AUTUAÇÃO BASEADA EM LEVANTAMENTO
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- Bianca Frade Palma
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1 AUTUAÇÃO BASEADA EM LEVANTAMENTO FISCAL: A QUESTÃO DA PROVA Fabiana Del Padre Tomé Doutora e Professora da PUC/SP e do IBET
2 Fundamento normativo: Art. 509 do RICMS/SP: O movimento real tributável realizado pelo estabelecimento em determinado período poderá ser apurado por meio de levantamento fiscal, em que poderão ser considerados, isolados ou conjuntamente, os valores das mercadorias entradas, das mercadorias saídas, dos estoques inicial e final, dos serviços recebidos e dos prestados, das despesas, dos outros encargos e do lucro do estabelecimento, bem como de outros elementos informativos.
3 Regra-matriz de incidência do ICMS H ICMS Realizar operações relativas à circulação de mercadorias (cm), em determinado tempo e espaço. C Obrigação de o comerciante (Sp) pagar valor a título de ICMS (bc.al) ao Estado (Sa)
4 Presunção não dispensa a prova; apenas desloca o fato a ser provado Ex: (Dif. em levantamento F1 é o fato presuntivo (F1 F2) Circulação de mercadoria) F2 é o fato presumido (aquele fato alegado), que desencadeia a obrigação tributária O fato presuntivo precisa ser demonstrado. [F1. (E1. E2. E3.... En)] F2 F2 S Rj S
5 1. Presunção do movimento real tributável Não basta nem exige movimentação física Hipótese de incidência do ICMS: realizar operação jurídica de circulação de mercadoria Presunção não altera a hipótese de incidência
6 2. Apuração por levantamento fiscal Exaustivo ou por amostragem? A complexidade dos acontecimentos deve ser considerada em sua COMPLETUDE. Dados isolados ou em conjunto: é uma OPÇÃO da autoridade administrativa? NÃO!!! Precisam ser considerados todos os elementos que influam na determinação do Fjt.
7 O Fisco vem de acusar a falta de pagamento de imposto, porque apurada mediante a elaboração de levantamento fiscal, conforme preconiza o artigo 509 do RICMS/00. Ainda que referida disposição, em seu 1, permita essa apuração através de outros meios, inclusive indiciários, não há como se afastar a regra básica, imposta no mesmo dispositivo, necessária para se conhecer o movimento operacional do contribuinte, que é, em relação a cada período de apuração, a verificação do estoque inicial de mercadorias, o volume de entradas e de saídas e por fim o estoque final dessas mercadorias no estabelecimento, (...) Ainda que o mesmo artigo 509, em seu 3, disponha que a diferença apurada em levantamento fiscal será considerada decorrente de operação tributada, não se pode configurar como tal a diferença assim encontrada, uma vez que partiu de elementos que não oferecem a necessária segurança quanto à sua constituição. (TIT/SP, 3ª Câm. Julgadora, DRTC. III /10)
8 3. Elementos informativos Art. 509 do RICMS/SP alude a: Entradas Saídas Estoque inicial Estoque final (serviços, despesas encargos, lucro) e Outros elementos informativos
9 Estoque inicial Produção Entradas/ Retornos Saídas Estoque Final TEÓRICO Estoque final teórico MAIOR que Estoque final no Livro Registro de Inventário Estoque final teórico MENOR que Estoque final no Livro Registro de Inventário Presunção de saídas omitidas Presunção de entradas omitidas
10 Nulidade do AIIM lavrado com base em levantamento fiscal se: Inobservado o método imposto pela legislação (ex.: considerar dados isoladamente ou por amostragem); o indícios devem ser homogêneos e veementes Se não resistir às contraprovas apresentadas.
11 Análise do AIIM casos de erros Diferenças nas entradas: A fiscalização não considera todas as NFs fiscais de entrada, mas apenas os dados obtidos nas NFs eletrônicas no ambiente nacional. Mesmo que a NF não tenha sido recepcionada pelo Ambiente Nacional da NF-e, tendo sido escriturada e informada na EFD ICMS/IPI, há de ser considerada.
12 Análise do AIIM casos de erros Erro no levantamento fiscal quando a fiscalização não considera, p. ex., notas fiscais de emissão própria, como : NFs de entrada de devolução de mercadorias não entregues ao destinatários; NFs de entrada de devolução simbólica (de mercadorias remetidas para industrialização ou para formação de lote de exportação)
13 Análise do AIIM casos de erros Diferenças nas entradas: A fiscalização contabiliza como entradas as NFs de entrada de bens para uso e consumo (CFOP 1.556). Desconsideração das operações de compra para recebimento futuro (CFOPs 1.922/2.922).
14 Análise do AIIM casos de erros Diferenças na produção: Desconsideração de dados registrados no Livro de Produção Diária, a título de perdas.
15 Análise do AIIM casos de erros Diferenças nas saídas: A fiscalização considera como saídas, além das NFs de saída mercantil: NFs de venda à ordem NFs de remessa para industrialização NFs de remessa com o fim específico de exportação NFs complementares de preço (art. 182, II, do RICMS/SP não movimentam estoque)
16 Análise do AIIM casos de erros Duplicação de quantidade de saídas: Quando a fiscalização considera: i. as NFs de operações de venda à ordem; e ii. as NFs de vendas
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18 OBRIGADA!
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