GT: Contabilidade para Usuários Externos VIESES COGNITIVOS E CONTABILIDADE: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO OTIMISMO/PESSIMISMO NA AVALIAÇÃO DE ATIVOS

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1 1 GT: Contabilidade para Usuários Externos VIESES COGNITIVOS E CONTABILIDADE: ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO OTIMISMO/PESSIMISMO NA AVALIAÇÃO DE ATIVOS Amanda Medeiros Martins Aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFRJ Diogo Henrique Silva de Lima Professor do Departamento de Ciências Contábeis da UFRN, Natal/RN diogoh4@ufrnet.br Joana Darc Medeiros Martins Professora do Departamento de Ciências Contábeis da UFRN, Natal/RN joanamm@yahoo.com.br 1 INTRODUÇÃO A contabilidade brasileira vem passando por grandes transformações para adequar-se ao processo de convergência internacional. Desde a publicação da Lei nº /07 (BRASIL, 2007) e posteriormente em 2008 com a MP nº 449/08 convertida na Lei nº /09 (BRASIL, 2009), que alteraram a Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 1976) Dispõe sobre as Sociedades por Ações os alicerces para a introdução de novo padrão contábil foi semeado. Diante dessas mudanças, surge o subjetivismo no trabalho dos produtores da informação, em procedimentos que requer julgamento e faz com que os contadores, auditores e peritos assumam uma maior responsabilidade em seu trabalho. Esse julgamento profissional dá a oportunidade do contador analisar melhor as situações e agir de acordo com a essência das transações econômicas. Porém, diante de um elevado nível de subjetivismo o construtor da informação contábil pode se deparar com a influência psicológica de suas emoções. Por isso que o subjetivismo responsável possui pontos positivos e negativos. O aumento da visibilidade do profissional para com o mercado pode ser considerado um ponto positivo, pois seu trabalho se torna mais valorizado. Essa alta subjetividade pode causar distorções na análise de contador para contador se tornando algo não uniforme.

2 2 Dependendo dos fatores de estado emocional, seja de pessimismo ou otimismo, felicidade e tristeza, excesso de confiança e aversão ao risco, pode haver interferência significativa na avaliação de alternativas e, consequentemente, no processo decisório dos contadores. A linha de pesquisa que estuda a influência de heurísticas (aspectos psicológicos) no processo decisório de contadores e usuários de informações contábeis denomina-se de Contabilidade Comportamental. As avaliações dos profissionais contábeis são imprescindíveis para a produção de informações econômico-financeiras que serão reportadas ao mercado já que elas buscam representar o patrimônio das empresas e podem afetar substancialmente as decisões de analistas e investidores. Os estudos da contabilidade comportamental se justificam diante desse contexto de uma contabilidade regida por princípios e não mais por regras, que resulta num maior subjetivismo nas avaliações econômicas realizadas pelo contador, e da constatação da influência das informações contábeis fornecidas no processo decisórios dos indivíduos. Diante do exposto, emerge o seguinte problema de pesquisa: será que as heurísticas do otimismo/pessimismo dos indivíduos influenciam na avaliação de ativos? 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A informação contábil é necessária para fornecer subsídios úteis aos seus usuários na tomada das decisões. Segundo o pronunciamento técnico Apresentação das Demonstrações Contábeis - CPC 26 R1 (CPC, 2011), O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. É possível notar o quão importante é o fornecimento de informações úteis na tomada de decisão de investimento e financiamento e avaliação econômicas de investidores, credores, analistas e demais usuários da contabilidade (LIMA, 2012). Mais do que mudanças em padrões, a lei nº /07 trouxe mudança de filosofia, postura e pensamento, principalmente no tocante a três tópicos: primazia da essência sobre a forma jurídica; primazia da análise de riscos e benefícios sobre a propriedade jurídica e normas orientadas por princípios (IUDÍCIBUS et al, 2010).

