Administração Financeira de Curto Prazo: O Modelo Fleuriet de Análise do Capital de Giro

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1 Administração Financeira de Curto Prazo: O Modelo Fleuriet de Análise do Capital de Giro João Batista Ferreira - coordenacaoadmfcc@hptmail.com Universidade Federal de Góias Thais Stefanni Ferreira thaisstefanni@hotmail.com Fundação Getúlio Vargas ISBE Monalisa Stefanni Ferreira monnahferreira@hotmail.com Centro Universitário do Cerrado UNICERP Área Temática: Administração Financeira Resumo Na administração financeira de curto prazo, a administração de capital de giro constitui-se de fundamento básico e primordial para mantermos o equilíbrio financeiro da empresa. Com o objetivo de entendermos os conceitos de capital de giro, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria, a fim de mensurar se as captações e as aplicações de recursos na empresa estão sendo feitos de maneira correta, utilizaremos o modelo Fleuriet de análise de capital de giro. A análise de capital de giro é feita utilizando os dados do balanço patrimonial de uma empresa, podendo ser realizada de duas maneiras distintas, todavia os resultados serão os mesmos. A primeira é a maneira tradicional, no qual o capital de giro é a diferença entre os ativos circulantes e os passivos circulantes, e a segunda forma leva em consideração as fontes e origens de recursos do balanço, assim o capital de giro é a diferença entre as fontes de recursos de longo prazo (passivo circulante mais patrimônio líquido) e as aplicações de longo prazo (ativo não circulante). Para entendermos o conceito de necessidade de capital de giro, precisamos reclassificar as contas do balanço, e agrupar as contas cíclicas, contas com maior movimentação em qualquer tipo de empresa. Assim a necessidade de capital de giro é a diferença dos ativos cíclicos (estoques, contas a receber) e os passivos cíclicos (fornecedores, obrigações fiscais e trabalhistas). O saldo de tesouraria é a diferença do ativo errático ou financeiro (disponível) e o passivo errático (duplicatas descontadas, empréstimos de curto prazo). Caso o resultado for positivo significa uma sobra de recursos no disponível, porém parado, e se o resultado for negativo, a empresa está financiando suas necessidades com capitais de curto prazo. A junção destes três conceitos permite a visualização através do balanço patrimonial, se os gestores financeiros estão captando e aplicando os recursos de maneira correta na empresa. Palavras-Chave: gestão financeira, necessidade de capital de giro, saldo de tesouraria.

2 1 INTRODUÇÃO No cenário competitivo atual, os gestores financeiros precisam acompanhar a evolução e o crescimento das empresas, principalmente no que tange as questões financeiras empresariais. Há dois requisitos básicos que devemos entender, as empresas precisam gerar lucro, e também possuir uma capacidade de gerar caixa, ou seja, ter recursos disponíveis para saldar suas dividas, sendo que a segunda opção exige maior acompanhamento que a primeira. Assim faz necessário um acompanhamento continuo da gestão de curto prazo empresarial, e compreender quais são as principais ferramentas analíticas e gerenciais para a administração de curto prazo nas organizações. Neste sentido entender sobre o capital de giro que é um indicador de extrema importância na gestão financeira das empresas, pois está ligado diretamente com a gestão de curto prazo, e demonstra se as decisões tomadas pelos seus gestores, tanto de captação de recursos, como de aplicação de recursos, estão tendo repercussões positivas para saúde financeira da empresa, devem ser parte fundamental de estudo. Tendo como principais objetivos compreender os conceitos do Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro e Saldo de Tesouraria, entender os impactos das aplicações de recursos, e das captações ocorridas na empresa, fornecer ferramentas analíticas e práticas que permitam entender a dinâmica financeira e gerencial da administração de curto prazo, principalmente, da gestão do capital de giro, e fornecer suporte teórico para a melhor gestão de curto prazo empresarial. Se as empresas não faz uma gestão do capital de giro eficiente, poderão encontrar dificuldades para saldar suas dividas, mesmo tendo um lucro significativo, ou seja, se as capitações de recursos e as aplicações de recursos estão sendo feita de maneira errada poderão proporcionar dificuldades financeiras de curto prazo. O fluxo de caixa da empresa tem que ser suficiente para saldar os custos e despesas da empresa, caso contrário, há uma necessidade de empréstimos ou financiamentos, e estes deverão ser feitos de maneira a promover um saldo satisfatório no capital de giro. Para compreendermos a situação financeira da empresa no curto prazo faz necessário entendermos três conceitos básicos: capital de giro, necessidade de capital de giro e saldo de tesouraria. Ambos mostram se as captações de recursos e as aplicações de recursos foram feitas de maneira adequada proporcionando solidez financeira. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Administração de Capital de Giro A necessidade de conciliar os fluxos financeiros, ou fluxos de caixa, e principalmente de financiar de forma adequada os recursos necessários às atividades operacionais da empresa, surge o conceito de maior importância para que de fato possamos entender a gestão de curto prazo das empresas. Esse conceito é chamado de Necessidade de capital de Giro ou investimento Operacional em Giro, que veremos a seguir conforme abordado por alguns autores. Para GITMAN (2004, p. 510), A administração financeira de curto prazo a gestão de ativos e passivos circulantes é uma das atividades mais importantes e mais intensas do administrador financeiro. O problema básico relacionado com o capital de giro é diagnosticar o volume ideal, de acordo com as quantidades vendidas. Para entender a causa de um volume elevado de capital, serão relacionadas a seguir algumas de suas vantagens:

