PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA E CISTOS PROSTÁTICOS EM CÃES RELATO DE CASO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO VERA ROSANE SOUTO DO NASCIMENTO PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA E CISTOS PROSTÁTICOS EM CÃES RELATO DE CASO PORTO ALEGRE RS 2009

2 VERA ROSANE SOUTO DO NASCIMENTO PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA E CISTOS PROSTÁTICOS EM CÃES RELATO DE CASO Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, Departamento de Ciências Animais para Obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais. Orientadora: Profa. Karin Lucianne Monti de Vasconcelos da Silva-UFSM PORTO ALEGRE RS 2009

3 VERA ROSANE SOUTO DO NASCIMENTO PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA E CISTOS PROSTÁTICOS EM CÃES RELATO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos Animais, apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, Departamento de Ciências Animais. APROVADA EM: / / BANCA EXAMINADORA Profº.: Prof. Dr. Alexandre Rodrigues Silva (UFERSA) Presidente Profº.: Profa. Msc. Valéria Natascha Teixeira ( UFERSA) Primeiro Membro Profº.: Prof. Msc. Masahiko Ohi (UFERSA) Segundo Membro

4 AGRADECIMENTOS Consciente da presença de Deus em minha vida agradeço-lhe a bênção de ter os familiares que tenho. Aos meus pais, Maria Olmira e João Alberto, tão especiais e dedicados, o meu eterno agradecimento. Ao meu companheiro Ideraldo, agradeço a compreensão e o incentivo que sempre estiveram presentes. Aos animais, dádivas da natureza, companheiros dos humanos no planeta Terra. Agradeço, enfim, ao privilégio de ter feito este curso, conquistado amizades e aprendido coisas novas que irão contribuir para meu futuro profissional.

5 RESUMO As afecções prostáticas são raras nas outras espécies, porém, comuns em cães. Elas incluem a hiperplasia, prostatite (aguda ou crônica), abscessos, cistos, tumores e cálculos. Estas enfermidades possuem sinais clínicos semelhantes, porque todas causam aumento de volume ou inflamação da próstata. Neste trabalho será relatado o caso de um cão com prostatite bacteriana crônica associada a cistos prostáticos e será realizada uma revisão de literatura das duas prostopatias, destacando as possíveis causas, sinais clínicos, abordagem diagnóstica e conduta terapêutica. Unitermos: cães, prostatite bacteriana crônica, cistos prostáticos.

6 ABSTRACT The prostatic diseases are rare in other species, but, commons in dogs. They are hyperplasia, prostatitis (acute or chronide), abscess, cysts, tumoures and calculus. This sicknesses are resembling, because is a voluminous growth or prostate gland inflammation. In this work will be related the case of dog with bacterial chronide prostatitis and prostatic cysts. The review of the two destach the causes, clinical signs, diagnosis abordage and therapeutics conduct. Key words: dogs, bacterial chronide prostatitis, prostatic cysts.

7 LISTA DE FIGURA Figura 1-Prostatectomia em um cão Dachshund Pelo Duro, em que se observa a próstata já extirpada (A), a sonda uretral projetando-se da uretra perineal (B) e inserida no colo da vesícula (C)...18

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA CISTOS PROSTÁTICOS OBJETIVOS RELATO DE CASO DISCUSSÃO CONCLUSÃO...21 REFERÊNCIAS...22