3 3 Nesse contexto, algumas situações de avaliação contábil exigem maior capacidade de julgamento por parte do contador para a sua correta mensuração e evidenciação. Um exemplo é a adoção do impairment test, cujo entendimento dos benefícios econômicos e riscos pode não ser idêntico para dois ou mais profissionais. O teste de imparidade, como é conhecido aqui no Brasil, foi estabelecido através do pronunciamento técnico Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01 R1). Niyama e Silva (2013) afirmam que o teste tem como objetivo assegurar que um ativo não seja avaliado por um valor superior ao valor recuperável. A figura 1 apresenta as etapas do processo para o teste de imparidade de um ativo: Figura 1: Etapas da Aplicação do test impairment. Fonte: Pronunciamento Técnico Redução ao valor recuperável do ativo CPC 01 Para determinar o valor de uso de um ativo, o profissional contábil terá que estimar os fluxos futuros de caixa que se espera receber com sua utilização na empresa; o período que esses fluxos irão ocorrer; e ainda selecionar uma taxa de desconto que melhor represente o risco (retorno mínimo exigido) nos investimentos da entidade. Há a possibilidade do estado de espírito (otimismo ou pessimismo, por exemplo) do profissional contábil influenciar nas suas projeções. A taxa de desconto, que se refere ao risco da operação, é uma variável fundamental no cálculo do valor presente de um ativo. Quanto menor (maior) a taxa, maior (menor) será o valor

4 4 presente calculado. Porém a escolha das taxas, estimativas do fluxo de caixa e tempo para se encontrar o valor recuperável podem variar de profissional para profissional, e suas escolhas podem ser influenciadas por seus sentimentos no momento da decisão. Por isso que o subjetivismo profissional apresenta vantagens como a prática dos princípios contábeis, os quais o contador deverá analisar a essência das transações e não sua forma jurídica, e assim analisar cada caso com sua particularidade. Mas também possui desvantagens como uma falta de uniformização, diante do possível entendimento diferente pelos produtores da informação contábil. O julgamento responsável do contador, auditor, perito pode ser estimulado por suas emoções e esse é um dos motivos que evidenciam a importância dos estudos do comportamento desse profissional. 2.2 Contabilidade Comportamental O estudo da influência de aspectos psicológicos no processo decisório surgiu com as finanças comportamentais, que teve início com o trabalho de Kahneman e Tversky (1979), precursores deste tema na década de 70. Shefrin (2000) define finanças comportamentais como a aplicação da psicologia ao comportamento dos participantes do mercado financeiro enquanto tomadores de decisão. A utilização de heurísticas no processo decisório é uma descoberta dos estudos em finanças comportamentais e parte da ideia que o indivíduo poderá recorrer a recursos simplificadores, denominados de atalhos mentais ou heurísticas para tomar a sua decisão (YOSHINAGA et. al., 2004; BARBERIS, THALER, 2002 apud LIMA, 2007). Alguns autores classificam as heurísticas mentais como, a autoconfiança, o otimismo, a representatividade, conservadorismo, perseverança, ancoragem e vieses de disponibilidade, esses atalhos provavelmente foram baseados em experiências passadas ou em crenças individuais. A contabilidade comportamental ganha ênfase exatamente nessa linha de influência de aspectos psicológicos sobre o processo decisório, só que de contadores e de usuários da informação contábil. Para Hofstedt e Kinard (1970, p. 43), a Contabilidade Comportamental pode ser definida como o estudo do comportamento dos contadores e não contadores que são influenciados pelas funções e demonstrações contábeis (tradução nossa). 3 METODOLOGIA DE PESQUISA

5 5 Como evidenciado, essa pesquisa busca identificar a influência do otimismo/pessimismo nas avaliações de ativos. Partindo da ideia de trabalhos anteriores na área de comportamental, pode-se afirmar que os ambientes externos são estimuladores na tomada de decisões da área financeira. Experiências passadas, a cultura, a sua criação, o seu ambiente de trabalho podem alterar a decisão do indivíduo. A população é composta por estudantes do curso de ciências contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, escolhida por acessibilidade, uma vez que se trata de futuros contadores, atualizados com as alterações na legislação societária. Foi considerado para esta pesquisa apenas alunos que já tivessem estudado o Pronunciamento Técnico CPC 01 R1 - Redução ao Valor Recuperável dos Ativos na UFRN. Assim foi formada uma amostra de 104 alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Assim, procurou-se inserir uma parte dos alunos respondentes a um cenário otimista e a outra a um pessimista e, com isso, identificar se o estímulo externo, no caso uma situação anterior de ganho (otimismo) ou perda (pessimismo) influenciou as decisões dos futuros profissionais contábeis. Foi idealizado um cenário otimista e pessimista, no qual, o próprio respondente estivesse inserido a uma situação de investimento em que haveria um ganho (perda) acima (abaixo) da média do mercado. A coleta de dados foi realizada através de dois tipos de formulários. Os formulários foram divididos em três partes. A primeira define-se o perfil do respondente. A segunda apresenta-se um contexto, diferente entre os dois tipos de questionário: um otimista e o outro pessimista. Por fim, solicita-se que o respondente realize uma análise contábil referente a um teste de imparidade, onde ele tem que decidir qual valor considerar para os fluxos de caixa futuros e a taxa de desconto a ser utilizada para apuração do valor de uso do ativo em avaliação. Era composto por perguntas fechadas, as quais os respondentes deveriam optar pela alternativa que mais expressasse sua opinião. As perguntas foram simples e objetivas, e os respondentes levaram cerca de 10 minutos para responder. Os contextos apresentados eram situações hipotéticas, as quais se dividiam em dois cenários: otimista e pessimista. No formulário otimista, é apresentada uma situação onde o respondente realizou uma aplicação em ações de uma determinada empresa extremamente promissora, negociadas na BM&F BOVESPA, obtendo após

