DIREITO PENAL. Prof. ANA PAULA. Aula 00 DIREITO PENAL OAB 1ª FASE XXIII EXAME PROFª. ANA PAULA LOPES.

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1 00 DIREITO PENAL OAB 1ª FASE XXIII EXAME PROFª. ANA PAULA LOPES 1

2 APRESENTAÇÃO CURRÍCULO DA PROFESSORA Ana Paula Lopes é advogada criminalista há 20 anos, e há 18 professora de penal, processo penal e criminologia. É também mestre em penal, processo penal e criminologia pela UCAM e doutora em penal pela UFMG. É fundadora do projeto penal de A a Z e do penalscope. Queridos alunos, sejam muito bem-vindos ao nosso curso de Direito Penal para A 1ª FASE DO EXAME DE ORDEM. É uma grande alegria podermos compartilhar de um momento tão importante na sua vida. Vamos juntos rumo à sua aprovação com o nosso querido Direito Penal. Nosso curso oferece a teoria dos temas do Direito Penal correlacionados com o edital do último EXAME, videoaulas com dicas e correção de questões. Faremos, ainda, o bom uso da nossa experiência em EXAME DE ORDEM para te ajudar a conseguir a tão sonhada aprovação. 2

3 O meu objetivo será sempre apresentar o conteúdo em linguagem SIMPLES, SUCINTA E DIDÁTICA, apontando os principais pontos que poderão ser exigidos na prova. Pedimos que mantenha o FOCO nos estudos, pois assim certamente você conseguirá alcançar APROVAÇÃO!!! 1. INTRODUÇÃO Nosso curso será em forma de teoria e questões no formato exigido tradicionalmente pela FGV. Quando necessário a teoria virá acompanhada de vídeos com dicas importantes. Isso elevará sua capacidade de fixação do conteúdo, mesmo que ainda não esteja dominando a legislação completamente. Chamarei sua atenção quando tivermos vídeo sobre determinado tópico. Antes de prosseguirmos vejamos o conteúdo cobrado no Edital: Conteúdo programático de Direito Penal 1 História do Direito Penal. 2 Criminologia. 3 Política Criminal. 4 Princípios penais e constitucionais. 5. Interpretação e integração da lei penal. 5.1 Analogia. 6. Normal penal. 6.1 Classificação e espécie das infrações penais. 6.2 Concurso aparente de normas 7. Aplicação da Lei Penal. 7.1 Lei Penal no Tempo. 7.2 Lei Penal no Espaço. 8. Teoria Geral do Delito. 8.1 Conduta. 8.2 Relação de Causalidade Teoria da imputação objetiva. 8.3 Tipo penal doloso. 8.4 Tipo penal culposo. 8.5 Tipicidade. 8.6 Antijuridicidade. 8.7 Culpabilidade. 8.8 Condições objetivas de punibilidade e escusas absolutórias 8.9 Consumação e tentativa Desistência Voluntária Arrependimento eficaz Arrependimento posterior Crime impossível. 9 Erro. 9.1 Erro de tipo. 9.2 Erro de proibição. 9.3 Erro de tipo permissivo. 10. Concurso de Pessoas. 11. Penas e seus critérios de aplicação. 12. Origens e Finalidades da pena Teorias da pena Espécies de penas Aplicação da pena Concurso de crimes Suspensão condicional da pena. 13 Efeitos da condenação. 14 Reabilitação. 15 Medidas de segurança Execução das medidas de segurança. 16 Causas Extintivas de Punibilidade. 17 Ação Penal. 18 Crimes em espécie. 19 Execução Penal Lei 7.210/ Livramento condicional Progressão e regressão de regime Remição Detração Incidentes de execução. 20. Legislação Penal Extravagante Leis Penais Especiais 3

4 Nada mal hein?! Perceba que temos um belo desafio pela frente! A partir do conteúdo cobrado no último edital, podemos então traçar o nosso cronograma. 1. CRONOGRAMA DO CURSO Aula Tema Data 0 Aula demonstrativa: Princípios penais e constitucionais. Disponível Interpretação e integração da lei penal. Analogia. Normal penal. Classificação e espécie das infrações penais. Concurso aparente de normas Aplicação da Lei Penal. Lei Penal no Tempo. Lei Penal no Espaço. 1 TEORIA DO CRIME 10/05/17 2 CONCURSO DE CRIMES 15/05/17 3 CONCURSO DE PESSOAS 25/05/17 E TEORIA DAS SANÇÕES PENAIS 4 CRIMES EM ESPÉCIE 1 10/06/17 5 CRIMES EM ESPÉCIE 2 17/06/17 6 CRIMES EM ESPÉCIE 3 01/07/17 7 CRIMES EM ESPÉCIE 4 10/07/17 8 LEIS ESPECIAIS 15/07/17 4

5 Preparando-se para estudar Tenha marca-texto amarela em mãos! Desligue o celular e saia da internet. Iluminação adequada (luz branca). Diga: Vou dar o melhor de mim hoje! Ligue seu cronômetro e comece! 5

6 PRINCÍPIOS NORTEADORES E LIMITADORES AO JUS PUNIENDI Vamos começar? Hoje iniciaremos o nosso estudo com os princípios norteadores e limitadores da atividade punitiva do Estado. (Vide Art. 5º, XXXIX, CRFB e Art. 1º do CP) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. Alguns doutrinadores e principalmente os mais clássicos tratam o princípio da legalidade como sinônimo de reserva legal. Entretanto, legalidade não é só reserva legal, é também, anterioridade. Portanto tratar legalidade como sinônimo de reserva legal é mitigar o princípio. Desta forma conclui-se que os princípios da reserva legal e da anterioridade estão contidos dentro do princípio da legalidade. 6

