Hospital Rural de Cuamba RELATÓRIO ANUAL DE ÓBITOS DO HOSPITAL RURAL DE CUAMBA, Cuamba, Janeiro de 2016

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1 O Director Clínico do HRC Dr. Leonardo Vanhiua / Médico Generalista/ REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE DIRECÇÃO NACIONAL DE Hospital Rural de Cuamba MINISTÉRIO DA SAÚDE ASSISTÊNCIA MÉDICA RELATÓRIO ANUAL DE ÓBITOS DO HOSPITAL RURAL DE CUAMBA, 2015 Cuamba, Janeiro de 2016

2 Índice Objectivo do documento Metodologia utilizada para apurar os resultados Informações para gestão hospitalar Óbitos segundo tempo de internamento (<48h ou > 48h) Óbitos segundo tipo de admissão do paciente Causas directas de óbito Informação para gestão epidemiológica Óbitos segundo sexo Principais causas básicas de óbito Óbitos por faixa etária Mortalidade de crianças entre 1 e 4 anos Óbitos entre 5 e 14 anos Óbitos femininos a partir dos 14 anos Óbitos masculinos a partir de 14 anos de idade Sobre a qualidade dos dados Causas mal definidas Conclusão Constrangimento e fraquezas Perspectiva Recomendação

3 Índice de Tabelas e Gráficos Tabelas Tabela 1: Número de internamentos e de óbitos por ano segundo departamento. HRC Tabela 2: óbitos segundo o tempo de internamento. Antes e depois das 48h. HRC Tabela 3: Causas directas de óbito por capítulo da CID 10. HRC Tabela 4: Causas básicas de óbito segundo capítulo da CID 10. HRC Tabela 5: Quantidade de óbitos segundo capítulo da CID em pessoas entre 5 e 14 anos de idade. HRC Tabela 6: Distribuição percentual das principais causas de óbito em homens a partir de 14 anos. HRC Tabela 7: Distribuição de óbitos devida a SIDA segundo faixa etária e sexo. HRC Gráficos Gráfico 1: Gráfico 2: Distribuição percentual de óbitos antes e depois das 48h. HRC. 12 Meses de Gráfico 3: Distribuição percentual de óbitos antes e depois das 48h. HRC. 12 Meses de Gráfico 4: Distribuição % de óbitos segundo tipo de admissão do paciente. HRC. 12 meses de meses Gráfico 5: Quantidade de óbitos por departamento segundo tipo de admissão via Serviços de Urgências. HRC Gráfico 6: Distribuição % de óbitos por departamento segundo tipo de admissão via Serviços de Urgências. HRC Gráfico 7: Série temporal da ocorrência de óbitos por mês. HRC Gráfico 8: Distribuição percentual dos óbitos segundo sexo. HRC Gráfico 9: Distribuição % dos óbitos segundo faixa etária. HRC

4 Gráfico 10: Distribuição percentual das principais causas básicas e óbitos em menores de 1 ano. HRC Gráfico 11: Distribuição % das principais causas básicas de óbitos de crianças de 1 a 4 anos. HRC Gráfico 12: Distribuição percentual das 3 principais causas de óbito em mulheres a partir de 14 anos. HRC Gráfico 13: Distribuição percentual das 3 principais causas de óbito em mulheres a partir de 14 anos. HRC

