(Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto
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- Ana Beatriz Ramalho Quintanilha
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1 ACFPIN (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto ALVARES 14 de Outubro de 2016
2 A CELPA Associação da Indústria Papeleira (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
3 As associadas da CELPA têm reputação e Em 2015 produziram: dimensão internacional 2,5 milhões de toneladas de pasta de fibra virgem de eucalipto (100% total nacional) 2,2 milhões de toneladas de papel de vários usos ( 85% total nacional) Portugal é o maior produtor europeu de papel fino não revestido de impressão e escrita 3º maior produtor europeu de pastas químicas. (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
4 Importante papel económico, social e ambiental das associadas da CELPA Gestão activa e responsável de 202 mil hectares cuja qualidade é verificada por terceiros: Certificação PEFC e FSC Transformação anual de 7,7 milhões m 3 de madeira de eucalipto 5% das exportações nacionais ( 120 países) 3000 colaboradores directos (milhares indirectos) I&D transversal à actividade da fileira do eucalipto, fonte de inovação permanente (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
5 A floresta de eucalipto no Pinhal Interior Norte Segundo o IFN5 (2005/06), no Pinhal Interior Norte estão localizados: 4% da floresta do continente 7% do eucaliptal nacional Segundo o INE (2013), no Pinhal Interior Norte encontram-se: 4% das empresas 5% dos trabalhadores 7% do volume de negócios 7% do VAB da CAE Silvicultura e exploração florestal. (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
6 O Projecto Melhor Eucalipto O Projecto "Melhor Eucalipto" pretende desenvolver estratégias de comunicação e plataformas de partilha de informação, promovendo a difusão de Boas Práticas Florestais, através de uma linguagem adequada junto de produtores e proprietários florestais, as entidades que os representam, municípios e prestadores de serviços. A CELPA espera contribuir para a melhoria da gestão operacional das plantações de eucalipto, tornando-as mais rentáveis e sustentáveis, acrescentando valor à fileira florestal. Melhor Eucalipto : Respeito Ambiental, Ganho Natural! (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
7 Boas práticas ( (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
8 Vídeos ( (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
9 Simulador da Avaliação da Produtividade ( (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
10 Simulador de Análise Financeira ( (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
11 Contactos Telefone: (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
12 Acção de informação Esta acção está incluída nas diversas acções de informação do Projecto Melhor Eucalipto que pretendemos dinamizar e promover em 2016/2017; É uma sessão teórica e prática (em sala e com visita de campo) com formadores do RAIZ, Instituto de Investigação da Floresta e Papel: partilha de informação e conhecimento os vossos contributos são fundamentais (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
13 Programa (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
14 Prémio Floresta e Sustentabilidade O que é? É um prémio com periodicidade bienal que pretende reconhecer e distinguir projectos sustentáveis e inovadores na área dos recursos florestais. Quem pretende premiar? Empresários, produtores e proprietários florestais, associações, centros de investigação, organizações não governamentais, instituições públicas de âmbito local e outras entidades (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
15 Prémio Floresta e Sustentabilidade Quem o promove? A CELPA, em parceria com o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, e com o patrocínio do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. As categorias - Boas Práticas; - Sustentabilidade Florestal; - Associativismo (OPF); - Projectos de I&D (universidades, centros de investigação, empresas); - Prémios Especiais (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
16 Prémio Floresta e Sustentabilidade O primeiro prémio: 5 mil euros em cada categoria Candidaturas: Até 15 de Dezembro (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, Alvares: 14 de Outubro de 2016
17 (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto ACFPIN Alvares 14 de outubro de 2016
18 RJAAR: Âmbito de aplicação O RJAAR aplica-se a : Todas as espécies florestais Acções de arborização e rearborização artificial por sementeira ou plantação Ações de (re)arborização que constituam povoamento florestal (por si só ou em continuidade) Povoamento florestal (IFN): Terreno, com área maior ou igual a 0,5 hectares e largura maior ou igual a 20 metros, onde se verifica a presença de árvores florestais que tenham atingido, ou com capacidade para atingir, uma altura superior a 5 metros e grau de coberto maior ou igual a 10%. Aplica-se apenas no território continental (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