7 PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL Esse princípio preconiza que somente a Lei em sentido estrito (stricto sensu) pode dizer o crime. Dessa forma somente por meio de Lei Ordinária ou complementar é que se pode legislar em matéria penal. Sendo assim, portarias, decretos, medidas provisórias, regulamentos não podem dizer o crime, não podem legislar em matéria penal pois, apesar de Leis, são em sentido amplo. A CRFB não exige que o direito penal seja legislado por meio de Lei complementar (aquela que exige quórum qualificado para sua aprovação, ou seja, 50% + 1 de todos os deputados), portanto basta que o seja por Lei ordinária (aquela que exige um quórum simples para sua aprovação, 50% + 1 dos deputados presentes), entretanto tudo que pode ser feito por Lei ordinária, pode ser feito por Lei complementar, sendo assim não ferirá o princípio da legalidade, caso o direito penal venha a ser legislado por meio de uma Lei complementar, pois de acordo com a máxima quem pode mais, pode menos, se aquela Lei foi aprovada por um quórum qualificado sê-loia por um quórum simples. As normas penais podem ser incriminadoras ou não. A incriminadora pode ser direta ou indireta, também chamada de incriminadora por extensão. A norma penal será diretamente incriminadora quando trouxer preceito primário (descreve a conduta), e secundário (descreve a pena). A norma penal incriminadora indireta ou incriminadora por extensão é aquela que descreve o elemento do preceito primário da norma penal diretamente incriminadora. A norma penal não incriminadora pode ser permissiva ou explicativa. Será permissiva quando estiver permitindo uma conduta 7

8 proibida e será explicativa quando estiver apenas explicando, desde que não seja incriminadora indireta Obs. 1: o princípio da legalidade só se aplica as normas penais incriminadoras. Dessa forma, as mesmas devem ser interpretadas literalmente, gramaticalmente. Já as normas penais não incriminadoras permitem outros métodos de interpretação, pois nelas não vige o princípio da legalidade. Vamos esquematizar: Obs. 2: No Direito Penal não se admite como método de integração, a analogia, salvo para beneficiar o réu. Isto porque no Direito Penal qualquer tipo de analogia in malam partem ferirá o princípio da legalidade, pois estar-se-ia dizendo que é crime o que a lei não diz. Por exemplo o estatuto do desarmamento (Lei no 10826/03) prevê, define e tipifica como crime o porte de arma de fogo, acessórios, munições e artefatos explosivos sem autorização legal como crime. Dessa forma o sujeito que é pego portando arma branca, como por exemplo uma faca, não comete esse crime, pois se assim não fosse, estaríamos ferindo o princípio da legalidade, dizendo que é crime o que a lei não diz, constituindo uma analogia in malam partem 8

9 (prejudicando o réu). Por outro lado, tendo em vista que nas normas penais não incriminadoras, não vige o princípio da legalidade, admitese analogia in bonam partem (para beneficiar o réu), como, por exemplo, aplicar a norma do Art. 128, II, do CP na hipótese de um aborto praticado por um médico em uma gestante cuja gestação foi proveniente de uma violência sexual diversa do estupro. Vamos esquematizar: Obs.3: Não se pode confundir analogia com interpretação analógica. Analogia é método de integração do Direito, enquanto que a interpretação analógica é método de interpretação das normas na modalidade extensiva. Consoante observação anterior, não se admitirá analogia com as normas penais incriminadoras, entretanto, a interpretação analógica será admitida em normas dessa natureza quando as mesmas expressamente admitirem como por exemplo Art o, I, III e IV do CP. 9

10 As normas penais incriminadoras se subdividem em completas ou incompleta sendo esta também chamada de em branco ou do mandato em branco. A norma penal completa é aquela que, por si só é aplicável, não havendo necessidade de recorrer a outras normas. Já as normas penais em branco dependem de complementação por outras normas; a maioria das normas penais incriminadoras são completas. Podemos citar como exemplo de norma penal em branco: Arts. 235; 178 CP e Arts. 28 e segs. da Lei no 11343/06. As normas penais em branco se subdividem em homogêneas (quando o seu complemento tem a mesma fonte de produção do Direito Penal vide Art. 22, I CRFB) e heterogêneas (quando seu complemento não tiver a mesma fonte de produção do Direito Penal). Obs. 4: Há controvérsia na doutrina quanto à constitucionalidade das normas penais incriminadoras do mandato em branco heterogêneas, pois elas poderiam estar ferindo o princípio da legalidade tendo em vista que o seu complemento não provém de Lei em sentido estrito (Lei ordinária ou complementar), entretanto, o posicionamento que prevalece até por questão de política criminal, é o posicionamento de que essas normas não ferem o princípio da legalidade, pois quem define o crime não é o comportamento e sim a Lei penal. 10

11 Para que haja legalidade não basta PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE reserva legal. É preciso também observar o princípio da anterioridade. Esse princípio preconiza que ninguém pode ser punido por um fato que só passou a ser crime posteriormente. PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA OU ULTIMA RATIO Este princípio nasce de uma vertente minimalista (Direito Penal mínimo) que entende que o poder legislativo não deve tratar toda e qualquer conduta lesiva aos interesses da sociedade como crime, pois existem outros ramos do Direito com suas respectivas sanções que muitas vezes são suficientes para reprimir e prevenir. A intervenção do Direito Penal na vida em sociedade dever ser mínima, somente em último caso, última razão, ultima ratio. Evidencia a natureza subsidiária do Direito Penal, pois somente quando os demais ramos do ordenamento jurídico não forem fortes o suficiente na proteção de determinado bem é que se buscará sua proteção no Direito Penal. Obs.: Alguns doutrinadores tratam esse princípio como sinônimo do princípio da subsidiariedade do Direito Penal. Entretanto, apesar de estarem interligados tem aplicabilidade distinta. O princípio da ultima ratio deverá ser observado pelo poder legislativo no momento de legislar em matéria penal; enquanto que o princípio da 11

12 subsidiariedade do Direito Penal poderá ser utilizado pelo juiz para absolver o réu diante de um caso em concreto. PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE Este princípio também nasce do Direito Penal mínimo. Determina que o Direito Penal deve ser fragmentário, ou seja, assim como os demais ramos do Direito o penal irá tutelar, proteger todos os bens jurídico importantes para o convívio em sociedade, por exemplo a vida, a honra, o patrimônio, a liberdade, a fé pública, a paz pública etc. Mas não em toda e qualquer circunstância. Demonstra que o Direito Penal somente se importa com uma pequena parcela de bens existentes na sociedade e, consequentemente, com os comportamentos mais lesivos e inadequados socialmente. PRINCÍPIO DA LESIVIDADE, OFENSIVIDADE, TRANSCEDÊNCIA OU ALTERIDADE. Este princípio determina que não há crime sem lesão ou ameaça de lesão a bem de terceiro. Concluise, portanto que existem crimes de dano e crimes de perigo. O princípio da lesividade autoriza a intervenção penal não somente nas condutas que lesionam os bens jurídicos, mas também e excepcionalmente condutas que 12

