UMA ANÁLISE SOBRE A HORA DA ESTRELA criatividade x fidelidade do livro para o filme

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1 UMA ANÁLISE SOBRE A HORA DA ESTRELA criatividade x fidelidade do livro para o filme Renata Oliveira Santos Silva 1 Rívia de Oliveira Souza Prof. Esp. Maria Cristina Santana dos Santos (Orientadora) RESUMO Este artigo tem como objetivo discutir a temática da criatividade observada na adaptação para o cinema da obra A Hora da Estrela, bem como tratar da fidelidade do texto escrito para o representado. A partir da leitura do livro A Hora da Estrela e da observação do filme de Suzana Amaral, baseado nesta obra, serão discutidos aspectos relevantes referentes ao uso destes dois meios de comunicação para a divulgação de textos literários. Este estudo é de cunho bibliográfico, baseado principalmente nas teorias de Bulhões (2012), Eco (1992), Gomes (2009), Lopes (2007) e Manguel (2006), para tratar das contribuições das adaptações televisionadas. Portanto, afirma-se que a adaptação de obras da literatura para o cinema promove maior divulgação de tais textos. Palavras-Chave: Adaptação. Cinema. Criatividade. Fidelidade. Texto literário. ABSTRACT This article aims to discuss the theme of creativity seen in the film adaptation of the book A Hora da Estrela, as well as address the loyalty shown to written text. From reading the book A Hora da Estrela and observation of Suzana Amaral film, based on this work, we discuss relevant aspects concerning the use of these two media for the dissemination of literary texts. This study is a bibliographic nature, mainly based on the theories of Bulhões (2012), Eco (1992), Gomes (2009), Lopes (2007) and Manguel (2006), to address the contributions of televised adaptations. Therefore, it is argued that the adaptation of works of literature to film promotes greater dissemination of such texts. Key-Words: Adaptation. Cinema. Creativity. Fidelity. Literary text. 1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa tem o objetivo de fazer uma análise da obra A Hora da Estrela de Clarice Lispector, tratando da fidelidade, no que diz respeito à reprodução cinematográfica dos aspectos presentes no texto escrito e a criatividade observada na atuação dos personagens, cenários e demais elementos presentes no filme que tornam o longa metragem interessante. 1 Artigo elaborado pelas discentes do curso de Especialização em Estudos Literários e Linguísticos Aplicados ao Ensino de Língua Portuguesa, da Faculdade José Augusto Vieira (FJAV), como trabalho de conclusão de curso. 155

2 O corpo da pesquisa abrange logo no primeiro tópico comentários sobre a trajetória de vida de Clarice Lispector, o enredo de sua obra prima, A hora da estrela, além de abordar a estética literária do modernismo para uma melhor compreensão da escrita do texto literário aqui trabalhado. Na sequencia delineia-se aspectos importantes para a análise no que se refere à distinção da linguagem literária para a cinematográfica para uma melhor compreensão do que é adaptação. Logo depois apresenta-se a análise da obra e do filme com embasamento principal em Alceu (2007), Eco (1986) e Manguel (2001). Portanto, vale ressaltar a relevante importância de uma pesquisa como esta, para mostrar a distinção entre o texto lido e o representado, além dos artifícios utilizados por eles para entreter e instigar os receptores. 2 A HORA DA ESTRELA: autora, enredo da obra e estética literária Nos parágrafos que seguem, serão tratados aspectos relevantes para o estudo da obra A Hora da Estrela. A princípio aborda-se sobre a autora Clarice Lispector através de comentários sobre sua vida e sua carreira na literatura; em seguida, apresenta-se o enredo do texto literário baseado na leitura do livro e no filme, além da abordagem da estética literária do modernismo. Clarice Lispector foi filha de um casal de russos, nasceu em uma aldeia da Ucrânia em 1925, um ano depois emigrou para o Brasil e nunca mais voltou para lá. Passou a infância em Recife, depois se mudou para o Rio de Janeiro onde ingressou na faculdade de direito. Casou com um diplomata e colega da faculdade no ano de 1943, em seguida, publicou seu primeiro livro intitulado Perto do coração selvagem, obra que repercutiu com a crítica, por mostrar um estilo nunca visto até então. Clarice viveu quinze anos fora do Brasil e retornou depois de separar-se do marido. Teve dois filhos e publicou obras de relevante importância para a literatura brasileira, dentre elas Laços de família, A Via Crucis do corpo e Água viva. A hora da estrela se destaca como um ponto de articulação das obras escritas pela autora mostrando um mergulho através da realidade e a imaginação e, a abordagem do cunho social ao caracterizar a vida da nordestina Macabéa na cidade do rio de Janeiro. 156

