QUESTÃO DE IDENTIDADE

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1 QUESTÃO DE IDENTIDADE Ao se abordar esse tema, é preciso fazer uma breve incursão na filosofia como investigação preliminar das diversas acepções empregadas na educação como um todo. A questão da identidade é com toda certeza um dos temas que, ao longo da história, tem despertado interesse tanto das pessoas comuns, como de pensadores de várias áreas do conhecimento. Seguramente, foi a Filosofia, a primeira área do conhecimento que tratou, sistematicamente, da clássica questão de: Quem sou eu?. Sócrates, como educador, utilizava um método pedagógico chamado de maiêutica retirar de dentro do outro a verdade que nele está o conhecimento que nele habita. Para produzir esse efeito desejado, se valia de diálogos e de ironia. 1 O ponto fundamental de seu pensamento está no fato de defender, de modo contrário aos seus contemporâneos os sofistas à idéia de que existem valores absolutos nas ordens gnoseologia 2 metafísica - estuda o fundamento último das coisas e, ética definida como um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano moral. O ponto fundamental de seu pensamento está no fato de defender, de modo contrário aos seus contemporâneos os sofistas à idéia de que existem valores absolutos nas ordens gnoseológica metafísica - estuda o fundamento último das coisas e, ética definida como um conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano moral. 1 O chamado de Sócrates para ser educador deu-se quando ele leu o oráculo escrito no portal de Delfos: Conhece-te a ti mesmo. Ele viveu no período 469 a 399 a.c. e é considerado de pai da filosofia. 2 Gnoseologia é a parte da filosofia que estuda a apreensão do conhecimento. 23/12/ :47:52 página 1/5

2 Mais do que responder a filosofia, ao longo do tempo da existência da humanidade, vem reformulando o modo de perguntar essa mesma questão. A diversidade conceitual ou a polissemia de significados está presente tanto no uso popular do termo quanto em sua utilização nos mais avançados e diversos campos do conhecimento. No campo da psicologia a realidade não é diferente. São múltiplas as significações e que, para serem compreendidas, devem ser consideradas como construções sociais circunscritas a contextos que lhes deram significados. Historicamente, o termo identidade foi empregado para significar o que hoje se entende por personalidade, privilegiando não só a perspectiva psicológica individualista, mas o modelo médico, que aprisionava o sujeito em estruturas psíquicas invariantes, pouco restando para a investigação do comportamento que se configurava apenas como recurso para alimentar os princípios constitutivos da personalidade normal e patológica. Embora ainda presente essa representação conceitual nas camadas populares e mesmo na classe médica, a perspectiva aqui defendida é aquela preocupada em considerar o homem como um sujeito inserido em um contexto sócio-histórico, produto e, ao mesmo tempo, produtor de sua história. Quanto ao estudo da emoção na psicologia podemos afirmar, não percorreu caminho diferente. A psicologia, como outras disciplinas, herdeira do pensamento positivista, dividiu o homem para conseguir explica-lo e, nessa tentativa própria do modelo das ciências naturais, acabou por deixar de compreendê-lo como ser histórico e cultural. Ficou a emoção, por muito tempo, refém da biologia, química e processos fisiológica. A psicologia faz dupla cisão ao tratar da identidade e da emoção. Por outro lado, trata a identidade e emoção separadamente, ora identidade, ora emoção. Trata como se não fosse necessária a interdependência destas duas dimensões. Pelo contrário, quando tentamos compreender 23/12/ :47:52 página 2/5

3 pessoas concretas, constatamos que esta aproximação só é possível considerando a identidade, a emoção e outras categorias da psicologia em uma totalidade e, como tal, complexa e particular em sua configuração. Por outro lado, ainda como resultado da cisão, a psicologia estuda separadamente as dimensões da emoção, desdobrando-se ora em teorias fenomenológicas, ora teorias comportamentais, de bases fisiológicas, cognitivas, construtivistas dentre outras. Em todas essas vertentes percebem-se reducionismos e fragmentações. De acordo com o dicionário Aurélio, conhecimento é o ato ou efeito de conhecer. Informação ou noção adquirida pelo estudo ou pela experiência. Gostamos muito de sintetizar conhecimento como experiência de vida e capacidade de discernimento que transformam dados em informações, necessidades de ação, com base em informações anteriores. Na verdade, não existe uma ordem perfeita para criação do conhecimento. Ele pode surgir de um insight, ser baseado em alguma informação, interpretado após a releitura de uma informação recuperada, pode ser adquirido, observando-se outras pessoas, etc. Enfim, existem diversas formas de o conhecimento surgir e tomarmos posse dele 3. Administrar o conhecimento pessoal é algo essencial, que muitas vezes só é percebido quando você sabe que conhece algo, mas não consegue se lembrar onde adquiriu e como recuperá-lo. Em verdade, o conhecimento precisa estar atrelado a dois outros níveis que o precedem: físico, aquele externo e visível, como papéis, agenda, armários; lógico, como o computador, links, arquivos, pastas, arquivos, etc. Agora precisamos classificar os aspectos mnemônicos em três escalas: 4 3 Observar que o autor não dá amplitude a esta informação, pois existe diferença entre posse e domínio, caracterizando nesta forma os profissionais e cientistas com as descobertas através de estudos e ensaios prévios. 4 O autor sugere a criação de um mapa mental desses conhecimentos, onde esse repositório tenha algumas características pessoais de identificação. Onde buscar? e Costumo dizer para os alunos caixinha do conhecimento ou taxonomia pessoal ciência de classificação que lida com a descrição, identificação e classificação dos organismos, individualmente ou em grupo (Dicionário Houaiss). 23/12/ :47:52 página 3/5

4 Capturar armazenar o conhecimento de forma a não ser perdido. Taxonomizar classificar o conhecimento. Recuperar reutilizar e pesquisar o conhecimento quando necessário. Mapa Mental 5 5 Criado no fim dos anos 60, por Tony Buzan, os Mapas Mentais são hoje utilizados por milhões de pessoas de todas as idades, em todo o mundo. Um Mapa Mental é uma técnica gráfica poderosa que amplia sua capacidade de organização e memorização de idéias. Ele dá armas para toda gama de habilidades corticais palavras, imagens, números, lógica, ritmo, cor e noção de espaço de uma única e poderosa maneira. 23/12/ :47:52 página 4/5

5 Referencias BARBOSA, CHRISTIAN. A Tríade do Tempo. Editora Campus: Rio de Janeiro, BERNARDO, Gustavo. Educação pelo argumento. Rio de Janeiro: Editora Rocco,2003. CASTANHO, Sergio & CASTANHO, Maria Eugenia L. M. (orgs.) O que há de novo da educação superior: do projeto pedagógico à prática transformadora. São Paulo: Papirus, CARVALHO, José Sergio de. Construtivismo, uma pedagogia esquecida da escola. Porto Alegre: Editora Arquimedes, CASTILHOS, Maria Terezinha de Jesus. Avaliação escolar: contribuições do Direito Educacional. Rio de Janeiro: Editora WAK, DEMO, Pedro. Introdução à metodologia da ciência. São Paulo: Atlas, Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Editora Mediação, LIMA, Arievaldo Alves de. Professor Proativo. Universidade Estácio de Sá. Jul ma.pdf. Não Basta ser Professor e preciso incentivar. Jul sor_m9_ar.pdf. As Batalhas do dia-a-dia. Jornal da Estácio. Março de MORETTO, Vasco Pedro. PROVA - um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A Editora, PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, /12/ :47:52 página 5/5