6 6 dois meses da realização do investimento, um ganho de 20% sobre o capital investido, desempenho este bem superior à média do mercado. Já no formulário pessimista, o investidor sofreu uma decepção nesse investimento, realizando uma perda de 20% sobre o capital investido, desempenho esse bem inferior ao mercado. As situações hipotéticas exploradas em questionários são baseadas na ideia de que o indivíduo sabe como se comportaria diante da mesma situação, só que real. Se as pessoas são capazes de predizer suas escolhas, os problemas hipotéticos fornecem evidências sobre seu comportamento (KAHNEMAN, TVERSKY, 1979 apud LIMA, 2007). As variáveis selecionadas foram o valor do fluxo de caixa, a taxa de desconto e o valor presente, que são de total importância para determinar o valor em uso de um ativo e assim realizar o teste de imparidade. A estimativa do fluxo de caixa e a taxa foram escolhidas na terceira parte do questionário. O valor presente foi calculado através dos valores do fluxo de caixa e da taxa escolhidos por cada respondente. A aplicação dos questionários foi de 90% in loco e os outros 10% através de . A análise estatística utilizada foi o teste t de duas amostras independentes, uma vez que a análise dos dados consiste em comparar a média de duas amostras diferentes sobre as mesmas variáveis, no caso variáveis fluxo de caixa e taxa de desconto nos dois cenários otimista e pessimista. Como foram aplicados dois tipos de questionários, o A e o B, a média de cada uma das amostras, A e B, foram comparadas para assim se chegar a resolução do problema da pesquisa. A significância usada nesse estudo foi de 5%. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Perfil dos Respondentes Dos 104 alunos da UFRN que responderam o formulário da pesquisa, 54,8% responderam o questionário com o contexto otimista e 45,2% o pessimista. 47 respondentes são do gênero feminino e 57 do masculino (ver quadro 1) Quadro 1: Perfil dos Respondentes Análise Geral Feminino Masculino Total Questionário Otimista Quantidade % Questionário 40,4% 59,6% 100,0% % Gênero 48,9% 59,6% 54,8%

7 7 % Total 22,1% 32,7% 54,8% Pessimista Quantidade % Questionário 51,1% 48,9% 100,0% % Gênero 51,1% 40,4% 45,2% % Total 23,1% 22,1% 45,2% Total Quantidade % Questionário 45,2% 54,8% 100,0% % Gênero 100,0% 100,0% 100,0% % Total 45,2% 54,8% 100,0% Dentre os que responderam apenas 28,8% já fizeram de fato um investimento arriscado, ou seja, 30 respondentes. Deles 26,7% foram do gênero feminino e 73,3% do sexo masculino, 8 e 22 respondentes, respectivamente. Ainda daqueles que já fizeram o investimento, apenas dois dos oitos do sexo feminino obtiveram um ganho e seis uma perda e 12 dos 22 homens que investiram tiveram uma perda e os dez restantes obtiveram ganho sobre seus investimentos. 4.2 Análise das Estimativas do Fluxo de Caixa Sabendo que a estimativa do Fluxo de Caixa é uma das variáveis subjetivas para a realização do impairment test buscou-se encontrar como os futuros profissionais contábeis se mostravam diante das situações apresentadas no formulário e se isso influenciou sua decisão para estimar o fluxo de caixa que era composto por três valores: R$ ; R$ ; e R$ Análise Geral das Estimativas do Fluxo de Caixa Em uma análise preliminar foi possível notar que as médias desta análise não obtiveram muita variação de um cenário para o outro (ver quadro 2) Quadro 2: Estimativa do Fluxo de Caixa Questionário N Média Desvio Padrão Otimista , ,91 ValorFC Pessimista , ,12 Os dados apresentados no quadro 2 relatam como as médias encontradas são parecidas, mesmo com situações distintas. Com uma dispersão da média de R$ 2.327,91 para o cenário otimista, e de R$2.374,12 para o pessimista. Comprovando que nas duas análises a variação dos dados com a média não foi tão distinta de um

