Redes de conflito: Nobreza da terra fluminense, reprodução em tempos de mudanças. ( )

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Redes de conflito: Nobreza da terra fluminense, reprodução em tempos de mudanças. ( )"

Transcrição

1 Redes de conflito: Nobreza da terra fluminense, reprodução em tempos de mudanças. ( ) Jerônimo Aguiar Duarte da Cruz * O desenvolvimento da família Freire Alemão se insere numa teia de dinâmicas no interior de uma sociedade de Antigo Regime. Julgamos que concentrando nossas atenções no desenvolvimento desta família, tendo em vista suas relações no interior da república e do Império, podemos esmiuçar, mais do que a trajetória da família, também os cenários mais gerais daquela sociedade, sejam eles elementos que compõe a monarquia lusa, as relações no interior dos munícipios do Império ou as formas de reprodução social dos principais da terra. Mais do que isto, a trajetória das duas gerações dos Freire Alemão ( ), Manoel Freire Alemão e João Freire Alemão, coincide com um momento de grandes mudanças na realidade da capitania fluminense. Por isso, podemos daí, compreender como estas transformações se relacionam com a realidade de uma família dos principais da terra. Trajetória de Manoel Freire Alemão Ao se casar com Isabel de Barcelos, em fins do século XVII, Manoel Freire Alemão insere-se nos quadros dos principais da terra do Rio de Janeiro. Os principais da terra identificam-se enquanto famílias quinhentistas associadas à conquista da terra, aos primeiros povoadores da capitania, que no decorrer do século XVII, se consolidariam como a nobreza da terra, assumindo os postos-chave da governança do município, principalmente, através da Câmara municipal - vale lembrar que o poder das câmaras municipais é entendido a partir da prerrogativa de autogoverno dos municípios no interior da monarquia corporativa e pluricontinental portuguesa. Como já dito o Capitão Manoel Freire Alemão se insere nesta nobreza através de casamento com uma descendente de quinhentistas. No entanto, pouco se sabe sobre suas origens, apenas o fato de que é português. O que sabemos é que as informações ficam mais frequentes a partir de seu casamento, na década de 1690, e nos mostram um sujeito extremamente mergulhado nas dinâmicas locais do topo daquela sociedade. * Graduando em História pela UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro.

2 Aparece numa série de transações: como fiador de dívidas e contratos ou arrendando terras, inclusive um engenho do Visconde de Asseca em começos do século XVIII nas proximidades de Jacarepaguá. É possível identificá-lo ainda, desde fins do XVII contraindo alguns empréstimos junto ao Juizado de órfãos, que segundo Abreu era uma instituição cujo empréstimo era relativamente restrito. E, finalmente, começa a comprar terras nas áreas de Gericinó e Guandu, na freguesia de Campo Grande, na primeira década do XVIII, onde funcionará o Engenho Guandu a partir da década de Manoel Freire Alemão é um sujeito que tem acesso ao topo daquela sociedade, reproduzindo a lógica daquela nobreza da terra e sendo reconhecido como um deles. Em 1697 é listado entre os homens bons e cidadãos desta praça que assinam uma petição ao rei, solicitando revogação de ordem real sobre o preço do açúcar e reclamando sobre a falta e excessivo preço dos escravos vindos de Angola e por liberdade para que os navios do porto do Rio pudessem fazer este comércio sem interferência do governo de Angola. Ou seja, nesta petição, Manoel Freire Alemão aparece como homem bom e cidadão do Rio de Janeiro participando do governo da cidade, negociando com o poder central. No entanto, as mudanças trazidas pelo século XVIII, provocariam novas tensões no interior daquela sociedade. João Fragoso destacou conflitos entre esta nobreza da terra e o grupo de negociantes que começam a tomar conta da cena mercantil fluminense. Na década de 1730, alguns integrantes da nobreza principal da terra denunciam a ação usurária dos negociantes contra os engenhos de açúcar e se reafirmam enquanto aqueles que devem governar a república, destacando, assim, a manutenção da câmara em suas mãos contra as ameaças do novo grupo. De fato, algumas escrituras de inícios do século XVIII mostram Manoel Freire adquirindo empréstimo de 1:300$000 junto à José de Souza Barros, um rico homem de negócio, no ano de 1712, indicando claramente a dependência econômica de um dos principais da terra para com homens de negócio no mercado de crédito. A dependência econômica da nobreza da terra para com homens de negócio na primeira metade do século XVIII e os conflitos entre os dois grupos, já analisados por Fragoso, 2