13 gerem possibilidade de dano a esses bens jurídicos. Por exemplo o crime de homicídio é de dano, já o crime de porte ilegal de arma de fogo é de perigo; o crime de dano ao patrimônio de outrem é de dano, o crime de embriaguez ao volante é de perigo; o crime de lesão corporal é de dano, o crime de soltar balão é de perigo. Os crimes de perigo podem ser de perigo abstrato ou concreto. Os crimes de perigo abstrato são aqueles em que a presunção de perigo é absoluta, ou seja, não admite prova em contrário. Por exemplo, hoje o crime de embriaguez ao volante (Art. 306, CBT L. 9503/97) é classificado pela doutrina como de perigo abstrato, o que significa dizer que ainda que o condutor não esteja fazendo manobras arriscadas ao volante, estará cometendo crime se ingerir substância alcóolica ou de efeitos análogos. Os crimes de perigo concreto são aqueles em que a presunção de perigo não é absoluta, ou seja, admite prova em contrário. Por exemplo, o crime de incêndio (Art. 250, CP) é classificado pela maioria da doutrina como sendo de perigo concreto, ou seja, para caracterizar o crime não basta a comprovação de que o sujeito causou o incêndio, é preciso também que haja comprovação de que efetivamente existiu naquela circunstância possibilidade de dano a bem jurídico. Obs.: para os adeptos do direito penal mínimo, todos os crimes de perigo devem ser interpretados como crimes de perigo concreto. Assim haveria uma redução significativa da intervenção penal na vida em sociedade. Para esta vertente minimalista Não há crime sem lesão ou ameaça concreta de lesão a bem de terceiro. 13

14 O princípio da lesividade também determina que o direito penal não vai intervir quando a conduta constituir apenas auto lesão. Por exemplo: o direito penal não pune a prostituição, pois a mesma constitui auto lesão, entretanto, tirar proveito dos lucros da prostituição alheia, constituirá crime, pois estar-se-á atingindo a bem de terceiro (vide Art. 230, do CP rufianismo); suicidar não é crime, o crime é instigar, induzir ou auxiliar outrem ao suicídio. (Art. 122, CP). PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE OU DA RESPONSABILIDA DE SUBJETIVA NO DIREITO PENAL Também conhecido pela expressão nullum crimen sine culpa. No direito penal este princípio impede que alguém possa ser condenado criminalmente pelo simples fato e ter dado causa ao resultado. É indispensável a análise subjetiva, ou seja, perquirir (questionar) o animus agendi. Sendo assim, não há crime sem pelo menos culpa. No Direito Penal o nexo causal ou nexo de causalidade não é suficiente. É preciso a comprovação de que o sujeito deu causa ao resultado com culpa ou dolo (elementos subjetivos da norma penal incriminadora). 14

15 PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL Este princípio possui dupla função no Direito Penal. A primeira delas aplica-se em todos os demais ramos do Direito, que é informar ao poder legislativo que está na hora de alterar a legislação vigente, pois a mesma já não se aplica mais a realidade social. No Direito Penal, por exemplo, em 2005, o adultério deixou de ser uma conduta criminosa, bem como o crime de sedução que estavam previstos respectivamente nos Arts. 240 e 217 do Código Penal; em 2001 o assédio sexual passou a ser crime e está previsto no Art. 216-A do Código Penal. A outra vertente deste princípio provém da visão minimalista do Direito Penal proporcionando ao juiz a possibilidade de absolver o réu que pratica uma conduta que a lei descreve como crime, mas que não se adequa mais a realidade social. Somente podem ser tipificados os comportamentos que não estejam adequados socialmente, bem como revogados aqueles que, embora típicos, já não são mais repelidos pela sociedade. 15

16 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL Também conhecido como princípio da pessoalidade ou princípio da intranscedência da pena: somente o condenado é que terá de se submeter à sanção que lhe foi aplicada pelo Estado. Já a reparação dos danos e a decretação do perdimento de bens podem ser estendidos a seus sucessores e contra eles executadas até o limite do valor do patrimônio transferido. PRINCÍPIO DO NE, NO OU NON BIS IN IDEM De acordo com esse princípio, o sujeito não pode ser punido pelo mesmo fato duas ou mais vezes, não pode ter a pena atenuada, agravada, majorada ou minorada pela mesma circunstância, duas ou mais vezes. Em razão desse princípio, a circunstância que qualifica o crime não pode ser utilizada em nenhuma das fases de dosimetria da pena. EXEMPLO: O sujeito que mata por motivo fútil responderá pela pena do homicídio qualificado e no cálculo da mesma não poderá ter a agravante do art. 61, II, a do CP. 16

17 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÃNCIA OU BAGATELA Esse princípio, que nasce do direito penal mínimo, exclui a tipicidade material a fim de absolver o réu quando há mínima ofensividade da conduta do agente; nenhuma periculosidade social da ação; reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e inexpressividade da lesão jurídica provocada. 17

18 CONFLITO OU CONCURSO APARENTE DE NORMAS Em razão do princípio non bis in idem, o sujeito que pratica crime único não pode responder por dois ou mais. Entretanto, às vezes, a conduta se adequa a duas ou mais normas, gerando um conflito ou concurso aparente de normas. Exemplos: *Suj = sujeito ESSES E OUTROS CONFLITOS SE RESOLVEM ATRAVÉS DOS SEGUINTES PRINCÍPIOS: 1. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO, SUBSUNÇÃO OU ABSORÇÃO O princípio da consunção só se aplica nos seguintes casos: a) crime complexo quando a norma é composta de duas ou mais normas, como por exemplo, o latrocínio, que é roubo mais 18

19 homicídio, ou extorsão mediante sequestro, que é extorsão mais sequestro. b) crime progressivo quando o sujeito, para alcançar o crime desejado, passa por outros crimes, que são meios sempre necessários, como por exemplo, para praticar denunciação caluniosa (art. 339 CP), o sujeito tem de passar pela calúnia (art. 138 CP); para matar, o sujeito tem de passar pela lesão corporal, etc. c) progressão criminosa nesses casos, também há crimefim e crime-meio, como ocorre no crime progressivo. Entretanto, na progressão criminosa, o crime-meio não é sempre necessário; só o foi no caso concreto, como por exemplo, invadir domicílio para furtar, falsificar documento para estelionato, etc... Na hipótese de crime complexo, este absorve os demais. Na hipótese de crime progressivo, o crime-fim absorve o crime-meio. Na progressão criminosa, o primeiro crime é um antefactum e o posterior é um postfactum. OBS1: Nem todos admitem que há conflito aparente na progressão criminosa, entendendo que o sujeito deve responder por todos os crimes (concurso de crimes), mas quando admitem o conflito, aplicam o princípio da consunção, e um crime absorve o outro; normalmente o mais grave absorve o menos grave. 19

