RELAÇÕES%DE%PRESSUPOSIÇÃO%E%ACARRETAMENTO%NA%COMPREENSÃO% DE%TEXTOS% PRESUPPOSITION%AND%ENTAILMENT%RELATIONS%IN%TEXT% COMPREHENSION%

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RELAÇÕES%DE%PRESSUPOSIÇÃO%E%ACARRETAMENTO%NA%COMPREENSÃO% DE%TEXTOS% PRESUPPOSITION%AND%ENTAILMENT%RELATIONS%IN%TEXT% COMPREHENSION%"

Transcrição

1 RELAÇÕESDEPRESSUPOSIÇÃOEACARRETAMENTONACOMPREENSÃO DETEXTOS PRESUPPOSITIONANDENTAILMENTRELATIONSINTEXT COMPREHENSION KarinaHufdosReis 1 RESUMO: Partindo das definições de pressuposição e acarretamento, pretendemos neste artigo relacionaressesfenômenosaoexercíciodacompreensãodetextos.essarelaçãotemaintençãode unirateorialinguísticaàpráticadoensinodalíngua,observandoaimportânciadaanáliselinguística para o exercício de interpretação. Em seguida, apresentaremos a prática em forma de exemplos comuns a fim de reunir o conhecimento desses fenômenos linguísticos no aprimoramento das técnicasdecompreensãotextualbemcomonoseumétododeensino. Palavrasdchave:pressuposição;acarretamento;interpretaçãodetextos. ABSTRACT: Based on the definitionsof presupposition and entailment, in this article we intend to relatethesephenomenatotheexerciseofreadingcomprehension.thisrelationshipintendstounite the linguistic theory to the practice of language teaching,observing the importance of linguistic analysis for the interpretation exercise. Next, we present the practice in the form of common examples in order to gather knowledgeof these linguistics phenomena in the improvement of the techniquesofreadingcomprehensionaswellasinitsteachingmethod.' Keywords:presupposition;entailment;textinterpretation. 1.INTRODUÇÃO Existemdiversasmaneirasdeinterpretarmosassentençasqueouvimosoude proporcionarefeitoàssentençasqueproferimosnocotidiano.essasmaneirasestão relacionadasaoconhecimentoextralinguísticoexistentedeformaparticularemcada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 1 GraduandaemLetrasPortuguêsdInglês,UTFPR. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 71!

2 ouvinte, leitor ou falante. Como explica Cançado (2012), o conhecimento extralinguístico é o conteúdo prévio que permite ao indivíduo reagir ante uma determinada afirmação, negação ou questionamento. Ele pode ser constituído dos significadospurosdassentençasqueoindivíduoapreendeaolongodesuavida,ou tambémconstituídodossignificadosqueresultamdousodedeterminadasexpressões contidasnasentença,cujoteornãoserestringeaoliteral. Esses conteúdos resumem duas propriedades da abordagem referencial da linguagem chamadas acarretamento e pressuposição. Observemos a definição apresentadaporcançado(2012,p.31): O acarretamento é uma noção estritamente semântica, que se relaciona somente comoqueestácontidonasentença,independentementedousodesta.anoçãode pressuposição relacionadse com o sentido de expressões lexicais contidas na sentença,mastambémserefereaumconhecimentoprévio,extralinguístico,queo falanteeoouvintetêmemcomum;podedsedizerqueapressuposiçãoéumanoção semânticodpragmática.(cançado,2012,p.31). Convivemos diariamente com a dificuldade na compreensão de textos, seja na escola, no trabalho, ou em qualquer outro contexto em que seja necessária a interpretação.observamosqueosfenômenoslinguísticosapresentadosestãocontidos nasafirmações,negaçõesouquestionamentosentreinterlocutores.asoluçãoparaa dificuldade de compreensão de uma sentença ouvida ou lida pode ser encontrada, portanto,naprópriasentença,poiselafornecesubsídiosmuitasvezessuficientespara tal entendimento, por meio de deduções semânticas e pragmáticas que contribuem decisivamenteparaacompreensãodotexto. A partir de uma análise sobre acarretamento e pressuposição em sentenças comuns,épossívelconcluiralgoalémdoqueestáescritoouatémesmoevitarcertas conclusões.oconhecimentodemundopermitiráqueoouvinte/leitorselecioneessas inferências na sentença e se aproxime da intenção do falante/autor. O que os interlocutorescompartilhaméessencialparaacompreensãododiscurso: REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 72!

3 Podemserconsideradasimplícitastodasasinformaçõesqueumasentençaveicula, sem que o falante se comprometa explicitamente com sua verdade. Essas informaçõesprecisamentãoser inferidas apartirdasentençapormeiodealgum raciocínioquepartedaprópriasentença.éoqueocorrenoscasosdapressuposição edoacarretamento(ilari,2004,p.85,grifodoautor). Na seção 2, discutiremos as noções de acarretamento e pressuposição, para analisarmos,naseçãoseguinte,comotaisnoçõescontribuemparaainterpretaçãode umtexto.naseção4,apresentamosnossasconclusões. 2.PRESSUPOSIÇÃOEACARRETAMENTO ' Para podermos incluir as ideias de pressuposição e acarretamento em um contextoespecífico,énecessárioinicialmentequefaçamosumabuscadetalhadanas definiçõesdessaspropriedades.começaremospeladefiniçãodeacarretamento,quese baseianoconhecimentosemânticodoselementosdasentença.cançado(2012)inicia asdefiniçõesdeacarretamentopeloentendimentodoquevemaserumarelaçãode hiponímia. A hiponímia pode ser entendida como uma relação estabelecida entre palavras, quando o sentido de uma está incluído no sentido de outra. (CANÇADO, 2012,p.32).Podemospensaremumarelaçãodeconjuntos:dentrodecertoconjunto existemoutrosmenores.oconjuntoqueabrangeoutrosconjuntoséohipônimo,um item lexical específico que abrange outros muitos. Esses outros são os hiperônimos, conjuntosmenorescontidosnohipônimo.porexemplo: (1)Eletrodomésticos:Liquidificador Em (1) o item liquidificador está contido no conjunto dos eletrodomésticos. Portantotemosem(1)arelaçãohipônimo hiperônimo. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 73!

4 Dadaestadefiniçãoparaamenorunidadeexistenteemumasentença,umitem lexical, Cançado (2012) diz que podemos expandir essa ideia para a sentença completa. A relação de inclusão de sentidos de uma sentença em outra sentença é chamada, então, acarretamento. Observemos o exemplo a seguir para compreendermosessaideiadeinclusãodesentidos: (2)a.MariatemumaBíbliaemcasa. b.mariatemumlivroemcasa. Acima,observamosqueasentença(2a)estáincluídanasentença(2b)devidoà relaçãodesentidodoitem(2a)bíbliaedoitemde(2b)livro,ouseja,umarelaçãode hipônimo hiperônimo.temos,assim,queasentença(2a)acarreta(2b). Vamos analisar um exemplo no qual não ocorre a relação de acarretamento, paramostraradiferençaentreessesaspectos: (3)a.Mariatemumacadeiraemcasa. b.mariatemumobjetodemadeiraemcasa. A ideia de cadeira não está incluída no sentido de objeto de madeira, embora haja essa possibilidade. Temos acarretamento toda vez que a verdade de uma sentença implica a verdade de uma outra, simplesmente pela significação de suas palavras. (ILARI,2004,p.85).Observamosquenãoocorreessarelaçãodeverdadeem (3), pois a partir da sentença (3a) não podemos inferir a sentença (3b). Portanto, a sentença(3)nãocumpreoscritériosparaarelaçãodeacarretamento,jáque(3a)não estáincluídaem(3b),ouvicedversa. Comovimosanteriormente,aideiadepressuposiçãonãoestáligadasomenteà relação semântica de duas ou mais sentenças como ocorre no fenômeno de REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 74!