3 ganham realces quando diminuímos a escala sob as relações tecidas pelo Capitão Manoel Freire Alemão. Manoel Freire Alemão já havia realizado empréstimos junto José de Souza Barros, homem de negócios, em Em 1715 faz um novo empréstimo com outro homem de negócio, Antônio Rodrigues Barros, no valor de 2:050$000. A proximidade deste representante da nobreza da terra com os homens de negócio da praça fluminense fica, portanto, bastante clara. O que não impede e talvez justifique - que, em 1735, os integrantes da nobreza da terra denunciem a ameaça que os negociantes infligiam sobre a capitania, excluindo-os de qualquer prerrogativa de governo na câmara. Este conflito entre os dois grupos se manifesta também na trajetória de vida de Manoel Freire Alemão. Em 1733 Manoel Freire envia um requerimento ao rei. Nele o capitão solicita provisão para que o ouvidor-geral, Fernando Leite Lobo, tire devassa das vexações, roubos e contínuos erros praticados pelo escrivão dos órfãos, Manoel da Costa Soares, junto dos moradores, órfãos e seus tutores. Este Manoel da Costa Soares, escrivão do Juízo de Órfãos, aparece em uma escritura como homem de negócio e exerce também função numa das principais fontes de empréstimo de Manoel Freire Alemão, o Juízo de Órfãos. Em 1726 Manoel da Costa Soares e sua sogra moveram ação contra Manoel Freire Alemão e outros dois sujeitos cobrando a execução de dívidas não quitadas. Talvez Manoel Freire Alemão não fosse mesmo um bom pagador, já que fora preso por volta de 1729, por não quitar dívida, na qual era fiador do contrato de aguardente arrematado por João Ribeiro da Costa, junto a Fazenda Real. E só consegue convencer que cumpriria o pagamento desta dívida quando afirma que a pagaria com 300 arrobas de açúcar branco por ano. Curiosamente, logo depois deste incidente, o Senado da Câmara lhe empresta a quantia de 4:300$000. A trajetória de Manoel Freire Alemão mostra que os ditos conflitos entre nobreza da terra e homens de negócio se manifestam num momento de certa fragilidade econômica de representantes da nobreza da terra para cumprir suas obrigações. No entanto, isto em nenhum momento impede que seu filho, João Freire Alemão, herde o mesmo status de cidadão e chegue à vereança da cidade, ocupando cargos no topo da sociedade colonial fluminense. Por 3

4 outro lado, a câmara municipal parece colaborar na resolução de seus problemas, emprestando-o uma boa quantia. Desta forma, mesmo que sem grandes possibilidades econômicas, Manoel Freire Alemão parece se utilizar da sua proeminência social e política para enfraquecer Manoel da Costa Soares. Neste momento, o lugar ocupado nas hierarquias locais não passa imediatamente pelo aspecto da riqueza econômica. Rio de Janeiro: maior praça mercantil do atlântico-sul No primeiro quartel do século XVIII, enquanto efetua uma série de transações econômicas na cidade do Rio de Janeiro, Manoel Freire Alemão converte parte das suas posses em terras e em um engenho na freguesia rural de Campo Grande. O capitão retoma a tradição senhorial da família de sua mulher, e, assim como grande parte da nobreza da terra do século XVII, torna-se senhor de engenho. No entanto, durante a primeira metade do século XVIII a cidade do Rio de Janeiro torna-se uma intensa praça mercantil. Alguns trabalhos recentes situam estas mudanças no perfil da cidade do Rio de Janeiro na primeira metade do século XVIII. Ressaltando a acumulação de capital num estrato de negociantes, a formação de uma franja de fazendas produtoras de gêneros alimentícios ao redor da cidade, a valorização dos imóveis urbanos em relação aos rurais e a crescente importância comercial da urbe na dinâmica imperial através do abastecimento das minas, das transações com Angola e com áreas da América espanhola. Sampaio identifica que, Pela primeira vez nos cem anos observados [ ] e, podemos dizer sem medo de errar, em toda a história fluminense, o valor das transações de imóveis situados na urbe carioca ultrapassou as que envolviam o sistema agrário que a circundava. (SAMPAIO, 2003, p.88) Este processo ocorria pari passu a valorização dos negócios urbanos frente ao total dos 4

5 negócios rurais. Sampaio chama a atenção para uma espécie de urbanização da cidade, apoiado nas transformações ocorridas na urbe, como o sistema de crédito que ganha novos contornos impulsionado pelo fortalecimento contínuo do capital mercantil. De forma simplista poderíamos dizer que o caráter mercantil da cidade ganhava força e a importância proporcional dos bens agrários começava a cair. Ou seja, Manoel Freire Alemão reproduzia uma lógica senhorial de grupo ao tornar-se senhor de engenho justamente no momento em que a cidade se transformava numa urbe mercantil. Poderíamos, grosseiramente, dizer que agia como se na contramão do fluxo. Por isto, talvez seja necessário entender mais de perto o universo do açúcar neste momento. Engenhos de açúcar no Rio de Janeiro, séculos XVII-XVIII Segundo Abreu, os engenhos de açúcar crescem em quantidade no Rio de Janeiro, passando de 35 engenhos na década de 1620 a, aproximadamente, 136 unidades em começos do século XVIII. Segundo aquele autor, este momento consolida o açúcar como principal produto da capitania. Em meados do século XVII, mais da metade destes engenhos tinha como seus proprietários, sujeitos advindos das famílias quinhentistas, como já destacado por Fragoso. O que indicava, dentre outras coisas, o prestígio e as dificuldades em acumular riqueza suficiente para se tornar senhor de engenho. No entanto, a importância da produção de açúcar nos engenhos do recôncavo da Guanabara era muito pequena, se tivermos em vista outras áreas açucareiras da América Portuguesa, como a Bahia, local de grande produtividade no século XVII. Segundo Abreu, Rio de Janeiro e Bahia divergiam bastante quanto às escalas de produção e ao próprio tamanho dos engenhos. Se Schwartz aponta que um engenho baiano produzia, em média, 50 arrobas de açúcar por dia, Abreu afirma que os engenhos do Rio de Janeiro produziam, em média, 25 arrobas. Nota-se que a produção de açúcar fluminense cresce, alcançando níveis substanciais especialmente na segunda metade do século XVII, mas 5

