Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II
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- Bernardo Fragoso Henriques
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1 Instituto de Saúde Coletiva (ISC) Depto Epidemiologia e Bioestatística Disciplina: Epidemiologia II AULA 4 Indicadores de saúde: como morrem as pessoas
2 Mortalidade proporcional É a distribuição proporcional dos óbitos. É influenciada pela distribuição etária da população, pelas condições de saneamento e pelas condições sociais.
3 Mortalidade proporcional (Razão de mortalidade proporcional RMP) R
4 Mortalidade proporcional As dez maiores causas de morte no mundo (% em 2014)
5 Capítulos da CID-10 Cap. Descrição Cap. Descrição I Algumas doenças infecciosas e parasitárias XII Doenças da pele e do tecido celular subcutâneo II Neoplasias [Tumores] XIII Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo III Doenças do sangue e dos órgãos XIV Doenças do aparelho geniturinário hematopoéticos e alguns transtornos imunitários IV Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas XV Gravidez, parto e puerpério V Transtornos mentais e comportamentais XVI Algumas afecções originadas no período perinatal VI Doenças do sistema nervoso XVII Malformações congênitas, deformidas e anomalias cromossômicas VII Doenças do olho e anexos XVIII Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte VIII Doenças do ouvido e da apófise mastóide XIX Lesões, envenenamentos e algumas outras conseqüências de causas externas IX Doenças do aparelho circulatório XX Causas externas de morbidade e de mortalidade X Doenças do aparelho respiratório XXI Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde XI Doenças do aparelho digestivo
6 O que a RPM pode nos revelar de uma época, de um país?
7 O que a RPM pode nos revelar de uma época, de um país? Razão de Mortalidade Proporcional CID IX E X por Região do Brasil: 1979, 1995 e 2013 NORTE SUL Anos DIP NEO CIRC RESP DIG PARTO PERIN EXTER MAL DEF Fonte: DATASUS
8 O que a RPM pode nos revelar de uma época, de um país? Compare a Região Norte por grupo de causas e por ano escreva o que você observou ; Repita para a região sul; Agora leia o que vc escreveu e tente tecer observações sobre o comportamento da RPM no intervalo de 25 anos; Diga qual a utilidade e limites da Mortalidade
9 Coeficiente de mortalidade
10 Coeficiente de Mortalidade Geral Sinonímia: Taxa bruta de mortalidade, coeficiente de mortalidade geral, Mede o risco de morte para o total da população, independendo de sexo, idade ou causa de óbito,
11 Taxa ou coeficiente de mortalidade É um indicador muito influenciado pela distribuição etária da população Populações muito envelhecidas podem ter altas taxas de mortalidade... Por outro lado, populações muito jovens também apresentam alta mortalidade geral devido a um mortalidade infantil quase sempre muito alta
12 Death rate, crude (per 1,000 people)
13 O grande problema das taxas de mortalidade bruta, é que não permitem comparações entre duas localidades cujas populações apresentem distribuição etária diferentes
14 Exemplo: Se digo a mortalidade geral: No Brasil = 5,7 / habitantes-ano Nos EUA = 8,8 / habitantes-ano Qual dos países acima tem a maior mortalidade Geral? Não é possível responder, pois embora os EUA apresente uma taxa maior que o Brasil, a população americana é bem mais velha do que a população brasileira. Ou seja, esses países apresentam distribuição etária distintas
15 Padronização de Taxas A padronização (ou ajuste) das taxas pode ser feita por dois métodos: Direto Indireto Objetivo: Controlar o efeito de diferentes estruturas etárias sobre os valores das taxas brutas.
16 Ribeiro AL, Duncan BB, Brant LC, et al. Cardiovascular Health in Brazil: Trends and Perspectives. Circulation 2016;133:
17 A figura do próximo slide compara o peso da mortalidade nos diferentes países Quanto mais escura a cor, maior o peso da mortalidade Observe com cuidado o que o mapa nos indica Compare os países e escreva suas conclusões
18 Mapa Comparativo entre Países > Taxa de mortalidade Mundo. Consultado em
19 O mapa do slide anterior: Esta entrada dá o número médio anual de mortes durante um ano por 1000 habitantes, também conhecida como taxa bruta de mortalidade A taxa de mortalidade, apesar de ser apenas um indicador bruto da situação da mortalidade no país, indica com precisão o impacto da mortalidade atual sobre o crescimento da população
20 Mapa Comparativo entre Países > Taxa de mortalidade Mundo
21 fs310/en/index1.html
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25 Taxa de Mortalidade Específica Mede o risco de morte para uma fração da população. As TME mais comumente são as por sexo, faixa etária e causa de óbito
26 Qual o coeficiente de mortalidade? População brasileira por sexo ano: 2013 TOTAL Masculino Feminino Número de óbitos por causas especificada Brasil 2013 Neoplasias malignas da mama Neoplasias malignas dos órgãos gen fem Diabetes mellitus Coeficientes de mortalidade por 10 n Neoplasias malignas da mama Neoplasias malignas dos órgãos gen fem Diabetes mellitus =(14388/ )*10 n =(1208/ )*10 n =(58017/ )*10 n
27 Mas há períodos da vida em que somos mais vuneráveis Dos primeiros dias de vida até 1 ano Para esses períodos, há indicadores específicos de mortalidade
28 Mas há períodos da vida em que somos mais vuneráveis
29 Taxa de Mortalidade Infantil Mede o risco de morte no primeiro ano de vida. É um dos indicadores mais sensíveis das condições de vida e saúde de uma população. Utiliza-se o número de nascidos vivos como denominador, pois ele produz uma estimativa mais acurada do total de pessoastempo do que o a população menor de um ano no meio do período.