9

10 1 INTRODUÇÃO As prostatopatias fazem parte da rotina clínica, aparecendo com freqüência em cães. As afecções da próstata atingem comumente o cão macho de meia idade a idoso. A próstata é a única glândula sexual acessória do cão, cuja principal função é a produção do fluído prostático, responsável pelo transporte e sustentação dos espermatozóides no ejaculado (AMORIM, 2002). A próstata é um órgão bilobulado, localizado predominantemente no espaço retroperitonial, caudal a vesícula urinária, na área do colo vesical e uretra proximal. Sua irrigação arterial provém da artéria urogenital que se divide em dois a três ramos prostáticos, dorsal e dorsolateral à glândula. As veias avançam junto com as artérias. A inervação é tanto simpática como parassimpática (BARSANTI;FINCO, 1997). Segundo Amorim et al. (2002) a hiperplasia prostática benigna é o aumento benigno e espontâneo da próstata, observado em cães de meia idade a idoso. Esta é a afecção mais comum da próstata canina, sendo que todos os cães não castrado desenvolvem evidências histológicas de hiperplasia prostática benigna. Esta patogia ocorre devido a um desequilíbrio nas concentrações dos hormônios testiculares. Esta hipótese tem suporte no fato de que a castração ou administração de estrógenos causa atrofia da próstata normal ou hiperplásica. Além da hiperplasia prostática benigna, destacam-se as prostatites bacterianas (aguda e crônica), cistos, abscessos, neoplasias e cálculos. Todas estas afecções apresentam sinais clínicos semelhantes, devido ao aumento de volume ou da inflamação na glândula. Dentre eles, o corrimento uretral constante ou intermitente, a hematúria e as infecções urinárias são achados comuns. Os sinais clínicos inespecíficos, como febre, indisposição e dor abdominal estão relacionados comumente com as infecções bacterianas e neoplasias (BARSANTI;FINCO, 1997). 2 REVISÃO DE LITERATURA

11 2.1 PROSTATITE BACTERIANA CRÔNICA Para Barsanti;Finco (1997) as enfermidades inflamatórias prostáticas estão associadas à infecção bacteriana aguda ou crônica. A glândula prostática está predisposta a processos infecciosos devido a afecções uretrais, traumatismo, constrições, neoplasias, infecção do trato urinário ou afecções da própria glândula. Kay (1998) ressalta que a prostatite surge de uma infecção ascendente, embora possa ocorrer propagação hematógena das bactérias. O microorganismo mais frequentemente isolado é a Escherichia coli, mas é possível a infecção por outras bactérias como Staphylococcus, Streptococcus, Klebsiella e Pseudomonas. Os microorganismos comumente envolvidos na prostatite são os mesmos que, com freqüência, causam infecção do trato urinário. Quadros recidivantes de cistite em cães machos sexualmente maturos sugerem a presença de afecção da glândula. De acordo com Robertson (1996) a prostatite bacteriana crônica pode ser seqüela de episódios agudos não resolvidos. Raskin;Meyer (20003) citam que esta enfermidade pode ser assintomática, sendo descoberta apenas depois do diagnóstico de infecção urinária. Alternativamente, Fraser (1996) ressalta que o cão pode manifestar disúria ou hematúria, corrimento uretral constante ou intermitente e algumas vezes apresentar-se letárgico. Para Barsanti;Finco (1997) o tamanho e a forma da glândula prostática depende da hiperplasia e fibrose concomitantes. Robertson (1996) relata que a glândula cronicamente inflamada fica menos dolorosa à palpação, aumentada de volume e pode ficar assimétrica. Mesmo sem sinais anormais durante o exame físico, a urinálise pode revelar a presença de piúria, hematúria ou bacteriúria. O hemograma e o quadro bioquímico não são afetados pela infecção crônica, somente em caso de abscedação. A análise do líquido prostático coletado através de massagem pode ser útil no diagnóstico, não obstante, a infecção do trato urinário deve estar controlada (BARSANTI;FINCO, 1997).

