RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO: Interação entre Rhipicephalus sanguineus e seus hospedeiros (suscetíveis e resistentes)

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL Disciplina: SEMINÁRIOS APLICADOS RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO: Interação entre Rhipicephalus sanguineus e seus hospedeiros (suscetíveis e resistentes) Jaires Gomes de Oliveira Filho Orientadora: Drª. Lígia Miranda Ferreira Borges GOIÂNIA 2012

2 ii JAIRES GOMES DE OLIVEIRA FILHO RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO: Interação entre Rhipicephalus sanguineus e seus hospedeiros (suscetíveis e resistentes) Seminário apresentado junto à Disciplina Seminários Aplicados do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás. Nível: Mestrado. Área de Concentração: Sanidade Animal Higiene e Tecnologia de Alimentos Linha de Pesquisa: Parasitos e doenças parasitárias dos animais Orientadora: Profª Drª Lígia Miranda Ferreira Borges IPTSP/UFG Comitê de Orientação: Profª Drª. Andrea Caetano da Silva IPTSP/UFG Profª Drª Carla Cristina B. Louly UNIP GOIÂNIA 2012

3 iii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) Classificação, Origem e Morfologia Estágios de Desenvolvimento e Ciclo Biológico RELAÇÃO PARASITO HOSPEDEIRO Alimentação e Papel da Saliva Relação do R. sanguineus e seus Hospedeiros Durante Infestações Indução da Resistência Através da Imunização Resposta Imune à Carrapatos CONSIDERAÇÕES FINAIS...22 REFERÊNCIAS...24

4 iv

5 1. INTRODUÇÃO Os artrópodes representam uma grande ameaça à saúde pública e dos animais, principalmente os artrópodes com hábitos hematófagos. Além de espoliarem seus hospedeiros, causando transtornos, são responsáveis pela transmissão de inúmeros patógenos. Os artrópodes hematófagos configuram o maior grupo de vetores conhecidos atualmente pelo homem, com o maior número de espécies já identificadas até o momento. Dentro do filo dos artrópodes estão os carrapatos, que são obrigatoriamente hematófagos. Durante a fase parasitária de suas vidas os carrapatos transmitem inúmeros patógenos a seus hospedeiros, além de poderem atuar como bioagentes de doenças, causando as chamadas ixodidoses. No período em que executam o repasto sanguíneo os carrapatos secretam inúmeras substâncias farmacológica e biologicamente ativas, que os auxiliam desde a sua fixação em seus hospedeiros até a sua reprodução. Essas substâncias, em geral proteínas, são altamente eficazes na modulação da resposta imune dos hospedeiros. As proteínas salivares são capazes de evadirem as defesas imunogênicas desses, porém em alguns casos principalmente de hospedeiros resistentes estes parasitos desencadeiam respostas imunes eficazes que culminam com menor desempenho biológico do carrapato e até mesmo a sua não fixação ou desprendimento precoce. Esses efeitos podem ocorrer devido a inúmeros fatores de imunidade inata ou adquirida dos hospedeiros. No caso específico do Rhipicephalus sanguineus, o carrapato do cão, antigamente se acreditava que o seu hospedeiro natural (cão doméstico), não seria capaz de desenvolver resistência a reinfestações. Porém, na atualidade, se trabalha com a hipótese de que algumas raças de cães são capazes de desenvolver certo tipo de resistência a esses ectoparasitos. De forma mais acentuada, hospedeiros não habituais desse carrapato, como animais de laboratório, apresentam uma forte reação imune-adquirida ao parasitismo. Acredita-se que o estudo da interação entre hospedeiros resistentes e parasitos seja a chave para o desenvolvimento de novas formas de controle de artrópodes hematófagos. Esses estudos podem possibilitar o desenvolvimento de

6 2 vacinas e repelentes que sejam espécie-específicos, evitando e diminuindo o uso de acaricidas, que são conhecidamente agressivos ao meio ambiente e para os quais os carrapatos demonstram resistência. O seminário em questão tem por objetivo explorar aspectos da biologia e ecologia do carrapato R. sanguineus, mas principalmente abordar aspectos da interação entre estes carrapatos e seus hospedeiros resistentes e suscetíveis, além das respostas desses hospedeiros frente ao parasitismo por R. sanguineus.

7 3 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) Rhipicephalus sanguineus é o carrapato com maior distribuição geográfica dentre as espécies conhecidas, estendendo-se entre as latitudes 35ºS a 50ºN (DANTAS-TORRES, 2008a). Também conhecido como o carrapato vermelho do cão ou ainda carrapato do canil, seu hospedeiro natural é o cão doméstico, e as populações caninas são as principais fontes de manutenção e responsáveis por explosões populacionais desses parasitos no ambiente (DANTAS-TORRES, 2008a; SERRA-FREIRE, 2009). Porém estes carrapatos podem vir a parasitar outros hospedeiros além de cães, inclusive humanos, principalmente em casos de associação íntima desses com cães (DANTAS- TORRES et al., 2006; LOULY et al., 2006). Estes carrapatos estão envolvidos no ciclo epidemiológico de várias doenças animais e de relevância para saúde pública, atuam como vetores biológicos e mecânicos, transmitindo vírus, bactérias, protozoários, filarioses e outros (DANTAS-TORRES, 2008b). Em geral a presença maciça deste carrapato esta intrinsicamente ligada ao aumento de cães soropositivos para Babesia gibsoni e Erlichia canis, doenças com alta prevalência (DANTAS-TORRES, 2008b; LABRUNA et al., 2006). Podem ainda atuar como bioagentes causando as chamadas ixodidoses (SERRA-FREIRE, 2009). Recentemente o R. sanguineus vem sendo descrito como vetor de Rickettisia rickettisii, agente causal da febre maculosa (Rocky Mountain Spotted Fever) doença com alta taxa de letalidade (DANTAS-TORRES, 2008b; EREMEEVA et al., 2011). Além disso, estudos indicam que este carrapato poderia estar sujeito à infecção por leishmaniose visceral canina, mas seu potencial como vetor da doença ainda precisa ser esclarecido (COUTINHO et al., 2005) Classificação, Origem e Morfologia Os carrapatos são classificados dentro do filo dos artrópodes, subordem Ixodida e totalizam 899 espécies conhecidas e descritas, que estão