30 Taxa de Mortalidade Infantil Espera-se que: Nenhuma criança morra no primeiro ano de vida Porém, é possível reduzir a TMI a zero? Por que? Não, pois algumas crianças nascem com doenças tão graves que a atual tecnologia médica disponível ainda não pode salvar essas vidas (ex.: anencefalia) Todos os demais casos são em decorrência de que? Más condições sócio-econômicas que tragam prejuízo à nutrição, higiene e cuidados gerais; Falta de acesso a serviços de saúde infantil: imunização, puericultura, rehidratação oral, etc.; Falta de acesso correto à assistência Peri natal: pré-natal, parto e atenção neonatal.
31 Causas da Mortalidade Infantil Neonatal e Pós-Neonatal A mortalidade infantil é desdobrada em Neonatal e Pós- Neonatal - as causas de morte são diferentes nesses dois períodos: Neonatal (início da vida extra-uterina): Agressões sofridas intra-útero; Condições do parto Condições de assistência ao recém-nato Pós-neonatal Predominam os determinantes socio-econômicos.
32 Entendendo os conceitos Critério de Nascido vivo: produto da concepção com 22 semanas ou mais de gestação, ou pelo menos 500 gramas, extraído do corpo da mãe com algum sinal de vida. Critério de Natimorto (ou óbito fetal): produto da concepção com 22 semanas ou mais de gestação, ou pelo menos 500 gramas, extraído do corpo da mãe sem nenhum sinal de vida. Critério de Abortamento : produto da concepção com menos de 22 semanas, ou menos 500 gramas.
33 Neonatal Neonatal Precoce
34 Neonatal Tardia Pós-Neonatal
35 Perinatal
36 Mortality rate, infant (per 1,000 live births)
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39 Razão de Mortalidade Materna A RMM é um outro caso especial de TME por causa. Ela mede o risco de morte de mulheres por causas maternas (causas relacionadas a gravidez, ao parto e ao puerpério). É um instrumento de análise das condições de assistência prénatal e obstétrica.
40 O cálculo da RMM Qual seria o denominador ideal para a RMM?? A população de mulheres gestantes, pois essas estão sob risco de morrer por causas maternas. Entretanto, é difícil de obter uma estimativa deste número para a população. Então, utiliza-se: o número de nascidos vivos na área e no período de interesse (partindo do pressuposto que o número de natimortos é desprezível comparado ano número de nascidos vivos).
41 Mortalidade Materna: principais fatos Todos os dias, cerca de 830 mulheres morrem de causas evitáveis relacionadas com a gravidez e o parto. 99% de todas as mortes maternas ocorrem nos países em desenvolvimento. A mortalidade materna é maior em mulheres que vivem em áreas rurais e entre as comunidades mais pobres. Os adolescentes jovens enfrentam um maior risco de complicações e morte como resultado de uma gravidez do que outras mulheres. Entre 1990 e 2015, a mortalidade materna em todo o mundo caiu cerca de 44%. reduzíveis por ações de diagnóstico, prevenção e tratamento precoces
42 Razão de mortalidade materna por 100 mil NV: R M M
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44 RMM Brasil: razão de mortalidade materna* por região Ano Por 100 mil nascidos vivos Fonte: Sistema de informação de mortalidade e Sistema de informações de nascidos vivos
45 Mortalidade materna no Brasil sofreu queda de 19% em 2011, mas o número ainda está acima do definido pelas metas da ONU
46 Letalidade É a medida do risco de óbito entre os doentes. Expressa a gravidade de uma doença
47 Letalidade: casos suspeitos ou confirmados? Número total de casos suspeitos e confirmados de Doença pelo Ebola Virus (DEV) Mortes e até 26 de Agosto de País Mortes Casos Letalidade (%) Guinea Liberia Sierra Leone
48 Letalidade: casos suspeitos ou confirmados? Número total de casos e mortes confirmados por DEV 26 de Agosto de País Mortes Casos Letalidade (%) Guinea Liberia Sierra Leone
49 Série histórica do número de casos humanos confirmados de febre amarela silvestre e a letalidade no Brasil, 1980 a
50 Letalidade de algumas doenças Spanish (1918) flu : >2.5%, Asian ( ) and Hong Kong ( ) flus: about 0.1% Legionnaires' Disease: about 15%. Yellow fever, even with good treatment: 20 to 50%. Bubonic plague, left untreated: as much as 60%. Zaïre Ebola Virus is among the deadliest viruses: as high as 90%. Rabies virus, if infecting an unvaccinated individual who does not seek treatment, is also extremely deadly, virtually 100%.
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