PAINEL IV: A Mineração como Indutora do Desenvolvimento Regional
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- Ester Marques Belmonte
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1 Mineração e Comunidades PAINEL IV: A Mineração como Indutora do Desenvolvimento Regional TEMA 3: Meio Ambiente e Comunidades Mineração em Áreas Urbanas Sandra Maia de Oliveira Belo Horizonte, 21 de Setembro de 2016
2 Conteúdo 1. Histórico do Planejamento Urbano 2. Planejamento Metropolitano 3. Conflitos da Mineração em Áreas Urbanas: Agregados para Construção 4. Plano Diretor de Mineração para a Região Metropolitana de São Paulo 5. Consequências do Plano Diretor de Mineração 6. Exemplo de Planejamento Regional Vale do Paraíba 7. Relação da Mineração de Agregados com as Comunidades. Relações Comunitárias, Recuperação Ambiental e Usos Futuros 8. Desafios para a Mineração de Agregados 9. Futuro da Mineração de Agregados
3 Histórico do Planejamento Urbano Décadas de 60 e 70 rápida industrialização urbanização explosiva nas principais cidades necessidades de bens minerais; Limites das cidades tornam-se indistintos (conurbação); Urbanização rápida obriga o zoneamento do solo para as diversas atividades; Planejamento deixa de ser só preocupação municipal maior envolvimento dos estados e da união; Final da década de 60: planejamento regional criação das regiões metropolitanas planejamento metropolitano.
4 Planejamento Metropolitano 1967 a 1970 Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado PMDI; Até 1974 Consolidação do sistema de consulta, gerenciamento, implantação e controle do planejamento metropolitano; Planejadores se preocupam essencialmente com a urbanização; Agricultura (pouco tratada) e mineração (totalmente desconsiderada).
5 Conflitos da Mineração em Áreas Urbanas: Agregados para Construção Crescente urbanização nos grandes centros problemas; Décadas de 70 e 80: acirramento do conflito com a entrada da questão ambiental e um movimento para fechamento das minas; Áreas de produção de agregados situadas próximas às grandes cidades foram sendo continuamente esterilizadas: novas minas com distâncias cada vez maiores (exemplo Vale do Paraíba); Plano Diretor de Mineração para RMSP; A partir de 1992 são iniciados novos PDM Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, etc.
6 Posição dos Agregados na Produção Mineral Brasileira (milhões de toneladas) Agregados Minério Fe Brita Exportação Areia Calcário (Cimento*) Consumo Interno e e Fonte: DNPM; SNIC; BNDES; ANEPAC (*) Estimativa ANEPAC a partir de dados do SNIC
7 Plano Diretor de Mineração para a Região Metropolitana de São Paulo O Plano Diretor de Mineração da RMSP executado em conjunto - governos federal (DNPM e CPRM) e estadual (SNM e EMPLASA); Foram levantadas todas as minas em atividade na Grande São Paulo, a geologia do local, os problemas ambientais provocados e os possíveis conflitos com outras atividades de uso de solo Foi produzido um mapa do potencial mineral da RMSP, acrescido de uma análise do mercado consumidor; Plano Diretor possuía propostas técnicas, administrativas e institucionais.
8 Consequências do PDM - RMSP Governo Federal começa a executar Planos Diretores de Mineração para outras regiões metropolitanas Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, etc. SALVADOR RECIFE FORTALEZA
9 Consequências do PDM - RMSP As faculdades de engenharia e de geologia passaram a se preocupar em estudar os agregados para construção e outros minerais industriais; Diversos trabalhos de mestrado e de doutorado passaram a investigar estes insumos minerais; Década de 90, para evitar conflitos entre urbanização X mineração, o Governo Estadual editou decreto criando uma comissão de trabalho para proceder estudos e propor diretrizes para gerenciamento das áreas de produção mineral no Estado SP; Foco na principal região produtora de areia Vale do Paraíba.
10 Exemplo de Planejamento Regional para Mineração de Areia Vale do Paraíba A região do Vale do Paraíba é a maior produtora de areia que abastece a RMSP e a região valeparaibana; A areia é extraída no rio e nas várzeas Paraíba do Sul desde o final da década de 1940; Década de 90 a extração de areia, inicialmente no leito do rio, migra para exploração em cavas na várzea; Concentração no trecho compreendido por Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba; Cenário de expansão acelerada; estudos individuais não produziam informações e propostas técnicas suficientes para minimizar o impacto ambiental cumulativo da atividade; número elevado de empresas, proximidade entre minerações e áreas urbanizadas.
