A Contabilidade no Registro Civil Um Panorama Geral
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- Vergílio Barateiro Batista
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1 A Contabilidade no Registro Civil Um Panorama Geral João Pessoa/PB, Antonio Herance Filho (11)
2 A Contabilidade no Registro Civil Explicando o tema... O Oficial do Registro Civil das Pessoas Naturais é sujeito passivo de obrigações tributárias (principais e acessórias) e, como empregador, deve cumprir com deveres de natureza trabalhista, o que lhe impõem a necessidade de contar com a assessoria de profissional da área contábil, capacitado para formalizar os procedimentos relativos à Folha de Salários e demais incumbências burocráticas. Mas, como pessoa física que é, não está sujeito à contabilidade, considerando o sentido mais técnico do vocábulo. 2
3 O Oficial do RCPN e o Direito Tributário São obrigações tributárias do Oficial do RCPN: 3 Principais: IRPF; ISSQN; Contribuição Previdenciária (pessoal, patronal e tomador de serviços de pessoas físicas) Acessórias: DIRPF; DOI
4 O Oficial do RCPN e o Direito Trabalhista e Previdenciário São obrigações trabalhistas e previdenciárias do Oficial do RCPN: 4 Principais: IRRF; Contribuição Previdenciária (descontada das remunerações); FGTS Acessórias: DIRF; GFIP; RAIS
5 O IRPF e o dever de escrituração do Livro Caixa 1 A previsão dos arts. 75 e 76 do Regulamento do Imposto de Renda RIR (Decreto nº 3.000/99) 2 Escrituração de Receitas e Despesas 5
6 Dedução de despesas Critérios: natureza e comprovação Natureza da despesa (RIR/99, art. 75, I e III) Remuneração paga a terceiros, desde que com vínculo empregatício, e os encargos trabalhistas e previdenciários Despesas de custeio pagas, necessárias à percepção da receita e à manutenção da fonte produtora 6
7 Dedução de despesas Critérios: natureza e comprovação Comprovação da despesa (RIR/99, art. 76, 2º) Veracidade das despesas Documentação hábil e idônea O livro Caixa independe de registro Manutenção do livro Caixa e dos comprovantes à disposição do Fisco, enquanto não transcorrerem os prazos legais da decadência e, se for o caso, da prescrição 7
8 Dedução de despesas Critérios: natureza e comprovação Documentos idôneos Comprovação da despesa (RIR/99, art. 76, 2º) Contrato nota fiscal recibo Documentos não aceitos 8
9 Dedução de despesas Situações especiais A folha de salários e os encargos trabalhistas e previdenciários despesas dedutíveis (RIR/99, art. 75, I) Vínculo laboral Regime de caixa escrituração das receitas e das despesas na data e pelo valor de sua efetivação 9
10 Dedução de despesas Situações especiais As aplicações de capital despesas não dedutíveis (RIR/99, art. 75) Aquisição de bens duráveis Bem durável é o que permanece útil por mais de um ano E a locação de bens duráveis? Então, o leasing também é dedutível? 10
11 Dedução de despesas Situações especiais As benfeitorias realizadas no imóvel despesas não dedutíveis Valor de mercado e vida útil Imóvel próprio e imóvel alugado E pintura das paredes internas do imóvel, é benfeitoria ou higiene? 11
12 Dedução de despesas Situações especiais A CSS (CPMF) incidente sobre a movimentação financeira da Unidade despesas dedutíveis ou não dedutíveis Dedutibilidade da despesa, cujo valor serviu de base para a incidência da contribuição Dedutibilidade condicionada Comprovação: Extrato bancário!!! 12
13 Dedução de despesas Situações especiais EXCESSO DE DEDUÇÕES Compensação cômputo do excesso de deduções no(s) mês(es) seguinte(s) Compensação admitida até dezembro Como evitar a ocorrência de excesso de deduções em 31 de dezembro? 13
14 ISSQN Constitucionalidade declarada pelo STF ANOREG BR ADIn 3089 Decisão que nega o caráter público dos serviços, negando, por conseqüência, a FÉ PÚBLICA do notário e do registrador Decisão que retira os EMOLUMENTOS do contexto tributário, não lhes sendo mais aplicáveis os princípios da anterioridade (instituição e majoração num exercício para vigorar no seguinte), da capacidade contributiva (gratuidades, que são formas isencionais) A constitucionalidade não pode ser mais questionada, mas o Município deve exigir o tributo conforme estabelece a legislação Tributária em vigor! 14
