PROJETO DE LEI Nº 100/2008 Poder Executivo

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1 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 1 Poder Executivo Dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Art. 1º - Os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, servidores pertencentes à Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, terão direito ao porte de arma de fogo. Art. 2º - As armas de fogo utilizadas pelos Agentes Fiscais serão de propriedade, responsabilidade e guarda do respectivo servidor, devendo ser observadas as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pela autoridade competente. Art. 3º - A autorização de porte deverá constar, de forma impressa, na carteira funcional do servidor, a ser expedida pela autoridade competente. Art. 4º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. JUSTIFICATIVA O Projeto de Lei que ora encaminho a essa Casa Legislativa visa à concessão do direito ao porte de arma de fogo aos integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, servidores pertencentes à Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul. O Poder Executivo, com este encaminhamento, acolhe a proposta legislativa do Deputado Carlos Gomes, reconhecendo sua conveniência e oportunidade. Até o advento do Estatuto do Desarmamento - Lei Federal nº , de 22 de dezembro de 2003, os Agente Fiscais do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul tinham, em razão da natureza da função que desempenhavam, na qual se inclui o poder de polícia, assegurado o direito ao porte de arma de fogo. Ao ser editado, o Estatuto listou no art. 6º as categorias funcionais, públicas e privadas, que têm direito ao porte de arma de fogo. Nelas, pelo inciso X, ficou assegurado que os integrantes da Carreira de Auditor da Receita Federal, Auditores-Fiscais e Técnicos da Receita Federal têm direito ao porte de arma de fogo. Posteriormente, em 12 de julho de 2007, por meio da Lei /2007, o inciso X foi alterado para recepcionar as carreiras criadas conjuntamente com a Receita Federal do Brasil: integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. Com efeito, se vê que não houve observância ao princípio da simetria, porque a função desempenhada no plano estadual é a mesma dos Auditores-Fiscais da Receita Federal no plano federal. Assim, para funções de natureza igual, deve-se ter os mesmos direitos e deveres. O legislador federal, na edição da Lei, ressalvou no caput do art. 6º a possibilidade da edição de legislação própria, tanto para o ente federado, quanto para outras categorias nacionais não contempladas nos respectivos incisos.

2 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 2 Nada mais natural de que aos Agentes Fiscais do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul também seja estendido o direito ao porte de arma; tanto porque os funcionários de igual natureza no padrão federal, já tem o direito; quanto porque no plano estadual, o direito já foi concedido a outras categorias, no permissivo legal da ressalva do caput do art. 6º da Lei federal nº /2003. Razões que me levam a propor o presente Projeto de Lei, contemplando uma categoria funcional, a qual, pela natureza das funções que desempenha, deve possuir porte de arma, tanto para defender suas prerrogativas funcionais, quanto pessoais. OF.GG/SL Senhor Presidente: Porto Alegre, 30 de abril de Dirijo-me a Vossa Excelência para encaminhar-lhe, no uso da prerrogativa que me é conferida pelo artigo 82, inciso III, da Constituição do Estado, o anexo projeto de lei que dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do rio Grande do Sul, a fim de ser submetido à apreciação dessa Egrégia Assembléia Legislativa. A justificativa que acompanha o expediente evidencia as razões e a finalidade da presente proposta. Atenciosamente, Yeda Rorato Crusius, Governadora do Estado. Excelentíssimo Senhor Deputado Alceu Moreira, Digníssimo Presidente da Assembléia Legislativa, Palácio Farroupilha, Nesta Capital. COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Processo nº /08-3 Proponente: Poder Executivo Ementa: Dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Relator(a): Deputado(a) Marquinho Lang Parecer: Favorável. PARECER DA COMISSÃO Nº 46/2008