5 acarretamento.anoçãodepressuposiçãoexigequeanalisemosumasentençanãosóa partir dos sentidos literais da língua, como no acarretamento, mas também a partir dos sentidos atribuídos à língua pelo uso. Por isso, Cançado (2012) assume que as pressuposiçõestratamdeumanoçãosemânticodpragmática.paraessanoção,devemos incluiraideiadecriatividade,nosentidodequeofalantedalínguanãodecorauma lista de sentenças do seu diadaddia para fazer relações lógicas. Para isso, ele deve extrair de cada sentença a essência da semântica e da pragmática, isto é, elementos queopermitamadquirirconhecimentosdemundo.oliveira(2001)tratadoassunto dacriatividadenacompreensãodesentenças: A criatividade é nossa capacidade de entender (e produzir) sentenças novas. A referencialidadedizrespeitoaofatodequeusamosalínguaprafalarsobreo(s) mundo (s) (inclusive o mundo interior, o dos sonhos, o da ficção). A rede de sentençasdizrespeitoaofatodequesaberumasentençaésabermuitasoutras, porqueassentençasdeumalínguaseinterdrelacionam(oliveira,2001,p.50). Dessaformatemosqueanossacriatividadeservecomoapoionacompreensão dediscursoslidosououvidosnodiadaddia.vamosaosexemplosparaquepossamos compreendermelhoranoçãodepressuposição: (4)a.Pedroparoudeeconomizardinheiro. b.pedroeconomizavadinheiro. De(4a)podemosinferir(4b)eissosedápelousodaexpressãoparoude,que nostrazaideiadeque,antesdessemomentodefala,oeventoacontecia.oeventode economizardinheiroacontecia.percebemosomesmofenômenoem(5): (5)a.Marialevouabonecadelaparaasaladeaula. b.mariatemumaboneca. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 75!

6 Esse exemplo nos faz inferir que Maria possui uma boneca, já que o fragmentoabonecadeladeixaclaroquemariapossuitalobjeto.frege(1892, apudcançado,2012,p.37)consideraqueassentençaspossuemumconteúdo quenãosealteracomasuanegação,interrogaçãoouinversãoparaaformade condicionalidade. Esse conteúdo permaneceria com o mesmo sentido se passássemos uma sentença afirmativa para essas outras formas. Para avaliarmos se uma sentença possui esse conteúdo é necessário antes desmembrarmos a oração principal nas formas de negação, interrogação e condicionalidade.écomoseasentençaemquestãopossuísseumafamíliade outrassentenças.assim,poderemosinferirumasegundasentença,tomandoda comoverdadeounão.observeodesmembramento,ouafamília,deumadas sentençasdadasanteriormente: (4)a.Pedroparoudeeconomizardinheiro. a.pedronãoparoudeeconomizardinheiro. a.pedroparoudeeconomizardinheiro? a.sepedroparoudeeconomizardinheiro,nãovaipodercomprar aquelecarro. Percebemosqueem(4)nenhumadasproposiçõesalterouapropostade quepedroeconomizavadinheiro,ouseja,quandodizemos(4a ),(4a )e(4a )a verdadede(4b)semantém.assimtemosque(4a)pressupõe(4b).damesma formaissoocorrecomasentença(5)dadaanteriormente:sefizermosoteste comsuafamília,apressuposiçãoem(5b)semantém. A família de uma sentença é que vai confirmar se uma segunda é pressuposta por ela ou não. Cançado (2012, p. 39) define a família de uma REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 76!

7 sentençacomoasquatroformasqueelapodeassumir:aproposiçãoafirmativa, anegaçãodessamesmaafirmação,ainterrogaçãoecondição.comissoaautora apresenta a seguinte condição: só ocorrerá a relação de pressuposição se todasasquatroformasdeumadeterminadasentença(a),ouseja,seafamília de (a) tomar uma determinada sentença (b) como verdade. E continua alertandoque seumadassentençasdafamíliade(a)nãotomarcomoverdade asentença(b),nãoexistiráarelaçãodepressuposiçãoentreassentenças(a)e (b). A família de uma sentença de fato serve como teste para uma pressuposição e esclarece a diferença entre esse fenômeno e o do acarretamento:enquantoanegação,ainterrogaçãoeacondicionalnãoalteram apressuposiçãotomadacomoverdadepelasentença,anegação,porsisó,já nãogaranteoacarretamento.assim,enquantoasentença(2a)acarreta(2b),a negaçãode(2a)bloqueiaoacarretamento,comovemosaseguir. (2)a.MarianãotemumaBíbliaemcasa. b.mariatemumlivroemcasa. SegundoMoura(2000),issoocorreporquenoacarretamento aproposiçãoaé uma condição (suficiente, mas não necessária) para a verdade de b. e na pressuposição a proposição b já deveria ser aceita como verdadeira pelos interlocutoresindependentementedeaserverdadeiraounão.éporissoquesediz que pressuposição deve ser parte do conhecimento compartilhado entre os interlocutores. Dessaforma,Cançado(2012)colocaqueofalantefazusodealgumasexpressões dalínguaparaincutirsignificadosnãoapenassemânticos.algunsrecursoslinguísticos presentesemumaconversaouemumtextofazemoouvinte,ouoleitor,suporoutras REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 77!

8 informações,quenãoaquelasexpressasemumadeterminadasentença.aautoracita como desencadeadoras de pressuposição as estruturas clivadas (Foi fulano que fez X...), as orações subordinadas temporais e comparativas, o uso de verbos factivos (esquecer,saber,etc.)edeexpressõesquedenotammudançasdeestado(iniciarem, parar de). Mas afirma que o relevante é sabermos aplicar a definição para conseguirmos estabelecer ou não a pressuposição entre as sentenças (CANÇADO, 2012,p.44). 3.ANÁLISE Nestaseção,construiremosumaanálisedassentençaspresentesemumtexto 2,a fim de refletir sobre determinadas estruturas e expressões usadas na língua, relacionandodasàteoriaapresentadaanteriormente. Não era com a sua filha que Pedro estava preocupado. Ele não sabia se Cláudia estava se divorciando de Osvaldo, até esquecera que ela havia ligado. Ele simplesmente deixou o problema de sua filha para o outro dia, e foi repousar. Pedroadmitiraaculpa,agorateriaqueesperar.Ocorreuque,nooutrodia,oreal culpado desmentiu não ter atropelado a velhinha. Agora ele ia parar de pensar nisso, estava otimista. Era hora de certificardse de que Cláudia não havia se divorciado.masomaridojáhaviaidoemboraquandopedroligouparaela. Paraanálisedotextoacima,consideraremosalgumasproposiçõesquepoderiam ser utilizadas em sala de aula em uma atividade de Verdadeiro/Falso, a fim de observarquaissentençasseriamascorretasapartirdoqueselênotexto: (6)Pedronãoresolveuoproblemanahora. (7)Houveumacidente.!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 2 Baseadonotextodisponívelem: sobredpressupostosde.html.acessoem13set REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 78!

