O SUCESSO NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE BIODIESEL

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1 XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. O SUCESSO NA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE BIODIESEL Sérgio Escorsim (UEPG) escorsim@uol.com.br Alexandre Milkiewicz Sanches (UTFPR) riversonic@ymail.com Oswaldo Gomes Junior (UEPG) jmgomes20@yahoo.com.br O objetivo deste artigo é verificar a contribuição do uso de biodiesel frente ao crescente problema do aquecimento global. Estudos científicos apontam as alterações que a natureza tem passado nas últimas décadas e os impactos que essas alteerações causaram no meio ambiente, como o aumento de CO2 na atmosfera. Tem-se estudado meios de contornar o problema a fim de que as futuras gerações não sofram ainda mais com o problema do aquecimento do planeta. Um deles é a produção de biocombustíveis, que são renováveis e não agridem o meio ambiente. Neste artigo, o enfoque é dado à utilização de biodiesel em veículos de transporte de cargas e passageiros. Através de uma revisão bibliográfica com a contextualização do biodiesel e seus benefícios, também são apresentados dois estudos de caso referentes à utilização de 20% de biodiesel (B20) junto ao diesel comum em duas empresas de transporte de cargas e o sistema de transporte em Curitiba, através do projeto Linha Verde. Os resultados obtidos nas transportadoras foram satisfatórios, encontrando-se de acordo com as expectativas da empresa, entre eles, a redução da poluição, e principalmente a preservação do meio ambiente. O projeto Linha Verde é um estudo sobre as possibilidades de utilização do B100 no transporte coletivo por ônibus. Palavras-chaves: Biodiesel, transportes, emissão de poluentes

2 1. Introdução O aumento da temperatura do globo terrestre tem preocupado a comunidade científica cada vez mais em função do degelo das calotas polares e das grandes alterações topográficas e ecológicas. O dióxido de carbono (CO 2 ) que regula a temperatura no planeta tem registrado em média um aumento de 0,4 % ao ano devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos industriais, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao efeito estufa. A destruição das florestas tropicais tem reduzido a capacidade de fotossíntese e aumentado ainda mais o acúmulo de CO 2. O aquecimento da Terra em mais dois graus centígrados nos próximos 100 anos e um grande impacto no nível dos mares trarão conseqüências imprevisíveis aos habitantes das áreas costeiras mais baixas. Há necessidade urgente não só de conscientização dos governos e dos povos, mas de medidas urgentes para salvar o planeta. Segundo Santos (2006, p. 12), parte importante da responsabilidade por essa situação é o transporte rodoviário que contribui com 20% das emissões de CO 2, a indústria por mais 22%, as residências por 23% e a geração de energia térmica por 28%. O objetivo deste artigo é demonstrar que, na questão do transporte rodoviário, existem no Brasil soluções alternativas como formas de amenizar os impactos do aquecimento global. Apresentam-se os casos de duas transportadoras de cargas e o projeto de uma linha de ônibus que utilizará percentuais monitorados de biodiesel. A metodologia de pesquisa adotada para este artigo é a revisão de literatura sobre os temas biocombustíveis, com ênfase na abordagem da utilização de biodiesel, poluição atmosférica e seus efeitos para o planeta. A utilização dos estudos de caso e informações de duas empresas de transporte rodoviário de cargas e o projeto da Linha Verde, em Curitiba, ilustram as perspectivas referentes ao uso de biodiesel em parte da frota de cada uma delas. 