3 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 3 Vem a esta Comissão de Constituição e Justiça o Projeto de Lei nº 100/2008, de origem do Poder Executivo que dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. A presente proposição visa à concessão do direito ao porte de arma de fogo aos integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, acolhendo a proposta legislativa do Deputado Carlos Gomes, reconhecendo a sua conveniência e oportunidade amparadas no Estatuto do Desarmamento. A Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Desarmamento, através da redação dada pela Lei nº /2007, assegura o porte de arma de fogo aos integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil, Auditor-Fiscal do Trabalho, Auditor Fiscal e Analista Tributário. No âmbito estadual, os Agentes Fiscais do Tesouro tendo as mesmas funções dos Auditores Fiscais da Receita Federal, devem ter o direito ao porte de arma de fogo, o que está assegurado pelo inciso X do Art. 6 da Lei /2003. Dessa forma, para funções de natureza igual, deve-se ter os mesmos direitos e deveres, observando que o Estado pode legislar concorrentemente nesta matéria, dando o direito de porte de arma de fogo aos servidores em questão. Além disso, não encontramos nenhum vício de inconstitucionalidade e de ilegalidade nesta proposição, de forma que ela tem condições jurídicas de continuar tramitando nesta Casa. Assim sendo, o parecer deste relator é Favorável ao Projeto de Lei nº 100/2008, do Poder Executivo que dispõe sobre o porte de arma de fogo aos integrantes das Carreiras de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Sala das Sessões, 08 de julho de Deputado(a) Francisco Appio, Presidente. Deputado(a) Marquinho Lang, Relator(a). Deputado(a) Alexandre Postal Deputado(a) Márcio Biolchi Deputado(a) Carlos Gomes (Suplente) Deputado(a) Giovani Cherini Deputado(a) Raul Pont Deputado(a) Nelson Marchezan Jr. COMISSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS Processo nº /08-3 Proponente: Poder Executivo Ementa: Dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Relator(a): Deputado(a) Pedro Pereira Parecer: Favorável, c/emenda(s).

4 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 4 PARECER DA COMISSÃO Nº 8/2009 Vem a esta Comissão de Serviços Públicos, para exame e parecer, o Projeto de Lei nº 100/2008, do Poder Executivo, que dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Na justificativa consta que o Poder Executivo, com este encaminhamento, acolhe a proposta legislativa do Deputado Carlos Gomes, reconhecendo sua conveniência e oportunidade. O PL de autoria do Deputado Carlos Gomes é o de nº 363/2007, que não foi retirado nem arquivado, está na Comissão de Constituição e Justiça se encontra para parecer com o Deputado Marquinho Lang, como registra o Sistema de Proposições Pró. A justificativa refere ainda que o legislador federal, na edição da Lei, ressalvou no caput do art. 6º a possibilidade da edição de legislação própria, tanto para o ente federado, quanto para outras categorias nacionais não contempladas nos respectivos incisos. Concedida vênia, este Relator discorda da afirmação, porquanto esta ressalva não está expressa no art. 6º da Lei Federal nº , de 22 de dezembro de 2006 (Estatuto do Desarmamento), que tem a seguinte redação: Art. 6º - É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para: Está claro que o inciso X do mesmo art. 6º tem a seguinte dicção: X integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário. Não há na Lei federal menção a legislação própria para entes federados ou para outras categorias nacionais não mencionadas nos incisos do art. 6º. Afirmar, portanto, que é um caso de simetria e que a função desempenhada no plano estadual é a mesma dos Auditores-Fiscais da Receita Federal no plano federal, é um mero exercício de interpretação, no entender deste Relator imprópria, uma vez que o Estatuto do Desarmamento não abre a possibilidade dos Estados ou Municípios concederem o porte de arma. Tendo parecer favorável aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (fls. 20 a 26), o PL foi encaminhado ao Plenário e lá recebeu duas emendas de Líder, estendendo a possibilidade de portar arma de fogo aos integrantes da carreira de Técnico do Tesouro do Estado e aos Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas (fls. 28 a 31). O Plenário, com base no art. 128 do Regimento Interno da Assembléia Legislativa, entendeu de remetê-las à Comissão de Constituição e Justiça, que as aprovou (fls.38 a 50). A emenda nº 01 acrescentou ao art. 1º o seguinte parágrafo único: Parágrafo único O porte a que se refere o caput deste artigo será concedido em observância às condições estabelecidas na Lei Federal nº , fr 22 de dezembro de 2003 e dependerá de prévia preparação técnica. Aprovada a constitucionalidade das emendas de Líder, está o PL agora substancialmente modificado. Não há como entendê-lo concedendo aos servidores que menciona o porte de arma de fogo, pois tal prerrogativa é da Polícia Federal, nos termos do Estatuto do Desarmamento. Assim, parece mais adequado sugerir que o art. 1º, já modificado pela emenda de Líder nº 01, passe a ter uma pequena alteração em sua redação, na forma seguinte: Art. 1º - Os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado e de Técnico do Tesouro do Estado, servidores integrantes do quadro de pessoal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, poderão portar arma de fogo no exercício de suas funções. Parágrafo único (...) Art. 2 - (...) Ficará destarte claro que o Estado não está concedendo o porte de arma, mas sim permitindo o uso do