19 RJAAR: Fora do âmbito de aplicação O RJAAR não se aplica a acções que não originem povoamentos florestais (por si só ou por contínuo com as plantações já existentes): fins exclusivamente agrícolas operações urbanísticas infraestruturas rodoviárias rearborizações com recurso a aproveitamento da regeneração natural adensamentos As candidaturas a financiamentos públicos de apoio à floresta não precisam autorização/comunicação prévia, excepto se localizadas no Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC). (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
20 RJAAR: Tramitações processuais Caso geral: Pedido de Autorização Comunicação Prévia, se a área a (re)arborizar: For inferior a 2 hectares Nãose localizar em área integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas Mantiver a(s) espécie(s) dominante(s) Não ter sido percorrida por incêndios nos últimos 10 anos Tiver PGF aprovado, com os conteúdos necessários Identificação do requerente/comunicante, identificação do(s) prédio(s) a intervencionar, projecto de (re)arborização, termo de responsabilidade (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
21 RJAAR: Pedido de autorização ou comunicação prévia? (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
22 RJAAR: Processo de análise e decisão Pedido de Autorização - 45 dias úteis para análise - Suspenso por 10 dias: - regularização do pedido, documentação em falta, esclarecimentos adicionais e de audiência prévia. ICNF solicita pareceres (CCDR;CM;ARH ) (15 dias úteis, incluídos no período de análise) Comunicação prévia Apresentar no mínimo 20 dias úteis do início da acção Requerente solicita pareceres Verificação documental; pressupostos; conformidade com disposições legais, regulamentares Verificação técnica - O requerente comunica o início da acção Validade da autorização/ prazo de execução 2 anos (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
23 RJAAR: Sistema de Informação SI-ICNF A submissão de processos de comunicação e autorização prévias apenas é possível por meio electrónico, com recurso ao sistema informático SI-ICNF módulo RJAAR : A análise, consulta às entidades externas, notificações para a supressão de deficiências, regularização dos pedidos e esclarecimentos adicionais são efectuadas através do SI-ICNF As comunicações das decisões são efectuadas simultaneamente através do SI-ICNF e por notificação escrita O programa de recuperação é apenas apresentado por escrito (não no SI-ICNF) (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
24 RJAAR: Sistema de Informação SI-ICNF Acesso ao SI-ICNF: NIF/NIPC e password O requerente pode nomear um representante (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
25 RJAAR: Sistema de Informação SI-ICNF No site do ICNF, estão disponíveis: Manual de Navegação: UBL_producao-2015.pdf Legislação: Consulta aos formulários do Regime Transitório (antes de Setembro 2015) Perguntas frequentes: Relatório com a evolução das acções de (re)arborização (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
26 RJAAR: Fiscalização Entidades competentes : ICNF, GNR e Municípios (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
27 RJAAR: Infracções Realização de acções de (re)arborização sem autorização prévia Realização de acções de (re)arborização não comunicadas previamente ou executadas fora do prazo Realização de acções de (re)arborização em incumprimento da decisão de autorização Falta de apresentação do programa de recuperação dentro do prazo determinado pelo ICNF Incumprimento do programa de recuperação aprovado pelo ICNF (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
28 RJAAR: Contra-ordenações As infracções constituem contra-ordenações: Puníveis com coimas entre euros e 3.740,98 euros Tratando-se de pessoas colectivas, os limites mínimos e máximos são elevados ao triplo e ao décuplo, respectivamente Sanções acessórias (perda a favor do Estado, interdição de exercer a profissão, privação de subsídios, suspensão de autorizações) 10% para a entidade autuante, 20% para o município, 10% para o ICNF e 60% para o Estado (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
29 RJAAR: do ponto de vista do utilizador + Simplifica a relação com a administração: Um único interveniente ICNF Os pareceres são pedidos pelo ICNF Redução custos + Uniformiza informação + Disponibiliza alguma informação de gestão territorial (p.e SNAC, PROF e ZIF) + Transparência Consulta do estado do pedido e da informação em falta Regista decisões Prazos definidos + Visão global da evolução das acções de (re)arborização (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
30 RJAAR: Recomendações Conhecer as regras do jogo: legislação em vigor! No caso de dúvidas, informar-se junto das autoridades competentes acerca do que deve fazer e sobre a legislação em vigor Recorrer a apoio técnico especializado (Organização de Produtores Florestais da zona ou empresas) Assegurar que o que é executado corresponde ao que foi licenciado Ter consciência das acções de fiscalização, das infracções e das contra-ordenações previstas (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