6 que não rivaliza em robusteza com a realidade da Bahia açucareira. Portanto, a fortuna destas famílias deve ser relativizada se tivermos em conta apenas a produção açucareira. Freguesia de Campo Grande em começos do século XVIII A freguesia onde Manoel Freire Alemão se instala na primeira metade do século XVIII ficava a mais de 50 km da cidade. Periférica no que diz respeito à produção de açúcar, tendo em vista as principais áreas produtoras da capitania: Irajá e São Gonçalo. Em 1700 Irajá conta com 39 engenhos ativos e a região de São Gonçalo e redondezas com 32. Já Campo Grande, englobando as áreas de Guaratiba, contava com apenas 11 engenhos de açúcar. Tudo indica que a região pouco contribuísse para a produção geral de açúcar. Como já dissemos, o Capitão Manoel Freire adquire terras em Campo Grande a partir de E de 1712 em diante podemos notar sua presença através dos batismos de seus escravos. O Capitão Manoel Freire Alemão batiza 15 novos escravos entre Sendo 14 nascidos na terra e apenas 1 gentio, de Cabo Verde. A partir de fins da década de 1720 notamos claramente seu filho, João Freire Alemão, aparecer como proprietário de escravos nos registros de batismo, exatamente quando os registros de seu pai ficam mais escassos. Enquanto seu pai, Manoel Freire batiza 3 de seus escravos na década de 1730, João Freire Alemão batiza seus 32 novos escravos entre , sendo a década de 1730 o período de maior efervescência, somando 24 novos escravos. Com esses dados temos indícios de que João Freire Alemão assume a frente dos negócios da família em seu momento de expansão. Divergindo da trajetória de seu pai, com João Freire notamos maior incidência no batizado de escravos adultos vindos diretamente da Costa da Mina, somam 13, há ainda 1 de Cabo Verde. Este ponto chamou especial atenção, por isso, na tabela 2 procura-se mostrar a evolução geral do batismo de escravos gentios na freguesia nos primeiros trinta anos do século XVIII. É possível constatar que na década de 1730, Campo Grande apresenta uma alta substancial no batismo destes escravos adultos. Partimos da ideia de que os batismos de escravos adultos indicam que são escravos recém-adquiridos. A elevação das taxas de batismo destes escravos pode indicar, 6

7 consequentemente, o aumento da compra de novos escravos na região. Obviamente, são números relativamente baixos, o que nos leva a ter cautela no tato com registros de batismos pura e simplesmente. E, mais do que isso, nos leva a questionar a relevância, no âmbito comercial, da produção de açúcar da freguesia. No entanto, de uma forma ou de outra, a freguesia passava por um momento onde se podia ou se tinha a necessidade de aumentar a posse de escravos. Por isto, o aumento considerável no número de batismos de escravos gentios na década de 1730, pode indicar um estreitamento na ligação da freguesia com o comércio de escravos da cidade do Rio de Janeiro, além do fato de que a demanda de escravos na região tenha aumentado. E isto é mais visível no caso de João Freire, que aparece como principal possível comprador. João Freire Alemão de Sisneiros é o único nome que concentra mais de 4 batismos de escravos adultos gentios (só na década de 1730 batiza 10). A maior parte dos proprietários da freguesia batiza apenas um escravo. No total de batismos dos escravos adultos e gentios, João Freire representa 41,6% do total para a década de Tudo indica que o aumento no número de escravos na paróquia de Campo Grande seja reflexo das dinâmicas comerciais da cidade. Se no ano de 1705 desembarcaram no sudeste do Brasil 3310 escravos, em 1730, este número passa para 8290 cativos, um crescimento de mais de 200%. Estes dados podem indicar a maior necessidade de escravos para as Minas, mas, de um modo ou outro, demonstram uma maior presença de escravos na região, aumentando a possibilidade de uso dos mesmos. Tabela 2. Relação entre o batismo de escravos gentios e as décadas na freguesia Década Quantidade % , , ,4 Total Livro de Registro dos Batismos escravos da Freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro

8 Com estas apreciações notamos que os Freire Alemão se estabelecem no plano da freguesia aparentemente aumentando sua produção e reproduzindo uma lógica senhorial, vendo o filho que segue com o nome da família se estabelecer enquanto senhor de engenho e vereador da câmara. E mesmo que esta produção tivesse pouquíssimo impacto sobre a dinâmica econômica mais geral da cidade neste momento - dominada cada vez mais por vultosos negócios mercantis, como já vimos -, a família forma potentados rurais com capacidade de mando no centro da República. Um paradoxo que marcaria os próximos anos daquela sociedade e colaboraria para o definhamento desta elite. Bibliografia ABREU, Mauricio de Almeida. Geografia Histórica do Rio de Janeiro ( ). Rio de Janeiro, Ed. Andrea Jakobsson Estúdio e Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, Banco de dados da estrutura fundiária do recôncavo da Guanabara (séculos XVII e XVIII). 8