2. O aquecimento do planeta Terra e a utilização do biodiesel como uma alternativa tecnicamente viável O efeito estufa deixa o planeta mais quente devido ao aumento de dióxido de carbono na atmosfera (para cada 3,8 litros de gasolina que um automóvel queima são liberados 10 kg de CO 2 na atmosfera). A queima de derivados de petróleo contribui para o aquecimento do clima global por elevar os níveis de CO 2 na atmosfera (PORTAL DO BIODIESEL, 2009). A utilização de combustíveis alternativos e renováveis aparecem como formas imediatas para amenizar os impactos do aquecimento global que hoje tanto preocupa todos os habitantes do planeta. No caso do biodiesel, ele surgiu mundialmente como uma alternativa promissora aos combustíveis minerais. Em definição, biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos tais como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais, existindo dezenas de espécies vegetais no Brasil que podem ser utilizadas, tais como mamona (Figura 1), dendê, girassol (Figura 2), babaçu, amendoim, pinhão manso e soja, dentre outras (BIODIESEL, 2009). 2

3 Figura 1 Folha e grãos de mamona Figura 2 Sementes de girassol Fonte: Petrobras (2009) Fonte: Duarte (2006) O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, etc.) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc.). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções. A mistura de 2% de Biodiesel ao diesel de petróleo é chamada de B2 e assim sucessivamente, até o Biodiesel puro, denominado B100 (BIODIESEL, 2009). Certo de que ainda é uma matriz energética nova, o Biodiesel tem muito a crescer no mercado nacional e internacional. Suas vantagens são apresentadas de acordo com Biodiesel (2009): É energia renovável e biodegradável. E o território brasileiro é favorecido com terras cultiváveis produtoras de diversas oleaginosas, mesmo em solos menos produtivos, com baixo custo de produção; O biodiesel é um eficiente lubrificante, capaz de aumentar a vida útil do motor; Os benefícios ambientais do uso do biodiesel colaboram para a diminuição da poluição e do efeito estufa, isso impacta na qualidade de vida das pessoas; Favorece a geração de empregos e renda no campo, sendo que o país possui solos de alta qualidade permitindo uma agricultura auto-sustentável do plantio direto, assim como a redução de custos na propriedade; Na queima do biodiesel tem-se a combustão completa; É uma fonte de energia renovável; Perspectiva de exportação de biodiesel como aditivo de baixo conteúdo de enxofre, especialmente para a União Européia onde o teor de enxofre está sendo reduzido paulatinamente de 2000 ppm em 1996, para 350 ppm em 2002, e 50 ppm em 2005; Melhora o número de cetano (melhoria no desempenho da ignição) e lubricidade (redução de desgaste, especialmente do sistema de ignição) e amplia a vida útil do catalisador do sistema de escapamento de automóveis. Da mesma forma, ainda existem algumas desvantagens sobre a utilização do biodiesel que precisam ser superadas, conforme Biodiesel (2009): O biodiesel é uma alternativa tecnicamente viável para o diesel mineral, mas seu custo hoje, de 1,5 a 3 vezes maior, o torna não competitivo, se condições externas positivas, como meio ambiente local, clima global, geração e manutenção de emprego, balanço de pagamentos não forem consideradas. Esses custos já consideram todos os créditos por subprodutos (uso da torta residual; glicerina). Não são previstas possibilidades de reduções 3

4 significativas no custo de produção, para os óleos vegetais usados na Europa para biodiesel. Trata-se de processos agrícolas e industriais muito conhecidos, maduros e eficientes. O custo de referência, de diesel mineral, sem impostos, utilizado nesta análise é de US$ 0.22/ litro; Os grandes volumes de glicerina previstos (subproduto) só poderão ter mercado a preços muito inferiores aos atuais; todo o mercado de óleoquímicos poderá ser afetado. Não há uma visão clara sobre os possíveis impactos potenciais desta oferta de glicerina; No Brasil e na Ásia, lavouras de soja e dendê, cujos óleos são fontes potencialmente importantes de biodiesel, estão invadindo florestas tropicais, importantes bolsões de biodiversidade. Embora, aqui no Brasil, essas lavouras não tenham o objetivo de serem usadas para biodiesel, essa preocupação deve ser considerada. Portanto, as matérias-primas e os processos que envolvem a produção de biodiesel devem ser considerados conforme a região. Isso, porque há diversidades sociais, econômicas e ambientais que motivarão de maneira diferente sua produção e consumo (MACHADO et al., 2006). O Brasil é um país com potencial para desenvolver a tecnologia do biodiesel de tal forma a gerar riquezas, emprego e preservar o meio ambiente. 