31 Regime jurídico das arborizações e (re)arborizações Obrigado! acfpin@gmail.com francisco.goes@celpa.pt melhoreucalipto@celpa.pt (Re)arborização de Povoamentos de Eucalipto, ACFPIN: 14 de outubro de
32 Instalação e Manutenção de povoamentos de eucalipto Eduardo Mendes e Catarina Gonçalves Alvares, Góis, 14 de outubro de 2016
33 Agenda 1. Instalação de povoamentos de eucalipto 1.1 Aptidão 1.2 Preparação de terreno 1.3 Densidade de plantação 1.4 Qualidade das plantas 1.5 Plantação 1.6 Retancha 1.7 Adubação à instalação 2. Manutenção de povoamentos de eucalipto 2.1 Adubo de manutenção 2.2 Seleção de varas 3. Controlo da vegetação espontânea 4. Pragas e Doenças 4.1 Principais pragas e doenças 4.2 Controlo do gorgulho-do-eucalipto
34 Aptidão Florestal
35 Instalação de povoamentos de eucalipto Aptidão para o eucalipto Aptidão florestal = ƒ (clima, solo) + Risco bióticos (pragas e doenças) + Riscos abióticos (geada, tombamentos, encharcamento, fogos)
36 Instalação de povoamentos de eucalipto Aptidão para o eucalipto CLIMA SOLOS Variação dos tipos de solo em função do declive, drenagem e litologia (Fonte: Soil Atlas of Europe)
37 Instalação de povoamentos de eucalipto Aptidão para o eucalipto 7,0 m 3 /ha/ano Solos vs. Produtividade 10,0 m 3 /ha/ano 18,0 m 3 /ha/ano 0 m 3 /ha/ano
38 Preparação do terreno
39 Instalação de povoamentos de eucalipto Preparação do terreno Objetivo: Criar condições para o desenvolvimento inicial das plantas de eucalipto. Garantir a qualidade ambiental dos projetos. o Gerir de forma adequada a biomassa verde ou seca existente no terreno o Utilizar técnicas que minimizem o risco de erosão o Promover a manutenção e/ou aumento da matéria orgânica do solo, evitando mobilização excessiva (> M.O. do solo: > fertilidade > stock de carbono > retenção de água e melhor estrutura do solo) o Ajustar as técnicas às características de solo e quando necessário aumentar a profundidade de solo disponível para as plantas
40 Instalação de povoamentos de eucalipto Preparação do terreno As raízes do eucalipto desenvolvem-se maioritariamente nas camadas superficiais, principalmente nos horizontes com matéria orgânica. Uma maior conservação do solo promove uma plantação com menor stresse hídrico: - Maior resistência a períodos de seca prolongada - Maior resistência a ataques de pragas e doenças A mobilização do solo deve ser a mínima necessária para uma maior conservação do meio 2 m 2 m 10 cm > M.O.
41 Instalação de povoamentos de eucalipto Preparação do terreno Principais factores a considerar na decisão sobre as técnicas de preparação do terreno o Vegetação presença ou não de matos que impeçam a atividade de plantação o Declive mobilização em terraços ou em curva de nível o Relevo acumulação de água ou condição de escoamento, afloramentos o Profundidade do solo necessidade ou não de gerar volume útil de solo o Adensamento do solo existência ou não de camadas de difícil penetração das raízes o Textura do solo areia ou outras 10cm
42 Instalação de povoamentos de eucalipto Preparação do terreno Conhecer e prever o tipo de solo em função da variação de litologia Na região: Areias, arenitos, calhaus rolados, cascalheiras de planalto, arcoses da Beira Baixa, arenitos pouco consolidados, argilas (formações sedimentares) Xisto e Grauvaques 95% Granito
43 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Plintossolo* com relevo plano ou Hidromorficos sem hor. E (segundo classificação portuguesa) Gleissolo** com relevo plano ou Hidromorficos sem hor. E (segundo classificação portuguesa) Recomendação Encharcamento Não plantar Táguedas Aptidão inapta AC 30 a 50cm AC Sinais Cimp Cglei * ** Argila Junco
44 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Plintossolo* com relevo inclinado ou Hidromorficos sem hor. E (segundo classificação portuguesa) Gleissolo** com relevo inclinado ou Hidromorficos sem hor. E (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa AC 30 a 50cm Cimp * AC Cglei ** R e c o m e n d a ç ã o Ripar com Ferros na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Não mobilizar com terreno húmido e não revirar camadas argilosas Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
45 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Calcissolocom calcário ativo ou Calcários pardos ou Mediterrâneos pardos (segundo classificação portuguesa) Recomendação Aptidão inapta Não plantar A RC
46 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Cambissolo/Regossolo/Leptossolo sem calcário ativo com litologia de calcário ou Litólicos/Regossolos/Litossolos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa a moderada Nota: estas áreas são de difícil operacionalização devido à quantidade de afloramentos rochosos associados a pequenas bolsas de solo útil A B RC R e c o m e n d a ç ã o Plantar à cova ou balizar a futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação (vantajoso em condições de pouco solo) Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