5 Introdução O progressivo aumento do acesso ao Serviço Nacional de Saúde e a necessidade de melhorar a gestão dos prestadores de serviços leva a que o MISAU procure minimizar o impacto dos problemas de Saúde Pública que afectam a população. Para o efeito, é recomendado a nível internacional a vigilância da mortalidade intra-hospitalar a nível Nacional. Assim, Moçambique iniciou um processo que permite o registo e análise de óbitos hospitalares através da introdução em 2008 de um Sistema de Registo de óbitos. Este sistema foi tido como piloto no Hospital Central de Maputo (HCM). O HCM é um hospital quaternário, de referência nacional. Assim, após a sua implementação piloto o sistema foi expandido para as unidades de referências como é o caso dos hospitais gerais do nível da cidade de Maputo e actualmente operacional em todos hospitais provinciais do país como é o caso do Hospital Provincial de Lichinga. Incluindo os hospitais centrais Beira e Nampula e ainda na mesma província sistema actua o no Hospital Rural de Cuamba desde o mês de Setembro de O Hospital Rural de Cuamba (HRC) caracteriza-se como sendo Unidade Sanitária (US) do segundo nível de atenção para a prestação dos cuidados de saúde da população. Esta Unidade é a mais diferenciada a nível do distrito de Cuamba e da zona sul da província do Niassa. Recebendo casos provenientes dos centros de saúdes a nível dos distritos. Todavia presta serviços em ambulatório e em regime de internamento. O HRC conta com 5 departamentos de internamento nomeadamente: Medicina, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e 1 de serviço de urgência. Contando deste modo com 102 camas a nível dos departamentos. O HRC dispõe de uma recolha diária de informações a nível dos sectores que posteriormente é enviada mensalmente ao sector de estatística. Esta informação permite o cálculo de indicadores necessários para gestão hospitalar e epidemiológica. Este instrumento, elaborado em uma Planilha electrónica em formato Excel que funciona em paralelo com os demais sistemas de informação para saúde como é o caso de Modulo Básico (MB) e o SISROH. O Sistema de Informação de Saúde de Registo de Óbitos Hospitalares (SISROH) é um instrumento electrónico de recolha de dados de mortalidade, desenvolvido em parceria com a organização M- OASIS 1, pertencente à Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Tem como objectivo único o registo regular e rotineiro dos dados de mortalidade Hospitalar a nível II, III e IV. O sistema permite actualmente calcular os seguintes indicadores 1 Mozambican Open Architectures, Standards and Information Systems 5

6 Total de óbitos (por mês, por Serviço/Departamento, por faixas etárias, por sexo); Tempo de permanência no Serviço/Departamento; Óbitos segundo tempo de internamento (com menos ou mais de 48 horas); Óbitos segundo a causa básica ou causa directa de morte (por sexo, faixa etária, Serviço/Departamento). Objectivo do documento Avaliar a informação sobre óbitos hospitalares no HRC nos 12 meses dos anos 2014 a 2015 e partilhar os principais achados do Sistema de Registo de Óbitos (SIS-ROH), identificando os aspectos positivos e os que carecem de melhoria para uma melhor gestão hospitalar e melhor qualidade de prestação. Metodologia utilizada para apurar os resultados Para o cálculo da taxa de mortalidade, foram utilizados os dados dos departamentos Medicina, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, SUR. Assim, foram analisados todos os processos de óbitos entrados no sistema de 21 de Dezembro de 2014 a 20 de Dezembro de ano 2015 comparando com todos dados dos processos de óbitos de 21 de Dezembro de 2013 a 20 de Dezembro de

7 Informações para gestão hospitalar Segundo informações do SISROH, durante 12 meses do ano de 2015 foram internados pacientes nos departamentos de Medicina, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Serviço de Urgência contra pacientes em Observando-se uma redução do número de internamentos. Houve registo de 2 óbitos extra hospitalar no período em análise, sendo ambos por cólera. Tabela 1: Número de internamentos e de óbitos por ano segundo departamento. HRC Departamento Intern Censo SISROH Intern Censo SISROH Medicina Pediatria Cirurgia Ginecologia/Obstetrícia SUR Total e Censo mensal Regista se um progresso no que refere a discrepância de óbitos registados no livro de registo ao nível dos sectores e Óbitos registados no livro de registo de certificados de óbitos, sendo que o sector de Pediatria mostra se como sendo o sector que consegui equilibrar a discrepância de óbitos em ambos os livros, seguido de Serviço de Urgência. Taxa de mortalidade hospitalar por 100 internamentos por departamento 8.2% 9.2% 10.3% 5.6% 2.5% 2.7% 0.6% 0.3% 1.0% 2.1% Medicina Pediatria Cirurgia Ginecologia/Obstetrícia SUR Gráfico 1: Taxa de mortalidade hospitalar por 100 internamentos por departamento. HRC

