GESTÃO DO CONHECIMENTO APLICADO À LOGÍSTICA HUMANITÁRIA: BENCHMARKING COM OS MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "GESTÃO DO CONHECIMENTO APLICADO À LOGÍSTICA HUMANITÁRIA: BENCHMARKING COM OS MÉDICOS SEM FRONTEIRAS"

Transcrição

1 GESTÃO DO CONHECIMENTO APLICADO À LOGÍSTICA HUMANITÁRIA: BENCHMARKING COM OS MÉDICOS SEM FRONTEIRAS Kauan M. Pimentel Natália S. Souza Vera L. Monteiro Faculdade de Tecnologia de São Jose dos Campos Prof. Jessen Vidal (FATEC) Avenida Cesare Mansueto Giulio Lattes, s/n , São José dos Campos-SP, Brasil. Resumo. Este artigo está situado na área de logística humanitária, tendo como tema a importância da gestão do conhecimento, pois é uma ferramenta que apresenta a possibilidade de alinhar as vertentes da gestão do conhecimento aos aspectos da logística humanitária, podendo ocorrer uma relação beneficamente mútua entre o primeiro e a segunda. Dessa forma, ao utilizar dados da ONG internacional Médicos Sem Fronteiras, é possível verificar como a gestão do conhecimento é administrada. Em um contexto mais amplo, verificam-se em que momentos são aplicados e disseminados diferentes tipos de conhecimento. Assim, mediante catástrofes naturais ocorridas e diversas modificações que, ainda, devem ocorrer na geopolítica mundial, a gestão do conhecimento assume um papel crucial na sociedade contemporânea. Com isso, poderá ocorrer a otimização de recursos e o redesenho de processos Palavras-chave. Logística, Logística humanitária, Gestão do conhecimento, MSF, Reutilização do conhecimento.

2 1. INTRODUÇÃO Acontecimentos de caráter emergencial como desastres naturais (furacões, enchentes, terremotos, maremotos), atentados terroristas, guerras e outros eventos deste tipo, devem receber um tipo especial de cuidados logísticos, que vem sendo crescentemente estudado em países da Europa e nos Estados Unidos da América. Pois, em 28 de dezembro de 1908, o pior terremoto já registrado na Europa destruiu completamente as cidades de Messina na Sicília, e de Reggio Calabria, no sul da Itália, provocando a morte de pessoas. 22 de maio de 1997 a terra treme em Xining na região central da China, provocando uma das piores taxas de acidentes humanos na história, com mais de mortos. 31 de maio de 1970 um terremoto de 7,7 na Escala Richter atinge o norte do Peru, causando a morte de pessoas e a destruição de dezenas de casas. 28 de julho de 1976 um terremoto arrasa a cidade de Tangshan no norte da China, o lar de mais de um milhão de pessoas vai para o chão, o número de vítimas é estimado em mais de pessoas. (CHANDES e PACHÉ, 2009). Segundo Gonçalves (2011) alguns acontecimentos nos últimos anos como os atentados terroristas (11 de setembro de 2011 nos Estados Unidos da América e 21 de julho de 2005 em Londres), catástrofes naturais (tsunamis, furacões), tem colocado em destaque, uma operação logística especial de grande importância, que vem sendo denominada logística humanitária. O crescente número de pesquisas nesta nova área contribui para o uso de conceitos logísticos em casos de ocorrências desta natureza, com a finalidade de obter maior sucesso em suas operações. Com isso, são apontados grandes desafios ao implementar processos logísticos sistematizados, tais como: aspectos relacionados à infraestrutura, coordenação de processos, pessoas, localização de centrais de assistência, suprimentos e a gestão de conhecimento e das informações. Existem atualmente várias organizações como Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Defesa Civil, que se mobilizam, sempre que necessário, para auxiliar regiões e pessoas afetadas por catástrofes, porém elas não possuem nenhum local onde tenham armazenadas essas lessons learning. Devido à falta de uma gestão de conhecimento robusta aplicada às organizações de ajuda humanitária, as ONGs tem um déficit em identificar quais ações deram certo e quais deram errado em situações semelhantes, correndo o risco de cometer os mesmos erros mais de uma vez. Algumas entidades declaram que gostariam de cometer erros novos e ter uma capacidade de aproveitar as lessons learning para uma atuação mais acertiva e com menos falhas. Nesse contexto, o estudo de modelos de gestão do conhecimento para logística humanitária, pode contribuir significativamente para eficácia dessa área, que carece de sistematização e manutenção das lições aprendidas nas operações de auxílio. 1.1 Objetivo do trabalho A hipótese inicial desta pesquisa é que conforme apontado por Carrilo (2004), as ONGs e empresas em geral, mesmo que de maneira não sistemática, utilizam técnicas e/ou ferramentas de disseminação e reutilização do conhecimento. Sendo assim, a pesquisa tem por objetivo coletar evidências e processos de captura, compartilhamento, disseminação e reutilização do conhecimento, utilizando-se para contextualização do tema estudado as atividades logísticas da

