A dispersão do sujeito na letra da música Bom Conselho, de autoria do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A dispersão do sujeito na letra da música Bom Conselho, de autoria do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda"

Transcrição

1 A dispersão do sujeito na letra da música Bom Conselho, de autoria do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda Dra. Gilsa Elaine Ribeiro Andrade 1 Dra. Josefa Jacinto de França 2 Resumo Este artigo se propõe a apresentar uma análise da letra da canção Bom conselho, de Chico Buarque de Holanda, gravada em 1972, em parceria com Caetano Veloso, constituindo, portanto, nosso objeto de estudo. Nesta análise, nosso objetivo consiste em apresentar a múltipla construção do sujeito no texto, através das vozes nele presentes; enfocando, principalmente, o fenômeno da negação; além de demonstrar que, nesta letra, o discurso é constituído por uma dispersão de textos e sujeitos, que corroboram na sua natureza heterogênea. Assim, no discorrer do artigo, apresentamos pontos da teoria da Análise do Discurso; seguidos de marcas bibliográficas de Chico Buarque, as quais fazem com que ele seja situado no contexto histórico, político e social da época em que escreveu a canção. Resumidamente, abordaremos sobre a formação do texto; a noção de discurso; e a dispersão do sujeito em Bom Conselho. A metodologia para a análise constitui-se na aplicação de conceitos baseados nos estudos sobre a heterogeneidade do texto; como também a dispersão que fundamenta as várias posições ocupadas pelo sujeito em um texto, numa abordagem fundamentada pela teoria da Análise do Discurso. Sua análise nos leva à conclusão de que seu discurso é constituído por uma dispersão de textos e de sujeitos; como também de que o título da letra é condizente com as várias vozes presentes nesse discurso. Para essa análise, fundamentamo-nos nos pressupostos teóricos da Teoria da Análise do Discurso, ancorados em autores Maldidier (2011); Maingueneau (2015); Foucault (2009), Henry (1992), Orlandi (1999) e Althusser (1980ª). Palavras-chave: Chico Buarque; Bom Conselho; Análise do discurso. 1 Doutora em Literatura e Cultura pelo Programa de Prós-Graduação em Letras (UFPB). Professora de Língua Portuguesa da DeVry João Pessoa. Contato: gandrade2@devryjoaopessoa.com.br. 2 Doutora em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística (UFPB). Professora de Ensino Superior da Universidade do Vale do Acaraú - UVA - e da Faculdade Devry. Contato: jfranca@devryjoaopessoa.com.br. 1

2 1. Introdução Este artigo tem como foco principal apresentar uma análise da canção Bom Conselho, de autoria de Chico Buarque de Holanda, dentro de uma perspectiva da Análise do Discurso (AD). Para isso, baseamo-nos nos estudos sobre a heterogeneidade do texto, partindo do princípio de que, Bom Conselho, foi formado por mais de um texto, e por mais de uma voz (sujeito). Além disso, abordamos o conceito de heterogeneidade, a partir dos pressupostos teóricos de Maingueneau (1089) e sua teoria da enunciação. Em seguida, analisamos a canção Bom conselho, de Chico Buarque, na perspectiva da dispersão do sujeito nela presente, principalmente sob a ótica do fenômeno da negação, a partir do qual, o autor faz uma inversão de valores, apropiando-se de vozes e enunciados de ditos populares. Finalmente, abordamos as enunciações ideológicas presentes na canção, dentro do contexto do silenciamento imposto pelo período da ditadura militar no Brasil. 1.1 Análise do Discurso e Sujeito Nos anos sessenta do Século XX surge, na França, uma nova disciplina, A Análise do Discurso (AD), tendo como seu objeto de estudo o discurso ao mesmo tempo que se opunha à Análise de Conteúdos, tão contemplada nas diversas áreas da Ciências Humanas. Enquanto esta concebia o texto na sua transparência, apenas enquanto projeção de uma realidade extradiscursiva, indiferente às articulações linguísticas e textuais; aquela, por outro lado, procurava realizar uma análise na qual passava a considerar o texto na sua opacidade. A Análise do Discurso, portanto, procurava interpretar o texto considerando tanto o modo de funcionamento linguístico-textual dos discursos, como também as diversas modalidades da língua, dentro de um determinado contexto histórico e social de produção. Logo, os pressupostos teóricos da Análise do Discurso (AD) surgiram na perspectiva política de uma ação que pretendia combater o excessivo formalismo linguístico predominante na época, o qual era visto como uma nova facção do tipo burguês. Tais pressupostos têm como marco inaugural o ano de 1969, com a publicação de Análise Automática do Discurso de Michel Pêcheux(1969), além do lançamento da revista Langages, organizada por Jean Dubois. Assim a Análise do Discurso (AD) sai em busca de um sujeito até então descartado; indo, portanto, encontrá-lo na Psicanálise e no Materialismo 2

3 Histórico althusserano. Da Psicanálise, havia interesse na AD em trabalhar o sujeito desejante, inconsciente, descentrado, afetado pela ferida narcísica; já do Materialismo Histórico, o seu interesse era no sujeito assujeitado, materialmente constituído pela linguagem e interpelado pela ideologia. Paul Henry (parceiro de Pêcheux e fundador com ele e Michel Plon da Análise do Discurso - AD) clamava: O sujeito é sempre e ao mesmo tempo sujeito da ideologia e sujeito do desejo inconsciente e isso tem a ver com o fato de nossos corpos serem atravessados pela linguagem antes de qualquer cogitação (HENRY, 1992, p,188). Para Foucault (2009b), falar de sujeito do discurso é pensar em multiplicação de sujeito, apresentar as diversas maneiras de pensar sujeito, perguntar: quem fala no texto? De onde fala? Quem pode falar sobre isso? Quem permite alguém falar sobre isso ou aquilo? Assim Foucault 2009ª) conceitua discurso. Chamaremos de discurso um conjunto de enunciados, na medida em que se apoiem na mesma formação discursiva. O discurso é constituído de um número limitado de enunciados para os quais podemos definir um conjunto de condições de existência (FOULCAULT,2009ª, p. 132). Já Althusser (1980a) procura diferenciar o Sujeito ideologia e o Sujeito-indivíduo. Assim, ele marca o sujeito-ideologia com um S maiúsculo e o sujeito- indivíduo com um S minúsculo. A diferenciação marcada pelo autor tem como função primordial caracterizar o caráter sobredeterminante da ideologia sobre os indivíduos ou os sujeitos interpelados e o caráter submisso edo sujeito-indivíduo ao Sujeito-ideologia. A ideia do autor é de que a ideologia, como Sujeito, possui o poder de interpelar os indivíduos como sujeitos e de deixálos sob sua orientação. Assim, o sujeito do discurso não é apenas o sujeito ideológico; nem apenas o sujeito inconsciente Freud lacaniano, portanto. A marca discursiva desse sujeito consist no papel de intervenção da linguagem na perspectiva linguística e histórica que a Análise do Discurso lhe atribui. Portanto, a Análise do Discurso se caracteriza, a partir do seu surgimento, por um viés de ruptura com toda uma conjuntura política e epistemológica, e por necessidade de articulação com outras áreas das ciências humanas. Conforme Orlandi (1999), quando se trata de um conjunto de trabalhos de consistência interna, pode-se falar não apenas em Análise do Discurso francesa (AD); mas em Análise do Discurso (AD) germânica, americana, inglesa, italiana, brasileira dentre outras; Visto que essa disciplina é desenvolvida em diversos lugares do mundo, com suas diversas tradições. 3

