SEPTORIOSE EM TOMATEIRO

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1 AVALIAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE SEPTORIOSE EM TOMATEIRO Mlurriê Cristine Vin Rieiro 1 ; Mteus Lierto Borges 2 ; Ndison de Crvlho Pontes 2 ; Frederick Mendes Aguir 3 ; Ricrdo Borges Pereir 4 ; Jdir Borges Pinheiro 4 1 Centro de Ensino Unificdo do Distrito Federl, ; 2 IFG Cmpus Morrinhos, C. Postl 92, , Morrinhos-GO; 3 FAV-Universidde de Brsíli, Brsíli-DF; 4 Emrp Hortliçs, C. Postl 218, , Brsíli-DF; mlurriec@gmil.com, lierto_orges@hotmil.com, ndson.pontes@ifgoino.edu.r, frederick.guir@colordor.emrp.r, ricrdoorges.pereir@emrp.r, jdir.pinheiro@emrp.r. RESUMO A septoriose é um doenç cusd pelo fungo Septori lycopersici, que pode provocr perds consideráveis n produção de tomte devido à desfolh ds plnts. O ojetivo deste trlho foi vlir eficáci de fungicids e cominções no controle d septoriose em cs de vegetção. Form vlidos os seguintes trtmentos: Ntivo 0,8mL e 1,5mL.L -1, Consento 3,4g.L -1, Mythos 3,0mL.L -1, Infinito 2,5mL.L -1, Antrcol 700 WP 6,0g.L -1, Crio Top 2,0g.L -1, Amistr Top 0,8mL.L -1, Score 0,5mL.L -1, Ntivo 0,8g.L -1 + Mythos 3,0mL.L -1, Ntivo 0,8g.L -1 + Consento 3,4g.L -1, Ntivo 0,8g.L -1 + Infinito 2,5mL.L -1, Consento 3,4g.L -1 + Mythos 3,0mL.L -1 e testemunh inoculd. O experimento foi conduzido em delinemento de locos csulizdos, com 14 trtmentos, qutro repetições e prcels composts de qutro vsos com um plnt. Os resultdos otidos demonstrrm que os trtmentos Ntivo 0,8mL e 1,5mL.L -1, Antrcol 700 WP, Amistr Top, Score e Crio Top, e s cominções Ntivo + Infinito, Ntivo + Mythos e Ntivo + Consento presentrm controles semelhntes, de 85,46% 96,54%. Os demis trtmentos não diferirm em relção à testemunh. PALAVRAS-CHAVE: Septori lycopersici, controle químico, destruição de folhs. ABSTRACT Evlution of fungicides for control of Septori lef light in tomto Septori lef light is disese cused y the fungus Septori lycopersici, which cn cuse considerle losses in tomto production due to defolition of plnts. The im of this study ws to evlute the efficcy of fungicides nd comintions in controlling septori in the greenhouse. It were evluted the following tretments: Ntivo 0.8mL nd 1.5mL.L -1, Consento 3.4g.L -1, Mythos 3.0mL.L -1, Infinito 2.5mL.L -1, Antrcol 700 WP 6.0g.L -1, Crio Top 2.0g.L -1, Amistr Top 0.8mL.L -1, Score 0.5mL.L -1, Ntivo 0.8g.L -1 + Mythos 3.0mL.L -1, Ntivo 0.8g.L -1 + Consento 3.4g.L -1, Ntivo 0.8g.L -1 + Infinito 2.5mL.L -1, Consento 3.4g.L -1 + Mythos 3.0mL.L -1 nd inoculted control. The III Jornd Científic d Emrp Hortliçs, 10 e 11 de junho, Emrp Hortliçs 2013.