9 (8)Avelhinhamorreu. Vejamos se a sentença proposta em (6) estabelece uma relação de acarretamentocomoqueestásendoafirmadonotexto: (6)a.Eledeixouoproblemadesuafilhaparaoutrodia. b.pedronãoresolveuoproblemanahora. Aplicando o teste de acarretamento em (6), vemos que a sentença (6b) é necessariamenteverdadese(6a)forrealmenteverdade.portanto,temosquearelação deacarretamentoéestabelecida. Vejamos outro caso encontrado no texto em que podemos inferir uma informaçãoimplícita: (7)a.Orealculpadodesmentiunãoteratropeladoavelhinha. b.houveumacidente. Analisandoalocuçãoverbalem(7a), teratropelado,inferimosainformaçãode queocorreuumacidente.consideramosaquiqueatropelarestádentrodoconjuntode acidentes.assim,temosumarelaçãodeacarretamento. No momento em que tentamos compreender um texto, além de termos dificuldades em inferir novas informações não implícitas, muitas vezes temos conclusõesequivocadasdedeterminadasafirmações.ocasoaseguiréumexemplode umainterpretaçãoequivocada: (8)a.Orealculpadodesmentiunãoteratropeladoavelhinha. b.avelhinhamorreu. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 79!

10 Nada no texto nos informa sobre a possível morte da velhinha. Isso pode ter ocorrido,massófazpartedomundodepossibilidades.negandoasentença(8b)não tomamos a informação em (8a) como sendo falsa. A relação de acarretamento, portanto,nãoéestabelecida. Vejamos agora os casos do texto em que podemos analisar as relações de pressuposiçãonoprocessodecompreensão.asproposiçõesabaixoserãoanalisadas nasequência. (9)Pedroestavapreocupado. (10)Pedroligouparaela. (11)Cláudiahaviasedivorciado. (12)CláudiaeracasadacomOsvaldo. (13)Pedroiaparardepensarnoatropelamento. Abaixoatentaremosparaumaestruturadalínguaquefavoreceapressuposição, aschamadasestruturasclivadas.lembremosqueotestedepressuposiçãoérealizado pelaavaliaçãodosmembrosdafamíliadasentençaoriginal: (9)a.NãoeracomasuafilhaquePedroestavapreocupado. a.eracomasuafilhaquepedroestavapreocupado. a.nãoeracomasuafilhaquepedroestavapreocupado? a.senãoeracomasuafilhaquepedroestavapreocupado... b.pedroestavapreocupado. Vemosnocaso(9)queaproposiçãofeitaapartirdasentençaoriginaldotextoé confirmada ao explicitar os membros da família de (9a), ou seja, nenhum desses REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 80!

11 membrosafetaainterpretaçãoem(9b).podemos,assim,considerarqueasentença (9a)pressupõeaafirmaçãoem(9b).Cançado(2012)afirmaquecertasestruturasna língua, como a clivada que foi apresentada acima, favorece a pressuposição. Outra estrutura que desencadeia esse tipo de implicatura é a encontrada nas orações subordinadas temporais. Observe o exemplo tirado do texto e a proposição feita a partirdoqueotextoafirma: (10)a.OmaridojáhaviaidoemboraquandoPedroligouparaela. a.omaridoaindanãohaviaidoemboraquandopedroligouparaela. a.omaridojáhaviaidoemboraquandopedroligouparaela? a.seomaridojáhaviaidoemboraquandopedroligouparaela... b.pedroligouparaela. Aestruturaem(10a)trazproblemasfrequentesdeinterpretação,poisveicula umnúmeromaiordeinformações,dificultandotiraralgumaconclusão.explicitandoa família de (10a) vemos que nenhum membro torna duvidosa a afirmação feita em (10b).Dessaformaquearelaçãodepressuposiçãoéestabelecida. Vejamosocasodaproposição(11): (11)a.ErahoradecertificardsedequeCláudianãohaviasedivorciado. a.nãoerahoradecertificardsedequecláudianãohaviasedivorciado. a.erahoradecertificardsedequecláudianãohaviasedivorciado? a.seerahoradecertificardsedequecláudianãohaviasedivorciado... b.cláudiahaviasedivorciado. Não podemos dizer que a proposição (11b) é uma verdade devido ao fato de que,quandoexplicitamosafamíliadasentença(11a),umdosmembrospõeemdúvida REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 81!

12 suaveracidade.quandoissoocorrenotestedepressuposição,temosqueessarelação deimplicaturanãoéestabelecida. Certas palavras ou expressões também são considerados por Cançado (2012) como desencadeadores da pressuposição. Abaixo analisaremos um caso encontrado notexto: (12)a.ElenãosabiaseCláudiaestavasedivorciandodeOsvaldo. a.elesabiasecláudiaestavasedivorciandodeosvaldo. a.elenãosabiasecláudiaestavasedivorciandodeosvaldo? a.seelenãosabiasecláudiaestavasedivorciandodeosvaldo... b.cláudiaeracasadacomosvaldo. Observe o verbo flexionado divorciando. O uso desse verbo implica em um estado anterior de estar casado. Este estado anterior é o que propõe a sentença (12b). Vemos também que todos os membros da família de (12a) tomam essa proposição como sendo verdadeira. A relação de pressuposição, por conseguinte, ocorreentre(12a)e(12b). Outro desencadeador lexical de pressuposição são as expressões que definem umamudançadeestado,comoaqueéencontradanotextoetranscritaabaixopara análise: (13)a.Eleiaparardepensarnisso. a.elenãoiaparardepensarnisso. a.eleiaparardepensarnisso? a.seeleiaparardepensarnisso... b.elepensavanoatropelamento. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 82!

13 Aexpressão pararde indicaqueoeventodocomplementoseguinteacontecia anteriormente,oqueépropostopelasentença(13b).oquepodemoscompreenderna sentença tirada do texto é essa mudança de estado. Colocando o estado anterior na sentença como proposição, e aplicando o teste da pressuposição, como feito acima, observamos que tal afirmação pode ser inferida. Todos os membros de (13a) permanecemcomamesmaideiaqueestásendoapresentadaem(13b). Essesforamoscasosdeacarretamentoepressuposiçãoencontradosnotexto, cujostestesservemcomoformadeanáliseeinterpretação.assim,estabelecemosuma reflexãosobrearelaçãodosusosdalínguaeseussignificadosimplícitosnotexto.a aplicaçãodessestestescertamentefacilitaacompreensãodeumtextoquecontenha muitasinformações,edevemserfeitosàmedidaqueasdificuldadesdeinterpretação vãoaparecendo. 4.CONSIDERAÇÕESFINAIS Osproblemasenfrentadosnacompreensãodetextospodemsersolucionadosa partirdaanáliseminuciosadasoraçõesnelecontidas.observamosissoapósanalisar que muitas informações estão implícitas nos enunciados. Atribuindo nosso conhecimento extralinguístico e linguístico na sua leitura, isto é, saber a função de determinadas expressões da língua e possíveis significados a elas atribuídos, é possívelcompreenderoqueumaafirmaçãoestátrazendo,defato,aoleitor. Percebemosquecertosusosdalínguafavorecemapressuposição,comosãoos casos de orações subordinadas, estruturas clivadas e verbos factivos. Estes são utilizadospelofalantecomopropósitodiscursivodelevaracertainterpretaçãoenão aoutra.essesrecursosselecionaminformaçõescontidasnodiscursoeimplicamasua verdade ou não. Para clarear o número de informações contidas em um enunciado REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 83!