12 Raskin;Meyer (2003) citam como exame complementar a aspiração com agulha fina da próstata para avaliação citológica. O exame radiográfico pode revelar uma mineralização parenquimatosa granular. Com a ultra-sonografia a glândula pode exibir-se como estrutura difusa a multifocalmente hipercóica, podendo haver mineralização multifocal. Somente a ultra-sonografia não diferencia a prostatite crônica de hiperplasia ou neoplasia (BARSANTI;FINCO, 1997). De acordo com Fraser (1997) o tratamento da prostatite bacteriana crônica baseia-se na administração de agentes antibióticos, sendo difícil a cura da infecção. Allen et al. (1989) citam que os antibióticos devem ser selecionados de acordo com a cultura e testes de sensibilidade e pela sua capacidade de penetrar rapidamente a membrana lipídica do epitélio prostático. Barsanti;Finco (1997) salientam que o tratamento deve ter continuidade por no mínimo seis semanas. O líquido prostático e a urina devem ser analisados semanalmente, e depois todos os meses após a suspensão do antibiótico. Caso haja recidiva deverão ser instituídos cursos mais prolongados de tratamento. Os benefícios da castração são incertos nestes casos, não obstante, a involução prostática ajudaria ao menos para impedir a recidiva da infecção (FRASER, 1997). Quando a antibioticoterapia aliada a castração não resultarem na cura da enfermidade, a terapia com baixas doses de antibiótico ou a prostatectomia são as opções restantes. O uso da medicação em baixas doses pode ser instituída com o objetivo de controlar a infecção, de modo que esta se torne assintomática. A prostatectomia completa eliminará o tecido prostático infectado, no entanto, é um procedimento cirúrgico complexo, podendo ocorrer algumas complicações pós-operatórias (BARSANTI;FINCO, 1997). Robertson (1996) relata que a prostatectomia completa é indicada para casos de pacientes com prostatopatias proliferativas, que causam comprometimento da luz da uretra prostática e no caso de pacientes com neoplasia na glândula. Depois de anestesiado e devidamente preparado para uma cirurgia asséptica, é colocado no paciente, um cateter no interior da vesícula urinária. O acesso cirúrgico é feito através de uma incisão cutânea prépúbica, lateralmente ao prepúcio, aprofundando-se pela linha mediana até entrada da cavidade abdominal. Para realização desta técnica cirúrgica, deve-se ter cuidado extremo com os nervos do plexo pélvico que repousam na superfície dorsal da próstata. A dissecação é feita o mais próximo da próstata possível. O parênquima prostático, na qual, circunda a uretra e

13 limita-se contra o colo vesical deve permanecer intacto para evitar uma incontinência urinária no pós-operatório. Rompe-se a próstata desde a uretra, proximal à entrada do duto deferente na superfície dorsal. Após, rompe-se a uretra novamente tão próximo possível do bordo caudal da próstata, para efetuar a anastomose com uma tensão mínima. Remove-se a próstata a partir do cateter, e reinsere-se o mesmo na bexiga. Os segmentos uretrais são anastomosados com uma sutura de polidioxanona n. 3-0, em um padrão interrompido simples. Após completar a anastomose, lava-se o abdome e fecham-se as incisões cutâneas e abdominais na linha média ventral de forma rotineira. 2.2 CISTOS PROSTÁTICOS

14 De acordo com Barsanti;Finco (1997) os cistos prostáticos ou de retenção ocupam o parênquima e ocorrem devido ao acúmulo de secreções no interior do órgão, como resultado de obstrução dos ductos. Fraser (1997) cita que em cães idosos aparecem como lesões cavitárias que contém fluído claro ou turvo no seu interior. Para Raskin;Meyer (2003) os cistos podem manifestar-se como múltiplos e pequenos ou somente como uma estrutura grande. Os pequenos podem ser palpados pelo reto como pequenas áreas flutuantes em uma glândula aumentada assimetricamente. Cistos grandes podem ser palpáveis pelo abdômen ou na região perianal. Os cães podem apresentar-se assintomáticos, ou com secreção uretral sanguinolenta, disúria, tenesmo, até casos mais graves com dor abdominal, estrangúria, fraqueza, anorexia. Fraser (1997) ressalta que os sinais clínicos assemelham-se aos que estão presentes nos outros tipos de enfermidades que levam ao aumento de volume prostático, tornando-se aparente quando ocorre pressão nos órgãos adjacentes. Os exames ultra-sonográficos, radiográficos e a aspiração com agulha fina são os métodos de diagnósticos de cistos prostáticos. A ultra-sonografia revela áreas focais ou multifocais, hipo ou anecogênica. O exame radiográfico demonstra o aumento da glândula, sendo necessária a radiografia contrastada para diagnóstico diferencial (GUIDO, 2004). A aspiração do cisto caracteristicamente apresenta quantidade variável de fluído serosanguinolento a amarronzado. A citologia revela pequena quantidade de células epiteliais de aspecto normal, com raros neutrófilos e hemáceas (RASKIN;MEYER, 2003). Fossum et al. (2002) relatam que o tratamento cirúrgico para pequenos cistos é a castração, inobstante, em cistos grandes deva-se associar a drenagem cirúrgica. Froes et al. (2003) cita a drenagem percutânea eco dirigida sendo este método pouco invasivo e com raras complicações. Para Hedlund (1997) devido à dificuldade de cura clínica dessa enfermidade, existem várias técnicas cirúrgicas para remoção ou drenagem dos cistos prostáticos, tais como, a marsupialização, a omentalização, a prostatectomia intracapsular subtotal. Para Robertson (1996) as técnicas cirúrgicas são efetuadas de forma semelhante quanto ao acesso cirúrgico e fechamento do abdome. Após o preparo do paciente para uma cirurgia asséptica, é feita a incisão cutânea pré-púbica, na linha média ventral, do umbigo até