4 Para a autora (1999), no Brasil, a Análise do discurso (AD) se apresenta como uma disciplina muito proveitosa, de forma profissional, intelectual e institucionalmente consequente; com muitos resultados, tanto para a teoria como para a prática do conhecimento linguístico. 1.2 Um pouco sobre Discurso Denise Maldidider (2011), quando se refere à verdadeira obsessão de Michel Pêcheux por uma noção de discurso, diz que este é constituído num verdadeiro ponto de partida de uma aventura teórica. Para a autora, não se deve falar em discurso sem mobilizar outros sentidos, ou mesmo rever outros conceitos que fazem parte da sua formação como língua, sujeito e história. Dessa forma, o discurso, Segundo Maldidider (2011), foi para Pêcheux e continua sendo objeto de pesquisas num complexo e infinito campo de pesquisas; e a noção de discurso que se presta à investigação de pesquisas, apresenta-se como um objeto teórico sem nenhum compromisso com evidências empíricas; o que leva o estudo sobre discurso a apresentar marcas de ruptura no momento em que o investigador procurar entender, desvendar, interpretar, ou mesmo flagrar o momento em que sentido faz sentido. Em assim sendo, o sujeito formado pela linguagem; a história como processo; e a língua como algo denso; são noções que, vistas por ângulos da Análise do Discurso (AD), apenas florescem, quando submetidas à perspectiva do discurso. 2. Método utilizado A metodologia para a análise constitui-se na aplicação de conceitos baseados nos estudos sobre a heterogeneidade do texto; como também a dispersão que fundamenta as várias posições ocupadas pelo sujeito em um texto, numa abordagem fundamentada pela teoria da Análise do Discurso (AD). 3. Resultados/Discussões 3.1 Um pouco sobre o autor de Bom Conselho 4

5 Francisco Buarque de Holanda nasceu a 10 de junho de 1944, no Rio de Janeiro, filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e de D. Maria Amélia, pianista amadora. Compositor, teatrólogo e romancista. Chico Buarque nunca se afasta muito de seus temas prediletos, como os marginais; percebido, por exemplo, na letra da música Geni e o Zepelin, do ano de 1979; anti-heróis; em Minha história, do ano de Os infelizes; em Vai passar, do ano de 1990; e os desvalidos em Construção, do ano de Sua defesa por esses temas é tão inflamada e sincera que, muitas vezes, se confunde com sua profunda identidade. Dentro dessa perspectiva, a canção Bom conselho, gravada em 1972 no disco em parceria com Caetano Veloso, intitulado Juntos e ao vivo, está inserido, dentro da obra de Chico Buarque, no tema protesto. Vivendo uma época de plena ditadura e já tendo voltado da Itália, o poema citado retrata a época do cale-se, na qual não se era permitido falar abertamente e denunciar a realidade tão presente, principalmente em suas canções. 3.2 Sobre a heterogeneidade do texto Dizer que um texto é heterogêneo é afirmar que ele é formado por mais de um texto e por mais de uma voz (sujeito) em sua construção. Nenhum texto possui uma forma única; todo ele tem uma história e possui influências da forma e da vida do sujeito, como também de outros textos e enunciados construídos anteriormente. Essa relação forma o que consideramos texto. Desse modo, o texto, levando-se em conta os pressupostos teóricos assumidos pela escola francesa de Análise do Discurso, não pode ser analisada de forma homogênea, como se nele um único sujeito estivesse inserido. Afinal, o discurso é considerado por essa escola, como constituído por uma dupla dispersão - do texto e do sujeito -. É essa dispersão que fundamenta as várias posições ocupadas pelo sujeito, em um texto. Posições essas marcadas pela formação discursiva, de natureza ideológica, que governa os mecanismos enunciativos. Apesar de se considerar o locutor como responsável pelo enunciado, não se deve confundi-lo com o autor do texto, isto é, o produtor físico do enunciado. Pode-se perceber tal afirmação a partir do exemplo dado por Dominique Maingueneau (1989) que nos revela bem essa relação locutor-autor. Segundo Maingueneau (1989, p. 76), [ ] se assinamos um formulário preparado pela administração, do tipo Eu, abaixo-assinado, declaro..., o eu do locutor deste texto sou eu 5

6 mesmo e, no entanto, não sou o seu autor efetivo, isto é, o formulário possui um locutor que assume o enunciado, que se responsabiliza por ele. Entretanto, esse locutor não é o próprio autor do texto, pois este não existe, mas é um eu que assume as responsabilidades deste discurso. Indo mais além nessas reflexões, dissemos anteriormente que o discurso possui um caráter heterogêneo, constituído de vários sujeitos e da presença de outros textos que o constituem. Logo, podemos então nos perguntar: que outros sujeitos seriam esses em um texto? Como identificá-los? Para responder a essas perguntas, temos que recorrer às várias funções enunciativas do sujeito falante: o locutor, o enunciador e o autor. O locutor, conforme nos referimos anteriormente, é aquele que se representa como o eu do discurso; já o enunciador (ou enunciadores) é um ser cuja voz está presente na enunciação sem que se lhes possa atribuir palavras precisas; ou seja, ele não é o responsável pela enunciação, mas alguém que o incorpora; responsabiliza-se pelas suas ações ou falas; no entanto, a enunciação permite expressar seu ponto de vista. Por fim, o autor é a função social que esse eu assume enquanto produtor da linguagem. Desse modo, é exatamente por podermos distinguir pelo menos duas marcas de sujeitos locutores e enunciadores em um texto, que se caracteriza a heterogeneidade do mesmo. Ademais, chamamos a atenção para o fato de que o leitor não deve observar apenas o dito, isto é, o que parece ser uma única voz, como se fosse um discurso homogêneo; mas, principalmente, as outras vozes que perpassam o discurso. Entre as funções enunciativas, analisaremos um fenômeno aparentemente muito ingênuo mas que pode ser objeto de análise polifônica, chamada de negação. Na verdade, é muito antiga a ideia de que é preciso distinguir em um enunciado negativo duas proposições: uma primeira e uma outra que a nega. Porém, no momento em que esse recurso é relacionado à distinção locutor/enunciador, é permitido ajustar o fenômeno da negação a um quadro bem mais geral. Partamos do exemplo a seguir, retirado de Manigueneau (1989, p. 82): A: O presidente é menos popular. B: Ele não é menos popular, jamais o foi. No primeiro exemplo, temos um pressuposto, isto é, o que está em nível do não dito que aparece como uma outra voz que foi negada: anteriormente ele era popular. Já no segundo exemplo, há uma negação do posto, que seria o que está ao nível do dito que aparece como 6

7 uma única voz: o presidente não é menos popular e, por fim, o do pressuposto: ele já foi popular. Mas que função tem esse fenômeno na análise de um texto? É simples observar e analisaremos o exemplo no poema de Chico Buarque de Holanda - que neste recurso utilizado pelo locutor de um determinado discurso, há toda uma carga ideológica, além da presença de vozes (algumas do senso comum) que o locutor nega ou assume demonstrando uma certa intenção. Entretanto, o fato de observarmos uma certa intenção na construção do discurso do locutor, não deve ser entendido como se ele fosse o dono soberano do seu dizer ou por outros dizeres, outras vozes que o constituem. A análise que faremos da letra da canção Bom conselho, de Chico Buarque de Holanda, terá como base a múltipla construção do sujeito no texto, através das vozes nele presentes, enfocando, principalmente, o fenômeno da negação. 3.3 A dispersão do sujeito em Bom Conselho De uma maneira mais geral, o poema Bom Conselho é construído, principalmente, através do fenômeno anteriormente explicado, ou seja, o da negação; a partir do qual o autor faz uma inversão de valores, apropriando-se de vozes e enunciados de ditos populares, conforme podemos observar na letra da canção transcrita abaixo: Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça Inútil dormir que a dor não passa Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança Venha, meu amigo Deixe esse regaço Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar 7

8 Corro atrás do tempo Vim de não sei onde Devagar é que não se vai longe Eu semeio o vento Na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade (letra disponível em < Acesso em 09 abril 2017) O poema em análise é constituído, essencialmente, por dois polos: o da acomodação (a voz do senso comum) e o da subversão, isto é, a voz que chama para uma mudança, que quer tirar o interlocutor dessa acomodação. Mas, como se processa constituição? Essa constituição se processa de duas formas. Em primeiro lugar, nota-se que o eu que assume a voz e que está no lugar do sujeito chama o tempo todo a atenção do interlocutor para ouvir o seu bom conselho : Ouça um bom conselho eu lhe dou de graça. A partir desse chamamento, nós já percebemos uma apropriação de uma outra voz (a voz do senso comum) que diz: - se conselho fosse bom, não se dava, se vendia. Assim, o locutor inverte o aspecto negativo do conselho, presente na voz do senso comum, atribuindolhe o adjetivo bom, com também chamando o interlocutor para ouvi-lo, fazendo-o participar de seu discurso através da sua voz. É ora aceitando, ora negando outras vozes que constituíram e que constituem a ideologia reinante na sociedade, que o locutor eu começa a dar o seu bom conselho : Inútil dormir que a dor não passa espere sentado ou você se cansa está provado: quem espera nunca alcança. Notamos, logo nos primeiros conselhos, uma voz (ou vozes) que afirma nada como um dia atrás do outro para esquecer a dor. Essa voz convida ao comodismo, ao esquecimento e à 8