14 analisamos as relações de acarretamento entre uma proposição e sua sentença original.dessaformaconseguimosestabelecerarelaçãodedependênciaentreoque estásendoveiculadoeoqueéproposto. Poresseviésdeanálisetentamospropormétodosdeinterpretaçãoquedevem sercolocadosdiantedoalunocomoformadeexploraredesenvolverconhecimentos dalínguaqueconstroemnovossentidosesignificados. REFERÊNCIAS CANÇADO,M.ManualdeSemântica:noçõesbásicaseexercícios.SãoPaulo:Contexto,2012. ILARI,R.IntroduçãoàSemântica:brincandocomagramática.5.ed.SãoPaulo:Contexto,2004. OLIVEIRA,R.P.Semânticaformal:umabreveintrodução.2.ed.Campinas:MercadodeLetras,2001. MOURA,H.M.M.Significaçãoecontexto:umaintroduçãoaquestõesdesemânticaepragmática.2.ed. Florianópolis:Insular,2000. SOUZA,Rogério.Atividadepráticasobrepressupostoseimplícitos:Análisedetextos.SãoPaulo,2013. Disponívelem: < Acessoem:13set.de2013. REIS, Karina H. Relações de pressuposição... 84!

IMPLICAÇÕES SEMÂNTICA AULA 02 SAULO SANTOS

IMPLICAÇÕES SEMÂNTICA AULA 02 SAULO SANTOS IMPLICAÇÕES SEMÂNTICA AULA 02 SAULO SANTOS PROGRAMA DA AULA 1. Semântica vs. Pragmática 2. Implicações 3. Acarretamento 4. Pressuposições 1. SEMÂNTICA VS. PRAGMÁTICA (1) Qual é o objeto de estudo da Semântica?

Leia mais

ACARRETAMENTO PRESSUPOSIÇÃO IMPLICATURA

ACARRETAMENTO PRESSUPOSIÇÃO IMPLICATURA Inferências ACARRETAMENTO PRESSUPOSIÇÃO IMPLICATURA 1 Acarretamento Hiponímia e hiperonímia (1) Ronia é a gata da Susan. I. Susan tem um felino. II. Susan tem um animal. III. Susan tem um ser vivo em casa.

Leia mais

REVISÃO: ACARRETAMENTO E PRESSUPOSIÇÃO

REVISÃO: ACARRETAMENTO E PRESSUPOSIÇÃO Maria Leonor dos Santos Mariana Escarpinete Miquéias Vitorino REVISÃO: ACARRETAMENTO E PRESSUPOSIÇÃO Semântica da Língua Portuguesa 2010.2 Acarretamento Ocorre quando, num par de sentenças, a verdade da

Leia mais

UM PROBLEMA NA DISTINÇÃO ENTRE SENTENÇAS CONTRÁRIAS E CONTRADITÓRIAS

UM PROBLEMA NA DISTINÇÃO ENTRE SENTENÇAS CONTRÁRIAS E CONTRADITÓRIAS 2323 UM PROBLEMA NA DISTINÇÃO ENTRE SENTENÇAS CONTRÁRIAS E CONTRADITÓRIAS Maria Leonor Maia dos Santos UFPB 1 Nexos semânticos O estudo das relações de significado entre sentenças é um tema tradicional

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS Disciplina: Língua Portuguesa IV UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS Plano de Curso 2011 Ano / Período: 4 ano 1. EMENTA Introdução aos estudos semânticos e do léxico da língua portuguesa. Abordagem sobre a

Leia mais

DAS CRÍTICAS E CONTRIBUIÕES LINGUÍSTICAS. Por Claudio Alves BENASSI

DAS CRÍTICAS E CONTRIBUIÕES LINGUÍSTICAS. Por Claudio Alves BENASSI DAS CRÍTICAS E CONTRIBUIÕES LINGUÍSTICAS Por Claudio Alves BENASSI omo vimos anteriormente, em relação ao uso que o sujeito com C surdez faz da modalidade escrita do surdo, o recurso didático Números Semânticos

Leia mais

Vamos além do significado da sentença (sua verdade ou falsidade, por exemplo).

Vamos além do significado da sentença (sua verdade ou falsidade, por exemplo). Grice: proferimentos guardam intenções. Vamos além do significado da sentença (sua verdade ou falsidade, por exemplo). Princípio de cooperação pacto entre falantes para inferir algo além da sentença; falantes

Leia mais

O CONTEXTO NO DISCURSO JORNALÍSTICO. Mõnica Mano TRINDADE. Introdução

O CONTEXTO NO DISCURSO JORNALÍSTICO. Mõnica Mano TRINDADE. Introdução O CONTEXTO NO DISCURSO JORNALÍSTICO Introdução Mõnica Mano TRINDADE Diante de um jornal, o leitor é induzido - até mesmo pela estrutura visual - a ler as manchetes, que lhe fornecem uma noção prévia do

Leia mais

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS - Grupo de Português Planificação Anual /Critérios de avaliação

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS - Grupo de Português Planificação Anual /Critérios de avaliação DOMÍNIOS (Módulos) Conteúdos Objetivos Estratégias/ recursos Leitura: - Distinguir a matriz discursiva - Interpretação de linguagem verbal e Avaliação (1) : instrumentos/ pesos 70%: Calendariz ação (aulas)

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Disciplina: Português

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Disciplina: Português CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO Disciplina: Português Ensino Básico Ano letivo: 16/17 5º ANO Perfil de Aprendizagens Específicas O aluno é capaz: Domínios Interpretar discursos orais breves (Referir

Leia mais

A suposta natureza pressuposicional dos performativos. Luiz Arthur Pagani

A suposta natureza pressuposicional dos performativos. Luiz Arthur Pagani A suposta natureza pressuposicional dos performativos Pressuposição semântica Luiz Arthur Pagani 1 1 Definição A acarreta B: A B B A A pressupõe B [8, p. 219]: A B A B questão técnica: quando A pressupõe

Leia mais

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo NOÇÕES DE PRAGMÁTICA Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 14.08-16.08.2017 Situando a Pragmática no seio das disciplinas da Linguística O aspecto pragmático

Leia mais

sábado, 11 de maio de 13 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

sábado, 11 de maio de 13 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO LEITURA, INTERAÇÃO E PRODUÇÃO DE SENTIDOS Introdução l A linguagem, por realizar-se na interação verbal dos interlocutores,

