PROJETO DE LEI Nº 103/2008 Deputado(a) Marquinho Lang

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1 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 6 de março de PRO 1 Institui o Dia Estadual do Panificador no âmbito do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Art. 1º - Fica instituído o Dia do Panificador no Estado do Rio Grande do Sul, a ser comemorado, anualmente, no dia 08 (oito) de julho. Parágrafo único As comemorações relativas à data referida no caput poderão ser organizadas por entidades públicas ou privadas. Art. 2º - O Dia do Panificador também poderá ser designado como Dia de Santa Isabel, Padroeira dos Panificadores. Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões em, JUSTIFICATIVA A instituição do Dia 08 de julho como Dia Estadual do Panificador, justifica pela importância histórica, profissional e social desses trabalhadores. A escolha desse dia se fundamenta no sentido de que é o Dia de Santa Isabel, a Padroeira dos Panificadores. Panificador significa fabricante de pães. Esses profissionais que dedicam a sua vida a fazer pães e outros produtos farináceos, são fundamentais na sociedade moderna. Eles trabalham com o Alimento Símbolo na cultura mundial: o pão. Na história da alimentação o pão e o panificador são figuras fundamentais com grande importância simbólica, social e econômica. E esse dia é fundamental para comemorar e refletir sobre tão importante trabalhador que é o panificador ou padeiro, justamente no dia de Santa Isabel, a Padroeira desses trabalhadores. Os panificadores constituem uma das profissões mais antigas e nobres da Humanidade. A panificação é uma atividade muito antiga. Os primeiros panificadores assavam pães sobre pedras quentes ou. Foram os panificadores egípcios, os primeiros a utilizarem fornos de barro para cozimento, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para tornala leve e macia. A Bíblia mostra a intensa atividade dos padeiros hebreus que fabricavam pães, porém sem fermento, pois acreditavam que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza. Ao Senhor, na narrativa bílbica, só ofereciam pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa para comemorar a retirada do Egito, por volta do século XIII, antes de Cristo. A Mitologia grego-romana demonstra em muitas narrativas a importância desse alimento e dos panificadores para esses povos.. Na Roma antiga o pão era feito em casa, pelas mulheres, e depois passou a ser fabricado em padarias públicas. Foi aí que surgiram os primeiros panificadores. Com a queda do Império Romano, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa praticamente fazendo desaparecer os padeiros. Os panificadores começaram a ganhar importância, novamente, a partir do século XVII, na França que veio a tornar-se o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação que logo foram assimilados pelos panificadores austriacos, ainda no século XVII.

2 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 6 de março de PRO 2 Nesse sentido, os panificadores foram submetidos à invenção de novos processos de moagem da farinha que modificou profundamente a indústria de panificação a partir do século XVIII. O historiador inglês Eric Hobsbawn, escreveu que o avanço dos novos processos da fabricação de pães no século XVII, utilizados para triturar grãos de trigo, substituiu os moinhos de pedra manuais, os movidos por animais, os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Segundo Hobsbawn, na segunda metade do século XVIII apareceram os moinhos movidos a vapor que provocou grande impacto na dimensão dos panificadores. Com avanço da ecanização no século XIX, provocou a invenção dos cilindros, a trituração dos grãos de trigo que fez com que a produção de pães foi aprimorada consideravelmente pelos panificadores. No Brasil os primeiros panificadores, somente apareceram no século XIX com a chegada da imigração alemã, italiana e novas levas de portugueses, pois antes do advento do pão no país, os brasileiros se alimentavam do biju de tapioca. O dia 08 de julho, como dia dos Panificadores é comemorado o dia de Santa Isabel, considerada a Padroeira dos Panificadores. Assim, a data de 8 de julho foi escolhida em razão de ser o dia de Santa Isabel, que foi rainha de Portugal no século XIII e sempre fazia a distribuição de pães para os pobres, mesmo contra a vontade d rei D. Diniz que era seu esposo em época de grande fome e carestia em Portugal. Por essa razão é fundamental estabelecer o Dia Estadual do Panificador, que exerce no mundo do trabalho e das profissões, uma das mais nobres atividades da Humanidade. Sala das Sessões, COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA Processo nº /08-8 Proponente: Ementa: Institui o Dia Estadual do Panificador no âmbito do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Relator(a): Deputado(a) Luiz Fernando Záchia Parecer: Favorável. PARECER DA COMISSÃO Nº 89/ Vem a esta Comissão Técnica o presente Projeto de Lei, de autoria do ilustre parlamentar Marquinho Lang, para devida análise dos aspectos jurídicos bem como do controle preventivo de constitucionalidade. 2. O Projeto de Lei visa instituir o Dia Estadual do Panificador do âmbito do Rio Grande do Sul e dá outras providências. 3. Na justificativa, o Proponente afirma que a instituição do Dia 08 de julho como Dia Estadual do Panificador se deve à importância histórica, profissional e social desses trabalhadores. A escolha desse dia se fundamenta no sentido de que é o Dia de Santa Isabel, a Padroeira dos Panificadores. Esses profissionais que dedicam a sua vida a fazer pães e outros produtos farináceos, são fundamentais na sociedade moderna. Eles trabalham com o Alimento Símbolo na cultura mundial: o pão. Na história da alimentação, o pão e o