47 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Luvissolo ou Argiluviados mediterrâneos vermelhos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa a moderada A E Bt ou Bs C RC R e c o m e n d a ç ã o Ripar com Ferros na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Não mobilizar com terreno húmido e não revirar camadas argilosas Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
48 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Leptossolode sedimentos ou Litossolos (segundo classificação portuguesa) Aptidão muito baixa a baixa AC RC Associado a zonas de relevo convexo < 25 cm R e c o m e n d a ç ã o Ripar com Ferros na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação (vantajoso em condições de pouco solo) Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
49 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Regossolos de sedimentos ou Regossolos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa a moderada RC AC 40 cm R e c o m e n d a ç ã o Ripar com 1 Ferro na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
50 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Regossolos de sedimentos com risco de encharcamento, relevo ligeiramente inclinado ou Regossolos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa a moderada Com maior probabilidade de encharcamento R e c o m e n d a ç ã o Ripar com 1 Ferro na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Orientar a linha de plantação com desnível 1-2% e plantar no terço superior da linha Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
51 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Cambissolos de sedimentos ou Litólicos (segundo classificação portuguesa) Aptidão moderada a alta A (B) ou Bw C R e c o m e n d a ç ã o Ripar com 1 Ferro na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
52 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Leptossolo/Regossolo/Cambissolo/ Umbrissolode granito ou Litossolos/Regossolos/Litólicos /Turfosos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa moderada Nota: Estas áreas são de difícil operacionalização devido à quantidade de afloramentos rochosos associados a pequenas bolsas de solo útil e rocha mãe difícil de fraturar R e c o m e n d a ç ã o Se profundidade < 20 cm, ripar com 2 +1 Ferros Se profundidade > 20cm, ripar 1 ferro na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação (vantajoso em condições de pouco solo) Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
53 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Umbrissolosde granito ou Turfosos (segundo classificação portuguesa) Aptidão moderado a muito alto R e c o m. Ripar com 1 Ferro ou balizar a futura linha de plantação ou plantar à cova Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação Apenas quando necessário, realizar controlo de matos 60cm 120cm
54 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Leptossolode xisto <20 cm ou Litossolos (segundo classificação portuguesa) Aptidão muito baixa a baixa Solo 25cm; 65% R e c o m e n d a ç ã o Ripar com Ferros na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação (vantajoso em condições de pouco solo) Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos Solo 10cm
55 Instalação de povoamentos de eucalipto Mobilização em função do tipo de solo Leptossolo/ Regossolo/ Cambissolo/ Umbrissolode xisto >20 cm ou Litossolos, Regossolos, Litólicos, Turfosos (segundo classificação portuguesa) Aptidão baixa a moderada A BC RC AC RC R e c o m e n d a ç ã o Ripar com 1 Ferro na futura linha de plantação Caso plantação anterior alinhada, plantar na entrelinha (desvitalizando os cepos) ou destroçar cepos e aproveitar a antiga linha de plantação (vantajoso em condições de pouco solo) Manter a matéria orgânica do solo, com a menor mobilização necessária, e manter os sobrantes à superfície do solo Apenas quando necessário, realizar controlo de matos
56 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos Navigator Forest Portugal Mobilização parcial em rearborização de povoamento de eucalipto, condição no Vale do Tejo, zona de Alvega Técnicas utilizadas: o Destroçamento de cepos com enxó o Ripagem com 1 dente na antiga linha de plantação Custo 503 /ha (5,03 cêntimos/m 2 )
57 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos Navigator Forest Portugal Mobilização parcial em rearborização de povoamento de eucalipto, condição no Vale do Tejo, zona de Tramagal Técnicas utilizadas: o Desvitalização de cepos (total de 3 aplicações) o Gradagem e ripagem com 1 ferro acoplados à mesma máquina na antiga entrelinha de plantação Custo 363 /ha (3,63 cêntimos/m 2 )
58 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos Navigator Forest Portugal Mobilização parcial em rearborização de povoamento de eucalipto, condição no interior do país, zona de Fundão Técnicas utilizadas: o Desvitalização de cepos (total de 2 aplicações) o Ripagem com 2+1 ferros na antiga entrelinha de plantação Custo 597 /ha (5,97 cêntimos/m 2 )