9 espera; atitudes estas aceitas pelo senso comum, que afirma a ideologia da acomodação. Em contrapartida, o locutor, na sua fala, nega essa voz através do advérbio não, depois passa a concordar parcialmente com ela para, em seguida, negá-la mais fortemente: - Está provado: quem espera nunca alcança. Após esse primeiro conselho, o locutor chama novamente o interlocutor para sair do regaço do seu mundo. Logo, percebemos novamente, aqui, a presença dos dois polos - um sujeito que dorme e outro que o chama a acordar -. A partir desse momento, o locutor chama o interlocutor, cada vez com mais ênfase, através dos verbos no imperativo afirmativo: Brinque com meu fogo Venha se queimar Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar Portanto, O locutor faz um convite mais forte para que o interlocutor saia de sua acomodação e venha se queimar. Agora também nos aparece um elemento novo: primeiro o locutor passa a participar do polo da subversão a que ele convida o interlocutor, por meio da afirmação da negação. A voz da ideologia afirma: - faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Essa afirmação nos remete a um estado de hipocrisia no qual minhas palavras não condizem com as minhas ações. Porém, o locutor se coloca como modelo de ação, como participante na ação de subversão da ordem estabelecida ao afirmar faça como eu faço, aja duas vezes antes de pensar. O locutor coloca-se, portanto, como modelo de seguimento. Não são mais conselhos apenas de palavras, mas conselhos a partir de uma própria ação do sujeito. Outro tipo de negação presente no poema está expresso pela subversão da fala do enunciador feita pelo interlocutor, ou seja, a voz do senso comum (enunciador) diz: Pense duas vezes antes de agir, já o locutor, por sua vez, diz o contrário: Aja duas vezes antes de pensar. Faz-se necessário observar que a progressão desse bom conselho que o autor vem dando de graça vem desde a inversão e a negação de vozes, para finalizar com um aspecto bastante interessante em seu discurso nos versos: Eu semeio o vento na minha cidade 9

10 vou para rua e bebo a tempestade, Nesses versos, temos três vozes presentes. Primeiramente, a do locutor que assume o discurso; em segundo lugar, a de um enunciador que diz quem semeia vento colhe tempestades e, por fim, a voz da ideologia que ressalta seu valor negativo ao afirmar não semeie vento se não colherás tempestades, através da forte carga semântica que a tempestade sugere: o da destruição, da derrota, que gera um sentimento de medo e aversão. Ao contrário, o locutor assume um ponto de vista positivo, negando essa carga semântica da destruição e vencendo o medo para fortalecer os conselhos que vem oferecendo. Mais uma vez percebemos o locutor colocando-se como um exemplo a ser seguido, principalmente quando não afirma faça o que eu digo mas não faça o que eu faço, mas ao contrário, nega-o, a partir da afirmação, no momento em que ele assume os conselhos dados ao interlocutor. Assim, o Bom conselho presente no título da canção possui em si mesmo dois polos: o da negatividade percebida pelo primeiro provérbio sobre o conselho e o da positividade, assumida pelo locutor. O conselho é bom porque vai tirar-nos da ignorância, chamando-nos à ação, mesmo que perigoso, como ressalta a voz assumida pelo senso comum; principalmente em seu último conselho: não semeie vento senão colherás tempestade, levando muitos a fugirem do perigo. Ao final do discurso, após ter-se apresentado os dois polos, o interlocutor já foi conduzido a uma nova consciência. Ele já está a par de sua condição. Mesmo sem querer ele não está mais na condição em que se encontrava antes de ter ouvido os conselhos do locutor. E, no final, o locutor diz que semeia o vento, colhe a tempestade e corre atrás do tempo para se chegar ao longe, desafiando a voz do senso comum que põe em todos uma carga de negatividade para afirmar e confirmar a acomodação. Agora, basta a decisão do interlocutor em atender ou não esse chamado, que não é mais o de ouvir, conforme lemos no primeiro verso da canção, mas o de fazer, de acordo com o décimo primeiro verso em diante. Percebemos, portanto, que essas vozes presentes no discurso do locutor eu nos dá uma visão mais crítica e minuciosa do que está presente no dito e no posto. Esse poema de Chico Buarque de Holanda retrata a denúncia de uma época, porém, essa denúncia está escondida entre as vozes do próprio sistema opressor; estratégia esta utilizada para romper a ordem do silenciamento imposto pelas condições políticas deste momento histórico. 10

11 4. Considerações finais. Na canção Bom Conselho, de Chico Buarque de Holanda, percebemos que a progressão dos polos relacionados ao próprio título da letra não seria possível se não fossem observadas essas várias vozes presentes no discurso que reafirmam o que foi dito anteriormente: o discurso é constituído por uma dispersão de textos e de sujeitos, que corroboram para a sua natureza heterogênea. Esta natureza, por sua vez, é percebida também através de toda uma enunciação ideológica que constitui a natureza enunciativa. Esse estudo das várias vozes inseridas em um texto; vozes essas negadas e invertidas pelo autor, corroboram para denunciar o silêncio imposto nessa época de sangria da ditadura que fez com que Chico Buarque de Holanda se utilizasse desse recurso para expor a denúncia da realidade imposta ao povo brasileiro - a do comodismo, a do silêncio, a do esperar para se chegar ao longe. Mas, que longe? 5. Referências bibliográficas ALTHUSSER, LOUIS. Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado. Trad. Joaquim José de Moura Ramos, Lisboa: Presença, 1980ª. FOUCAULT, MICHEL. A Arqueologia do saber. Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense, 2009ª. A ordem do discurso. Trad.: Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Loyola, 2009b. HENRY, PAUL. A ferramenta imperfeita: língua sujeito e discurso. Trad. Maria FaustaPereira de Castro. Campinas: Editora da Unicamp, HOLANDA, Chico Buarque de. Bom conselho. Disponível em < Acesso em 09 abril MAINGUENEAU, D. Novas tendências em análise do discurso. Campinas, SP: Pontes, MALDIDIER, Denise. A inquietude do discurso. Um projeto na história da análise do discurso: o trabalho de Michel Pêcheux. In: PIOVEZANI, CARLOS SARGENTINI, VANICE (orgs.). Legados de Michel Pêcheux: inéditos em análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2011, p

12 ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise do Discurso: princípios e procedimentos. Campinas, SP: Pontes, PÊCHEUX, Michel (1969) Analyse automatique do discours. Paris: Dunod. [Análise automática do discurso. In: GADET, F.: HAK, T. (orgs.) Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.] 12

UNIDADE: Pegar o bonde andando / Brasil SITUAÇÃO DE USO Aprendizagem sobre ditos populares. MARCADORES Cultura; Arte popular; Folclore.

UNIDADE: Pegar o bonde andando / Brasil SITUAÇÃO DE USO Aprendizagem sobre ditos populares. MARCADORES Cultura; Arte popular; Folclore. UNIDADE: Pegar o bonde andando / Brasil SITUAÇÃO DE USO Aprendizagem sobre ditos populares. MARCADORES Cultura; Arte popular; Folclore. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM - Aprender sobre ditos populares brasileiros.