3 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 6 de março de PRO 3 panificador são figuras fundamentais com grande importância simbólica, social e econômica. 4. A matéria é de competência do Legislativo Estadual, vez que se encontra no poder normativo previsto no art. 59 da Constituição Estadual. 5. Nessas circunstâncias, não existem óbices de natureza constitucional ou jurídica a impedir a tramitação do presente projeto, pelo que apresento parecer favorável. Sala da Comissão, 28 de outubro de Deputado(a) Francisco Appio, Presidente. Deputado(a) Luiz Fernando Záchia, Relator(a). Deputado(a) Silvana Covatti (Suplente) Deputado(a) Adroaldo Loureiro Deputado(a) Giovani Cherini Deputado(a) Luis Augusto Lara Deputado(a) Adilson Troca (Suplente) Deputado(a) Alexandre Postal Deputado(a) Fabiano Pereira Deputado(a) Raul Pont Deputado(a) Paulo Odone COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA Processo nº /08-8 Proponente: Ementa: Institui o Dia Estadual do Panificador no âmbito do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Relator(a): Deputado(a) Mano Changes Parecer: Favorável. PARECER DA COMISSÃO Nº 3/ Ao exame e parecer desta Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, vem o Projeto de Lei nº 103/2008, de iniciativa do Deputado Marquinho Lang, visando instituir o Dia Estadual do Panificador no âmbito do Rio Grande do Sul. 2. Trata-se de proposta que prevê a instituição do dia 08 de julho como Dia Estadual do Panificador, justificado pela importância histórica, profissional e social desses trabalhadores. A escolha desse dia

4 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 6 de março de PRO 4 fundamenta-se no sentido de que é o Dia de Santa Isabel, a Padroeira dos Panificadores. Esses profissionais, que dedicam a sua vida a fazer pães e outros produtos farináceos, são fundamentais na sociedade moderna. Eles trabalham com o Alimento Símbolo da cultura mundial: o pão. 3. Conforme demostra a justificativa da proposta, na história da alimentação, o pão e o panificador são figuras fundamentais, com grande importância simbólica, social e econômica. Os panificadores se constituem em uma das profissões mais antigas e nobres da Humanidade. Foram os panificadores egípcios os primeiros a utilizarem fornos de barro para cozimento, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia. A Bíblia mostra a intensa atividade dos padeiros hebreus, que fabricavam pães, porém sem fermento, pois acreditavam que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza. Ao Senhor, na narrativa bíblica, só ofereciam pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa para comemorar a retirada do Egito, por volta do século XIII, antes de Cristo. A Mitologia greco-romana demonstra em muitas narrativas a importância desse alimento e dos panificadores para esses povos. Na Roma antiga, o pão era feito em casa, pelas mulheres, e depois passou a ser fabricado em padarias públicas. Foi aí que surgiram os primeiros panificadores. Com a queda do Império Romano, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa, praticamente fazendo desaparecer os padeiros. Os panificadores começaram a ganhar importância, novamente, a partir do século XVII, na França, que veio a tornar-se o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação, que logo foram assimilados pelos panificadores austríacos, ainda no século XVII. Nesse sentido, os panificadores foram submetidos à invenção de novos processos de moagem da farinha, o que modificou profundamente a indústria de panificação a partir do século XVIII. O historiador inglês Eric Hobsbawn, ressaltou que os moinhos de pedra manuais, os movidos por animais, os movidos pela água e os moinhos de vento, a partir da segunda metade do século XVIII, foram substituídos pelos moinhos movidos a vapor, que provocaram grande impacto na fabricação de pães. O avanço da mecanização, no século XIX, provocou a invenção dos cilindros, a trituração dos grãos de trigo, fez com que a produção de pães fosse aprimorada consideravelmente pelos panificadores. No Brasil, os primeiros panificadores somente apareceram no século XIX, com a chegada da imigração alemã, italiana e novas levas de portugueses, pois, antes do advento do pão no país, os brasileiros se alimentavam do biju de tapioca. 4. A proposta obteve parecer favorável e foi aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça, em sessão ordinária do dia 28 de outubro de 2008, tendo sido lavrado o parecer pelo nobre colega deputado Luiz Fernando Záchia, que não vislumbrou óbices constitucionais, legais e jurídicos a impedir sua tramitação. 5. Quanto ao mérito, enaltecendo o valor e a oportunidade da iniciativa do deputado proponente, não poderia este Relator deixar de emitir parecer favorável ao presente Projeto de Lei, face o mesmo constituir em um marco de respeito a esta classe trabalhadora, pelo seu trabalho em prol de nossa população. 6. Assim, no que concerne à análise desta Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, conforme o art. 56, VII combinado ao art. 57, II do Regimento Interno desta Casa, este relator manifesta-se favoravelmente ao Projeto de Lei n.º 103/2008.

5 DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 6 de março de PRO 5 7. Parecer Favorável. Sala da Comissão, de de Deputado(a) Mano Changes, Presidente e Relator(a). Deputado(a) Frederico Antunes, Vice-Presidente. Deputado(a) Kalil Sehbe Deputado(a) Stela Farias Deputado(a) Iradir Pietroski Deputado(a) Marisa Formolo Deputado(a) Paulo Borges