Área Temática: Finanças. Título: Otimismo e Excesso de Confiança: Um Estudo do Perfil Comportamental dos Indivíduos à Luz das Finanças Comportamentais

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1 Área Temática: Finanças Título: Otimismo e Excesso de Confiança: Um Estudo do Perfil Comportamental dos Indivíduos à Luz das Finanças Comportamentais AUTORAS RENATA BORGES DA COSTA Faculdade Politécnica de Uberlândia renata_bcosta@yahoo.com.br DAIANA PAULA PIMENTA Universidade Federal de Uberlandia daianapaula@terra.com.br JALUZA MARIA LIMA SILVA BORSATO Universidade Federal de Uberlândia jaluzasilva@yahoo.com.br KÁREM CRISTINA DE SOUSA RIBEIRO Universidade Federal de Uberlândia kribeiro@ufu.br Resumo As Finanças Comportamentais são um novo campo de estudos, que se contrapõem ao pressuposto de racionalidade dos tomadores de decisão adotado pelas finanças modernas. Uma das vertentes dos estudos em finanças comportamentais é a identificação de como as emoções e as falhas cognitivas podem influenciar o processo de decisão dos indivíduos. A literatura de psicologia econômica evidência o uso de heurísticas e vieses decorrentes destas falhas, dentre as quais se destacam dois vieses que tendem a se manifestar em conjunto, o excesso de confiança e o otimismo. A presente pesquisa tem como propósito, a partir da metodologia proposta por Pompian (2006), identificar em quais aspectos o perfil comportamental dos indivíduos influencia no nível de suscetibilidade aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo e como essa possível suscetibilidade implica no processo de decisão. Como resultado percebeu-se traços da relação entre os perfis comportamentais e os vieses analisados. Evidenciou-se que os indivíduos com perfil idealista, ou seja, aqueles que focam seu modo de viver obedecendo a uma ordem interna, procurando encaixar suas ações dentro de um sistema de valores pessoais, por terem características de absorverem fatos pela intuição, demonstraram maior propensão aos vieses de excesso de confiança e otimismo. Palavras-Chave: Perfil Comportamental; Otimismo; Excesso de Confiança. Abstract The Behavioral Finance is a new field of study, which is counter to the assumption of rational decision-makers adopted by modern finance. One of the studies in behavioral finance is the identification of how the emotions and the cognitive failures may influence the decision of individuals. The literature of economic psychology highlight the use of heuristics and biases arising from these faults, among which are two biases that tend to occur together, the excess

2 of confidence and optimism. This research has the aim, from the methodology proposed by Pompian (2006), to identify aspects in which the behavioral profile of individuals influences the level of susceptibility to cognitive biases of over-confidence and optimism and that can mean in the susceptibility decision. The result is noticed traces the relationship between the profiles and the behavioral biases discussed. Showed that individuals with idealistic profile, ie, those that focus on how to live according to an internal order, looking for their actions fit within a system of personal values, because they have characteristics of absorbing facts by intuition, have shown greater propensity the bias of over-confidence and optimism. Key-words: Behavioral Profile; Optimism; over-confidence

3 1. Introdução As teorias tradicionais de Finanças foram construídas a partir de uma abordagem microeconômica neoclássica, cujo paradigma central é a racionalidade dos agentes econômicos. Entretanto, a validade das premissas assumidas por essas teorias vem sendo questionada. O modelo decisório racional da economia clássica pressupõe que o tomador de decisão possui conhecimento absoluto de todas as opções disponíveis de ação, e que esse pondera quanto às opções e escolhe a melhor, de acordo com critérios e objetivos por ele determinados (SIMON, 1979). Segundo Barros (2005), características comportamentais que contrariam o modelo de racionalidade ilimitada dos agentes econômicos foram ignoradas pelos pesquisadores de finanças. Mesmo sabendo que as pessoas sujeitavam-se a imperfeições em seus processos cognitivos, assumia-se, em geral, explicita ou implicitamente, que tais imperfeições não produziam desvios sistemáticos do comportamento racional ou que tais desvios não eram relevantes no contexto dos mercados financeiros. Neste contexto, devido às dificuldades da teoria tradicional, no que se refere à sua validade empírica surgem duas abordagens possíveis. A primeira trata da reformulação da teoria tradicional sem, no entanto, abandonar o pressuposto de racionalidade dos agentes. A segunda consiste na mudança de paradigma, a partir do reconhecimento de que os agentes nem sempre se comportam racionalmente. Partindo deste pressuposto, o campo das Finanças Comportamentais faz parte deste esforço de reformulação do paradigma vigente, e, busca explicar de maneira satisfatória uma gama de fenômenos regularmente observados nos mercados financeiros e incompatíveis com as predições dos modelos tradicionais. Dessa forma, a questão problema que orienta esta pesquisa é: Em quais aspectos o perfil comportamental dos indivíduos influencia no nível de suscetibilidade aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo? Como a possível suscetibilidade a esses vieses implica no processo de tomada de decisão? Para responder a questão problema este estudo pretende, a partir da metodologia proposta por Pompian (2006), identificar em quais aspectos o perfil comportamental dos indivíduos influencia no nível de suscetibilidade aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo e como essa possível suscetibilidade a esses vieses implica no processo de tomada de decisão. Dessa forma, este trabalho justifica-se por contemplar, um campo que tem ganhado importância no contexto atual, as Finanças Comportamentais, dada à incipiência da teoria tradicional de finanças no que se refere à sua validade empírica. Assim, como apontado por Yoshinaga et al (2007), por explorar uma lacuna existente sobre o tema, destacando a importância da continuação de trabalhos que analisem as influências da psicologia nos mercados, e, em particular, de uma análise mais profunda no mercado brasileiro visando contribuir para o entendimento e conhecimento das falhas cognitivas e facilitar a compreensão de problemas durante o processo de decisão, ocasionando assim, uma redução dos erros sistemáticos. Este trabalho está estruturado em seis seções. Na primeira apresenta-se o tema, discorrendo sobre a questão problema que orienta o estudo, os objetivos e a importância e relevância do trabalho. A segunda trata do referencial teórico, que compreende a teoria tradicional de finanças, seus pressupostos e críticas; a evolução da moderna teoria de finanças enfatizando as dificuldades apontadas por estudiosos do campo no que se refere à sua validade empírica; as finanças comportamentais e sua relação com a psicologia econômica, assim como suas origens e contribuições quanto à explicação satisfatória de fenômenos regularmente observados nos mercados financeiros, porém incompatíveis com as predições