Leia mais

COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL LEITURA E ARGUMENTAÇÃO TEXTO ARGUMENTATIVO

COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL LEITURA E ARGUMENTAÇÃO TEXTO ARGUMENTATIVO AULA 4 COESÃO REFERENCIAL E SEQUENCIAL LEITURA E ARGUMENTAÇÃO TEXTO ARGUMENTATIVO Profa. Dra. Vera Vasilévski Comunicação Oral e Escrita UTFPR/Santa Helena Atividades da aula 3 Comente as afirmações a

Leia mais

PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO

PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto. MACHADO DE ASSIS.Obra completa.v.3.rio

Leia mais

1 Introdução. Federico García Lorca

1 Introdução. Federico García Lorca 1 Introdução Granada ama o diminuto. A linguagem do povo põe as palavras no diminutivo. Nada tão incitante para a confidência e o amor. (...) Diminutivo assustado como um pássaro, que abre câmaras secretas

Leia mais

A G R U P A M ENTO DE ESC O L A S A N S ELMO D E A N D R A D E

A G R U P A M ENTO DE ESC O L A S A N S ELMO D E A N D R A D E A G R U P A M ENTO DE ESC O L A S A N S ELMO D E A N D R A D E DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS - Grupo de Português Planificação Anual /Critérios de avaliação Disciplina: Português Ensino Profissional 12º. Ano

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS SEMÂNTICA I (SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS)

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS SEMÂNTICA I (SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS SEMÂNTICA I (SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS) S E M Â N T I C A É o estudo da significação das palavras, seja no seu sentido mais estrito ou mesmo a mudança de sentido ocasionada pelo

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

Português. Inferência. Professor Carlos Zambeli.

Português. Inferência. Professor Carlos Zambeli. Português Inferência Professor Carlos Zambeli www.acasadoconcurseiro.com.br Português INFERÊNCIA Que que é isso? INFERÊNCIA ideias implícitas, sugeridas, que podem ser depreendidas a partir da leitura

Leia mais

ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA

ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA ANÁLISE DO SIGNIFICADO EM SENTENÇAS DO PORTUGUÊS NA PERSPECTIVA DOS TEÓRICOS DA INTENÇÃO COMUNICATIVA Welton Rodrigues Santos (IF Baiano/PUC-Minas) weltonsantos83@gmail.com RESUMO Uma das divergências

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO SALESIANO AUXILIUM CURSO DE DIREITO 1º BIMESTRE 2º SEMESTRE A/B LINGUAGEM JURÍDICA II - PROF. OSVALDO O TEXTO JURÍDICO E SUAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES COESÃO REFERENCIAL, RECORRENCIAL

Leia mais

PIPE 2009 / 1 A ORALIDADE NA ESCRITA

PIPE 2009 / 1 A ORALIDADE NA ESCRITA PIPE 2009 / 1 A ORALIDADE NA ESCRITA LEITURA DOS TEXTOS PRESSUPOSTO: A ENUNCIAÇÃO O ATO DE UM ENUNCIADOR QUE TENHA ENUNCIADO O TEXTO COM O PROPÓSITO DE SE COMUNICAR COM O ENUNCIATÁRIO. A ENUNCIAÇÃO É PRESSUPOSTA

Leia mais

Nome: Data: Semestre: Curso: TADS Disciplina: Matemática Aplicada à Computação Professor: Shalimar Villar. Noções de Lógica

Nome: Data: Semestre: Curso: TADS Disciplina: Matemática Aplicada à Computação Professor: Shalimar Villar. Noções de Lógica Nome: Data: Semestre: Curso: TADS Disciplina: Matemática Aplicada à Computação Professor: Shalimar Villar Noções de Lógica Proposição: É uma sentença declarativa, seja ela expressa de forma afirmativa

Leia mais

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017

IX SEMINÁRIO DE PESQUISA E ESTUDOS LINGUÍSTICOS 21 e 22 de setembro de 2017 Página 383 de 492 SEMÂNTICA E SEMÂNTICAS: COMO TEORIAS DIVERSAS DA SIGINIFICAÇÃO ANALISAM/INTERPRETAM UM TEXTO LITERÁRIO DE CORDEL Sheila Ferreira dos Santos (UESB/PPGLIN) Jorge Viana Santos (UESB) RESUMO

Leia mais

Matemática discreta e Lógica Matemática

Matemática discreta e Lógica Matemática AULA 1 - Lógica Matemática Prof. Dr. Hércules A. Oliveira UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Ponta Grossa Departamento Acadêmico de Matemática Ementa 1. Lógica proposicional: introdução,

Leia mais

Bárbara da Silva. Português. Aula 42 Coesão referencial, lexical e sequencial

Bárbara da Silva. Português. Aula 42 Coesão referencial, lexical e sequencial Bárbara da Silva Português Aula 42 Coesão referencial, lexical e sequencial A coesão referencial e a coesão sequencial são chamadas de recursos coesivos por estabelecerem vínculos entre as palavras, orações

Leia mais

Portuguesa 3º 3 ano EF. O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização?

Portuguesa 3º 3 ano EF. O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização? Aprender a aprender Oficina de Língua L Portuguesa 3º 3 ano EF O que sabem as crianças ao final do Ciclo Inicial de Alfabetização? Oficina de Língua L Portuguesa 3º 3 ano EF Por que essa é uma questão

Leia mais

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo

NOÇÕES DE PRAGMÁTICA. Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo NOÇÕES DE PRAGMÁTICA Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa II Prof. Dr. Paulo Roberto Gonçalves Segundo 17.08.2015 Situando a Pragmática no seio das disciplinas da Linguística O aspecto pragmático

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental < 125 identificam o sentido de expressão típica da fala coloquial utilizada em segmento de história em quadrinhos; e o local em que se desenrola o enredo, em anedota.

Leia mais

Pressuposição Antecedentes históricos

Pressuposição Antecedentes históricos A suposta natureza pressuposicional dos performativos Pressuposição Antecedentes históricos Luiz Arthur Pagani 1 1 Frege sentido sem referência (acomodação) [1, p. 137]: A sentença Ulisses profundamente

Leia mais

POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO PAPILOSCOPISTA 2018 Raciocínio Lógico

POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO PAPILOSCOPISTA 2018 Raciocínio Lógico Questão 61 POLÍCIA CIVIL DE SÃO PAULO PAPILOSCOPISTA 2018 Raciocínio Lógico Pertencer ao conjunto A, pode ser apenas A ou pode ser apenas A e B ou pode ser A e B e C, mas não pode ser apenas A e C. Pertencer

Leia mais

UMA NOÇÃO DE TEXTO. por Gabriele de Souza e Castro Schumm

UMA NOÇÃO DE TEXTO. por Gabriele de Souza e Castro Schumm ARTIGO UMA NOÇÃO DE TEXTO por Gabriele de Souza e Castro Schumm Profa. Dra. Gabriele Schumm, graduada e doutora em Linguística pela Unicamp, é professora do curso de Licenciatura em Letras do Centro Universitário

Leia mais

Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula

Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL RELAÇÃO

Leia mais

A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS

A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS 195 de 667 A CATEGORIA VERBAL DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS- LIBRAS Ione Barbosa de Oliveira Silva (UESB) 51 Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira (UESB) 52 RESUMO Apresentamos resultados parciais

Leia mais

Coesão e Coerência Textuais

Coesão e Coerência Textuais Universidade Estadual de Feira de Santa Departamento de Tecnologia Curso de Engenharia de Computação Coesão e Coerência Textuais Profª. Michele Fúlvia Angelo mfangelo@ecomp.uefs.br Construção de textos:

Leia mais

filosofia, 2, NORMORE, C. Some Aspects of Ockham s Logic, p. 34.

filosofia, 2, NORMORE, C. Some Aspects of Ockham s Logic, p. 34. Introdução Na Idade Média, a lógica foi concebida como a ciência da razão (scientia rationalis) ou como a ciência do discurso (scientia sermocinalis). Em geral, a primeira concepção distingue-se por identificar

Leia mais

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF

Descrição da Escala Língua Portuguesa - 5 o ano EF Os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental < 125 identificam o sentido de expressão típica da fala coloquial utilizada em segmento de história em quadrinhos; e o local em que se desenrola o enredo, em anedota.