8 4 divididas em três famílias, Ixodidae, Argasidae e Nuttalliellidae (BARKER & MURRELL, 2004). Dentre os membros da família Ixodidae se destacam os do gênero Rhipicephalus, por sua ampla difusão global, patógenos que podem transmitir e prejuízos que podem acarretar. Na pecuária o Rhipicephalus (Boophilus) microplus é grande responsável por inúmeras perdas econômicas. Por sua vez, o R. sanguineus pode ocasionar transtornos tanto na saúde animal quanto na humana (DANTAS-TORRES, 2008b; GUGLIELMONE et al., 2006; LABRUNA et al., 2006; ONOFRIO et al., 2006; SERRA-FREIRE, 2009). A morfologia externa é um passo importante na identificação de espécimes de carrapatos (FIGURA 1). O R. sanguineus possui escudo quitinoso duro que se estende por todo dorso do macho adulto e apenas até a porção mediana do dorso da fêmea adulta. Esse escudo não é ornamentado. O capítulo é terminal, com palpos e hipostômios curtos. Olhos ligeiramente convexos e festões estão presentes. Há placas adanais internas bem desenvolvidas e as placas adanais acessórias são largas. Uma estrutura para identificação do carrapato marrom do cão é a base dorsal do gnatossoma em formato hexagonal e presença de peritrema em forma de vírgula em sua base ventral (DANTAS- TORRES, 2008a; GUGLIELMONE et al., 2006; WALKER et al., 2003). A A C B FIGURA 1: Morfologia do Rhipicephalus sanguineus; A- Base do capitulo em formato hexagonal; B- Presença de Placas adanais em machos; C- Peritrema em forma de vírgula. Fonte: Adaptado de

9 Estágios de Desenvolvimento e Ciclo Biológico Assim como os demais membros da família Ixodidae o R. sanguineus apresenta quatro estágios no desenvolvimento de seu ciclo vital, sendo que três desses são ativos e dependem do repasto sanguíneo para desempenho pleno de suas funções biológicas (FACCINI & BARROS-BATTESTI, 2006). Os estágios comuns aos ixodídeos são o ovo embrionado, a larva, a ninfa e os adultos (SERRA-FREIRE, 2009; SONENSHINE, 1991). Durante seu ciclo de vida os carrapatos apresentam duas fases distintas, a de vida livre e a parasitária (SERRA-FREIRE, 2009). Ambas as fases são importantes no desenvolvimento do parasito e se complementam. Durante a fase parasitária os carrapatos podem apresentar dois ciclos vitais distintos, monoxeno quando parasitam apenas um hospedeiro se fixando neste ainda como larva e o abandonando já na fase adulta, ou podem ser heteroxenos quando se fixam e abandonam os hospedeiros para realizar a ecdise no ambiente, podendo neste caso apresentar-se como di-heteroxenos ou triheteroxenos (SERRA-FREIRE, 2009; SONENSHINE, 1991). O R. sanguineus é uma espécie de carrapato trioxena, pois depende de três hospedeiros para concluir seu ciclo de vida (DANTAS-TORRES, 2008a; GUGLIELMONE et al., 2006). As teleóginas de R. sanguineus podem chegar a pesar até 250 mg e chegam a ovipor cerca de ovos durante uma postura ininterrupta. A quantidade de ovos que uma fêmea de carrapato ovipõe está diretamente ligada ao seu peso corporal (DANTAS-TORRES, 2008a; DANTAS-TORRES, 2010; GUGLIELMONE et al., 2006). Após seu desprendimento a teleógina busca abrigos onde passa pelo período de pré-oviposição. Esses abrigos são estratégias que este carrapato utiliza para fugir de possíveis predadores e depositar seus ovos o mais perto possível de prováveis hospedeiros (DANTAS- TORRES, 2010). O período de pré-oviposição pode variar entre três a 14 dias e a oviposição pode durar até 21 dias. As larvas e as ninfas quando fixadas em seus hospedeiros alimentam-se de três a cinco dias e de cinco a sete dias respectivamente. Uma vez fora de seus hospedeiros as metalarvas e metaninfas fazem a ecdise em um período aproximado de oito a 11 dias e de 11 a 23 dias

10 6 respectivamente, sob condições ideais (DANTAS-TORRES, 2008a; GUGLIELMONE et al., 2006; SERRA-FREIRE, 2009). O R. sanguineus é um carrapato extremamente adaptado ao ambiente urbano e peri-urbano e de hábitos nidícolas, ou seja, tende a se esconder em frestas e buracos próximos aos seus hospedeiros naturais. Devido ao seu grande poder de adaptação e à sua grande distribuição, alguns autores questionam se ocorre diapausa em algum de seus estágios e quantas gerações este carrapato poderia gerar durante um ano. Sabe-se que assim como outros carrapatos o R. sanguineus sofre grande influência da temperatura e umidade do ambiente, pois grande parte de sua vida ele passa fora do hospedeiro (DANTAS-TORRES, 2010). A depender da região onde esses carrapatos se desenvolvem, eles podem ter de 2,5 até quatro gerações em um ano (GUGLIELMONE et al., 2006; LOULY et al., 2007). Durante a busca por hospedeiros os carrapatos utilizam várias estratégias como comportamentos de busca ativa e de emboscada. Independente de qual seja a estratégia principal adotada pelo carrapato ele se utiliza de situações inerentes ao metabolismo de seus hospedeiros, como substâncias eliminadas ou até mesmo mecanismos de regulação térmica (SERRA-FREIRE, 2009). O R. sanguineus é um carrapato que preferencialmente adota a estratégia de busca ativa por seus hospedeiros, usando como estímulos o CO 2 e latidos (LOULY, 2003; SONENSHINE, 1993), porém pode utilizar a emboscada como tática para localizar seus hospedeiros. Esses padrões comportamentais foram adquiridos de acordo com a evolução das duas espécies envolvidas na relação parasito-hospedeiro (DANTAS-TORRES, 2010) RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO Parasitismo é a interação desequilibrada entre dois seres vivos. É constantemente caracterizada por envolver um ser complexo, o hospedeiro, cuja homeostase é frequentemente perturbada por um ser inferior, o parasita (SZABÓ, 1991). O sucesso da relação de parasitismo dependerá do balanço entre as reações imunes do hospedeiro e a capacidade do parasito em evadir (modular)