4 dos modelos tradicionais. Na terceira seção apresenta-se a metodologia. Na quarta evidenciase os resultados esperados e, na quinta e última seção, as conclusões. 2. Revisão Bibliográfica 2.1 A Moderna Teoria de Finanças Segundo Castro Júnior e Famá (2002) os principais conceitos da Moderna Teoria de Finanças, como a Teoria de Portfólio proposta por Markowitz (1952, 1959), a Hipótese de Eficiência de Mercados de Capitais (HEM) proposta por FAMÁ (1970) e o Modelo de Precificação de Ativos Financeiros (CAPM) desenvolvido por Sharpe (1963, 1964), Lintner (1965) e Black (1972), estão baseados em premissas que partem do pressuposto de que o investidor é racional, avesso ao risco e que utiliza a curva de utilidade para maximizar seu bem-estar. No quadro 1, a seguir, define-se sinteticamente essas teorias: Teoria da Utilidade Esperada (TUE) A Moderna Teoria de Finanças determinou que a teoria da Utilidade Esperada fosse suficiente para expor o comportamento dos agentes econômicos. De acordo com essa teoria, os agentes respeitam uma série de premissas econômicas na tomada de decisões. Rogers, Favato e Securato (2007) apontam que dentro da TUE, o investidor é racional e avalia o risco conforme a mudança que o mesmo poderá propiciar em seu nível de riqueza. Dessa forma, o investidor conhece e organiza de forma lógica suas predileções, buscando maximizar a utilidade de suas escolhas, atribuindo assim, com exatidão, probabilidades aos eventos futuros, quando estes estiverem subordinados a escolhas que envolvam incertezas e risco. A Moderna Teoria de Portfólio de Markowitz A Hipótese de Eficiência de Mercados de Capitais Modelo de Precificação de Ativos de Capital CAPM A moderna teoria do portfólio postula que, todos os investimentos podem ser reduzidos ao binômio risco-retorno e, que o risco é compensado pela diversificação. Para Haugen (2000) na moderna teoria do portfólio, o retorno esperado de um investimento é a média aritmética ponderada esperada de todos os retornos que compõe a carteira. E, o risco da carteira, pode ser representado pela dispersão de seus retornos em relação ao seu retorno esperado. A HEM tem sido a hipótese central na área de finanças por quase 40 anos. Esta teoria fundamenta-se na teoria da utilidade esperada e nas expectativas racionais. Estas duas proposições combinadas afirmam que os indivíduos/ investidores são considerados racionais, conhecem e ordenam de forma lógica suas preferências, buscam maximizar a utilidade de suas escolhas, e conseguem atribuir com precisão probabilidades aos eventos futuros, quando submetidos a escolhas que envolvam incertezas. Segundo Haugen (1997) esta teoria baseia-se na maneira como as ações são precificadas em relação ao seu risco e se fundamenta no pressuposto de que, todos os investidores empregam a teoria do Portfólio de Markowitz, para encontrar portfólios na fronteira eficiente dependendo da aversão ao risco individual. Dessa forma, todos os ativos deveriam estar dispostos sobre uma linha reta num gráfico, risco versus retorno, denominada como linha do mercado de títulos, a qual cruza o eixo Y no ponto chamado Risk Free, o qual representa o retorno sobre um ativo livre de risco. E, a linha que liga o Risk Free ao ponto (Retorno da carteira de mercado (Rm) x Coeficiente β) define a linha do mercado de títulos. O CAPM postula que as taxas de retorno em equilíbrio dos ativos de risco são uma função de suas co-variâncias com a carteira de mercado. Quadro 1 Principais Conceitos da Moderna Teoria de Finanças Fonte: elaborado pelas autoras

