CAPÍTULO 5 - PONTOS DE REFERÊNCIA BIOLÓGICA E MEDIDAS DE REGULAMENTAÇÃO

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1 CAPÍTULO 5 - PONTOS DE REFERÊNCIA BIOLÓGICA E MEDIDAS DE REGULAMENTAÇÃO 5.1 PONTOS DE REFERÊNCIA BIOLÓGICA PARA A GESTÃO E CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS PESQUEIROS Os objectivos a Longo Prazo (LP) para a gestão pesqueira deverão tomar em consideração a investigação científica pesqueira e a dinâmica das populações bem como as alterações climáticas que possam afectar os mananciais. Para definir esses objectivos a longo prazo consideram-se, essencialmente, valores de nível de pesca que permitam as maiores capturas, em peso, mas garantindo a conservação dos mananciais. Também se consideram os valores extremos de biomassa ou de nível de pesca que poderão afectar gravemente a auto-renovação dos mananciais. Esses valores de nível de pesca, de captura e de biomassa são designados por pontos de referência biológica (PRB). Neste manual destacar-se-ão alguns dos diferentes tipos de PRB (Caddy, & Mahon, 1995; FAO, 1996 e ICES, 1998). Os Pontos - Alvos de Referência Biológica, TRP (em inglês, Target Reference Points) são valores do nível de mortalidade por pesca (ou da biomassa do manancial) que procuram uma exploração sustentável a longo prazo dos mananciais, com a melhor captura possível. Por isso, estes pontos também são designados como Pontos de Referência para a Gestão. Podem caracterizar-se os TRP, pelo nível da pesca F alvo (ou da Biomassa, B alvo ). Talvez que o F alvo mais conhecido seja F 0.1, mas outros valores, tais como F max e F med e F MSY serão também estudados. Para fins práticos de gestão os TRP são convertidos, directa ou indirectamente, em valores de esforço de pesca relativos àqueles verificados em anos recentes. Os Pontos - Limites de Referência Biológica, LRP (em inglês, Limit Reference Points) são valores máximos da mortalidade por pesca ou valores mínimos da biomassa, que não deverão ser excedidos. Caso contrário, considera-se que poderá pôr-se em perigo a capacidade de autorenovação do manancial. Nos casos em que a pesca seja já demasiada intensa, os LRP poderão ser importantes para corrigir a situação ou para evitar o seu agravamento. Os LRP são valores limites, orientados principalmente para a conservação dos mananciais marinhos e, por isso, são também referidos como pontos de referência para a conservação (esta designação não significa que os F alvo não se preocupem com a conservação). 53

2 Existem várias sugestões para LRP, mas todas elas serão referidas, de um modo geral, como F lim ou B lim. Neste manual serão referidos como B lim os níveis de biomassa B loss e MBAL e como F lim os níveis de pesca F loss e F crash. O Princípio de Precaução, proposto pela FAO no Código de Conduta para uma Pesca Responsável (FAO, 1995), declara que as limitações, as incertezas ou as faltas de dados para a avaliação ou para a estimação de parâmetros não devem constituir justificação para não aplicar medidas de regulamentação, especialmente quando há indicações de que os mananciais estão sobreexplorados. Nesta perspectiva é importante explicitar as suposições de base que forem necessárias adoptar para estimar as suas consequências nas capturas e abundâncias dos mananciais. Assim, as incertezas associadas à estimação dos limites dos níveis de pesca, F lim, e de biomassa, B lim, levam a que se determinem novos pontos de referência, designados por Pontos de Referência de Precaução, Fpa ou Bpa. Fpa (ou Bpa) deverão sempre ser estimados com suposições admissíveis e deverão também considerar as consequências de adoptar hipóteses alternativas àcerca das características do manancial e da pesca. Os novos limites (Fpa ou Bpa) devido à aplicação do Princípio de Precaução, serão mais restritivos do que os LRP s. As consequências práticas destes novos limites, traduzem-se em medidas de regulamentação para controlar o esforço de pesca mais severas do que nos casos em que existam dados adequados. Poder-se-à dizer que essa é a penalização por não existirem condições próprias para dispôr de dados e informações fiáveis. A abordagem de precaução, sugere que os resultados da investigação das pescas sejam adoptados pela gestão na formulação das medidas de regulamentação e que estas tomem também em consideração as condições sócio-económicas e técnicas da pesca (FAO, 1996). Para terminar uma chamada de atenção sobre todos os Pontos de Referência Biológicos mencionados anteriormente: a sua estimação pressupõe um dado padrão relativo de exploração. A avaliação dos pontos de referência biológica deverá ser actualizada, tomando em consideração possíveis alterações nos parâmetros biológicos ou qualquer outra correcção julgada necessária do padrão relativo de exploração. Este aspecto é importante porque os novos pontos de referência biológica que se obterão serão diferentes dos anteriores. 54