11 7 essas reações (WIKEL, 1996). Geralmente os ectoparasitas hematófagos são hábeis em modular a resposta imune de seus hospedeiros naturais, pois apresentam substâncias farmacologicamente ativas em sua saliva, as quais são específicas para as respostas imunes de seus hospedeiros de origem. Porém a mesma habilidade não é notada em infestações de hospedeiros eventuais (RIBEIRO, 1995). A rejeição imune é menos comum em relações de parasitismo já estabelecidas há muito tempo como o R. sanguineus para cães e Dermacentor variabilis para camundongos (Peromyscus spp.), porém em relações mais novas com hospedeiros anormais é comum o desenvolvimento de resistência (SONENSHINE, 1993; RIBEIRO, 1995). A capacidade de alguns vertebrados em adquirir resistência ao parasitismo dos carrapatos está bem documentada. Bovinos e roedores (animais de laboratório), são animais citados em diversas literaturas como animais capazes de tal feito (BROWN, 1988). Particularmente na relação entre bovinos e R. microplus, nota-se que o gado zebuíno (Bos indicus) apresenta maior imunidade inata e que ainda é capaz de desenvolver imunidade adquirida maior que o gado europeu (Bos taurus). Esta capacidade estaria ligada ao fato de bois zebuínos terem histórico maior de convivência com o R. microplus (PENNA, 1990). Contrariando o que se verifica na maioria das relações, que quanto maior a convivência entre os parasitas e seus hospedeiros, melhor adaptados os parasitas estariam para evadir o sistema imune de seus hospedeiros (RIBEIRO, 1995). Alguns autores atribuem a resistência dos bovinos a caracteres multifatoriais como: imunológicos (humorais e celulares), dureza da pele, secreções sebáceas e sudoríparas, hábitos de limpeza, fisiologia, nutrição e outros (BROWN, 1988; PENNA, 1990). Esses caracteres variam entre espécies, raças e indivíduos (PENNA, 1990; TIZARD, 2002). Nota-se que bovinos de raças zebuínas quando infestados, aumentam o comportamento de limpeza, têm forte reação exsudativa no sítio da infestação além de serem capazes de desenvolver uma reação de hipersensibilidade cutânea (BROWN, 1988). Essas reações tem sido responsáveis pela sobrevivência dessa raça, que convive em locais

12 8 infestados há anos, tendo assim os mais sensíveis da raça sido eliminados (PENNA, 1990). A rejeição dos carrapatos por seus hospedeiros depende das reações de edema e exsudato no sítio da picada (RIBEIRO, 1995). Essas reações podem variar na forma como são montadas por cada vertebrado (TIZARD, 2002) Alimentação e o Papel da Saliva Uma vez em seu hospedeiro os carrapatos realizam a fixação seguida da alimentação que são processos contíguos (RIBEIRO, 1995). Para realizar a penetração da pele e sucção do sangue os carrapatos contam com um aparato bucal adaptado a essa função. São componentes básicos do aparato bucal de qualquer carrapato Ixodida, base do capítulo, palpos, hipostômio, quelíceras, faringe e glândulas salivares (SONENSHINE, 1991). Cada um dos componentes exerce uma função para que a fixação e o repasto sanguíneo se realizem adequadamente. Os palpos executam função quimiorreceptora, a quelícera é a peça que penetra na pele abrindo caminho para a sucção, o hipostômio com seus dentículos auxilia na fixação após a penetração da derme, a faringe executa a sucção e as glândulas salivares secretam milhares de substâncias com atividades farmacológicas (DANTAS-TORRES, 2010; SONENSHINE 1991). Os carrapatos evolutivamente se adaptaram durante várias eras para realizar o repasto sanguíneo com sucesso em seus hospedeiros naturais (MANS & NEITZ, 2004). Porém além de terem a capacidade de penetrar a derme e se fixarem com sucesso, os carrapatos devem evadir os vários níveis de respostas imunes que os hospedeiros apresentam (FRANCISCHETTI et al., 2010; MANS & NEITZ, 2004). Com este intuito principal a saliva é secretada através do canal alimentar. A saliva contem inúmeras substâncias proteicas e lipídicas com atividade farmacológicas capazes de modular as respostas imune adquirida e inata (DANTAS-TORRES, 2008a; FRANCISCHETTI et al., 2010; RIBEIRO, 1995). Sem dúvida o principal papel da saliva dos carrapatos é a modulação da resposta imune de seus hospedeiros, o que permite a esse parasito sucesso em sua alimentação (RIBEIRO, 1995). Inúmeras substâncias já foram

13 9 identificadas na saliva e tem função conhecida, outras mais permanecem sem identificação ou sem função clara (ANATRIELLO et al., 2010; FRANCISCHETTI et al., 2010). Outras funções da saliva são de grande importância para a manutenção do carrapato não só na fase parasitaria como também na fase de vida livre. As glândulas salivares são responsáveis pelo equilíbrio hidroeletrolítico entre o parasita e o hospedeiro, retorna excesso de líquido ao hospedeiro após ingurgitamento, pode armazenar água durante as fases de vida livre e é apontada como a grande responsável pela transmissão de vários dos patógenos carreados por estes parasitos durante o repasto sanguíneo (SONENHINE, 1991; VALENZUELA, 2004). Para completarem sua alimentação os carrapatos podem permanecer períodos variáveis em seus hospedeiros, variando de horas no caso de argasídeos a dias e semanas para ixodídeos. Isso influencia não só a estratégia de obtenção de alimento, como também o conteúdo que estes carrapatos irão secretar, através da saliva, durante a fase em que estiverem se alimentando (FRANCISCHETTI et al., 2010; MANS & NEITZ, 2004; VALENZUELA, 2004). Uma das primeiras funções e mais importantes da saliva dentro da evasão do sistema imune dos hospedeiros dos carrapatos, é a regulação da tríade da hemostasia, agregação plaquetária, vasoconstrição e formação de trombo (FIGURA 2), (RIBEIRO, 1995). Caso não haja sucesso em quebrar a hemostasia inicial o carrapato não terá como se alimentar (VALENZUELA, 2004). Para que isso ocorra com sucesso os carrapatos contam com um verdadeiro arsenal farmacológico em sua saliva. Sabe-se que a saliva dos carrapatos é rica em anticoagulantes, vasodilatadores e antagonistas da atividade plaquetária (FRANCISCHETTI et al., 2010; RIBEIRO, 1995). Algumas substâncias já foram identificadas na saliva de R. sanguineus e tiveram sua função esclarecida como proteína gly-rich, antígeno 5, peptídeos do tipo Kunitz, inibidores de proteases (carboxipeptidases, inibidores de trombina, cistatinas, cisteinas), mucina, evasinas (1, 2 e 4) e lipocalina (ANATRIELLO et al., 2010). Todas essas substâncias observadas e outras mais estão envolvidas diretamente na função alimentar do carrapato, auxiliando esse na evasão da resposta imune de seu hospedeiro ou prevenindo a sua hemostasia (ANATRIELLO et al., 2010; FRANCISCHETTI et al., 2010).