5 Todas estas teorias e hipóteses têm como base a teoria econômica neoclássica, que preconiza um mundo composto por agentes capazes de decidir estritamente de acordo com uma racionalidade ilimitada e metodologicamente estruturada de acordo com a Teoria da Utilidade Esperada (TUE) e sem vieses acerca do futuro. O comportamento humano perante decisões sob incerteza, de acordo com o modelo neoclássico, está alicerçado no comportamento econômico racional, de forma que os aspectos psicológicos são ignorados dentro desse arcabouço (MULLAINATHAN E THALER, 2000). Embora o paradigma do agente racional e da eficiência de mercado tenha vigorado nas pesquisas em finanças, pesquisadores, dentre os quais se destacam Roseff e Kinney (1976), Fama e French (1992) e Costa (2003) revelaram que desvios desse modelo ocorrem frequentemente. Segundo Macedo Jr (2003) as primeiras críticas à moderna teoria de finanças foram feitas a partir da constatação, por meio de estudos empíricos, que demonstraram que os preços de alguns ativos, em determinados momentos, poderiam apresentar tendências ou anomalias, o que contraria a hipótese de eficiência de mercado. Essas anomalias para Haugen (2000) representam uma evidência de comportamento que contradiz a previsão teoria aceita, no caso da moderna teoria, a de eficiência de mercados. Para Shiller (2000), essas anomalias representam uma evidência estatística da determinação incorreta dos preços de ativos pelo mercado. Segundo Macedo Jr (2003) uma segunda crítica a moderna teoria partiu dos pesquisadores que testavam a racionalidade dos tomadores de decisão. Tversky e Kahneman (1979) identificaram várias situações em que o ser humano tomava decisões baseadas em vieses que os afastavam da racionalidade, o que contraria os pressupostos da moderna teoria. Simon (1979) explicitou sua apreensão relacionada com a adequação à realidade das premissas implícitas na abordagem clássica da teoria da decisão no campo da administração, em especial, sobre o pressuposto da racionalidade e do comportamento maximizador da TUE. Para esse autor, a moderna teoria não oferece nenhuma característica psicológica ao comportamento humano, o que é evidenciado pela limitada capacidade descritiva e preditiva desta teoria. Segundo Warneryd (2001) estudos de psicologia são aplicados ao mercado financeiro para explicar os comportamentos não previstos pela TUE, e as aplicações são frequentemente chamadas de Finanças Comportamentais. Essa nova área de finanças pesquisa o comportamento do individuo, particularmente no processo de tomada de decisão e considera que os indivíduos não agem sempre racionalmente e muitas vezes são influenciados por falhas cognitivas. Conforme Baker e Nofsinger (2002) dentre as principais metas de estudo das Finanças Comportamentais está determinação e compreensão das falhas cognitivas, bem como suas implicações. 2.2 Finanças comportamentais e a Psicologia Econômica Segundo Kircher e Holzl (2003) a psicologia econômica pode se definida como uma busca para compreender a experiência e o comportamento humanos em contextos econômicos. Ferreira (2008) complementa essa idéia, ao afirmar que, a psicologia econômica fornece modelos econômicos descritivos, e não normativos, como faz a economia, a respeito de seu objeto de estudo, que são as decisões sobre o uso dos recursos escasso, visando satisfazer as necessidades humanas. Para Ferreira (2008) os modelos de tomada de decisões formais e complexos utilizados pela economia para explicar e prever o comportamento econômico, tomando por base um determinado número de axiomas sobre a lógica do comportamento humano, não consideram a psicologia e restringem-se a examinar decisões sobre a alocação de recursos financeiros com base na premissa da racionalidade e da maximização da utilidade.

6 Dessa forma, para a autora citada acima, a psicologia econômica nasce da necessidade de pensadores sociais, juristas, economistas e psicólogos de acrescentar um enfoque mais abrangente à economia, visto que, esta se mostrou insuficiente para explicar os fenômenos econômicos que são sempre influenciados pela participação, e consequentemente, pela limitação humana. Por esse motivo, os psicólogos passaram a refutar as alegações dos economistas tradicionais e os preceitos da teoria neoclássica, a qual postula a racionalidade dos agentes econômicos. Entre as bases teóricas mais utilizadas pela psicologia econômica está a psicologia cognitiva, cujos pressupostos são considerados fundamentais para o desenvolvimento das finanças comportamentais. Para Macedo Jr (2003) o interesse em analisar o comportamento humano no que tange ao processo de tomada de decisões nos mercados financeiros passou a ser estudado por meio da aliança entre psicologia e economia há mais de um século, e possui como objetivo principal buscar explicações para determinadas reações dos investidores. O Autor ressalta que do interesse em compreender como os seres humanos pensam, decidem e como ocorrem eventos importantes na mente humana nasceu no início dos anos sessenta a psicologia cognitiva. A principal diferença entre a psicologia cognitiva e a psicologia comportamental, é que a primeira concentra-se em estudar processos mentais, enquanto, a outra evita fazer referências a processos mentais ao estudar eventos ambientais e comportamentos observáveis (DAVIDOFF, 2001). Segundo Macedo Jr (2003), a psicologia cognitiva forma parte importante do arcabouço teórico das finanças comportamentais. Nela, a decisão é considera um processo interativo, no qual, fatores não triviais, como percepções, convicções e modelos mentais do próprio decisor têm influência e, acabam por interferir na ação ou decisão escolhida. Além disso, de acordo com o autor, motivos intrínsecos como emoções, estado da mente, tendências e atitudes psicológicas em relacionar fenômenos podem influenciar nas decisões, ou seja, o comportamento é adaptável e dependente do contexto e das condições percebidas. 2.3 As Finanças Comportamentais As finanças comportamentais são uma ramificação da psicologia econômica e da economia comportamental que visa estudar o comportamento dos mercados financeiros de modo a incluir aspectos psicológicos em suas análises, sem, contudo, abandonar os pressupostos da teoria econômica tradicional. Os trabalhos de Tversky e Kahneman (1974; 1979) formaram a base teórica para a análise do comportamento dos investidores, e posteriormente complementada por Werner De Bont e Richar Tahler, em seu trabalho intitulado Does the Stock Market Overreact?. Neste artigo, os autores reagiram às falhas do modelo tradicional e fizeram uma aplicação da heurística da representatividade de Tversky e Kahneman (1974) na precificação do mercado, e, constataram que os investidores sobre-reagem tanto as boas como às más notícias. Para Fuller (2000), finanças comportamentais são um campo relativamente novo na economia que está em evidência entre os investidores profissionais e, pode ser caracterizado como uma integração da economia clássica e finanças com a psicologia e a ciência de tomada de decisão; uma tentativa de explicar o que causa algumas anomalias que são observadas na literatura de finanças. Em suma, finanças comportamentais é um novo entendimento sobre os mercados financeiros que emergiu em parte como uma resposta às dificuldades encontradas pelos paradigmas tradicionais. Este campo de estudo postula que alguns fenômenos financeiros são mais bem entendidos, usando modelos nos quais os agentes não são completamente racionais, e seus estudos têm se concentrado na compreensão das ilusões cognitivas e de suas