2 experiment ws conducted in rndomized lock design, with 14 tretments, four replictions nd plots of four vses with plnt. The results showed tht the tretments Ntivo 0.8mL nd 1.5mL.L -1, Antrcol 700 WP, Amistr Top, Crio Top nd Score, nd comintions Ntivo + Infinito, Ntivo + Mythos nd Ntivo + Consento showed similr control of 85.46% to 96.54%. The other tretments did not differ in reltion to the control. Keywords: Septori lycopersici, chemicl control, lef destruction. INTRODUÇÃO A ocorrênci d septoriose ou mnch-de-septóri nos últimos nos tem umentdo em cmpos de produção de tomte no Brsil (Pereir et l., 2013). A doenç é cusd pelo fungo Septori lycopersici Spegzzini e ocorre prticmente em tods s regiões produtors de tomte do mundo, sendo mis comum em épocs quentes e chuvoss. É fvorecid por prolongdos períodos de lt umidde e temperturs moderds (Lopes & Sntos, 1994). O ptógeno cus sever desfolh ds plnts, reduzindo de form significtiv produtividde e qulidde dos frutos. Em lgums regiões ou épocs de cultivo s perds devido à doenç podem chegr 100% d produção, devido à morte ds plnts (Pereir et l., 2013). A septoriose pode ocorrer em qulquer fse de desenvolvimento do tomteiro, ms os sintoms normlmente precem ns folhs ixeirs logo pós o início d frutificção, ms tmém podem precer nos pecíolos, cule e flores d plnt, rrmente nos frutos. Inicilmente precem n fce inferior ds folhs n form de pequens mnchs enchrcds de formto mis ou menos circulr elíptic, medindo de 2 3 mm de diâmetro. À medid que doenç se desenvolve, s lesões dquirem colorção mrrom cinzentd no centro com ords escurecids e hlo mreldo estreito o redor, podendo tingir te 5 mm de diâmetro. Em tques severos s lesões colescem, s folhs mrelecem, secm e cem (Kurozw & Pvn, 2005). Lesões novs cusds por Septori lycopersici podem ser confundids por outrs cusds pel pint pret (Alternri spp.), o que dificult identificção. Os frutos produzidos em plnts severmente desfolhds presentm tmnho reduzido e queimdur em rzão d exposição diret os rios solres (Lopes et l., 2005). Atulmente não existem cultivres ou híridos comerciis de tomte disponíveis comercilmente com níveis stisftórios de resistênci à septoriose (Pereir et l., 2013). III Jornd Científic d Emrp Hortliçs, 10 e 11 de junho, Emrp Hortliçs 2013.

3 Fto triuído à dificuldde de trnsferênci dos ftores de resistênci, gerlmente quntittivos, de espécies selvgens pr linhgens vnçds de tomte (Kurozw & Pvn, 2005). O controle d septoriose em tomteiros é relizdo comumente com plicção folir de fungicids de contto e sistêmicos, muits vezes já utilizd no controle d pint pret (Alternri sp.) e d requeim (Phytophthor infestns). Os fungicids de contto presentm menor eficiênci que os sistêmicos por serem fcilmente removidos pel águ d chuv ou irrigções por spersão (Pereir et l., 2013). Atulmente existem muitos fungicids registrdos junto o Ministério d Agricultur, Pecuári e Astecimento (MAPA) pr o controle d doenç, como cúpricos, trizóis, isoftlonitril, ditiocrmtos e estruilurins. Entretnto, muitos dos ingredientes tivos não têm presentdo eficáci stisftóri qundo s condições mientis são muito fvoráveis à ocorrênci d doenç. Dinte do exposto, ojetivou-se com relizção deste trlho vlir eficáci de diferentes fungicids no controle de Septori lycopersici em tomteiro. MATERIAIS E MÉTODOS O experimento foi relizdo em cs de vegetção situd n Emrp Hortliçs, no período de fevereiro mrço de As muds utilizds no experimento form produzids em ndej de isopor com 128 céluls. Aos 21 dis de idde ests form trnsplntds (25/02/13) pr vsos de um litro contendo solo dudo e esterilizdo. Dois dis pós, foi relizd primeir plicção dos fungicids, utilizndo pulverizdor mnul, té o ponto de escorrimento. Um segund plicção foi relizd sete dis pós. Form vlidos um testemunh somente inoculd com Septori lycopersici e os seguintes fungicids: Ntivo (trifloxistroin 100g + teuconzol 200g de i.. L -1 ) 0,8mL de p.c. L -1 e 1,5mL de p.c. L -1, Consento (cloridrto de propmocre 375g + fenmidon 75 g de i.. kg -1 ) 3,4g de p.c. L -1, Mythos (pirimentnil 300 g de i.. L -1 ) 3,0mL de p.c. L -1, Infinito (cloridrto de propmocre 625g + fluopicolide 62,5 g de i.. L -1 ) 2,5mL de p.c. L -1, Antrcol 700 WP (propinee 700g de i.. kg -1 ) 6,0g de p.c. L -1, Crio Top (metirm 550g + pirclostroin 50g de i.. kg -1 ) 2,0g de p.c. L -1, Amistr Top (zoxtroin 200g + difeconzol 125g de i.. L -1 ) 0,8mL de p.c. L -1, Score (difeconzol 250g de i.. L -1 ) 0,5mL de p.c. L -1, Ntivo 0,8g de p.c. L -1 + Mythos 3,0mL III Jornd Científic d Emrp Hortliçs, 10 e 11 de junho, Emrp Hortliçs 2013.