Leia mais

REESCRITA COMO PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NAS LICENCIATURAS

REESCRITA COMO PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NAS LICENCIATURAS Aliny Sousa MENDES Wagner Rodrigues SILVA REESCRITA COMO PRÁTICA AVALIATIVA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NAS LICENCIATURAS 1 Aluna do curso de Licenciatura em Letras; Universidade Federal do Tocantins,

Leia mais

3 Pressupostos teóricos

3 Pressupostos teóricos 38 3 Pressupostos teóricos 3.1 Considerações inicias Como nosso objetivo é analisar como modalidades típicas do subjuntivo e do infinitivo em orações completivas estão sendo expressas no português brasileiro

Leia mais

A MODALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO HUMOR

A MODALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO HUMOR A MODALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA NA CONSTRUÇÃO DO HUMOR CRÍTICO Wdiônatas Andrade Santos (FCB) wdionatas@hotmail.com Elaine Cristina Medeiros Frossard (FCB) 1. Introdução Quando se estuda o humor e suas implicações

Leia mais

Língua Portuguesa 8º ano

Língua Portuguesa 8º ano Escutar para Aprender e Construir Conhecimento Tipologia textual: texto conversacional. Variação e normalização linguística. Língua padrão (traços específicos). Língua Portuguesa 8º ano Conteúdos 1º Período

Leia mais

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES

ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES ÉTICA AULA 3 PROF. IGOR ASSAF MENDES LUDWIG WITTGENSTEIN Texto 2 LUDWIG WITTGENSTEIN 1889-1951 Estudou o significado conceitos filosóficos através da análise lógica da natureza das proposições da linguagem.

Leia mais

Pressuposição: fato lingüístico ou pragmático?

Pressuposição: fato lingüístico ou pragmático? Pressuposição: fato lingüístico ou pragmático? Verônica de Fátima Camargo Soares Mestranda em Estudos Linguísticos da Universidade Federal do Espírito Santo vcamargosoares@hotmail.com Resumo Neste artigo

Leia mais

ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA

ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA 73 de 119 ORDENAÇÃO DOS ADVÉRBIOS MODALIZADORES EM ENTREVISTAS VEICULADAS PELA REVISTA VEJA Marivone Borges de Araújo Batista* (UESB) (UESC) Gessilene Silveira Kanthack** (UESC) RESUMO: Partindo da análise

Leia mais

1. Caminhos da significação: o paradigma semântico vs. o paradigma pragmático

1. Caminhos da significação: o paradigma semântico vs. o paradigma pragmático OS LIMITES ENTRE A SEMÂNTICA E A PRAGMÁTICA PARA ALÉM DO CONTEXTO Introdução Fernanda Paiva (PROLING-UFPB) (fernandapaiva.jc@hotmail.com) José Wellisten Abreu de Souza (PROLING-UFPB) josewellisten@hotmail.com

Leia mais

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. MÓDULO II_PARTE 1: Lógica de Argumentação

Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter. MÓDULO II_PARTE 1: Lógica de Argumentação Bacharelado em Sistemas de Informação Disciplina: Lógica Prof.ª Dr.ª Donizete Ritter MÓDULO II_PARTE 1: Lógica de Argumentação 1 Origem Aristóteles - filósofo grego - 342 a.c, sistematizou os conhecimentos

Leia mais

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014

CURRÍCULO DA DISCIPLINA DE PORTUGUÊS/ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2013/2014 1º Ciclo Metas/Domínios Objetivos gerais Conteúdos Programáticos Critérios 3º Ano Oralidade O3 Comprensão do oral Expressão oral Escutar para aprender e construir conhecimentos Produzir um discurso oral

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Cabeceiras de Basto

Agrupamento de Escolas de Cabeceiras de Basto Escola Básica e Secundária de Cabeceiras de Basto Agrupamento de Escolas de Cabeceiras de Basto Telefone 253 662 338 * Fax 253 662 826 Informação - Prova Final a Nível de Escola Português Prova 51 2014

Leia mais

Aula 02 Introdução à Lógica. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes

Aula 02 Introdução à Lógica. Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Aula 02 Introdução à Lógica Disciplina: Fundamentos de Lógica e Algoritmos Prof. Bruno Gomes Agenda da Aula Conceitos Iniciais sobre Lógica; Argumento; Inferência; Princípios. Contextualização: Situação

Leia mais

Informação Prova Final a Nível de Escola

Informação Prova Final a Nível de Escola ESCOLA E.B. 2,3 DE MARCO DE CANAVESES Informação Prova Final a Nível de Escola Português - 2º Ciclo 51 1. Introdução Ano Letivo 2014/2015 Prova Escrita abril 2015 O presente documento divulga informação

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos UM ESTUDO DESCRITIVO E COMPARATIVO DAS PRINCIPAIS PROPOSTAS GERATIVAS Marcela Cockell (UERJ) marcelacockell@hotmail.com RESUMO O presente artigo procura desenvolver um breve estudo descritivo e comparativo

Leia mais

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18 CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS ANO LETIVO 2017/18 Formação pessoal e social Gramática Escrita Leitura / Educação Literária Oralidade ENSINO BÁSICO 5º ANO Domínios Objetivos e Descritores

Leia mais

INTERPRETAÇÃO E RETENÇÃO DA LEITURA EM TEXTOS DE LIVRO DIDÁTICO

INTERPRETAÇÃO E RETENÇÃO DA LEITURA EM TEXTOS DE LIVRO DIDÁTICO Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 pesquisa@cesumar.br INTERPRETAÇÃO E RETENÇÃO DA LEITURA EM TEXTOS DE LIVRO DIDÁTICO Mônica Garcia Barros 1 ; Juliano Tamanini

Leia mais

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (...)