8 O gráfico permite observar tendência das taxas de mortalidade a nível dos departamentos. O sector de Pediatria caracteriza o período em análise com uma taxa de Mortalidade de 10,3% contra 5,6% registado no ano passado quando comparado com o mesmo período em análise, seguido do sector da Medicina que registou a taxa de Mortalidade de 9,2% contra 8,2% do ano passado no mesmo período em análise. Tabela 2: óbitos segundo o tempo de internamento. Antes e depois das 48h. HRC Departamentos - 48 H + 48 H Total - 48 H + 48 H Total Cirurgia Ginecologia e Obstetrícia Medicina Pediatria S.U.R Total A Tabela acima ilustra óbitos segundo tempo de internamento nos serviços de internamento do HRC. Segundo dados obtidos através de coleta de dados do SISROH para o período em análise registou mais óbitos menos de 48 horas (54,9%), realidade igual quando comparado com o mesmo período do ano anterior, que registou se mais óbitos com menos de 48 horas de permanência nos serviços do HRC. Caracteriza-se para o período actual em análise o sector de SUR com 91% dos óbitos ocorridos menos de 48 horas de permanência, seguido de Pediatria com 59% e da Ginecologia e Obstetrícia com 54% H + 48 H 100% 80% 60% 40% 20% 50% 50% 38% 63% 69% 31% 41% 59% 0% 100% 0% Cirurgia Gine e Obstetrícia Medicina Pediatria S.U.R Óbitos segundo tempo de internamento (<48h ou > 48h) Gráfico 2: Distribuição percentual de óbitos antes e depois das 48h. HRC. 12 Meses de 2014 No gráfico estão representado a distribuição percentual de óbitos antes e depois de 48 horas de permanência nos serviços no HRC durante 12 meses de

9 O sector que regista mais óbitos menores de 48 horas de permanência nos serviços no HRC para este período é o Serviço de Urgência (100%), seguido da Ginecologia e Obstetrícia (63%) e da Pediatria (59%) H + 48 H 100% 80% 60% 40% 20% 75% 25% 46% 54% 67% 33% 41% 59% 9% 91% 0% Cirurgia Gine e Obstetrícia Medicina Pediatria S.U.R Gráfico 3: Distribuição percentual de óbitos antes e depois das 48h. HRC. 12 Meses de No gráfico estão representado a distribuição percentual de óbitos antes e depois de 48 horas de permanência nos serviços no HRC durante os 12 meses de O sector que regista mais óbitos menos de 48 horas de permanência nos serviços no HRC é o SUR com 91%, dos óbitos ocorridos menos de 48 horas de permanência, seguido dos serviços de Pediatria com 59% dos óbitos registados em menos de 48 horas e da Ginecologia e Obstetrícia com 54% dos óbitos registados menos de 48 horas. Óbitos segundo tipo de admissão do paciente 4.5% 8.8% 95.5% 89.2% 0% 2.0% Gráfico 4: Distribuição % de óbitos segundo tipo de admissão do paciente. HRC. 12 meses de meses Transferencia doutro estabelecimento Internos Sem Inform O gráfico ilustra os óbitos segundo tipo de admissão no HRC durante 12 meses de 2015, fazendo uma comparação com o mesmo período de