3 ONG médica MSF, visando a perceber como se processa a captura e reutilização do conhecimento obtido em suas operações. Para a consecução deste objetivo foram estabelecidos os objetivos específicos: Verificar, através de pesquisas bibliográficas, os efeitos do uso de ferramentas para a gestão do conhecimento (lessons learning) na logística humanitária; Identificar processos, métodos e ferramentas, ainda que não sistemáticos e/ou explícitos, de compartilhamento e reutilização do conhecimento implícito e explícito, nas atividades logística da ONG MSF; Propor adaptações nos processos identificados, para utilização por outras ONGs do setor humanitário, no intuito de diminuir a repetição de erros em suas operações de auxílio. 2. PROPOSTA METODOLÓGICA Para atender os objetivos deste trabalho, a metodologia de pesquisa utilizada foi estruturada sobre quatro pilares: quando a sua natureza, abordagem, objetivos e procedimento técnicos utilizados. Tendo como natureza aplicada, a abordagem da pesquisa será de caráter qualitativo, pois Severino (2008) postula que a mesma parte do fundamento de que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e objeto, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetiva do sujeito. Optou-se pelo objetivo exploratório para o desenvolvimento deste trabalho, uma vez que o mesmo apresenta maior familiaridade com o problema, levantamento bibliográfico e estudos de caso. Severino (2008) afirma que procedimentos de amostragem e técnicas quantitativas de dados não são, costumeiramente, aplicados nestas pesquisas. E que este tipo de situação é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis sobre ele. Os procedimentos técnicos utilizados neste trabalho serão: pesquisa bibliográfica, estudo de caso e entrevistas. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este item apresenta as definições de logística humanitária e gestão do conhecimento. 3.1 Logística humanitária O aquecimento global, a atual degradação ambiental e a crescente urbanização, são fatores que fazem cada vez mais um maior número de pessoas estarem sujeitas a catástrofes naturais. Esses números, nos últimos 30 anos, tiveram um aumento de 50 vezes, passando de 50 para 400 por ano. (KOVACS e SPENS, 2009) Esses números, nas próximas cinco décadas, tendem a aumentar em cinco vezes. (THOMAS e KOPCZACK, 2007) Em torno de 200 milhões de pessoas, em 2008, foram vítimas de catástrofes, que tiveram como consequência cerca de 20 mil mortes e mais de 230 bilhões de dólares em perdas.(blecken, 2010) Para se compreender melhor o dinamismo desse processo, é importante desenvolver o conceito de logística humanitária. Para Gonçalves (2011), o conceito de logística humanitária busca combinar as variáveis tempo, distância e movimentação de materiais e serviços de uma forma eficiente e eficaz.

4 Segundo dados da Federação Internacional da Cruz Vermelha (2012), a logística humanitária envolve processos e sistemas, mobilizando pessoas, recursos, conhecimento e outros itens. Com isso, procura-se evitar o desperdício e a falta de itens, assim como atender as comunidades afetadas. Além disso, Thomas (2009) refere-se à logística humanitária como o processo de planejar, implementar e controlar a relação custo-eficácia do fluxo e armazenagem e também toda a informação relacionada. Pode-se dizer, em outras palavras, que tal abordagem confere uma dimensão maior ao sentido da logística humanitária, do ponto de origem ao ponto de consumo. Spens (2011) ressalta as diferenças existentes entre a operação da logística humanitária e a empresarial convencional, as quais estão relacionadas a questões de imprevisibilidade de demanda (tempo, localização, tipo e tamanho). Podem existir riscos elevados (tais como uma falta de recursos) para que se realize uma entrega oportuna e adequada. Spens (2011) ainda ressalta o crescente interesse na logística humanitária como área de crescente preocupação devida, sobretudo, ao crescimento do impacto dos desastres naturais esperado para as próximas décadas. Á luz desta perspectiva, ainda existe a necessidade de estudos conceituais e empíricos. De acordo com Meirim (2012), é importante apontar algumas dimensões dos desafios da logística humanitária: Infraestrutura: dificuldade de acesso (chega e saída de pessoas); Recursos humanos: excesso de pessoas (voluntários) sem treinamento adequado; Materiais: definição do que é necessário, a fim de se evitar desperdícios; Ausência de processos coordenados: informações, pessoas e materiais. Para Wassenhove e Tomasini (2009), a logística humanitária encontra-se baseada em um tripé (humanidade, neutralidade e imparcialidade). Existem várias lacunas e oportunidades no campo da logística humanitária segundo Uchoas e Turri (2012) tais como: Controle de suprimentos recebidos; Estudar casos mais práticos; Medir e divulgar o desempenho das intervenções humanitárias; Qualificar melhor os profissionais de logística humanitária; Estudar estratégias para agilizar a cadeia de suprimentos humanitária; Estudar a variação de demanda. 3.2 Gestão do conhecimento Segundo Santos et al (2001) para se entender gestão do conhecimento, deve ser compreendido primeiro os conceitos de dados e informações do conhecimento. Davenport e Prusak (1998) dizem que dados podem possuir vários significados, dependendo sempre do contexto no qual será utilizado, eles afirmam ainda que dado pode ser definido como um conjunto de fatos distintos e objetivos relativos a eventos. Santos et al (2001) vai mais fundo afirmando que dados são informações brutas, descrições precisas sobre algo, que eles são o ponto principal para o surgimento da informação. Para Drucker (1999) informações é uma mensagem recheada de dados, podendo ser recebidos por áudio ou de forma visual, e se tem quem emite e quem recebe essa mensagem. São dados interpretados, dotados de relevância e propósito. Para Santos et al (2001) o conhecimento se faz pela informação, e esta se faz pelos dados. Ele explica também que o conhecimento é complexo misturando em si diferentes elementos. Ao ir além ele afirma que por o conhecimento estar contido dentro das pessoas ele é imprevisível.