59 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos Navigator Forest Portugal Mobilização parcial em rearborização de povoamento de eucalipto, condição no Interior do país, zona de Penamacor Técnicas utilizadas: o Destroçamento de cepos com enxó o Gradagem (varas com altura entre os 3 e os 5 metros de altura) o Ripagem com dentes na antiga linha de plantação Custo 915 /ha (9,15 cêntimos/m 2 )
60 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos no minifúndio Mobilização parcial numa rearborização de eucalipto Técnicas utilizadas: o o Destroçamento de cepos Ripagem Permite engate rápido de três equipamentos: o Enxó o Riper o Balde Custo 1300 a 1500 /ha (13 a 15 cêntimos/m 2 ) Fonte: AFBV
61 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos no minifúndio Mobilização parcial numa rearborização de povoamento misto de eucalipto e pinheiro, zona de Coimbra Técnicas utilizadas: o Desvitalização de cepos de eucalipto o Abertura da cova de plantação com broca acoplado a tractor (40/50 cm profundidade) Plantação 28 março 2016 Custo 290 /ha (2,9 cêntimos/m 2 )
62 Instalação de povoamentos de eucalipto Alguns exemplos no minifúndio Mobilização parcial numa rearborização de povoamento misto de eucalipto e pinheiro, zona de Coimbra 07 outubro 2016 Custo 290 /ha (2,9 cêntimos/m 2 )
63 Instalação de povoamentos de eucalipto Não realizar Giratória com balde Surriba Custo 2400 a 3000 /ha (24 a 30 cêntimos/m 2 ) Valas 1,3m
64 Instalação de povoamentos de eucalipto Não realizar Giratória com balde Surriba
65 Instalação de povoamentos de eucalipto Não realizar Giratória com balde Surriba Xisto - elevada pedregosidade Argilas solo adensado
66 Instalação de povoamentos de eucalipto Não realizar
67 Instalação de povoamentos de eucalipto Xisto <= 20 cm de elevada pedregosidade- áreas vizinhas Ripper 3 ferros em giratória Vs. Giratória com balde Surriba
68 Instalação de povoamentos de eucalipto Não realizar Inversão dos horizontes do solo provoca a redução do potencial de solo (físico e químico): o Aumento da erosão (laminar, sulcos e ravina) o Aumento da mineralização da matéria orgânica o Redução da fertilidade o Diminuição da taxa de infiltração de água o Aumento do risco elevado de tombamento Maior relação custo/benefício
69 Densidade de plantação
70 Instalação de povoamentos de eucalipto Densidade de plantação Deve ser ajustada em função das condições de relevo e declive do terreno e expectativa de produção oespaçamento na linha de plantação não deve ser inferior a 2 m oespaçamento na entrelinha não deve ser superior a 4 m (exceto terraços, < 6 m) o Declive <25%: 1100 a 1400 plantas/ha o Declive >25%: 830 a 1100 plantas/ha Ser rigoroso na marcação das linhas e entrelinhas 2,0 m
71 Instalação de povoamentos de eucalipto Densidade de plantação Áreas com declive < 25% Área com declive > 25% 4 x pl/ha 6 x pl/ha 3,5 x pl/ha 5,5 x pl/ha 3 x pl/ha 5 x pl/ha
72 Instalação de povoamentos de eucalipto Densidade de plantação Densidade de plantação: NÃO FAZER Surriba + Elevada densidade de plantas = Insucesso Curvatura apical Entre-linha 2 m 2174 plantas/ha Entre-linha3,5 m Linha 1 m 5000 plantas/ha Linha 1,3 m
73 Qualidade das plantas
74 Instalação de povoamentos de eucalipto Qualidade das plantas Deve contribuir para que o povoamento tenha uma baixa mortalidade e desenvolvimento homogéneo após a instalação Pretende-se um rápido desenvolvimento radicular após a plantação, assegurando uma boa ancoragem das plantas no solo e eficaz absorção de água e nutrientes. Aspetos a ter em conta na seleção de planta de eucalipto o o o o o Atempamento Estrutura radicular e substrato Sanidade e vigor vegetativo Dimensões Outras características
75 Instalação de povoamentos de eucalipto Qualidade das plantas Atempamento o Apresentar lenhificação (alguma rigidez de caule e folhas)
76 Instalação de povoamentos de eucalipto Qualidade das plantas Estrutura radicular e substrato o o As raízes principais (primárias) devem estar bem formadas e vivas (cor branca no interior), sem evidência de torções ou enrolamentos As raízes secundárias devem ser numerosas e bem desenvolvidas, garantindo boa agregação do susbtrato e fácil desenvasamento.
77 Instalação de povoamentos de eucalipto Qualidade das plantas Sanidade e Vigor vegetativo o o As plantas devem estar sãs (sem necroses, fungos, feridas) Apresentar adequado vigor vegetativo (sem défice nutricional)
78 Instalação de povoamentos de eucalipto Qualidade das plantas Dimensões e outras características o o o As plantas devem apresentar entre 3 a 5 pares de folhas bem constituídas e anomalias Altura entre 10 e 50 cm e diâmetro > 2 mm Ápice deve ser são e ativo
79 Plantação
80 Instalação de povoamentos de eucalipto Plantação Quando plantar? Época de plantação estende-se desde o início de Outubro, após as primeiras chuvas, até à Primavera, antes do período seco. Época outonal desde o início das chuvas até ao inverno Época primaveral Final do inverno até meados da primavera Para regiões mais secas Para regiões mais chuvosas e/ou com maior probabilidade de ocorrência de geadas o Em anos com Primaveras chuvosas estes períodos poderão ser alargados, nomeadamente nas encostas com exposição Norte e Este.