7 implicações no comportamento dos tomadores de decisão. Assim como, em identificar como tais ilusões cognitivas podem influenciar o mercado financeiro. Segundo Kahneman e Riepe (1998), ilusão cognitiva é a tendência humana de cometer erros sistemáticos no processo de tomada de decisão. Tais ilusões ocorrem, na visão desses autores, porque da mesma forma que os humanos têm dificuldade para julgar subjetivamente quantidades físicas, também têm dificuldade para julgar subjetivamente probabilidades. Embora na literatura não exista ainda uma taxionomia para classificar as ilusões cognitivas, Fuller (1998), as classificada em dois grupos: as ilusões resultantes da utilização de regras heurísticas nos processos de tomada de decisão (TVERSKY e KAHNEMAN, 1974) e as ilusões causadas pela adoção de estruturas mentais descritas na teoria do prospecto (KAHNEMAN e TVERSKY, 1979). A Teoria do Prospecto sugere a hipótese segundo a qual os investidores possuem uma disposição a vender ações vencedoras, com lucro em relação ao preço de compra, e a manter ações perdedoras, com perda em relação ao preço de compra (SHEFRIN; STATMAN, 1985). Ou seja, os indivíduos tendem a escolher as opções que oferecem um ganho pequeno, mas certo, em vez de um ganho maior, porém incerto, a menos que o ganho incerto seja muito maior ou apenas modestamente menor do que o certo. E em contrapartida, tendem a selecionar as opções que oferecem uma perda grande, mas incerta, em vez de uma perda menor, mas certa, a menos que a perda incerta seja tremendamente maior ou apenas modestamente menor que a certa (ZINDEL, 2008). Segundo Tversky e Kahnemann (1974), heurísticas são atalhos mentais que tornam mais leve a carga cognitiva de tomar decisões, mas que podem conduzir a vieses no processo de decisão. Os vieses cognitivos são erros sistemáticos de julgamento, ou seja, são erros mentais causados por simplificação da estratégia de processamento da informação, que ocasionam muitas vezes uma distorção na maneira como os indivíduos percebem a realidade. Os processos heurísticos são considerados como modelos cognitivos que, se constituem como regras baseadas na experiência anterior do tomador de decisão ou no senso comum de uma determinada coletividade e, se diferem dos métodos baseados na procura algorítmica que chega a soluções ótimas depois de ter combinado o problema com todas as soluções possíveis (STERNBERG, 2000). As heurísticas são o meio pelo qual os agentes encontram soluções ótimas, levando em consideração os custos para tomar decisões plenamente racionais, uma vez que é da natureza humana a presença de limitações ao exercício da racionalidade. Para Tversky e Kahnemann (1974) três heurísticas são utilizadas no processo de tomada de decisão em situações de incerteza: a heurística da representatividade, a heurística da disponibilidade e do Ajustamento ou ancoragem. Kahneman e Tversky (1974) sugerem que a heurística da representatividade é utilizada quando os indivíduos julgam a probabilidade de um evento incerto de acordo com o quanto ele é similar ou representativo em relação à população da qual se origina e, de acordo com o grau no qual ele reflete os aspectos proeminentes do processo pelo qual é gerado, tal como o acaso. A segunda ilusão cognitiva causada por regras heurísticas citada neste trabalho é a disponibilidade. Segundo Tversky e Kahneman (1974), os indivíduos utilizam a heurística da disponibilidade quando fazem julgamentos em relação quão facilmente podem trazer a memória o que percebem como circunstâncias relevantes de um fenômeno. Esta heurística ocorre, pois, as pessoas têm uma forte tendência a concentrar sua atenção em um fato particular ao invés da situação completa, somente por que este fato particular está mais presente em sua mente. A heurística da disponibilidade tende ainda a ser reforçada por outra ilusão cognitiva que não decorre de heurística denominada dissonância cognitiva. Esta ocorre por que os seres

8 humanos parecem favorecer evidências positivas em detrimento das evidências negativas, e, tendem a negligenciar as que são inconsistentes ou contraditórias em relação as escolhas realizadas (FESTINGER, 1957; BREHM e COHEN, 1962). A terceira ilusão cognitiva causada pela utilização de regras heurísticas é a da ancoração e ajuste. Para Macedo Jr (2003) esta se manifesta quando as pessoas têm que fazer uma estimativa a começar por um valor inicial que é ajustado para revelar a resposta final. O ponto de partida pode ser sugerido pela formulação do problema, ou pode ser o resultado de uma computação parcial, e em ambos os casos os ajustes são insuficientes. Segundo Bazerman (2004) a utilização da heurística de ancoração e ajustamento leva a ocorrência de vieses cognitivos, sendo, Ajuste insuficiente da âncora, Efeitos conjuntivos e disjuntivos e Excesso de confiança. Este trabalho foca o viés de Excesso de confiança, de acordo com o qual, quando os indivíduos estabelecem uma faixa de confiança ao redor de uma resposta, sua estimativa inicial serve como âncora que causa um viés na sua estimativa dos intervalos de confiança para cima e para baixo. Ajustes a partir de uma âncora usualmente são insuficientes, resultando em uma faixa de confiança excessivamente estreita. Como citado anteriormente, o processo de tomada de decisão é influenciado também por estruturas mentais, ou seja, pela maneira como as opções são apresentadas. Dentre as principais ilusões cognitivas causadas por estruturas mentais estão: Frame Dependence, Efeito Disposição, Contabilidade Mental, Arrependimento, Excesso de Otimismo e Falácia dos Custos Afundados. O segundo viés tratado neste estudo é o Otimismo, que para Lovallo e Kahneman (2003) gera muito mais entusiasmo do que realismo, dificultando uma avaliação adequada da realidade por parte dos investidores, e que essa ilusão cognitiva pode fazer com que os investidores sejam menos resistentes quando confrontada com as situações mais difíceis e objetivos desafiadores. Para Bazerman (2004) uma vez que as pessoas façam um investimento, estas tendem a ser demasiadamente otimistas quanto à sua futura lucratividade e mais tarde mantém lembranças otimistas dos desempenhos passados. O otimismo está intimamente ligado ao excesso de confiança, entretanto são distintos. Pois, quando os investidores tomam decisões excessivamente confiantes, conservarão o otimismo em relação ao sucesso futuro; retrospectivamente, eles manterão o otimismo, mesmo quando os resultados desapontadores de seus investimentos estiverem facilmente disponíveis. 3. Metodologia Em termos de metodologia, as pesquisas são classificadas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e causais. De acordo com Selltiz et al (1975), os estudos formuladores ou exploratórios têm como objetivos de pesquisa a familiarização com o fenômeno ou conseguir nova compreensão desse, freqüentemente, para poder criar um problema mais preciso de pesquisa ou criar novas hipóteses, sendo a principal acentuação à descoberta de idéias e intuições. Os estudos descritivos são aqueles que apresentam precisamente as características de uma situação, um grupo ou um indivíduo específico. Os estudos causais são aqueles que verificam uma hipótese de relação causal entre variáveis. A análise criteriosa dos diferentes tipos de pesquisa permitiu identificar como sendo o mais adequado para o desenvolvimento do presente trabalho, o uso de um estudo descritivo. Justifica-se a utilização deste instrumento, o fato de o mesmo permitir uma compreensão geral de um problema, das possíveis hipóteses alternativas e das variáveis relevantes para o mesmo. Os respondentes desta pesquisa foram os funcionários da área financeira de um banco privado com sede na cidade de Uberlândia - MG. Todos os respondentes possuiam curso superior completo. Para o levantamento dos dados em relação ao perfil e à propensão aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo, optou-se por aplicar um questionário