5 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 5 porte de arma, anteriormente concedido pela Polícia Federal na forma prevista pelo Estatuto do Desarmamento, no exercício da função do servidor. O PL está assim dispondo sobre algo relativo ao regime jurídico dos servidores, competência reservada ao Poder Executivo. Tem origem no Poder Executivo, tendo para tanto toda legitimidade. Nada há portanto a opor à Proposta, com ressalva da emenda de Comissão anexa. Parecer favorável com emenda. Sala da Comissão, 14 de maio de Deputado(a) Fabiano Pereira, Presidente. Deputado(a) Pedro Pereira, Relator(a). Deputado(a) Paulo Brum Deputado(a) Luciano Azevedo Deputado(a) Paulo Azeredo Deputado(a) Alceu Moreira Deputado(a) Sandro Boka EMENDA Nº 1 Deputado(a) Márcio Biolchi + 6 Deputado(s) I - O artigo 1º do Projeto de Lei 100/08, passa a ter a seguinte redação: Altera a redação dos artigos 1º e 2º e insere parágrafo único no artigo 1º do Projeto de Lei nº 100/2008. Art. 1.º Os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado e de Técnico do Tesouro do Estado, servidores integrantes do quadro de pessoal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, poderão portar arma de fogo, em razão de suas atividades, no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul. Parágrafo Único - O porte a que se refere o caput deste artigo será concedido em observância às condições estabelecidas na Lei Federal n.º , de 22 de dezembro de 2003 e dependerá de prévia preparação técnica. II - O artigo 2.º passa a ter a seguinte redação: Art. 2.º As armas de fogo utilizadas pelos Agentes Fiscais e Técnicos do Tesouro serão de propriedade, responsabilidade e guarda do respectivo servidor, devendo ser observadas as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pela autoridade competente. Sala das Sessões, JUSTIFICATIVA

6 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 6 Constitui competência privativa da União legislar sobre Direito Penal e sobre material bélico (CF art. 22, incisos I e XXI). Nesta esfera de competência inclui-se a regulamentação da posse e comercialização de armas de fogo e munição. Assim, o Sistema Nacional de Armas e os crimes pertinentes à matéria são regulados pela Lei Federal N.º , de 22 de dezembro de Logo, não tem o Estado competência para legislar sobre a concessão do porte de armas. No entanto, poderá autorizar os integrantes de categoria profissional específica a portarem armas no uso de suas atividades, uma vez concedido o porte pela esfera competente (a União, por intermédio da Polícia Federal). Ao autorizar o porte de arma, pelo servidor, estará o Estado agindo dentro de sua competência normativa, no âmbito do Direito Administrativo. Esta regulamentação feita pelo Estado permitirá ao servidor integrante da categoria em referência portar arma no exercício de suas funções, desde que detentor do porte de arma expedido pelo órgão competente, tornando regular esta conduta. A mudança na redação do art. 1.º, substituindo a expressão terão direito ao porte de arma de fogo pela expressão poderão portar arma de fogo, vem no sentido de tornar claro o objetivo da Lei, restrito ao âmbito de competência do Estado. A inserção do cargo de Técnico do Tesouro, no Projeto de Lei, tem o objetivo de alcançar aos servidores lotados neste cargo a mesma condição de segurança, uma vez que no exercício de suas atividades estão expostos aos mesmos riscos enfrentados pelos Agentes Fiscais do Tesouro. Relevante destacar que, no âmbito da União, os Auditores Fiscais e os Analistas Tributários, carreiras equivalentes às de Agente Fiscal e de Técnico do Tesouro do Estado, foram contemplados com direito ao porte de arma por meio da Lei N.º /2007, que acrescentou o inciso X ao art. 6.º da Lei N.º /2003. Deputado(a) Márcio Biolchi Deputado(a) Carlos Gomes Deputado(a) Marco Peixoto Deputado(a) Silvana Covatti Deputado(a) Iradir Pietroski Deputado(a) Marquinho Lang Deputado(a) Zilá Breitenbach EMENDA Nº 2 Deputado(a) Pedro Westphalen Altera a redação da ementa e acrescenta artigo ao Projeto de Lei nº 100/2008. I - No Projeto de Lei nº 100/2008, fica alterada a redação de sua ementa, e acrescentado um novo artigo, onde couber, conforme segue:

7 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 7 Dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências. Art.... Aplicam-se aos Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul as disposições da presente lei, especialmente quanto ao direito ao porte de arma de fogo, que será expresso pela autoridade competente nas respectivas carteiras funcionais. JUSTIFICATIVA A presente emenda visa atender pleito específico do Centro dos Auditores Públicos do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul CEAPE/TCE, no sentido de dotar esta categoria funcional de Estado do mesmo direito que se pretende proteger, ou seja, as condições de trabalho e execução de atividades de auditoria e controle externo ao encargo da fiscalização externa do Tribunal de Contas do Estado. Referidos servidores, mercê de seus misteres constitucionais e legais, estão sujeitos a deslocamentos para todos as comarcas e cidades do Rio Grande do Sul, em períodos que abrangem, inclusive, a noite. Por igual, e a fim de guardar pertinência temática, à fiscalização do Tribunal de Contas compete o exame da regularidade dos procedimentos para ingresso da receita pública primariamente ao encargo da administração tributária da Secretaria da Fazenda do Estado do RS. Entretanto, além da fiscalização da receita pública, os auditores públicos do Tribunal de Contas exercem controle sobre toda a programação, orçamentação e execução das fases da despesa pública, abrangendo os órgãos e unidades estaduais situados em todo território do Rio Grande do Sul, além de, com ênfase semelhante, exercitarem tarefas de auditoria e inspeção nos órgãos públicos municipais das 496 cidades do Estado. Desta forma, senhores Deputados, visualiza-se o necessário liâme a possibilitar que a referida categoria profissional possa constar expressamente no presente Projeto de Lei, em especial por tratar-se, como vimos, de carreiras em tudo identificadas, e que inserem-se dentre aquelas típicas de Estado. Sala das Sessões, Deputado(a) Pedro Westphalen COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Processo nº /08-3 Proponente: Poder Executivo Ementa: Dispõe sobre o porte de arma de fogo para os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul. Relator(a): Deputado(a) Marquinho Lang Parecer: Favorável às emendas. PARECER DA COMISSÃO Nº 14/2009