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. (...) Podemos tratar a dêixis como o modo mais óbvio de efetivação do elo entre a produção linguística dos falantes e os contextos situacionais em que tal produção ocorre. Ela permite marcar no enunciado as

Leia mais

Lógica Dedutiva e Falácias

Lógica Dedutiva e Falácias Lógica Dedutiva e Falácias Aula 3 Prof. André Martins Lógica A Lógica é o ramo do conhecimento humano que estuda as formas pelas quais se pode construir um argumento correto. O que seria um raciocínio

Leia mais

O Projeto de TCC. Como elaborar??? Claudia Brandelero Rizzi. (com contribuições do Clodis e Adriana)

O Projeto de TCC. Como elaborar??? Claudia Brandelero Rizzi. (com contribuições do Clodis e Adriana) O Projeto de TCC Como elaborar??? Claudia Brandelero Rizzi (com contribuições do Clodis e Adriana) O Projeto de Pesquisa Título Apesar de ser o primeiro item a ser lido em um projeto, o título também pode

Leia mais

Discutindo o trabalho docente aliado às novas tendências educacionais De 25 à 29 de Maio de 2009 Vitória da Conquista - Bahia

Discutindo o trabalho docente aliado às novas tendências educacionais De 25 à 29 de Maio de 2009 Vitória da Conquista - Bahia I SEEMAT Discutindo o trabalho docente aliado às novas tendências educacionais De 25 à 29 de Maio de 2009 Vitória da Conquista - Bahia Formação do Professor Dando um tratamento hermenêutico ao assunto:

Leia mais

Linguística CORRENTES MODERNAS DA LINGUÍSTICA (PARTE I) Profª. Sandra Moreira

Linguística CORRENTES MODERNAS DA LINGUÍSTICA (PARTE I) Profª. Sandra Moreira Linguística CORRENTES MODERNAS DA LINGUÍSTICA (PARTE I) Profª. Sandra Moreira Conteúdo Programático O Funcionalismo As Funções da Linguagem de Roman Jakobson A Linguística Sistêmica de Michael Halliday

Leia mais

O PAPEL DAS EXPRESSÕES FACIAIS E MOVIMENTOS CORPORAIS NA PRODUÇÃO DE INTERROGATIVAS

O PAPEL DAS EXPRESSÕES FACIAIS E MOVIMENTOS CORPORAIS NA PRODUÇÃO DE INTERROGATIVAS 565 de 663 O PAPEL DAS EXPRESSÕES FACIAIS E MOVIMENTOS CORPORAIS NA PRODUÇÃO DE INTERROGATIVAS Karina Dias 180,Vera Pacheco 181 (UESB) Marian Oliveira 182 (UESB) RESUMO Durante a nossa fala realizamos

Leia mais

5 Conclusão. 1 DASCAL, Marcelo. Interpretação e Compreensão. p.33.

5 Conclusão. 1 DASCAL, Marcelo. Interpretação e Compreensão. p.33. 5 Conclusão Assumindo como pressuposto que os métodos de interpretação jurídica são insuficientes para conferir a objetividade e a segurança necessárias à atividade interpretativa, buscou-se, num estudo

Leia mais

Ano Letivo: 2014 / 2015 Ano de Escolaridade: 1º

Ano Letivo: 2014 / 2015 Ano de Escolaridade: 1º 1.º CEB Agrupamento de Escolas Ano Letivo: 2014 / 2015 Ano de Escolaridade: 1º Saber escutar para reproduzir pequenas mensagens e Compreensão do oral Leitura Escrita para cumprir ordens e pedidos Prestar

Leia mais

Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul

Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul SOUSA, Lucilene Bender de; GABRIEL, Rosângela. Aprendendo palavras através da leitura. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2011. Resenhado por Katiele Naiara Hirsch Universidade de Santa Cruz do Sul Em Aprendendo

Leia mais

TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO TEXTO E TEXTUALIDADE COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO O que é texto? TEXTO - escrito ou oral; O que as pessoas têm para dizer umas às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos; TEXTO - dotada de unidade

Leia mais

O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL O TRABALHO DO PROFESSOR COMO AGENTE LETRADOR EM TURMAS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Flávia Campos Cardozo (UFRRJ) Marli Hermenegilda Pereira (UFRRJ) Thatiana do Santos Nascimento Imenes (UFRRJ) RESUMO

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CÂMPUS ITAPORANGA CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CÂMPUS ITAPORANGA CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO) COMPONENTE CURRICULAR: INGLÊS II CURSO: Técnico Integrado em Edificações SÉRIE: 3ª CARGA HORÁRIA: 67 h.r. DOCENTE RESPONSÁVEL: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CÂMPUS ITAPORANGA

Leia mais

Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais

Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais Curso de Educação Formação Instalação e Operação de Sistemas Informáticos Saída Profissional Operador de Informática Nível de Qualificação: 2 Tipo: 2 CRITÉRIOS

Leia mais

A Importância da Lógica para o Ensino da Matemática

A Importância da Lógica para o Ensino da Matemática Universidade do Estado do Rio Grande do Norte FANAT - Departamento de Informática Faculdade de Ciências e Tecnologia Mater Christi Curso de Sistemas de Informação A Importância da Lógica para o Ensino

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS CCV Questão: 02 O candidato alega que, na questão 02, tanto a alternativa E como a alternativa A apresentam-se corretas, visto que as linhas 12 e 13 mostram que os violinistas mais relaxados também tinham

Leia mais

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL. Diogo da Costa Pereira. Maria das Dores Justo

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL. Diogo da Costa Pereira. Maria das Dores Justo O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL Diogo da Costa Pereira Universidade Estadual da Paraíba diogopresbi07@gmail.com Maria das Dores Justo Supervisora PIBID/ CH/ UEPB dora.justo@hotmail.com

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL (PARTE VI)

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL (PARTE VI) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL (PARTE VI) RECURSOS ESTILÍSTICOS DE COESÃO: ELIPSE E ZEUGMA São duas importantes figuras de linguagem que funcionam como recursos coesivos por excelência,

Leia mais

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA

AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA AULA 12: O PAR DIALÓGICO PERGUNTA-RESPOSTA 1. Introdução Necessidade de descrição do par dialógico pergunta-resposta (P- R): elementos cruciais da interação humana Análise tipológica do par P-R quanto

Leia mais

PROJETO KALI MATEMÁTICA B AULA 1

PROJETO KALI MATEMÁTICA B AULA 1 PROJETO KALI - 2015 MATEMÁTICA B AULA 1 Introdução Estudar e entender Matemática exige do aluno um esforço contínuo. Os conteúdos mais básicos são usados no aprendizado dos mais complexos e o raciocínio

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa da Disciplina; Manual adotado; Critérios de Avaliação ENSINO SECUNDÁRIO PORTUGUÊS

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A LOGICIDADE APRIORÍSTICA DA LINGUAGEM Alexandre da Silva de Melo (UFT) alexandremleo95@gmail.com Luiz Roberto Peel Furtado de Oliveira (UFT) luizpeel@uft.edu.br RESUMO A lógica pode ser compreendida como

Leia mais

PERFIL DE APRENDIZAGENS 5ºANO

PERFIL DE APRENDIZAGENS 5ºANO 5ºANO No final do 5º ano, o aluno deverá ser capaz de: No domínio da Oralidade: -Exprimir-se oralmente com progressiva autonomia e clareza em função de objetivos diversos. - Comunicar oralmente tendo em

Leia mais

Vejam os seguintes exemplos

Vejam os seguintes exemplos Vejam os seguintes exemplos O mau uso dos possessivos O diretor geral de um banco estava preocupado com um jovem e brilhante diretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo junto dele, sem parar

Leia mais

Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual.

