Vigilância em saúde Vigilância das Doenças Crônicas não Transmissíveis Aula 1
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- Milena Covalski Conceição
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1 Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto. Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia IV Vigilância em saúde Vigilância das Doenças Crônicas não Transmissíveis Aula 1 1
2 Vigilância das doenças crônicas não transmissíveis As doenças crônicas não transmissíveis possuem uma ou mais das características: São permanentes Deixam deficiências mesmo que residuais Etiologia multifatorial Longo período de latência Início indefinido A influência de um determinado fator em sua incidência e prognóstico é variável
3 Quais são as doenças que mais matam no Brasil? E considerando apenas crianças e adolescentes?
4 Datasus, 2017
5 Mortalidade proporcional em menores 20 anos. Capitulo CID-10. Brasil 2014 I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias Todas as outras XX. Causas externas de morbidade e mortalidade X. Doenças do aparelho respiratório XVII.Malf cong deformid e anomalias cromossômicas XVI. Algumas afec originadas no período perinatal Datasus, 2017
6 Maiores causas de morte do cap IX doenças do aparelho circulatório da CID-Brasil, 2014 I21 Infarto agudo do miocardio 25.64% I64 Acid vasc cerebr NE como hemorrag isquemico 11.88% I50 Insuf cardiaca 7.87% I10 Hipertensao essencial 6.75% I25 Doenc isquemica cronica do coracao 4.99% Datasus, 2017
7 Maiores causas de morte do cap II Neoplasias, Brasil, 2014 C34 Neopl malig dos bronquios e dos pulmoes 12.64% C50 Neopl malig da mama 7.38% C61 Neopl malig da prostata 7.06% C16 Neopl malig do estomago 7.00% C18 Neopl malig do colon 5.14% Datasus, 2017
8 Maiores causas de morte do cap XX Causas Externas, Brasil, 2014 X95 Agressao disparo outr arma de fogo ou NE 24.95% X99 Agressao objeto cortante ou penetrante 5.81% V89 Acid veic mot n-mot tipos de veic NE 5.64% X70 Lesao autoprov intenc enforc estrang sufoc 4.52% W18 Outr quedas no mesmo nivel 3.23% Datasus, 2017
9 Maiores causas de morte do cap X - Ap. Respiratório, Brasil, 2014 J18 Pneumonia p/microorg NE 45,81 J44 Outr doenc pulmonares obstrutivas cronicas 25,00 J98 Outr transt respirat 5,20 J15 Pneumonia bacter NCOP 4,95 J43 Enfisema 3,11 Outras causas do capitulo 15,94 Datasus, 2017
10 Mortalidade por sexo, evolução temporal,
11 Mortalidade prematura por DCNT
12 O que essas causas têm em comum? FATORES DE RISCO! OBESIDADE TABAGISMO INGESTÃO EXCESSIVA DE ÁLCOOL INATIVIDADE FÍSICA ALIMENTAÇÃO INADEQUADA Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
13 O que está sendo feito no Brasil? PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) NO BRASIL Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
14 Vigilância das DCNT Objetivo: Conhecer a distribuição, a magnitude e a tendência das doenças crônicas e agravos e seus fatores de risco, além de apoiar as políticas públicas de promoção à saúde. Componentes: a) monitoramento dos fatores de risco; b) monitoramento da morbidade e mortalidade específica das doenças; c) respostas dos sistemas de saúde, que também incluem gestão, ou políticas, planos, infraestrutura, recursos humanos e acesso a serviços de saúde essenciais, inclusive a medicamentos (WHO, 2011). Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
15 Monitoramento de fatores de risco VIGITEL, inquérito por telefone que, com 54 mil entrevistas anuais, investiga a frequência de fatores de risco e proteção para doenças crônicas e morbidade referida em adultos ( 18 anos) residentes em domicílios com linha fixa de telefone nas capitais do Brasil. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) informações sobre morbidade e alguns fatores de risco e, ainda, a Pesquisa especial de Tabagismo (PETab). Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), inquérito com cerca de 63 mil alunos do 9º ano das escolas públicas e privadas das capitais do Brasil e do Distrito Federal, feito em parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os Ministério da Saúde e da Educação, que acontece a cada três anos.