3 Sabemos que um enorme volume de capital de giro facilita a operação da empresa, minimizando os riscos, aumentando as margens de segurança na ocorrência de quaisquer imprevistos, ou seja, quanto maior o caixa da empresa, maior a sua capacidade de saldar seus compromissos. Elevados estoques facilitam os processos operacionais, evitando interrupções devido a qualquer problema relacionado com a matéria prima, minimiza o risco de perda de vendas, entre outros. Os recebíveis aumentam a medida que a empresa fornece vantagens de crédito para seus clientes, aumentando suas vendas e automaticamente a competividade da empresa, e também não podemos deixar de citar que os pagamentos a fornecedores à vista favorece a negociação conseguindo melhores preços. Antes de analisarmos o que significa o conceito de necessidade de capital de giro, necessitamos entender, sob o ponto de vista financeiro o significado do capital de giro Capital de Giro (CDG) O balanço patrimonial é constituído em sentido amplo, pelas contas do ativo, representando aplicações ou uso de fundos, enquanto do outro lado, o passivo representa as origens ou fontes de recursos utilizados pela empresa durante determinado período e pertencentes aos proprietários e ou financiadores. Para a análise do capital de giro precisamos compreender a estrutura do balanço patrimonial, conforme mostra a figura a seguir: ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Disponível Fornecedores - Caixas Empréstimos e Financiamentos - Bancos Obrigações Fiscais - Aplicações Obrigações Trabalhistas Valores a Receber Estoques Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo - Contas a Receber - Créditos Diversos Investimento Imobilizado Intangível Passivo Não Circulante Empréstimos e Financiamentos Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros ou Prejuízos Figura 1: Estrutura Básica do Balanço Patrimonial Fonte: ASSAF NETO, Alexandre; TIBURCIO SILVA, Cesar Augusto. Administração de Capital de Giro. 4. ed. Atlas, Por refletir um conceito econômico-financeiro e não uma definição legal, a análise do capital de giro, pode ser feita de duas maneiras distintas, embora os resultados quantificados sejam exatamente os mesmos. A primeira forma é baseada na conceituação tradicional, refletida na apresentação do balanço. Esta alternativa para conceituação do capital de giro é definida como a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Observando que primeiro captamos recursos, para depois aplicarmos, consideramos que é melhor para o entendimento e levando em consideração que uma empresa está cem por cento de seu tempo endividada junto a terceiros e/ou junto a seus sócios e para poder realizar