9 composto por 20 questões, propostas por Pompian (2006). O questionário da pesquisa encontra-se no apêndice. Esse autor identificou três dimensões de personalidade dos investidores: Idealista x Pragmático; Empreendedor x Integrador; Reflexivo x Realista; as quais originam a lista IPT (Ivestidor Personality Type) que determina os seguintes perfis: 1. Tipo de personalidade do investidor: IFT (idealista, empreendedor, reflexivo). 2. Tipo de personalidade do investidor: IFR (idealista, empreendedor, realista). 3. Tipo de personalidade do investidor: INT (idealista, integrador, reflexivo). 4. Tipo de personalidade do investidor: PFT (pragmático, empreendedor, reflexivo). 5. Tipo de personalidade do investidor: INR (idealista, integrador, realista). 6. Tipo de personalidade do investidor: PFR (pragmático, empreendedor, realista). 7. Tipo de personalidade do investidor: PNT (pragmático, integrador, reflexivo). 8. Tipo de personalidade do investidor: PNR (pragmático, integrador, realista). Em relação à identificação a propensão aos vieses de excesso de confiança e otimismo, para cada pergunta, o respondente optou por alternativas que representavam sua opinião, e estas foram analisadas segundo os testes de diagnósticos propostos por Pompiam (2006). Para cada questão o autor indica quais alternativas que, quando consideradas em conjunto, evidenciam a presença dos vieses analisados, assim como, dos perfis que compõem a lista IPT. Os dados coletados foram organizados e tabulados por meio do software SPSS 13.0, a partir do qual criou-se expressões numéricas para identificação de cada viés, dimensão e perfil. Em seguida utilizou-se o Chi-Square para encontar a correlação existente entre esta variáveis. 4. Análise dos Resultados Os dados coletados foram analisados segundo os testes de diagnósticos propostos por Pompiam (2006). Dentre os questionários aplicados aos funcionários de um banco privado com sede na cidade de Uberlândia MG, 40 foram considerados como válidos para esta pesquisa. Pretende-se verificar se o perfil comportamental destes indivíduos, diagnosticado conforme a lista IPT, indica suscetibilidade aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo, de acordo com as tabelas e análises que seguem. Na tabela 1, apresenta-se o número de indivíduos suscetíveis aos vieses de vieses de excesso de confiança e otimismo. Estudos, como o de Barros (2005), no campo das finanças comportamentais, indicam que pelo menos uma parte dos agentes econômicos é sistematicamente otimista e/ou excessivamente confiante quanto a eventos futuros incertos. Dos 40 respondentes desta pesquisa, apenas 10 são suscetíveis, conjuntamente, a estes dois vieses. Cases Validade Missing Total N Percentual N Percentual N Percentual EXCESSO DE CONFIANÇA OTIMISMO 10 25,0% 30 75,0% ,0% Tabela 1 Análise dos Vieses Cognitivos Fonte: Elaborado pelas autoras Na tabela 2, analisa-se a correlação existente entre os vieses de excesso de confiança e otimismo e a primeira dimensão de personalidade dos investidores: idealista x pragmático. Do total de respondentes 22 são idealistas e suscetíveis ao viés de excesso de confiança; 10 são idealistas e suscetíveis ao viés de otimismo; 3 são pragmáticos e suscetíveis

10 ao viés de otimismo. Não encontrou-se neste trabalho indivíduos suscetíveis ao viés de excesso de confiança detentores do perfil pragmático. Casos Valide Missing Total N Percentual N Percentual N Percentual EXCESSO DE CONFIANÇA * IDEALISTA OTIMISMO * IDEALISTA 22 55,0% 18 45,0% ,0% 10 25,0% 30 75,0% ,0% OTIMISMO * PRAGMÁTICO Fonte: Elaborado pelas autoras 3 7,5% 37 92,5% ,0% Tabela 2 Dimensão Idealista x Pragmática Conforme observa-se na tabela 3, à seguir, que apenas 6 dos 40 respondentes, são suscetíveis à correlação analisada, 4 indivíduos se encaixam no perfil empreendedor e são suscetíveis ao viés de excesso de confiança, enquanto que, 2 indivíduos apresentam o perfil empreendedor e são suscetíveis ao viés de otimismo. Não foram identificados indivíduos com o perfil integrador suscetíveis a nenhum dos vieses analisados. Cases Validade Missing Total N Percentual N Percentual N Percentual EXCESSO DE CONFIANÇA * EMPREENDEDOR 4 10,0% 36 90,0% ,0% OTIMISMO * EMPREENDEDOR Fonte: Elaborado pelas autoras 2 5,0% 38 95,0% ,0% Tabela 3 Dimensão Empreendedora x Integradora A terceira dimensão de personalidade dos investidores, representada pela relação Reflexivo x Realista é demonstrada na tabela 4, a seguir. Pelo exposto, percebe-se que do total de respondentes, 6 são realistas e suscetíveis aos vieses de excesso de confiança e otimismo conjuntamente, enquanto que, apenas 2 são reflexivos e propensos aos vieses excesso de confiança e otimismo. Cases Validade Missing Total N Percentual N Percentual N Percentual EXCESSO DE CONFIANÇA * REFLEXIVO EXCESSO DE CONFIANÇA * REALISTA OTIMISMO * REFLEXIVO OTIMISMO * REALISTA Fonte: Elaborado pelas autoras 2 5,0% 38 95,0% ,0% 6 15,0% 34 85,0% ,0% 2 5,0% 38 95,0% ,0% 6 15,0% 34 85,0% ,0% Tabela 4 Dimensão Reflexiva x Realista

