DOENÇAS OCUPACIONAIS E NTEP. Paulo Reis 11/2010
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1 DOENÇAS OCUPACIONAIS E NTEP Paulo Reis 11/2010
2 Uma Breve História!
3 Evolução dos Conceitos: Morrer Mais ou Morrer Antes Primeiros registros: a visão do poeta romano Lucrécio cio (98-55 ac): Não viste nem ouviste como morrem em tão pouco tempo, quando ainda tinham tanto vida pela frente? Morte prematura anos potenciais de vida perdidos (APVP)
4 Evolução dos Conceitos: Morrer Mais ou Morrer Antes Observações de Georgius Agrícola ( ), 1555), livro De Re Metallica (1556): Aqueles que desentranham minerais são vítimas, v pois, de grandes riscos; as mulheres que com eles casam estão sujeitas a contraírem rem novas núpcias, n porque ficam logo viúvas, vas, como aconteceu nas minas dos Montes Cárpatos que, houve mulheres que chegaram a ter sete esposos.
5 Contribuições de Bernardino Ramazzini ( ) 1714) De Morbis Artificum Diatriba ( As Doenças dos Trabalhadores )
6 Evolução dos Conceitos: Perfis de Adoecimento e Morte (por profissão) As Doenças dos Trabalhadores (livro) De quê adoecem e morrem os trabalhadores? Doenças dos mineiros (Capítulo I) Doenças dos Químicos micos (Capítulo IV) Doenças dos Oleiros (Capítulo V) Doenças dos Coveiros (Capítulo XVII) Doenças dos que Trabalham em Pé P (XXIX) Doenças dos Militares (XL) Doenças dos Tipógrafos grafos Doenças dos Escribas e Notários rios Outras profissões (> 40)
7 Evolução dos Conceitos: da Profissão Atual à História Profissional Contribuições de Percival Pott ( ): 1788): câncer de escroto em ex- limpadores de chaminés (importância da anamnese ocupacional; importância do tempo de latência
8 Evolução dos Conceitos: Atividade x Local de Trabalho Contribuições de Louis René Villermé ( ): 1863):... descrição comparativa das similaridades e diferenças entre trabalhadores da mesma atividade mas que trabalham em diferentes locais,, e trabalhadores do mesmo estabelecimento, mas em atividades diferentes......
9 Evolução dos Conceitos: Pasteur, Koch e a Busca das Causas Com a era bacteriológica gica (Pasteur, ; 1895; Koch,, ), 1910), ganha corpo a ideia de que para cada doença existe um agente etiológico! A prevenção ou erradicação seria, em princípio, pio, possível, com a eliminação da causa.
10 Evolução dos Conceitos: Encontram-se Nomes e Causas Doenças respiratórias rias dos mineiros = pneumoconioses (Zenker,, 1866) Pneumoconiose dos expostos à sílica = silicose (Visconti, 1876) Chumbo = saturnismo Mercúrio rio = hidrargirismo oses, ismos e ites As doenças têm nomes e causas, e podem/devem ser combatidas pela eliminação das causas!
11 A Busca de Causas,, na Perspectiva Epidemiológica
12 Epidemiologia Analítica Parte da Epidemiologia que procura verificar a associação causal entre um agravo e uma variável vel (fator de risco ou causa), estabelecer suas leis ou condições de propagação e os meios de controle adequados. Luís s Rey, Dicionário de Termos Técnicos T de Medicina e Saúde, 1999)
13 Evolução dos Conceitos: Comparação de Riscos (de morrer, por exemplo) Contribuições de William Farr ( ): estudos de mortalidade geral e específica (doenças respiratórias) rias) em áreas de mineração; ideia de risco relativo e risco atribuível vel
14 Evolução dos Conceitos: Odds Ratio Indicador para estimativa do risco relativo,, a partir dos valores levantados em estudos de casos-controle. controle. É uma medida do efeito do fator em estudo no desenvolvimento do desfecho clínico, representando a razão entre as chances em favor da exposição nos casos (doentes) e as chances em favor da exposição nos não- casos (sadios). (Rouquayrol & Almeida Filho, In Epidemiologia & Saúde, 5ª. 5. Ed., 1999)