3. O impacto do transporte rodoviário nas emissões de CO 2 O Brasil possui uma frota de caminhões numerosa, conforme dados da Tabela 1, e com isso, há uma elevada emissão de CO 2 na atmosfera. Segundo a ANTT (2009), a média de idade da frota brasileira de caminhões é de 15 anos. Tipo do transportador Registros emitidos Veículos Veículo/Transportador Autônomo ,3 Empresa ,1 Cooperativa ,4 Totais ,9 Fonte: Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT (2007) Tabela 1 - Transportadores e Frota de Veículos Com vistas a reduzir a emissão desse e de outros poluentes, foi criada a lei nº , de 13 de janeiro de A lei introduz o biodiesel na matriz energética brasileira, sendo fixado em 2% (dois por cento), em volume, o percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final, em qualquer parte do território nacional. Após o terceiro ano da publicação da lei se torna obrigatória a adição de 5% (cinco por cento), em volume de biodiesel nos veículos (BRASIL, 2005). O aumento ou redução dos prazos estabelecidos na lei levarão em conta situações como a disponibilidade de oferta de matéria-prima e a capacidade industrial para produção de biodiesel e o desempenho dos motores com a utilização do biocombustível. Em um estudo de Kozerski e Hess (2006, p. 116) os resultados que eles obtiveram em testes realizados com ônibus e microônibus na cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, evidenciaram os seguintes pontos quanto à utilização de biodiesel nos veículos em relação ao diesel comum. Primeiramente, os testes foram feitos com diesel comum, biodiesel B20 e biodiesel B100 para um mesmo motor. O melhor resultado foi observado com a utilização do combustível 4

5 biodiesel B100, ou seja, que utilizava 100% de biodiesel. Enquanto que o veículo que apresentou a menor emissão de poluentes utilizou diesel conforme a norma EURO 2 com filtro de partículas. Dessa forma, nota-se que a utilização de biocombustível aliada à utilização de filtro de partículas tende a ser a combinação mais adequada ao combate à emissão de poluentes e à produção de combustíveis mais ecológicos e que não agridam a natureza. Isso pode ser comprovado conforme pesquisa realizada por Keskin et. al (2007, p. 1142), onde ficou comprovado que a utilização de biodiesel reduziu a emissão de CO 2, chegando em alguns casos a 64%. A redução ocorreu principalmente no momento em que o valor da rotação por minuto (rpm) dos veículos era maior. 4. Biodiesel: O futuro presente na potencialidade brasileira A utilização do biodiesel já é uma realidade em vários lugares do mundo, no Brasil começa a ganhar dimensões comerciais. O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel criado em 2004, prevê que até 2013 o Brasil deve gerar uma demanda anual superior a 2 bilhões de litros de Biodiesel. Para fazer frente a essa necessidade será preciso dobrar a capacidade atual de produção deste combustível até De acordo com a Associação dos Produtores de Biodiesel, os aportes em novas usinas passaram de 100 milhões de reis em 2005 para 600 milhões em Em 2007, o setor deve fechar o ano com 1,2 bilhão de reais investidos. Desta forma será possível reduzir a despesa com a importação de óleo diesel, o que proporcionaria uma economia de divisas da ordem de 9.4 bilhões de reais por ano (ABIODIESEL, 2009). A tabela 2 mostra a evolução das vendas de Biodiesel B2 no país nos últimos anos: Ano Dados Variação do acumulado no ano 2007/2006 (%) 1 Janeiro ,16 Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total do Ano Fonte: Adaptado de Agência Nacional do Petróleo - ANP (2007) Tabela 2 Vendas, pelas distribuidoras 2, de Biodiesel B2 no Brasil no período de (m 3 ) 1 Variação percentual do somatório dos valores desde o mês de janeiro até um determinado mês de 2007, em relação ao mesmo período de