20 OBS2: não cabe consunção em crime culposo, haja vista que, para um crime ser absorvido tem de ser usado como meio para praticar o crime-fim, o que presume, obviamente, a intenção de cometer o crime, ou seja, o dolo. MACETE: primeiro, verifique se é possível aplicar consunção; não sendo, leia as normas que estão em aparente conflito. Se o texto delas for parecido, aplique o princípio da especialidade; em caso contrário, aplique o princípio da subsidiariedade. 2. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE Sendo especialidade, uma norma será geral e a outra especial. A especial será aquela que tem detalhes (especializantes) que a geral não tem. No conflito entre a norma especial e a geral, aplica-se aquela em detrimento desta. 3. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE DA NORMA Na subsidiariedade, uma norma será primária e a outra subsidiária. A primária será a que tiver a pena (base) mais gravosa. No conflito entre a norma primária e a subsidiária, aplica-se aquela em detrimento desta. A SUBSIDIARIEADE PODE SER TÁCITA OU EXPRESSA 20

21 Exempo: No art. 132 do CP a subsidiariedade é expressa pois na pena temos a seguinte expressão se o fato não constituir crime mais grave 4. PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE Quando, no mesmo contexto, o sujeito executa mais de um dos núcleos (verbos) da norma, responderá por ela uma única vez. As normas que têm mais de um núcleo são chamadas crimes de conteúdo variado, de ação múltipla, plurinucleares, ou tipo misto alternativo como, por exemplo, os arts. 122 do Código Penal, 14 e 16 da Lei /03 (Estatuto do Desarmamento), 28 e 33 da Lei /06 (Nova Lei de Drogas), etc.. Código Penal Art Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça (...) Estatuto do Desarmamento (Lei /03) Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...) Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...) 21

22 Lei de Drogas (Lei /06) Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas (...) Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (...) LEI PENAL NO TEMPO E NO ESPAÇO LEI PENAL NO TEMPO ATENÇÃO! ASSISTA O VIDEO SOBRE ESSE TEMA Ultra-atividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os fatos ocorridos durante a sua vigência. É o que ocorre com as leis penais de vigência temporária Lei excepcional ou temporária Art. 3º do CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 22

23 Retroatividade: é a possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo a fim de regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor para beneficiar o réu. Sabemos que a lei posterior poderá revogar lei anterior. No Direito Penal não é diferente, acontece que no Direito Penal quando há um conflito intertemporal de leis penais a regra é aplicar sempre a lei penal vigente ao tempo do crime, salvo se a nova lei for mais benéfica. Sendo assim, pode se concluir que o conflito ou concurso de leis penais no tempo se resolverá através dos seguintes princípios: Regra: Principio da irretroatividade da lei penal Exceção: Principio da retroatividade da lei penal mais benéfica TEORIA DA ATIVIDADE No Codigo Penal no art 4º adotou essa teoria para delimitar o tempo do crime. Sendo assim, em regra deverá ser aplicada a lei penal vigente no momento da conduta, salvo se a lei posterior for mais benéfica. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado TEMPO DO CRIME NOS CRIMES PERMANENTES E NOS CRIMES CONTINUADOS Crime Permanente -> Classificação doutrinaria para indicar o crime em que a conduta se prolonga no tempo 23

24 EXS: Art. 148, CP Crime de sequestro. Art. 229, CP Crime de casa de prostituição. Art. 159, CP Crime de extorsão mediante sequestro. Art. 33, Lei /06 Crime Trafico de drogas na modalidade manter em deposito Crime Continuado -> É uma espécie de concurso de crime previsto no art. 71 do CP O Crime continuado é uma ficção jurídica criada pelo legislador a fim de beneficiar o condenado que praticou 2 ou mais crimes da mesma espécie com circunstancias de tempo, lugar, modo de execução e outras semelhantes Podendo citar como ex: Funcionário das Lojas XYZ que durante 5 meses, a cada mês subtraiu dinheiro do caixa. Portanto, efetivamente praticou 5 furtos. Entretanto, aplicando-se a ficção jurídica da continuidade delitiva prevista no art. 71 do CP, é como se o 5º furto fosse continuação do 4º, que seria continuação do 3º e assim sucessivamente. Lei A Furto 5 Furto 4 Furto 3 Furto 2 Furto 1 Lei B 24

25 A Súmula 711 do STF determina que: Tanto no crime permanente quanto no continuado, o juiz deverá aplicar a lei penal vigente no momento em que cessou a permanência ou a continuidade, ainda que a lei anterior seja mais benéfica ao condenado. HIPOTESES DE LEIS PENAIS NO TEMPO a) ABOLITIO CRIMINIS Trata-se de uma lei penal que deixa de tratar como crime determinada conduta. Ex: Lei /05 Deixou de tratar como crime a conduta de adultério que estava prevista no art. 240 do CP b) NOVATIO LEGIS IN MELLIUS É uma lei que passa a dar um tratamento penal mais benéfico do que a lei anterior. Ex: Lei /09 Que revogou tacitamente o art. 9º da Lei 8.072/90 e com isso, beneficiou pois o art 9º dessa lei trazia pena maior dos crimes hediondos numa determinada circunstância Art. 9º As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, 3º, 158, 2º, 159, caput e seus 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal. 25

26 c) NOVATIO LEGIS IN PEJUS Uma lei que passa a dar tratamento mais severo do que a lei anterior. Ex: Lei /03 que aumentou as penas dos arts: 317 e 333 do CP. d) NOVATIO LEGIS INCRIMIDADORA Lei que passa a tratar como crime o que antes não era. Ex: Lei /09 que acresceu ao CP o crime de prevaricação indireta, art. 319-A do CP LEI PENAL NO TEMPO QUESTOES CONTROVERTIDAS 1) Ultratividade da lei penal de vigência temporária O art. 3º do CP determina a Ultratividade da lei penal de vigência temporária. A doutrina diverge quanto a recepcionalidade do art. 3º do CP pela CF/88, haja vista seu art. 5º, XL da CF/88 Minoritariamente entende-se que o art. 3º do CP não foi recepcionado pela CF/88 uma vez que a conduta deixou de ser crime, ocorre uma abolitio criminis não podendo o sujeito ser mais atingido pela lei de vigência temporária após cessar sua vigência. 26

