Faculdade de Letras UFRJ Rio de Janeiro - Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Faculdade de Letras UFRJ Rio de Janeiro - Brasil"

Transcrição

1 02 a 05 setembro 2013 Faculdade de Letras UFRJ Rio de Janeiro - Brasil SIMPÓSIO - Construções gramaticais: Estratégias cognitivas e pontos de vista

2 INDÍCE DE TRABALHOS (em ordem alfabética) A atribuição dos papéis temáticos na distinção entre complementos e adjuntos Bruno de Assis Freire de Lima A retomada de personagens em uma narrativa sinalizada Thais Bolgueroni Barbosa Aspectos genéricos da dêixis: o caso dos pronomes you e we em inglês Helen de Andrade Abreu Construções concessivas com mesmo que e se bem que: diferentes níveis de concessividade André Vinícius Lopes Coneglian Vacilou, Dançou : A perspectiva da Linguística Cognitiva sobre as coordenadas condicionais/temporais Patrícia Noro de Oliveira Página 03 Página 05 Página 06 Página 07 Construções gramaticais e ponto de vista Lilian Ferrari e Viviane Fontes Página 08 Inversão do sujeito no português brasileiro: uma questão de ponto de vista Diogo Pinheiro Página 09 Subjetividade e intersubjetividade em condicionais do português brasileiro Paloma Bruna Silva de Almeida Página 10 Uma abordagem construcionista da Morfologia: um estudo de caso sobre as Construções Quantificadoras Mórficas Igor de Oliveira Costa e Neusa Salim Miranda Página 11 Página 12 Verbos predicativos e auxiliares: uma visão cognitivista Mauro José Rocha do Nascimento Página 13

3 A atribuição dos papéis temáticos na distinção entre complementos e adjuntos Bruno de Assis Freire de Lima Um dos maiores problemas da linguística está na diferenciação entre complementos e adjuntos. Encontramos, usualmente, definições que se aplicam a esta ou àquela teoria, mas nenhuma oferece embasamento necessário para verificação empírica. Pensando nessa questão, este trabalho fundamentase na atribuição de papel temático como fator de diferenciação entre complementos e adjuntos. A diferenciação se faz necessária porque, em se tratando de gramática das construções, (em especial às diáteses e valências verbais) é necessário definir o que é relevante e o que é dispensável às diáteses. Antes, porém, de tratarmos da atribuição temática propriamente dita, discutimos as Relações Conceptuais Temáticas (doravante RCT), que são definidas por Perini (ms) como ingredientes dos esquemas evocados pelos verbos. A discussão das RCTs se pauta no princípio de que seriam relevantes à descrição das diáteses todos os sintagmas que codificam uma RCT-nuclear, ou seja, uma RCT capaz de definir o esquema do verbo. Em outras palavras, o esquema evocado por comer inclui, em sua definição, uma pessoa que come e a coisa comida (mas não um tempo, uma causa, etc.). Dessa forma, na frase João já comeu, temos a realização da pessoa que come, portanto João é um sintagma que precisa figurar na diátese de comer. Há, porém, algumas questões que não nos permitem reduzir a oposição complemento e adjunto à questão das RCTs. Por exemplo, nem todas as RCTs-nucleares figuram nas diáteses (na mesma frase João já comeu, a coisa comida não é realizada na construção). Assim, as RCTs se configuram em um dos instrumentos de análise, mas, dada a sua fragilidade, não pode ser considerada a única maneira de diferenciação. Isso posto, discutimos previsibilidade temática, que consiste, sumariamente, em desconsiderar das diáteses todos os sintagmas cujo papel temático seja previsível fora do contexto sintático, ou seja, um SPrep como por causa da chuva (que, invariavelmente, indica Causa), será dispensável das diáteses. O mesmo ocorre com o SAdj bonita (que, sempre, será Qualidade). Há, no entanto, algumas exceções, explicadas por outros mecanismos, como a obrigatoriedade de ocorrência na diátese (Ex. Esse frio todo é por causa da chuva.) e a ocorrência de papel temático emparelhado (Ex. Renata é bonita). Este último caso se sustenta no fato de, uma vez em que ocorre uma Qualidade, ocorre, também, um Qualificando. Assim, propomos uma discussão baseada na natureza do sintagma: SNs, SPreps, SAdv e SAdj. Por conclusão, entendemos que: a) Um sintagma pode ser complemento com um verbo e adjunto com outro. Isso varia de verbo para verbo, de esquema para esquema. 3

4 b) Os fatores que diferenciam complementos e adjuntos são vários. Um verbo pode ter um complemento de ocorrência obrigatória, ao passo que outro verbo pode ter um complemento cuja ocorrência não seja obrigatória. c) Alguns SNs, apesar de (pelo menos a maioria) terem o papel temático atribuído pelo verbo, são adjuntos e precisam ser desconsiderados das diáteses (como ocorre com SNs que indicam Tempo e Qualidade). Trata-se, enfim, de um trabalho relacionado ao Simpósio Construções gramaticais: estratégias cognitivas e pontos de vista.para este trabalho, valemo-nos de Pinker (1991); Goldberg (1995);Herbest (1998); Perini (2008) e Perini (ms). 4

5 A retomada de personagens em uma narrativa sinalizada Thais Bolgueroni Barbosa O objetivo deste trabalho é apresentar as ferramentas utilizadas para a retomada de personagens em uma narrativa contada em língua de sinais brasileira (libras), buscando delimitar alguns fatores que estão por trás do uso de determinadas formas de referência em diferentes pontos do discurso. Para o estudo, foi utilizada uma narrativa sinalizada por um adulto surdo, fluente em libras, e transcrita de acordo com o modelo proposto em McClearyViotti& Leite (2010). A descrição foi feita com base em trabalhos realizados no âmbito da linguística cognitiva, principalmente na proposta de van Hoek (1997) e Liddell (2003). As línguas sinalizadas são línguas de modalidade gesto-visual. Isso significa que os discursos são organizados no espaço. Alguns autores apontam que é essa espacialidade, estabelecida, fundamentalmente, por elementos gestuais, que está na base de relações gramaticais e discursivas (Liddell 2003; McCleary&Viotti 2010, 2011; entre outros). No caso da referência a personagens em narrativas, a organização espacial desempenha um papel fundamental para a introdução e retomada de personagens ao longo da narrativa. Depois de integradas ao espaço real (Liddell 2003), as personagens podem ser retomadas através de gestos de apontamento, pantomimas e marcas gestuais, como mudanças na posição do tronco, da cabeça, etc. A escolha da forma de codificação utilizada para retomar referentes não é aleatória, mas está ligada ao status desses referentes na consciência dos participantes do evento de fala (Givón 1983; Lambrecht 1994). De acordo com van Hoek (1997), as formas usadas para a retomada de referentes está ligada à criação de pontos de referência ao longo do discurso, determinada, fundamentalmente, por dois fatores cognitivos: i) a proeminência conceitual; e ii) a conectividade conceitual. Todas as personagens de uma narrativa funcionam como pontos de referência conceituais, que criam domínios em que outras menções às personagens estarão inseridas. De acordo com o construal criado pelo falante/ sinalizador, algumas personagens são construídas como mais proeminentes, funcionando como pontos de referência principais. Dentro dos domínios criados por essas personagens mais proeminentes, outras personagens serão introduzidas, podendo tornar-se localmente proeminentes e criar domínios que entram em competição com o domínio criado pelo ponto de referência principal. Na narrativa analisada, de modo geral, a retomada das personagens é feita com formas gestuais dentro do domínio criado por elas. O uso de nominais formados de sinais está ligado à diminuição da proeminência da personagem, quando são existem domínios em competição ; ou à baixa conectividade entre as partes do discurso em que a personagem é mencionada, relacionada, sobretudo, a disjunções conceituais entre os episódios da narrativa. 5