4 aplicações em seu ativo, qualquer tipo de empresa precisa primeiramente, captar fontes de recursos junto a terceiros e/ou junto aos sócios. Podemos apresentar a segunda forma de definição do capital de giro, a partir da avaliação das fontes e origens do balanço. O Capital de Giro é um conceito econômico-financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a Necessidade de Capital de Giro da empresa. Denomina-se ativo permanente as contas não cíclicas do ativo, e passivo permanente as contas não cíclicas do passivo. [...] Define-se Capital de Giro (CDG) como a diferença entre o passivo permanente e o ativo permanente. FLEURIET, KEHDY E BLANC (2003; p.11) Assim o Capital de Giro representa a diferença entre o valor dos fundos captados a longo prazo junto aos proprietários da empresa (Patrimônio Líquido), somados com os financiamentos de longo prazo (Passivo Não Circulante), e o total das aplicações realizadas no longo prazo (Ativo Não Circulante). PASSIVO NÃO CIRCULANTE FONTES DE LONGO PRAZO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO - ATIVO NÃO CIRCULANTE - APLICAÇÕES DE LONGO PRAZO = CAPITAL DE GIRO = Figura 2: Conceito de Capital de Giro Fonte: PEREIRA, Agnaldo Santos. Módulo: Administração de Capital de Giro. Uberlândia: FGV, Essa diferença se positiva representa uma sobra de recursos à longo prazo. Se negativa, faltam recursos de longo prazo para financiar as aplicações tradicionais de longo prazo existentes na empresa, o que não significa que a empresa está a beira da insolvência. Sempre que uma empresa optar por reduzir seu risco através do aumento de capital de giro, sua lucratividade caminha em sentido inverso, sendo reduzida em decorrência do aumento do custo do financiamento. Se por outro lado, decidir aumentar a lucratividade, terá que reduzir os níveis de capital de giro aumentando por consequência o risco do negócio, em função da redução da liquidez. PEREIRA (2011) relembra que O capital de giro mede o grau de sucesso obtido pela empresa em obter recursos de longo prazo para financiamentos das necessidades de longo prazo.

5 Entendido o conceito do capital de giro podemos passar ao estudo das principais contas operacionais no dia a dia empresarial, ou seja, entendermos sobre a Necessidade de Capital de Giro Necessidade de Capital de Giro (NCG) FLEURIET, KEHDI e BLANC (2003) citam que A NCG é a diferença entre os ativos cíclicos e os passivos cíclicos. Nossa preocupação como gestores está relacionada com as contas cíclicas, representativas dos itens que sempre iremos encontrar em qualquer tipo de organização, portanto, devem ser objeto de nossa gestão no dia a dia. Assim para entendermos sobre o conceito de Necessidade de Capital de Giro vamos primeiramente classificar do ponto de vista gerencial, as contas do balanço patrimonial pertencente ao Ativo Circulante e ao Passivo Circulante. A reclassificação das contas consiste em separar dentro do ativo circulante e do passivo circulante, as contas cíclicas. Assim merecem destaque as contas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores, as quais representam o ativo cíclico; e as contas fornecedores, salários, e impostos a pagar que representam o passivo cíclico da empresa. Após a reclassificação definimos a Necessidade de Capital de giro da seguinte maneira: NCG = Ativo Cíclico (Contas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores) Passivo Cíclico (Fornecedores, Obrigações fiscais e trabalhistas). Com está classificação o balanço patrimonial ficará da seguinte maneira: ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Contas Erráticas Contas Erráticas Disponível Circulante Financeiro Caixa Duplicatas Descontadas Bancos Empréstimos Curto Prazo Aplicações a Curto Prazo Contas Cíclicas Circulante Contas a Receber Estoques Contas Cíclicas Circulante Não Financeiro Fornecedores Obrigações Fiscais Obrigações Trabalhistas Contas Não Cíclicas ATIVO NÃO CIRCULANTE Contas a Receber Títulos a Receber Investimentos Máquinas e Equipamentos Diferido Contas Não Cíclicas PASSIVO NÃO CIRCULANTE Empréstimos e Financiamentos PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Reservas Lucros/Prejuízos Acumulados Figura 3: Balanço Patrimonial reclassificado Fonte: PEREIRA, Agnaldo Santos. Módulo: Administração de Capital de Giro. Uberlândia: FGV, A NCG define para um determinado ciclo financeiro e volume de atividades, qual o total de recursos necessários para manter a empresa funcionando. A Necessidade de Capital de Giro é muito sensível ás modificações que ocorrem no ambiente econômico em que a empresa opera. Assim, modificações como redução do credito de fornecedores, aumento de estoques, etc., alteram a curto prazo, a NCG da empresa. Todavia, a NCG depende, basicamente, da natureza e do nível de atividades dos negócios da empresa. A natureza dos negócios da empresa determina