Leia mais

10/06/2010. Prof. Sidney Facundes. Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva

10/06/2010. Prof. Sidney Facundes. Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva Teoria Gramatical Análise do Discurso Prof. Sidney Facundes Adriana Oliveira Betânia Sousa Cyntia de Sousa Godinho Giselda da Rocha Fagundes Mariane da Cruz da Silva Análise do Discurso Conforme Maingueneua

Leia mais

Não se destrói senão o que se substitui

Não se destrói senão o que se substitui 1 Não se destrói senão o que se substitui Vanise G. MEDEIROS (Uerj, Puc-Rio) Gostaria de destacar um fragmento do texto de Pêcheux e Fuchs A propósito da análise automática do discurso: atualização e perspectivas

Leia mais

A SEMÂNTICA E A RELAÇÃO ENTRE LINGUÍSTICA E ANÁLISE DO DISCURSO Fábio Araújo Oliveira *

A SEMÂNTICA E A RELAÇÃO ENTRE LINGUÍSTICA E ANÁLISE DO DISCURSO Fábio Araújo Oliveira * A SEMÂNTICA E A RELAÇÃO ENTRE LINGUÍSTICA E ANÁLISE DO DISCURSO Fábio Araújo Oliveira * Neste trabalho, analisamos o lugar da semântica na Análise do Discurso, através da abordagem da presença da linguística

Leia mais

A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975)

A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975) 1 A PROPÓSITO DA ANÁLISE AUTOMÁTICA DO DISCURSO: ATUALIZAÇÃO E PERSPECTIVAS (1975) Marilei Resmini GRANTHAM Fundação Universidade Federal do Rio Grande Nesta brevíssima exposição, procuramos abordar alguns

Leia mais

(RE) LENDO AAD69 HOJE

(RE) LENDO AAD69 HOJE (RE) LENDO AAD69 HOJE Érica Karine RAMOS QUEIROZ Universidade Estadual de Campinas A Análise do Discurso para Pêcheux se constitui como um instrumento que busca analisar os discursos ideológicos e intervir

Leia mais

Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p , jan./abr. 2009

Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p , jan./abr. 2009 Linguagem em (Dis)curso LemD, v. 9, n. 1, p. 187-191, jan./abr. 2009 RESENHA DE INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS DA LINGUAGEM: DISCURSO E TEXTUALIDADE [ORLANDI, E.P.; LAGAZZI- RODRIGUES, S. (ORGS.) CAMPINAS, SP:

Leia mais

ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa. Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva

ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa. Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva ANÁLISE DE DISCURSO de origem francesa Circulação e textualização do conhecimento científico PPGECT maio 2015 Henrique César da Silva Por que análise de discurso no campo da educação científica? Análise

Leia mais

ANÁLISE DE TEXTO: UM OLHAR DE SEMANTICISTA. Sheila Elias de Oliveira 1

ANÁLISE DE TEXTO: UM OLHAR DE SEMANTICISTA. Sheila Elias de Oliveira 1 ANÁLISE DE TEXTO: UM OLHAR DE SEMANTICISTA Sheila Elias de Oliveira 1 Eduardo Guimarães 2 tem se dedicado desde a década de 1980 à reflexão sobre o sentido na linguagem e nas línguas de um ponto de vista

Leia mais

POSIÇÕES DISCURSIVAS DO SUJEITO-ALUNO EM PRÁTICAS DE TEXTUALIZAÇÃO NO

POSIÇÕES DISCURSIVAS DO SUJEITO-ALUNO EM PRÁTICAS DE TEXTUALIZAÇÃO NO POSIÇÕES DISCURSIVAS DO SUJEITO-ALUNO EM PRÁTICAS DE TEXTUALIZAÇÃO NO Resumo ENSINO SUPERIOR Maria de Lourdes Fernandes Cauduro Faculdade de Educação - UFRGS A pesquisa versa sobre textos escritos produzidos

Leia mais

RESENHA - ANÁLISE DO DISCURSO: PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS REVIEW - DISCOURSE ANALYSIS: PRINCIPLES AND PROCEDURES

RESENHA - ANÁLISE DO DISCURSO: PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS REVIEW - DISCOURSE ANALYSIS: PRINCIPLES AND PROCEDURES RESENHA - ANÁLISE DO DISCURSO: PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS 200 REVIEW - DISCOURSE ANALYSIS: PRINCIPLES AND PROCEDURES Elizete Beatriz Azambuja Doutoranda em Linguística UEG Unidade de São Luís de Montes

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL IV SEAD - SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1969-2009: Memória e história na/da Análise do Discurso Porto Alegre, de 10 a 13 de novembro de 2009 SUJEITO

Leia mais

TENTE OUTRA VEZ (Paulo Coelho, Marcelo Motta e Raul Seixas, 1975) Você já ouviu esta canção? Procure encontrá-la e escutá-la!

TENTE OUTRA VEZ (Paulo Coelho, Marcelo Motta e Raul Seixas, 1975) Você já ouviu esta canção? Procure encontrá-la e escutá-la! UNIDADE: Vá por mim / Brasil SITUAÇÃO DE USO Aconselhamento. MARCADORES Relações sociais; Comportamento; Pessoas. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM - Compreender diferentes formas de dar conselhos ou dicas.

Leia mais

Aula5 DE ONDE FALA? A NOÇÃO DE POSIÇÃO-SUJEITO. Eugênio Pacelli Jerônimo Santos Flávia Ferreira da Silva

Aula5 DE ONDE FALA? A NOÇÃO DE POSIÇÃO-SUJEITO. Eugênio Pacelli Jerônimo Santos Flávia Ferreira da Silva Aula5 DE ONDE FALA? A NOÇÃO DE POSIÇÃO-SUJEITO META Apresentar e conceituar a noção de Posição-Sujeito OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: Compreender a distinção entre Lugar Social, Lugar Discursivo

Leia mais

Acompanhamento Fonoaudiológico Para Crianças Com Dificuldades. de Aprendizagem

Acompanhamento Fonoaudiológico Para Crianças Com Dificuldades. de Aprendizagem Acompanhamento Fonoaudiológico Para Crianças Com Dificuldades de Aprendizagem CORDEIRO, Ingrydh FIGUEIREDO, Luciana Centro de Ciências da Saúde/ Departamento de Fonoaudiologia PROBEX Resumo Levando em

Leia mais

O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR

O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR O SENTIDO DE INDISCIPLINA NO DISCURSO DA COMUNIDADE ESCOLAR Solange Almeida de Medeiros (PG UEMS) Marlon Leal Rodrigues (UEMS) RESUMO: O presente artigo se baseia em um projeto de pesquisa, em desenvolvimento,

Leia mais

Linguagem e Ideologia

Linguagem e Ideologia Linguagem e Ideologia Isabela Cristina dos Santos Basaia Graduanda Normal Superior FUPAC E-mail: isabelabasaia@hotmail.com Fone: (32)3372-4059 Data da recepção: 19/08/2009 Data da aprovação: 31/08/2011

Leia mais

Aula4 ALÉM DO CONTEXTO VISÍVEL: AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO. Eugênio Pacelli Jerônimo Santos Flávia Ferreira da Silva

Aula4 ALÉM DO CONTEXTO VISÍVEL: AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO. Eugênio Pacelli Jerônimo Santos Flávia Ferreira da Silva Aula4 ALÉM DO CONTEXTO VISÍVEL: AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO META Apresentar e conceituar Condições de Produção do discurso. OBJETIVOS Ao fi nal desta aula, o aluno deverá: Compreender o que a AD denomina

Leia mais

O que se remonta de Espinosa em Pêcheux? Pedro de SOUZA

O que se remonta de Espinosa em Pêcheux? Pedro de SOUZA 1 O que se remonta de Espinosa em Pêcheux? Pedro de SOUZA O retorno sugerido pelo título - Remontemos de Espinosa a Foucault - remete muito mais a uma coincidência singular entre Michel Pêcheux e Baruch

Leia mais

A NOÇÃO DE FORMAÇÃO DISCURSIVA: UMA RELAÇÃO ESTREITA COM O CORPUS NA ANÁLISE DO DISCURSO

A NOÇÃO DE FORMAÇÃO DISCURSIVA: UMA RELAÇÃO ESTREITA COM O CORPUS NA ANÁLISE DO DISCURSO A NOÇÃO DE FORMAÇÃO DISCURSIVA: UMA RELAÇÃO ESTREITA COM O CORPUS NA ANÁLISE DO DISCURSO Vanice Maria Oliveira SARGENTINI sargentini@uol.com.br Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Introdução No

Leia mais

A MULHER NO DISCURSO DO SEBRAE: UMA APROXIMAÇÃO (IM)POSSÍVEL ENTRE IDEOLOGIA E INCONSCIENTE DO SUJEITO?