8 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 8 Vem a esta Comissão de Constituição e Justiça, novamente para exame e parecer, o projeto de lei nº 100/2008, de autoria do Poder Executivo, acostado de duas Emendas de Líder ao projeto principal inserindo com o direito ao porte de arma de fogo os Técnicos do Tesouro do Estado na primeira emenda e os Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas na segunda emenda. As emendas de Líder estão previstas no artigo 128 do Regimento Interno desta Casa, cuja norma dita que serão encaminhadas às mesmas Comissões que tenham examinado a proposição principal. É o que ocorre com este projeto, acostado de duas emendas de Líder, para receber opinião desta Comissão de Constituição e Justiça. O incremento dessas duas emendas, como podemos ver, é perfeitamente regimental e, portanto, sem estar maculado por qualquer vício jurídico na sua tramitação. A emenda nº 1, contempla os Técnicos do Tesouro do Estado, que inclusive são beneficiários de Projeto de Lei nº 70/2008, de autoria do Deputado Marquinho Lang, que estende os mesmos direitos disposicionados no PL 100/2008 a essa categoria de servidores tão importante à economia de nosso Estado Institucional. A Lei nº , de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Desarmamento, através de redação dada pela Lei nº /2007, assegura o porte de arma de fogo aos integrantes da carreira de Analista Tributário que em âmbito federal é similar aos Técnicos do Tesouro do Estado. De forma que o Estado pode, em caráter suplementar, autorizar os integrantes de carreiras similares às previstas no Estatuto do Desarmamento o porte de arma de fogo. Assim, essa autorização feita pelo Estado permitirá ao Técnico do Tesouro do Estado portar arma no exercício de suas funções, uma vez titular do porte de arma de fogo expedido por órgão competente. Como bem asseverou a justificativa, a inserção do cargo de Técnico do Tesouro do Estado, no Projeto de Lei, tem o objetivo de alcançar aos servidores lotados nesse cargo a mesma condição de segurança, uma vez que no exercício de suas atividades estão expostos aos mesmos riscos enfrentados pelos Agentes Fiscais do Tesouro. Os Técnicos do Tesouro do Estado, exercem atividades muito arriscadas, incluindo fiscalização de mercadorias, sujeitas a impostos, com deslonamento e enlonamento de caminhões ficando muito expostos a uma série de perigo de vida. A emenda nº 2 estende aos Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado os objetivos do Projeto de Lei nº 100/2008, com o mesmo direito ao porte de arma de fogo em razão aos rigores de sua atividade funcional, cuja natureza os obriga a deslocamentos para todas os municípios do Rio Grande do Sul, inclusive a noite, sujeitos a vários tipos de perigos inerentes a sua função na defesa da moralidade e da transparência da coisa pública. Esses servidores realizam, além da fiscalização do dinheiro público, o controle sobre toda a programação, orçamentação e execução das fases da despesa pública, abrangendo os órgãos e unidades estaduais nos 496 municípios do Estado. Assim, o Estado pode autorizar o porte de arma aos Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas, em razão da natureza de suas funções, vitais para a boa saúde do erário do Estado, estando dentro da legalidade prevista na Lei nº /03. Desse modo, as emendas de Líder, observando o princípio da concentração, dentro da mais rigorosa legalidade, insere no mesmo direito ao porte de arma de fogo, dado aos integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado, os integrantes da carreira de Técnico do Tesouro do Estado e os Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas do Estado por grandes riscos de vida decorrentes de sua atividade funcional. Tais emendas de Líder estão amparadas nas disposições da Lei nº /03, além das disposições do art. 128 e seguintes do Regimento Interno desta Assembléia Legislativa, de modo que elas não estão maculadas por nenhum vício de ilegalidade ou inconstitucionalidade, podendo seguir na sua tramitação nesta Casa. Assim sendo, o parecer deste relator é favorável às emendas de Lider nºs 1 e 2, que incluem o direito ao porte de arma aos Técnicos do Tesouro do Estado e os Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas, no PL nº 100/2008 que dispõe sobre o porte de arma aos integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul.

9 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 9 Sala das Sessões, 17 de março de Deputado(a) Alceu Moreira, Presidente. Deputado(a) Luiz Fernando Záchia Vice-Presidente Deputado(a) Francisco Appio Deputado(a) Giovani Cherini Deputado(a) Elvino Bohn Gass (CONTRÁRIO). Deputado(a) Marquinho Lang, Relator(a). Deputado(a) Pedro Westphalen Deputado(a) Adroaldo Loureiro Deputado(a) Carlos Gomes (Suplente) Deputado(a) Adilso Troca (Suplente). EMENDA Nº 3 Comissão de Serviços Públicos Altera a redação dos arts. 1º e 2º. Dê-se aos arts. 1º e 2º a seguinte redação: Art. 1º - Os integrantes da carreira de Agente Fiscal do Tesouro do Estado e de Técnico do Tesouro do Estado, servidores integrantes do quadro de pessoal da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul, poderão portar arma de fogo no exercício de suas funções. Parágrafo único O porte a que se refere o caput deste artigo será concedido em observância às condições estabelecidas na Lei Federal nº , de 22 de dezembro de 2003, e dependerá de prévia preparação técnica. Art. 2 - As armas de fogo utilizadas pelos Agentes Fiscais e Técnicos do Tesouro serão de propriedade, responsabilidade e guarda do respectivo servidor, devendo ser observadas as condições de uso e armazenagem estabelecidas pela autoridade competente. JUSTIFICATIVA Conforme arrazoado do Relatório. Sala da Comissão, 14 de maio de 2009.

10 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, terça-feira, 9 de junho de PRO 10 Deputado(a) Fabiano Pereira, Presidente. Deputado(a) Pedro Pereira, Relator(a). Deputado(a) Paulo Brum Deputado(a) Luciano Azevedo Deputado(a) Paulo Azeredo Deputado(a) Alceu Moreira Deputado(a) Sandro Boka