3 5.2 PONTOS ALVO DE REFERÊNCIA BIOLÓGICA (F max, F 0.1 e F med ) F max Definição 1. Considere a captura por recruta a LP em peso, Y/R, como função de F para um dado padrão relativo de exploração. F max é o ponto da curva, Y/R contra F, a LP, onde Y/R é máximo. A Figura 5.1 mostra uma curva de Y/R contra F, a LP, de um manancial.. Figura 5.1 Y/R em função de F para um dado t c constante, mostrando F max e Y max Tal como foi mencionado no Capítulo 4 quando se referem a projecções a LP supõe-se o recrutamento constante e igual a 1 (R=1). Assim, muitas vezes simplificam-se as expressões matemáticas escrevendo apenas Y em vez de Y/R para a captura por recruta, em peso. 2. Matemáticamente no ponto F max, a derivada de Y/R contra F é igual a zero, ou seja, Em F = F max será 0 df Para F < F max será 0 df Para F > Fmax será 0 df dy = ( Y) 0 dy > ( Y) 0 dy < ( Y) 0 tia = (Valor de Y é máximo) tia > (Y é crescente com F ) tia < (Y é decrescente com F) Geométricamente, o declive da tangente à curva é igual a zero em positivo para F < Fmax e é negativo para F > Fmax. F = Fmax, é 55

4 Comentários 1. Ao valor de F max corresponderão valores de B max /R e Y max /R. É conveniente analisar também a situação da B/R nos pontos F F max. Para Para F < Fmax será B > Bmax F > Fmax será B < Bmax O ponto F max não depende do valor do recrutamento. 2. Para outro padrão relativo de exploração haverá outro F max. 3. Todos os pontos da curva Y/R contra F, são pontos a LP ou de equilíbrio. 4. Quando o nível, F, é maior do que F max diz-se que há sobrepesca de crescimento. É conveniente apresentar as duas curvas Y/R e B/R contra F, a LP, no mesmo gráfico (provavelmente com escalas diferentes). Figura 5.2 Curvas a Longo Prazo de Y/R e B/R contra F, dado um padrão relativo de exploração F max foi adoptado pela maioria das Comissões Internacionais de Pesca como objectivo a LP da gestão ( ). Ainda hoje F max é usado como ponto-alvo tendo sido proposto como Ponto-Limite de Referência Biológica (LRP) em alguns casos. As curvas achatadas e assintóticas não permitem determinar F max. Para a definição de F max não se considerou um nível de biomassa desovante adequado. F max indica apenas o valor de F que resulta na captura por recruta máxima possível de extrair de uma coorte durante a sua vida, para um dado padrão relativo de exploração. As análises destas curvas, principalmente de B, Y e W capt contra o nível de pesca, dão informação sobre a "abundância" do recurso ou rendimento de uma embarcação, sobre a captura total de toda a frota e sobre o peso médio na captura a LP, para diferentes níveis de pesca. 56