8 8 panorama para o outro. A análise do nível de significância do teste t, evidenciado no quadro 3, mostra que não há diferença estatística entre os valores atribuídos aos fluxo de caixa pelos respondentes dos questionários otimistas e pessimistas, já que seu valor apresenta-se maior que 0,05. Quadro 3: Teste T Amostras Independentes Fluxo de Caixa (Análise Geral) Teste de Levene para teste-t para Igualdade de igualdade de variâncias Médias F Sig. t df Sig. (2- tailed) Valor assumidas,037,847 -, ,967 FC não assumidas -,041 97,507, Análise estratificada por Gênero e por Investimento do Fluxo de Caixa O quadro a seguir mostra como se portou as médias e o desvio padrão da amostra por gênero. Quadro 4: Cenário x Gênero Fluxo de Caixa Questionário N Média Desvio Padrão Otimista Valor FC Feminino , ,261 Masculino , ,834 Pessimista Valor FC Feminino , ,595 Masculino , ,728 Quando observado por gênero, notavelmente percebe-se que houve uma mudança na média da estimativa do fluxo de caixa. As mulheres nas duas situações se mostraram menos cautelosas, enquanto os homens seguem uma postura menos arriscada. Comparando as mulheres otimistas com as pessimistas, pode-se ver que quase não há diferença numérica em suas médias. Já os homens tiveram uma diferença um pouco maior. Quadro 5: Teste T Amostras Independentes Fluxo de Caixa (cenário x gênero) Teste de Levene para teste-t para Igualdade de igualdade de variâncias Médias Questionário F Sig. t Df Sig. (2-

9 9 tailed) Otimista Valor FC assumidas,002,963 1,264 55,212 não assumidas 1,253 45,901,217 Pessimista Valor FC assumidas,313,578 1,312 45,196 1,312 44,789,196 não assumidas No quadro 5, verificou-se, a partir da análise do teste t, que tanto o gênero feminino quanto o masculino não são estatisticamente distintos diante do mesmo cenário, pois a significância de ambos foi de 0,212 e 0,196, otimista e pessimista, respectivamente. Todos os valores encontrados na significância dos dois testes foram superiores a 0,05 indicando que independente do gênero a média das situações analisadas tiveram igualdade e que elas não são estatisticamente distintas. O que se leva a crer que apesar das diferenças numéricas apresentadas entre as médias dos homens e mulheres, elas são estatisticamente iguais. Em um dos questionamentos dos formulários, buscou identificar se havia estudantes que fizeram investimentos arriscados nesses dois últimos anos, para assim analisar melhor se os que já tiveram a experiência de uma perda ou ganho financeiro pode influenciar alguma decisão independente do cenário que o mesmo se encontra. Quadro 6: Cenário x Investimentos Fluxo de Caixa Questionário N Média Desvio Padrão Não Investiu , ,022 Otimista Valor FC Investiu , ,666 Não Investiu , ,880 Pessimista Valor FC Investiu , ,010 Dos 104 respondentes, apenas 30 disseram que sim, que já realizaram um investimento arriscado. Em que 18 deles responderam o questionário otimista e os 12 restantes o pessimista. É possível identificar numericamente uma diferença entre as médias, já que os 18 optaram por uma estimativa de fluxo de caixa mais baixa,