5 Segundo Davenport e Prusak (1998), o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica à medida que interage com o meio ambiente. Para Nonaka e Takeuchi (1994) é perceptível dois tipos de conhecimento sendo eles o explícito e o tácito. O conhecimento tácito é o conhecimento pessoal, aquele que cada um adquire ao longo da vida. O conhecimento explícito ou específico é aquele que pode ser transmitido por meio de linguagem formal, que já foi ou pode ser articulado. Através da Figura 1 é possível se ter uma melhor visualização desses tipos de conhecimento. Figura 1 Tipos de conhecimentos A fim de demonstrar como o conhecimento surge e como ele pode ser gerenciado, Nonaka e Takeuchi (1995) propuseram um modelo que mostra como um conhecimento é convertido para outro. Eles propõem quatro formas de se converter esse conhecimento. A Figura 2 a seguir exemplifica de forma mais clara as quatro formas de conversão de conhecimento. Figura 2 Conversões do conhecimento Nonaka e Takeuchi (1995) entendem por socialização a interação entre indivíduos compartilhando seus conhecimentos tácitos, seja por meio da observação, troca de experiências ou imitação. Para eles combinação se dá por meio de reuniões, conversas ou por meio de uma rede de computadores consolidando a informação já existente, levando a um novo conhecimento. Essa conversão é realizada através da troca de conhecimentos explícitos controlados por indivíduos. Internalização para Nonaka e Takeuchi (1995) é a conversão do conhecimento explícito em conhecimento tácito, gerando o aperfeiçoamento de um processo já existente ou até mesmo a criação de algum. Externalização é definida por Nonaka e Takeuchi (1995) como a conversão de conhecimento tácito em conhecimento explícito, ocorrendo por meio de diálogos ou reflexões coletivas.

6 4. DESENVOLVIMENTO (APRESENTAÇÃO DA EMPRESA E PROCESSOS) Neste item, há apresentação da organização objeto do estudo, suas principais práticas organizacionais e como é organizado o conhecimento dentro da mesma. 4.1 Médicos Sem Fronteiras O MSF é uma organização médico-humanitária internacional sem fins lucrativos que tem objetivo ajudar as pessoas mais necessitadas. A seguir são apresentadas as principais características da organização em termos de formação e operacionalização, de acordo com os dados disponíveis em seu site. Fundada em 1971 na França, por médicos e jornalistas, possui atualmente cerca de 30 mil profissionais que atuam em diversas áreas em mais de 60 países. O trabalho da instituição MSF é oferecer auxilio em situações de extrema urgência ou em locais onde o sistema de saúde não funciona ou não exista. A forma de trabalho da instituição é enviar uma equipe à área afetada para avaliar a situação, verificar as necessidades médicas e nutricionais e de infraestrutura do local. Com essas questões levantadas mais uma verificação do ambiente politico e a capacidade local de responder ao problema, a instituição define se irá ou intervir naquele país, se sim eles determinam quais prioridades. Quando se situações de extrema urgência, uma intervenção pode ser realizada entre 48 e 72 horas após identificado o problema. A instituição possui quatro centros operacionais de logística na Europa e no Leste da África e estoques de equipamento na América Central e no Leste da Ásia. Todos os projetos do MSF possuem prazo para acabar, uma vez que eles atingiram seus objetivos que os levaram a determinado lugar eles começam gradualmente a retirar suas equipes para finalizar a ajuda. Os seus principais modos de ação são: Assistência de saúde primária em centros de saúde e clínicas móveis; Alimentação e nutrição; Saúde materno-infantil; Campanhas de vacinação; Diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças específicas; Atendimento a feridos e cirurgia de guerra; Atendimento a vitimas de violência sexual; Distribuição de alimentos e de itens de abrigo de primeira necessidade; Construção e manutenção de estruturas de água e saneamento; Recuperação de hospitais e clínicas; Treinamento de profissionais; O Trabalho da instituição é realizado de forma imparcial baseando-se somente nos princípios humanitários. Por ser uma organização independente de governos, 90% dos fundos da instituição são providos por contribuições privadas.(msf, 2012)

7 Para que fosse possível obter um melhor entendimento da sequência de atividades envolvidas nos processos adotados pela organização estudada, optou-se pela realização de entrevistas semiestruturadas com um auxilio da organização. Segundo entrevista realizada com a instituição MSF, as pessoas que fazem parte das missões não são voluntárias, mas sim pessoas contratas, que recebem, porém vão para essas missões por questões humanitárias e não por interesse financeiro. Dificilmente os contratados permanecem com o MSF por mais de um ano. Via de regra a maioria dos profissionais de logística contratados são do próprio país onde está acontecendo à intervenção e já estão previamente treinados por escolas que dispõe de cursos voltados para ações humanitárias. Os contratados recebem um treinamento básico sobre as políticas, normas e procedimentos do MSF e só isso. Segundo a mesma entrevista fica evidente que as informações obtidas nas missões são todas centralizadas pelas seções operacionais da Europa mais precisamente nos funcionários mais antigos da instituição. Nestas sedes operacionais os relatórios e indicadores são utilizados para análise dos resultados do ano e para planejar o próximo ano de atividades. A instituição MSF deixa claro também o grande valor que eles tem em relação a gestão do conhecimento e que apoiam iniciativas para melhorar a qualidade de suas ações. A entrevista realizada nos informa que a proporção de ajuda é definida de acordo com a necessidade do local e do evento que está sendo tratado. A instituição passou a utilizar a tecnologia da informação em seus sistemas há 10 anos. Hoje em dia os resultados dos projetos e muitos relatórios preenchidos nas operações são feitos por registros eletrônicos, para facilitar os acessos quando necessários e para que as informações contidas nesses arquivos não sejam perdidas tão facilmente. Cada seção das missões possui sua própria intranet, onde está disponível informações dos seus próprios projetos, porém como cada projeto possui sua própria particularidade esses dados são apenas para consulta e não padrões a serem seguidos. A instituição possui ainda o management style de cada centro operativo do MSF seja na França, Espanha, Holanda, Bélgica ou Suíça. Pela entrevista realizada com a instituição é possível visualizar os pontos onde estão focados as informações obtidas, nas missões do MSF, conforme pode ser visto na Figura 3. Funcionários mais antigos Seções Operacionais da Europa Management Style de cada centro operativo Intranet nas seções Contratados para missões