14 FIGURA 2: Diagrama simplificado da hemostasia e inflamação com base nos eventos importantes no sitio da picada do carrapato. Do lado esquerdo, estão mostrados os mediadores liberados a partir da lesão tecidual. Ao centro, o fenômeno causado por cada mediador. Do lado direito, a contribuição dos leucócitos na hemostasia e na inflamação. Legenda: ANAP (anafilatoxina); H (histamina); 5-HT (serotonina); IG (imunoglobulinas); AgIG, (imunocomplexos); PAF (fator ativador de plaquetas); PG (prostaglandinas); TXA2 (tromboxane A2). As setas pontilhadas, a partir das prostaglandinas, indicam o efeito de potenciação da bradicinina pelas prostaglandinas (principalmente E2). Os desenhos e números de carrapatos indicam atividade salivar inibitória em Ixodes scapularis: 1) apirase salivar destrói ADP e ATP liberados pelas células lesadas; 2) e 3) a saliva inibe colágeno e PAF, induzindo agregação plaquetária; a apirase pode contribuir para esse efeito, mas outros componentes semelhantes estão para ser descobertos; 4) prostaglandina E2 abundante é um antagonista fisiológico dos vasoconstritores tais como TXA2 e 5-HT; 5) anticoagulante parcialmente caracterizado que inibe a via intrínseca da coagulação; 6) carboxipeptidase B salivar que inativa a anafilatoxina e bradicinina; 7) atividade anti-c3 convertase inibe ativação de complemento; 8) peptídeos imunossupressores previnem ativação de macrófagos e linfócitos. Fonte: RIBEIRO (1995). 10

15 11 Agora está claro como os carrapatos fazem para viver: Eles são farmacologistas inteligentes, hábeis em modular o sistema imune de seus hospedeiros regulando reações anti-inflamatórias e anti-hemostáticas para se alimentarem (RIBEIRO, 1995) Relação do Rhipicephalus sanguineus e seus Hospedeiros Durante Infestações Algumas das relações parasitos hospedeiros são marcadas pelo desenvolvimento de resistência pelo hospedeiro, limitando o número de parasitas e o parasitismo. O mesmo não é observado com frequência na relação de R. sanguineus e cães domésticos. O que levou a se acreditar que esses não teriam a capacidade de desenvolver uma reação imune adquirida eficiente para esse fim (SZABÓ, 1991). Com o intuito de elucidar os mecanismos de imunidade existentes na relação de parasitismo e desvendar qual a real competência imune dos cães frente às infestações por R. sanguineus, várias pesquisas vem sendo desenvolvidas a respeito da interação desse carrapato e seus hospedeiros. Os parâmetros biológicos dos carrapatos comumente utilizados para medir a reação imune adquirida do hospedeiro são: redução do peso final do carrapato ingurgitado, aumento do período de alimentação (maior tempo para ingurgitamento), redução do número de ovos (redução da conversão de peso corporal em ovos) e/ou da viabilidade dos ovos (diminuição de taxa de eclodibilidade) e por fim diminuição na taxa de ecdise (WIKEL, 1996; WIKEL, 1999). SZABÓ et al. (1995a) observaram e compararam o desenvolvimento de resistência contra R. sanguineus em hamsters (Mesocricetus auratus), cobaias (Cavia cutleri) e cães (Canis familiaris), cães mestiços. Para tanto usaram de três infestações sucessivas, intercaladas por um mês. Os parâmetros avaliados para determinar a aquisição ou não de resistência foram peso da fêmea ingurgitada, peso da massa de ovos, período de ingurgitamento, períodos de pré-oviposição e de incubação, taxa de eclodibilidade e conversão do peso corporal em ovos. Foi observada queda desses parâmetros em carrapatos alimentados em hamsters,

16 12 mas aqueles obtidos das cobaias apresentaram uma queda mais significativa. Porém os carrapatos de cães além de não apresentarem mudanças significativas em alguns parâmetros, tiveram um aumento em outros como peso da fêmea ingurgitada e conversão do peso corporal em ovos. Alguns dos parâmetros biológicos dos carrapatos obtidos de cobaias apresentaram queda, quando comparados aos dos cães, já na primeira infestação. Isso pode ser atribuído devido a características individuais dos hospedeiros (BROWN, 1988). Tanto as cobaias quanto os hamsters, que são considerados hospedeiros não naturais foram capazes de apresentar a aquisição de resistência. Já cães, os hospedeiros naturais, foram considerados incapazes de apresentar resistência. Essa inaptidão de cães em criarem resistência a sucessivas infestações de R. sanguineus, poderia estar associada a evolução desse ixodídeo em evadir o sistema imune de seu hospedeiro natural ou mesmo em causar imunossupressão a este (SZABÓ et al., 1995a). Tentando verificar a hipótese de que a domesticação de cães teria influenciado em sua capacidade de adquirir resistência contra infestações de carrapatos R. sanguineus, FERREIRA & BECHARA (1995) realizaram trabalho comparando duas espécies canídeas. Para tanto se utilizaram de cães domésticos e de cães-do-mato Cerdocyon thous (LINNAEUS). As duas espécies canídeas foram submetidas a infestações sucessivas com carrapatos adultos. Também os cães-do-mato foram submetidos a infestações desafios após inoculação de extrato de larvas de carrapatos. Durante as infestações sucessivas não houve diferença significativa entre os parâmetros biológicos dos carrapatos que foram observados. O grupo imunizado de cães-do-mato não apresentou resistência significativa, assim como cães domésticos também não demonstraram ser capazes de adquirir resistência após inoculação de homogenatos de carrapatos (FERREIRA & BECHARA 1995). Contrariando o que se pensava anteriormente de que cães domésticos não seriam capazes de desenvolver resistência às infestações sucessivas por carrapatos R. sanguineus (SZABÓ et al., 1995a), INOKUMA et al. (1997) e LOULY et al. (2009) conseguiram demonstrar resistência em cães da raça Beagle.