6 Aspectos genéricos da dêixis: o caso dos pronomes you e we em inglês Helen de Andrade Abreu Este trabalho, sob a perspectiva da Linguística Cognitiva, tem como objeto de estudo os pronomes you e we da língua inglesa. Em especial, enfocam-se usos dêiticos não-prototípicos desses dois pronomes, em que o pronome we nem sempre inclui falante e interlocutor(es), como seria de se esperar, assim como o pronome you não se refere necessariamente ao(s) interlocutor(es), como seria o uso tradicional do pronome. A pesquisa adota a perspectiva da Linguística Cognitiva, e mais especificamente utiliza a noção dos Modelos Cognitivos Idealizados, de George Lakoff (1987); a Teoria dos Espaços Mentais, desenvolvida por Gilles Fauconnier (1994, 1997); e o conceito de mesclagem conceptual (blending), desenvolvido por Fauconniere Turner (2002). A investigação, ainda, parte da proposta cognitivista de Sofia Marmaridou (2000) sobre a dêixis, na qual a autora analisa a utilização dos pronomes we e you, caracterizando a ocorrência desses dêiticos como mais ou menos prototípica, a partir de exemplos usuais do inglês. O corpus utilizado reflete o uso real da língua, reunindo dados da revista americana Time, acessível no endereço eletrônico A inovação deste trabalho está na busca de refinamento da proposta de Marmaridou (2000). Além de se incluírem usos não descritos pela autora, tais como o uso do dêitico we excluindo o(s) interlocutor(es); e uso do dêitico you para referência ao próprio falante, busca-se explicar o fenômeno a partir do processo de mesclagem conceptual. 6

7 Construções concessivas com mesmo que e se bem que: diferentes níveis de concessividade André Vinícius Lopes Coneglian A (con)junção de orações é um processo em que se ligam semântico-pragmaticamente duas orações. Dentre os fatores linguísticos que cooperam nesse processo, a língua dispõe de itens juntivos, responsáveis por explicitar tais relações semântico-pragmáticas, por exemplo, a relação de concessão. Alguns desses itens, no entanto, apresentam uma ambiguidade pragmática (SWEETSER, 1990), em que a mesma relação semântica, neste caso a concessividade, é aplicada pragmaticamente nos diferentes domínios cognitivos. Valendo-se dos pressupostos teóricos do Funcionalismo (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004; GIVON, 2001; NEVES, 2012) e da teoria dos Espaços mentais (FAUCONNIER, 1994, 1997; FAUCONNIER; TURNER, 2002), este trabalho estuda os itens juntivos concessivos mesmo que e se bem que, com a finalidade de verificar suas diferentes funções pragmáticas e o arranjo cognitivo dessas construções. A hipótese inicial é que construções com mesmo que reforçam o caráter de objeção do falante face a determinado evento, ao passo que construções com se bem que estão ligadas ao caráter de ressalva estabelecido pelo contraste presente na concessividade (NEVES, no prelo). A partir da consideração de que a estrutura linguística fornece pistas para a construção do sentido, a correlação modo-temporal dos verbos e a ordem das orações (q, p; p, q) são de especial relevância para o estudo, pois influenciam a maneira como estão estruturados os espaços mentais estabelecidos por esses itens juntivos. Para esta análise, que parte de ocorrências reais de um córpus selecionado, também são considerados os domínios cognitivos em que esses itens juntivos ocorrem (domínio de conteúdo, epistêmico, de atos de fala), uma vez que sua ocorrência nos diferentes domínios reforça a ambiguidade pragmática, em relação às características factual, eventual e contrafactual dessas construções concessivas (NEVES, 2012). O Funcionalismo provê os subsídios necessários para a análise da forma em relação à semântica e à pragmática, e a teoria dos Espaços mentais fornece mecanismos para o estabelecimento de princípios gerais do funcionamento da categoria concessiva em termos cognitivos. 7

8 Construções gramaticais e ponto de vista Lilian Ferrari e Viviane Fontes Este trabalho adota o referencial teórico da Linguística Cognitiva para a investigação de construções gramaticais, sob a ótica da Gramática de Construções (Fillmore, Kay e O Connor 1988; Goldberg 1995), da Gramática Cognitiva (Langacker, 1987) e/ou da Teoria dos Espaços Mentais, em seus desenvolvimentos mais recentes (Fauconnier 1994, 1997; Fauconnier e Turner 2002; Sanders, Sanders e Sweetser 2007; Ferrari e Sweeter 2012). Os modelos acima assumem que construções gramaticais são pareamentos de forma e significado. Mais especificamente, as estruturas gramaticais são concebidas como pistas para a construção do sentido. Em primeiro lugar, operam a sinalização ( construal ) de perspectivas específicas, que podem incluir, por exemplo: (i) o ponto de vista do falante, do ouvinte e/ou de um participante da cena descrita; (ii) a construção do evento descrito com maior ou menor grau de especificidade; (iii) estratégias de sinalização de figura e fundo. No que se refere às construções sintáticas, por exemplo, esses fatores podem explicar a existência de construções sintaticamente distintas e semanticamente sinônimas. Como aponta Goldberg (1995), essas construções constroem frames alternativos em relação a uma mesma cena, apresentando distinções pragmáticas relevantes. Sendo assim, as construções gramaticais podem ativar domínios estáveis (frames e modelos cognitivos idealizados), atualizados no discurso por meio de espaços mentais, que servem de base para processos de projeção de informação, correspondência analógica e mesclagem conceptual, entre outros. Dentro da perspectiva delineada acima, o presente trabalho pretende discutir as relações entre estruturas gramaticais e estratégias cognitivas de construção do significado. De um modo geral, a proposta é ilustrar o pareamento forma-significado a partir de estruturas que apresentem diferentes graus de complexidade, desde itens lexicais até sentenças complexas. Mais especificamente, buscamse discutir as relações entre estruturas gramaticais e mecanismos cognitivos, tais como sinalização de ponto de vista, mesclagem conceptual, processos de categorização, processos figurativos, frames alternativos e simulação mental. 8