81 Instalação de povoamentos de eucalipto Plantação O solo deve estar húmido aquando da plantação. Necessidade de rega? o o o Ausência de precipitação por períodos alargados (> 15 dias) e temperaturas máximas diárias elevadas (>25ºC)? Regar com 2 a 3 L água/planta. Avaliar necessidade de regas complementares.
82 Instalação de povoamentos de eucalipto Plantação Como plantar? Colocação da planta no terreno: assegurar a verticalidade da planta, o enterramento do torrão e a correta localização da planta no sulco Com maior probabilidade de encharcamento
83 Instalação de povoamentos de eucalipto Plantação o o As plantas devem ser bem humedecidas antes da plantação Uso de cova de plantação com enxada ou covacho com ferro ou tubo plantador Enxada Tubo plantador Ferro plantador
84 Adubação à instalação
85 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação É mesmo necessário adubar? o O objetivo da adubação é suprir as necessidades iniciais das plantas, garantindo o arranque adequado da plantação e homogeneidade do povoamento. Com adubo Sem adubo
86 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação Exemplos de possíveis tipologias de adubação Alternativa A Regiões de menor crescimento 60 g/planta de adubo de libertação controlada ou formulação similar Alternativa B Regiões de maior crescimento (> Deficiência de P e Ca) 30 g/planta de adubo de adubo de libertação controlada ou formulação similar + 60 g/planta Superfosfato 42 ou 150 g/planta Superfosfato 18 Alternativa C Regiões de maior crescimento (> Deficiência de P e Ca) Fosfato monoamónio (MAP, a 1%) por mergulho do torrão das plantas g de Por exemplo 30 g de ou 20 g de
87 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação Importância da correta escolha do adubo de libertação controlada O adubo de libertação controlada deve ser totalmente capsulado, de libertação 8 a 9 meses, com máximo de 0,1%B Mortalidade integral das plantas com B acima do recomendado
88 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação Escolha do método de adubação Deve ser definido em função da tipologia de adubação e equipamentos utilizados na plantação Adubo de libertação controlada aplicar no fundo da cova ou covacho de plantação, antes da colocação da planta
89 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação Superfosfato18 ou 42 aplicar no fundo da cova ou em filete de 60 cm, passando pela planta Cobrir com um pouco de terra antes de colocar a planta e o adubo de libertação controlada Cobrir o adubo com terra (cerca de 5 cm)
90 Instalação de povoamentos de eucalipto Adubação à instalação Utilização de adubo NPK não capsulado à instalação aplicar em filete de cm de cada lado da planta, afastado a cm da planta Adubos com azoto ou potássio possuem um índice salino mais elevado, comparativamente aos adubos fosfatados. Provocam perda de água das plantas e morte. Necessário afastar a aplicação do adubo das plantas 10-15cm 20-30cm
91 Retancha
92 Instalação de povoamentos de eucalipto Retancha o A retancha deve ocorrer o mais cedo possível para minimizar prejuízos na plantação, repondo a densidade inicial e para diminuir a heterogeneidade pela dominância das plantas. Plantação outonal desde o início das chuvas até ao inverno Plantação primaveral Final do inverno até meados da primavera Efetuar retancha até fevereiro/início de março do ano seguinte Efetuar retancha até 1 mês após a plantação (o mais rápido possível)
93 Adubação de manutenção
94 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção É mesmo necessário adubar? o Garantir um crescimento adequado das plantas, sem défice nutricional o Promover homogeneidade dos povoamentos o Manter a capacidade produtiva dos solos Os nutrientes exercem um papel fundamental nos processos fisiológicos e em funções estruturais das plantas
95 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção O que sabemos hoje? o De um modo geral, E. globulus responde à adubação azotada o Por vezes é necessário reforçar a aplicação de fósforo na manutenção da 1ª rotação (já adicionado na instalação) e adicioná-lo em talhadia o Nalgumas regiões do país o eucalipto apresenta resposta a potássio, cálcio e boro o Não são evidenciadas respostas à aplicação de magnésio 64