15 a extremidade do prepúcio paralelo à entrada pélvica. A marsupialização da próstata consiste na criação cirúrgica de uma fístula ente o saco preenchido por fluído e a parede abdominal. Usa-se neste procedimento uma sutura de nylon monofilamentar n. 2-0 em um padrão interrompido simples. Esta técnica tem melhor efetividade em casos de um abscesso grande ou de um cisto abdominal. O animal deve permanecer no pós-operatório com um cateter de Foley através da abertura da marsupialização e inflar o bulbo para a drenagem nos primeiros dias. Como complicação pós-operatória possível ressalta-se o fechamento da fístula antes de completar a drenagem, podendo haver reformação do abscesso e conseqüente necessidade de realização da prostatectomia intracapsular subtotal. A prostatectomia intracapsular subtotal é um procedimento indicado quando cistos e abscessos forem múltiplos e localizados na porção dorsal da próstata, ou quando forem pequenos para serem exteriorizados por meio da marsupialização. Embora esta técnica cirúrgica seja eficiente nos casos de prostatite crônica, não deve ser utilizada em próstatas que requeiram remoção total. Através desta técnica pode-se remover mais de 80% da próstata doente e drenar o tecido doente remanescente através da uretra. Inicia-se o procedimento de forma semelhante à marsupialização. É feita uma incisão na glândula prostática ao longo do septo mediano ventral com bisturi elétrico, evitando o colo da bexiga. Remove-se lateral e dorsolateralmente a maior parte da glândula. Para que o epitélio uretral se regenere, uma faixa dorsal em toda extensão da uretra prostática deve ser preservada, evitando assim, obstrução urinária como complicação pós-operatória. Para suturar a próstata utiliza-se fio absorvível n. 3-0 em um padrão de Cushing inversor e sobre-suturar em um padrão de Lembert contínuo para impedir o extravasamento de urina. No pósoperatório, mantém-se o animal com cateter vesical por aproximadamente cinco dias (ROBERTSON, 1996). De acordo com Apparício (2006) a omentalização prostática é um procedimento cirúrgico com mínimas complicações. Pode ser realizada em casos de ocorrência de cistos ou abscessos prostáticos. O conteúdo destas estruturas é aspirado, para evitar a contaminação abdominal. A incisão é feita na face ventral da glândula em ambos os lobos prostáticos, na qual, é introduzido o omento dentro das cavidades, em quantidade suficiente para preencher todo o espaço, sem haver comunicação entre os dois lobos e sem circundar a uretra. Esta estrutura é fixada com sutura contínua simples, utilizando fio poliglactina 910 n. 3-0 ou n. 4-0, englobando o omento e a cápsula prostática. Esta técnica cirúrgica apresenta baixa incidência de incontinência urinária no período pós-operatório, devido à pequena manipulação

16 da inervação do trígono e da uretra prostática, risco mínimo de ruptura uretral e capacidade do omento de estimular a angiogênese e fornecer suporte vascular. 3 OBJETIVOS

17 O presente trabalho tem como objetivo: - ressaltar a importância da avaliação prostática nos cães de meia idade a idoso, bem como, chamar a atenção principalmente para os episódios de cistite bacteriana recidivante como principal manifestação clínica das afecções prostáticas. - avaliar a importância dos exames clínico e laboratorial aliado aos exames complementares para conduzir o clínico ao diagnóstico das prostatopatias. - analisar as possibilidades terapêuticas levando em consideração cada quadro clínico, visando a cura do paciente. 4 RELATO DE CASO