17 13 INOKUMA et al. (1997), realizaram duas infestações sucessivas em cães da raça Beagle e conseguiram demonstrar ao término da ultima infestação que o número de fêmeas ingurgitadas em cães da segunda infestação era significativamente menor que em cães primo-infestados. Os parâmetros que foram avaliados para determinar a aquisição de resistência foram peso corporal, tamanho de fêmeas ingurgitadas, períodos de alimentação, períodos préoviposição e peso da massa de ovo. Nenhum dos parâmetros apresentou variação significativa além do número de fêmeas ingurgitadas (INOKUMA et al., 1997). Alguns parâmetros reprodutivos como conversão do peso corporal em ovos e taxa de eclodibilidade, não foram avaliados no trabalho de INOKUMA et al., (1997). Estes parâmetros são importantes na avaliação da aquisição de resistência (WIKEL, 1996), pois ao se alimentarem em hospedeiros resistentes os carrapatos estariam sujeitos a efeitos deletérios tanto em desempenhos alimentar quanto reprodutivo (SZABÓ et al., 1995a; WIKEL, 1996). Posteriormente LOULY et al. (2007) verificaram que cães da raça Cocker Spaniel Inglês apresentavam uma carga parasitaria de R. sanguineus, 1,4 a 11,5 vezes maior que cães mestiços. Na tentativa de esclarecer se há diferença entre a suscetibilidade de duas raças ao parasitismo por R. sanguineus e o efeito da resistência no desenvolvimento desse carrapato, LOULY et al. (2009) infestaram sucessivamente cães da raça Beagle e Cocker Spaniel Inglês. Foram realizadas três infestações com intervalos de 15 dias, depois comparados os resultados entre e dentro das raças. Em geral o desempenho dos carrapatos que infestaram cães da raça Cocker foi melhor que de carrapatos obtidos de Beagle. Nos carrapatos recuperados de Cockers houve maior percentagem de ecdise de larvas e ninfas, maior número de adultos fixados e ingurgitado (machos e fêmeas) e mais alto desempenho reprodutivo das fêmeas (conversão do peso corporal em ovos e maior taxa de eclodibilidade). O período de ingurgitamento, número de ninfas ingurgitadas e peso das fêmeas não diferiram muito entre as raças, mas mais larvas se fixaram e ingurgitaram nos Beagle. Nas duas raças, um efeito das infestações sucessivas no número de larvas e ninfas ingurgitadas foi observado, os quais demonstram desenvolvimento de uma resposta para estes dois estágios.

18 14 Entretanto, a conversão do peso corporal em ovos e a percentagem de ecdise só foram afetadas nos cães da raça mais resistente (Beagle). Baseado no que foi apresentado, pode ser concluído que animais da raça Cocker Spaniel Inglês são mais susceptíveis ao R. sanguineus do que os cães da raça Beagle e que infestações sucessivas afetam o desenvolvimento do carrapato, principalmente nos animais resistentes (LOULY et al., 2009) Indução da Resistência Através de Imunização Alguns dos antígenos que poderiam potencialmente ser reconhecidos em uma relação parasito hospedeiro, normalmente não estão presentes. Estes antígenos são chamados de ocultos e vêm sendo testados com a intenção do desenvolvimento de imunização artificial (SZABÓ, 1991). BECHARA et al. (1994) tentaram induzir resistência a R. sanguineus em cães, hamsters e cobaias, inoculando-os com extrato de carrapatos adultos não alimentados. Foram feitas três doses do homogenato com intervalo de 15 dias, seguido de infestação desafio 15 dias após a última aplicação. As cobaias e hamsters apresentaram uma resistência significativa, sendo maior em cobaias. Cães não demonstraram resistência significativa. Apesar de ser notada a presença da resistência quando os hospedeiros foram inoculados com o extrato de carrapatos adultos, em outro trabalho se obteve melhores níveis de resistência quando os hospedeiros foram submetidos a sucessivas infestações (BECHARA et al., 1994; SZABÓ et al., 1995a). Isso demonstra que os extratos de carrapatos precisam de maior purificação ou que ainda outros tecidos devem ser testados isoladamente (BECHARA et al., 1994). Mas que efetivamente boa parte de peptídeos não identificados na saliva dos carrapatos (ANATRIELLO et al., 2010) podem atuar como antígenos para os hospedeiros, alterando a resposta imune desses durante as infestações desafios (BECHARA et al., 1994). SZABÓ & BECHARA (1995), avaliaram a reação cutânea de hamsters, cobaias e cães infestados e imunizados com extrato total de carrapatos adultos não alimentados. Foram utilizadas três infestações e três imunizações sucessivas com intervalo de um mês e 15 dias respectivamente, 15 dias após a última

19 15 imunização os animais receberam uma infestação desafio. Macroscopicamente as reações cutâneas observadas em cães e em hamsters eram limitadas a hiperemia e espessamentos da pele nos locais onde havia muitos carrapatos. As reações cutâneas observadas em cobaias foram extremamente fortes, como exsudato, inchaço, chegando a desenvolver focos de necrose. Microscopicamente as reações nestes três hospedeiros foram diferentes pelo perfil celular que apresentaram. Em cobaias foi observada infiltração rica em células mononucleares. Enquanto que nos cães notou-se um infiltrado rico em neutrófilos. Ambos infiltrados celulares inflamatórios eram semelhantes em cobaias e cães, tanto após infestações sucessivas como após a infestação desafio, realizada pósimunização com extratos de adultos de carrapatos não alimentados. No entanto, hamsters apresentaram, durante as infestações, infiltrados celulares ricos em neutrófilos, eosinófilos e mastócitos degranulados. Após a infestação desafio, esses animais apresentaram um infiltrado rico em mastócitos com grânulos e aumento de eosinófilos (SZABÓ & BECHARA, 1995). Estes resultados demonstram uma possível capacidade de hamsters em identificar antígenos ocultos no extrato do carrapato e proceder a uma reação imunomediada por células (SZABÓ & BECHARA, 1995). Células mononucleares são difíceis de distinguir em microscopia de luz, e os basófilos pareciam não estar presentes em nenhum dos hospedeiros sob condições experimentais (SZABÓ & BECHARA, 1995). Porém alguns anos depois SZABÓ & BECHARA (1999), utilizando a técnica de identificação estrutural de basófilos conseguiram confirmar a presença desses em cobaias (SZABÓ & BECHARA, 1999). SZABÓ et al. (1995b) com intuito de comparar a reação intradermica de cães e cobaias a extratos de carrapatos, infestaram esses duas vezes com intervalos de 30 dias. Depois inocularam extrato total de carrapatos adultos nas orelhas esquerdas e nas direitas adjuvante (PBS), para verificar reações inespecíficas. Cães demonstraram ser capazes de reconhecer antígenos de carrapatos, pois apresentaram reação cutânea, porém demonstraram uma capacidade de expressar resposta a esses apenas de forma imediata. Cobaias apresentaram uma reação cutânea com duas horas, mas com pico de 24 horas após a inoculação, demonstrando que esses tem uma capacidade de responder