11 Nas tabelas 2, 3 e 4 aduziu-se as dimensões comportamentais propostas por Pompian (2006). Nas tabelas seguintes serão analisados os tipos de personalidade do investidor originados dessas dimensões e que compõem a lista IPT. Dentre os indivíduos pesquisados, apenas 2 possuem o perfil IFT, ou seja, são excessivamente confiantes e otimistas e detêm traços do perfil IFT ao mesmo tempo, conforme observar-se na tabela 5. IDEALISTA *EXCESSO DE CONFIANÇA IDEALISTA EMPREENDEDOR EMPREENDEDOR REFLEXIVO REFLEXIVO Fonte: Elaborado pelas autoras Cases Valid Missing Total N Percent N Percent N Percent % % % % % % % % % 2 5.0% % % 2 5.0% % % 2 5.0% % % Tabela 5 Análise do Perfil IFT Em relação ao perfil IFR, identificou-se apenas 2 indivíduos excessivamente confiantes e otimistas com traços de idealismo, empreendedorismo e realismo. Cases Valid Missing Total N Percent N Percent N Percent IDEALISTA IDEALISTA EMPREENDEDOR EMPREENDEDOR REALISTA REALISTA % % % % % % % % % 2 5.0% % % % % % % % % Fonte: Elaborado pelas autoras Tabela 6 Análise do Perfil IFR O perfil PFT é composto por indivíduos pragmáticos, empreendedores e reflexivos. Encontrou-se 2 respondentes otimistas que se encaixam neste perfil. Entretanto, conforme observa-se na tabela 7, 2 respondentes são excessivamente confiantes, empreendedores e

12 reflexivos e nenhum apresentou o perfil pragmático juntamente com esse viés, ou seja, como pretende-se identificar pessoas detentoras dos dois vieses em relação a este perfil. PRAGMÁTICO EMPREENDEDOR EMPREENDEDOR REFLEXIVO REFLEXIVO Fonte: Elaborado pelo autor Cases Valid Missing Total N Percent N Percent N Percent 3 7.5% % % % % % 2 5.0% % % 2 5.0% % % 2 5.0% % % Tabela 7 Análise do Perfil PFT Na tabela 8 apresenta-se o perfil PFR. Identificou-se 3 indivíduos otimistas e com o perfil pragmático, empreendedor e realista. Em consonância com o perfil PFT não identificouse respondentes com perfil pragmático e excessivamente confiante. PRAGMÁTICO EMPREENDEDOR EMPREENDEDOR REALISTA REALISTA Fonte: Elaborado pelo autor Cases Valid Missing Total N Percent N Percent N Percent 3 7.5% % % % % % 2 5.0% % % % % % % % % Tabela 8 Análise do Perfil PFR Além dos perfis analisados nas tabelas acima, na metodologia deste estudo citou-se os INT, INR, PNT e PNR. Não encontrou-se correlação existente entre os vieses de excesso de confiança e otimismo e nenhum desses quatro vieses. Dentre os 40 respondentes não se identificou o tipo integrador para os dois vieses nem o tipo pragmático para o viés excesso de confiança, impossibilitando a análise destes perfis. Em suma, percebe-se que, para esta pesquisa, os indivíduos idealistas tendem a ser excessivamente confiantes e otimistas. 5. Conclusão Esta pesquisa contempla um campo que tem ganhado importância no contexto atual, as Finanças Comportamentais, dada à incipiência da teoria tradicional de finanças no que se refere à sua validade empírica. Esta área se propõe a discutir os conceitos de racionalidade