18 Foi atendido na Clínica Veterinária Bichos da Gente, na cidade de Rosário do Sul, um cão, macho, da raça Dachshund Pêlo Duro, seis anos, pesando 12 kg. Durante a anamnese foi relatado que o animal já havia, há alguns meses atrás, sido atendido apresentando extrusão de disco intervertebral. Durante este período o paciente apresentou retenção urinária, e a partir deste quadro começou a ser tratado devido a episódios recorrentes de cistite bacteriana. Durante a consulta médica a proprietária relatou que o cão apresentava-se com disúria e corrimento uretral purulento que tinha evolução de vinte dias. Após assepsia tópica foi coletada urina por sonda e encaminhada para o laboratório para realização de exame qualitativo de urina e urocultura com antibiograma. A urocultura revelou a presença da bactéria Escherichia coli com valor maior que unidades formadoras de colônia por mililitro de urina. A urinálise revelou a presença de cistite. Foi iniciado o tratamento com sulfametoxazol e trimetoprim na dose de 15mg/kg de doze em doze horas. Essa medicação foi mantida por vinte e um dias. Antes do término do tratamento, foi repetido o exame qualitativo de urina, no qual, não se evidenciou sinais da infecção. Completado o tratamento o cão apresentava-se bem, sem nenhum sinal clínico. Após vinte dias o animal retornou com intensa dor abdominal pélvica e com corrimento uretral purulento volumoso. Nessa oportunidade foram solicitados hemograma, urinálise e bioquímica sérica.. O hemograma e a bioquímica sérica estavam com os valores normais. A urinálise indicou presença de cistite bacteriana. O animal foi encaminhado para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria, onde foi realizada a ultra-sonografia abdominal. Segundo o laudo ecográfico, a próstata apresentava-se com parênquima heterogênico apresentando cavitações anecogênicas de formato irregular. Mediram aproximadamente 0,8 e 1,5cm de diâmetro, sendo a imagem compatível com cistos ou abscessos. Não foram encontradas allterações nos demais órgãos abdominais. Diante deste diagnóstico, optou-se pelo tratamento cirúrgico, sendo realizada a prostatectomia completa devido a possibilidade de estar presente uma neoplasia. O paciente foi pré-anestesiado com acepromazina 0,2% na dose de 0,1mg/kg e morfina na dose de 0,2mg/kg por via intramuscular. Após foi feita a tricotomia na região abdominal e pélvica ventral. A seguir, na sala cirúrgica, foi realizada a indução anestésica com propofol na dose de 5mg/kg, por via intravenosa, e anestesia geral com isoflurano, vaporizado em oxigênio, em sistema semifechado. Antes do procedimento cirúrgico, como analgesia complementar foi associada anestesia epidural com lidocaína 2% na dose de 3mg/kg. Como antibiótico profilático utilizou-se cefalotina na dose de 30mg/kg por via intravenosa. A seguir foi

19 adaptada uma sonda uretral e realizada anti-sepsia da pele com álcool, iodo e álcool nesta seqüência. O acesso cirúrgico foi feito por incisão cutânea pré-púbica, lateral ao prepúcio e aprofundamento pela linha mediana até a cavidade abdominal. A seguir a vesícula urinária foi exposta e tracionada cranialmente para visualizar a próstata após divulsão do tecido adiposo que a envolve. A prostatectomia iniciou por divulsão e secção transversal da uretra junto ao colo vesical e, após, a próstata foi rebatida caudoventralmente para expor os mesentérios dorsais com a finalidade de pinçar, seccionar e ligar os vasos sangüíneos. Nessa manobra procurou-se preservar a inervação inerente ao colo vesical. Para complementar a prostatectomia a uretra foi seccionada caudal a próstata o que permitiu a retirada da mesma (Figura 1). Nos tempos cirúrgicos de uretrotomia a sonda uretral foi recuada temporariamente. A anastomose da uretra pélvica com o colo vesical, após a retirada da próstata, foi feita com fio de poliglactina 910 n. 3-0 em padrão interrompido simples. Concluída a uretrorafia, o abdômen foi lavado com solução fisiológica, revisada a hemostasia e a parede abdominal fechada por sutura de Sultan na linha Alba, e contínua simples no tecido subcutâneo, com fio poliglactina 910 n. 2-0 e a pele suturada com fio mononylon n. 3-0 em pontos de Wolff. A sonda uretral foi mantida por cinco dias, para evitar repleção vesical e estenose na área de anastomose. No pós-operatório foi administrada ceftriaxona na dose de 30mg/kg por via intramuscular. A glândula prostática foi enviada para exame histopatológico. Após a retirada do catéter vesical o animal manteve o fluxo urinário normalmente. Os pontos foram retirados após dez dias da intervenção cirúrgica. O paciente não apresentou nenhuma das possíveis seqüelas relativas à cirurgia de prostatectomia completa, como incontinência urinária ou estenose uretral. Os episódios de infecções urinárias não se repetiram. A escolha pelo tratamento cirúrgico como conduta terapêutica resultou na cura do paciente. Segundo laudo histopatológico do órgão o cão apresentava prostatite multifocal crônica, moderada com fibrose e cistos multifocais. Após 10 meses da intervenção cirúrgica o paciente retornou para vacinação anual e a proprietária relatou que o cão não apresentou nenhum sinal clínico relativo ao quadro anterior.