3 A hora da estrela foi á última obra escrita por Clarice Lispector antes de sua morte no ano de 1977, vítima de um câncer congênito. Desse modo, Castelo apud Lispector (1999) afirma que: O resultado desse salto na extroversão é A hora da estrela, o livro mais surpreendente que escreveu. Se desde Perto do coração selvagem, seu romance de estréia, Clarice estava de corpo inteiro, todo o tempo, no centro de seus relatos, agora a cena é ocupada por personagens que em nada se parecem com ela. (p.02) A protagonista Macabéa, do romance A hora da estrela, é uma jovem que se deslocou da região nordeste para viver no Rio de janeiro depois da morte de sua tia, que lhe criou após ter ficado órfã. Em todo o texto a autora se expressa através de um pseudônimo, Rodrigo S.M., narrador e personagem que decide o trágico destino da personagem principal. Como Clarice escreveu a obra enquanto sofria de câncer, é possível afirmar que incutiu no texto o sofrimento causado pela doença, representado na figura de uma jovem ingênua e digna de compaixão pelas péssimas condições em que vivia e se alimentava. É claro que a jovem não se parece com a autora, mas nela recai uma carga de sentimentos. O enredo da obra gira em torno da rotina da personagem Macabéa, nordestina que mora no Rio de Janeiro. Foi criada por uma tia muito religiosa e cheia de tabus que parecia que teve prazer em castigar a sobrinha com seus ensinamentos. Após a morte da tia, ela passa a dividir um quarto de pensão com quatro moças, balconistas em uma loja popular. A garota cheirava mal, pois raramente tomava banho. A noite, não dormia direito por causa da tosse persistente. A jovem tinha hábitos e manias que aliviavam um pouco a solidão, entretendo-se ouvindo a Rádio Relógio com um rádio emprestado de uma das colegas. Era muito magra e pálida, pois não se alimentava direito, basicamente vivia de cachorro-quente e Coca- Cola. Seus luxos se resumiam em pintar as unhas de vermelho, comprar uma rosa e ir ao cinema, o que a fazia sonhar ser uma estrela. Conheceu Olímpico de Jesus, único namorado que teve. Ele também era nordestino e trabalhava como metalúrgico. Não foi um namoro convencional, o passeio dos dois era sempre seguido de chuva e programas gratuitos, como sentar-se em bancos 157

4 de praças para conversar. Ele se mostrava sempre muito irritado com as perguntas de Macabéa, o que a fazia sempre se desculpar, pois não queria perder o namorado, apesar dos maus tratos, mas este conhece Glória e rompe com ela. A protagonista, logo depois de sair de uma consulta á uma cartomante indicada por Glória, sua colega de trabalho, acaba sendo atropelada e morre dando o desfecho da narrativa, a hora da estrela. A experimentação estética observada em A hora da estrela caracteriza-se fortemente no movimento modernista, propondo uma radical mudança na concepção de obra de arte, vista não mais como mimese no sentido em que o naturalismo marcou de forma exacerbada esse termo, ou representação direta da natureza, mas como um objeto de qualidade diversa e de relativa autonomia, subvertendo assim os princípios da expressão literária. Por outro lado, inserindo-se dentro de um processo de conhecimento e interrupção da realidade nacional, característica de nossa literatura, essa estética literária não ficou apenas no desmascaramento da ética passadista, mas procurou abalar toda a visão de um país que subjazia a produção cultural anterior á sua atividade. Nesse ponto, encontrase, aliás, uma curiosa convergência entre projetos éticos e ideológicos assumindo a modernidade dos procedimentos expressionais. O modernismo rompeu com a linguagem bachalaresca, artificial e idealizante que espelhava-se na literatura passadista de , a consciência ideológica, oligarquia rural instalada no poder de gerir estruturas esclerosadas que em breve, graças as transformações provocadas pela emigração, pelo surto industrial e pela urbanização (enfim, pelo desenvolvimento do país), iriam estalar e desaparecer em parte. É evidente na obra, as características da escrita da autora, conhecida por desafiar a crítica ao escrever textos com uma estética inovadora para a sua época. As fortes marcas do modernismo permitem romper com a visão de escrita convencional abrindo espaço para uma forma diferente de abordar a vida e os sentimentos através de um texto literário, expressos através da personagem Macabéa, na obra prima de Clarice Lispector. 158