20 16 de forma imediata, mas que sua resposta mais eficiente é a resposta retardada. A resposta de hipersensibilidade retardada vem demonstrando ser a forma eficiente de resistência adquirida ao carrapato (SZABÓ et al., 1995b; WIKEL, 1996). Com o objetivo de investigar se hospedeiros resistentes (cobaias) reconhecem os mesmos antígenos e tecidos-alvo nos parasitos, como hospedeiros suscetíveis (cães domésticos e cães do mato), FERREIRA et al. (1996), avaliaram soros coletados desses hospedeiros antes e após sucessivas infestações, e imunização com homogenatos de carrapatos. Durante a primeira reação dos soros para antígenos foi possível identificar uma proteína de peso 97kDA, reconhecida apenas pelo soro de cobaias (FERREIRA et al., 1996). Essa proteína poderia ser o antígeno responsável por desencadear o processo imune dos hospedeiros resistentes, mas até o momento ela permanece sem identificação (ANATRIELLO et al., 2010; FERREIRA et al., 1996). Os soros das cobaias foram capazes de reconhecer inúmeros tecidos como glândulas salivares, intestino, ovários, túbulos de malpighi entre outros. Além disso, tanto o soro de cobaias quanto o de cães domésticos, apesar de mais fracamente, foram capazes de reagir com o intestino dos carrapatos. Este resultado indica que este é um local com alto potencial para conter antígenos ocultos, podendo ser utilizado como extrato purificado para produção de vacinas (FERREIRA et al., 1996). Os soros dos cães do mato não reagiram, com os tecidos dos carrapatos. Apesar de ser esperada por parte desses uma reação com o intestino, esta reação pode não ter ocorrido, pois durante a imunização foram utilizados extratos de larvas e não de adultos como nos outros hospedeiros. As larvas não têm o tubo digestivo totalmente desenvolvido e isso poderia ter prejudicado a resposta desses hospedeiros ao intestino do carrapato (FERREIRA et al., 1996). HERNANDEZ et al. (1994) realizaram um estudo imunológico em coelhos (New Zeland White Rabbit) infestados com larvas, ninfas e adultos R. sanguineus com o propósito de se determinar a resposta humoral destes contra o carrapato. Os antígenos usados eram provenientes de extratos de ovos, larvas, ninfas, glândulas salivares e intestinos de adultos machos e fêmeas. Nos soros de coelhos que foram obtidos de animais infestados com larvas e ninfas não se obtiveram reações para nenhum dos antígenos. Nos soros de coelhos infestados com adultos, houve reações a todos os antígenos, chegando a se obter um pico

21 17 após oito semanas da imunização. Mostrando assim que estágios imaturos seriam incapazes de induzir uma resposta imune apenas com antígenos salivares por parte de alguns hospedeiros (HERNANDEZ et al., 1994). SZABÓ & BECHARA (1997) imunizaram cães e cobaias com extratos de tecidos de carrapatos e uso de dois diferentes adjuvantes. As cobaias foram imunizadas com extratos de glândulas salivares e outro grupo com intestinos de adultos, ambos com o uso de um adjuvante de saponina (PBS). Já os cães foram imunizados com extratos de intestinos de carrapatos adultos com adjuvante de saponina e outro grupo com extrato de intestino de carrapato adulto e adjuvante de Freund. Esse é um adjuvante conhecido por induzir a resposta celular (SZABÓ & BECHARA, 1997). As cobaias imunizadas com os dois extratos apresentaram resistência a infestações desafios, porém os melhores resultados foram obtidos das cobaias imunizadas com extrato de intestino, onde se obteve principalmente baixo peso de fêmeas ingurgitadas. Os cães apresentaram resistência significante quando imunizados com o uso do adjuvante de Freund, apresentando principalmente redução do peso da massa de ovos (SZABÓ & BECHARA, 1997). JITTAPALAPONG et al. (2000a) observaram que ao imunizar cães com extratos de intestino e extratos de glândulas salivares com uso de adjuvante de Freund, havia uma diminuição de parâmetros biológicos de carrapatos em infestações desafios pós-imunização. O mesmo não foi notado durante sucessivas infestações com carrapatos. Os cães imunizados com extrato de glândula salivar apresentaram carrapatos com maior tempo de ingurgitamento e peso diminuído ao final do ingurgitamento. Já cães imunizados com extrato de intestino apresentaram carrapatos com menor peso de massa de ovos, menor viabilidade de ovos e maior período de pré-oviposição. Em trabalho complementar JITTAPALAPONG et al. (2000b) investigaram as respostas imunológicas do soro de cães imunizados e infestados frente a antígenos de carrapatos. Os principais resultados obtidos foram um pico de anticorpos em soro de cães imunizados com extrato de intestino após a segunda imunização e também níveis crescentes e graduais de anticorpos presentes em soros de cães imunizados com glândulas salivares. Porém, houve decréscimo desses anticorpos após a infestação desafio nos dois casos (JITTAPALAPONG et al., 2000a; JITTAPALAPONG et al., 2000b). Isso segue a linha de pensamento de muitos autores quando dizem que os

22 18 carrapatos principalmente os ixodídeos estão aptos a evadirem vários níveis de defesa de seus hospedeiros, e que seriam capazes inclusive de induzir uma imunossupressão (BECHARA, et al 1994; RIBEIRO, 1995; WIKEL, 1996). SZABÓ & BECHARA (1999) documentaram a reação cutânea e presença de células no local de alimentação de carrapatos, em cães e cobaias após sucessivas infestações (duas infestações com intervalo de 30 dias). Eles verificaram que houve diferença macroscópica e microscópica no sítio da picada, caracterizando animais suscetíveis e resistentes (SZABÓ & BECHARA, 1999; WIKEL, 1996). Macroscopicamente as reações cutâneas observadas em cães eram limitadas a espessamentos da pele nos locais próximos as picadas (SZABÓ & BECHARA, 1999). As reações cutâneas observadas em cobaias foram extremamente fortes, como exsudato, inchaço e até áreas de necrose. Microscopicamente as reações foram diferentes pelo perfil celular que apresentaram, em cobaias foi observada infiltração rica em células mononucleares, basófilos e eosinófilos. Enquanto que nos cães notou-se um infiltrado rico em mastócitos, leucócitos mononucleares e neutrófilos (SZABÓ & BECHARA, 1999). Esses resultados vieram a acrescentar dados ao trabalho de SZABÓ & BECHARA (1995). VERONEZ et al. (2010) realizaram observações em cortes histológicos de carrapatos alimentados em cães e cobaias durante três infestações. Entre os principais achados foram encontrados vacuolização de traqueia, inchaço dos túbulos de Malpighi encontrados em carrapatos de cobaias. Foi verificado também vacuolização de oócitos, aumento nas esférulas de guanina e grânulos leucocitários além de leucócitos inteiros no intestino dos carrapatos, principalmente nos de terceira infestação de cobaias. Particularmente estes achados estão associados aos achados macroscópicos observados nos carrapatos como desidratação, ingurgitamento parcial e incapacidade de fixação. Essas degenerações ainda poderiam ser a causa de diminuição de parâmetros alimentares e de fecundidade como: redução do peso final do carrapato ingurgitado, aumento do período de alimentação (maior tempo para ingurgitamento), redução do número de ovos e/ou da viabilidade dos ovos (diminuição de taxa de eclodibilidade) e por fim aumento do tempo para realizar a muda (VERONEZ et al., 2010; WIKEL, 1996).