9 Biblioteca Nacional, Anais 1917, Volume 39. Biblioteca Nacional, Anais 1917, Volume 46. BEUNZA, J. M. Imízcoz. El entramado social y político in Historia de España em la Edad Moderna. Pg. 58. FRAGOSO, João. A formação da economia colonial no Rio de Janeiro e de sua primeira elite senhorial (séculos XVI XVII) In O Antigo Regime nos trópicos: A dinâmica imperial portuguesa (séculos XVI XVIII). FRAGOSO, João; BICALHO, Maria F.; GOUVÊA, Maria de F. S. (org). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001., João. Capitão Manuel Pimenta Sampaio, senhor do engenho do Rio Grande, neto de conquistadores e compadre de João Soares, pardo: notas sobre uma hierarquia social costumeira ( ) in FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de F. Na trama das redes: política e negócios no império português, séculos XVI-XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira , João; SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá de (Org.). Monarquia Pluricontinental e a governança da terra no ultramar atlântico luso. 1ed. Rio de Janeiro: Mauad, HESPANHA, A. M. e XAVIER, Ângela Barreto. "A representação da sociedade e do poder", In: História de Portugal, IV ("O Antigo Regime", dir. HESPANHA, A. M.), Lisboa, Circulo de leitores, Livro de Registro dos Batismos escravos da Freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro Livro de Óbitos e Testamentos de Livres e Escravos, freguesia do Santíssimo Sacramento da Antiga Sé ( ). AP Óbito de João Freire Alemão de Sisneiros, solteiro. (folha 48-49). ACMRJ. RHEINGANTZ, Carlos G., Primeiras Famílias do Rio de Janeiro (Séculos XVI e XVII), vol. 2. Rio de Janeiro: Brasiliana Editora,

10 SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá de. Na encruzilhada do império: hierarquias sociais e conjunturas econômicas no Rio de Janeiro ( ). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, The Trans-Atlantic Slave Trade Database. 10

THAMIRES CRISTINA SILVA DO NASCIMENTO*

THAMIRES CRISTINA SILVA DO NASCIMENTO* Oficiais régios e Vice-reis: sua relevância para o desenvolvimento da dinâmica política, administrativa e econômica do Rio de Janeiro durante o século XVIII THAMIRES CRISTINA SILVA DO NASCIMENTO* *Graduanda

Leia mais

CENTRALIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA: TENSÕES ENTRE O GOVERNADOR GOMES FREIRE DE ANDRADA E A CÂMARA DA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO ( )

CENTRALIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA: TENSÕES ENTRE O GOVERNADOR GOMES FREIRE DE ANDRADA E A CÂMARA DA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO ( ) CENTRALIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA: TENSÕES ENTRE O GOVERNADOR GOMES FREIRE DE ANDRADA E A CÂMARA DA CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO (1733-1763) Autor: Roberta Cristina Silva da Rosa - UGF - PIBIC/CNPq Orientador:

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina HIS330 História do Brasil I

Programa Analítico de Disciplina HIS330 História do Brasil I 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de História - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 4 0 4

Leia mais

Palavras-chave: elite mercantil, Câmara Municipal, escravidão. Abstract

Palavras-chave: elite mercantil, Câmara Municipal, escravidão. Abstract Entre a Praça e a Mesa do Senado: aliança e disputa entre os homens de negócio e os homens bons no interior da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (c.1730-c.1775) Lucimeire da Silva Oliveira 1 Resumo O

Leia mais

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 11 A UNIÃO IBÉRICA (1580)

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 11 A UNIÃO IBÉRICA (1580) HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 11 A UNIÃO IBÉRICA (1580) Como pode cair no enem (FUVEST) Sobre a presença francesa na Baía de Guanabara (1557-60), podemos dizer que foi: a) apoiada por armadores franceses

Leia mais

Conluios e Descaminhos no contrato dos dízimos: Rio de Janeiro ( )

Conluios e Descaminhos no contrato dos dízimos: Rio de Janeiro ( ) Conluios e Descaminhos no contrato dos dízimos: Rio de Janeiro (1700-1730) Carolina Alves de Oliveira Rocha * Resumo: Na transição para o século XVIII, o Rio de Janeiro vai gradativamente se firmando como

Leia mais

Apresentação. Política e governabilidade: diálogos com a obra de Maria de Fátima Silva Gouvêa. Maria Fernanda Bicalho * Para Luigi e Lili

Apresentação. Política e governabilidade: diálogos com a obra de Maria de Fátima Silva Gouvêa. Maria Fernanda Bicalho * Para Luigi e Lili Política e governabilidade: diálogos com a obra de Maria de Fátima Silva Gouvêa Apresentação Maria Fernanda Bicalho * Para Luigi e Lili Política e governabilidade são conceitos que Maria de Fátima Silva

Leia mais

Assentos [manuscritos] de batismo e de óbitos na Capitania do Rio Grande ( )

Assentos [manuscritos] de batismo e de óbitos na Capitania do Rio Grande ( ) Assentos [manuscritos] de batismo e de óbitos na Capitania do Rio Grande (1757-1796) Records [manuscripts] of baptism and demise in the captaincy of the Rio Grande (1769-1779) A Revista Educação em Questão

Leia mais

Disciplina : Seminário de Espaço e Sociabilidades II Aluna : Ana Emilia Staben

Disciplina : Seminário de Espaço e Sociabilidades II Aluna : Ana Emilia Staben Disciplina : Seminário de Espaço e Sociabilidades II Aluna : Ana Emilia Staben A proposta de minha pesquisa é analisar o comércio de escravos entre a Costa da Mina e capitania de Pernambuco, durante os