9 Inversão do sujeito no português brasileiro: uma questão de ponto de vista Diogo Pinheiro Com sua admirável recalcitrância, o problema da inversão do sujeito tem intrigado um sem-número de pesquisadores que se ocupam da gramática do português brasileiro. Com efeito, o assunto tem motivado estudos alinhados à linguística funcional (PONTES, 1986; FERRARI, 1990; NARO; VOTRE, 1999), à sociolinguística variacionista (LIRA, 1986; COELHO, 2000; SPANO, 2008) e à teoria gerativa (NASCIMENTO, 1984; FIGUEIREDO SILVA, 1996; PILATI, 2006; NEGASE, 2007). Neste trabalho, nossa expectativa é a de enriquecer a compreensão do fenômeno por meio da adoção de uma perspectiva cognitivista.a hipótese fundamental deste trabalho é a de que a alternância SV/VS reflete duas possibilidades de conceptualização de um mesmo fenômeno. Propomos que essa dupla possibilidade decorre da disponibilidade de dois pontos de vista a partir dos quais o evento designado (no sentido langackeriano) pode ser construído. Na trilha da semântica cognitiva de Talmy (2000a; 2000b), argumentarei que a posição do sujeito está associadaà chamada Distância Perspectival, vale dizer, à distância entre o sujeito conceptualizador e o objeto conceptualizado. Da seguinte maneira: a ordem SV envolve maior distanciamento entre o sujeito conceptualizador e o objeto conceptualizado; inversamente, a ordem VS associa-se a uma distância menor: tudo se passa como se o conceptualizador estivesse presenciando o evento diante dos seus olhos.proporei ainda que a diferença de Distância Perspectival entre as sentenças SV e VS reflete o fato de que esses padrões associam-se a Sujeitos de Consciência distintos. Diretamente ligado à noção de perspectiva, o conceito de Sujeito de Consciência ( SubjectofConciousness ) tem lugar de destaque em versão recente da Teoria dos Espaços Mentais desenvolvida por Sanders, Sanders e Sweetser (2009; 2012) e por Ferrari e Sweetser (2012) e é usado aqui para fazer referência ao sujeito responsável pela conceptualização ou construção de um evento. Procurarei mostrar que eventos designados por sentenças SV são interpretados a partir do ponto de vista de um Sujeito de Consciência que desempenha o papel de Falante (vale dizer, um indivíduo inserido em uma situação de troca verbal que executa um ato de fala); por seu turno, eventos designados pela construção VS são construídos sob o ponto de vista de um Sujeito de Consciência que desempenha o papel de Observador (vale dizer, alguém que testemunha diretamente o evento). Do ponto de vista metodológico, o trabalho analisa usos reais do português brasileiro falado extraídos de dois corpora: corpus BBB, com aproximadamente 70 horas de transcrições de falas do programa Big Brother Brasil 10, veiculado no ano de 2010 pela Rede Globo de Televisão; e corpus Discurso e Gramática, que inclui uma variedade de gêneros textuais. 9

10 Subjetividade e intersubjetividade em condicionais do português brasileiro Paloma Bruna Silva de Almeida Este trabalho investiga construções condicionais do português brasileiro, sob a perspectiva teórica da Linguística Cognitiva. Mais especificamente, a pesquisa enfoca condicionais que apresentam, morfologicamente, o presente do indicativo na prótase e/ou na apódose, para indicar cronologicamente um evento posterior ao Ground. A investigação tem como base teórica a Teoria dos Espaços Mentais (Fauconnier (1994, 1997) e; Fauconnier e Sweetser (1996)), a partir de estudos sobre relação causal estabelecida entre a prótase e a apódose em condicionais (Sweetser 1990; Dancygier 1992, 1993; Dancygier e Sweetser, 2005 e Gomes, 2008) e de contribuições recentes sobre subjetividade e intersubjetividade (Langacker 1990; Traugott e Dasher, 2005) e seus desdobramentos em termos da noção de Base Comunicativa (Sanders, Sanders e Sweetser, 2009; Ferrari e Sweetser, 2012). A pesquisa foi desenvolvida a partir de corpora escritos formado por construções condicionais provenientes de textos jornalísticos do jornal O Globo e da Revista Época durante o período de , além de construções condicionais presentes em textos literários, retirado de corpus eletrônico do português ( Os resultados obtidos demonstram que as escolhas entre futuro do subjuntivo e presente do indicativo na prótase, e/ou entre futuro e presente do indicativo na apódose das condicionais indicam diferentes graus de subjetividade e intersubjetividade em relação aos eventos descritos. 10