13 dos tomadores de decisão e da eficiência de mercados. A proposta deste estudo foi a de identificar em quais aspectos o perfil comportamental dos indivíduos influencia no nível de suscetibilidade aos vieses cognitivos de excesso de confiança e otimismo e como essa possível suscetibilidade a esses vieses implica no processo de tomada de decisão Como resultados, a análise demonstrou que alguns indivíduos que possuem os perfis analisados, apresentaram traços dos vieses de excesso de confiança e otimismo. Os indivíduos com perfil idealista, ou seja, aqueles que focam seu modo de viver obedecendo a uma ordem interna, lidam com as coisas da maneira que vêem e sentem, procurando encaixar suas ações dentro de um sistema de valores pessoais por terem características de absorvem fatos pela intuição demonstraram maior propensão aos vieses de excesso de confiança e otimismo. Percebeu-se que aqueles cujas convicções sobrepõem à realidade dos fatos tendem a desprezar os instrumentos de análise, como por exemplo, dados estatísticos e históricos, sendo mais suscetíveis aos vieses de otimismo e excesso de confiança. Entretanto, aqueles que no seu perfil trazem características preponderantemente analíticas, não apresentam resultados importantes para os vieses estudados. Quanto à limitação do trabalho, a análise só pode apontar com segurança para as tendências, pois a amostra não foi suficiente para sua validação de acordo com as normas que contemplam os preceitos estatísticos. Este resultado, ainda que, com as limitações de amostragem já descritas, pode ser um gérmen para estudos teóricos e empíricos mais aprofundados, podendo contribuir de forma eficiente para que as previsões se tornem mais acertadas sobre em que nível o perfil comportamental pode predizer os vieses cognitivos, podendo afetar a tomada de decisão do investidor. As diferenças de opinião, estilos e percepção da realidade, motivadas por características pessoais exercem impacto relevante sobre o julgamento dos seres humanos. Acredita-se que, a partir da conscientização quanto às limitações cognitivas e à suscetibilidade aos vieses de excesso de confiança e otimismo, os indivíduos pesquisados tenderão a buscar estratégias para corrigir as deficiências e aperfeiçoar o processo de tomada de decisões. 6. Bibliografia BARROS, L. A. Decisões de Financiamento e de Investimento das Empresas sob a Ótica dos Gestores Otimistas e Excessivamente Confiantes. 2005, 253 p. Tese (Doutorado em Administração de Empresas), Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas. Universidade de São Paulo. São Paulo, BAZERMAN, M. H. Processo Decisório: para cursos de administração e economia. Rio de Janeiro: Elsevier, CASTRO JUNIOR, F. H. F.; FAMÁ, R. As Novas Finanças e a Teoria Comportamental no Contexto da Tomada de Decisão em Investimentos. Caderno de Pesquisas em Administração, São Paulo, V. 09, N0 2, abril/junho, DE BONDT WERNER F. M., THALER Richard. The Journal of Finance, volume. 40, No. 3, pp , FAMA, E. F. Efficient capital markets: a review of theory and empirical work. The Journal of Finance, Chicago: American Finance Association, v. 25, n. 2, p , FRENCH, Simon. Decision Theory: an introduction to the mathematics of rationality. Ellis Horwood Limeted Press: England, FULLER, Russell J. Behavioral Finance and the Sources of Alpha. Journal of Pension Plan Investment, 1998.

14 GRAHAM, Benjnamim; DODD, David L. Security Analysis: The Classic 1934 Edition, McGraw-Hill Trade, Nova York, HAUGEN, R. A. Os segredos da bolsa. Pearson Educação: São Paulo, KAHNEMAN, D. e RIEPE, M. W. Aspects of investor psychology. Journal of Portfolio Management, volume 24(4), p , KAHNEMAN, D. e TVERSKY Amos. Prospect Theory: An Analysis of Decision under Risk. Econometrica, volume. 47, No. 2, pp , LINTNER, J. The valuation of risk assets and the selection of risky investments in stock portfolios and capital budgets. Review of Economics and Statistics, 47, p.13-37, February, LOVALLO, D. and D. KAHNEMAN, How Optimism Undermines Executive's Decisions. Harvard Business Review, volume 3, pg , MACEDO JR, Jurandir S.; Teoria do Prospecto: Uma Investigação Utilizando Simulação e Investimentos. 2003, 203 p. Tese ( Doutorado em Engenharia de Produção e Sistemas) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, MARKOWITZ, Harry. Portfolio Selection. The Journal of Finance. New York: American Finance Association, v. 7, n.1, p.77-91, mar.,1952. MULLAINATHAN, Sendhil; THALER, Richard H. Behavioral Economics. National Bureau of Economic Research, Working Paper 7948, NOFSINGER J. Social Mood and Financial Economics. Journal of Behavioral Finance, volume 6, pp , ROGERS, P.; RIBEIRO, K. C. S.; SECURATO, J. R. Finanças Comportamentais no Brasil: Em Estudo Comparativo. Revista de Economia e Administração, v. 6, n. 1, p , jan./mar SELLTIZ, C. et al. Métodos de Pesquisa nas Relações Sociais, 6ª. Reimpressão EPU. São Paulo: Editora USP, SHEFRIN Hersh e STATMAN Meir. The Disposition to Sell Winners Too Early and Ride Losers Too Long: Theory and Evidence. The Journal of Finance, volume. 40, No. 3, p , SHILLER, R. Exuberância Racional. São Paulo: Makron Books, SIMON, H. Comportamento Administrativo: estudo do processo decisório nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitva. Artmed Editora, TVERSKY, A; KAHNEMAN, D. Judgment under uncertainty: heuristics and biases. Science, volume 185, p , YOSHINAGA, C. E.; OLIVEIRA, R. F.; SILVEIRA, A. D.; BARROS, L. A. Finanças Comportamentais: uma introdução. In: Semead Anais dos Trabalhos. São Paulo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2004.