6 seu ciclo financeiro, enquanto o nível de atividade é função de vendas. O nível de atividade afeta mais acentuadamente a Necessidade de Capital de Giro das empresas de ciclo financeiro de longa duração do que a das de ciclo financeiro de curta duração. FLEURIET, KEHDY E BLANC (2003; pg. 9) Ao tomarmos o conceito da NCG e sua formulação matemática, fica fácil perceber que o volume ideal deve sempre ser negativo, o que representa a existência de uma sobra de recursos a custo financeiro zero, permitindo a empresa aplicá-lo para maximizar seus lucros. Além disso, um saldo negativo na NCG significa que os recursos entram no caixa da empresa antes de sair, ou seja, a empresa apresenta ciclo de caixa ou financeiro negativo, representando a situação ideal da gestão financeira, ou seja, primeiro a empresa recebe e depois paga. Antes de entendermos sobre o Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro de uma empresa, que deverá ser eficazmente gerido para que este seja negativo, proporcionando assim um resultado satisfatório na NCG, vamos passar ao estudo do saldo de tesouraria Saldo de Tesouraria (ST) Quando uma empresa tem Necessidade de Capital de Giro, mas não tem Capital de Giro suficiente, diz-se que tem saldo de tesouraria negativo, significando que está financiando essas necessidades com capitais de curto prazo. De acordo com os autores definimos o saldo de tesouraria da seguinte maneira: Saldo de Tesouraria (ST) = Capital de Giro (CDG) Necessidade de Capital de Giro (NCG). Denominam-se ativo errático e passivo errático as contas circulantes que não estão diretamente ligadas à operação e cujos valores se alteram de forma aleatória. O Saldo de Tesouraria (T) define-se como a diferença entre o ativo e o passivo erráticos. FLEURIET, KEHDY E BLANC (2003; p. 13). Neste sentido o Saldo de Tesouraria também pode ser definido da seguinte forma: Saldo de Tesouraria = Ativo Errático (Disponível) Passivo Errático (Duplicatas descontadas, Empréstimos de Curto Prazo). Observando pela formula matemática, e conceituação do Saldo de Tesouraria podemos notar que se o resultado for positivo significa uma sobra de recursos de curto prazo, no disponível, no entanto se o resultado for negativo significa que a empresa está utilizando recursos onerosos do curto prazo, empréstimos e/ou descontos de duplicatas. Outro conceito de grande relevância para a gestão do curto prazo é a gestão de prazos, ciclo financeiro, ou ciclo de caixa que passamos a abordar a seguir. 2.2 Ciclo Financeiro A análise dos ciclos tem papel de grande importância por mensurar o tempo em que as atividades da empresa são desenvolvidas. Os prazos de pagamentos, estocagem, recebimentos das vendas, são indicadores usados para diagnosticar cada ciclo, onde cada um representa um período em que as empresas devem controlar e avaliar, com intuito de manter o equilíbrio de caixa. Para GITMAN (2010, p.548) entender o ciclo de conversão de caixa de uma empresa é essencial para a administração financeira de curto prazo. Esse ciclo fornece as bases para a discussão da administração do ativo circulante. Na gestão de prazos, há a necessidade de saber os prazos médios de recebimentos dos clientes, prazos médios de pagamentos dos fornecedores, bem como o prazo médio de

7 estoque, onde os prazos de recebimentos devem ser maiores do que as somatórias do prazo de pagamento e estocagem, o que representa uma boa gestão operacional. A administração de caixa envolve entender o ciclo operacional e o ciclo financeiro: O ciclo operacional (CO) é o período compreendido entre a chegada da matériaprima, a produção, a venda e o recebimento pelo produto vendido. Enquanto que o ciclo financeiro é o período compreendido entre o pagamento da matéria-prima e o recebimento pela venda dos produtos fabricados. ABREU FILHO, et. al. (2008, p.68) Assim o ciclo operacional é o prazo desde o inicio do processo de produção até o recebimento das vendas, que envolve duas categorias básicas de ativos: os estoques e contas a receber. Contudo o processo de fabricação e venda de um produto inclui a aquisição de fatores de produção a prazo (matérias-primas, e/ou produtos para revenda), resultando em contas a pagar. Assim as contas a pagar de uma empresa reduz o tempo pelos quais os recursos ficam aplicados no ciclo operacional, resultando em um novo conceito. O ciclo operacional, menos o prazo de pagamento, resulta no ciclo financeiro. Prazo de estoques Prazo de recebimento das vendas Prazo de pagamento a fornecedores Tempo Compra de matéria-prima Pagamento aos fornecedores Venda dos produtos Recebimento de vendas CICLO FINANCEIRO CICLO OPERACIONAL Figura 4: Ciclos operacional e financeiro Fonte: ABREU FILHO, Jose Carlos Franco de; et.al.. Finanças Corporativas. 10.ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, Percebemos que o ciclo operacional refere-se à somatória do prazo de estoques e o prazo de recebimento de vendas. Já o ciclo financeiro é o ciclo operacional menos o prazo de pagamentos a fornecedores. Quanto menor for o período do ciclo operacional, e maior for o prazo de pagamento, menor será o ciclo financeiro da empresa, sendo primordial minimizar os prazos de estoque e de recebimento de vendas, e conseguir negociar com os fornecedores, melhores prazos de pagamentos. Todavia os resultados da gestão de prazos poderão ser diagnosticados através do conceito de Necessidade de Capital de giro, pois ambos os conceitos demostram o ciclo de atividades da empresa, podendo utilizar um conceito ou outro para ter o resultado esperado. Contudo entender o ciclo financeiro da empresa é fundamental para conseguir o volume de capital de giro ideal.