6 Fica evidente a evolução do consumo e da quantidade de biodiesel B2 ofertada a partir de Isso mostra o grande potencial brasileiro, tanto em produção quanto em consumo desse tipo de combustível. Os preços do petróleo e os cuidados com o meio ambiente permearão as decisões e os investimentos para garantir o futuro da mobilidade. Existe uma divisão, quase cisão técnica, dos maiores pólos produtores mundiais, apresentada na Figura 3. Figura 3 Valor do petróleo Fonte: Stefano et al. (2008) 5. O caso das transportadoras de cargas Costa Teixeira e Buturi As transportadoras estudadas ambas com sede na cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná - são parceiras de uma empresa fabricante de embalagens com plantas localizadas em São Paulo e Paraná. Como a utilização de biodiesel ainda se encontra em fase experimental em muitos lugares no Brasil, é natural que a escala de uso não seja grande, até pela falta de estrutura para atender a toda demanda nacional. A Costa Teixeira Transportadora Ltda possui uma frota própria de 184 veículos sendo 138 conjuntos cavalo-carreta e 46 carretas truck (vagão de carga, que possui mais um eixo ). Além disso, conta com mais 44 veículos agregados e mais de 100 veículos de terceiros, totalizando uma frota de cerca de 328 veículos. Já a Buturi Transportadora Rodoviária Ltda conta com uma frota de 225 veículos médios e pesados, devidamente padronizados que contam com um sistema de rastreamento via satélite 24 horas, com média de cinco anos de uso, composta por graneleiros, sides e bitrens. O projeto do Biodiesel teve início em março de 2006 para uso do B20 em suas frotas de 2 Os dados de vendas são informados pelas distribuidoras através da Declaração de Controle de Produtos DCP. 6

7 caminhões aplicados à logística de distribuição. O B20 tem como composição 20% de óleo de Girassol e 80% de óleo diesel, este projeto esta sendo coordenado pelas áreas de Meio Ambiente e Supply Chain (cadeia de fornecedores) da empresa de embalagens. A opção das empresas foi inicialmente utilizar o B20 em 10% de suas frotas, para poder avaliar a viabilidade do combustível. São realizados testes periódicos de acompanhamento por uma empresa fabricante de motores, com objetivo de obter um diagnóstico assertivo e detalhado do desempenho destes motores. Com sete meses de operação já foi aberto um dos motores e feita uma análise criteriosa para se avaliar o nível de deterioração, O teste do motor realizado em bancada consistiu basicamente de: amaciamento do motor após retrabalho (20 horas), teste comparativo do B20 e B100, avaliação de torque, potência, consumo específico e emissões (material particulado NOX e CO). O combustível não causou nenhum impacto que pudesse inviabilizar a continuidade do projeto. Por questão logística de abastecimento do combustível as empresas utilizam dois pontos para reabastecimentos dos veículos em teste, que estão localizados nos estados do Paraná e São Paulo. Com um contrato de parceira, os tanques onde ficam armazenados o B20 estão instalados no pátio dos transportadores, e a programação das rotas para viagens destes caminhões ficou sob a responsabilidade dos profissionais das transportadoras juntamente com a área de Supply Chain da empresa de embalagens. A empresa de embalagens faz a gestão de rotas para que os veículos em teste percorram uma distância máxima de km entre ida e volta, devido à localização geográfica dos tanques. Desta forma, assegura-se que os veículos sejam abastecidos somente com combustível B20, isto facilita que os envolvidos possam acompanhar e monitorar desempenho deste combústivel com acuracidade. 