11 SITUAÇÃO DO VALE DO PARAÍBA (1996) Setor Produtivo reivindica regras claras para mineração. Setor Público. Dificuldades no processo de controle ambiental. Adensamento da atividade CPLEA, CPRN/DAIA,DEPRN, CETESB, IG, Polícia Ambiental e CODIVAP REGULARIZAÇÃO Licenciamento Fiscalização PLANEJAMENTO Zoneamento Ambiental Minerário Resolução SMA 42/96 Resolução SMA 28/99
12 PLANEJAMENTO Estudos/Levantamentos PROJETO - PARAÍBA DO SUL POTENCIALIDADE DE AREIA (1996 IG) MAPA DE USO DO SOLO (1997- CPLEA) REUNIÕES TÉCNICAS (ESTADO E SETOR PRODUTIVO) LEVANTAMENTOS NO SISTEMA DE MEIO AMBIENTE (SMA/CETESB/DEPRN, etc.) E PREFEITURAS PROPOSTA DE ZONEAMENTO Discussões PREFEITURAS IBAMA Sistema de Meio Ambiente DNPM Comissão Especial do Consema AUDIÊNCIA PÚBLICA (São José dos Campos) + CONSEMA RESOLUÇÃO SMA 28/99
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14 PONTOS IMPORTANTES DA RESOLUÇÃO SMA nº 28/1999 Resolução SMA Nº 28, de 22 DE SETEMBRO DE 1999 Dispõe sobre o zoneamento ambiental para mineração de areia no subtrecho da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul inserido nos municípios de Jacareí, São José dos Campos, Caçapava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba, e dá providências corre latas. Art. 15. A Secretaria do Meio Ambiente orientará os municípios na elaboração de planos municipais de zoneamento ambiental, buscando compatibilizá-los com as normas estaduais. Art. 16. Fica constituído um grupo de trabalho para acompanhamento e avaliação do disposto nesta resolução, que, no prazo de dois anos a contar da data de sua publicação, deverá apresentar relatório circunstanciado de seus trabalhos para informação do Conselho Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA. Art. 17. O disposto nesta resolução deve ser objeto de revisão, inclusive conceitual, dentro de prazo não superior a 6 anos... Art. 19. Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
15 PONTOS IMPORTANTES DA RESOLUÇÃO SMA nº 16/2011 Resolução SMA nº 16, de 28 de abril de 2011 A Secretaria do Meio Ambiente (SMA) criou, através da Resolução SMA 16/11, de 28/04/2011, um Grupo de Trabalho (GT) com participação de representantes de suas áreas técnicas e do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA) do Ministério Público de São Paulo para: revisar o atual zoneamento ambiental das áreas com atividade minerária de extração de areia no subtrecho Jacareí Pindamonhangaba, com proposta de sua extensão para toda a Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo, e estudar e reavaliar a implementação das medidas de recuperação de áreas degradadas por essa atividade.
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17 Relação da Mineração de Agregados com as Comunidades RELAÇÕES COMUNITÁRIAS, RECUPERAÇÃO AMBIENTAL E USOS FUTUROS
18 RELAÇÕES COMUNITÁRIAS PROJETO JACUÍ VERDE VIDA
19 RELAÇÕES COMUNITÁRIAS: PROJETO VIVA RIBEIRA
20 RELAÇÕES COMUNITÁRIAS: PROJETO CIDADÃO DO FUTURO GRUPO AB AREIAS PINDA E ROSEIRA
21 RELAÇÕES COMUNITÁRIAS: PROJETO EDUCAÇÃO AMBIENTAL GRUPO AOKI - SJC
22 RECUPERAÇÃO AMBIENTAL: Revegetação com espécies nativas 2010 Áreas de Preservação Permanente APPs, são prioritárias dentro do empreendimento para iniciar os trabalhos de recuperação, com o reflorestamento com espécies nativas. Os reflorestamentos com nativas também são realizados nas faixas de entorno e entre as cavas de extração mineral. APP do rio Paraíba do Sul, trecho com 2 hectares plantados sem elevação de cota 2016
23 USO FUTURO: CRIAÇÃO DE PEIXE EM TANQUES REDE
24 USO FUTURO: PRÁTICA DE ESPORTES NÁUTICOS Projeto de Canoagem para treinamento de atletas, adolescentes e crianças de Pindamonhangaba e Região.
25 ÁREAS REABILITADAS COMO PARQUES DE USO PÚBLICO NA CIDADE DE SÃO PAULO
26 Parque Cidade de Toronto
27 Raia Olímpica USP
28 Parque do Ibirapuera (SP)
29 Parque Ecológico do Tietê (SP)
30 ÁREA REABILITADA PARA CONSTRUÇÃO DE UM SHOPPING NA CIDADE DE SÃO PAULO Evolução - 1
31 Evolução - 2
32 Evolução - 3
33 Evolução - 4
34 Parque Regional do Iguaçu Áreas reabilitadas de Curitiba - PR
35 Parque Tingui - Curitiba
36 Ópera de Arame Parque das Pedreiras - Curitiba
37 Desafios para a Mineração de Agregados Alertar as administrações municipais quanto à conservação das jazidas de areia existentes e impedir que usos de solo concorrentes inviabilizem seu aproveitamento futuro; Convencer a população e o poder público da importância da mineração e ter uma política mineral nos Estados, que inclua o ordenamento territorial para o setor mineral de agregados; Apoiar a mineração com responsabilidade socioambiental; Interagir para buscar soluções de consenso - setor produtivo, órgãos públicos e sociedade civil, para o desenvolvimento da atividade, recuperação das áreas mineradas e uso futuro das áreas exauridas de mineração; Melhorar a imagem pública da mineração.
38 Futuro da mineração de agregados Ordenamento Territorial é fundamental como instrumento de política pública para a sustentabilidade da mineração de agregados nas áreas urbanas; Planejamento do uso do solo para a mineração é muito mais que uma questão econômica, trata-se de garantir recursos minerais de qualidade e a preços compatíveis para as próximas gerações; Plano Nacional de Agregados vem de encontro a esta demanda setorial pelo ordenamento territorial; Fortalecimento Institucional da Mineração nos Estados.
39 Planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões presentes." Peter Drucker Obrigada! sinda@sindareia.com.br Sandra Maia
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