Leia mais

A conformação do preço: considerações acerca de uma noção controversa

A conformação do preço: considerações acerca de uma noção controversa Sérgio Ricardo da Mata, Helena Miranda Mollo & Flávia Florentino Varella (org.). Caderno de resumos & Anais do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições

Leia mais

O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS PROF. FELIPE KLOVAN COLÉGIO JOÃO PAULO I

O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS PROF. FELIPE KLOVAN COLÉGIO JOÃO PAULO I O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS PROF. FELIPE KLOVAN COLÉGIO JOÃO PAULO I AS CONQUISTAS PORTUGUESAS Prof. Felipe Klovan Maior império colonial europeu entre 1415 1557 Várias formas de relação colonial Relações

Leia mais

A Cafeicultura em Minas Gerais: Uma Análise da Lista Nominativa de 1831 e do Censo de 1872 (Juiz de Fora e Mar de Espanha) Thiago Firmino de Souza *

A Cafeicultura em Minas Gerais: Uma Análise da Lista Nominativa de 1831 e do Censo de 1872 (Juiz de Fora e Mar de Espanha) Thiago Firmino de Souza * A Cafeicultura em Minas Gerais: Uma Análise da Lista Nominativa de 1831 e do Censo de 1872 (Juiz de Fora e Mar de Espanha) Thiago Firmino de Souza * Introdução Este trabalho é um desdobramento da minha

Leia mais

Agentes e condições de crédito na economia fluminense na primeira metade do século XIX: aspectos metodológicos, fontes e hipóteses de pesquisa

Agentes e condições de crédito na economia fluminense na primeira metade do século XIX: aspectos metodológicos, fontes e hipóteses de pesquisa Agentes e condições de crédito na economia fluminense na primeira metade do século XIX: aspectos metodológicos, fontes e hipóteses de pesquisa Mônica Martins Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina obrigatória

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina obrigatória UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL Nível Mestrado Disciplina obrigatória PROGRAMA DE DISCIPLINA CURSO: HISTÓRIA SOCIAL PERÍODO: 2015-02

Leia mais

Cópia autorizada. II

Cópia autorizada. II II Sugestões de avaliação História 7 o ano Unidade 8 5 Unidade 8 Nome: Data: 1. Qual(is) da(s) sentença(s) a seguir apresenta(m) corretamente as motivações de Portugal para estabelecer a produção açucareira

Leia mais

A EXPANSÃO TERRITORIAL, O CICLO DA MINERAÇÃO E AS REVOLTAS COLONIAIS Prof. Maurício Ghedin Corrêa

A EXPANSÃO TERRITORIAL, O CICLO DA MINERAÇÃO E AS REVOLTAS COLONIAIS Prof. Maurício Ghedin Corrêa A EXPANSÃO TERRITORIAL, O CICLO DA MINERAÇÃO E AS REVOLTAS COLONIAIS Prof. Maurício Ghedin Corrêa 1. A EXPANSÃO TERRITORIAL E O BANDEIRISMO Durante a União Ibérica houve um momento de expansão a Oeste.

Leia mais

Data: 23/02 Atividade: Apresentação e discussão do plano de ensino e dos temas que serão trabalhos.

Data: 23/02 Atividade: Apresentação e discussão do plano de ensino e dos temas que serão trabalhos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI. DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL I PROFESSOR: MOACIR RODRIGO DE CASTRO MAIA 1 º SEMESTRE DE 2016 EMENTA: Curso sobre as dinâmicas sociais, econômicas, políticas

Leia mais

Engenhos e Famílias da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga e Iguaçu, Rio de Janeiro, Século XVIII.

Engenhos e Famílias da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga e Iguaçu, Rio de Janeiro, Século XVIII. Engenhos e Famílias da Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga e Iguaçu, Rio de Janeiro, Século XVIII. ANA PAULA SOUZA RODRIGUES 1 Neste trabalho irei identificar os engenhos e as famílias senhoriais,

Leia mais

Forros Proprietários da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu

Forros Proprietários da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu Forros Proprietários da Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu 1782-1798 Nelson Henrique Moreira de Oliveira * Resumo Este artigo apresenta as primeiras considerações da pesquisa em andamento,

Leia mais

Frentes familiares e trocas matrimoniais: estudos de caso, Jacarepaguá ( )

Frentes familiares e trocas matrimoniais: estudos de caso, Jacarepaguá ( ) Frentes familiares e trocas matrimoniais: estudos de caso, Jacarepaguá (1750-1800) Mareana Barbosa 1 Que importa, que cada um de nós seja feliz, se o Reino vai caminhando à sua ruína; (...) Parecer foi

Leia mais

Administração local e comunicação política nas Minas setecentistas: A câmara de Vila do Sabará no Século XVIII Mariana de Oliveira *

Administração local e comunicação política nas Minas setecentistas: A câmara de Vila do Sabará no Século XVIII Mariana de Oliveira * Administração local e comunicação política nas Minas setecentistas: A câmara de Vila do Sabará no Século XVIII Mariana de Oliveira * Este trabalho tem como ponto de partida a indagação sobre a existência