Além disso, relembre-se que, por coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual. Nas palavras de Evanildo Bechara, o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ LÍNGUA PORTUGUESA e REDAÇÃO PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ LÍNGUA PORTUGUESA e REDAÇÃO PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA LÍNGUA PORTUGUESA e REDAÇÃO PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA 1. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal e não verbal. 1.2. Depreender, através de leitura do texto,

Leia mais

Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da

Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da istemas de Apoio à Decisão Clínica, 09-1 1 Linguagem com sintaxe e semântica precisas: lógica. Mecanismo de inferência: derivado da sintaxe e da semântica. Importante: distinguir entre os fatos e sua representação

Leia mais

Informação n.º Data: Para: Direção-Geral da Educação. Inspeção-Geral da Educação e Ciência. Direções Regionais de Educação

Informação n.º Data: Para: Direção-Geral da Educação. Inspeção-Geral da Educação e Ciência. Direções Regionais de Educação Prova Final de Ciclo de Português Prova 61 2013 2.º Ciclo do Ensino Básico Para: Direção-Geral da Educação Inspeção-Geral da Educação e Ciência Direções Regionais de Educação Secretaria Regional da Educação

Leia mais

Expectativas de Aprendizagem dos Cursos oferecidos pelo INCO

Expectativas de Aprendizagem dos Cursos oferecidos pelo INCO Level 1 Ao final do Nível 1, você será capaz de: Usar linguagem de sala de aula Apresentar-se em diferentes registros Formular e responder perguntas de forma simples Compreender e usar expressões do dia-a-dia

Leia mais

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALE DE MILHAÇOS ESCOLA BÁSICA DE VALE DE MILHAÇOS. PLANIFICAÇÃO ANUAL 8.º Ano

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VALE DE MILHAÇOS ESCOLA BÁSICA DE VALE DE MILHAÇOS. PLANIFICAÇÃO ANUAL 8.º Ano PLANIFICAÇÃO ANUAL 8.º Ano Disciplina de Português Ano Letivo - 2016/2017 Metas de aprendizagem Conteúdos Nº de aulas Período previstas ORALIDADE Oralidade 65 +/- 1.º 1. Interpretar discursos orais com.características

Leia mais

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL 6º ANO Ensino Fundamental Língua Portuguesa 2) Inferir o sentido

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos MARCADORES E TIPOS DE PRESSUPOSIÇÃO: UMA PROPOSTA DE ESTUDO EM TEXTOS DA MÍDIA IMPRESSA Adriano Oliveira Santos (UFF/FEUC) adrianolisan@hotmail.com - Introdução Quando nos comunicamos, seja pela oralidade,

Leia mais

Variação sociolinguistica e aquisição semântica: um estudo sobre o perfil lexical pelo teste ABFW numa amostra de crianças em Salvador-BA

Variação sociolinguistica e aquisição semântica: um estudo sobre o perfil lexical pelo teste ABFW numa amostra de crianças em Salvador-BA Variação sociolinguistica e aquisição semântica: um estudo sobre o perfil lexical pelo teste ABFW numa amostra de crianças em Salvador-BA Palavras-chave: Desenvolvimento Infantil; Linguagem; Sociedades.

Leia mais

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se:

O que é uma convenção? (Lewis) Uma regularidade R na acção ou na acção e na crença é uma convenção numa população P se e somente se: Convenções Referências Burge, Tyler, On knowledge and convention, The Philosophical Review, 84 (2), 1975, pp 249-255. Chomsky, Noam, Rules and Representations, Oxford, Blackwell, 1980. Davidson, Donald,

Leia mais

Conhecimento Explícito da Língua. Escrita EXPRESSÃO ORAL. Compreensão do Oral. Leitura. Elaborado por: Filomena Lemos

Conhecimento Explícito da Língua. Escrita EXPRESSÃO ORAL. Compreensão do Oral. Leitura. Elaborado por: Filomena Lemos EXPRESSÃO ORAL Conhecimento Explícito da Língua Compreensão do Oral Elaborado por: Filomena Lemos 18-06 - 2010 1 APRESENTAÇÃO 1. Nome da Sequência: Um escritor na escola 2. Contexto/projecto: Visita à

Leia mais

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM EXERCÍCIOS (1.) 2. 3.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM EXERCÍCIOS (1.) 2. 3. Atenção! INTERPRETAÇÃO DE TEXTO EM EXERCÍCIOS Há dois layouts diferentes de questões: 4. 5. 6. 7. (1.) 1. 2. 3. No layout acima, o texto é apresentado, posteriormente os enunciados e as questões. Normalmente,

Leia mais

Informação Prova Final a Nível de Escola - PORTUGUÊS - Página 1/7

Informação Prova Final a Nível de Escola - PORTUGUÊS - Página 1/7 Informação Prova Final a Nível de Escola - PORTUGUÊS 1. Introdução O presente documento visa divulgar as características da prova final a nível de escola do 2.º ciclo do ensino básico da disciplina de

Leia mais

Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula

Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula Anexo B Relação de Assuntos Pré-Requisitos à Matrícula MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL 6º ANO Ensino

Leia mais

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula

Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Professora: Jéssica Nayra Sayão de Paula Conceitos básicos e importantes a serem fixados: 1- Sincronia e Diacronia; 2- Língua e Fala 3- Significante e Significado 4- Paradigma e Sintagma 5- Fonética e

Leia mais

Oferta de optativas área de Linguística e Língua Portuguesa

Oferta de optativas área de Linguística e Língua Portuguesa Código HL 133 Análise do Discurso I quarta: 10:30h às 12:30h; sexta: 10:30h às 12:30h Gesualda dos Santos Rasia A concepção de texto em perspectiva discursiva. A mobilização do aparato teórico-metodológico

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Departamento de Administração Escolar

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Departamento de Administração Escolar Documentação: Objetivo: Titulação: Diplomado em: Resolução 002/CUn/2007, de 02 de março de 2007 O Curso de Licenciatura em Letras/LIBRAS é uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina, com

Leia mais

AMBIGUIDADE E VAGUEZA FUNDAMENTOS DE SEMÂNTICA APOIO PEDAGÓGICO 25/04/2018

AMBIGUIDADE E VAGUEZA FUNDAMENTOS DE SEMÂNTICA APOIO PEDAGÓGICO 25/04/2018 AMBIGUIDADE E VAGUEZA FUNDAMENTOS DE SEMÂNTICA APOIO PEDAGÓGICO 25/04/2018 PROGRAMA DA AULA 1. Ambiguidade e vagueza 2. Tipos de ambiguidade 2.1. Lexical 2.2. Sintática 2.3. De escopo 2.4. Por correferência

Leia mais

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos

Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos A PRAGMÁTICA DE J. L. AUSTIN Rosa Maria Nechi Verceze (USP e PUC-SP) rosa_nechi@hotmail.com Austin contribui para os estudos da pragmática postulando a ideia de que a linguagem deve ser vista na sua essência

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional Notas de aula de MAC0329 (2003) 9 2 Cálculo proposicional Referências para esta parte do curso: capítulo 1 de [Mendelson, 1977], capítulo 3 de [Whitesitt, 1961]. Proposição Proposições são sentenças afirmativas

Leia mais

Informação-Prova de Equivalência à Frequência

Informação-Prova de Equivalência à Frequência Agrupamento de Escolas Fernão de Magalhães Informação-Prova de Equivalência à Frequência Exame de Equivalência à Frequência Espanhol 11º Ano Nível de Iniciação Prova 375 2017 Ensino Secundário I Introdução

Leia mais