20 A C B Figura 1 Prostatectomia em um cão Dachshund Pêlo Duro, em que se observa a próstata já extirpada (A), a sonda uretral projetando-se da uretra perineal (B) e inserida no colo da vesícula urinária (C). Fonte: Hospital Veterinário de Santa Maria 5 DISCUSSÃO

21 Segundo dados da literatura, a prostatite bacteriana pode ocorrer devido a uma infecção ascendente. No presente relato o animal apresentou anteriormente extrusão de disco intervertebral e conseqüente retenção urinária, na qual provocou recorrentes infecções do trato urinário. Assim como citam Barsanti;Finco (1997) as infecções urinárias recidivantes são causas possíveis de infecção da próstata por via ascendente, podendo ter sido o que levou ao aparecimento da patologia do paciente. De acordo com o que citam alguns autores, a presença de disúria, corrimento uretral, cistites recidivantes em um cão macho, de meia idade, não castrado, são fatores sugestivos de alterações prostáticas, estando presentes tais características e sinais clínicos no animal atendido. A palpação retal, análise do líquido prostático, bem como a aspiração com agulha fina da próstata são exames úteis para o diagnóstico, porém, não foram efetuados pela falta de experiência nestes procedimentos. Os exames, tais como, o hemograma e a bioquímica sérica estavam dentro dos limites normais, bem como descrevem Barsanti;Finco (1997) que na doença crônica estes exames não se encontram alterados, somente em casos de abscedação. Kay (1998) descreve que a bactéria mais frequentemente envolvida nas infecções urinárias é a Escherichia coli, estando esta presente na urocultura do paciente. A antibioticoterapia foi mantida por três semanas e foi escolhido o medicamento de acordo com o resultado da urocultura e na capacidade de penetração na membrana lipídica do epitélio prostático, como foi citado por Allen et al (1989). Baseada na suspeita clínica de prostatopatia, houve necessidade de solicitação de um exame complementar. A ultra-sonografia é o método de diagnóstico por imagem efetiva nestes casos. Revela alterações de tamanho e forma, presença de cistos ou abscesso, sendo fundamental para conduzir o tratamento. Neste relato de caso, este exame aliado ao histórico clínico e exames laboratoriais foi decisivo para escolha do tratamento efetuado. A ultra-sonografia revelou uma glândula aumentada de tamanho com formato irregular e imagem compatível com cisto ou abscesso. Segundo Barsanti;Finco (1997) este exame não diferencia prostatite crônica de hiperplasia ou neoplasia.