8 Figura 3 Concentração das informações Na Figura 3, mostrada anteriormente, temos uma visão mais clara dos principais pontos onde esta alocada as informações obtidas nas missões da instituição MSF. Nos funcionários mais antigos da instituição é onde estão retidas as principais e a maioria das informações, uma vez que a maioria desses funcionários possui até mais de 20 anos na instituição. As seções operacionais da Europa são compostas por estes funcionários mais antigos e também um banco de dados com as informações coletadas e obtidas em missões realizadas anteriormente. O management style de cada centro operativo e a intranet nas seções são onde os contratados para as missões tem acesso as informações disponibilizadas dos seus próprios projetos. Os contratados possuem o conhecimento que eles próprios obtém nas missões das quais eles participaram e no estudo e leitura de informações de operações realizadas anteriormente. 5. ANÁLISE E RESULTADOS Neste item pretende-se apresentar uma análise relacionada a forma com a qual o MSF realiza a sua gestão do conhecimento em relação a fundamentação teórica apresentada anteriormente. 5.1 Transformando conhecimento explícito em explícito Em modelo apresentado por Nonaka e Takeuchi (1995) a conversão do conhecimento explícito para explícito é conhecida por combinação se dá através de reuniões, conversas ou por meio de uma rede de computadores consolidando a informação já existente, levando a um novo conhecimento. Essa conversão é realizada através da troca de conhecimentos explícitos controlados por indivíduos. A instituição MSF concentra o seu conhecimento explícito nos seus funcionários mais antigos, muitas vezes com até mais de 20 anos trabalhando para a organização. O MSF atende aos métodos da conversão de conhecimento explícito para explícito no ponto em que ela possui sua própria intranet em cada seção, onde está disponível informações dos projetos realizados nessa mesma seção. A instituição possui ainda o management style de cada centro operativo da Europa (França, Espanha, Bélgica ou Suíça). Porem como a instituição possui alta taxa de rotatividade, os contratados permanecem apenas alguns meses com a organização dificilmente passando mais de um ano com eles, não há tempo hábil para que todo o conhecimento adquirido em campo por esses mesmos contratados sejam transmitidos para outros contratados. Outro ponto que dificulta a obtenção deste conhecimento se dá ao fato de que os dados fornecidos pela intranet, dispostas nos campos de atuação, estão restritos aos dados da seção. O fato de que o planejamento as missões futuras ser feito pelas seções operacionais da Europa, que utilizam relatórios gerados em campo para a realização do mesmo, diminui também o acesso ao conhecimento por parte dos contratados, uma vez que esse planejamento é realizado sem sua presença. Entre todos os pontos listados o que mais favorece a perda do conhecimento gerado pela conversão de explícito para explícito é o fato de que ao final das missões não ser realizado um levantamento das ações ocorridas durante o tempo em que os contratados estiveram em campo, sendo gerado apenas os relatórios feitos durante o período que os contratados estiveram em missão, não havendo uma captura de suas experiências e conhecimento após o fim da operação.

9 5.2 Conversão do conhecimento tácito para tácito Para Nonaka e Takeuchi (1995) a conversão do conhecimento tácito para tácito se dá por meio da socialização. Ainda segundo Nonaka e Takeuchi (1995) socialização é a interação entre indivíduos compartilhando seus conhecimentos tácitos, seja por meio da observação, troca de experiências ou imitação. A instituição MSF oferece para os contratados apenas um treinamento básico sobre políticas, normas e procedimentos que ela utiliza, não é realizada nenhuma transmissão de conhecimento anteriormente a ida desses contratados para as missões, o conhecimento que eles dispõe é o que obtiveram em escolas de ações humanitárias ou os adquiridos em missões anteriores, não havendo assim a socialização anteriormente a ida dessas pessoas para as missões. A falta de um levantamento após o fim das missões, fato que afeta também a conversão do conhecimento explícito para explícito, dificulta a socialização uma vez que ao fim das missões os contratados possuem maior tempo hábil para que o compartilhamento das lições aprendidas e das quais eles já possuem previamente. As sedes operacionais do MSF utilizam os relatórios e indicadores dos projetos para verificar os resultados do ano e planejar as atividades do próximo ano, fato esse que auxilia a compensar sua estrutura descentralizada, mantendo um processo de consolidação das informações de todos os seus projetos. Essas análises e planejamento são tidas como um ponto de socialização, pois trocas de experiências e visões são utilizadas para que o sucesso do planejamento do próximo ano seja obtido. 5.3 Considerações finais A instituição MSF reconhece e possui boas práticas de gestão do conhecimento, porém alguns pontos podem sofrer melhorias e ser implantados. A Figura 4 apresenta pontos onde a instituição MSF possui oportunidades de melhorias.