8 3 Metodologia O caminhar metodológico deste trabalho trata-se de um estudo bibliográfico cuja trajetória a ser percorrida apoia-se nas leituras exploratórias do material de pesquisa, e uma revisão, contribuindo para levantamento e analise dos resultados e conclusões. MARCONI e LAKATOS (2005) explicam que A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, e propicia o exame de um tema sob novo enfoque de abordagem, chegando a conclusões inovadoras. Através do levantamento bibliográfico, realizou-se uma leitura exploratória do material encontrado, para agrupar todos os assuntos relacionados, com o intuito de explicar de maneira clara e objetiva o assunto em questão. ANDRADE (1999) relata que A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar o conhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas. Além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados procura identificar seus determinantes, suas causas. A coleta de dados ocorreu através de relatórios contábeis, como o Balanço Patrimonial, a fim de fazer um tratamento analítico. SEVERINO (2007) explica que A Pesquisa Documental tem-se como fonte documentos que ainda não tiveram nenhum tratamento analítico, são ainda matéria prima, a partir da qual o pesquisador vai desenvolver sua investigação e análise. Ressalta-se ainda que os dados coletados foram feitos em empresas que não serão divulgadas, servindo apenas como base para demonstrarmos as situações práticas do conteúdo. E diante dos dados coletados, foram feitos uma analise da gestão da empresa, comparando os resultados com as teorias existentes, e posteriormente obtendo as conclusões necessárias. 4 Analise dos Resultados Para analisarmos os resultados vamos entender na prática os resultados obtidos utilizando os três conceitos fundamentais: Capital de Giro, Necessidade de Capital de giro e Saldo de Tesouraria, através de dados do balanço patrimonial da empresa X. ATIVO CIRCULANTE Contas Erráticas 2.500,00 Disponível 2.500,00 Caixa 2.000,00 Bancos 500,00 Aplicações a Curto Prazo 0,00 Contas Cíclicas 6.000,00 Circulante 6.000,00 Contas a Receber 3.000,00 Estoques 3.000,00 PASSIVO CIRCULANTE Contas Erráticas 3.000,00 Circulante Financeiro 3.000,00 Duplicatas Descontadas 3.000,00 Empréstimos Curto Prazo 0,00 Contas Cíclicas 4.000,00 Circulante Não Financeiro 4.000,00 Fornecedores 2.000,00 Obrigações Fiscais 1.000,00 Obrigações Trabalhistas 1.000,00 Contas Não Cíclicas 5.000,00 ATIVO NÃO CIRCULANTE 5.000,00 Contas a Receber 1.000,00 Títulos a Receber 0,00 Investimentos 0,00 Máquinas e Equipamentos 4.000,00 Diferido 0,00 Total do Ativo ,00 Figura 5: Balanço Patrimonial da empresa X. Contas Não Cíclicas 6.500,00 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 0,00 Empréstimos e Financiamentos 0,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 6.500,00 Capital Social 5.000,00 Reservas 1.000,00 Lucros/Prejuízos Acumulados 500,00 Total do Passivo ,00