10 A maior parte dos óbitos ocorridos são do Hospital Rural (cerca de 95,5% para 2015 e 89,2% para 2014), os óbitos transferidos (que corresponde a 4,5%), são na sua maioria proveniente do Distrito de outros Distritos e dos Centros de Saúdes periféricos do Distrito de Cuamba, os sem informação constituem a mal codificados Cirurgia Gine e Obstetrícia Medicina Pediatria S.U.R Gráfico 5: Quantidade de óbitos por departamento segundo tipo de admissão via Serviços de Urgências. HRC % 40% 30% 20% 10% 0% 5% 6% 3% 2% Cirurgia Gine e Obstetrícia 46% 40% 32% 36% 17% 13% Medicina Pediatria S.U.R Gráfico 6: Distribuição % de óbitos por departamento segundo tipo de admissão via Serviços de Urgências. HRC Os gráficos 6 e 7 referente a forma de admissão via serviços de urgências por departamento. A maior parte dos óbitos que ocorre no HRC por via de urgência são do departamento de Pediatria, seguido da Medicina e Banco de Socorro. Regista se melhoria na codificação de óbitos no período actual quando comparado com o mesmo período de ano passado.. 10

11 Causas directas de óbito Tabela 3: Causas directas de óbito por capítulo da CID 10. HRC Código Capítulos A00 -- B99 Algumas doenças infecciosas e parasitárias 68 27, ,1 C00 -- D48 Neoplasias [tumores] 2 0,8 2 0,6 Doenças do sangue e dos órgãos D50 -- D89 hematopoéticos e alguns transtornos 23 9,2 16 4,8 imunitários E00 -- E90 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 13 5,2 16 4,8 G00 -- G99 Doenças do sistema nervoso 6 2,4 6 1,8 I00 -- I99 Doenças do aparelho circulatório 22 8, ,2 J00 -- J99 Doenças do aparelho respiratório 51 20, ,7 K00 -- K93 Doenças do aparelho digestivo 3 1,2 1 0,3 N00 -- N99 Doenças do aparelho geniturinário 0 0,0 5 1,5 O00 -- O99 Gravidez, parto e puerpério 6 2,4 4 1,2 P00 -- P96 Algumas afecções originadas no período perinatal 14 5,6 22 6,6 Q00 -- Q99 Malformações congénitas, deformidades e anomalias cromossômicas 1 0,4 1 0,3 R00 -- R99 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não 22 8, ,4 classificada S00 -- T98 Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas 14 5,6 10 3,0 V01 -- Y98 Causas externas de morbidade e de mortalidade 4 1,6 6 1,8 Outras 0 0,0 0 0,0 Total A tabela acima ilustra as causas de óbitos por capítulo da CID 10 ocorrido no HRC entre os 12 meses dos anos de 2014 e A principal causa directa de morte no hospital rural de Cuamba é o grupo de Doenças do aparelho respiratório com 22,7%, seguida de Algumas doenças infecciosas e parasitárias com 22,1% e Doenças do aparelho circulatório, com 15,2%. 11

12 Série temporal da ocorrência de óbitos por mês Jan Fev Marc Abril Mai Jun Julh Agost Set Out Nov Dez Gráfico 7: Série temporal da ocorrência de óbitos por mês. HRC O gráfico permite observar a tendência dos óbitos ao longo dos meses. Para os dois anos em análise observa-se aumento de óbitos certificados no período em análise quando comparado com o mesmo período de 2014, isso deve se a melhoria na emissão de certificado de óbito no HRC. O mês de Janeiro foi o mês que mais óbitos do SIS ROH registou se, seguido do mês de Setembro, realidade contraria verifica se no mesmo período de 2014 que em Janeiro registou se 16 óbitos certificados e setembro 18 óbitos. Informação para gestão epidemiológica Óbitos segundo sexo 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 55% 56% 45% 44% Masculino Feminino Gráfico 8: Distribuição percentual dos óbitos segundo sexo. HRC Para os dois anos em comparação, nota-se que o sexo Feminino apresenta maior percentagem de óbitos com 55% nos 12 meses de 2014 e 56% nos 12 meses de