15 Associação e Associação Causal Associação (Estatística): stica): Dependência estatística stica entre dois ou mais eventos, características ou outras variáveis. veis. Associação Causal (Estatística): stica): Associação não- aleatória entre duas variáveis. veis. Tipo de associação que existe entre duas variáveis veis pela qual sempre que uma delas ocorre (causa) precede o aparecimento de outra (efeito) e, se a primeira é modificada, modifica também a outra. (Luís s Rey, Dicionário de Termos Técnicos T de Medicina e Saúde, 1999)
16 Associações Causais entre Trabalho e Doença (Clínica x Epidemiologia) (Schilling, 1984) I Trabalho como causa necessária II Trabalho como fator contributivo, mas não necessário III Trabalho como provocador de um distúrbio latente, ou agravador de doença a jáj estabelecida
17 Nexo (Schilling I) CAUSA EFEITO
18 Nexo (Schilling I e III) EFEITO 1 CAUSA EFEITO 2 EFEITO 3 EFEITO 4
19 Uma Causa,, Vários V Efeitos : Asbesto (Amianto) Lista A Neoplasia Maligna do Estômago (C16.-) Neoplasia Maligna da Laringe (C32.-) Neoplasia Maligna dos Brônquios e do Pulmão (C34.-) Mesotelioma da Pleura (C45.0), do Peritônio (C45.1), do Pericárdio rdio (C45.2) Placas Epicárdicas ou Pericárdicas rdicas (I34.8) Asbestose (J60.-) Derrame Pleural (J90.-) Placas Pleurais (J92.-)
20 Nexo (SchiIIing II) CAUSA 1 CAUSA 2 EFEITO CAUSA 3 CAUSA 4
21 Várias Causas,, Um Tipo de Efeito: Neoplasia da Cavidade Nasal e dos Seios da Paranasais (C30-C31) C31) (Lista A) Radiações ionizantes Níquel e seus compostos Poeiras de madeira e outras poeiras orgânicas da indústria do mobiliário Poeiras da indústria do couro Poeiras orgânicas (na indústria têxtil e em padarias) Trabalhadores da indústria do petróleo
22 Nexo (Consolidado do mundo real...) CAUSA 1 EFEITO 1 CAUSA 2 EFEITO 2 CAUSA 3 EFEITO 3 CAUSA 4 EFEITO 4
23 NEXOS PREVIDENCIÁRIOS RIOS (DECRETO 3.048/1999 (ANEXO II) E INSTRUÇÃO NORMATIVA 31/2008)
24 Critérios rios de Causalidade de Bradford Hill 1. CONSISTÊNCIA 2. FORÇA ( ) 1991) 3. ESPECIFICIDADE 4. RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA 5. RELAÇÃO TEMPORAL 6. PLAUSIBILIDADE BIOLÓGICA 7. COERÊNCIA 8. EXPERIMENTO
25 ASSOCIAÇÃO CAUSAL Artigo 2 o da Resolução CFM 1488/98 Descreve 9 passos para o nexo de causalidade que inclui a necessidade de dados epidemiológicos Tal dispositivo deve ser observado por todos os médicos m que atendem trabalhadores
26 ASSOCIAÇÃO CAUSAL PROTOCOLOS MÉDICOM DICO-PERICIAIS DO INSS (RESOLUÇÃO INSS/DC Nº N 10, DE 23 DE DEZEMBRO DE DOU DE 20/04/2000) Descreve 10 questões essenciais para o raciocínio médicom dico-pericial para a inferência causal e que inclui as evidências epidemiológicas
27 LISTA C (NTEP) (Decreto 3048/1999) TUBERCULOSE ÍNTIMAS. NO CNAE:1411-8/01: CONFECÇÃO DE ROUPAS TUBERCULOSE NO CNAE:4713-0/03: LOJAS DUTY FREE DE AEROPORTOS INTERNACIONAIS. DIABETES NO CNAE:1091-1/01: 1/01: FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DE PANIFICAÇÃO E OUTROS 40 SEGMENTOS ECONÔMICOS. APENDICITES NO CNAE: /01 1/01 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO HOSPITALAR E OUTROS 28 SEGMENTOS ECONÔMICOS. HEMORRÓIDAS LISTADAS EM 120 SEGMENTOS ECONÔMICOS.
28 EVOLUÇÃO DAS APENDICITES OCUPACIONAIS Fonte: INSS
29 EVOLUÇÃO DAS HEMORRÓIDAS OCUPACIONAIS Fonte: INSS
30 LISTA C (NTEP) (Decreto 3048/1999)
31 QUESTÕES? Paulo Reis (11) (71)
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