EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) FEDERAL PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA REGIÃO

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1 EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) FEDERAL PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA REGIÃO Autos nº: Recorrente: Joaquim José da Silva Xavier Recorrido: União Federal Joaquim José da Silva Xavier, já qualificado nos autos, por seu advogado que ao final assina, conforme procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, para interpor o presente: RECURSO ESPECIAL Com base na alínea a do inciso III do art. 105 da CRFB; pelas razões de fato e de direito anexas, que fazem parte integrante desta. Nesse momento oportuno, cabe-nos demonstrar o preenchimento dos requisitos de admissibilidade do mesmo. Senão vejamos. a) O presente recurso é perfeitamente cabível, vez que contra o v. acórdão proferido em grau de agravo de instrumento não cabe mais recurso ao órgão de origem, ou seja, a referida causa foi decidida, em última instância, pelo E. TRF, o qual negou vigência à lei federal, nos termos do art. 105, III, a, da CRFB. Os dispositivos da lei federal que o Egrégio TRF negou vigência foram os arts. 525, I e 365, IV, ambos do CPC, conforme se demonstrará.

2 b) A matéria objeto do presente recurso foi devidamente PREQUESTIONADA, pois o E. TRF, ao não conhecer do agravo de instrumento, argumentou expressamente no sentido de que não foram observadas pelo recorrente as disposições dos arts. 525, I e 365, III, ambos do CPC; motivo pelo qual não foi conhecido o recurso por falta de regularidade. Ao proferir o venerável acórdão, abordando os referidos artigos, o E. TRF negou vigência aos arts. 525, I e 365, IV, todos do CPC, os quais foram alegados pelo autor no agravo de instrumento em matéria de defesa. c) O recurso foi interposto dentro do prazo de 15 dias, nos termos do art. 508 do CPC. Foram também recolhidas as custas e o porte de remessa e retorno. d) O presente recurso não pode ficar retido nos autos, a fim de ser somente analisado em recurso contra a decisão final, pois, caso assim se proceda, o decurso do tempo gerará para o recorrente dano grave, de difícil ou incerta reparação, vez que se trata de pedido de urgência, de tutela antecipada. Assim, faz-se necessária a sua análise, sem retê-lo nos autos. e) Ademais, não há multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito; logo, até pela relevância e urgência deste recurso, faz-se imprescindível sua admissão e remessa ao E. STJ. Ante o exposto, requer que o presente recurso seja admitido e, após os trâmites legais, seja remetido ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça, para ser conhecido e provido. Nestes termos, Respeitosamente, Pede deferimento. Local e data. Advogado e OAB.

3 RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL Autos nº: Recorrente: Joaquim José da Silva Xavier Recorrido: União Federal Origem: TRF da Região/ (Juízo Federal de 1º grau) Egrégio Superior Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Ínclitos Ministros. I BREVE RESUMO DOS FATOS O recorrente ingressou com ação de reparação por danos materiais cumulada com antecipação de tutela em face da União; contudo, o juiz federal de 1º grau postergou a apreciação da tutela de urgência para após a vinda da contestação da União e, mesmo assim, acabou por negar o pedido. Irresignado, o recorrente interpôs tempestivamente agravo de instrumento ao TRF, o qual, por maioria de votos, não conheceu o agravo por falta de regularidade formal, ao argumento de que não foram observadas as disposições dos arts. 525, I e 365, III, ambos do CPC. Assim, data vênia, o venerável acórdão negou vigência aos arts. 525, I e 365, IV, todos do CPC, conforme se demonstrará. II DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO

4 Frisa-se, consoante demonstrado na peça de interposição, que o presente recurso especial é perfeitamente cabível, pois interposto contra decisão de última instância proferida pelo TRF, o qual negou vigência aos artigos referidos. Assim, é decisão de última instância, porque do v. acórdão do TRF que não conheceu do agravo não cabe mais recurso de natureza ordinária. Logo, perfeitamente cabível este recurso nos termos do art. 105, III, a, da CRFB. III DAS RAZÕES DE REFORMA DO V. ACÓRDÃO O v. acórdão, com todo respeito, não merece prosperar, deve ser reformado, vez que negou vigência aos arts. 525, I e 365, IV, ambos do CPC. Senão vejamos. O art. 525, inciso I, do CPC é bem claro ao dizer que a petição de agravo de instrumento será instruída, obrigatoriamente, com cópia da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações [...]. Logo, tal artigo é expresso e claro ao dizer que o agravo de instrumento será instruído com cópias das peças nele mencionadas, ou seja, não há necessidade das peças serem autenticadas, vez que basta a simples cópia das mesmas. Caso entenda-se que são necessárias as peças autenticadas, em desconformidade com o referido artigo, o que não se acredita, o art. 365, inciso IV, do CPC, diz inequivocadamente que fazem a mesma prova que os originais as cópias de peças do processo judicial autenticadas pelo próprio advogado, sob pena de responsabilidade, o que foi justamente feito por este patrono quando ingressou com o agravo de instrumento. Dessa forma, a fim de se resguardar, o patrono autenticou todas as peças necessárias à interposição do agravo de instrumento, ainda que não seja necessária a autenticação nos termos do art. 525, I, CPC. Observa-se, com isso, que o E. TRF além de negar vigência ao art. 525, I, CPC, negou vigência também ao art. 365, inciso IV, do CPC.

5 Portanto, data vênia, outra saída não há senão reformar o v. acórdão proferido pelo E. TRF, pois negou clara e expressamente vigência aos referidos artigos. IV CONCLUSÃO Diante de todo o exposto, pede e requer: a) que seja admitido o presente recurso pelo juízo a quo e, após os trâmites legais, seja remetido ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça. b) uma vez recebido o recurso especial no E. STJ, seja o mesmo conhecido e provido, para reformar o v. acórdão proferido pelo TRF, bem como, por conseqüência, seja conhecido e provido o agravo de instrumento, a fim de conceder a tutela antecipada. Termos em que, respeitosamente, pede deferimento. Local e data. Advogado e OAB.