16 Estimativas da variação temporal de indicadores ( ) Aspectos avaliados: Tabagismo Excesso de peso e obesidade Consumo alimentar Atividade física Consumo abusivo de bebidas alcoólicas Condução de veículo motorizado após consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas Autoavaliação do estado de saúde Realização de exames de detecção precoce de câncer em mulheres e citologia oncótica Morbidade autorreferida: hipertensão, diabetes e dislipidemia
17 Monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT no Brasil O monitoramento da morbimortalidade em DCNT, componente essencial para a vigilância, é realizado por meio dos sistemas de informações do SUS e outros. Sistemas de informação do SUS mais importantes para as DCNT SIH SUS (internação hospitalar no SUS) SIM (mortalidade) Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
18 Monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT no Brasil
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20 Registro de Câncer de Base Populacional coleta dados de uma população claramente específica (com diagnóstico de câncer) em uma área geográfica delimitada. nos fornecem informações sobre o número de casos novos, detectar setores da área onde a população local é mais afetada pela doença, fatores ambientais que podem estar relacionados e influenciar na prevalência da doença, identificar grupos étnicos afetados promovendo... auxiliam na determinação da necessidade de campanhas para a detecção precoce e prevenção do câncer, como também na avaliação de novas técnicas diagnósticas.
21 Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, Quatro doenças: o doenças do aparelho circulatório, câncer, respiratórias crônicas e diabetes Cinco fatores de risco o tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física, alimentação inadequada e obesidade Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
22 Prevalência de Diabetes
23 Prevalência de obesidade
24 Evolução temporal de diabetes e obesidade
25 Brasil. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) No Brasil , 2011
26 Plano de Ações Estratégicas...Metas reduzir a taxa de mortalidade prematura (<70 anos) por DCNT em 2% ao ano; reduzir a prevalência de obesidade em crianças; reduzir a prevalência de obesidade em adolescentes; deter o crescimento da obesidade em adultos; reduzir as prevalências de consumo nocivo de álcool; aumentar a prevalência de atividade física no lazer; aumentar o consumo de frutas e hortaliças; reduzir o consumo médio de sal; reduzir a prevalência de tabagismo; aumentar a cobertura de mamografia em mulheres entre 50 e 69 anos; aumentar a cobertura de exame preventivo de câncer de colo uterino em mulheres de 25 a 64 anos; tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer.
27 Como o médico pode colaborar no monitoramento das DCNT? 1. Preenchendo corretamente a o Laudo Médico para o preenchimento da autorização de internação hospitalar (AIH) e a Alta 2. Preenchendo corretamente a declaração de óbito alimentam SIH SUS SIM
28 Componentes da AIH que devem ser preenchidos pelo médico 1. Laudo Médico para Emissão de AIH É o instrumento para solicitação de internação do paciente, devendo ser corretamente preenchido pelo profissional médico em todos os seus campos. além da identificação do paciente, deve conter informações de anamnese, exame físico, exames subsidiários (quando houver), as condições que justifiquem a internação e o diagnóstico inicial. O médico registrará ainda, em campo próprio, o seu CRM e CPF, assim como, o código do Procedimento Solicitado correspondente ao diagnóstico constante do laudo Médico, de acordo com a Tabela SI H - SUS.