4 de p.c. L -1, Ntivo 0,8g de p.c. L -1 + Consento 3,4g de p.c. L -1, Ntivo 0,8g de p.c. L -1 + Infinito 2,5mL de p.c. L -1 e Consento 3,4g de p.c. L -1 + Mythos 3,0mL de p.c. L -1. As plnts form inoculds com pulverizdor mnul um di pós segund plicção e sumetids um câmr úmid por 18 hors. Pr o prepro do inóculo, folhs nturlmente infectds form mntids em câmr úmid por 48 hors e triturds em águ. A suspensão foi cod e clird pr concentrção de 3, Foi utilizdo delinemento de locos csulizdos, com 14 trtmentos, qutro repetições e prcels composts de qutro vsos com um plnt. A severidde d doenç foi vlid 12 dis pós inoculção, utilizndo escl dptd de Mello et l. (1997). Form vlids s três primeirs folhs verddeirs de cd plnt. As nálises esttístics dos ddos form relizds utilizndo os progrms esttísticos Sttisticl Anlysis System (SAS, v. 8.0), e s médis grupds pelo teste de Scott- Knott (p<0,05) por meio do plictivo computcionl Sisvr 4.5 (v. 5). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os fungicids Ntivo, ns doses de 0,8 e 1,5mL.L -1, Antrcol 700 WP 6,0g.L -1, Crio Top 2,0g.L -1, Amistr Top 0,8mL.L -1 e Score 0,5mL.L -1, e s cominções Ntivo 0,8mL + Mythos 0,3mL.L -1, Ntivo 0,8mL + Consento 3,4g.L -1 e Ntivo 0,8mL + Infinito 2,5mL.L -1, presentrm resultdos semelhntes pelo teste de Scott-Knott (p<0,05) com controles de 85,46% 96,54% (Figur 1). Os demis trtmentos não presentrm controle stisftório d doenç, não diferindo em relção à testemunh inoculd. Os resultdos otidos pels misturs do fungicid Ntivo com os Mythos, Consento e Infinito se devem os ingredientes tivos trifloxistroin e teuconzol presentes no Ntivo, um vez que, qundo plicdos isoldmente, Mythos, Consento e Infinito não presentrm controle stisftório d doenç, o que pode ser confirmdo pel cominção de Mythos e Consento. Not-se que os ingredientes tivos pertencentes os grupos químicos trizol, estroilurin e ditiocrmto form mis eficzes em relção os demis grupos, no cso, crmtos, nilinopirimidin, enzmid, imidzolinon e nilinopirimidin. Os resultdos otidos neste trlho corroorm com os resultdos otidos por Rodrigues et l. (2003), onde os fungicids Crio Top (metirm + pirclostroin), ns dose de 2,0 e 4,0kg.h -1, e Constnt (teuconzol) n dose de 1,0L.h -1 reduzirm de III Jornd Científic d Emrp Hortliçs, 10 e 11 de junho, Emrp Hortliçs 2013.

5 Ntivo 0,8 ml. L-¹ + Mythos 0,3 ml. L-¹ Ntivo 0,8 ml. L-¹ + Consento 3,4 g. L-¹ Ntivo 0,8 ml. L-¹ + Infinito 2,5 ml. L-¹ Consento 3,4 g. L-¹ + Mythos 3,0 ml. L- ¹ Ntivo 0,8 ml. L-¹ Ntivo 1,5 ml. L-¹ Consento 3,4 g. L-¹ Mythos 3,0 ml. L-¹ Infinito 2,5 ml. L-¹ Antrcol 700 WP 6,0 g. L-¹ Crio Top 2,0 g. L-¹ Amistr Top 0,8 ml. L-¹ Score 0,5 ml. L-¹ Testemunh inoculd Severidde (%) Controle (%) form stisftóri severidde d septoriose pós qutro plicções em intervlos de dis. REFERÊNCIAS KUROZAWA, C; PAVAN, M.A Doençs do tomteiro (Lycopersicon sculentum), In: KIMATI, H; AMORIM, L; REZENDE, JAM; BERGAMIN FILHO, A; CAMARGO, LEA (Ed.). Mnul de Fitoptologi: doençs ds plnts cultivds. 4.ed. São Pulo: Agronômic Ceres. v. 2, p LOPES, CA & SANTOS, JRM Doençs do Tomteiro. Brsíli: Emrp CNPH, 61p. LOPES, CA; REIS, A; BOITEUX, LS Doençs fúngics. In: LOPES, C.A; ÁVILA, A.C. (eds.). Doençs do tomteiro. Brsíli: Emrp Hortliçs. p MELLO, SCM; TAKATSU, A; LOPES, CA Escl digrmátic pr vlição d mnch-cterin do tomteiro. Fitoptologi Brsileir. 22, n. 4, p PEREIRA, RB; CARVALHO, ADF. de; PINHEIRO, JB Recomendções pr o mnejo d septoriose em tomteiro. Comunicdo Técnico 96. Emrp Hortliçs. RODRIGUES, MAT; SANTOS, AJT; GOTO, R Ação de fungicids no controle d septoriose n cultur do tomteiro. Horticultur Brsileir. 21: Médi Controle (%) Trtmentos Figur 1. Severidde (%) d septoriose em plnts de tomteiro pulverizdo com fungicids e cominções, e porcentgem de controle em relção à testemunh. Médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05). III Jornd Científic d Emrp Hortliçs, 10 e 11 de junho, Emrp Hortliçs 2013.