6. O projeto Linha Verde de Curitiba A Linha Verde é o sexto eixo de transporte da cidade de Curitiba. Os outros cinco eixos existentes são os chamados: o Norte-sul, o Leste-Oeste, o Boqueirão e o Circular Sul. O conceito utilizado para a Linha Verde parte de alguns princípios: - primeiro, a integração urbana: a BR separava os ambientes (leste e centro) em função de sua característica rodoviária. A criação de uma série de binários, transversais à Linha Verde, vem para melhorar essa ligação leste-oeste. - desafogar os eixos norte-sul: os eixos norte-sul, principalmente o eixo sul é o mais carregado do transporte coletivo da cidade. Nele, são cerca de 300 mil passageiros/dia útil. Considerando-se o eixo norte-sul são 420 mil passageiros, em dias úteis. Assim, como inovação no sistema de transporte e fazendo jus ao nome, a Linha Verde está voltada para as tecnologias envolvendo o biodiesel, podendo trabalhar com o ônibus híbrido, que também é uma realidade mais próxima dos países da América do Sul. As questões econômico-financeiras poderiam ser evoluídas para a utilização de motores híbridos, que também reduzem as emissões além da redução no consumo. Além do biodiesel existem outras soluções para substituir o diesel. Sabe-se da existência da tecnologia de híbridos, mas ainda são veículos caros. Com isso, dois terços da frota está preparada dentro das exigências legais necessárias para ter autorização da própria ANP (Agência Nacional do Petróleo) para trafegar. Ainda é preciso instalar um kit de abastecimento em cada empresa para tornar o local de abastecimento diferenciado. Esse fato acaba por atrasar o projeto, mas a idéia é trabalhar com o óleo de 7

8 fritura por questões econômico-financeiras, resolvendo os dois passivos ambientais: o destino e o manejo do óleo e ao mesmo tempo também, a redução nas emissões com a queima deste óleo no transporte coletivo. Posteriormente, acompanhando os testes e os resultados possa ser implementado nos novos veículos. Mas o marco inicial seriam os ônibus da Linha Verde. Com essas dificuldades ainda do projeto, da logística de coleta que a prefeitura tem trabalhado e ao atendimento dos parâmetros europeus da qualidade do biodiesel. Há o aval de duas montadoras para a utilização do biocombustível. Isso dá um respaldo importante para que a prefeitura possa ter a utilização do biodiesel no período de um ano. Até não ter resultados em nível de transporte coletivo com o uso do B100, que uma das preocupações, quando se trabalha com B100 é o NOX (Número de Oxidação) que também é um limite estabelecido pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e podendo poluir mais do que a legislação nacional permite. Desse modo, é necessário ter avaliação e acompanhar os resultados para futura ampliação em outras linhas, outros ônibus. Mas sempre pensando em ônibus novo. A prefeitura não trabalhará com ônibus usado. Porque a partir do momento em que a se compra um ônibus e solicita às empresas urbanas para realizarem essa aquisição, pode-se especificar que este ônibus irá trabalhar com B100. A montadora não vai tirar as garantias, que poderiam prejudicar os empresários do transporte coletivo. Assim, será permitida a expansão, mas somente em ônibus novo onde as montadoras mantenham as garantias de seus motores para o uso de B100 ou em outros níveis, que possa ser feita essa avaliação em nível de consumo e de emissões para ter um equilíbrio e ver qual o melhor percentual a ser utilizado na frota do transporte coletivo. Se não for possível viabilizar com óleo de fritura ou se a usina ainda não estiver implementada, existe uma nova alternativa, um plano B. É um plano que a distribuidora de combustíveis Ipiranga já disponibilizou e atende a uma das empresas para que ela possa fornecer o B50. Esse foi o comprometimento que