11 Uma abordagem construcionista da Morfologia: um estudo de caso sobre as Construções Quantificadoras Mórficas Igor de Oliveira Costa e Neusa Salim Miranda Um axioma básico das diferentes Gramáticas de Construções é que a gramática está estruturada, em todos os seus níveis, por blocos fundamentais nomeados construções, unidades que associam determinado sentido a uma forma específica (cf. GOLDBERG, 1995; BOAS, no prelo). No entanto, o intenso interesse em construções no nível da sintaxe desde os primórdios da proposição de uma Gramática de Construções (haja vista os clássicos trabalhos de LAKOFF, 1987; FILLMORE, KAY E O CONNOR, 1988; GOLDBERG, 1995; FILLMORE E KAY, 1999) eclipsou, e continua a eclipsar, a investigação a respeito de construções de outros âmbitos da Gramática. Assim, visando ampliar, em termos práticos, o escopo da perspectiva construcionista sobre a linguagem, este trabalho objetiva discutir algumas das implicações da pesquisa com objetos morfológicos para um dos modelos de Gramática das Construções mais salientes no interior do programa cognitivista de investigação da linguagem, a Gramática das Construções Cognitiva, estabelecida principalmente por Goldberg (1995, 2006). Para tanto, recorta-se, como estudo de caso, uma rede de Construções Quantificadoras Mórficas do Português do Brasil, integrada pelos possíveis subpadrões: X-ADA ( arroizada, biscoitada, garotada ), X-AIADA ( coisaiada, crentaiada, escadaiada ), X-ARADA ( gatarada, filharada, homarada,), X-AL ( cervejal, churrascal, milharal ), X-ARIA ( mosquitaria, rouparia, porradaria ), X-EIRA ( cabeleira, desgraceira, fumaceira,), X-EIRO ( berreiro, fumaceiro, roupeiro ), X-ANÇA ( festança, matança ). Dado o relevo do uso no modelo teóricoanalítico eleito, acolhe-se, em termos metodológicos, uma Linguística Cognitiva baseada em corpus, que implica no uso de corpora eletrônicos e ferramentas computacionais na investigação. Buscarse-á mostrar que o desvelamento de objetos morfológicos possui relevância teórico-metodológica para o programa construcionista, por o estudo de objetos dessa natureza demandar, em certos aspectos, um tratamento analítico distinto daquele que recebem as construções sintáticas. Ainda, o trabalho fortalece a afirmação de que construções estruturam todos os níveis da linguagem, além de discutir a configuração de uma rede construcional ainda obscura nos estudos da gramática do Português. 11

12 Vacilou, Dançou : A perspectiva da Linguística Cognitiva sobre as coordenadas condicionais/temporais Patrícia Noro de Oliveira O presente trabalho tem como foco construções coordenadas estruturadas de forma a conferir interpretação condicional ou temporal. Mais especificamente, pretende-se observar construções coordenadas do tipo P[pret. perf.], Q[pret. perf.], como Achou o vale brinde, ganhou e Vacilou, dançou, as quais, conforme verificado nos dados, são bastante produtivas na fala espontânea. Para a investigação, adota-se a perspectiva da Linguística Cognitiva e, mais especificamente, da Teoria dos Espaços Mentais, desenvolvida por Fauconnier (1994, 1997) e Fauconnier & Turner (2002) A pesquisa toma como base, ainda, os estudos desenvolvidos por Eve Sweetser (1990), Barbara Dancygier (1992) e Dancygier & Sweetser(2005), a respeito das construções condicionais e suas relações em diferentes domínios cognitivos. Os dados utilizados nesta pesquisa são provenientes do Corpus LINC de fala espontânea, que reúne dados observados e recolhidos em situações de fala do cotidiano e transcrições de conversações espontâneas. A análise dos dados possibilitou o estabelecimento das seguintes generalizações: a. as inferências de condicionalidade ou temporalidade se dão a partir do caráter experiencial destas construções; b. a escolha modo-temporal não é compatível com o tempo cronológico das proposições; c. a escolha pelo tempo pretérito perfeito do indicativo relaciona-se ao grau de assertividade das proposições; d. ao se utilizar de tais construções, o falante leva em conta ouvinte, projetando-se na perspectiva deste último, em um momento em que já se passou a ação que, no entanto, é futura. O objetivo principal da pesquisa é descrever os mecanismos cognitivos que desencadeiam inferências de condicionalidade nesse tipo de construção e explicar as consequências semântico-pragmáticas das escolhas modo-temporais feitas pelo falante ao optar por tais estruturas. Em relação a estudos anteriores, este trabalho visa a contribuir para a descrição do português brasileiro, não apenas identificando estruturas coordenadas capazes de ativar inferências de condicionalidade ou temporalidade, mas também buscando uma análise inovadora para o fenômeno a partir do referencial teórico da Linguística Cognitiva. 12

13 Verbos predicativos e auxiliares: uma visão cognitivista Mauro José Rocha do Nascimento Este trabalho parte dos pressupostos teóricos da Linguística Cognitiva, mais especificamente do modelo da Gramática das Construções (Goldberg, 1995). São utilizados, ainda, o conceito de categorização (Langacker, 1987) e esquemas imagéticos (Lakoff, 1987). Seu objetivo principal é comprovar que existe no português uma Construção Predicativa, relacionada, até certo ponto, com os verbos tradicionalmente categorizados como predicativos. A primeira proposta apresentada é de que os verbos considerados como predicativos não formam uma categoria à parte; eles só são plenamente predicativos quando figuram em uma construção gramatical (Goldberg, 1995) do tipo predicativa, ou seja, a construção gramatical é que é predicativa, e não o verbo. Uma evidência disso é que todos os verbos considerados tradicionalmente como predicativos também podem figurar em outras construções, não-predicativas. Além disso, outros verbos, considerados tradicionalmente como nocionais também podem figurar nessa construção, o que explica a irregularidade do elenco de verbos considerados como predicativos de um autor para outro. A segunda proposta apresentada é de que os verbos predicativos e os verbos auxiliares aspectuais não são duas categorias estanques; é o mesmo verbo que figura em diferentes construções gramaticais. As construções de gerúndio, com verbos ditos auxiliares, são construções decorrentes - ou, nas palavras de Goldberg (1995), derivadas - das construções predicativas; nesse caso herdam da construção base a característica de manter um traço descritivo do sujeito - na construção-base, esse traço descritivo se apresenta na forma de um SAdj; na construção derivada, na forma gerundial do verbo. As relações de significado entre os verbos que instanciam a construção predicativa envolvem diferentes valores aspectuais e pressuposicionais. Esses valores correspondem à evocação de diferentes esquemas imagéticos (Lakoff, 1987). A possibilidade de determinados verbos poderem ou não figurar nesse tipo de construção tem relação com o esquema imagético evocado por esses verbos. Propomos, ainda, que as Construções Predicativas formem uma rede construcional, em que a construção do tipo SN V SAdj (Maria é feliz) seria a construção mais básica. Outras construções predicativas, como, por exemplo, a que é instanciada em Maria é professora (SN V SN), seriam decorrentes da primeira por relações de polissemia. 13

1 Introdução. 1.1 Apresentação do tema

1 Introdução. 1.1 Apresentação do tema 1 Introdução 1.1 Apresentação do tema Segundo Basílio (1987), as principais funções do léxico são a representação conceitual e o fornecimento de unidades básicas para a construção dos enunciados. Para

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

1 Um guia para este livro

1 Um guia para este livro PARTE 1 A estrutura A Parte I constitui-se de uma estrutura para o procedimento da pesquisa qualitativa e para a compreensão dos capítulos posteriores. O Capítulo 1 serve como um guia para o livro, apresentando