Leia mais

LISTA DE RECUPERAÇÃO. Do 3º trimestre - Disciplina: HISTÓRIA

LISTA DE RECUPERAÇÃO. Do 3º trimestre - Disciplina: HISTÓRIA Centro Educacional Sesc Cidadania Ensino Fundamental II Goiânia, / /2017. 7º ano Turma: Nome do (a) Aluno (a): Professor(a): GUILHERME PORTO LISTA DE RECUPERAÇÃO Do 3º trimestre - Disciplina: HISTÓRIA

Leia mais

CONTEÚDOS HISTÓRIA 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER

CONTEÚDOS HISTÓRIA 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER CONTEÚDOS HISTÓRIA 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER UNIDADE 1 O TEMPO E AS ORIGENS DO BRASIL 1. Contando o tempo Instrumentos de medida do tempo Medidas de tempo: década, século, milênio Linha do tempo

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: História Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Letícia

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: História Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Letícia Área de Ciências Humanas Disciplina: História Ano: 7º - Ensino Fundamental Professora: Letícia Atividade para Estudos Autônomos Data: 6 / 11 / 2018 Aluno(a): N o : Turma: Querido(a) aluno(a), as atividades

Leia mais

NAS ROTAS DOS SERTÕES: AFRICANOS E AGENTES DO TRÁFICO INTERNO DE ESCRAVOS. BAHIA, SÉCULO XVIII

NAS ROTAS DOS SERTÕES: AFRICANOS E AGENTES DO TRÁFICO INTERNO DE ESCRAVOS. BAHIA, SÉCULO XVIII NAS ROTAS DOS SERTÕES: AFRICANOS E AGENTES DO TRÁFICO INTERNO DE ESCRAVOS. BAHIA, SÉCULO XVIII Iasmim de Oliveira Cezar 1 Introdução Durante o período Setecentista o desenvolvimento da economia colonial

Leia mais

A Administração Colonial

A Administração Colonial A Administração Colonial HISTÓRIA DO BRASIL Prof. Alan Carlos Ghedini O primeiros 30 anos Até 1530 Desinteresse da Coroa Portuguesa pela nova Colônia Comércio das especiarias ainda era o foco Houve apenas

Leia mais

SUMÁRIO. INTRODUÇÃO 1 Maria Yedda Leite Linhares

SUMÁRIO. INTRODUÇÃO 1 Maria Yedda Leite Linhares MARIA YEDDA LINHARES (Organizadora) ORO FLAMARION SANTANA CARDOSO FRANCISCO CARLOS TEIXEIRA DA SILVA HAMILTON DE MATTOS MONTEIRO JOÀO LUÍS FRAGOSO SÔNIA REGINA DE MENDONÇA HISTÓRIA GERAL DO SUMÁRIO INTRODUÇÃO

Leia mais

Compadrio de Escravos no Rio de Janeiro Setecentista Roberta Ruas Monteiro

Compadrio de Escravos no Rio de Janeiro Setecentista Roberta Ruas Monteiro Compadrio de Escravos no Rio de Janeiro Setecentista Roberta Ruas Monteiro RESUMO O batismo de escravos nos revela estratégias condizentes à lógica das sociedades de Antigo Regime. Os laços sociais forjados

Leia mais

História. Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas. Professor Cássio Albernaz.

História. Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas. Professor Cássio Albernaz. História Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas Professor Cássio Albernaz www.acasadoconcurseiro.com.br História TRÁFICO TRANSATLÂNTICO DE ESCRAVOS PARA TERRAS PERNAMBUCANAS Maquete

Leia mais

A dinâmica dos altos poderes na Capitania do Maranhão ( ) Tatiane Amorim Vasconcelos

A dinâmica dos altos poderes na Capitania do Maranhão ( ) Tatiane Amorim Vasconcelos A dinâmica dos altos poderes na Capitania do Maranhão (1655-1730) Tatiane Amorim Vasconcelos Resumo: O trabalho apresentado consiste em apontamentos preliminares provenientes do projeto de pesquisa Nas

Leia mais

1. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que:

1. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que: 2 1. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino Português, podemos afirmar que: a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação de riquezas

Leia mais

XXIX Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora Mini-curso:

XXIX Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora Mini-curso: XXIX Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora Mini-curso: A Relação entre Poderes Locais e Poder Central no Império Português: uma análise historiográfica para o caso brasileiro, séculos

Leia mais

Palavras-Chave: Atividade Industrial, Humildes, Desenvolvimento, Urbanização.

Palavras-Chave: Atividade Industrial, Humildes, Desenvolvimento, Urbanização. DINÂMICA INDUSTRIAL E IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS EM HUMILDES, FEIRA DE SANTANA/BA: PROCESSOS E AÇÕES. Vanessa da Conceição Barbosa dos Anjos Graduanda em Geografia/UEFS. vanessa.124@hotmail.com Janio Santos

Leia mais

BRASIL COLÔNIA ( )

BRASIL COLÔNIA ( ) 1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE). Litoral. Solo e clima favoráveis. Experiência de cultivo (Açores, Cabo Verde e Madeira). Mercado consumidor. Alto valor na Europa. Participação

Leia mais

Escravos negros na capitania de São Jorge dos Ilhéus no século XVIII. Fernanda Amorim da Silva 1 Orientador: Marcelo Henrique Dias 2