5 57

6 5.2.2 F Definição Considere a captura por recruta, a LP, Y/R, como função do coeficiente de mortalidade por pesca, F. A cada nível de pesca, F, corresponde um valor de tia(y/r). A tia(y/r) é máxima quando F = 0 e decresce, sendo zero quando F = F max. O ponto F 0. 1 é o valor de F onde a tia(y/r) é igual a 10% da tia(y/r) máxima. Figura 5.3 Y/R mostrando o ponto alvo de referência 2. F 0.1 Para F = 0, a biomassa por recruta, B/R será B 0, também designado por "Biomassa virgem" ou Biomassa não explorada. Com efeito, de Y = F B será: dy df = B + db F df dy então, para F = 0 virá tia(y) = = B0 df F= 0 Por isso da definição dada no ponto 1 também se pode concluir que F 0.1 é o valor de F onde a tia(y) = 10% da biomassa virgem. 3. Cálculo de F 0.1 Seja a função V = Y 0.1.B0. F Pode provar-se que a função V é máxima quando F = F 0. 1 dv Com efeito V é máximo quando F fôr tal que = 0, então: df dv dy 0.1 B 0 df = 0 df = ou dy = 0.1 B0 df portanto o valor de F correspondente a dy/df anterior é o valor de F 0.1. F 0.1 pode, portanto, calcular-se maximizando a função V = Y 0.1.B0. F 58

7 sendo necessário calcular previamente 0 B, por exemplo, da relação de B contra F, a LP, quando F = 0. 59

8 Graficamente será: a LP 4. Figura 5.4 Curva Y/R mostrando a maximisação da função V Porquê se adoptou tia(y/r) igual a 10% e não outro valor da percentagem, por exemplo 20%? Gulland e Boerema (1969) apresentaram alguns argumentos, incluindo argumentos financeiros. Alguns países (e.g. África do Sul) adoptam o valor de 20% o que resultará num ponto de referência F 0.2 mais conservativo do que F A Figura 5.5 ilustra os dois pontos de referência biológica F max e F 0.1. Figura 5.5 Variação de Y/R e B/R com ilustração dos pontos de referência biológica F max e F 0.1 B 0.1 e Y 0. 1 são os valores de B e Y correspondentes a F 0.1 F 0.1 é sempre menor que F max B 0.1 é sempre maior que B Y 0.1 é sempre menor que Y max, embora a diferença não seja grande. A segunda relação indica vantagens de B 0. 1 sobre B max. A última conclusão mostra que Y 0.1 não é a maior captura possível, mas é aceitável como ponto alvo da gestão. O facto de B 0. 1 ser maior do que B sugere que o nível de pesca F 0. 1 dá mais garantias de se manter uma reprodução aceitável. Note que F 0.1 pode ser determinado mesmo 60

9 quando a curva é achatada ou assintótica. Outro padrão relativo de exploração originaria outro F 0.1. Nos anos começou a preferir-se F 0.1 em vez de F max como ponto alvo para a gestão dos recursos, tendo sido adoptado, nos anos 1980, como objectivo a LP por muitas Comissões Internacionais de Pesca e pela CEE F med 1. Definição Este ponto alvo pretende considerar a relação S-R entre manancial e o recrutamento resultante o, portanto, não adopta a suposição de recrutamento constante como nos casos de F max e F 0.1. Para esse efeito consideram-se conhecidas, para cada ano de um dado período de tempo, as biomassas desovantes e os recrutamentos resultantes. Esses dados permitem calcular, empiricamente, os quocientes entre os recrutamentos e as biomassas parentais em cada ano do período. Habitualmente ilustra-se F med considerando o gráfico cujos pontos correspondem a pares de valores de biomassa parental (total ou desovante), B, durante esse ano e o recrutamento resultante, R. A Figura 5.6 mostra a situação. R recta res ultante. mediana B p arental Figura 5.6 Ilustração de uma recta mediana A recta marcada separa o número total de pontos em partes iguais, isto é, 50% dos pontos estão na parte superior e 50% estão na parte inferior da recta. Designa-se esta recta por recta mediana, ou recta 50%, interpretando-se do seguinte modo: em 50% dos anos do período considerado os valores de R foram menores do que os valores de R estimados pela recta mediana (ou se se quiser, em 50% dos anos do período considerado os valores de R foram maiores do que os valores de R estimados pela recta mediana). Como se viu na Secção 4-5 a cada recta marcada no gráfico, o declive B/R resultante está associado um valor de nível de pesca, F (a LP). O valor de F associado à recta mediana é, por definição, o ponto-alvo F mediano, F med. 61