Leia mais

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Resenha OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Leticia Macedo Kaeser * leletrasufjf@gmail.com * Aluna

Leia mais

3 A ASSIMÉTRICA CATEGORIA DO SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS

3 A ASSIMÉTRICA CATEGORIA DO SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS 41 3 A ASSIMÉTRICA CATEGORIA DO SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS Vários gramáticos e também lingüistas de correntes diversas se ocuparam e ainda têm se ocupado com a questão do subjuntivo em português; entretanto,

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA

O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA Maria Lúcia C. Neder Como já afirmamos anteriormente, no Texto-base, a produção, a seleção e a organização de textos para a EAD devem

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Reflexões sobre a Língua Portuguesa. Kátia França

Reflexões sobre a Língua Portuguesa. Kátia França Reflexões sobre a Língua Portuguesa Kátia França Níveis de aprendizagem dos alunos Abaixo do básico: os alunos demonstram que não desenvolveram as habilidades básicas requeridas para o nível de escolaridade

Leia mais

Plano da Gestão 2012-2014 Grupo de Trabalho de Línguas Indígenas (GTLI)

Plano da Gestão 2012-2014 Grupo de Trabalho de Línguas Indígenas (GTLI) Plano da Gestão 2012-2014 Grupo de Trabalho de Línguas Indígenas (GTLI) Professora Doutora Dulce do Carmo Franceschini - Coordenadora Universidade Federal de Uberlândia - UFU Instituto de Letras e Linguística

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

PARFOR 2014 CURSO INTENSIVO DE ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS LÍNGUA MATERNA FLUP

PARFOR 2014 CURSO INTENSIVO DE ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS LÍNGUA MATERNA FLUP PARFOR 2014 CURSO INTENSIVO DE ATUALIZAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS LÍNGUA MATERNA FLUP Semântica 28/jan/2014 António Leal a.leal006@gmail.com AGENDA Semântica Frásica: Tempo (considerações gerais)

Leia mais

Estudo das classes de palavras Conjunções. A relação de sentido entre orações presentes em um mesmo período e o papel das

Estudo das classes de palavras Conjunções. A relação de sentido entre orações presentes em um mesmo período e o papel das Um pouco de teoria... Observe: Estudo das classes de palavras Conjunções A relação de sentido entre orações presentes em um mesmo período e o papel das I- João saiu, Maria chegou. II- João saiu, quando

Leia mais

Análise e Projeto Orientado a Objetos. Modelagem de Domínio

Análise e Projeto Orientado a Objetos. Modelagem de Domínio + Análise e Projeto Orientado a Objetos Modelagem de Domínio Introdução 2 n A modelagem do domínio está relacionada à descoberta das informações que são gerenciadas pelo sistema. O resultado dessa investigação

Leia mais

Guia de Especificação de Caso de Uso Metodologia CELEPAR

Guia de Especificação de Caso de Uso Metodologia CELEPAR Guia de Especificação de Caso de Uso Metodologia CELEPAR Agosto 2009 Sumário de Informações do Documento Documento: guiaespecificacaocasouso.odt Número de páginas: 10 Versão Data Mudanças Autor 1.0 09/10/2007

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

2 Diagrama de Caso de Uso

2 Diagrama de Caso de Uso Unified Modeling Language (UML) Universidade Federal do Maranhão UFMA Pós Graduação de Engenharia de Eletricidade Grupo de Computação Assunto: Diagrama de Caso de Uso (Use Case) Autoria:Aristófanes Corrêa

Leia mais

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes PROPOSTA TÉCNICA COMERCIAL Versão 2.0 Setembro de 2014 Agosto de 2008 Índice ÍNDICE...2 1. CONTEXTO...3 2. VISÃO, ESCOPO E ATIVIDADES DESTE PROJETO...5

Leia mais

O COMPORTAMENTO SINTÁTICO DOS ELEMENTOS À ESQUERDA 1 Maiane Soares Leite Santos (UFBA) may_leite@hotmail.com Edivalda Alves Araújo (UFBA)

O COMPORTAMENTO SINTÁTICO DOS ELEMENTOS À ESQUERDA 1 Maiane Soares Leite Santos (UFBA) may_leite@hotmail.com Edivalda Alves Araújo (UFBA) O COMPORTAMENTO SINTÁTICO DOS ELEMENTOS À ESQUERDA 1 Maiane Soares Leite Santos (UFBA) may_leite@hotmail.com Edivalda Alves Araújo (UFBA) RESUMO O objeto de estudo dessa pesquisa são os sintagmas preposicionados

Leia mais

ESCOLA BÁSICA FERNANDO CALDEIRA Currículo de Português. Departamento de Línguas. Currículo de Português - 7º ano

ESCOLA BÁSICA FERNANDO CALDEIRA Currículo de Português. Departamento de Línguas. Currículo de Português - 7º ano Departamento de Línguas Currículo de Português - Domínio: Oralidade Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade. Registar, tratar e reter a informação. Participar oportuna

Leia mais

AGENDA ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE ENSINO/ APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR MEIO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS

AGENDA ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE ENSINO/ APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR MEIO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS AGENDA ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE ENSINO/ APRENDIZAGEM DE INGLÊS POR MEIO DOS GÊNEROS DISCURSIVOS Adailton Almeida Barros - adailton.almeida.barros@gmail.com (UNESPAR/FECILCAM) PIBID Subprojeto/Língua Inglesa

Leia mais

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO)

Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Análise e Desenvolvimento de Sistemas ADS Programação Orientada a Obejeto POO 3º Semestre AULA 03 - INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO ORIENTADA A OBJETO (POO) Parte: 1 Prof. Cristóvão Cunha Objetivos de aprendizagem

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos O SUBJUNTIVO EM ORAÇÕES SUBORDINADAS: DESCRIÇÃO SINTÁTICA PELA TEORIA X-BARRA Mário Márcio Godoy Ribas (UEMS) marcioribas@gmail.com Nataniel dos Santos Gomes (UEMS) natanielgomes@hotmail.com 1. Considerações

Leia mais

Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905)

Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905) Textos / Seminário de Orientação - 12 de Março de 2005 - Fernando Janeiro Algumas vantagens da Teoria das Descrições Definidas (Russel 1905) Assume-se que o objecto de uma teoria semântica é constituído

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

Introdução a UML. Hélder Antero Amaral Nunes haanunes@gmail.com

Introdução a UML. Hélder Antero Amaral Nunes haanunes@gmail.com Introdução a UML Hélder Antero Amaral Nunes haanunes@gmail.com Introdução a UML UML (Unified Modeling Language Linguagem de Modelagem Unificada) é uma linguagem-padrão para a elaboração da estrutura de