Escravos negros na capitania de São Jorge dos Ilhéus no século XVIII. Fernanda Amorim da Silva 1 Orientador: Marcelo Henrique Dias 2 Escravos negros na capitania de São Jorge dos Ilhéus no século XVIII Fernanda Amorim da Silva 1 Orientador: Marcelo Henrique Dias 2 O conhecimento regional, tomando como exemplo a historiografia francesa,

Leia mais

29/10/2013. Engenho: Unidade produtiva

29/10/2013. Engenho: Unidade produtiva 1 Engenho: Unidade produtiva 2 3 Capitanias Hereditárias * D. João III passou a doou as terras brasileiras. Objetivos: * tomar posse do Brasil definitivamente; * povoar o território; * impedir que as terras

Leia mais

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA Fixação 1) (UFRN) No século XVIII, teve início a exploração da região mineradora no Brasil, provocando transformações importantes na economia colonial,

Leia mais

Unidade: FACE Semestre: Pré-Requisitos: Nenhum Horário: Segundas e Terças

Unidade: FACE Semestre: Pré-Requisitos: Nenhum Horário: Segundas e Terças MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E CIÊNCIAS ECONÔMICAS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PLANO DE ENSINO Disciplina: Formação Econômica do

Leia mais

Expansão do território brasileiro

Expansão do território brasileiro Expansão do território brasileiro O território brasileiro é resultado de diferentes movimentos expansionistas que ocorreram no Período Colonial, Imperial e Republicano. Esse processo ocorreu através de

Leia mais

AMÉRICA PORTUGUESA: BRASIL

AMÉRICA PORTUGUESA: BRASIL AMÉRICA PORTUGUESA: BRASIL Brasil : Ilha de Vera Cruz e depois Terra de Santa Cruz. Desprezo por três décadas em função dos lucros com as especiarias orientais. Países europeus: contestação ao Tratado

Leia mais

Relações políticas entre Portugal e o Ultramar no século XVIII. Lívia Ferreira Teixeira*

Relações políticas entre Portugal e o Ultramar no século XVIII. Lívia Ferreira Teixeira* Relações políticas entre Portugal e o Ultramar no século XVIII. Lívia Ferreira Teixeira* Resumo As Câmaras eram instituições fundamentais na construção e na manutenção do Império Ultramarino, eram responsáveis

Leia mais

Perfil de investimento na cidade de Salvador, c c. 1780

Perfil de investimento na cidade de Salvador, c c. 1780 Perfil de investimento na cidade de Salvador, c. 1750 c. 1780 Alexandre Vieira Ribeiro Doutorando pela UFRJ A proposta desse texto é apontar os padrões de investimentos da sociedade de Salvador entre os

Leia mais

Família escrava e o Antigo Regime nos trópicos I: a questão do compadrio. 1

Família escrava e o Antigo Regime nos trópicos I: a questão do compadrio. 1 Família escrava e o Antigo Regime nos trópicos I: a questão do compadrio. 1 Denise Vieira Demetrio/UFF O projeto que por ora desenvolvo trata das relações familiares constituídas ao longo dos séculos XVII

Leia mais

1640 > Fim da União Ibérica Comércio com Buenos Aires e contrabando Rei de São Paulo: Amador Bueno da Ribeira. Amador Bueno recusou o título de rei e

1640 > Fim da União Ibérica Comércio com Buenos Aires e contrabando Rei de São Paulo: Amador Bueno da Ribeira. Amador Bueno recusou o título de rei e REVOLTAS COLONIAIS REVOLTAS NATIVISTAS 1640 > Fim da União Ibérica Comércio com Buenos Aires e contrabando Rei de São Paulo: Amador Bueno da Ribeira. Amador Bueno recusou o título de rei e saiu às ruas

Leia mais

Capítulo 06. Economia e sociedade no período da cana-de-açúcar no Brasil

Capítulo 06. Economia e sociedade no período da cana-de-açúcar no Brasil Capítulo 06 Economia e sociedade no período da cana-de-açúcar no Brasil O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE). Litoral. Solo e clima favoráveis. Experiência de cultivo (Açores, Cabo

Leia mais

PRÓDROMOS DA JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO O OUVIDOR-GERAL

PRÓDROMOS DA JUSTIÇA NO RIO DE JANEIRO O OUVIDOR-GERAL Revista da ASBRAP nº 3 99 PRÓDROMOS DA NO RIO DE JANEIRO O OUVIDOR-GERAL Paulo Roberto Paranhos da Silva A história da Justiça está intimamente ligada à própria História do Brasil, quer pelas suas raízes

Leia mais

A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E A REFORMA AGRÁRIA ESTRUTURA FUNDIÁRIA É A FORMA COMO AS PROPRIEDADES AGRÁRIAS DE UMA ÁREA OU PAÍS ESTÃO ORGANIZADAS, ISTO É,

A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E A REFORMA AGRÁRIA ESTRUTURA FUNDIÁRIA É A FORMA COMO AS PROPRIEDADES AGRÁRIAS DE UMA ÁREA OU PAÍS ESTÃO ORGANIZADAS, ISTO É, A ESTRUTURA FUNDIÁRIA E A REFORMA AGRÁRIA ESTRUTURA FUNDIÁRIA É A FORMA COMO AS PROPRIEDADES AGRÁRIAS DE UMA ÁREA OU PAÍS ESTÃO ORGANIZADAS, ISTO É, SEU NÚMERO, TAMANHO E DISTRIBUIÇÃO SOCIAL. UM DOS GRANDES