eles tiveram com a URBS (Urbanização de Curitiba S.A.) e seria trabalhado nessa frota com B50. Agora, o B50 seguiria uma especificação nacional, uma especificação ANP. É uma consulta que será feita com as duas montadoras para ver se elas aceitarão ou não. Existe esse plano B, porventura, se a prefeitura não conseguir o óleo de fritura em tempo hábil. A possibilidade vem a ser trabalhar com B50, se isso não for possível, trabalhar-se-á com B3, porque o ônibus é flexível, trabalha de B3 até B100. Levantou-se a dúvida sobre a falta de biodiesel para os ônibus e o que afetaria no sistema. Se não tiver o biodiesel, o ônibus não vai ficar parado. Ele pode circular com o próprio diesel hoje, que está sendo fornecido pelas distribuidoras. Segundo a URBS, o plano B acontecerá se a prefeitura não conseguir viabilizar a inauguração da Linha Verde com B100, que será trabalhar com B50. Ainda existem indefinições do projeto que não dependem mais do município, mas de empresas privadas às quais estariam fornecendo o biodiesel para a Linha Verde. O consumo seria de aproximadamente dois mil litros de biodiesel/mês. Isso corresponde a mais ou menos a quase três mil litros/dia de óleo de fritura, por causa da perda, do processo de esterificação. Então, se torna necessário o recolhimento de aproximadamente três mil litros/dia de óleo de fritura para transformar em dois mil litros de B100. A coleta do óleo de fritura pode ser feita hoje em restaurantes, estabelecimentos comerciais e em grandes condomínios. Há uma empresa que realiza essa coleta em Curitiba, e ela tem um destino para esse óleo de fritura. Há a possibilidade de ingresso de uma nova empresa, uma 8

9 concorrente que estaria fornecendo os dois mil litros para Curitiba por questões de divulgação da usina dela e por Curitiba ser uma referência em níveis nacional e internacional. Mas o grande problema é a logística, pois é preciso um caminhão de coleta. As bombas à disposição dos estabelecimentos comerciais e também dos condomínios para fechar esse cerco para que possa utilizar esse óleo nos ônibus da Linha Verde. A planta que está sendo feita tem capacidade para produção de 30 mil litros/dia. No início, ela ficará ociosa. Posteriormente, existe a possibilidade de utilização em outros veículos, outros motores novos que sejam incorporados à frota. A primeira fase de implantação do projeto Linha Verde tem previsão de inauguração para o ano de Informação sobre o uso do Biodiesel na Volvo O uso de biodiesel para veículos produzidos na VdB, equipados com motores de 9, 11, 12 e 13 litros, ou seja: chassis de ônibus modelos B9R, B9S, B12M e B12R e caminhões da linha F, está autorizado até a proporção de biodiesel 30% (B30), desde que a especificação do biodiesel atenda à especificação brasileira (resolução ANP 07/08, da Agência Nacional do Petróleo) e a mistura atenda à especificação do diesel comercial (resolução ANP 15/06) e seja fornecida por distribuidor de combustível de comprovada qualidade. Além disso, a mistura deve ser fornecida por distribuidor de combustível de comprovada qualidade e os intervalos de manutenção devem ser reduzidos a dois terços do normal. No entanto, para veículos equipados com motores com sistema de injeção do tipo common rail, chassis de ônibus B7R e caminhões da linha VM, o uso do biodiesel está autorizado numa proporção de até 5% (B5), desde que a especificação do biodiesel atenda a especificação brasileira (resolução ANP 07/08) e a mistura atenda à especificação do diesel comercial (resolução ANP 15/06) e seja fornecida por distribuidor de combustível de comprovada qualidade. Não há necessidade de alteração dos intervalos de manutenção originais. A legislação brasileira estabelece que o uso de biodiesel em percentuais maiores que 3%, configura teste e deve ser aprovado pela ANP. 8. Considerações Finais Pelo fato do biodiesel B20 ainda não ser produzido em larga escala, o seu custo é, aproximadamente, 