10 10 mesmo com uma situação favorável. O mesmo aconteceu no panorama pessimista, os 12 também se mostraram mais cautelosos que os outros respondentes que nunca investiram de fato. Quadro 7: Teste T das Amostras Independentes do Fluxo de Caixa (cenário x investimento) Teste de Levene para igualdade de variâncias Questionário F Sig. t df teste-t para Igualdade de Médias Sig. (2- tailed) 4,109,048 5,225 55,000 Valor assumidas Otimista FC 6,080 48,361,000 não assumidas 2,448,125 1,835 45,073 Valor assumidas Pessimista FC 1,649 16,180,118 não assumidas O teste t evidencia se há ou não diferença estatística, o otimista com uma significância de 0,00, sendo bem inferior a 0,05 diz que existe essa distinção estatística nas médias. Como se pode perceber analisando as médias que foram de R$ para os não investidores e de R$ para aqueles que já efetuaram investimentos. Isso quer dizer que os que já investiram se mostraram mais cautelosos em suas estimativas, mesmo quando em um ambiente favorável. Já o teste t do formulário pessimista foi superior aos 0,05 de significância, indicando que não há diferença estatística das variáveis (ver quadro 7). 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados evidenciam que os panoramas otimistas e pessimistas não apresentaram diferença em suas médias, em nenhuma das variáveis, o que se leva a crer que não houve influência desses ambientes em suas avaliações. Porém quando estratificado por gênero pode-se identificar que as mulheres se mostraram mais ousadas em suas estimativas, mesmo na variável da taxa de desconto que a diferença nos valores absolutos entre homens e mulheres foi mais baixa em relação às demais variáveis.

11 11 Dos homens pode-se concluir que em todas as situações eles se portaram mais cautelosos, ao contrário do que popularmente é conhecido que o gênero masculino é mais arrojado que o gênero feminino. Também foi estratificado por aqueles que realizaram investimentos financeiros arriscados nos últimos anos. Esses investidores foram menos agressivos, tanto no cenário otimista quanto no pessimista, com uma diferença considerável de estimativa de fluxo de caixa e do valor presente. E mais uma vez os homens investidores manifestaram-se mais calmos em suas análises que as mulheres. Apesar de identificar por gênero e por investimento aqueles que foram mais arrojados que os outros, o resultado em geral mostra que os futuros profissionais contábeis seguem uma tendência de conservadorismo em suas avaliações contábeis. A prudência permanece ligada aos profissionais da área, mesmo quando as novas alterações trazem o subjetivismo para a contabilidade e que as influências nas análises devem estar embasadas em pesquisas e estudos que expliquem tal fenômeno avaliado. Esse comportamento pragmático dos produtores da informação contábil já foi identificado em estudos passados na área de contabilidade comportamental. REFERÊNCIAS BAMBER, E. M. Opportunities in Behavioral Accounting Research. Behavioral Research in Accounting, v. 5, p. 1-29, BRASIL, Lei /09. Disponível em: Acesso em 10 nov BRASIL, Lei / Disponível em: Acesso em 10 nov BRASIL, Lei 6.404/76. Disponível em: Acesso em 10 nov COMITE DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) Redução ao Valor Recuperável de Ativos Disponível em < Acesso em: 10 nov COMITE DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis Disponível em < Acesso em: 9 nov HOFSTEDT, Thomas R.; KINARD, James C. A Strategy of Behavioral Accounting Research. The Accounting Review, v. 45, p , Jan

12 12 IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de Contabilidade Societária: Aplicável a todas as sociedades. 11. ed. São Paulo: Atlas, FIPECAFI Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. FEA/USP KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos. Prospect Theory: An Analysis of Decision Under Risk. Econometrica, v. 47, n. 2, p , In: Choices, Values, and Frames. Cambridge: Cambridge University Press, 2000, p KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos. Choices, Values, and Frames. American Psychologist, v. 39, p , In: Choices, Values, and Frames. Cambridge: Cambridge University Press, 2000, p LIMA, Diogo Henrique Silva de. Análise do impacto da divulgação adicional de informações contábeis com o uso de recursos textuais e/ou gráficos sobre a percepção dos indivíduos quanto ao nível de disclosure de uma entidade. 118 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Contábeis, Unb / Ufpb / Ufrn, Natal, LIMA, Diogo Henrique Silva de. Efeito formulação e contabilidade: uma análise da influência da forma de apresentação de demonstrativos e relatórios contábeis sobre o processo decisório de usuários de informações contábeis f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Contábeis, Unb / Ufpb / Ufpe/ Ufrn, Natal, 2007 NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio da. Teoria da Contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, QUEIROS, Giulia Graziele de. O NÍVEL DE CONFIANÇA DOS ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DIANTE DAS TOMADAS DE DECISÕES, BASEANDO-SE NO CONHECIMENTO ADQUIRIDO NA ACADEMIA f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Contábeis, Ufrn, Natal, SHEFRIN, H. M. Beyond Geed and Fear. Harvard Business School Press, 2000.

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