10 F med é então definido como sendo o valor de F que a LP produzirá um valor de biomassa desovante por recruta cujo o inverso é igual ao valor mediano dos quocientes entre recrutamentos anuais e biomassas desovantes parentais observados durante um período de anos. Pode assim dizer-se que, baseado nos dados observados no período de anos considerado, 50% é uma estimação da probabilidade de a uma biomassa parental vir a corresponder um recrutamento resultante superior ou inferior ao indicado pela recta mediana. 2. Cálculo de F med Para determinar o valor de F med é necessário recorrer à relação entre biomassa resultante por recruta contra o nível de pesca, F, a LP (Secção 4.4, Figura 4-D). A determinação de F med pode-se fazer matematica ou graficamente. Para calcular F med matematicamente determina-se, para cada par de valores ( B, R) a razão B/R. Ordenam-se esses valores e calcula-se o seu valor mediano, B/R mediano. Na relação a LP da Biomassa por Recruta contra F, procura-se o valor de F med como sendo o valor de F que corresponde ao valor mediano obtido anteriormente. Para calcular graficamente, note que na Figura 5.6 o declive da recta mediana contra o eixo R é igual a B/R. É o valor desse declive que deverá servir para calcular o valor de F med no gráfico de B/R contra F, na projecção a LP. Ilustra-se na Figura 5.7(A-B) o cálculo referido. A) B) R recta mediana... declive B/R declive 0 0 B 0 0 Fmed F Figura 5.7 Ilustração do cálculo de F med graficamente Podem marcar-se outras rectas, correspondendo a outras probabilidades diferentes de 62

11 50%. A Figura 5.8 ilustra o cálculo de F 10% graficamente. A recta marcada na Figura 5.8A, separa os pontos, de modo a que 10% deles fiquem na parte inferior da recta (ou 90% dos pontos fiquem na parte superior). Designou-se, assim, esta recta por recta 10%. Note que o declive da recta de 10% com o eixo R é maior do que o declive da recta mediana, tal como ilustrado na Figura 5.9B. Deste modo, F 10%, ou F baixo, é menor que F med. 63

12 A) B) R..... recta 10% declive..... B/R declive B 0 F10 % Figura 5.8 Ilustração do cálculo de F 10% graficamente A) B) R 0 0 recta... declives. rect B/R declive 10% declive 50% 0 0 F10% Fmed Figura 5.9 Ilustração gráfica dos declives e correspondentes F s para as rectas mediana e 10% Comentários 1. O ponto-alvo F med pretende garantir um nível aceitável de biomassa tomando como base a relação empírica S-R. 2. Também podem ser adoptadas outras percentagens, que correspondam a rectas que estimem diferentes probabilidades de obter recrutamentos inferiores aos indicadas pela recta mediana. Assim, F alto corresponderia a usar, em vez da recta 50%, a recta 90%, para a qual os recrutamentos em 90% dos anos observados seriam inferiores aos estimados pela recta. 3. F 90%, como se verá na Secção seguinte, também pode ser considerado como um Ponto- Limite (LRP). 4. Note que o declive da recta de 10% com o eixo R é maior do que o declive da recta mediana e, portanto, F 10% (ou F baixo ) é menor que F med (Figura 5.9B). 5. F med foi utilizado na gestão, nos últimos anos, particularmente na sardinha Ibérica. 64

