) 2. Anfibólios Efeitos carcinogênico nico (pulmão o e mesotelioma) ) e fibrogênico - 10 anos para anfibolios - 30 anos para crisotila Exposiçã o direta: atividade extrativista (Goiás). Exposiçã o indireta: residir nas imediaçõ ções LEI ESTADUAL RJ 1080/92: PROÍBE FABRICAÇÃ ÇÃO O E COMERCIALIZAÇÃ ÇÃO O DO ASBESTO CRISOTILA

14 DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO Setores: Produtos de cimento-amianto ou fibrocimento (85%) Materiais de fricçã o (19%) Fabricaçã o de produtos têxteis t (3%) Produçã o de juntas de vedaçã o e gaxetas (2%) Outros (1%) Eternit Telhas, caixas-d á água em fibrocimento Thermoid Lonas de freio

15 APRESENTAÇÃ ÇÃO Doenças pleurais não n o malignas: 1. Espessamento pleural difuso = pleura visceral, restriçã o pulmonar 2. Espessamento pleural circunscrito = placas pleurais, mais frequente manifestaçã, 1/2 inferiores das paredes laterais 3. Derrame pleural = pequeno volume e bilateral, exsudato hemorrágico 4. Atelectasia redonda = síndrome s de Bleskovsky,, espessamento pleural focal com colapso parcial e torsão do pulmão o adjacente Asbestose: : fibrose intersticial pulmonar. Clínica: dispnéia ia leve e progressiva Mesotelioma: : 88% pleurais 9,6% peritoneais 0,7% pericárdico rdico 0,2% serosas testiculares. Acomete entre as 5 a e 6 a décadas, dor torácica e dispneia.. Formas epitelial, mesenquimal ou misto. Diferenciaçã o difícil com adenocarcinoma metastático tico.. 70% resultam de exposiçã o em estaleiros, fábricas f de isolantes Câncer de pulmão: : fibras crisolita e tremolita.. Mais comum em fumantes

16 PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO CARVÃO A incidência ncia varia conforme a composiçã o geológica gica do solo e o tipo de mineraçã o empregada na extraçã o do minério Ocupaçã : furador de frente, de teto e operadores de máquinasm Tempo médio m para diagnóstico: 10 anos de atividade Clínica: assintomático, tico, asma dos mineiros, DPOC, câncer, c fibrose pulmonar PFR: inicialmente normal, podendo progredir para padrão o misto com predomínio obstrutivo por comprometimento das vias aéreasa PNEUMOCONIOSE REUMATOIDE Síndrome de Caplan Trabalhadores expostos à sílica e entre pacientes com silicose, pneumoconiose dos mineiros de carvão o e asbestose A maior prevalência ocorre entre os silicóticos ticos.. 1ª 1 descriçã (pneumoconiose dos mineiros de carvão o ) Tipo clássico: a presença a de nódulosn reumatoides nos pulmões, independente da presença a ou não n o de alteraçõ ções radiológicas, associada ou não n o a um quadro de artrite reumatoide em atividade

17 DOENÇA A CRÔNICA PELO BERÍLIO Ocupaçã : indústria aeroespacial, indústria de cerâmicas, indústria eletrônica, ligas de próteses dentárias, fabricaçã o de rebolos Efeitos imunogênico nico e cancerígeno Quadro radiológico semelhante à sarcoidose e à pneumonite de hipersensibilidade Tratamento pode incluir corticoterapia

18 CÂNCER PULMONAR Arsênico (mineraçã o de cobre) Asbestos Berílio Bisclorometiléter ter/ Clorometiléter ter (tratamento em indústria têxtil, t fabricaçã de pesticida, substâncias protetoras contra fogo) Cádmio (fabricaçã o de pigmentos, de vidros) Sílica cristalina Cloreto de vinil (fabricaçã o de PVC) Cromo VI (fabricaçã o de baterias) Gás s mostarda Níquel e seus compostos Radônio Agentes e grupo de agentes Grupo 1 da IARC* (agente é cancerígena para o homem) * International Agency for Research on Cancer

19 CÂNCER PULMONAR Produçã o de alumínio Gaseificaçã o de carvão Produçã o de carvão o coque (pavimentaçã asfáltica de estradas, impermeabilizaçã de lajes e pisos) Vapores de ácidos fortes Fundiçã o de aço a o e ferro Mineraçã o de hematita Pintura com pulverizador contendo ácido sulfúrico Exposiçõ ções nos ambientes de trabalho: situaçõ ções ou processos Grupo 1 da IARC

20 Legislaçã o previdenciária ria (Decreto 3048 de 06/05/1999) inclue além dos sublinhados a acrilonitrila e neblina de óleos minerais (óleo( de corte) DIAGNÓSTICO CAUSAL: História ocupacional; Levantamentos ambientais realizados; Existência de outros pacientes que tiveram ou têm t m câncer; c Existência de alteraçõ ções pulmonares que auxiliem a comprovar a exposiçã o (asbestose( asbestose, beriliose); Tempo de latência geralmente acima de 15 anos, e; Fatores associados como tabagismo, hidrocarbonetos policíclicos clicos com asbestos.

21 Referência Doenças ocupacionais respiratórias: rias: Jornal Brasileiro de Pneumologia,, v. 32, supl.. 2, :// /v35n9/v35n9a17.pdf :// ://sopterj.com.br/revista/2005_14_1/13.pdf

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