27 Majoritariamente entende-se que o art. 3º foi recepcionado pelo art. 5º, XL da CF/88, pois o que a lei manda retroagir é a lei penal mais benéfica, o que não ocorre com a cessação da vigência temporária ou excepcional. As leis de vigência temporária auto cessam sua vigência, então, não há lei para retroagir. 2) Combinação de leis A doutrina e jurisprudência divergem quanto a esta possibilidade. Parte entende que combinar as leis fere o art. 22, I, CF/88 pois compete privativamente à União, legislar em matéria penal, não pode o juiz fazê-lo. Combinando leis seria o juiz criando uma nova lei, o que é absolutamente inconstitucional. Desta forma, havendo dúvida de qual das leis é a mais benéfica, aplica-se a regra, ou seja, a lei penal vigente ao tempo do crime. Rogério Grecco concorda com o posicionamento anterior, mas entende numa analise de direito comparado, que não dúvida o juiz deve perguntar ao réu e seu defensor, qual das leis quer que aplique. Minoritariamente, a doutrina entende que não há lesão aos preceitos constitucionais pois o juiz estaria apenas aplicando parte da lei vigente ao tempo do crime, seguindo a máxima: quem pode mais, pode menos. 27

28 O anteprojeto do novo CP traz previsão expressa para combinação de leis. 3) Retroatividade da lei penal mais benéfica no período da vacatio legis 1º Posicionamento -> Entendem que o juiz deverá sempre aguardar o fim da vacância para retroagir a nova lei mais benéfica para não correr o risco de que caso a nova lei seja revogada durante o período de vacatio e portanto, não chegou a ter vigência. 2º posicionamento -> O período de vacância existe apenas para que a sociedade tenha um prazo para se adequar as novas regras. Trata-se portanto de um alei penal mais benéfica que de acordo com a CF/88, deverá retroagir desde logo. 3º posicionamento -> Em regra o juiz deve aguardar o fim da vacatio legis para retroagi-la, salvo se esperar este tempo possa trazer prejuízo irremediável ao condenado. (Posição majoritária) SÚMULA N. 501 DO STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n /2006, desde que o resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo da aplicação da Lei n /1976, sendo vedada a combinação de leis. 4) Competência para retroagir a lei penal mais benéfica após o transito em julgado da sentença penal condenatória, ou seja, na fase da execução da pena. 28

29 Majoritariamente entende-se que a competência é do juízo da vara de execuções penais (VEP), com base no art. 66, I da LEP (Lei 7.210/84 de execuções penais). Minoritariamente entende-se que tendo em vista o trânsito em julgado, a competência seria do Tribunal de Justiça (TJ), através de uma ação de revisão criminal. 5) Retroatividade do complemento da norma penal em branco 1º posicionamento -> Quando se altera o complemento, não se altera a lei penal, portanto não há o que retroagir. 2º posicionamento -> Quando se altera o complemento, indiretamente altera-se a lei penal e se beneficiar o réu, a nova lei tem que retroagir. 3º posicionamento -> O complemento da nova lei penal em branco é irretroativo, salvo quando alterar a essência da norma (mens legis). LEI PENAL NO ESPAÇO Princípio da territorialidade: determina a aplicação da lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Para efeitos penais, estende-se: às embarcações e aeronaves brasileiras de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, às embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada que se achem no espaço aéreo correspondente ou em alto 29

30 mar. Estende-se ainda a aplicação da lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada que se encontrem em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente e às embarcações em porto ou mar territorial do Brasil. O Brasil adota o Princípio da Territorialidade consoante art. 5º, caput do CP, sendo assim, quando um a infração penal é praticada no território nacional brasileiro, estará submetido as leis penais brasileiras.. Entretanto, este principio não foi adotado de forma absoluta, e sim de forma relativa, portanto vamos encontrar exceção a esta regra. O Brasil é signatário da Convenção de Viena, desta forma, se um sujeito estrangeiro praticar uma infração penal no nosso território nacional, estará sujeito as leis penais brasileiras, salvo quando tiver imunidade diplomática, como por ex: Agentes diplomáticos, seus familiares, seus empregados, presidentes de organizações internacionais, etc. Território Nacional -> Pode ser conceituado sob 2 aspectos: 1) Geográfico -> Até onde o Brasil faz suas fronteiras 2) Jurídico -> Todo e qualquer lugar em que o Brasil exerça soberania. O Brasil, conforme os parágrafos do art. 5º do CP, adotou, para a lei penal no espaço, o conceito jurídico de Território Nacional Desta forma admite-se extensão do nosso território 30

31 Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil Princípio da extraterritorialidade: Excepcionalmente aplicar-se-á a lei penal brasileira quando o crime for cometido no estrangeiro. A extraterritorialidade poderá ser INCONDICIONADA ou CONDICIONADA Extraterritorialidade Art. 7 do CP Inciso I c/c 1º Inciso II c/c 2 3º c/c 2º Incondicionada Condicionada O art. 7º do CP trata do Principio da Extraterritorialidade, portanto, vai elencar as hipóteses em que a lei penal brasileira será aplicável a um crime cometido no estrangeiro. Extraterritorialidade Incondicionada 31

32 No caso do inciso, I do art. 7º do CP, consoante determina o 1º deste mesmo artigo. Desta forma, estar-se-ia admitindo que alguém possa ser processado, julgado e até mesmo condenado duas ou mais vezes pelo mesmo crime. in idem Com isso, pode-se concluir um a lesão ao principio do non bis O art. 8º do CP tentando minimizar (amenizar) essa lesão, determina que o sujeito vai descontar da pena aplicada no Brasil, o tempo de pena que ele tenha cumprido no estrangeiro. Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas Extraterritorialidade Condicionada Nas hipóteses do inciso II e 3º do art. 7º, conforme 2º deste mesmo artigo, vai determinar cumulativamente as condições que deverão ser observadas nestes casos. O Art. 7º do CP adota os seguintes princípios: a) No art. 7º, I do CP adotou-se o Princípio da Defesa Real ou de Proteção b) O Art. 7º, II, a, CP adotou o Principio Cosmopolita da Universalidade ou justiça Penal Universal c) O Art. 7º, II, c, CP adotou o princípio da Nacionalidade ou Personalidade Ativa d) Quanto ao 3º do Art. 7º, CP há controvérsia. Parte da doutrina entende que este paragrafo adotou o Princípio da Defesa Real ou Proteção. 32