13 Principais causas básicas de óbito Tabela 4: Causas básicas de óbito segundo capítulo da CID 10. HRC Código Capítulos A00 -- B99 Algumas doenças infecciosas e parasitárias , ,5 C00 -- D48 Neoplasias [tumores] 5 2,0 5 1,5 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos 8 3,2 20 6,0 D50 -- D89 imunitários Doenças endócrinas, nutricionais e 13 5,2 25 7,5 E00 -- E90 metabólicas F00 -- F99 Transtornos mentais e comportamentais 1 0,4 0 0,0 G00 -- G99 Doenças do sistema nervoso 2 0,8 7 2,1 I00 -- I99 Doenças do aparelho circulatório 14 5,6 29 8,7 J00 -- J99 Doenças do aparelho respiratório 32 12,9 33 9,9 K00 -- K93 Doenças do aparelho digestivo 4 1,6 7 2,1 L00 -- L99 Doenças da pele e do tecido subcutâneo 1 0,4 0 0,0 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido M00 -- M99 conjuntivo 2 0,8 0 0,0 N00 -- N99 Doenças do aparelho geniturinário 1 0,4 3 0,9 O00 -- O99 Gravidez, parto e puerpério 11 4,4 8 2,4 Algumas afecções originadas no período P00 -- P96 perinatal 18 7,2 30 9,0 Malformações congénitas, deformidades e Q00 -- Q99 anomalias cromossômicas 2 0,8 1 0,3 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não 5 2,0 8 2,4 R00 -- R99 classificados em outras partes Lesões, envenenamento e algumas outras S00 -- T98 consequências de causas externas 7 2,8 15 4,5 Causas externas de morbidade e de V01 -- Y98 mortalidade 6 2,4 5 1,5 Factores que influenciam o estado de saúde e Z00 -- Z99 o contacto com os serviços de saúde 0 0,0 0 0,0 Total Na tabela acima estão ilustrado as Causas básicas de óbito segundo capítulo da CID 10. HRC No que se refere a causa básica de morte nota-se que, a principal causa básica de morte no Hospital Rural de Cuamba é o grupo de doenças infeciosas e parasitárias com 41,5% contra 47% registado em 2014 em igual período em análise, seguida de Doenças do aparelho respiratório com 9,9% em 2015 contra 12,9% registado em igual período do ano 2014, e de Algumas afecções originadas no período perinatal com 9% contra 7,2% registado em

14 Óbitos por faixa etária 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 11% 16% 10% 16% 0-28 dias 29 dias - 12m 7% 4% 19% 24% 15% 4% 10% 4% 13% 28% 14% 5% 13m - 7a 8-14a 15-24a 25-44a 45-64a [> 65a Gráfico 9: Distribuição % dos óbitos segundo faixa etária. HRC Para o período em análise verifica-se a ocorrência de mais óbitos na faixa etária dos 25 a 44 anos com 24% seguido da faixa etária 13 meses a 7 anos com 21% e da faixa etária dos 29 dias a 12 meses responsável por 19% dos óbitos registados. Realidade diferente quando espelhado o mesmo período do ano passado (2014) pelo que, a faixa etária dos 25 a 44 anos de idade é que caracteriza a ocorrência dos óbitos e responsável por 28% dos óbitos seguido da faixa etária dos 29 dias a 12 meses com 16% e a faixa etária dos 45 a 64 anos com 14%. 14

15 Algumas doenças infecciosas e intestinais Doenças devido a protozoarios Desnutricao Pneumonia Feto e recemnascido afectado por factores maternos e por complicacoes da gravidez de trabalho de partoe o parto Transtornos relacionados com a duracao da gestacao e com o crescimento fetal Transtorno respiratorios e cardiovasculares do periodo perinatal Infeccoes especificas de periodo perinatal Outros Gráfico 10: Distribuição percentual das principais causas básicas e óbitos em menores de 1 ano. HRC O gráfico 10, lista as principais causas de óbito em menores de 1 ano. Caracteriza-se Transtornos relacionados com a duração da gestação e com o crescimento fetal, seguido de Doenças devido a protozoários e Pneumonia como sendo a principal causa de óbito nesta faixa etária, com 22,8%, 17,4% e 16,3%, respectivamente. Mortalidade de crianças entre 1 e 4 anos Algumas doenças infecciosas e intestinais 0.0 Doenças pelo HIV 19.8 Doenças devido a protozoarios Anemia Desnutricao Pneumonia Outras 50.5 Gráfico 11: Distribuição % das principais causas básicas de óbitos de crianças de 1 a 4 anos. HRC O gráfico 11 lista as principais causas de óbito em crianças entre 1 e 4 anos, sendo que para o período em análise a principal causa de morte são as Doenças devido a protozoários com 20,9%, seguido de Pneumonia com 12,8% e de Algumas doenças infeciosas e intestinais com 11,5%. 15