A MULHER NO DISCURSO DO SEBRAE: UMA APROXIMAÇÃO (IM)POSSÍVEL ENTRE IDEOLOGIA E INCONSCIENTE DO SUJEITO? A MULHER NO DISCURSO DO SEBRAE: UMA APROXIMAÇÃO (IM)POSSÍVEL ENTRE IDEOLOGIA E INCONSCIENTE DO SUJEITO? Cristiane Gomes de Souza 1 Este estudo analisa a relação do discurso SEBRAE da mulher que trabalha

Leia mais

ANÁLISE DO DISCURSO POLÍTICO NOS PRONUNCIAMENTOS TELEVISIONADOS DOS PRESIDENCIÁVEIS 2014

ANÁLISE DO DISCURSO POLÍTICO NOS PRONUNCIAMENTOS TELEVISIONADOS DOS PRESIDENCIÁVEIS 2014 Anais do VI Seminário dos Alunos dos Programas de Pós-Graduação do Instituto de Letras da UFF Estudos de Linguagem ANÁLISE DO DISCURSO POLÍTICO NOS PRONUNCIAMENTOS TELEVISIONADOS DOS PRESIDENCIÁVEIS 2014

Leia mais

Língua e Produção. 3º ano Francisco. Análise do discurso

Língua e Produção. 3º ano Francisco. Análise do discurso Língua e Produção 3º ano Francisco Análise do discurso Elementos básicos da comunicação; Texto e discurso/ a intenção no discurso; As funções intrínsecas do texto. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Emissor emite,

Leia mais

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo Antes de ler o texto que se segue, pense sobre as noções de sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo. Em seguida, escreva nesta página o que você entende por essas noções. Traga o que você

Leia mais

DISCURSO, IMAGINÁRIO SOCIAL E CONHECIMENTO

DISCURSO, IMAGINÁRIO SOCIAL E CONHECIMENTO DISCURSO, IMAGINÁRIO SOCIAL E CONHECIMENTO Discurso: uma noção fundadora Eni Puccinelli Orlandi* Vamos definir diretamente o discurso como efeito de sentido entre locutores. Essa é uma definição de discurso

Leia mais

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, p.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, p. ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de Discurso: princípios & procedimentos. 8. ed. Campinas: Pontes, 2009. 100p. Anselmo Peres ALÓS* Nascido de um pedido de alunos (e editores) recebido por Eni Orlandi,

Leia mais

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações

Sujeito e ideologia para Pêcheux e para Bakhtin: bordando fronteiras. Mikhail Bakhtin e Michel Pêcheux: breves considerações SujeitoeideologiaparaPêcheuxeparaBakhtin: bordandofronteiras FrancisLampoglia 1 ValdemirMiotello 2 LucíliaMariaSousaRomão 3 MikhailBakhtineMichelPêcheux:brevesconsiderações Este trabalho estuda as noções

Leia mais

PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1

PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1 1 PÊCHEUX E A PLURIVOCIDADE DOS SENTIDOS 1 Silmara Cristina DELA-SILVA Universidade Estadual Paulista (Unesp)... as palavras, expressões, proposições etc., mudam de sentido segundo as posições sustentadas

Leia mais

Michel Pêcheux e Michel Foucault: diálogos necessariamente intranqüilos entre dois pensamentos inquietos

Michel Pêcheux e Michel Foucault: diálogos necessariamente intranqüilos entre dois pensamentos inquietos Michel Pêcheux e Michel Foucault: diálogos necessariamente intranqüilos entre dois pensamentos inquietos Maria do Rosário Valencise GREGOLIN UNESP-Araraquara As apresentações de Freda Indursky e Pedro

Leia mais

6LET062 LINGUAGEM E SEUS USOS A linguagem verbal como forma de circulação de conhecimentos. Normatividade e usos da linguagem.

6LET062 LINGUAGEM E SEUS USOS A linguagem verbal como forma de circulação de conhecimentos. Normatividade e usos da linguagem. HABILITAÇÃO: BACHARELADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS 1ª Série 6LET063 LINGUAGEM COMO MANIFESTAÇÃO ARTÍSTICA Linguagem como manifestação artística, considerando os procedimentos sócio-históricos e culturais.

Leia mais

Palavras-Chave: Poder. Discurso Jornalístico. Análise do Discurso. Resistência.

Palavras-Chave: Poder. Discurso Jornalístico. Análise do Discurso. Resistência. O DISCURSO JORNALÍSTICO - LUGAR EM QUE SE TRAVAM A POLÊMICA E A RESISTÊNCIA Janete Abreu HOLANDA Universidade Federal de Goiás jneteholanda@hotmail.com Maria de Lourdes Faria dos Santos PANIAGO Pós-Doc

Leia mais

Dados internacionais de catalogação Biblioteca Curt Nimuendajú

Dados internacionais de catalogação Biblioteca Curt Nimuendajú Catalogação: Cleide de Albuquerque Moreira Bibliotecária/CRB 1100 Revisão: Elias Januário Revisão Final: Karla Bento de Carvalho Consultor: Luís Donisete Benzi Grupioni Projeto Gráfico/Diagramação: Fernando

Leia mais

Quem conta um conto: uma proposta de ensino em torno da oralidade e escrita

Quem conta um conto: uma proposta de ensino em torno da oralidade e escrita Quem conta um conto: uma proposta de ensino em torno da oralidade e escrita Bruna Borges de Almeida Ismael Bernardo Pereira Este projeto de ensino pode ser aplicado a alunos do segundo ciclo do ensino

Leia mais

LINGUAGEM DE PROFESSORES TERENA, REGIÃO AQUIDAUANA MS

LINGUAGEM DE PROFESSORES TERENA, REGIÃO AQUIDAUANA MS LINGUAGEM DE PROFESSORES TERENA, REGIÃO AQUIDAUANA MS Alessandra Manoel Porto 1 UFMS Palavras Iniciais Voltar nossa atenção para o indígena, em especial, ao professor indígena Terena, tem um propósito:

Leia mais

Análise de Discurso Roteiro sugerido para a elaboração de trabalho de análise

Análise de Discurso Roteiro sugerido para a elaboração de trabalho de análise Análise de Discurso Roteiro sugerido para a elaboração de trabalho de análise Sérgio Augusto Freire de Souza 1. Escolha do tema O tema em análise de discurso normalmente envolve alguma inquietação social

Leia mais

Professora: Izabela Gonçalves. Centro Brasileiro de Acupuntura Clínica e Medicina Chinesa

Professora: Izabela Gonçalves. Centro Brasileiro de Acupuntura Clínica e Medicina Chinesa Professora: Izabela Gonçalves Centro Brasileiro de Acupuntura Clínica e Medicina Chinesa O QUÊ? OBJETO DE ESTUDO - TEMA: Aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar de modo geral

Leia mais

A Noção de Lingüística Aplicada como Ciência Horizontal com Interseções. O que hoje se entende por Lingüística Aplicada (LA) ainda é algo sem limites

A Noção de Lingüística Aplicada como Ciência Horizontal com Interseções. O que hoje se entende por Lingüística Aplicada (LA) ainda é algo sem limites A Noção de Lingüística Aplicada como Ciência Horizontal com Interseções Danilo L. Brito (UFRJ) O que hoje se entende por Lingüística Aplicada (LA) ainda é algo sem limites bem definidos. Na verdade, é

Leia mais

PRÁTICA DE ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL I E FORMAÇÃO DO PROFESSOR: DA TEORIA À PRÁTICA PEDAGÓGICA

PRÁTICA DE ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL I E FORMAÇÃO DO PROFESSOR: DA TEORIA À PRÁTICA PEDAGÓGICA PRÁTICA DE ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL I E FORMAÇÃO DO PROFESSOR: DA TEORIA À PRÁTICA PEDAGÓGICA Resumo Tatiana Dias Ferreira (PPGFP/ UEPB) thatdf@hotmail.com Nos dias atuais, no meio educacional, muito

Leia mais

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA PROVA DE REDAÇÃO PARA O CURSO LETRAS LIBRAS. I ADEQUAÇÃO Adequação ao tema

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA PROVA DE REDAÇÃO PARA O CURSO LETRAS LIBRAS. I ADEQUAÇÃO Adequação ao tema UFG/CS PS/011-1 RESPOSTAS ESPERADAS OFICIAIS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA PROVA DE REDAÇÃO PARA O CURSO LETRAS LIBRAS I ADEQUAÇÃO (SERÁ CONSIDERADO O USO DE LÍNGUA PORTUGUESA COMO SEGUNDA LÍNGUA) A- ao tema

Leia mais

Oiiandi, Eni Pulcinelli. As formas do silêncio.- no movimento dos sentidos. Campinas, S. R: Editora da Unicamp, 1995, 189 págs.