Leia mais

uma representação sintética do texto que será resumido

uma representação sintética do texto que será resumido Resumo e Resenha Resumo Ao pesquisar sobre as práticas de linguagem nos gêneros escolares, Schneuwly e Dolz (1999: 14), voltando seus estudos para o nível fundamental de ensino, revelam que a cultura do

Leia mais

REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS

REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS MÜLLER, Alexandra Feldekircher. ReVEL na Escola: Linguística Aplicada a Contextos Empresariais. ReVEL. v. 11, n. 21, 2013. [www.revel.inf.br]. REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR À QUAL VOCÊ PERTENCE CURSO: SEU CURSO

NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR À QUAL VOCÊ PERTENCE CURSO: SEU CURSO NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR À QUAL VOCÊ PERTENCE CURSO: SEU CURSO Escreva aqui o título do seu trabalho (Não esqueça que tem de delimitá-lo, o quê, quando e onde?) Escreva aqui seu nome completo

Leia mais

ensino encontra-se no próprio discurso dos alunos, que, no início do ano, quando se resolve adotar determinado livro, perguntam: Professor, tem

ensino encontra-se no próprio discurso dos alunos, que, no início do ano, quando se resolve adotar determinado livro, perguntam: Professor, tem 1 Introdução Tudo o que comunicamos só é possível através de algum gênero discursivo (Bakhtin, [1979] 2000; Kress, 1993; Meurer, 2000). Por esta razão, o estudo sobre gêneros discursivos é de grande importância,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS VINICIUS DA SILVEIRA SEGALIN FLORIANÓPOLIS OUTUBRO/2013 Sumário

Leia mais

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR

)HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR 6LPXODomR GH6LVWHPDV )HUUDPHQWDV &RPSXWDFLRQDLV SDUD 6LPXODomR #5,6. Simulador voltado para análise de risco financeiro 3RQWRV IRUWHV Fácil de usar. Funciona integrado a ferramentas já bastante conhecidas,

Leia mais

UNOCHAPECÓ - ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS ENGENHARIA MECÂNICA - P.I. PROF. EDERSON MOREIRA PAZ

UNOCHAPECÓ - ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS ENGENHARIA MECÂNICA - P.I. PROF. EDERSON MOREIRA PAZ UNOCHAPECÓ - ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS ENGENHARIA MECÂNICA - P.I. PROF. EDERSON MOREIRA PAZ PESQUISA DE MERCADO Alguns fatores específicos e relevantes para a confecção de uma proposta. CONSUMIDORES

Leia mais

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE MÓDULO 6 INTRODUÇÃO À PROBBILIDDE Quando estudamos algum fenômeno através do método estatístico, na maior parte das vezes é preciso estabelecer uma distinção entre o modelo matemático que construímos para

Leia mais

FENÔMENOS GRAMATICIAS RELEVANTES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR

FENÔMENOS GRAMATICIAS RELEVANTES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR FENÔMENOS GRAMATICIAS RELEVANTES PARA O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR Silvone Fernandes Melchior SILVA (PG-UFG) Silvia.melchior@hotmail.com Vânia Cristina Casseb

Leia mais

III SEMINÁRIO EM PROL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Desafios Educacionais

III SEMINÁRIO EM PROL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Desafios Educacionais III SEMINÁRIO EM PROL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Desafios Educacionais TEXTOS ESCRITOS POR ALUNOS SURDOS: AS MARCAS DA INTERLÍNGUA MARTINS, Tânia Aparecida 1 PINHEIRO, Valdenir de Souza 2 NOME DO GT: Educação

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

OCOMON PRIMEIROS PASSOS

OCOMON PRIMEIROS PASSOS OCOMON PRIMEIROS PASSOS O OCOMON ainda não possui um arquivo de Help para atender a todas questões relacionadas ao sistema. Esse arquivo serve apenas para dar as principais instruções para que você tenha

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Engenharia de Software III

Engenharia de Software III Engenharia de Software III Casos de uso http://dl.dropbox.com/u/3025380/es3/aula6.pdf (flavio.ceci@unisul.br) 09/09/2010 O que são casos de uso? Um caso de uso procura documentar as ações necessárias,

Leia mais

O E-TEXTO E A CRIAÇÃO DE NOVAS MODALIDADES EXPRESSIVAS. Palavras-chave: texto, e-mail, linguagem, oralidade, escrita.

O E-TEXTO E A CRIAÇÃO DE NOVAS MODALIDADES EXPRESSIVAS. Palavras-chave: texto, e-mail, linguagem, oralidade, escrita. Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2013, v. 17, n. 17, p. 191 195 O E-TEXTO E A CRIAÇÃO DE NOVAS MODALIDADES EXPRESSIVAS MARQUES, Fernanda Vieira ANDRADE, Antonio Carlos Siqueira de Palavras-chave: texto,

Leia mais

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES

CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL POR EXPERIÊNCIA DE ADMINISTRADORES ANÁLISE DE REQUISITOS PARA RELATOR E AVALIADOR DA BANCA EXAMINADORA ESBOÇO ESQUEMÁTICO CONSIDERAÇÕES INICIAIS Esta breve análise pretende abordar

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS S DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE SECRETARIADO EXECUTIVO TRILÍNGUE DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO Leitura e compreensão de textos. Gêneros textuais. Linguagem verbal e não verbal. Linguagem

Leia mais

Base empírica da sintaxe. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

Base empírica da sintaxe. Luiz Arthur Pagani (UFPR) Base empírica da sintaxe (UFPR) 1 1 Gramaticalidade vs. aceitabilidade aceitabilidade [2, ps. 143144]: Aceitável é um termo primitivo ou pré-cientíco, neutro em relação às diferentes distinções que precisaremos

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Atividade: COBIT : Entendendo seus principais fundamentos

Atividade: COBIT : Entendendo seus principais fundamentos SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ CAMPUS FLORIANO EIXO TECNOLÓGICO: INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO CURSO: TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PERÍODO

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA: passo a passo

PROJETO DE PESQUISA: passo a passo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ PROFª MSC. RITA LÍRIO DE OLIVEIRA PROJETO DE PESQUISA: passo a passo ILHÉUS - BAHIA 2013 PROFª MSC. RITA LÍRIO DE OLIVEIRA PROJETO DE PESQUISA: passo a passo Módulo

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

PLANO DE CURSO REFERENCIAL LÍNGUA PORTUGUESA/GESTAR 6ª SÉRIE (7º ANO)

PLANO DE CURSO REFERENCIAL LÍNGUA PORTUGUESA/GESTAR 6ª SÉRIE (7º ANO) PLANO DE CURSO REFERENCIAL LÍNGUA PORTUGUESA/GESTAR 6ª SÉRIE (7º ANO) Processo Avaliativo Unidade Didática PRIMEIRA UNIDADE Competências e Habilidades Aperfeiçoar a escuta de textos orais - Reconhecer

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Suas atividades terão como horizonte a escola, de modo particular, a escola em que você atua!