16 Óbitos entre 5 e 14 anos Tabela 5: Quantidade de óbitos segundo capítulo da CID em pessoas entre 5 e 14 anos de idade. HRC Capítulos Algumas doenças infecciosas e parasitárias 5 33,3 7 35,0 Doenças do aparelho digestivo 1 6,7 0 0,0 Doenças do aparelho respiratório 1 6,7 8 40,0 Doenças do aparelho circulatório 2 13,3 0 0,0 Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo 0 0,0 0 0,0 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários 3 20,0 1 5,0 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 0 0,0 1 5,0 Gravidez, parto e puerpério 0 0,0 0 0,0 Neoplasias [tumores] 0 0,0 0 0,0 Doenças do sistema nervoso 0 0,0 0 0,0 Sintomas, sinais de exames clínicos e de laboratório, não classificados 1 6,7 1 5,0 Transtornos mentais e comportamentais 0 0,0 0 0 Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas 1 6,7 1 5,0 Outras 1 6,7 1 5,0 Total , ,0 Na tabela 5 estão ilustrada a quantidade de óbitos segundo capítulo da CID em pessoas entre 5 e 14 anos de idade entre os anos 2014 e 2015, fazendo uma comparação semestral em ambos anos. Foram registados no total 20 óbitos em 2015 contra 15 em 2014 para o mesmo período em análise, sendo que em 2015 caracterizam se Doenças do aparelho respiratório como sendo as principais causas de óbito com 40% seguido de Algumas doenças infecciosas e parasitárias com 35%. 16

17 Óbitos femininos a partir dos 14 anos 67% 42% 33% 33% 30% 27% 20% 20% 20% 17% 17% 17% 17% 10% 7% 8% 7% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 10% >64 Algumas doenças infecciosas e parasitárias Gravidez, parto e puerpério Doenças do aparelho respiratório Outras Gráfico 12: Distribuição percentual das 3 principais causas de óbito em mulheres a partir de 14 anos. HRC % 50% 33% 29% 29% 29% 25% 25% 16% 14% 14% 14% 14% 14% 21% 12% 12% 7% 0% 0% 0% 0% 0% 0% >64 Algumas doenças infecciosas e parasitárias Gravidez, parto e puerpério Doenças do aparelho respiratório Outras Gráfico 13: Distribuição percentual das 3 principais causas de óbito em mulheres a partir de 14 anos. HRC

18 Óbitos masculinos a partir de 14 anos de idade Tabela 6: Distribuição percentual das principais causas de óbito em homens a partir de 14 anos. HRC Capitulo Algumas doenças infeciosas e parasitárias 38 50, ,0 Doenças do aparelho circulatório 8 10,5 18 9,4 Doenças do aparelho digestivo 4 5,3 7 3,7 Doenças do aparelho respiratório 9 11,8 17 8,9 Doenças do aparelho geniturinário 1 1,3 1 0,5 Doenças do sangue e dos órgãos hematopoét e transtornos imunitários 2 2,6 6 3,1 Doenças do sistema nervoso 1 1,3 5 2,6 Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas 2 2,6 10 5,2 Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de c.externas 3 3,9 14 7,3 Neoplasias [tumores] 2 2,6 5 2,6 Transtornos mentais e comportamentais 0 0,0 0 0,0 Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório 1 1,3 5 2,6 Algumas afecções originadas no período perinatal 0 0,0 15 7,9 Malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas 0 0,0 1 0,5 Causas externas de morbidade e de mortalidade 5 6,6 3 1,6 Total Nas principais causas de óbito em homens a partir de 14 anos no período em análise caracteriza-se pelas Algumas doenças infeciosas e parasitárias com 44% dos casos de óbito contra 50% registado no mesmo período do ano 2014, seguido das Doenças do aparelho circulatório e Doenças do aparelho respiratório, com 21,1% contra 9,4% e 8,9% contra 10,5% e 11,8%, registado no ano de 2015 e 2014, respectivamente. 18