5 3 TEORIAS QUE ALICERÇARAM A PESQUISA Na sequência serão abordados conteúdos relevantes para a interpretação e compreensão da obra A hora da estrela. Tratar-se-á a questão da adaptação para o cinema, atentando-se para as diferenças da linguagem escrita para a encenada. Será feito ainda um olhar sobre a interpretação textual e outro sobre a leitura de imagens, com o intuito de elucidar explanações sobre a obra lida e sua adaptação. Para iniciar uma abordagem sobre a literatura, referente à adaptação de obras literárias para o cinema, como em A hora da estrela, é preciso afirmar antes de tudo que palavras e imagens são duas linguagens diferentes, porém ambas servem para expressar o mundo. Em um texto literário o leitor tem a possibilidade de ler, refletir e aplicar suas interpretações através da imaginação e da criatividade. A leitura é uma ação que pode ser interrompida para que surjam reflexões e o indivíduo possa aplicar suas impressões na interpretação do texto. As obras literárias possuem ainda a individualidade, que é observada na escrita do autor e expressa através de sua analise crítica em relação ao mundo. A criação do cinema se deu através da apresentação de uma sequência de imagens em preto e branco que se movimentavam chamando-se cinema mudo; depois, com a evolução, os filmes passaram a ter uma trilha sonora, mas ainda sem a fala dos personagens. Com o passar dos anos as técnicas se aprimoraram e as imagens passaram a ter melhor qualidade visual se tornando coloridas e obtendo melhor qualidade de áudio. Os filmes, feitos na atualidade, possuem alta definição e estão cada vez mais acessíveis, através da televisão, computador, tablet e celular. As imagens em movimento tem o poder de despertar a imaginação do indivíduo através dos sentidos, levando-o ao universo daquilo que está sendo representado em tela, seduzindo-o, instigando-o e provocando o deslumbramento. O indivíduo, pode ainda mergulhar na representação sentindo as emoções possíveis ao desenrolar daquilo que assiste. No início, o cinema interpretava as obras literárias através da mímica, não conseguindo abranger mais que isso por ser mudo. É claro que a linguagem teatral é 159

6 diferente da literária por funcionarem através de diferentes meios. Alceu (2007) observa que a leitura tem uma magia ampla que atravessa o tempo e o espaço e a cada leitura é possível à compreensão de coisas novas. O cinema diferentemente da leitura possui outras vantagens, conforma Alceu (2007) um filme mostra os fatos no instante em que o espectador está sentado, dando a sensação de que tudo ocorre naquele momento. Os movimentos da câmera, durante a filmagem, fornecem ao espectador o papel de sujeito passivo que apenas observa os acontecimentos e já infere o que vai acontecer no final. Uma imagem pode dizer muitas coisas, mas ela é algo estratificado e tem qualidades que não se alteram. Uma imagem é aquilo que é mesmo sendo observada diversas vezes. Desse modo, Alceu (2007) afirma que: De qualquer forma, a linguagem da obra de ficção é mais poderosa, porque não retém os aspectos limitadores de uma produção cinematográfica; o autor, pelo seu talento descritivo e narrativo, conduz o leitor por infinitos labirintos semânticos da alma das pessoas, objetos e paisagens. (p. 327). O filme é uma obra coletiva e sofre influencias por parte daqueles que trabalharam em sua construção, ele passa pelo escritor, pela interpretação dos atores, escolha da trilha sonora, figurino e outros aspectos, precisa ser aceito pelo público para gerar retorna financeiro e por isso sofre influencias socioculturais. Opondo-se a uma obra literária em que o escritor é o responsável pela criação. Os textos são elaborados com a intensão não apenas de transmitir informações, mas, especialmente os textos literários, compreendem em sua elaboração, a intenção de serem interpretados para fazer sentido na cabeça de cada leitor de acordo com seus conhecimentos prévios e experiências de vida. Desse modo um texto está aberto á várias interpretações desde que estas não fujam ao seu conteúdo. Aprofundando melhor, através de um enfoque sobre a interpretação de texto, Umberto Eco (1986) afirma que: O texto está, pois, entremeado de espaços brancos, de interstícios a serem preenchidos, e que o emitiu previa que esses espaços e interstícios seriam preenchidos e os deixou brancos por duas razões. Antes de tudo, porque um texto é um mecanismo preguiçoso (ou econômico) que vive da 160