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31 Tipo de procedimento solicitado
32 Total de internações
33 Procedimentos mais realizados 2010 e 2014 ( Procedimento APENDICECTOMIA TRATAMENTO DE CRISE HIPERTENSIVA TRATAMENTO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS DE PACIENTE ONCOLÓGICO TRATAMENTO DE DIABETES MELLITUS TRATAMENTO DE OUTRAS DOENCAS DO APARELHO URINARIO HERNIOPLASTIA INGUINAL / CRURAL (UNILATERAL) COLECISTECTOMIA TRATAMENTO C/ CIRURGIAS MULTIPLAS TRATAMENTO DA PIELONEFRITE TRATAMENTO DE OUTRAS DOENÇAS BACTERIANAS TRATAMENTO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC (ISQU. OU HEM.) TRATAMENTO DE INTERCORRENCIAS CLINICAS NA GRAVIDEZ DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA MEDICA CURETAGEM POS-ABORTAMENTO / PUERPERAL TRATAMENTO DE INSUFICIENCIA CARDIACA TRATAMENTO DAS DOENCAS CRONICAS DAS VIAS AEREAS INFERIORES TRATAMENTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E INTESTINAIS TRATAMENTO EM PSIQUIATRIA (POR DIA) PARTO CESARIANO TRATAMENTO DE PNEUMONIAS OU INFLUENZA (GRIPE) PARTO NORMAL
34 Outros procedimentos frequentes Procedimento TRATAMENTO DE DOENCAS DO FIGADO TRATAMENTO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO PARTO NORMAL EM GESTACAO DE ALTO RISCO TRATAMENTO CLÍNICO DE PACIENTE ONCOLÓGICO DEBRIDAMENTO DE ULCERA / DE TECIDOS DESVITALIZADOS HERNIOPLASTIA UMBILICAL HISTERECTOMIA TOTAL TRATAMENTO DE DENGUE CLÁSSICA TRATAMENTO DE OUTRAS DOENCAS DO APARELHO RESPIRATORIO TRATAMENTO DE DISTURBIOS METABOLICOS DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA PEDIATRICA DIAGNOSTICO E/OU ATENDIMENTO DE URGENCIA EM CLINICA CIRURGICA TRATAMENTO DE TRAUMATISMOS DE LOCALIZACAO ESPECIFICADA / NAO ESPECIFICADA TRATAMENTO DE SINDROME CORONARIANA AGUDA TRATAMENTO DE ESTAFILOCOCCIAS TRATAMENTO DE TRANSTORNOS DAS VIAS BILIARES E PANCREAS TRATAMENTO DE OUTRAS DOENCAS DO APARELHO DIGESTIVO PARTO CESARIANO EM GESTACAO DE ALTO RISCO TRATAMENTO DE DOENCAS DO ESOFAGO ESTOMAGO E DUODENO TRATAMENTO DE ESTREPTOCOCCIAS
35 Morbidade CID-10
36 Relembrando a CID!!!! A 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças passou a ter a seguinte denominação: Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Na prática, é conhecida como CID-10. Foi conceituada para padronizar e catalogar as doenças e problemas relacionados à saúde, tendo como referência a Nomenclatura Internacional de Doenças, estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. 3 volumes o mais importante é o volume I DATASUS
37 CID 10 Volume I 28 Capítulos contendo vários Agrupamentos que são conjuntos de Categorias que correspondem ao código com uma letra (relacionada a um capítulo) e dois dígitos (A00-Z99) e que são subdivididos em 10 Subcategorias onde a cada código de categoria junta-se um ponto e um algarismo do.0 ao.9) e que formam o código completo da doença.
38 CID 10 Volume I (cont) Núcleo da classificação - lista de códigos de três caracteres (páginas 31 a 108) É o essencial para apresentação das estatísticas de mortalidade por causas. Centro Brasileiro para Classificação de Doenças - USP
39 CID 10 CAPÍTULOS Capítulo I Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00-B99) Capítulo II Neoplasias [tumores] (C00-D48) Capítulo III Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários (D50-D89) Capítulo IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00-E90) Capítulo V Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99) Capítulo VI Doenças do sistema nervoso (G00-G99) Capítulo VII Doenças do olho e anexos (H00-H59) Capítulo VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60-H95) Capítulo IX Doenças do aparelho circulatório (I00-I99) Capítulo X Doenças do aparelho respiratório (J00-J99) Capítulo XI Doenças do aparelho digestivo (K00-K93) Capítulo XII Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00-L99) Capítulo XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo (M00-M99) Capítulo XIV Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99) Capítulo XV Gravidez, parto e puerpério (O00-O99) Capítulo XVI Algumas afecções originadas no período perinatal (P00-P96) Capítulo XVII Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas (Q00-Q99) Capítulo XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte (R00-R99) Capítulo XIX Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de causas externas (S00-T98) Capítulo XX Causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98) Capítulo XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde (Z00-Z99) Capítulo XXII Códigos para propósitos especiais (U00-U99)
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44 App celular!!!
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