19 Tabela 7: Distribuição de óbitos devida a SIDA segundo faixa etária e sexo. HRC Faixa Feminino Masculino Total Feminino Masculino Total Total A tabela ilustra a distribuição de óbitos devido a SIDA por faixa etária. No período actual em análise foram registado 53 óbitos devido a SIDA contra 60 registado para igual período de Caracteriza-se a faixa etária dos 35 a 44 anos de idade que mais óbitos por SIDA se regista, seguido da faixa etária dos 35 a 44 anos e de 25 a 34 anos de idade. 19

20 Sobre a qualidade dos dados Causas mal definidas Os óbitos por causas mal definidas correspondem ao capítulo XVIII. Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte bem como ao capítulo XX causais externas de morbilidade e de mortalidade. Reflecte a qualidade da informação que permite identificar a causa básica da morte. As dificuldades estão associadas as condições para o diagnóstico de doenças bem como a capacitação do profissional para preenchimento do certificado de óbito. No ano 2014 foram registado como causa básica nestes capítulo 26 óbitos e no ano 2015 foram registado como causa básica neste capítulo 52 óbito. 20

21 Conclusão Foram notificados 359 óbitos e certificado 93,3% (335) dos óbitos a nível de todo o Hospital; A Pediatria registou mais (148 óbitos), óbitos seguido da Medicina (105 óbitos) e de SUR (57 óbitos); Mais óbitos ocorrem menos de 48 horas de permanência a nível do hospital (55%); Cerca de 95,5% dos óbitos ocorridos são óbitos internos do Hospital e 4,5% são óbitos vindo transferido de outras Unidades Sanitárias. Dos óbitos admitidos por via de serviços de urgência 46% ocorre na Pediatria, 32% na Medicina e 17% nos serviços de urgência. As Doenças do aparelho respiratório com 22,7% são as principais causas directas de óbitos, seguido de Algumas doenças infecciosas e parasitárias com 22,1% e de Doenças do aparelho circulatório 15,2%; As doenças infeciosas e parasitárias com 41,5% são as principais causas básicas de óbitos no HRC, seguido das doenças do aparelho respiratório com 9,9% e de Doenças do aparelho circulatório com 8,7%. O sexo Feminino é o mais abrangido com 56% dos óbitos ocorridos no HRC. Constrangimento e fraquezas Inconsistência dos dados notificados pelo censo mensal com o número de certificados de óbitos emitidos na enfermaria; Perspectiva Garantir o melhor e total codificação dos Certificados de Óbitos por parte dos clínicos; Garantir a qualidade e consistência dos dados no que diz respeito ao número de óbitos registados nos censos diários a nível dos serviços com os certificados de óbitos emitidos; 21

22 Recomendação Reduzir as mortes a nível do hospital, em particular nas causas principais de óbito; Melhoria contínua no preenchimento dos CO s; no que diz respeito ao preenchimento completo, correcto, consistente e com legibilidade da caligrafia do CO e fazer a respectiva codificação das doenças nos CO s; Garantir a discussão de todos os óbitos ocorridos a nível das enfermarias. Cuamba, Janeiro de 2016 O responsável do Sector João Quizer Maússe Júnior =Técnico de Estatística Sanitária= 22

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