10 Figura 4 Melhorias sugeridas Analisando a Figura 4 podemos perceber diversos pontos de oportunidade de melhorias para a instituição MSF. Com a criação de um bando de dados com abertura das informações de todas as seções, os contratados terão acesso a todo o material de qual a instituição dispõe (indicadores, relatórios etc), auxiliando as consultas em campo. O levantamento e troca de informações sobre as ações obtidas nas missões, tem como objetivo diminuir a perca de informações, uma vez que a rotatividade de contratados é muito alta, com essa troca após o fim das operações tudo o que foi realizado nas missões será discutido e verificado os pontos positivos e negativos que ocorreram em campo, sendo muito importante a participação e abertura desses dados aos contratados, uma vez que são eles que atuam em campo. A socialização durante as missões objetiva a troca de experiência entre os contratados, durante o tempo em que eles estão em campo, com a realização desta socialização os contratados terão uma perspectiva além do conhecimento que eles detêm. Com a socialização entre as sedes operacionais e os contratados, as experiências que os antigos funcionários da instituição detêm poderão ser disseminadas de forma mais completa. A socialização com os ex contratados pode se dar por meio de reuniões anuais, está transmissão auxilia a diminuição da perda de conhecimento. 6. CONCLUSÕES

11 Inicialmente foi caracterizada qual a relevância da logística humanitária para a humanidade, mostrando situações nas quais seu auxilio se fez necessário e sequentemente a importância da gestão do conhecimento aplicado à mesma, apresentando a instituição MSF, sua forma de trabalho, a importância da gestão do conhecimento e como ela é utilizada dentre da organização. Estas considerações permitem elaborar algumas conclusões deste trabalho: Foi observado, através de pesquisas bibliográficas, que a utilização de ferramentas da gestão do conhecimento aplicada à logística humanitária auxilia como referências para futuras consultas, que servirão como base de apoio às pessoas que estão em campo e também aos membros que estão em escritórios e que necessitam de material para o planejamento de futuras ações. A utilização da entrevista com a instituição MSF deixa evidente os processos que são utilizados e como são compartilhadas as informações obtidas em campo pela ONG, evidenciando onde se concentra a maior parte das informações e como é feita a conversão dos tipos de conhecimento adquiridos. É possível verificar 5 pontos de melhorias nos processos de conversão e de captura do conhecimento adquirido, auxiliando assim não somente a instituição MSF como também as demais que possam se interessar. Agradecimentos Os Autores agradecem a Profa. MSC Vera Lúcia Monteiro pela oportunidade e tempo cedido para a elaboração deste artigo. Agradecimentos também ao Diretor Executivo da ONG Médicos sem Fronteiras, Tyler Fainstat. REFERÊNCIAS Blecken, A Supply chain process modeling for humanitarian organizations. International Journal of Physical Distribution & Logistics Mangement. Carrillo, M. Managing knowledge: lessons from the oil and gas sector. Construction Managment and Economics, UK, Chandes, J., Paché, G. Investigating humanitarian logistics issues: from operations management to strategic action, Journal of Manufacturing Technology Management, Cruz Vermelha, Disponível em Acessado em 23/10/2012. Davenport, T.H., Prusak, L. Conhecimento Empresarial: como as organizações gerenciam o seu capital intelectual. Rio de Janeiro, Campus, Drucker, P. Sociedade Pós Capitalista 7ª ed.. Pioneira: São Paulo

12 Gonçalvez, M. B. O enfoque da logística humanitária no desenvolvimento de um modelo de micros simulações para situações de evacuação de multidõe Tese (Pós-Graduação em engenharia de produção) Faculdade de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Kovacs, G e Spens, K Humanitarian logistics in disaster relief operations.internacional Journal of Physical Distribution & Logistics Management. Meirim, H Logística humanitária e logística empresarial. Disponível em Acessado em 18/10/2012. MSF. Médicos Sem Fronteiras. Disponível em Acessado em 03/11/2012. Nonaka, I., Takeuchi, H. Criação do conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro, Campus, Nonaka, I., Takeuchi, H. The knowledge creating company. New York, Oxford University e Press, Santos, A., Pacheco, F., Pereira, H., Bastos, P. Gestão do conhecimento uma experiência para o sucesso empresarial. Curitiba Ed: Universitária Campagnate Severino, A. J. Metodologia do trabalho cientifico. Bahia: Cortez, Spens, K. Trends and developments in humanitarian logistics a gap analysis. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management, Thomas, A Elevating Humanitarian and Logistics International, Aid e Trade Review. Thomas, A. e Kopczak L. R Lifesaving supply chains challenges and the path forward. In: Lee, H.L and Lee, C.-Y. (Eds),Building Supply Chain Excellence in Emerging Economies, Springer, New York. Uchoas, M., Turri, M. Análise de Lacunas e Oportunidades de Pesquisa na Área da Logística Humanitária. São José dos Campos, Wassehove, L.V., Tomasini, R. Humanitarian logistics Insead Business Press, 2009.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Abner Luiz Soares Machado

Abner Luiz Soares Machado PICPE 2014 Projeto de Pesquisa Científica TÍTULO DO PROJETO: Logística Humanitária para Atendimento a Desastres Naturais: Estudo de Caso COORDENADOR DO PROJETO: Júlio César da Silva ALUNO DE INICIAÇÃO:

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS Vanice Ferreira 12 de junho de 2012 GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais DE QUE PROCESSOS ESTAMOS FALANDO? GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

www.jrsantiago.com.br

www.jrsantiago.com.br www.jrsantiago.com.br Gestão do Conhecimento em Projetos José Renato Santiago Cenário Corporativo Muitas empresas gastam parte significativa de seu tempo no planejamento e desenvolvimento de atividades,