23 Resposta Imune à Carrapatos A manifestação do sistema imune ocorre em dois níveis distintos e complementares. Uma chamada de sistema imune inato, que é aquele apresentado no primeiro contato do vertebrado com o carrapato e que está presente tanto em animais resistentes como em suscetíveis. A segunda forma de apresentação, chamada de sistema imune adquirido ou adaptativo, é formada através da resposta do sistema imunológico do hospedeiro após sucessivas infestações. A imunidade adquirida envolve a imunidade humoral e celular, podendo levar a um prejuízo do desenvolvimento dos parâmetros biológicos do carrapato ou até seu desprendimento precoce (BROSSARD & WIKEL, 2004; FRANCISCHETTI et al., 2010; TIZARD, 2002; WIKEL, 1996). As respostas imune inata e adquirida dependem tanto da espécie de carrapato quanto do hospedeiro, envolvidos na relação (BROSSARD & WIKEL, 2004). Particularmente no sítio de picada de ixodídeos é comum encontrar infiltrados de granulócitos principalmente eosinófilos e basófilos (WIKEL, 1996). Porém sabe-se que inúmeros componentes regulatórios e efetores do sistema imune estão presentes na resposta imune, principalmente na imunidade adquirida, como granulócitos, células dendríticas, células de Langerhans (macrófagos), linfócitos T e B, componentes do sistema complemento, anticorpos e citocinas (FRANCISCHETTI et al., 2010; WIKEL, 1996; WIKEL, 1999). Imunidade inata conta com mecanismos celulares e bioativos para efetuar seu papel (TIZARD, 2002). O desafio para o sistema imune começa mesmo antes do contato da saliva do carrapato com o sangue. No momento em que o aparelho bucal é inserido na pele ocorre, o rompimento dessa barreira física (FRANCISCHETTI et al., 2010). A lesão tecidual provocada pelo carrapato libera fatores quimiotáxicos e vasoativos, que culminaram com atração de células inflamatórias para o sítio da lesão e aumento do fluxo sanguíneo e edema, respectivamente (RIBEIRO, 1995; TIZARD, 2002). Durante o repasto sanguíneo do carrapato ocorrerá primeiro infiltração de neutrófilos, seguido por eosinófilos e basófilos. Haverá produção de anticorpos

24 20 IgE e degranulação de mastócitos e basófilos. Isso caracterizara uma reação de hipersensibilidade retardada (TIZARD, 2002; WIKEL, 1996). Os neutrófilos são atraídos para o sítio da picada por quimiotaxinas (TIZARD, 2002, WIKEL, 1996), ou ainda pela quebra de C5a por moléculas da saliva dos carrapatos o que gera peptídeos quimiotáxicos (FRANCISCHETTI et al., 2010; SZABÓ & BECHARA, 1999; SZABÓ et al., 2003; TIZARD, 2002). Os neutrófilos configuram a primeira linha de defesa do sistema imune inato. Os neutrófilos tem um papel significativo na fagocitose, porém capacidade limitada de secretar enzimas com atividades imunitárias (FRANCISCHETTI et al., 2010). Mesmo sendo capazes de desempenhar a função fagocítica eficientemente, não são capazes de mantê-la durante um longo período (TIZARD, 2002). A interação entre o sistema imune adquirido do hospedeiro e os antígenos dos carrapatos, se baseia no reconhecimento e captura desses antígenos por células dendríticas, que funcionam como apresentadoras de antígenos profissionais (TIZARD, 2002). As células Th1 reconhecem os antígenos, induzindo uma resposta imunomediada por células. Isso leva a uma reação de hipersensibilidade tardia. Enquanto as células Th2 reconhecem os antígenos e estimulam a produção de anticorpos específicos principalmente IgE (SZABÓ et al., 2003; TIZARD, 2002; WIKEL, 1996). Frequentemente carrapatos R. sanguineus polarizam uma resposta do tipo Th2 em seus hospedeiros naturais, suscetíveis (FRANCISCHETTI et al., 2010; SZABÓ et al., 1995b). Essa resposta é caracterizada pela produção de anticorpos como IgE e pela ausência de resposta mediada por células. Em trabalho realizado por SZABÓ et al. (2003), foi observado que cães ao serem infestados com carrapatos aumentavam seus níveis séricos de IgE, enquanto a contagem leucocitária desses permanecia praticamente inalterada. Em contrapartida cobaias apresentaram uma intensa basofilia e aumento de IgG (SZABÓ et al., 2003). Com a infiltração dos granulócitos no sítio da alimentação do carrapato e aumento sérico de anticorpos homocitotrópicos (IgE, IgG), ocorrerá degranulação de mastócitos e basófilos e aumento de atividade fagocitária por parte de macrófagos (TIZARD, 2002; WIKEL, 1996). Os anticorpos IgE se ligarão aos receptores FC dos granulócitos, permitindo que estes exocitem seus

25 21 grânulos. Os anticorpos IgG se ligarão aos antígenos formando complexos antigenos-anticorpos, que serão fagocitados por macrófagos e células dendríticas. A degranulação de mastócitos e basófilos libera grânulos com aminas ativas, uma das principais aminas ativas é a histamina (TIZARD, 2002). A histamina está diretamente ligada ao processo de auto limpeza (BROWN, 1988; PENNA, 1990). Altos níveis de histamina no sítio de alimentação do carrapato estão diretamente ligados ao seu desprendimento precoce, pois além de levarem ao processo de auto limpeza causa edema o que pode impedir a alimentação do carrapato (RIBEIRO, 1995). Em oposição a isso, já foi demonstrado que em hospedeiros resistentes, que receberam doses de antihistamínico os carrapatos se ingurgitaram por completo (FRANCISCHETTI et al., 2010; PENNA, 1990). O papel dos basófilos na resistência contra os carrapatos, ainda não é totalmente claro (FRANCISCHETTI et al., 2010; WIKEL, 1996). Porém ele é visto em vários relatos de reações de hipersensisbilidade a esses ectoparasitas (BROWN, 1988; SZABÓ et al., 1995b; SZABÓ & BECHARA, 1999; WIKEL, 1996). Os eosinófilos, que também podem ser encontrados em associação aos infiltrados basofílicos, possuem grânulos que podem prejudicar a integridade interna dos carrapatos (intestinos) o que levaria esses a menor desempenho biológico (TIZARD, 2002; VERONEZ et al., 2010). Cães estão aptos assim como outros hospedeiros a reconhecer antígenos de R. sanguineus (FERREIRA et al., 1996; JITTAPALAPONG et al., 2000a), e até conseguem demonstrar reação imediata quando sensibilizados (SZABÓ et al., 1995b). Porém o grande problema na expressão da resposta imune de cães a R. sanguineus, ainda parece ser o papel de imunossupressão causado pela saliva deste carrapato em seu hospedeiro (BECHARA et al., 1994; JITTAPALAPONG et al., 2000a; RIBEIRO, 1995).