Oiiandi, Eni Pulcinelli. As formas do silêncio.- no movimento dos sentidos. Campinas, S. R: Editora da Unicamp, 1995, 189 págs. Oiiandi, Eni Pulcinelli. As formas do silêncio.- no movimento dos sentidos. Campinas, S. R: Editora da Unicamp, 1995, 189 págs. RESENHADO POR: CELY BERTOLUCCI O título instigante deste livro de Eni Orlandi

Leia mais

III SEAD ANÁLISE DO PROCESSO DE DESIGNAÇÃO DO PROFESSOR: O MOVIMENTO ENTRE LÍNGUA, HISTÓRIA E IDEOLOGIA

III SEAD ANÁLISE DO PROCESSO DE DESIGNAÇÃO DO PROFESSOR: O MOVIMENTO ENTRE LÍNGUA, HISTÓRIA E IDEOLOGIA III SEAD ANÁLISE DO PROCESSO DE DESIGNAÇÃO DO PROFESSOR: O MOVIMENTO ENTRE LÍNGUA, HISTÓRIA E IDEOLOGIA Kátia Maria Silva de MELO Universidade Federal de Alagoas katia-melo@uol.com.br Neste texto abordamos

Leia mais

ANÁLISE DO DISCURSO. Suzana Oliveira Martins 1. Resumo

ANÁLISE DO DISCURSO. Suzana Oliveira Martins 1. Resumo ANÁLISE DO DISCURSO Resumo Suzana Oliveira Martins 1 Este trabalho tem por finalidade discutir o Análise do Discurso e todas as teorias que o compõem. O objetivo é conhecer cada um dos elementos que fazem

Leia mais

MICHEL PÊCHEUX E A TEORIA DA ANÁLISE DE DISCURSO: DESDOBRAMENTOS IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO DE UMA TIPOLOGIA DISCURSIVA

MICHEL PÊCHEUX E A TEORIA DA ANÁLISE DE DISCURSO: DESDOBRAMENTOS IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO DE UMA TIPOLOGIA DISCURSIVA MICHEL PÊCHEUX E A TEORIA DA ANÁLISE DE DISCURSO: DESDOBRAMENTOS IMPORTANTES PARA A COMPREENSÃO DE UMA TIPOLOGIA DISCURSIVA MICHEL PÊCHEUX AND THE THEORY OF DISCOURSE ANALYSIS: IMPORTANT DEVELOPMENTS FOR

Leia mais

A LEITURA E O LEITOR NA ANÁLISE DO DISCURSO (AD)

A LEITURA E O LEITOR NA ANÁLISE DO DISCURSO (AD) A LEITURA E O LEITOR NA ANÁLISE DO DISCURSO (AD) Jauranice Rodrigues Cavalcanti (METROCAMP/UNICAMP) Introdução Maldidier (1997, p.18), fazendo o percurso histórico da Análise do Discurso na França, diz

Leia mais

A relação língua, sujeito e discurso nos estudos sobre a linguagem...

A relação língua, sujeito e discurso nos estudos sobre a linguagem... A RELAÇÃO LÍNGUA, SUJEITO E DISCURSO NOS ESTUDOS SOBRE A LINGUAGEM: A CONCEPÇÃO PECHETIANA E BENVENISTIANA THE RELATION LANGUAGE, SUBJECT AND DISCOURSE IN THE STUDIES ON LANGUAGE: THE PECHETIANIAN AND

Leia mais

IDENTIDADE E AUTORIA NA ESCRITA JORNALÍSTICA. Para Michel Foucault, o autor é uma função atrelada ao exercício do poder na

IDENTIDADE E AUTORIA NA ESCRITA JORNALÍSTICA. Para Michel Foucault, o autor é uma função atrelada ao exercício do poder na IDENTIDADE E AUTORIA NA ESCRITA JORNALÍSTICA Pedro NAVARRO (UEM) Para Michel Foucault, o autor é uma função atrelada ao exercício do poder na sociedade. Em A ordem do discurso (1995), essa função figura

Leia mais

O presente artigo resultou das indagações e questionamentos provocados pela

O presente artigo resultou das indagações e questionamentos provocados pela 66 Ideologia e Discurso Pedagógico Flávio Miguel da Silva e Jailton Lopes Vicente * Resumo: Este artigo trata da relação entre ideologia e discurso pedagógico tomando como referencial teórico a Análise

Leia mais

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji

DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso. Profa. Dr. Carolina Mandaji DACEX CTCOM Disciplina: Análise do Discurso cfernandes@utfpr.edu.br Profa. Dr. Carolina Mandaji Formação discursiva, Formação ideológica Formações ideológicas Conjunto de valores e crenças a partir dos

Leia mais

Publicado na 11 Edição (Novembro e Dezembro de 2009) da Revista Linguasagem PÊCHEUX E FOUCAULT:

Publicado na 11 Edição (Novembro e Dezembro de 2009) da Revista Linguasagem  PÊCHEUX E FOUCAULT: Publicado na 11 Edição (Novembro e Dezembro de 2009) da Revista Linguasagem www.letras.ufscar.br/linguasagem PÊCHEUX E FOUCAULT: UM OLHAR SOB O CORPUS JURÍDICO NA ANÁLISE DO DISCURSO 1 Lucas do Nascimento

Leia mais

Gustavo Grandini BASTOS * Fernanda Correa Silveira GALLI **

Gustavo Grandini BASTOS * Fernanda Correa Silveira GALLI ** DOI: 10.5433/2237-4876.2013v16n2p355 ROMÃO, Lucília Maria Sousa. Exposição do Museu da Língua Portuguesa: arquivo e acontecimento e(m) discurso. São Carlos: Pedro & João Editores, 2011. 236 p. Nas exposições

Leia mais

SOCIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 08 A FORMAÇÃO CULTURAL DO BRASIL

SOCIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 08 A FORMAÇÃO CULTURAL DO BRASIL SOCIOLOGIA - 1 o ANO MÓDULO 08 A FORMAÇÃO CULTURAL DO BRASIL Como pode cair no enem? F O trecho já que aqui a mestiçagem jamais foi crime ou pecado remete a qual conceito 1 polêmico atribuído ao Gilberto

Leia mais

RELAÇÕES%DE%PRESSUPOSIÇÃO%E%ACARRETAMENTO%NA%COMPREENSÃO% DE%TEXTOS% PRESUPPOSITION%AND%ENTAILMENT%RELATIONS%IN%TEXT% COMPREHENSION%

RELAÇÕES%DE%PRESSUPOSIÇÃO%E%ACARRETAMENTO%NA%COMPREENSÃO% DE%TEXTOS% PRESUPPOSITION%AND%ENTAILMENT%RELATIONS%IN%TEXT% COMPREHENSION% RELAÇÕESDEPRESSUPOSIÇÃOEACARRETAMENTONACOMPREENSÃO DETEXTOS PRESUPPOSITIONANDENTAILMENTRELATIONSINTEXT COMPREHENSION KarinaHufdosReis 1 RESUMO: Partindo das definições de pressuposição e acarretamento,

Leia mais

Koch, I. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1997, 124 p.

Koch, I. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1997, 124 p. Koch, I. V. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo: Contexto, 1997, 124 p. Resenhado por: Adriana Sidralle Rolim O texto e a construção dos sentidos é um livro que aborda questões referentes ao

Leia mais

O MOVIMENTO DE DESIDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE "SEMÂNTICA E DISCURSO".

O MOVIMENTO DE DESIDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE SEMÂNTICA E DISCURSO. O MOVIMENTO DE DESIDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE "SEMÂNTICA E DISCURSO". Evandra GRIGOLETTO Universidade Federal do Rio Grande do Sul O presente texto explora uma das obras mais importantes

Leia mais

Key-words: Discourse, Authorship, Comic Strips, Schoolbook.

Key-words: Discourse, Authorship, Comic Strips, Schoolbook. DISCURSO, INTERPRETAÇÃO E AUTORIA NO LIVRO DIDÁTICO SOB A ÓTICA DA LEITURA DISCURSIVA DE TIRINHAS Palloma Rios da Silva 1 Palmira Virginia Bahia Heine Alvarez 2 RESUMO: Ancorada na Análise de Discurso

Leia mais

GÊNERO CHARGE: DO PAPEL AOS BYTES

GÊNERO CHARGE: DO PAPEL AOS BYTES GÊNERO CHARGE: DO PAPEL AOS BYTES Anderson Menezes da Silva Willame Santos de Sales Orientadora: Dra. Maria da Penha Casado Alves Departamento de Letras UFRN RESUMO A charge é um gênero recorrente nos

Leia mais

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao>

Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em <http://www.uepg.br/emancipacao> Referência Bibliográfica: SOUSA, Charles Toniolo de. Disponível em 1. À funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; 2. À peculiaridade operatória (aspecto instrumental

Leia mais

De acordo uma das leituras possíveis, discurso é a prática social de produção de textos. Isto significa que todo discurso é uma construção social, não

De acordo uma das leituras possíveis, discurso é a prática social de produção de textos. Isto significa que todo discurso é uma construção social, não Análise do Discurso para leitura e interpretação de textos Análise do Discurso é uma prática e um campo da lingüística e da comunicação especializado em analisar construções ideológicas presentes em um

Leia mais

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo!

Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercitando o raciocínio lógico-dedutivo! Exercícios de raciocínio lógico-dedutivo a favor de Deus. Primeiramente devemos entender o conceito da dedução lógica, para então, realizarmos o seu exercício.

Leia mais

O FUNCIONAMENTO DA NEGAÇÃO NA DISCURSIVIZAÇÃO DE UMA ENCICLOPÉDIA ON-LINE

O FUNCIONAMENTO DA NEGAÇÃO NA DISCURSIVIZAÇÃO DE UMA ENCICLOPÉDIA ON-LINE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL IV SEAD - SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1969-2009: Memória e história na/da Análise do Discurso Porto Alegre, de 10 a 13 de novembro de 2009 O FUNCIONAMENTO

Leia mais

Texto e discurso: complementares?

Texto e discurso: complementares? Texto e discurso: complementares? Fábio Moreira Arcara Luane Gonçalves Amurin Viviane Santos Bezerra Resumo: Não é o objetivo nesse artigo aprofundar-se em inúmeras questões que acercam o assunto Texto

Leia mais

DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO

DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO DISCURSO, PRAXIS E SABER DO DIREITO ELZA ANTONIA PEREIRA CUNHA MESTRANDA CPGD - UFSC A análise do discurso jurídico, proposta por nossa equipe, reside num quadro epistemológico geral com articulação de

Leia mais

O CATÁLOGO DE PRODUTOS COMO INSTRUMENTO PARA O ENSINO DE LEITURA E ESCRITA

O CATÁLOGO DE PRODUTOS COMO INSTRUMENTO PARA O ENSINO DE LEITURA E ESCRITA O CATÁLOGO DE PRODUTOS COMO INSTRUMENTO PARA O ENSINO DE LEITURA E ESCRITA Renalle Ramos Rodrigues (UEPB/DLA) renalle.letras18@gmail.com Linduarte Pereira Rodrigues (UEPB/DLA) Linduarte.rodrigues@bol.com.br

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA ONLINE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1

REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA ONLINE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1 REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA ONLINE NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 1 NOGUEIRA, Vanessa dos Santos 2 1 Trabalho de Pesquisa _UFSM 2 Mestrado em Educação (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: snvanessa@gmail.com

Leia mais

ENEM 2012 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113

ENEM 2012 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113 Questões 108, 109, 110, 111, 112 e 113 108. Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português

Leia mais

NOÇÃO DE TEXTO E ELEMENTOS TEXTUAIS. Professor Marlos Pires Gonçalves

NOÇÃO DE TEXTO E ELEMENTOS TEXTUAIS. Professor Marlos Pires Gonçalves NOÇÃO DE TEXTO E ELEMENTOS TEXTUAIS Professor Marlos Pires Gonçalves 1 TEORIA DA COMUNICAÇÃO Toda mensagem tem uma finalidade: ela pode servir para transmitir um conteúdo intelectual, exprimir (ou ocultar)

Leia mais

1 Resumo da tese de doutorado intitulada O processo de construção das narrativas midiáticas

1 Resumo da tese de doutorado intitulada O processo de construção das narrativas midiáticas O processo de construção das narrativas midiáticas como marca da ideologia no discurso: análise de histórias sobre a criminalidade associada ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro 1 Profa. Dra. Carla Leila

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL IV SEAD - SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1969-2009: Memória e história na/da Análise do Discurso Porto Alegre, de 10 a 13 de novembro de 2009 RELAÇÃO

Leia mais

CURSO: JORNALISMO EMENTAS º PERÍODO

CURSO: JORNALISMO EMENTAS º PERÍODO CURSO: JORNALISMO EMENTAS - 2016.1 1º PERÍODO DISCIPLINA: TEORIAS DA COMUNICAÇÃO Estudo do objeto da Comunicação Social e suas contribuições interdisciplinares para constituição de uma teoria da comunicação.

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: discurso, leitura, leitor, tecnologias digitais.

PALAVRAS-CHAVE: discurso, leitura, leitor, tecnologias digitais. DISCURSOS SOBRE LEITURA E LEITOR EM TEMPOS DE TECNOLOGIAS DIGITAIS 1 * Fernanda Correa Silveira Galli (UNESP/São José do Rio Preto) RESUMO: Com base em pressupostos teórico-metodológicos da Análise do

Leia mais

PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL?

PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? PÔSTER/BANNER - ANÁLISE LINGUÍSTICA: UM NOVO OLHAR, UM OUTRO OBJETO. HÁ PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM SEU ENTORNO SOCIAL? ELAINE HELENA NASCIMENTO DOS SANTOS O objetivo deste trabalho é discutir sobre o preconceito

Leia mais

Linguagem como Interlocução em Portos de Passagem

Linguagem como Interlocução em Portos de Passagem Linguagem como Interlocução em Portos de Passagem (Anotações de leitura por Eliana Gagliardi) Geraldi, em seu livro Portos de Passagem, São Paulo, Martins Fontes, 1991, coloca-nos que o ensino de Português

Leia mais

ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM: UM OLHAR FOUCAULTIANO PARA AS IMAGENS DA EDUCAÇÃO

ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM: UM OLHAR FOUCAULTIANO PARA AS IMAGENS DA EDUCAÇÃO XXII Semana de Pedagogia X Encontro de Pesquisa em Educação 05 a 08 de Julho de 2016 ANÁLISE DISCURSIVA DA IMAGEM: UM OLHAR FOUCAULTIANO PARA AS IMAGENS DA EDUCAÇÃO Daniela Polla (DFE/UEM) Juliana Hortelã

Leia mais

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual

A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual A coleção Português Linguagens e os gêneros discursivos nas propostas de produção textual Marly de Fátima Monitor de Oliveira Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp Araraquara e-mail:

Leia mais

Conteúdos e Didática de História

Conteúdos e Didática de História Conteúdos e Didática de História Professora autora: Teresa Malatian Departamento de História da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais UNESP / Franca. Bloco 2 Disciplina 21 Didática dos Conteúdos Conteúdos

Leia mais

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução

1.1 Os temas e as questões de pesquisa. Introdução 1 Introdução Um estudo de doutorado é, a meu ver, um caso de amor, e em minha vida sempre houve duas grandes paixões imagens e palavras. Escolhi iniciar minha tese com o poema apresentado na epígrafe porque

Leia mais

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ PROJETO VIDAS SECAS, SECAS VIDAS! : O LEITOR COMO FOCO, O PROFESSOR COMO MEDIADOR.

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ PROJETO VIDAS SECAS, SECAS VIDAS! : O LEITOR COMO FOCO, O PROFESSOR COMO MEDIADOR. COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ PROJETO VIDAS SECAS, SECAS VIDAS! : O LEITOR COMO FOCO, O PROFESSOR COMO MEDIADOR. Natal RN 2016 EVA CÉSAR KALYNE VARELA SANDRO SARAIVA YAMA ELICE WILLEN LOBATO COLÉGIO SALESIANO

Leia mais

A FORMA-SUJEITO DO/NO DISCURSO NO PROCESSO METAFÓRICO DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS DO NOME PORTUGUÊS NA ARGENTINA

A FORMA-SUJEITO DO/NO DISCURSO NO PROCESSO METAFÓRICO DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS DO NOME PORTUGUÊS NA ARGENTINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL IV SEAD - SEMINÁRIO DE ESTUDOS EM ANÁLISE DO DISCURSO 1969-2009: Memória e história na/da Análise do Discurso Porto Alegre, de 10 a 13 de novembro de 2009 A FORMA-SUJEITO

Leia mais

Introdução. Adriana Trindade Vargas

Introdução. Adriana Trindade Vargas Cadernos de Letras da UFF - Dossiê: Tradução n o 48, p. 283-290 283 ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A NOÇÃO DE SUJEITO NA TEORIA BAKHTINIANA E NA TEORIA PECHETIANA Adriana Trindade Vargas RESUMO Este trabalho