15 ISSQN Determinação da Base de Cálculo REGRA GERAL Lei Complementar nº 116/2003 Art. 7º Art. 7º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 15
16 ISSQN Determinação da Base de Cálculo REGRA EXCEPCIONAL Tributação privilegiada Decreto-Lei nº 406/68, art. 9º, 1º: Art. 9º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. 1º. Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho (original sem destaques). 16
17 ISSQN Tributação privilegiada: requisitos Pessoas Naturais Pessoas Físicas PROFISSIONAIS LIBERAIS (autônomos) Legislação do Imposto sobre a Renda: IN-SRF nº 200/02 art CNPJ RIR/99 art Equiparação RIR/99 art. 106 Emolumentos (Rendimentos de PF) 17
18 ISSQN Tributação privilegiada: requisitos Pessoas Naturais Pessoas Físicas PROFISSIONAIS LIBERAIS (autônomos) Legislação da Previdência Social: RPS/99 art. 9º - Contribuintes individuais IN-MPS/SRP nº 3/05 - art. 9º - Confirmação 18
19 ISSQN Tributação privilegiada: requisitos Pessoas Naturais Pessoas Físicas PROFISSIONAIS LIBERAIS (autônomos) Regulamentação do art. 236 da Constituição Federal: Lei nº 8.935/94 art. 3º - Profissional do Direito (habilitação e responsabilidade) 19
20 ISSQN Tributação privilegiada: precedentes 3ª Vara da Comarca de Atibaia/SP (Processo nº 61/04) Diante de todo exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, pois existe a relação jurídico-tributária entre as partes fixada pela recente Lei Complementar Federal nº 116/2003 e Lei Complementar Municipal nº 412/2003, contudo, a tributação deve ser entendida apenas do trabalho pessoal daquele que responde pela delegação, sendo a base de cálculo aquela do artigo 9º do Decreto nº 406/68, e não aquela do percentual sobre o preço do serviço que fora fixada em 5% (fls. 98/99). Em conseqüência da errônea fixação da base de cálculo, transitada em julgado, expeça-se mandado de levantamento dos valores do tributo depositados (original sem destaques). 20
21 ISSQN Tributação privilegiada: precedentes (TJSP Ap. nº /0-00 Fartura 15ª Câm. de Dir. Público Des. Rel. Daniella Lemos DJ ) 21 ISSQN Notários e registradores Constitucionalidade Base de cálculo Valor destinado ao oficial ou tabelião, excluídos os demais encargos, como, por exemplo, custas destinadas ao Estado e a órgão representativo Na realidade, in casu, a tributação deve ser entendida apenas sobre o trabalho pessoal daquele que responde pela delegação Artigo 9º do Decreto-lei nº 406/69 Revogação Lei Complementar n 116/03 Inocorrência Precedentes Inexistência de incompatibilidade entre as normas anteriores (decreto-lei nº 406/69) e as novas (lei complementar nº 116/03) Aplicabilidade do Decreto-lei n 406/68 reconhecida, notadamente pelo fato de ter sido recepcionado pela Constituição Federal Precedentes Cálculo do imposto que deve ser realizado por meio de alíquotas fixas em função da natureza do serviço O tabelião ou oficial de registro prestam serviço sob a forma de trabalho pessoal e em razão da natureza do serviço tem direito ao regime especial de recolhimento, alíquota fixa, e não em percentual sobre toda a importância recebida pelo Delegado a título de remuneração de todo o serviço prestado pela serventia extrajudicial que administra (...)
22 IRRF Hipóteses de incidência Notários e Registradores, como todas as pessoas físicas, apenas se sujeitam ao dever de reter o IR das pessoas físicas a quem pagam RENDIMENTOS DO TRABALHO ASSALARIADO. Rendimentos pagos a pessoas físicas a título de aluguel do imóvel onde está instalada a Unidade. Não!!!! Rendimentos pagos a pessoas jurídicas Não!!!! Conseqüências da retenção indevida 22
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