33 Entretanto para a maioria da doutrina não foi este o principio adotado, pois trata-se de hipótese de extraterritorialidade condicionada. Se fosse o princípio da defesa seria incondicionada. Portanto, adotou-se o Princípio da Nacionalidade ou Personalidade Passiva. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena 33

34 e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça. CUIDADO!!! O 3º do art. 7º do CP só será aplicado quando o sujeito ativo (autor do crime) for estrangeiro, se o sujeito ativo for brasileiro aplica-se o art. 7º, inciso II, alínea a do CP LUGAR DO CRIME O art. 6º do CP adotou a Teoria da Ubiguidade ou mista, sendo assim, considera-se o lugar do crime tanto o lugar em que se deu a conduta bem como o lugar que se deu o resultado. EXEMPLO: O sujeito atira na vítima no brasil que vem a falecer na Bolívia. O crime considera-se praticado tanto no Brasil quanto na Bolívia. Desta forma, aplica-se o princípio da territorialidade já que o crime foi praticado no brasil, ainda que também tenha sido praticado no estrangeiro 34

35 PARA FIXAR AS TEORIAS ADOTADAS PARA TEMPO E LUGAR DO CRIME: LUGAR UBIQUIDADE TEMPO ATIVIDADE EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA Pelo Princípio da Soberania, uma sentença estrangeira só poderá ser executada no Brasil se for homologada pelo STJ. No caso de uma sentença estrangeira de natureza penal, o STJ somente poderá homologá-la nos casos do art. 9º do Código Penal. Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 35

36 CONTAGEM DE PRAZO De acordo com os artigos 10 e 11 do código penal, os prazos são contados no direito material de forma diversa do direito processual. O primeiro dia não se inclui na contagem do prazo. Exemplo.: prescrição, tempo de privação de liberdade, decad~encia, sursis, livramento condicional, etc. Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. Art Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. Os prazos de direito penal começam sua contagem no mesmo dia em que os fatos ocorreram, independentemente de tratarem-se de dia útil ou feriado, encerrando-se também desse modo. Não se considera se são dias úteis ou não. Exemplo: A prescrição do direito de promover a ação penal contra o autor do fato começa a contar no dia em que ocorreu o delito (na esfera penal a prescrição é considerada como garantia de direito material do autor). Assim, segue a contagem de prazos prevista no Código Penal. A contagem dos prazos de direito processual se inicia no primeiro dia útil seguinte ao seu marco inicial e, caso se encerrem em feriados ou finais de semana, têm o final de sua contagem prorrogado para o primeiro dia útil subsequente. Por aquele, de fato, a contagem de anos e meses deve considerar o primeiro dia da contagem e excluir o último, já que este é o método que usamos para contar os prazos de anos e meses no calendário. 36

37 Um exemplo: o prazo de um ano, que se inicia no dia 15 de janeiro de 2016, terminará dia 14 de janeiro de Portanto, é correto afirmar que na contagem dos prazos do Direito Penal se deve considerar o primeiro dia e ignorar o último. 37

38 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1- O agente que mata alguém, por imprudência, negligência ou imperícia, na direção de veículo automotor, comete o crime previsto no art. 302, da Lei n.º 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), e não o crime previsto no art. 121, 3.º, do Código Penal. Assinale, dentre os princípios adiante mencionados, em qual deles está fundamentada tal afirmativa. a) Princípio da consunção. b) Princípio da alternatividade. c) Princípio da especialidade. d) Princípio da legalidade. 2- Sobre as possíveis leituras do garantismo, na perspectiva dos direitos fundamentais, é CORRETO afirmar que a) a concepção de um garantismo positivo alia-se ao princípio da proibição de proteção deficiente, trazendo como consequência a extensão da função de tutela penal aos bens jurídicos de interesse coletivo. b) o pensamento garantista se funda, em seu modelo clássico, em princípios que se opõem à tradição jurídica do iluminismo e do liberalismo. c) o garantismo, na concepção de Ferrajoli, tem como objetivo principal edificar um conceito específico para a criminologia, a partir da discussão da legitimidade da intervenção penal, não se ocupando, por isso, do estudo da qualidade, quantidade e necessidade da pena. d) a proposta do garantismo pode ser sintetizada na tentativa de arrefecer os princípios fundamentais que devem orientar o direito penal em um sistema punitivo democrático. 38

39 3- Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo estatal, assinale a opção correta. a) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar-se a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando-se somente de uma parte dos bens protegidos pela ordem jurídica. b) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado. c) Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. d) O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 4- Assinale a opção correta acerca da pena cumprida no estrangeiro e da eficácia da sentença estrangeira. a) É possível a homologação, pelo STJ, de sentença penal condenatória proferida pela justiça de outro país, para obrigar o condenado residente no Brasil à reparação do dano causado pelo crime que cometeu. b) A competência para a homologação de sentença estrangeira é do STF, restringindo-se a referida homologação a casos que envolvam cumprimento de pena privativa de liberdade no Brasil. c) Apenas nas hipóteses de infração penal de menor potencial ofensivo, admite-se que a pena cumprida no estrangeiro atenue a pena imposta, no Brasil, pelo mesmo crime. 39

40 d) A pena cumprida no estrangeiro não atenua nem compensa a pena imposta, no Brasil, pelo mesmo crime, dado o caráter independente das justiças nacional e estrangeira. 5- Assinale a opção correta no que diz respeito ao entendimento do STJ acerca do princípio da insignificância e sua aplicação ao direito penal. a) O fato de o réu possuir antecedentes criminais impede a aplicação do princípio da insignificância. b) O pequeno valor da res furtiva, por si só, autoriza a aplicação do princípio da insignificância. c) Uma quantidade mínima de cocaína apreendida, em hipótese alguma, pode constituir causa justa para trancamento da ação penal, com base no princípio da insignificância. d) São sinônimas as expressões bem de pequeno valor e bem de valor insignificante, sendo a conseqüência jurídica, em ambos os casos, a aplicação do princípio da insignificância, que exclui a tipicidade penal. 6- Em relação ao princípio da insignificância ou de bagatela, assinale a alternativa incorreta: a) seu reconhecimento exclui a tipicidade, constituindo-se em instrumento de interpretação restritiva do tipo penal. b) somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação social. c) sua aplicação não é prevista no Código Penal, mas é amplamente admitida pela doutrina e jurisprudência. d) somente tem aplicabilidade em crimes contra o patrimônio. e) exige, para seu reconhecimento, que as conseqüências da conduta tenham sido de pequena relevância. 7- Em relação aos princípios norteadores do Direito Penal, aponte a afirmativa INCORRETA. 40