20% mais alto se comparado com o diesel comum comprado nos distribuidores. Do ponto de vista ambiental, o B20 é visto como uma solução para diminuição da poluição e queima de gases que hoje agridem o planeta Terra. O uso do biodiesel tem superado as expectativas iniciais, pois o B20 vai totalmente de encontro com a política ambiental da empresa que objetiva à busca do desenvolvimento sustentável para as gerações futuras. Hoje, a preocupação com o aquecimento global o biodiesel também aparece como uma solução para amenizar este impacto ambiental, com relação à utilização do B20 em 10% da frota das transportadoras citadas neste artigo. Isto tem representado aos transportadores uma economia de 6 a 8% ao mês no consumo de combustível B20. Também esta sendo realizado acompanhamento junto aos motoristas dos veículos abastecidos com B20, e os mesmos não relataram nenhuma mudança com relação ao torque, potência, desempenho dos caminhões. 9

10 Nota-se uma preocupação da empresa e de seus parceiros transportadores quanto aos impactos ambientais e a continuidade da utilização de diesel para o abastecimento de frotas. Como o projeto é muito recente e ainda em fase de avaliação e análise, não existe ainda um planejamento estratégico sobre os futuros passos a serem realizados. Esses pontos deverão tratar da estrutura para que os caminhões possam percorrer maiores distâncias e encontrarem pontos de abastecimento com o biodiesel, aumento do percentual de utilização do B20 para a frota de caminhões. Quanto à cidade de Curitiba, ocorrerá ainda no ano de 2009 a inauguração da Linha Verde, cujo projeto arrojado de utilização de biodiesel pode ser um marco na evolução de novas tecnologias envolvendo combustíveis. Isso, caso traga bons resultados, poderá ser expandido para o sistema de transporte coletivo de outras cidades. É uma iniciativa a fim de absorver o impacto causado pelos ônibus, principal meio de transporte utilizado no Brasil. É um trabalho de médio e longo prazo a transição do diesel comum para o biodiesel que depende de todos para ter sucesso no futuro. Referências ABIODIESEL. Associação Brasileira das Indústrias de Biodiesel. Disponível em: < Acesso em: 02 mar ANP - Agência Nacional do Petróleo. Vendas, pelas distribuidoras, dos derivados combustíveis de petróleo por Unidade da Federação e produto Disponível em: < Acesso em: 18 dez ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres. Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas. Disponível em: < Acesso em: 30 fev BIODIESEL. O Biodiesel. Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Disponível em: < Acesso em: 03 fev BRASIL. Lei nº , de 13 de janeiro de Dispõe sobre a introdução do Biodiesel na matriz energética brasileira. Brasília, 13 jan Disponível em: < Acesso em: 01 abr DUARTE, A. Crescimento é o core business da GGC. SOLUÇÕES BR. Rio de Janeiro, v. 5, n. 26, p. 7, set./out KESKIN, A.; GÜRÜ, M. ALTIPRMAK, D. Biodiesel production from tall oil with synthesized Mn and Ni based additives: effects of the additives on fuel consumption and emissions. Fuel, n. 86, p , KOZERSKI, G. R.; HESS, S. C. Estimation of the atmospheric pollutants emitted in Campo Grande/MS, by buses and minibuses which employ diesel, biodiesel or natural gas as fuels. Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p , Disponível em: < Acesso em: 30 dez MACHADO, G.E.R.; LOPES, J.S.; OLIVEIRA, L.; SILVA, R.M. A perspectiva do biodiesel a partir do cultivo da mamona no Brasil. In: ENEGEP, 26, 2006, Fortaleza. Anais do ENEGEP Fortaleza: ABEPRO, 2006, p CD-ROM. PETROBRAS. Espaço conhecer. Disponível em: < Acesso em: 06 mar PORTAL DO BIODIESEL. Por que usar o Biodiesel? Disponível em: < Acesso em: 04 fev SANTOS, V. O peso da tecnologia. Frota & Cia. São Paulo, n.101, p Nov./Dez, STEFANO, F.; LIMA, S.; TEIXEIRA JUNIOR, S. O país da energia. Exame, São Paulo, v. 42, n. 8, p

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