13 6. A biomassa utilizada pode ser a biomassa total, B, mas frequentemente é a biomassa desovante, BD. 7. Se o valor mediano não passar exactamente por um ponto marcado no gráfico de dispersão (caso que sucede quando se tem um número par de valores) adopte o valor central. De qualquer modo F med é sempre um valor aproximado F MSY Definição F MSY é definido como sendo o valor de F que produz a longo prazo a captura máxima. 5.3 PONTOS LIMITE DE REFERÊNCIA BIOLÓGICA (B loss, MBAL, F crash e F loss ) Existem várias propostas de F lim e de B lim. Para cada manancial os valores de F lim e B lim adoptados dependem das características do manancial e da sua exploração. O ponto importante é que o LRP adoptado seja um valor que permita a exploração de modo a evitar situações perigosas para a renovação do manancial. Alguns destes pontos são derivados a partir dos valores observados de Biomassa e do Recrutamento resultante. Algumas propostas de LRP deste tipo são B loss e MBAL. Estes LRP também costumam ser classificados por alguns autores como não-paramétricos, pois a sua determinação não depende de nenhum modelo particular da relação S-R. Outra categoria de pontos LRP, classificados como paramétricos, são derivados dos modelos S-R. Mencionar-se-á F crash. Cite-se ainda a categoria de pontos LRP cuja determinação envolve valores observados e valores obtidos pela aplicação de modelos S-R, como, por exemplo, F loss B loss B loss é a menor biomassa desovante observada na série de valores anuais da biomassa desovante (em inglês Lowest Observed Spawning Stock) MBAL Mais satisfatório é o LRP designado por Mínimo Nível Biológico Aceitável, MBAL, (em inglês, Minimum Biological Acceptable Level). Com efeito este LRP é um nível de biomassa desovante abaixo do qual as biomassas desovantes observadas, durante um período de anos, são reduzidas e os recrutamentos associados são menores do que o recrutamento médio ou mediano. 65

14 5.3.3 F crash Como o nome indica é um limite que corresponde a um valor de F bastante alto, indicando uma elevada probabilidade da pescaria colapsar. F crash é o nível de pesca F que a LP produzirá um nível de biomassa desovante por recruta (S/R) igual ao inverso da taxa instantânea da variação de R com a biomassa, no ponto inicial (S = 0, R = 0). Com os modelos S-R apresentados anteriormente esse valor ou, graficamente o declive de S/R na origem, é o parâmetro 1/α dos modelos S-R. Para a determinação gráfica deste LRP começa-se por obter o declive do ângulo que a tangente à curva S-R resultante, na origem, faz com o eixo dos R. Seguidamente e a partir da relação B/R contra F, a LP, procura-se o valor de F que corresponde ao valor B/R indicado por aquele declive F LOSS É costume definir F loss como o nível de pesca F que a LP produzirá um nível de biomassa desovante por recruta (S/R) associado a B loss. Para determinar este ponto-limite começa-se por obter, a partir da curva S-R ajustada, o valor de R correspondente a B loss. Calcula-se então B loss /R e procura-se na relação B/R contra F, a LP e o valor de F correspondente. Os Pontos Limites apresentados, assim como outros pontos limites propostos, têm sido criticados por dependerem dos valores observados ou do ajuste da relação S-R. 5.4 PONTOS DE REFERÊNCIA DE PRECAUÇÃO - Fpa, Bpa Como se referiu anteriormente o Príncipio de Precaução recomenda que se efectuem avaliações mesmo quando os dados de base são deficientes. Esta recomendação implica que, neste caso, a estimação dos Pontos de Referência Biológica não terá grande precisão. As incertezas das estimações devem ser calculadas tornando-se necessário mencionar as suposições e os modelos que se usaram. Uma sugestão para a determinação de Fpa e Bpa será estimar F lim ou B lim e a partir destes aplicar as seguintes regras empíricas: Fpa = F lim.e σ e Bpa = B lim.e σ onde a constante σ é uma medida associada à incerteza na estimação do nível de mortalidade por pesca, F. Os valores obtidos em várias pescarias apontam para valores de σ no intervalo (0.2, 0.3) (ICES, 1997). Na prática pode dizer-se que Fpa está entre 0.47F lim e 0.61F lim assim como Bpa está entre 1.39B lim e 1.64B lim. 66