15 Apêndice - Questionário Assinale nas questões a seguir a alternativa que mais concordar (marque apenas uma alternativa por questão, colocando um X sobre sua resposta). 1. Sexo: Masculino 2. Idade: Feminino 4. Você possui algum dependente financeiro (filhos, esposa etc.)? SIM Quantos: NÃO 1. Você acredita que tem controle em selecionar investimentos que terão desempenho melhor do que o mercado? a) Com certeza, nenhum controle. b) Pouco, ou nenhum controle. c) Algum controle. d) Uma certa quantidade de controle. 2. Por quantos anos consecutivos você acredita que são necessários para que um gerente de fundo mútuo conheça o mercado e se torne um investidor qualificado? a) 2 anos. b) 3-4 anos. c) 5 anos. d) Mais de 5 anos. 3. Quando você está pesquisando um investimento, o que é mais importante: notícias e acontecimentos relevantes que ocorreram recentemente ou notícias e eventos a longo prazo, ou seja, que ocorreram no passado? a) Eu geralmente coloco mais peso sobre os acontecimentos recentes e dou menos ênfase aos acontecimentos que ocorreram no passado. b) Eu geralmente coloco mais peso sobre os acontecimentos ocorridos no passado e dou menos ênfase aos acontecimentos recentes. c) Eu geralmente uso peso igual aos acontecimentos recentes e aos que ocorreram no passado. 4. Em relação a outros investidores, como você se considera? a) Abaixo da média b) Na Média c) Acima da média 5. Qual a facilidade de prever o colapso da bolha da bolsa tecnológica em março de 2002? a) Fácil b) Razoavelmente fácil c) Um tanto difícil d) Difícil 6. Suponha que você comprou ações a R$20 com base em uma recomendação de uma fonte que normalmente você confia. Algum tempo depois o valor dessas ações caiu para R$ 15. Considerando que existe uma chance de 50% que o valor da ação aumente R$5, e 50% que o valor da ação caia R$5, o que você faria? a) Eu detenho a ação b) Eu vendo a ação 7. Imagine-se em cada uma das seguintes situações. Qual você acha que te faria mais feliz? a) Você perdeu R$ 10 devido a um buraco no bolso, mas depois você encontrará R$ 20 na rua b) Você encontrará $ 10 na rua c) Eu seria tão feliz em nenhum dos exemplos anteriores 8. Saíram algumas notícias que podem ter um impacto negativo sobre o preço de uma ação que você comprou. Como é que você costuma reagir? a) Eu normalmente aguardo a reação do mercado para verificar a importância das informações e então decido o que fazer. b) Às vezes, eu espero a reação do mercado para verificar a importância da informação, entretanto, outras vezes decido logo o que fazer. Sempre ago de forma decisiva e rápida. 9. Suponha que você esteja numa loja de departamento onde você tem a intenção de comprar uma televisão de tela plana. O modelo que você escolheu custa R$ 750 e você está quase comprando. Contudo, no último minuto, você vê um panfleto de propaganda mostrando a mesma televisão pelo preço de R$ 720. Você pega o anúncio, examina com mais cuidado e descobre que a oferta ainda é válida. Mas, para receber o desconto, você precisará dirigir até uma competitiva loja de ponta de estoque que fica a 10 minutos dali. Você entraria no seu carro e iria até a outra loja para obter a vantagem de comprar por um preço menor? a) Sim

16 b) Não 10. Agora, imagine que você esteja na mesma loja de departamento e agora para comprar uma mesa de mogno. A mesa que você quer custa R$4.000 e você está disposto a pagar. Enquanto você está esperando, você começa uma conversa com uma outra consumidora da loja. Ela revela que viu a mesma mesa disponível por R$ 3.970, numa competitiva loja de móveis que fica a 10 minutos dali. Você entraria no seu carro e iria até a outra loja para obter o menor preço? a) Sim b) Não 11. Suponha que você comprou uma ação (após seguir o seu normal processo de investigação) que superou suas expectativas. Na ausência de qualquer outra informação, qual você ia ver como mais exata? a) Isto soa como um caso de má sorte. b) Isto soa como um caso em que eu cometi um erro. 12. Imagine-se em cada uma das seguintes situações. Qual "Dói" mais? a) Você comprou uma ação e mais tarde ela caiu de preço. b) Você fez uma pesquisa sobre uma ação que pretendia comprar, mas nunca o fez. Algum tempo depois o valor da ação subiu. c) Nenhum o cenário é particularmente doloroso. Eu não lamento erros; acredito que os erros são como uma parte normal do processo de investimento. 13. Suponha que um colega lhe informou sobre uma nova empresa pública e recomendou que você comprasse ações dessa empresa. Você fez algumas pesquisas e concordou que era uma boa empresa para investir. Pouco tempo depois que você comprou, o valor das ações aumentou 20%, e logo em seguida caiu 50%. Você descobriu que seu colega vendeu as ações que ele detinha quando estas tiveram o aumento de 20%, enquanto que você permanece com ações. Qual das afirmações melhor descreveria sua reação? a) Eu ficaria aborrecido, porque o meu amigo, não me disse quando era melhor vender. b) Eu não ficaria com raiva, porque eu deveria saber quando vender. 14. Será que era difícil prever a ascensão e queda subseqüente da tecnologia existente na virada do milênio? a) Não, foi fácil. b) Foi um pouco fácil. c) Foi um pouco difícil. d) Foi difícil. 15. A sua carteira de investimento contém certo título privado de alta qualidade. Esse título vem fornecendo rendimento para você, e você está feliz com ele. Seu conselheiro financeiro analisa as suas propriedades de títulos e recomenda que você substitua o seu título corporativo por um título municipal de igual qualidade, estimando que você obterá um retorno melhor depois que o capital ganhar impostos e taxas. Você não está familiarizado com esse título municipal. Qual seria provavelmente a sua resposta? a) Eu venderia a ação corporativa e compraria o título municipal. b) Eu manteria as coisas como elas estão. 16. Com relação a outros motoristas em uma estrada, quão bom motorista você é? a) Abaixo da média b) Na média c) Acima da média 17. Quão otimista você é em relação a oportunidades de investimentos perto de onde você mora contra os investimentos feitos fora, longe de onde você mora? a) Eu sou muito mais otimista em relação a oportunidade de investimentos perto de onde moro. b) Eu sou otimista em relação a oportunidade de investimentos feitos longe de onde eu moro. 18. Olhe as cinco taxas de retorno e escolha aquela que você acredita ter ganhado com seus investimentos nos últimos 5 anos. (Exemplos de investimentos - Mercado Financeiro: Poupança, Mercado de Capitais, CDB, RDB, etc.; Mercado Imobiliário: Compra e Venda de Casa, Aluguel, etc.; Educação: Curso de Extensão, Pós-Graduação, Graduação; No Comercio e Indústria: Empresa Própria, etc.). a) Abaixo de 0 % b) Entre 0 e 3.9%. c) Entre 4 e 7.9%. d) Entre 8 e 10%. e) Mais de 10%. 19. Suponha que você esta convidado a ler esta afirmação: Cape Town é a capital da África do Sul. Você concorda ou discorda? Você está confiante que está correto em quantos por cento? a) 100% b) 80% c) 60% d) 40% e) 20% 20. Como você caracteriza seu nível pessoal de sofisticação em investimentos? a) Ingênuo b) Pouco Sofisticado c) Sofisticado d) Muito Sofisticado

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