26 22 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O R. sanguineus é o ixodídeo com maior distribuição e que pode parasitar o homem, devido ao grande convívio desse com o hospedeiro natural do carrapato o cão. Este carrapato é vetor de inúmeras doenças e em alguns países é considerado o principal vetor da Rickettisia rickettisii, agente causal da febre maculosa doença com taxa de letalidade que pode atingir 80%. Por isso deve ser considerado não apenas transtorno na medicina veterinária, mas uma problema de sanidade animal e pública. Portanto o controle desse carrapato é de extrema importância. Acaricidas compostos químicos que matam os carrapatos e/ou impedem a ovoposição de fêmeas são largamente utilizados para o seu controle. Porém de solução esses compostos passaram a ser problema, uma vez que o seu uso indiscriminado levou ao aparecimento de cepas resistentes. Já foram encontradas cepas de R. sanguineus resistentes à deltametrina, cipermetrina e coumafós em Goiânia (BORGES et al., 2007). O uso de acaricidas cada vez mais passa a sofrer severas restrições, pois além da resistência, são produtos de alta toxicidade e que deixam resíduos em alimentos como carne e leite. Cães são hospedeiros naturais para R. sanguineus e na maioria dos relatos parecem não ser capazes de adquirirem resistência a este ectoparasita. Porém mostram-se imune competentes, reagindo a inoculações de extratos de carrapato de forma imediata e sendo capazes de identificar antígenos no intestino desses. Esses fatos nos revelam que os cães tem a capacidade de reconhecer antígenos de carrapatos e até de promover reação contra estes, mas que em algum momento essa reação é bloqueada pela ação do carrapato. Isso demonstra que os carrapatos R. sanguineus tem uma grande capacidade em causar imunossupressão nos cães. O conhecimento da interface parasito-hospedeiro-sistema imune é importante no desenvolvimento de novos métodos de controle. Um desses métodos que vêm sendo largamente pesquisados é o desenvolvimento de vacinas anti-carrapatos através de antígenos salivares ou de antígenos de superfície (ocultos). É importante notar que as vacinas apesar de serem alternativas mais seguras ao uso de acaricidas, não apresentaram 100% de eficácia até o momento. Também se faz de importância lembrar que até

27 23 hospedeiros ditos resistentes apresentam certa carga parasitária pós-imunização. Portanto mesmo com o uso de vacinas e sistema eficaz de imunização não seria possível eliminar 100% da carga parasitária de um animal sensível. Cães da raça Beagle conseguem desenvolver uma resistência a esses ectoparasitas com diminuição principalmente dos parâmetros de alimentação desses. Os mecanismos que levam ao desenvolvimento dessa resistência ainda não estão claros. Segundo PICKETT et al. (2010) hospedeiros vertebrados resistentes são hábeis para impedir o ataque de ectoparasitos por sintetizarem e emitirem maior quantidade de substâncias voláteis. Esses compostos voláteis atuariam como repelentes para os ectoparasitas. O desenvolvimento de repelentes comerciais através dessas substâncias voláteis seria uma alternativa eficiente ao uso de acaricidas. Nota-se que esses compostos são extremamente espécie-específicos, além disso, não apresentariam problema de contaminação em alimentos por serem substâncias ubiquitárias.

28 24 REFERÊNCIAS 1. ANATRIELLO, E.; RIBEIRO, J. M. C.; MIRANDA-SANTOS, I. K. F.; BRANDÃO, L. G.; ANDERSON, J. M.; VALENZUELA, J. G.; MARUYAMA, S. R.; SILVA, J. S.; FERREIRA, B. R. An insight into the sialotranscriptome of the brown dog tick, Rhipicephalus sanguineus. BMC Genomics, London, v. 450, n. 11, p. 1-17, BECHARA, G. H.; SZABÓ, M. P. J.; MUKAI, L. S.; Rosa, P. C. S. lrnmunisation of dogs, hamsters and guinea pigs against Rhipicephalus sanguineus using crude unreleased adult tick extracts. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 52 n. 1 p , BARKER, S. C.; MURRELL, A. Systematics and evolution of ticks with a list of valid genus and species names. Parasitology, Cambridge, v. 129, p , BROSSARD, M.; WIKEL, S. K. Tick immunobiology. Parasitology, Cambridge, v. 129, p , BROWN, S.J.; Highlights of contemporary research on host immune responses to ticks. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 28, n.1, p , BORGES, L. M. F.; SOARES, S. F.; FONSECA, I. N.; CHAVES, V. V.; LOULY, C. C. B. Resistência acaricida em larvas de Rhipicephalus sanguineus (Acari:Ixodidae) de Goiânia-GO, Brasil. Revista de Patologia Tropical, Goiânia, v. 36, n. 1, p , COUTINHO, M. T. Z.; BUENO, L. L.; STERZIK, A.; FUJIWARA, R. T.; BOTELHO, J. R.; MARIA, M.; GENARO, O.; LINARDI, P. M. Participation of Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in the epidemiology of canine visceral leishmaniasis. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 128, p , DANTAS-TORRES, F.; FIGUEREDO, L. A.; BRANDÃO-FILHO, S. P. Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae), the brown dog tick, parasitizing humans in Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Rio de Janeiro, v. 39, n. 1, p , DANTAS-TORRES, F. The brown dog tick, Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae): From taxonomy to control. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v.152, p , 2008a. 10. DANTAS-TORRES, F. Canine vector-borne diseases in Brazil. Parasites & Vectors, Keele University, v. 1, n. 1, p , 2008b. 11. DANTAS-TORRES, F. Biology and ecology of the brown dog tick, Rhipicephalus sanguineus. Parasites & Vectors, Keele University, v. 3, n. 1, p , EREMEEVA, M. E.; ZAMBRANO, M. L.; ANAYA, L.; BEATI, L.; KARPATHY, S. E.; SANTOS-SILVA, M. M.; SALCEDA, B.; MACBETH, D.; OLGUIN, H.;

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