41 a) O princípio da legalidade ou da reserva legal constitui efetiva limitação ao poder punitivo estatal. b) O princípio da insignificância refere-se à aplicação da pena. c) Pelo princípio da fragmentariedade, a proteção penal limita-se aos bens jurídicos relevantes. d) Pelo princípio da individualização da pena, a sanção a ser aplicada deve considerar todas as circunstâncias da conduta do agente. 8- Assinale a alternativa incorreta: a) segundo o princípio da especialidade, a norma específica derroga a norma geral, ainda que aquela contenha conseqüências penais mais gravosas. b) segundo o princípio da consunção, na hipótese de crime progressivo, as normas que definem crimes mais graves absorvem as de menor gravidade. c) o resultado da ação não pode ser atribuído ao agente na hipótese da existência de causa absolutamente independente, salvo se esta for preexistente. d) nos crimes comissivos por omissão, o agente, que possui o especial dever de agir, abstem-se dessa atuação. e) nos crimes de perigo abstrato, o perigo é objeto de presunção juris et de jure. 9- Em decorrência de garantias formalizadas ou não na Constituição Federal, o Direito Penal a) é regido pelos princípios da fragmentariedade e da subsidiariedade, não se submetendo à regra de taxatividade. b) admite responsabilidade que não seja pessoal. c) não está submetido ao princípio da intervenção mínima. d) constitui instrumento de controle social regido pela característica da fragmentariedade. e) deve obedecer ao princípio da proporcionalidade da pena, sem atentar, porém, para a perspectiva da subsidiariedade. 41

42 10- Antônio, quando ainda em vigor o inciso VII, do art. 107, do Código Penal, que contemplava como causa extintiva da punibilidade o casamento da ofendida com o agente, posteriormente revogado pela Lei n.º , publicada no dia 29 de março de 2005, estuprou Maria, com a qual veio a casar em 30 de setembro de O juiz, ao proferir a sentença, julgou extinta a punibilidade de Antônio, em razão do casamento com Maria, fundamentando tal decisão no dispositivo revogado (art. 107, VII, do Código Penal). Assinale, dentre os princípios adiante mencionados, em qual deles fundamentouse tal decisão. a) Princípio da isonomia. b) Princípio da proporcionalidade. c) Princípio da retroatividade da lei penal benéfica. d) Princípio da ultratividade da lei penal benéfica. e) Princípio da legalidade. 11- (Juiz de Direito TJ/SP 178º Concurso) Assinale a alternativa correta: a) O princípio da reserva legal pressupõe a existência de lei anterior, emanada do Poder Legislativo, definindo o crime e a pena, sendo lícito afirmar, então, que as medidas provisórias não podem definir crimes e impor penas. b) A analogia, como forma de autointegração da lei, pode ser amplamente aplicada no âmbito do direito penal. c) O princípio da legalidade admite, por exceção, a revogação da lei pelo direito consuetudinário. d) O postulado da taxatividade, consequência do princípio da legalidade, que expressa a exigência de que a lei penal incriminadora seja clara, certa e precisa, torna ilegítima as normas penais em branco. 12- Considere a seguinte situação hipotética: a Assembléia Legislativa do Estado do Pará, obedecendo a todos os trâmites legais previstos na legislação estadual, aprovou uma lei, depois regularmente sancionada e publicada, 42

43 definindo ser crime a seguinte conduta: Realizar obras de construção civil às margens do Rio Amazonas em área afetada pelo fenômeno das terras caídas. Pena detenção, de 1 a 2 anos. Diante disso, pode-se afirmar: a) A criação desse delito fere o princípio da insignificância. b) A criação desse delito fere o princípio da culpabilidade. c) A criação desse delito não fere nenhum princípio. d) A criação desse delito fere o princípio da legalidade. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 13- Considere a seguinte situação hipotética: LUIZ, 18 anos, foi surpreendido portando dois cigarros de maconha para uso próprio. Considerando que a legislação brasileira considera formalmente criminosa essa conduta, poderia se alegar, em tese e com sustentação doutrinária, a violação do seguinte princípio para tentar livrar LUIZ de uma condenação: a) princípio da anterioridade. b) princípio da reserva legal. c) princípio da alteridade. d) princípio da adequação social. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 14- Considere a seguinte situação hipotética: foi regularmente criada uma lei federal definindo o seguinte crime: Planejar ato terrorista. Pena reclusão, de 2 a 5 anos. Diante da mesma, podemos dizer que foi violado o princípio da: a) Anterioridade. b) Adequação social. c) Insignificância. d) Subsidiariedade. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 43

44 15- Considere a seguinte situação hipotética: no dia 01/03/2012 entrou em vigor uma lei aumentando para 1 a 4 anos, de reclusão a pena do crime previsto no art. 148, caput, do CP (sequestro e cárcere privado). Ocorre que, desde 29/02/2012, FÁBIO, de 30 anos, mantinha em cativeiro MARIA (18 anos), apresentando conduta compatível com o crime descrito no dispositivo legal mencionado. Quando foi no dia 02/03/2012, a Polícia conseguiu desvendar o crime, libertando MARIA e prendendo FÁBIO. Diante disso, é correto afirmar: a) Acaso o juiz aplique a nova lei para impor a pena a FÁBIO, restará violado o princípio da anterioridade. b) Acaso o juiz aplique a nova lei para impor a pena a FÁBIO, restará violado o princípio da reserva legal. c) Acaso o juiz aplique a nova lei para impor a pena a FÁBIO, não restará violado o princípio da legalidade. d) Acaso o juiz aplique a nova lei para impor a pena a FÁBIO, restará violado o princípio da igualdade. e) Acaso o juiz aplique a nova lei para impor a pena a FÁBIO, restará violado o princípio da intervenção mínima. 16- Considere a seguinte situação hipotética: FELIPE (18 anos) e RODOLFO (19 anos), ambos com canivete em mãos, ameaçaram ROSANA e dela subtraíram o valor de R$ 1,00 (um real), único valor que a mesma portava no momento. Depois foram os dois presos, processados e julgados, sendo ambos condenados a uma pena de dez anos de reclusão. Na fundamentação da sentença simplesmente afirmou o juiz que os dois mereciam a mesma pena, não havendo necessidade de analisar detalhadamente a conduta de cada um, pois concorreram para o mesmo crime. Diante disso, é possível afirmar que: a) Deveria o juiz ter aplicado o princípio da insignificância, pois a violação ao bem jurídico protegido (patrimônio) foi mínima. b) Ao aplicar a pena o juiz violou o princípio do ne bis in idem, pois aplicou a mesma pena aos dois sem analisar a conduta de cada um. 44