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA

GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA GESTÃO DO CONHECIMENTO NA INDÚSTRIA QUÍMICA Maria de Fátima Soares Ribeiro Monografia apresentada para a conclusão do Curso de Gestão Empresarial para a Indústria Química GETIQ pela Escola de Química da

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Banco de Interpretação ISO 9001:2008. Gestão de recursos seção 6

Banco de Interpretação ISO 9001:2008. Gestão de recursos seção 6 6 RSI 028 Pode ser interpretadado no item 6.0 da norma ABNT NBR ISO 9001 que o conceito de habilidade pode ser definido como Habilidades Técnicas e Comportamentais e que estas podem ser planejadas e registradas

Leia mais

EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA. www.executivebc.com.br. 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br

EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA. www.executivebc.com.br. 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA www.executivebc.com.br 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br GESTÃO ESTRATÉGICA O presente documento apresenta o modelo de implantação do sistema de gestão estratégica da

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

Gestão do Conhecimento e Dasenvolvimento de Software

Gestão do Conhecimento e Dasenvolvimento de Software Gestão do Conhecimento e Dasenvolvimento de Software Gabriel Gavasso 1 Anderson R. Yanzer Cabral 2 Resumo: Gerenciar o conhecimento nas organizações tem se tornado um grande desafio, visto a grande importância

Leia mais

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014.

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014. A importância da comunicação no gerenciamento de projetos de softwares: reflexões teóricas Lucas Krüger lucas_kruger-@hotmail.com Resumo: Esse artigo objetiva estudar a comunicação entre cliente e desenvolvedor

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS Informação como suporte à gestão: desenvolvimento de componente de avaliação de desempenho para sistemas de Esta atividade buscou desenvolver instrumentos e ferramentas gerenciais para subsidiar a qualificação

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

Algumas Instituições. World Bank. Gartner Group. Knowledge Transfer International APQC OCDE IPEA

Algumas Instituições. World Bank. Gartner Group. Knowledge Transfer International APQC OCDE IPEA Principais Autores Michael Polanyi Karl M. Wiig Henry Mitzenberg Betty Ann Mackintosh Gordon Petrash Ikujiro Nonaka Hirotaka Takeuchi J. Bair E. Stear J. Hibbard Verna Allee Ross Dawson Tom Davenport Larry

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial.

Governança Corporativa. A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. Governança Corporativa A importância da Governança de TI e Segurança da Informação na estratégia empresarial. A virtualização dos negócios tem impactado diretamente a condição de fazer negócio, conferindo

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

4 Metodologia da Pesquisa

4 Metodologia da Pesquisa 79 4 Metodologia da Pesquisa Este capítulo se preocupa em retratar como se enquadra a pesquisa de campo e como foram desenvolvidas as entrevistas incluindo o universo pesquisado e a forma de analisá-las

Leia mais

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC Sugerimos, para elaborar a monografia de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), que o aluno leia atentamente essas instruções. Fundamentalmente,

Leia mais

Estrutura da Gestão de Risco Operacional

Estrutura da Gestão de Risco Operacional Conceito No Brasil a Resolução n.º 3380, emitida pelo BACEN em 29 de junho de 2006, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, definiu como: A possibilidade de ocorrência de

Leia mais

Gestão do Conhecimento: Uma Visão Geral Para Business Intelligence

Gestão do Conhecimento: Uma Visão Geral Para Business Intelligence Gestão do Conhecimento: Uma Visão Geral Para Business Intelligence Banco de Dados para BI: José Roberto Escodeiro 10/10/2011 1. Linha do Tempo 2. Era do Conhecimento Índice 3. Ativos Tangíveis e intangíveis

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

O porquê de se investir na Confiabilidade Humana Parte 7 Por onde começar?

O porquê de se investir na Confiabilidade Humana Parte 7 Por onde começar? O porquê de se investir na Confiabilidade Humana Parte 7 Por onde começar? Eng. Dr. José L. Lopes Alves INTRODUÇÃO Organizações no ramo industrial, da saúde, de energia, por exemplo, têm investido enormes

Leia mais

Justificativa da iniciativa

Justificativa da iniciativa Sumário Justificativa da iniciativa O que é o Framework? Apresentação básica de cada ferramenta Quais projetos serão avaliados por meio do Framework? Fluxo de avaliação Expectativas Justificativa da iniciativa

Leia mais

MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA

MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA Daniela Vaz Munhê 1 Jenifer Oliveira Custódio Camara 1 Luana Stefani 1 Murilo Henrique de Paula 1 Claudinei Novelli 2 Cátia Roberta Guillardi

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

F.1 Gerenciamento da integração do projeto

F.1 Gerenciamento da integração do projeto Transcrição do Anexo F do PMBOK 4ª Edição Resumo das Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos F.1 Gerenciamento da integração do projeto O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos

Leia mais

Cadastro Nacional das Entidades de Assistência Social CNEAS

Cadastro Nacional das Entidades de Assistência Social CNEAS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MDS Secretaria Nacional de Assistencia Social SNAS Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS DRSP Cadastro Nacional das Entidades de Assistência

Leia mais

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING 1 ÍNDICE 03 04 06 07 09 Introdução Menos custos e mais controle Operação customizada à necessidade da empresa Atendimento: o grande diferencial Conclusão Quando

Leia mais

Por que gerenciar comunicação nos projetos?

