Custos da Produção Parte 2

Transcrição

1 Custos da Produção Parte 2 4. Curvas de custos Longo vs Curto Prazo. 5. Produção com Dois Produtos Economias de Escopo. 6. Mudanças Dinâmicas nos Custos A Curva de Aprendizagem. 7. Estimativa e Previsão de Custos.

2 4. Curvas de custos Longo vs Curto Prazo No curto prazo, o caminho de expansão é caracterizado pela inflexibilidade de insumos.

3 5. Produção com Dois Produtos Economias de Escopo Verificam-se economias de escopo quando a produção conjunta de dois produtos por parte de uma única empresa é maior do que a produção que seria obtida por duas empresas diferentes, cada uma produzindo um único produto. Exemplos: Granja de galinhas: aves e ovos. Indústria automobilística: automóveis e caminhões. Universidade: ensino e pesquisa.

4 5. Produção com Dois Produtos Economias de Escopo As empresas devem escolher quanto produzir de cada produto. As possíveis combinações das quantidades produzidas de cada produto podem ser ilustradas através de curvas de transformação de produto.

5 5. Produção com Dois Produtos Alguns tópicos a destacar: Economias de Escopo As curvas de transformação de produto são negativamente inclinadas. No exemplo anterior, estamos supondo rendimentos constantes de escala. Tendo em vista que a curva de transformação de produto é côncava, podemos dizer que a produção conjunta é desejável?

6 5. Produção com Dois Produtos Economias de Escopo Alguns tópicos a destacar: Quando empresa separadas são capazes de produzir mais produtos do que empresas que produzem mais de um único produtos, temos um cenário de deseconomia de escopo. Não há relação direta entre economias de escopo e economias de escala. 1. Podemos ter deseconomias de escala e economias de escopo. Ou seja, aumentando a quantidade produzida os custos unitários sobem, mas caso a empresa optar por produzir mais um produto, com a mesma estrutura (insumos), o rendimento produtivo da mesma aumenta (quantidade). 2. Podemos ter também, economias de escala e deseconomias de escopo. Ou seja, aumentando a quantidade produzida os custos unitários caem, mas caso a empresa optar por produzir mais um produto, com a mesma estrutura (insumos), o rendimento produtivo da mesma diminui (quantidade).

7 5.1 Grau das Economias de Escopo (GES) Trata-se da porcentagem de economia nos custos quando dois ou mais produtos são produzidos em conjunto em vez de serem gerados individualmente. Onde: GES = C q 1 + C q 2 C(q 1, q 2 ) C(q 1, q 2 ) C(q 1 ) representa o custo de produção do produto q 1. C(q 2 ) representa o custo de produção do produto q 2. C(q 1, q 2 ) representa o custo de produção dos dois produtos em conjunto. Interpretação: Se GEE > 0, Economias de escopo. Se GEE < 0, Deseconomias de escopo.

8 6. Mudanças Dinâmicas nos Custos A Curva de Aprendizagem A curva de aprendizagem mede o efeito da experiência dos trabalhadores nos custos de produção. Essa curva descreve a relação entre a produção acumulada da empresa e a quantidade de insumos necessária à produção de uma unidade do produto. A empresa aprende, ao longo do tempo à medida que a produção acumulada aumenta.

9 6. Mudanças Dinâmicas nos Custos A Curva de Aprendizagem A curva de aprendizagem da figura está baseada na seguinte relação: L = A + BN β Onde: N = unidades acumuladas de produto; L = Insumo trabalho por unidade de produto; A, B e são constantes; A e B são positivas e está entre 0 e 1.

10 6. Mudanças Dinâmicas nos Custos A Curva de Aprendizagem Se N =1: L é igual a A + B, que mede a quantidade de trabalho necessário para produzir a primeira unidade de produto. Se = 0: A quantidade de trabalho permanece constante à medida que aumenta o nível de produção acumulado, de modo que não há aprendizado. Se > 0 e N aumenta: L se aproxima de A, que representa a quantidade mínima de trabalho por unidade de produção, depois que toda a aprendizagem tenha ocorrido. Quanto maior o valor de : Mais significativo será o efeito da aprendizagem.

11 6.1 Economias de Escala vs Aprendizagem Uma empresa que começa a produção de um novo produto e fabrica um volume muito grande do mesmo tem o efeito maior da economia de escala ou aprendizagem?

12 6.1 Economias de Escala vs Aprendizagem Observações: No caso de empresas novas, é provável que a curva de aprendizagem seja mais relevante que as economias de escala. Os ganhos da aprendizagem são relativamente pequenos para empresas mais antigas. Aplicação de Curvas de Aprendizagem: Análise da rentabilidade da entrada em determinada indústria. Previsão do momento em que o fluxo de caixa se tornará positivo, com base no tamanho da planta produtiva e na produção acumulada.

13 7. Estimativa e Previsão de Custos Estimativas de custos futuros podem ser obtidas a partir de uma função de custo, que relaciona o custo de produção ao nível de produção e a outras variáveis sob controle da empresa. Suponha que estejamos interessados em calcular a curva de custo total na produção de automóveis.

14 7. Estimativa e Previsão de Custos Uma possível função de custo linear (que não apresenta o formato em U) é: CV = βq A função de custo linear só é aplicável quando o custo marginal é constante. O custo marginal é representado por.

15 7. Estimativa e Previsão de Custos Se desejamos que a curva de custo médio tenha formato de U e que o custo marginal não seja constante, podemos usar a função de custo quadrática: CV = βq + γq 2 Neste caso o custo marginal aumenta com a produção se γ for positivo e diminui se γ for negativo. Se a curva do custo marginal não for linear, podemos usar uma função de custo cúbica: CV = βq + γq 2 + δq 3

16 Referências principais Pindyck, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L.; Microeconomia. 711p. 7ed. São Paulo : Pearson, Capítulo 7: Custos de Produção.