Suas atividades terão como horizonte a escola, de modo particular, a escola em que você atua! PROJETO-INTERVENÇÃO O curso de formação de gestores escolares que estamos realizando orientase por dois eixos básicos: a) a educação compreendida como direito social a ser suprido pelo Estado; b) a gestão

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO

ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO ORIENTAÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO ESCOLHA DO TEMA - Seja cauteloso na escolha do tema a ser investigado. Opte por um tema inserido no conteúdo programático da disciplina pela qual teve a maior aptidão

Leia mais

PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0

PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0 PEN - Processo de Entendimento das Necessidades de Negócio Versão 1.4.0 Banco Central do Brasil, 2015 Página 1 de 14 Índice 1. FLUXO DO PEN - PROCESSO DE ENTENDIMENTO DAS NECESSIDADES DE NEGÓCIO... 3 2.

Leia mais

NOME COMPLETO DA SUA INSTITUIÇÃO. Nome completo do integrante A Nome completo do integrante B Nome completo do integrante C

NOME COMPLETO DA SUA INSTITUIÇÃO. Nome completo do integrante A Nome completo do integrante B Nome completo do integrante C NOME COMPLETO DA SUA INSTITUIÇÃO Nome completo do integrante A Nome completo do integrante B Nome completo do integrante C TÍTULO DO TRABALHO: subtítulo, se houver Santa Rita do Sapucaí 2015 Nome completo

Leia mais

Introdução à Lingüística Cognitiva. Teorias Lingüísticas II Prof. Márcio Leitão

Introdução à Lingüística Cognitiva. Teorias Lingüísticas II Prof. Márcio Leitão Introdução à Lingüística Cognitiva Teorias Lingüísticas II Prof. Márcio Leitão Confronto com a teoria gerativa (Martelotta & Palomares, 2008) Nega a autonomia da sintaxe e o caráter formal da linguagem

Leia mais

Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa

Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino de Língua Portuguesa Silvio Profirio da Silva¹ Durante décadas, o ensino de Língua Portuguesa desenvolvido em nossas escolas limitou - se à análise e à classificação

Leia mais

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto.

3.1 Definições Uma classe é a descrição de um tipo de objeto. Unified Modeling Language (UML) Universidade Federal do Maranhão UFMA Pós Graduação de Engenharia de Eletricidade Grupo de Computação Assunto: Diagrama de Classes Autoria:Aristófanes Corrêa Silva Adaptação:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS COORDENAÇÃO DO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS COORDENAÇÃO DO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS COORDENAÇÃO DO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OFICINA DE PRODUÇÃO ACADÊMICA Material de apoio à construção do TCC Prezados,

Leia mais

RESENHA DE COHESION IN ENGLISH,

RESENHA DE COHESION IN ENGLISH, BORBA, Valquíria C. Machado. Resenha de Cohesion in English, de Halliday & Hassan. Revista Virtual de Estudos da Linguagem ReVEL. V. 4, n. 6, março de 2006. ISSN 1678-8931 [www.revel.inf.br]. RESENHA DE

Leia mais

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO PESQUISA-AÇÃO Forma de pesquisa interativa que visa compreender as causas de uma situação e produzir mudanças. O foco está em resolver algum problema encontrado por indivíduos ou por grupos, sejam eles

Leia mais

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS LE I (2 anos) 2015 Prova 06 / 2015 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

EXPRESSÕES RESUMITIVAS E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM ARTIGOS CIENTÍFICOS

EXPRESSÕES RESUMITIVAS E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM ARTIGOS CIENTÍFICOS EXPRESSÕES RESUMITIVAS E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM ARTIGOS CIENTÍFICOS RESUMO Profa. Dra. Cinthya Torres de Melo (Universidade Federal de Pernambuco - NELFE - Campus do Agreste UFPE/CAA) Maria Sirleidy

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Ana Paula de Souza João Paulo Gonzaga Kelly Cristina Miquelino Jugeick Educação Matemática

Ana Paula de Souza João Paulo Gonzaga Kelly Cristina Miquelino Jugeick Educação Matemática Ana Paula de Souza João Paulo Gonzaga Kelly Cristina Miquelino Jugeick Educação Matemática Relações/interações que envolvem a triade aluno - professor saber matemático Eixo fundamental : transformação

Leia mais

AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS.

AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS. AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES SOBRE A DOCENCIA COMO PROFISSÃO: UMA QUESTÃO A SE PENSAR NOS PROJETOS FORMATIVOS. Prof. Dr. Isauro Beltrán Nuñez Prof. Dr. Betania Leite Ramalho INTRODUÇÃO A pesquisa que

Leia mais

Odilei França. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br

Odilei França. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Odilei França Graduado em Letras pela Fafipar. Graduado em Teologia pela Faculdade Batista. Professor de Língua Portuguesa para concursos públicos há 22 anos. Sintaxe do período composto: parte II Período

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Informação-Prova de Equivalência à Frequência

Agrupamento de Escolas de Porto de Mós Informação-Prova de Equivalência à Frequência Prova de Equivalência à Frequência de Inglês (Escrita + Oral) Prova Código 06-2015 2º Ciclo do Ensino Básico - 6ºano de escolaridade 1. Introdução O presente documento visa divulgar as características

Leia mais

Capítulo 1 x Você está aqui. IÉIA GERAL E SEUS TÓPICOS COMPREENENO E PRATICANO A partir deste momento, vamos trilhar um caminho que vai levá-lo a redigir organizadamente. Há muitas formas de se alcançar

Leia mais

FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS

FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS FERNANDO TARALLO EM TRÊS MOMENTOS Antonio Carlos Santana de Souza (UEMS / PPGLETRAS UFGRS) acssuems@gmail.com Reúno aqui a resenha de três textos que foram muito importantes para a minha formação sociolinguística.