Por que gerenciar comunicação nos projetos? Por que gerenciar comunicação nos projetos? Rogério Magno Pires Rezende Engenheiro Mecânico, Gerente de orçamento, MIP Engenharia SA e pósgraduado em Gestão de Projetos pelo Ietec. Gerenciar comunicação

Leia mais

Oficina de Gestão de Portifólio

Oficina de Gestão de Portifólio Oficina de Gestão de Portifólio Alinhando ESTRATÉGIAS com PROJETOS através da GESTÃO DE PORTFÓLIO Gestão de portfólio de projetos pode ser definida como a arte e a ciência de aplicar um conjunto de conhecimentos,

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL 1 SUMÁRIO DIAGNÓSTICO GERAL...3 1. PREMISSAS...3 2. CHECKLIST...4 3. ITENS NÃO PREVISTOS NO MODELO DE REFERÊNCIA...11 4. GLOSSÁRIO...13 2 DIAGNÓSTICO GERAL Este diagnóstico é

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8.1 Introdução O processo de monitoramento e avaliação constitui um instrumento para assegurar a interação entre o planejamento e a execução,

Leia mais

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO PESQUISA-AÇÃO Forma de pesquisa interativa que visa compreender as causas de uma situação e produzir mudanças. O foco está em resolver algum problema encontrado por indivíduos ou por grupos, sejam eles

Leia mais

VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO VIGILÂNCIA SOCIAL E A GESTÃO DA INFORMAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO CONCEITUANDO... Vigilância Social : Produção e sistematização de informações territorializadas sobre

Leia mais

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS Sistema Eletrobrás Política de Logística de Suprimento do Sistema Eletrobrás POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO 4 POLÍTICA DE Logística de Suprimento

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY Instrumental e modular, o Ferramentas de Gestão é uma oportunidade de aperfeiçoamento para quem busca conteúdo de qualidade ao gerenciar ações sociais de empresas

Leia mais

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O tema estudado no presente trabalho é a expansão de habitações

Leia mais

Exportação de Serviços

Exportação de Serviços Exportação de Serviços 1. Ementa O objetivo deste trabalho é dar uma maior visibilidade do setor a partir da apresentação de algumas informações sobre o comércio exterior de serviços brasileiro. 2. Introdução

Leia mais

CAMPO DE APLICAÇÃO Esta Norma Complementar se aplica no âmbito da Administração Pública Federal, direta e indireta.

CAMPO DE APLICAÇÃO Esta Norma Complementar se aplica no âmbito da Administração Pública Federal, direta e indireta. 06/IN01/DSIC/GSIPR 01 11/NOV/09 1/7 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Gabinete de Segurança Institucional Departamento de Segurança da Informação e Comunicações GESTÃO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS EM SEGURANÇA DA

Leia mais

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS

RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL: PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA A GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 2012 Graduando em Psicologia na Universidade Federal do Ceará (UFC), Brasil adauto_montenegro@hotmail.com

Leia mais

Inovação, Conhecimento & Sustentabilidade

Inovação, Conhecimento & Sustentabilidade Inovação, Conhecimento & Sustentabilidade José Renato S. Santiago Júnior Para Pensar a Respeito... A Inovação tem se tornado um dos principais fatores de geração de riqueza e valor das organizações; Atualmente

Leia mais

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos www.tecnologiadeprojetos.com.br Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos Eduardo F. Barbosa Dácio G. Moura Material didático utilizado na disciplina Desenvolvimento de

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS. Aula 1. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc.

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS. Aula 1. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc. MODELAGEM DE DADOS PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, M.Sc. @ribeirord MODELAGEM DE DADOS Aula 1 Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc. @ribeirord 1 Objetivos: Apresenta a diferença entre dado e informação e a importância

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes

Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7. 1. Antecedentes Termo de Referência nº 2014.0918.00043-7 Ref: Contratação de consultoria pessoa física para desenvolver o Plano de Uso Público para a visitação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro concentrando na análise

Leia mais

Questionário de Avaliação de Maturidade Setorial: Modelo PRADO-MMGP

Questionário de Avaliação de Maturidade Setorial: Modelo PRADO-MMGP DARCI PRADO Questionário de Avaliação de Maturidade Setorial: Modelo PRADO-MMGP Versão 1.6.4 Setembro 2009 Extraído do Livro "Maturidade em Gerenciamento de Projetos" 2ª Edição (a publicar) Autor: Darci

Leia mais

Artigo publicado. na edição 02. www.agroemfoco.com.br. Assine a revista através do nosso site. abril e maio de 2012

Artigo publicado. na edição 02. www.agroemfoco.com.br. Assine a revista através do nosso site. abril e maio de 2012 Artigo publicado na edição 0 Assine a revista através do nosso site abril e maio de 01 www.agroemfoco.com.br produtividade Produtividade, Custos e Lucro. Como a produtividade é uma medida de capacidade

Leia mais

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN Paula Gurgel Dantas 1, Andréa Kaliany

Leia mais

O papel do bibliotecário na Gestão do Conhecimento. Profª Dr a Valéria Martin Valls Abril de 2008

O papel do bibliotecário na Gestão do Conhecimento. Profª Dr a Valéria Martin Valls Abril de 2008 O papel do bibliotecário na Gestão do Conhecimento Profª Dr a Valéria Martin Valls Abril de 2008 Apresentação Doutora e Mestre em Ciências da Comunicação / Bibliotecária (ECA/USP); Docente do curso de

Leia mais

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA - NOR 350

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA - NOR 350 MANUAL DE GESTÃO DE PESSOAS COD. 300 ASSUNTO: POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA APROVAÇÃO: Resolução DIREX nº 462, de 10/09/2012. VIGÊNCIA: 10/09/2012 POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA - NOR 350 1/6 ÍNDICE