96 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Alguns exemplos de adubação 1ª rotação Dar preferência a fontes amoniacais (+ de 50% do total de azoto) ou misto de amoniacal e ureico 1ª adubação aos 1 a 1,5 anos 120 a 200 g/planta de 30 N ou similar 2ª adubação, dois anos depois 150 a 350 g/planta de ou similar Quando necessário adicionar 1) 20-30g/planta Granubor ou ulexite (15%B) e 2) kg/ha cálcario Por exemplo 150 a 250 g sulfato de amónio 100 a 150 g Ureia Aplicar 1 vez por rotação ou realizar análise foliar de confirmação (B<20 mg/kg adubar) Aplicar apenas em solos ácidos (ph<5) e com níveis de cálcio baixos (<0,5 cmol/kg)
97 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Alguns exemplos de adubação 2ª rotação 1ª adubação aos 2 a 2,5 anos 150 a 250 g/planta de ou similar 2ª adubação, dois anos depois 150 a 250 g/planta de ou similar Quando necessário adicionar 1) 20-30g/planta Granubor ou ulexite (15%B) e 2) kg/ha cálcario Aplicar 1 vez por rotação ou realizar análise foliar de confirmação (B<20 mg/kg adubar) Aplicar apenas em solos ácidos (ph<5) e com níveis de cálcio baixos (<0,5 cmol/kg)
98 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Deficiência de boro
99 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Alguns exemplos de matas que apresentam necessidade de adubação Mata afectada por mycosphaerella no inverno, a começar a reagir na primavera Matas com défice nutricional
100 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Época de aplicação o A altura do ano mais indicada para a aplicação de adubos de manutenção é a Primavera, embora o outono também possa ser uma estação favorável (depende do ano). Regiões mais secas (sul e interior) Regiões de clima intermédio (centro litoral) Regiões mais chuvosas (Norte) Março Março a Abril Abril a Maio
101 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção Métodos de aplicação Primeira adubação: aplicar o adubo numa posição relativamente próxima da planta (na projecção da copa das plantas), em semi-círculo ao redor da planta ou em faixa contínua (cerca de 1 m de distância da planta). Segunda adubação: pode ser efetuada numa faixa ao longo da linha de plantação, da projeção da copa para fora, por via mecanizada ou manual.
102 Manutenção de povoamentos de eucalipto Adubação de manutenção A eficácia da adubação depende da combinação das condições meteorológicas, qualidade dos produtos e da qualidade da operação
103 Selecção de varas
104 Manutenção de povoamentos de eucalipto Selecção de varas A condução do povoamento em talhadia é fortemente condicionada pela gestão realizada durante a primeira rotação. Na talhadia deve ser reposta a densidade inicial de plantas no povoamento: o Conduzir o povoamento com 1000 e 1400 fustes/ha o Selecionar 1 vara por cepo 1,5 a 2,5 anos pós corte As varas devem apresentar sinais de lenhificação e deve haver dominância de 1 ou 2 varas sobre as restantes toiças
105 Manutenção de povoamentos de eucalipto Selecção de varas o o o Realizar o corte das varas em bisel Em casos de falha, deixar duas varas/toiça se diâmetro superior a 20 cm Sempre que possível, deixar as duas varas em posição oposta na toiça Conciliar a seleção de varas com a prática de adubação de manutenção - Vigorosa + Vigorosa
106 Manutenção de povoamentos de eucalipto Selecção de varas 2ª seleção de varas (Controlo da rebentação lateral) o o Cerca de 2 a 3 anos após a 1ª seleção de varas Conjugar esta atividade com a adubação de manutenção
107 Controlo da vegetação
108 Controlo de vegetação Vegetação espontânea (VE) A VE compete com os eucaliptos por água, luz e nutrientes; A competição pode reduzir a produtividade das plantações; A VE afeta ainda: perigosidade de incêndio, implementação das operações florestais (e.g. adubação). Vantagens da presença de VE são: conservação do solo, contribuição para a biodiversidade (se VE não invasora), infiltração da água no solo.
109 Controlo de vegetação Sacha Método utilizado após a instalação dos povoamentos É utilizado por vezes associado à amontoa até um ano de idade Cortar a vegetação apenas à volta da planta ( raio de 50 cm) com enxada ou ferramenta similar
110 Controlo de vegetação Controlo com motorroçadora Técnica que não mobiliza o solo, afetando apenas a parte aérea da vegetação; Deve ser utilizada em situações de acentuado declive, afloramentos rochosos, cortes seletivos. Controlo com corta-matos Técnica que não mobiliza o solo, afetando apenas a parte aérea da vegetação; Destroçar uma faixa de vegetação ao longo das entrelinhas de plantação, mantendo uma distância mínima de segurança das plantas.