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro

Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro Informação Prova de Equivalência à Frequência INGLÊS Abril 2015 2ºCiclo do Ensino Básico (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho) Prova 06/2015 Tipo de Prova: Escrita e Oral Duração: 90 minutos + 15 minutos

Leia mais

Chamada de Participação V Competição de Avaliação - IHC 2012

Chamada de Participação V Competição de Avaliação - IHC 2012 XI Simpósio Brasileiro de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais - 2012 5 a 9 de Novembro de 2012 Cuiabá MT www.ufmt.br/ihc12 Chamada de Participação V Competição de Avaliação - IHC 2012 O Simpósio

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO 07-05-2013 1 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO Aula I Docente: Eng. Hercílio Duarte 07-05-2013 2 Objectivo Sistemas Modelos Dados Vs. Informação Introdução aos sistemas de Informação 07-05-2013 3 Introdução

Leia mais

Tipo de raciocínio - Indutivo. Método de Pesquisa (continuação) Tipo de raciocínio - Indutivo

Tipo de raciocínio - Indutivo. Método de Pesquisa (continuação) Tipo de raciocínio - Indutivo Tipo de raciocínio - Indutivo Método de Pesquisa (continuação) Analisa-se um aspecto particular e se procura gerar proposições teóricas a partir dos dados (May,2004). A teoria se forma a partir da observação

Leia mais

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA MODELO DE APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS Elaborado por Prof. Dr. Rodrigo Sampaio Fernandes Um projeto de pesquisa consiste em um documento no qual

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

Pesquisa Etnográfica

Pesquisa Etnográfica Pesquisa Etnográfica Pesquisa etnográfica Frequentemente, as fontes de dados têm dificuldade em dar informações realmente significativas sobre a vida das pessoas. A pesquisa etnográfica é um processo pelo

Leia mais

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling

DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING. Uma aplicação da Análise de Pontos de Função. Dimensionando projetos de Web- Enabling DIMENSIONANDO PROJETOS DE WEB-ENABLING Uma aplicação da Análise de Pontos de Função Dimensionando projetos de Web- Enabling Índice INTRODUÇÃO...3 FRONTEIRA DA APLICAÇÃO E TIPO DE CONTAGEM...3 ESCOPO DA

Leia mais

RESPOSTA AO QUESTIONAMENTO FORMULADO POR EMPRESA INTERESSADA NO CERTAME.

RESPOSTA AO QUESTIONAMENTO FORMULADO POR EMPRESA INTERESSADA NO CERTAME. RESPOSTA AO QUESTIONAMENTO FORMULADO POR EMPRESA INTERESSADA NO CERTAME. Brasília, 10 de fevereiro de 2010. Pregão n 062/2009 Lote 1: Lote 2: Operação, Gerenciamento de Redes, Servidores, Storage & Archive,

Leia mais

GUIA DE REDAÇÃO PARA TRABALHO DE EM974

GUIA DE REDAÇÃO PARA TRABALHO DE EM974 GUIA DE REDAÇÃO PARA TRABALHO DE EM974 CONSIDERAÇÕES GERAIS O objetivo deste documento é informar a estrutura e a informação esperadas num texto de Trabalho de Graduação. O conteúdo do texto deverá ser

Leia mais

Roteiro para a escrita do documento de Especificação de Requisitos de Software (ERS)

Roteiro para a escrita do documento de Especificação de Requisitos de Software (ERS) Roteiro para a escrita do documento de Especificação de Requisitos de Software (ERS) Definição Geral: Disciplina de Compiladores Prof. Jorge Bidarra (UNIOESTE) A especificação de requisitos tem como objetivo

Leia mais

Diagrama de Classes. Um diagrama de classes descreve a visão estática do sistema em termos de classes e relacionamentos entre as classes.

Diagrama de Classes. Um diagrama de classes descreve a visão estática do sistema em termos de classes e relacionamentos entre as classes. 1 Diagrama de Classes Um diagrama de classes descreve a visão estática do sistema em termos de classes e relacionamentos entre as classes. Um dos objetivos do diagrama de classes é definir a base para

Leia mais

Português- Prof. Verônica Ferreira

Português- Prof. Verônica Ferreira Português- Prof. Verônica Ferreira 1 Com relação a aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue os itens a seguir. No trecho que podemos chamar de silenciosa (l.15-16), o termo de silenciosa

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS Renata Pinto Dutra Ferreira Especialista Administração de Sistemas de Informação Instituto Presidente Tancredo de Almeida

Leia mais

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO DO SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS (SERPRO) - PCS A Política de Comunicação do Serviço

Leia mais

Análise do Conteúdo e a Análise Documental

Análise do Conteúdo e a Análise Documental Análise do Conteúdo e a Análise Documental P R O F A. L I L L I A N A L V A R E S F A C U L D A D E D E C I Ê N C I A D A I N F O R M A Ç Ã O U N I V E R S I D A D E D E B R A S Í L I A Conceito Conceito

Leia mais

Redação do Trabalho de Conclusão

Redação do Trabalho de Conclusão Redação do Trabalho de Conclusão Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Agenda Estrutura de Trabalho Acadêmico Elementos pré

Leia mais

Apresentação. Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa. Situação 4 HQ. Recomendada para 7a/8a ou EM. Tempo previsto: 4 aulas

Apresentação. Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa. Situação 4 HQ. Recomendada para 7a/8a ou EM. Tempo previsto: 4 aulas Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa Situação 4 HQ Recomendada para 7a/8a ou EM Tempo previsto: 4 aulas Elaboração: Equipe Técnica da CENP Apresentação Histórias em quadrinhos (HQ), mangás e tirinhas

Leia mais

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO 1 - INTRODUÇÃO Segundo Akao (1990), QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de

Leia mais

PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA [INGLÊS]

PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA [INGLÊS] INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS ANO DE ESCOLARIDADE: 10º E 11º ANOS ANO LETIVO: 2012 2013 TIPO DE PROVA: DURAÇÃO: CÓDIGO DA PROVA: MATERIAL NECESSÁRIO/PERMITIDO: ESCRITA 90 MINUTOS

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

Implantação. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

Implantação. Prof. Eduardo H. S. Oliveira Visão Geral A implantação de um sistema integrado de gestão envolve uma grande quantidade de tarefas que são realizadas em períodos que variam de alguns meses a alguns anos, e dependem de diversos fatores,

Leia mais

Disciplina: Alfabetização

Disciplina: Alfabetização Título do artigo: As intervenções didáticas no processo de alfabetização inicial Disciplina: Alfabetização Selecionador: Beatriz Gouveia 1 Categoria: Professor 1 Coordenadora de projetos do Instituto Avisa

Leia mais