7 valorização de sentido que o destinatário ali introduziu (...) Em segundo lugar, porque à medida que passa da função didática para a estética, o texto quer deixar ao leitor a iniciativa interpretativa, embora costume ser interpretado com uma margem de univocidade. Todo texto quer que alguém o ajude a funcionar.(p.37). As imagens tem a capacidade de transmitir informações e estão presentes em nosso cotidiano antes mesmo da escrita. Os livros infantis trazem uma gama de figuras com as quais as crianças podem identificar uma narrativa, na antiguidade o homem das cavernas antes de desenhar figuras já colocava a palma da mão suja de argila nas paredes das cavernas para deixar suas marcas de existência. As imagens trazem consigo sentidos e significados nas mais diversas culturas do mundo. Pode-se afirmar que Formalmente as narrativas existem no tempo e as imagens no espaço. (MANGUEL, 2001, p. 24) por que na escrita é necessário obedecer a um fluxo temporal, já as imagens encontram-se delimitadas em uma fronteira espacial. Uma imagem pode ser compreendida, mas ela não transcende além do que ela é. Segundo Manguel (2001). Ao contrário das imagens, as palavras escritas fluem constantemente para além dos limites da página: a capa e a quarta capa de um livro não estabelecem os limites de um texto, que nunca existe integralmente como um todo físico, mas apenas em frações ou resumos. (p. 25). Para a compreensão de uma imagem e necessário uma primeira observação para que se possa ver seu todo e com o tempo é possível perceber detalhes não vistos na primeira vez, mesmo assim tudo que foi percebido depois já estava ali. Assim As imagens, porém, se apresentam à nossa consciência instantaneamente, encerradas pela sua moldura a parede de uma caverna ou de um museu em uma superfície específica. (MANGUEL, 2001, p. 25). É evidente que Só podemos ver as coisas para as quais já possuímos imagens identificáveis, assim como só podemos ler uma língua cuja sintaxe, gramática e vocabulário já conhecemos. (MANGUEL, 2001, p. 27). Desse modo para se entender uma imagem é necessário conhecer seu contexto, desse modo uma imagem que tem um determinado sentido em uma cultura pode ser incompreendida por outra da mesma forma que a língua. 161

8 Através de uma abordagem sobre as diferenças entre a linguagem do cinema para com a das obras literárias e um enfoque sobre interpretação de texto e compreensão de imagens foi possível depreender que assistir a um filme não substitui a leitura de uma obra, mas leva o indivíduo a conhecê-la transposta em outra linguagem. Além disso, a leitura de um texto permite sua interpretação e possíveis deduções ao despertar a criatividade, já a leitura de uma imagem se encerra naquilo que ela traz, sendo que tudo que é possível de se perceber já está ali. 4 ANALISANDO A HORA DA ESTRELA: observações sobre a relação de criatividade e fidelidade de acordo com livro e o filme A análise que segue foi elaborada a partir da leitura do livro A hora da estrela de Clarice Lispector e posteriormente a veiculação da adaptação dessa obra para o cinema de Suzana Amaral. Para tanto, foram utilizados o aporte teórico de autores como Alceu (2007) que fala sobre a relação entre cinema e literatura, Eco (1986) que aborda a interpretação do texto literário e Manguel (2001) que trata da leitura de imagens. O objetivo desta análise é mostrar a diferença entre a linguagem literária, baseada na escrita e a imagem do cinema baseado na encenação, fazendo um estudo sobre as convergências e divergências relacionadas à fidelidade do filme para com o texto, tratando de ambos concomitantemente. Em primeira instância tratar-se-á de aspectos analíticos da narrativa observando o livro e o filme. Desse modo o espaço onde os fatos acontecem é no Rio de Janeiro, e o tempo detectado é inicio da década de 70. Destaca-se que o narrador é personagem e se chama Rodrigo S. M.. O enredo gira em torno da vida triste da personagem Macabéa até sua morte, fato que também reflete na visão psicológica do narrador. A protagonista da obra é Macabéa, uma nordestina de 19 anos de idade, moça considerada feia, submissa, inocente e alienada, que mora numa pensão dividindo quarto com mais três colegas. Olímpico era o namorado de Macabéa, metalúrgico ambicioso e orgulhoso. Glória era colega de trabalho de protagonista, filha de açougueiro e esperta, nascida no Rio de Janeiro. Madame Carlota foi a cartomante charlatã que á ludibriou. 162