15 Convém esclarecer que os pontos alvo referidos anteriormente podem, em certos casos, ser considerados como pontos limite ou de precaução dependendo da análise conjunta do estado de exploração do manancial e dos pontos de referência biológicos obtidos. 5.5 MEDIDAS DE REGULAMENTAÇÃO DAS PESCARIAS As medidas de regulamentação visam controlar o nível de pesca e o padrão relativo de exploração aplicado sobre o manancial de modo a que a exploração seja adequada. As medidas de regulamentação mais comuns para controlar o nível de pesca são: Limitação do número de licenças de pesca. Limitação do esforço total de pesca exercido cada ano (limitando os dias de pesca, o número de viagens, o número de dias no mar, etc.). Limitação do Total Admissível de Captura (TAC) O TAC é uma medida que controla a captura e, indirectamente, controla também o nível de pesca. No entanto, é costume acompanhar o TAC com um sistema de repartição desse total por quotas atribuidas a cada componente ou embarcação da frota. Deste modo também se evita a pesca desenfreada e a competição entre as embarcações para capturar ao início do ano o máximo possível até que o TAC seja alcançado. O sistema de quotas atribuidas a cada embarcação é designada por Quotas Individuais (IQ). As medidas de regulamentação para corrigir o padrão relativo de exploração costumam ser designadas por medidas técnicas. Algumas dessas medidas são: O tamanho (ou peso) mínimo dos indivíduos desembarcados. O tamanho mínimo das malhas das redes de pesca. As áreas e épocas de interdição da pesca para protecção da desova. (Medida geralmente designada por defeso mas também conhecida popularmente por paragem biológica). As áreas e épocas de interdição da pesca para a protecção dos exemplares juvenis. (Medida também conhecida - mas impropriamente - por defeso). Compete aos responsáveis da Administração pela gestão das pescas promover a legislação e a aplicação das medidas de regulamentação. (No caso particular da EU, e para os mananciais das Zonas Económicas Exclusivas (ZEE s) dos estados membros, a decisão sobre as medidas a aplicar compete à Comissão). De qualquer modo a gestão necessita da análise sobre o estado do manancial e da sua exploração e sobre os efeitos das medidas recomendadas. Esse estudo 67

16 compete aos cientistas pesqueiros de cada país ou região e seus Institutos de Investigação Pesqueira, que terão que proceder às projecções a Curto e Longo Prazo dos mananciais. O Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES ou CIEM) analisa os estudos preparados e recomenda à Comissão as medidas de regulamentação e os efeitos esperados da aplicação dessas medidas, assim como as consequências da sua não-aplicação. As projecções a CP, assim como as medidas de regulamentação só têm sentido se previamente forem analisados e definidos os OBJECTIVOS a LP da gestão pesqueira. A análise das projecções a LP do manancial e da sua pesca também compete aos cientistas que apresentam as suas conclusões à gestão. Comentários 1. A gestão necessita de objectivos que são definidos a partir das projecções a LP. Em princípio, esses objectivos são válidos para um período de anos, ainda que possam ser ajustados anualmente. 2. As medidas de regulamentação, pelo contrário, deverão ser estabelecidas anualmente, se bem que algumas possam ser válidas para mais do que um ano. Algumas medidas técnicas, como por exemplo os tamanhos mínimos das malhas das redes de pesca ou dos indivíduos desembarcados, são válidas para vários anos. 3. Todas as medidas usadas têm vantagens, dificuldades e inconvenientes em relação aos fins que pretendem alcançar. Em quase todas as pescarias se exige uma licença de pesca e o seu número total é limitado. Os TACs e quotas, porque controlam a captura, têm ocasionado declarações falsas sobre as capturas. A limitação directa do esforço total de pesca (f), baseia-se na suposição de que essa medida causa limitação semelhante no coeficiente de mortalidade por pesca (F). No entanto, essa correspondência pode não ser correcta. Em primeiro lugar é difícil de medir o esforço de pesca das diferentes artes de pesca e de todas as frotas envolvidas e expressá-lo em unidades que respeitem a proporcionalidade entre F e f. Em segundo lugar a capturabilidade de várias artes pode aumentar (e por consequência aumentar F) sem aumentos do esforço de pesca. Finalmente, a esperada proporcionalidade entre F e f pode não ser verdadeira. De qualquer modo, importa não esquecer que existe uma relação entre F e f. 4. A protecção dos juvenis deverá ser feita durante todo o ano e de preferência controlando a mortalidade por pesca durante todo o ano. As medidas ocasionais, como áreas e épocas de proibição da pesca para protecção de juvenis requerem conhecer, em cada ano, essas áreas e épocas, conhecer se existem concentrações exclusivas de juvenis, avaliar os efeitos dessa interdição ocasional, conhecer as implicações da interdição sobre outras espécies, etc. O tamanho mínimo dos indivíduos desembarcados, não significa que não se 68