45 c) Ao aplicar a pena, sem analisar individualmente a conduta de cada agente, o juiz violou o princípio da individualização da pena. d) Ao aplicar a pena aos agentes o juiz não violou qualquer princípio. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 17- Considere a seguinte situação hipotética: ARTUR, diretor de uma grande empresa petrolífera, foi condenado a uma pena de reclusão de 4 anos e de multa de R$ ,00 (duzentos mil reais), por ter provocado um sério dano ambiental. Ocorre que, ao tomar conhecimento da condenação, ARTUR teve um ataque cardíaco e faleceu, deixando para os herdeiros significativo patrimônio. Diante disso, é correto afirmar: a) A pena imposta a ARTUR (reclusão e multa) poderá ser atribuída aos seus herdeiros. b) Poderá ser exigida dos herdeiros de ARTUR unicamente a pena de multa, até o limite do patrimônio por ele deixado. c) Não poderá ser exigida nenhuma pena dos herdeiros de ARTUR, pois providência nesse sentido violaria o princípio da confiança. d) Não poderá ser exigida nenhuma pena dos herdeiros de ARTUR, pois providência nesse sentido violaria o princípio da responsabilidade pessoal. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 18- Assinale a alternativa correta: a) Segundo a doutrina predominante, a principal função do Direito Penal é o combate à criminalidade. b) Segundo a doutrina predominante, a principal função do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos. c) O Código Penal Brasileiro segue integralmente as diretrizes do funcionalismo moderado. d) O Direito Penal do inimigo tem sua fundamentação teórica na teoria do garantismo penal. 45

46 e) Na doutrina brasileira prevalece atualmente a ideologia do abolicionismo penal. 19- Tem efeito retroativo a lei que: a) Elimina a circunstância atenuante prevista na lei anterior; b) Comina pena mais grave, mantendo a definição do crime anterior; c) torna típico fato anteriormente não incriminado; d) não mais incrimina fato anteriormente considerado ilícito penal; e) acrescenta circunstância qualificadora não prevista na lei anterior. 20- A lei posterior que de qualquer modo favorece o agente: a) aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado; b) aplica-se aos fatos anteriores, mesmo havendo sentença condenatória, desde que não tenha transitado em julgado; c) aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado, desde que não se trate de crime hediondo; d) aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória, mas ainda tramitando recurso interposto pela defesa. 21- O fenômeno da ultra atividade da lei penal: a) está circunscrito às leis excepcionais ou temporárias; b) pode ocorrer em outra hipótese além das previstas nas leis excepcionais ou temporárias; c) está impedido por ferir mandamento constitucional; d) ocorre na vacatio legis e nada tem com leis excepcionais e temporárias. 46

47 22- Entre outras disposições, a lei nº , de 28 de março de 2005, revogou: I- o art. 217 do Código Penal, que definia o delito de sedução; II- o inciso III, do art. 226 do Código Penal, que estabelecia aumento de pena em razão da condição de casado do autor de crime contra os costumes. Assinale, então, a única alternativa incorreta. a) Em I, está definida a chamada abolitio criminis. b) II é a norma que se encaixa no conceito de Lex mitior: ao sumprimir causa de aumento de pena, pode favorecer o agente com definição de resposta penal menos rigorosa que a lei anterior. c) II não pode se aplicada retroativamente para beneficiar agente que já está condenado por sentença transitada em julgado. d) Em virtude de I, deve cessar de imediato a execução da pena resultante de condenação definitiva pelo delito de sedução. e) Por seu conteúdo e caráter retroativo, I retrata hipótese de extinção de punibilidade, prevista no art. 107 do Código Penal. 23- O presidente da República Federativa do Brasil, por medida provisória, criou um tipo penal de crime. Pergunta-se : alguém poderá ser processado por tal crime, se praticado na vigência dessa MP? a) Sim, porque a MP tem força de lei. b) Não, porque a MP não é lei no sentido estrito. c) Sim, se a conduta do agente for posterior à data da publicação da MP. d) Nenhuma das respostas anteriores. 47

48 24- A lei estadual e a lei municipal influem no Direito Penal: a) criando tipos penais; b) estabelecendo penas; c) descriminando fatos; d) alterando tipos e penas; e) completando normas penais em branco. 25- Dois Princípios regem os conflitos de direito intertemporal: a) Princípio da Legalidade e Princípio da Reserva Legal; b) Princípio da Anterioridade e Princípio da Legalidade; c) Princípio da Irretroatividade da lei mais gravosa e o Princípio da Retroatividade da lei mais benigna; d) Princípio da Irretroatividade da lei mais benigna e Princípio da Retroatividade da lei mais gravosa. 48

49 26- No tema Lei Penal no Tempo, o Princípio da Ultra atividade da lei penal significa: a) aplicação da lei penal mais benéfica para fatos ocorridos antes de sua vigência; b) aplicação da lei penal mais benéfica para fatos ocorridos antes e depois de sua vigência; c) aplicação da lei penal mais benéfica para fatos ocorridos durante a sua vigência mesmo após sua revogação; d) proibição da retroatividade da lei penal; e) irretroatividade da lei penal, salvo para beneficiar o réu. 49

50 CONCLUSÃO Ufa!!! Chegamos ao final de nossa Aula demonstrativa. Aguardo vocês na próxima aula!! Rumo à APROVAÇÃO!!! E aí vamos nessa?! Qualquer dúvida fico à disposição! Grande abraço e bons estudos! Prof. Ana Paula Lopes 50

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