Leia mais

REVISTA LÍNGUAS E INSTRUMENTOS LINGUÍSTICOS

REVISTA LÍNGUAS E INSTRUMENTOS LINGUÍSTICOS REVISTA LÍNGUAS E INSTRUMENTOS LINGUÍSTICOS Normas Gerais para Submissão Fonte: Times New Roman. Página: 14cm (largura) x 21cm (altura). Margens: superior 2cm; inferior 2cm; à esquerda 1,5cm; à direita

Leia mais

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL MATRIZ DE REFERÊNCIA LÍNGUA PORTUGUESA SADEAM 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS DESCRITORES D01 Distinguir letras de outros sinais gráficos. Reconhecer as convenções da escrita. D02 Reconhecer

Leia mais

UMA ANÁLISE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA NA PERSPECTIVA DO TRABALHO DOS PEDAGOGOS (2010) 1

UMA ANÁLISE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA NA PERSPECTIVA DO TRABALHO DOS PEDAGOGOS (2010) 1 UMA ANÁLISE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA NA PERSPECTIVA DO TRABALHO DOS PEDAGOGOS (2010) 1 RIBEIRO, Eliziane. Tainá. Lunardi. 2 ; ALVES, Bruna. Pereira.³; SIQUEIRA, Gabryely. Muniz. 4 ;

Leia mais

MULHER E MÍDIA: UMA ANÁLISE FEMINISTA DO JORNAL NEWS SELLER WOMAN AND MEDIA: A FEMINIST ANALYSIS OF THE NEWSPAPER NEWS SELLER

MULHER E MÍDIA: UMA ANÁLISE FEMINISTA DO JORNAL NEWS SELLER WOMAN AND MEDIA: A FEMINIST ANALYSIS OF THE NEWSPAPER NEWS SELLER Comunicação: Mulher e mídia: uma análise feminista do jornal News Seller MULHER E MÍDIA: UMA ANÁLISE FEMINISTA DO JORNAL NEWS SELLER WOMAN AND MEDIA: A FEMINIST ANALYSIS OF THE NEWSPAPER NEWS SELLER Clara

Leia mais

A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA?

A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA? A ESSÊNCIA DA TEORIA PSICANALÍTICA É UM DISCURSO SEM FALA, MAS SERÁ ELA SEM ESCRITA? Maurício Eugênio Maliska Estamos em Paris, novembro de 1968, Lacan está para começar seu décimo sexto seminário. Momento

Leia mais

A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO

A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO A ESCRAVIDÃO. O DISCURSO DA LIBERDADE É MÍTICO Rachel Rangel Bastos 1 Pretendemos aqui discutir a questão da dominação e servidão, independência e dependência, como noções que vinculam o desejo ao desejo

Leia mais

O intratexto corresponde aos aspectos internos do texto e implica exclusivamente na avaliação do texto como objeto de significação (um discurso que

O intratexto corresponde aos aspectos internos do texto e implica exclusivamente na avaliação do texto como objeto de significação (um discurso que O intratexto corresponde aos aspectos internos do texto e implica exclusivamente na avaliação do texto como objeto de significação (um discurso que diz algo, que significa algo). O intertexto refere-se

Leia mais

MAFALDA: UM SUJEITO INTERPELADO PELA IDEOLOGIA

MAFALDA: UM SUJEITO INTERPELADO PELA IDEOLOGIA MAFALDA: UM SUJEITO INTERPELADO PELA IDEOLOGIA Magda Wacemberg Pereira Lima Carvalho 1 Nadia Gonçalves de Azevedo 2 INTRODUÇÃO Este estudo propõe-se a apresentar reflexões sobre o processo de Formação

Leia mais

IDENTIDADES. Metamorfose. Nome:Stefany Santos

IDENTIDADES. Metamorfose. Nome:Stefany Santos Metamorfose IDENTIDADES Metamorfose Nome:Stefany Santos ÍNDICE O que significa metamorfose? O que significa metamorfose ambulante? Indagações Metamorfose Frase Citação Musica Considerações finais Dedicado

Leia mais

Tema Referência Min. Página Transcrição Palestra proferida

Tema Referência Min. Página Transcrição Palestra proferida Tema Referência Min. Página Transcrição Palestra proferida Avaliação pela Prof. Ana Maria A avaliação têm caráter impressionista - é um Saul aos casaco de várias cores, poruq existem vários tipos professores

Leia mais

DISCUSSÃO AO TRABALHO DA INSTITUIÇÃO CARTÉIS CONSTITUINTES DA ANALISE FREUDIANA: A psicanálise: à prova da passagem do tempo

DISCUSSÃO AO TRABALHO DA INSTITUIÇÃO CARTÉIS CONSTITUINTES DA ANALISE FREUDIANA: A psicanálise: à prova da passagem do tempo DISCUSSÃO AO TRABALHO DA INSTITUIÇÃO CARTÉIS CONSTITUINTES DA ANALISE FREUDIANA: A psicanálise: à prova da passagem do tempo DISCUTIDO PELA ESCOLA FREUDIANA DA ARGENTINA NOEMI SIROTA O trabalho permite

Leia mais

BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO PÓS- MODERNO

BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO PÓS- MODERNO Publicado na 11 Edição (Novembro e Dezembro de 2009) da Revista Linguasagem www.letras.ufscar.br/linguasagem BAKHTIN E A PÓS-MODERNIDADE: ABERTURA DAS NOÇÕES DE DIALOGISMO E POLIFONIA PARA O PENSAMENTO

Leia mais

Você não precisa decorar nada

Você não precisa decorar nada Que aprender inglês é importante e vai mudar a sua vida você já sabe, mas como aprender inglês e como fazer isso por conta própria? Nós separamos abaixo algumas dicas inéditas e que sem dúvida vão fazer

Leia mais

REDAÇÃO LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL FUNÇÕES DA LINGUAGEM PROFª ISABEL LIMA

REDAÇÃO LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL FUNÇÕES DA LINGUAGEM PROFª ISABEL LIMA REDAÇÃO LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL FUNÇÕES DA LINGUAGEM PROFª ISABEL LIMA LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL Linguagem verbal faz uso das palavras, escritas ou faladas. Linguagem não verbal inclue algumas

Leia mais

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA OBJETIVOS: 6º ano Usar a Língua Portuguesa como língua materna, para integrar e organizar o mundo e a própria identidade com visão empreendedora e como pensador capaz de

Leia mais

Linha de Pesquisa 2: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS

Linha de Pesquisa 2: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS Linha de Pesquisa 2: FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS Esta linha de pesquisa objetiva o exame dos processos de construção do conhecimento docente do professor de línguas, com ênfase no papel da linguagem

Leia mais

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos. Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO Conceitos básicos Prof Dr Divane de Vargas Escola de Enfermagem Universidade de São Paulo PROCESSO DE COMUNICAÇÃO A comunicação permeia toda a ação do enfermeiro PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Leia mais

O FUNCIONAMENTO DA NOÇÃO DE LÍNGUA EM DICIONÁRIOS

O FUNCIONAMENTO DA NOÇÃO DE LÍNGUA EM DICIONÁRIOS O FUNCIONAMENTO DA NOÇÃO DE LÍNGUA EM DICIONÁRIOS Natieli Luiza Branco 1 Introdução No presente trabalho, temos por objetivo refletir sobre a produção de conhecimento a respeito da língua a partir do instrumento

Leia mais

GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPOS 3e4

GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPOS 3e4 GRUPO 1 GRUPO GRUPOS 3e UFG/CS RESPOSTAS ESPERADAS OFICIAIS GRUPO I ADEQUAÇÃO A-ao tema = 0 a pontos B-à leitura da coletânea = 0 a pontos C-ao gênero textual = 0 a pontos D-à modalidade = 0 a pontos CRITÉRIOS

Leia mais

CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014

CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014 CONTEÚDO ESPECÍFICO DA PROVA DA ÁREA DE LETRAS GERAL PORTARIA Nº 258, DE 2 DE JUNHO DE 2014 O Presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no uso de suas

Leia mais

O SUJEITO, AINDA: O SER FALANTE E A ANÁLISE DO DISCURSO

O SUJEITO, AINDA: O SER FALANTE E A ANÁLISE DO DISCURSO O SUJEITO, AINDA: O SER FALANTE E A ANÁLISE DO DISCURSO Luciana Iost Vinhas 1 A reflexão sobre a concepção de sujeito ocupa espaço significativo na Análise do Discurso (AD). Quando o quadro epistemológico

Leia mais