9 Evidenciam-se aspectos de fidelidade entre o livro e o filme, como os personagens e suas caracterizações, que são os mesmos em ambos, existem também vários diálogos do livro que foram reproduzidos fielmente no longa-metragem. O filme torna o telespectador um sujeito passivo, pois fornece uma realidade fictícia pronta, com tempo simultâneo ao momento a veiculação, na qual o receptor senta e assiste os personagens agindo com o auxílio dos sentidos do corpo (visão e audição). Deste modo o longa busca chamar atenção através do uso dos recursos de som e imagem para entreter e prender a atenção dos indivíduos. A veiculação do filme é mais curta que a leitura do livro e também menos cansativa, na elaboração do longa-metragem existe a adaptação, ou seja, a transformação de um texto em vídeo, o que passa pela interpretação das pessoas envolvidas na sua elaboração como elenco e diretor e, aspectos como figurino, iluminação e cenários. No filme os fatos ocorrem em primeira pessoa e há ausência do narrador. A criatividade é observada no modo como foi elaborado e os artifícios utilizados para chamar atenção e ser algo atrativo e interessante, como a caracterização dos personagens e dos espaços onde a história acontece. A leitura da obra forneceu uma visão diferente que a do filme. O texto foi conduzido por um narrador que é personagem e conta a história de Macabéa, permitindo que o leitor mergulhe nas palavras e com o auxílio da imaginação se envolva na história. Através das descrições do texto é possível imaginar a figura de Glória, uma carioca da gema oxigenada, a pobre Macabéa feia e com hábitos incomuns e, Olímpico, com suas ambições e maus tratos com a protagonista. No filme observa-se o patrão de Macabéa e a dona da pensão, que não aparecem no livro. A obra lida evidencia com mais enfoque os aspectos psicológicos da personagem principal e traz riqueza de detalhes em sua caracterização física e psíquica, explorando aspectos sociais e sentimentais de Macabéa. Durante a leitura da obra, observou-se a possibilidade de diferentes interpretações através de releituras. Por ser um texto literário, que mexe com os sentimentos, é possível inferir as informações das entrelinhas, como o caráter psicológico do narrador ao descrever Macabéa e esperar ansiosamente a sua morte. 163

10 No cinema, as imagens que aparecem se concluem no que são. Ao assistir o filme outras vezes apenas foi possível perceber detalhes que já estavam ali e que não abriam espaço á interpretações, já que o espectador tem um papel passivo. As caracterizações dos personagens do espaço e a sequência dos fatos se encerram nos limites do vídeo. Glória, Macabéa, Olímpico e os demais personagens já estão ali, prontos e acabados. É interessante salientar que um aspecto de fidelidade é mostrado com a época, sendo que o cenário a caracterização dos personagens e os aparelhos de uso do filme para o romance são os mesmos, apesar do filme ter sido gravado em uma época não muito distante da montagem do livro. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Fica evidente, que a obra literária adaptada para o cinema se torna interessante, atraente e deslumbrante, atraindo o receptor com mais facilidade por se aportar de recursos audiovisuais onde o tempo e o espaço são simultâneos ao momento em que o espectador está assistindo, fazendo-o mergulhar em uma realidade instantânea. A obra lida permite a imaginação e a participação do leitor na interpretação daquilo que ele está lendo, na qual o receptor pode fazer relações com os acontecimentos de sua vida, sua condição social e psicológica, e até mesmo imaginar além do texto. Um aspecto interessante é que o leitor após ter o conhecimento de uma obra literária pode sentir-se instigado a assistir a um assistir uma do que leu pela curiosidade, com intenção de buscar no filme as informações apreendidas e imaginadas na leitura e até mesmo comparar as duas versões. A leitura de A hora a estrela possibilitou a imaginação de como seria a caracterização dos personagens e ambientes, bem como o envolvimento sentimental com as palavras do texto, fato que despertou a curiosidade para com o filme. O longa metragem por ser uma produção coletiva trouxe aspectos cativantes como trilha sonora, figurino, cenário e interpretação dos atores, porém não abrange pequenos detalhes, como os cabelos crespos e oxigenados de Glória que no filme e personagem já é loira. 164

11 Portanto, afirma-se que tanto a obra escrita quanto á adaptada para o cinema são importantes, a primeira por ser o texto original e permitir maior envolvimento do leitor com o texto, e a segunda por chamar atenção, ser atrativa e ampliar a divulgação da obra. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALCEU - v. 8 - n p. 322 a jul. dez BULHÕES, M. Para além da fidelidade na adaptação audiovisual: o caso da minissérie televisiva Capitu. Conexão Comunicação e Cultura, UCS, Caxias do Sul, v. 8, n. 15. jan./jun ECO, Umberto. Les limites de l interprétation. Paris: Bernard Grasset, Lector in fabula. A cooperação interpretativa nos textos narrativos, trad. de Attílio Cancian. São Paulo: Perspectiva, LISPECTOR, Clarice. A Hora da Estrela. Rio de Janeiro: Roco, Disponível em: Acesso em: 04 de dez. de Disponível em: Acesso em: 17 de fev. de Disponível em: Acesso em: 18 de fev. de Disponível em: Fonte: Acesso em: 18 de fev. de

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