22 Diante do resultado ultra-sonográfico e do quadro clínico optou-se pela prostatectomia completa, contrariando o que descreve Fossum et al. (2002) que para pequenos cistos o tratamento de eleição é a castração, e Froes et al. (2003) que defende a drenagem percutânea ecodirigida por ser pouco invasiva e com mínimos riscos de complicações. Após a prostatectomia completa e exame histopatológico do órgão, confirmou-se a presença de uma infecção crônica com intensa fibrose e conseqüente obstrução dos ductos, ocasionando acúmulo de secreções no interior da glândula. A prostatectomia completa em casos de infecção crônica é recomendada, caso não haja resposta clínica com antibióticos. Segundo a literatura a antibioticoterapia prolongada, em quadros recidivantes deve ser considerada uma opção para eliminar a infecção, porém deve-se avaliar os efeitos colaterais dos medicamentos à longo prazo. A cirurgia de prostatectomia completa bem efetuada confere a cura da patologia, sem problemas futuros, como ocorreu com o paciente em questão.

23 6 CONCLUSÃO Após a revisão de literatura e análise do caso relatado, conclui-se que se deve suspeitar de uma prostatopatia em animais de meia-idade a idoso com infecção urinária recidivante. Os exames laboratoriais são importantes, visto que, algumas das afecções prostáticas podem manifestar sinais sistêmicos. O exame qualitativo de urina confirma a presença de cistite bacteriana e junto com a urocultura determina a escolha do melhor antibiótico para efetuar o tratamento. A ultra-sonografia é um exame por imagem decisivo para confirmar uma afecção prostática. No paciente tratado este exame revelou uma glândula aumentada de tamanho e formato irregular com presença de cistos ou abscessos. Embora o exame ultra-sonográfico não diferencia uma prostatite crônica de uma hiperplasia ou neoplasia, mostra que a próstata está alterada, conduzindo o médico veterinário a aliar o resultado com os sinais clínicos e exames laboratoriais escolhendo o melhor tratamento. Baseado nestes fatores, no tempo de evolução da enfermidade e no tempo em que o animal já havia sido tratado, optou-se pela cirurgia de prostatectomia completa como melhor tratamento para o paciente. De acordo com dados da literatura, a prostatectomia completa é uma técnica cirúrgica complexa com grandes possibilidades de complicações pós-operatórias. Neste caso a cirurgia foi executada de forma correta, por um cirurgião experiente, conferindo a cura do paciente, tendo este animal uma excelente recuperação, sem nenhum problema posterior relativo a estas enfermidades.

24 REFERÊNCIAS ALLENN, W. E., NOAKES, D. E., RENTON, J. P. Sistema genital. In: HANDLER, E. A., THOMPSON, D. J., SUTTON, J. B. Medicina e terapêutica de caninos. 2 ed. São Paulo: Manole, cap 16. p AMORIM, R. L., BANDARRA, E. P., MOURA, V. M. B. D., DI SANTIS, G. W. Patogenia da hiperplasia prostática benigna canina. Revista conselho federal de medicina veterinária, Brasília, n.25, p.37, jan/fev/mar/abr APPARÍCIO, M Omentalização prostática em cães. Disponível em. Acesso em dez/2008. BARSANTI, J. A., FINCO, D. R. Moléstias prostáticas. In: ETTINGER, S. J., FELDMAN, E. C. Tratado de medicina interna veterinária. 4 ed. São Paulo: Manole, v 2, cap p FOSSUM, T. W., HEDLUND, C. S., HULSE, A. D. et al. Cirurgia de pequenos animais. São Paulo: Roca, p. FRASER, C. M. Manual merck de veterinária. 7 ed. Rio de Janeiro: Roca, p FROES, T. R., GONZALES, J. R. M., KANAYMA, L. M., JORGE, R. C., IWASAKI, M. Ultra-sonografia intervencionista drenagem percutânea de lesões cavitárias e cistos prostáticos em cães. Clinica veterinária, São Paulo, n. 47, p GUIDO, M. C. Ultra-sonografia do aparelho reprodutor masculino. In: CARVALHO C. F. Ulta-sonografia em pequenos animais. São Paulo: Rocca, p HEDLUND, C. S. Surgery of the reproduction and genital systems. In: FOSSUM, T. W. Small animal surgery. St Louis: Mosby, p , KAY, N. D. Prostopatia. In: BIRCHARD, S. J., SCHERDING, R.G. Manual saunders clínica de pequenos animais. São Paulo: Rocca, cap 8. p RASKIN, R. E., MEYER, D. J., Atlas de citologia de cães e gatos. São Paulo: Rocca, p

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