Leia mais

EDITAL CHAMADA DE CASOS

EDITAL CHAMADA DE CASOS EDITAL CHAMADA DE CASOS INICIATIVAS INOVADORAS EM MONITORAMENTO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL E AVALIAÇÃO DE IMPACTO O Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces) e as empresas

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações

CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES. 1. Conclusões e Recomendações 153 CAPÍTULO 5 CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES 1. Conclusões e Recomendações Um Estudo de Caso, como foi salientado no capítulo Metodologia deste estudo, traz à baila muitas informações sobre uma

Leia mais

Módulo 4: Gerenciamento de Dados

Módulo 4: Gerenciamento de Dados Módulo 4: Gerenciamento de Dados 1 1. CONCEITOS Os dados são um recurso organizacional decisivo que precisa ser administrado como outros importantes ativos das empresas. A maioria das organizações não

Leia mais

Retenção do Conhecimento no Contexto do Desenvolvimento de Software: Estudo de Múltiplos Casos. Fernando Hadad Zaidan

Retenção do Conhecimento no Contexto do Desenvolvimento de Software: Estudo de Múltiplos Casos. Fernando Hadad Zaidan Retenção do Conhecimento no Contexto do Desenvolvimento de Software: Estudo de Múltiplos Casos Fernando Hadad Zaidan Introdução As organizações têm demonstrado uma crescente preocupação com a gestão das

Leia mais

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional.

2.1 Os projetos que demonstrarem resultados (quádrupla meta) serão compartilhados na Convenção Nacional. O Prêmio Inova+Saúde é uma iniciativa da SEGUROS UNIMED que visa reconhecer as estratégias de melhoria e da qualidade e segurança dos cuidados com a saúde dos pacientes e ao mesmo tempo contribua com a

Leia mais

Tecnologia da Informação. Prof. Esp. Lucas Cruz

Tecnologia da Informação. Prof. Esp. Lucas Cruz Tecnologia da Informação Prof. Esp. Lucas Cruz Composição da nota Serão 3 notas. Trabalho apresentado. Prova conteúdo Prova livro e trabalhos www.proflucas.com www.facebook.com/prof.lucascruz Livro Sistema

Leia mais

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos

AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos 1 AULA 11 Desenhos, recursos e obstáculos Ernesto F. L. Amaral 15 de abril de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Flick, Uwe. 2009. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed. pp.57-73 & 75-85.

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

Introdução. Gestão do Conhecimento GC

Introdução. Gestão do Conhecimento GC Introdução A tecnologia da informação tem um aspecto muito peculiar quanto aos seus resultados, uma vez que a simples disponibilização dos recursos computacionais (banco de dados, sistemas de ERP, CRM,

Leia mais

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Copyright 2002 por FATTO CONSULTORIA E SISTEMA LTDA. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer modo ou meio, no todo ou

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Curso de Sistemas de Informação. Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso

Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Curso de Sistemas de Informação. Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Curso de Sistemas de Informação Proposta de Trabalho de Conclusão de Curso 1. Título Aplicação Web de gerência de relacionamentos de clientes 2.

Leia mais

Manual do Participante do Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica - EaD

Manual do Participante do Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica - EaD Capacitação - HÓRUS Manual do Participante do Curso de Gestão da Assistência Farmacêutica - EaD SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO... 3 2.1 Objetivos do curso... 3 2.2 Recursos de Aprendizagem...

Leia mais

AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0

AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0 AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: davidmr@ifce.edu.br CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0 SUMÁRIO 1 Conceitos Básicos... 3 1.1 O que é Software?... 3 1.2 Situações Críticas no desenvolvimento

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação Métodos AULA 12 qualitativos: Pesquisa-Ação O que é a pesquisa-ação? É uma abordagem da pesquisa social aplicada na qual o pesquisador e o cliente colaboram no desenvolvimento de um diagnóstico e para

Leia mais

1. O QUE ANTECEDEU O LIVRO?

1. O QUE ANTECEDEU O LIVRO? Brasília, 11 de abril de 2012 I. ANTECEDENTES 1. O QUE ANTECEDEU O LIVRO? 2002 Início dos estudos sobre Gestão do Conhecimento 2003 2007. Estudos e pesquisas realizados no Ipea: 2004. Governo que aprende:

Leia mais

Martina Rillo Otero A importância do processo de avaliação. Existem muitas definições para avaliação, não existe uma única.

Martina Rillo Otero A importância do processo de avaliação. Existem muitas definições para avaliação, não existe uma única. Grupo de Estudos de Voluntariado Empresarial Avaliação, Monitoramento e Impacto no Programa de Voluntariado Empresarial: Teoria e Prática 25/11/14 Martina Rillo Otero A importância do processo de avaliação

Leia mais

Relatório da prática/proposta

Relatório da prática/proposta Relatório da prática/proposta 1.Nome da pratica/ proposta inovadora: Projeto de Digitalização de Imagens Radiológicas na Rede Pública de Saúde de Naviraí 2.Caracterização da situação anterior: O município

Leia mais

2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES

2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES Curso: Análise e Desenvolvimento de Sistemas Disciplina: Gerenciamento de Projetos 2ª avaliação - SIMULADO INSTRUÇÕES 1. Identifique todas as folhas da avaliação, inclusive a capa, com seu nome em letra

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

Módulo 2: Fase de Diagnóstico: Avaliando o uso e a gestão da TI

Módulo 2: Fase de Diagnóstico: Avaliando o uso e a gestão da TI ENAP Diretoria de Desenvolvimento Gerencial Coordenação Geral de Educação a Distância Elaboração do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) Conteúdo para impressão Módulo 2: Fase de Diagnóstico:

Leia mais