9 Através destes dados vamos calcular o Capital de Giro, Necessidade de Capital de Giro (NCG) e Saldo de Tesouraria: Capital de Giro = Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido Ativo Não Circulante Capital de Giro = 0, , ,00 = 1.500,00 Ou ainda, Capital de Giro = Ativo circulante Passivo circulante Capital de Giro = (2.500, ,00) (3.000, ,00) Capital de Giro = 8.500, ,00 = 1.500,00 NCG = Ativo Cíclico Passivo Cíclico NCG = 6.000, ,00 = 2.000,00 Saldo de Tesouraria = Ativo Errático Passivo Errático Saldo de Tesouraria = 2.500, ,00 = -500,00 Nota-se com os resultados obtidos através do conceito de capital de giro, o resultado foi positivo significando uma sobra de recursos de longo prazo para poder usar no financiamento operacional da empresa. Caso o resultado fosse o contrário significaria que estava faltando recursos de longo prazo para financiar as operações de longo prazo da organização. Em relação aos resultados da Necessidade de Capital de Giro também foram positivos, representando que a empresa não está fazendo uma boa gestão de prazos, ou seja, as contas a receber e estoques estão maiores que as contas a pagar (fornecedores e obrigações), e podemos considerar que a empresa paga suas contas antes de receber dos clientes. Este descompasso no ciclo financeiro faz com que a empresa necessita de recursos para financialo. Caso a NCG fosse negativo seria a situação ideal da gestão financeira, significando uma sobra de recursos a custo zero, ou seja, a empresa utiliza muito bem a gestão de prazos, negociando melhores prazos com os fornecedores, e fazendo girar de forma rápida seus estoques, e conseguindo receber dos clientes em prazos curtos. E finalmente o saldo de tesouraria foi negativo, significando que a empresa está financiando suas necessidades, no caso, a NCG, com recursos onerosos no curto prazo, especificamente descontando duplicatas, situação péssima para a empresa. Por outro lado um saldo de tesouraria positivo significaria uma sobra de recursos em caixa, também não é uma boa gestão, pois o dinheiro está parado no caixa, sendo que poderia ser utilizado nas operações da organização. 5 Conclusão Concluímos que os retornos e ou ganhos empresariais advêm dos investimentos realizados em máquinas, equipamentos, estrutura física (ativos permanentes). Assim o capital de giro é o preço pago para as organizações poder operar seus negócios, sendo necessário um valor mínimo necessário para a empresa manter suas operações, reduzindo o risco de iliquidez da empresa. Para financiar os ativos cíclicos (contas a receber e estoques), a melhor opção é através dos passivos cíclicos (fornecedores e obrigações fiscais e trabalhistas), representando um resultado negativo na NCG, que automaticamente significa um ciclo de caixa negativo, ou

10 seja, a empresa compra os produtos, que vai para o estoque, vende e recebi, antes de pagar seus fornecedores, situação ideal na gestão de prazos. Neste sentido fica a sugestão de um próximo estudo aprofundado sobre o ciclo financeiro ou gestão de prazos, fazendo um estudo detalhado da administração de valores a receber, administração de estoques, administração de contas a pagar, ciclo operacional e ciclo financeiro, sendo fator estratégico na gestão financeira empresarial. Além do passivo cíclico, podemos financiar os ativos cíclicos, utilizando os passivos de longo (financiamentos de terceiros) ou próprios através de aporte de capital devendo analisar qual das duas opções tem o menor custo para a empresa. E ainda através da geração de lucros durante o período, sendo uma ótima opção, pois partindo da logica da administração financeira, os lucros deverão ser reinvestidos na empresa. E por fim, por hipótese nenhuma não devemos financiar os ativos cíclicos, com recursos captados através de empréstimos de curto prazo, descontos de duplicatas, ou outros tipos de captação no curto prazo (contas erráticas), pois são captações que envolvem juros elevados e onerosos para a empresa. Resumindo, elevado nível de capital de giro facilita os processos operacionais, no entanto, implica em maiores custos financeiros e operacionais, sendo necessário encontrar um nível ideal sem prejudicar as operações, e por outro lado sem causar elevados custos. A abordagem Fleuriet de Administração de Capital de Giro facilita o entendimento sobre o conceito de capital de giro, suas características, e proporciona uma melhor compreensão da captação e aplicação de recursos na empresa. 6 Referências Bibliográficas ABREU FILHO, Jose Carlos Franco de; et.al.. Finanças Corporativas. 10. ed., Rio de Janeiro: Editora FGV, ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 4. ed., São Paulo: Editora Atlas. ASSAF NETO, Alexandre; TIBURCIO SILVA, Cesar Augusto. Administração de Capital de Giro. 4. ed., Atlas, FLEURIET, Michel; KEHDY, Ricardo; BLANC, George. O Modelo Fleuriet: A Dinâmica Financeira das Empresas Brasileiras. 5.ed., Rio de Janeiro: Elsevier, GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. 12. ed., São Paulo: Pearson Prentice Hall, MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 6. ed., São Paulo: Editora Atlas, MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem básica e gerencial. 6. ed., São Paulo: Atlas, PEREIRA, Agnaldo Santos. Modulo: Administração de Capital de Giro. Uberlândia: FGV, ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W. e JORDAN, Bradford. Fundamentos of Corporate Finance. Richard D. Irwin Inc., SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 23. ed., São Paulo: Cortez, 2007.

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