17 capturem indivíduos pequenos mas apenas que não sejam desembarcados. A diferença entre a captura e o desembarque constitui as chamadas rejeições ao mar. É claro que se os indivíduos são capturados e rejeitados ao mar, a mortalidade por pesca é maior do que a sugerida pelos desembarques. De qualquer maneira aquela medida poderá ter um efeito dissuasor junto dos pescadores, para não pescarem indivíduos pequenos. Alguns países estão, actualmente, obrigando a desembarque de todos os exemplares capturados. 5. A protecção da desova, com a justificação de se proteger a biomassa desovante para indirectamente proteger o recrutamento, está longe de ser efectiva no último objectivo. Com efeito, a biomassas desovantes maiores correspondem maiores postura, isto é, maior número de ovos, mas isso não implica necessariamente recrutamentos maiores, como se viu no Secção 4.5. Também não é sempre verdade que, proibindo a pesca durante a desova, e não proibindo antes (ou depois) da desova, se proteja a biomassa desovante. A única maneira de proteger a biomassa desovante será controlar o nível de pesca durante todo o ano. Para terminar acrescente-se que, de qualquer maneira, a interdição da pesca na época e área de desova, ou em qualquer outra ocasião, representa sempre uma redução do esforço de pesca que em muitas situações pode não constituir inconveniente de maior e, nalguns casos, poderá inclusivé ser benéfica. 6. Recorde-se que nenhuma medida de regulamentação cumprirá os seus objectivos sem duas condições: Consciência de todos os pescadores (no sentido latum) de que a medida é benéfica. Por isso, importa promover a discussão das conclusões dos cientistas, os seus objectivos, razões e efeitos esperados. Fiscalização eficiente nos portos e mares! A área das 200 milhas pode ser muito extensa e a fiscalização muito cara, mas talvez não seja necessário fiscalizar toda essa área. Basta controlar intensamente as áreas mais pescadas e, com menor intensidade, as restantes áreas. De qualquer modo nos últimos anos procuram-se caminhos diferentes sobre o acesso aos recursos pesqueiros, à fiscalização da exploração, etc. Alguns exemplos são o estabelecimento do sistema de quotas individuais transferíveis (ITQ), o sistema de co-gestão ou ainda o sistema da gestão autárquica, onde algumas responsabilidades de gestão são atribuidas aos próprios utilizadores dos recursos. 7. O sistema de gestão ITQ baseia-se na suposição de que apenas as embarcações eficientes ou rendíveis economicamente estarão interessadas em pescar. Assim os TAC's são repartidos por quotas individuais, as quais serão vendidas em leilão a quem propuser a maior oferta. O sistema de co-gestão atribui grande parte da responsabilidade da gestão aos que exploram directamente os recursos pesqueiros - armadores, pescadores e suas organizações profissionais ou sindicais. Neste sistema as quotas não são vendáveis em leilão, nem se perde a titularidade da licença de pesca. Estes são os sistemas mais conhecidos. 69

18 O sistema ITQ apresenta os seguintes inconvenientes: perda definitiva dos títulos das quotas e das licenças de pesca; promover a concentração de quotas nas mãos de um grupo reduzido de empresários (que podem inclusivé não ser do sector das pescas nem sequer nacionais); e de menosprezar os apectos sociais, humanos e culturais em favor de critérios de eficiência económica. O sistema de co-gestão, pelo contrário, preocupa-se com os apectos sociais dos interessados; procura a sua comparticipação directa e consciente com as autoridades governamentais nas responsabilidades da gestão, incluindo a fiscalização. 70

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