111 Controlo de vegetação Gradagem Técnica que mobiliza o solo e que afeta a parte aérea e radicular da VE; Com uma grade de discos, que corta e enterra parcialmente a vegetação, efetuar a operação ao longo das entrelinhas de plantação (em curva de nível) Manter uma distância mínima de segurança das plantas
112 Controlo de vegetação Aplicação de herbicida Pode ser feito de forma manual ou mecânica De um modo geral, os herbicidas sistémicos têm maior eficácia no controlo da VE Dar preferência a herbicidas sistémicos Isentos de toxicidade e Não perigosos para o ambiente
113 Controlo de vegetação Há algumas especificidades relacionadas com a aplicação de herbicidas (equipamentos, regras de certificação e legislação vigente, condições ambientais, entre outros). Utilizar equipamento de segurança e cumprir normas vigentes; Molhar bem a vegetação infestante (sem escorrência); Aplicar na altura indicada (para cada tipo de vegetação) e condições ambientais (sem chuva e vento, vegetação orvalhada, com temperaturas muito altas ou baixas). É preferível atuar com a vegetação infestante pequena, quando a competição é pequena
114 Pragas e doenças
115 Pragas dos eucaliptos As principais pragas são insetos originários da Austrália, tal como os eucaliptos. Estão identificados 11 insetos e 1 ácaro que se alimentam exclusivamente de eucaliptos e podem causar estragos Poucos são pragas com importância económica!
116 Pragas dos eucaliptos Insetos e ácaros Gonipterus platensis Phoracantha semipunctata Thaumastocoris peregrinus Ctenarytaina spatulata que se alimentam de eucaliptos, em Portugal Blastopsylla occidentalis Glycaspis brimblecombei Ctenarytaina eucalypti Ophelimus sp. Leptocybe invasa Phoracantha recurva Ophelimus maskelli Rhombacus eucalypti
117 Doenças dos eucaliptos Várias doenças afetam os eucaliptos, na sua maioria causadas por fungos. Cancros nos troncos Manchas nas folhas
118 Gorgulho-do-eucalipto Principal praga dos eucaliptos em Portugal Gorgulho-do-eucalipto Gonipterus platensis
119 Gorgulho-do-eucalipto Estragos e prejuízos As perdas em volume de madeira são proporcionais à intensidade da desfolha! Adulto Larva Nas situações mais graves, pode ocorrer perda total
120 Gorgulho-do-eucalipto Períodos de risco Ootecas em 20 cm de ramo Picos de atividade na primavera e no outono
121 Gorgulho-do-eucalipto Como pode ser controlado? Controlo biológico Utilização de inimigos naturais Controlo químico Aplicação de fitofármacos Controlo genético Utilização de eucaliptos alternativos Outra espécie E. globulus
122 Gorgulho-do-eucalipto Controlo biológico Foi libertado um inimigo natural do gorgulho na Península Ibérica, o parasitóide de ovos Anaphes nitens. O minúsculo parasitóide desenvolve-se dentro dos ovos do gorgulho, impedindo as larvas de nascerem. Na primavera, as taxas de parasitismo atingem frequentemente %! No entanto, este inimigo natural não consegue controlar bem o gorgulho em todas as regiões, sobretudo a altitudes superiores a 400m. Estão a ser testados outros inimigos naturais que ajudem a controlar o gorgulho, mas ainda sem sucesso.
123 Gorgulho-do-eucalipto Controlo químico A aplicação de fitofármacos é eficaz a reduzir as populações do gorgulho e a desfolha, com aumento no crescimento das árvores 1 mês após a aplicação Sem aplicação de inseticida Com aplicação de inseticida
124 Gorgulho-do-eucalipto Controlo químico Decisão sobre as áreas a tratar Histórico da propriedade Tinha ataque no ano anterior? Tomada de decisão Devo tratar? Validação das áreas a tratar Quando devo tratar? Aplicação de inseticida Acompanhar durante o verão, após o ataque Povoamento com desfolha na maior parte das árvores Idade entre 2 e 8 anos Acompanhar presença do gorgulho a partir de março (quinzenal) Tratar quando há muitas ootecas e larvas pequenas (abril maio)
125 Gorgulho-do-eucalipto Controlo químico Estão disponíveis 2 fitofármacos eficazes para controlar o gorgulho em eucaliptal Dosagem: 200ml/hectare 200g/hectare (em pó) 200ml/hectare (líquido) Aplicação: - ultra baixo volume - 3 litros de calda/hectare - normalmente com canhão nebulizador instalado em viatura adaptada
126 Gorgulho-do-eucalipto Controlo químico ATENÇÃO! De acordo com a Lei n.º 26/2013, de 11 de abril, a aplicação de fitofármacos só pode ser realizada por empresas credenciadas.
127 Gorgulho-do-eucalipto Controlo genético E. globulus Não se conhecem plantas de Eucalyptus globulus que não sejam atacadas pelo gorgulho. No entanto, há espécies de eucalipto que são pouco atacadas! Eucalyptus sp.
128 Gorgulho-do-eucalipto Controlo genético Comparação do ataque pelo gorgulho em 17 espécies de eucalipto Menos atacado Mais atacado
129 Para saber mais
130 FIM!
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