Leia mais

A Formação Territorial do BRASIL

A Formação Territorial do BRASIL A Formação Territorial do BRASIL Descobrimento da América O surgimento do que denominamos de Brasil foi produto de um processo mais amplo, denominado de Expansão Marítimo Comercial europeia, desencadeado

Leia mais

ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA

ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA ESTRUTURA FUNDIÁRIA BRASILEIRA Estrutura Fundiária A estrutura fundiária corresponde ao modo como as propriedades rurais estão dispersas pelo território e seus respectivos tamanhos, que facilita a compreensão

Leia mais

Revoltas Coloniais / Nativistas. História do Brasil

Revoltas Coloniais / Nativistas. História do Brasil Revoltas Coloniais / Nativistas História do Brasil Principais Revoltas Coloniais Fim da União Ibérica INSATISFAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO As revoltas Coloniais Revelavam a insatisfação dos colonos; Dificuldade

Leia mais

A REVOLUÇÃO DE AVIS ( ) D. João I (rei entre )

A REVOLUÇÃO DE AVIS ( ) D. João I (rei entre ) História do Brasil A REVOLUÇÃO DE AVIS (1383-1385) D. João I (rei entre 1385-1433) A REVOLUÇÃO DE AVIS (1383-1385) D. JOÃO NASCEU EM LISBOA NO DIA 11 DE ABRIL DE 1357. ERA FILHO BASTARDO DO REI D. PEDRO

Leia mais

BRASIL DE PAÍS AGROEXPORTADOR A PAÍS INDUSTRIALIZADO CAPÍTULO 1 PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE

BRASIL DE PAÍS AGROEXPORTADOR A PAÍS INDUSTRIALIZADO CAPÍTULO 1 PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE BRASIL DE PAÍS AGROEXPORTADOR A PAÍS INDUSTRIALIZADO CAPÍTULO 1 PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE FORMAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO BRASILEIRO exploradores europeus. colônia de Portugal.

Leia mais

MINERAÇÃO NA COLÔNIA PORTUGUESA

MINERAÇÃO NA COLÔNIA PORTUGUESA MINERAÇÃO NA COLÔNIA PORTUGUESA Áreas de mineração no Brasil colonial. Ao longo do século XVIII, o imposto estabelecido pela Coroa portuguesa variou muito. O mais frequente foi o quinto: o governo português

Leia mais

Exercícios extras. Explique a caracterização que o texto faz do Renascimento e dê exemplo de uma obra artística em que tal intenção se manifeste.

Exercícios extras. Explique a caracterização que o texto faz do Renascimento e dê exemplo de uma obra artística em que tal intenção se manifeste. Exercícios extras Lista de História João Ivo 1. (Fuvest 1988) Na Europa do século XVI a religião foi usada como instrumento de fortalecimento do poder político, tanto nos Estados católicos quanto nos protestantes.

Leia mais

CHEGADA DA EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUZA 1530 MARTIM AFONSO DE SOUZA FUNDOU A PRIMEIRA VILA NO BRASIL

CHEGADA DA EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUZA 1530 MARTIM AFONSO DE SOUZA FUNDOU A PRIMEIRA VILA NO BRASIL CHEGADA DA EXPEDIÇÃO COLONIZADORA DE MARTIM AFONSO DE SOUZA 1530 MARTIM AFONSO DE SOUZA FUNDOU A PRIMEIRA VILA NO BRASIL - SÃO VICENTE e deu início ao cultivo da cana-de-açúcar CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Leia mais

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 1820-1822 COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS O 7 DE SETEMBRO: A INDEPENDÊNCIA FOI SOMENTE O GRITO DO IPIRANGA? OS SIGNIFICADOS DA INDEPENDÊNCIA Emancipação ou

Leia mais

SANTO ANTÔNIO DE JACUTINGA: A ASCENSÃO DE UM LUGAR A PARTIR DE SEUS AGENTES

SANTO ANTÔNIO DE JACUTINGA: A ASCENSÃO DE UM LUGAR A PARTIR DE SEUS AGENTES SANTO ANTÔNIO DE JACUTINGA: A ASCENSÃO DE UM LUGAR A PARTIR DE SEUS AGENTES Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) Denise Vieira Demétrio Resumo: Este texto se justifica pela necessidade

Leia mais

Número 4, Volume 2 Junho de 2014

Número 4, Volume 2 Junho de 2014 Número 4, Volume 2 Junho de 2014 7 MARES Revista dos pós-graduandos em História Moderna da Universidade Federal Fluminense EDITORES Letícia dos Santos Ferreira Recém-doutora Universidade Federal Fluminense

Leia mais

O CONCEITO DE MONARQUIA PLURICONTINENTAL EM PERSPECTIVA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O EXERCÍCIO HISTORIOGRÁFICO

O CONCEITO DE MONARQUIA PLURICONTINENTAL EM PERSPECTIVA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O EXERCÍCIO HISTORIOGRÁFICO 54 O CONCEITO DE MONARQUIA PLURICONTINENTAL EM PERSPECTIVA: DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA O EXERCÍCIO HISTORIOGRÁFICO Thiago Rattes de Andrade 1 RESUMO O presente artigo tem como objetivo debater o conceito

Leia mais

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1 Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena Aula 1 Prof. Me. Sergio Luis do Nascimento Ementa Conceitos básicos, como: escravo, escravizado,

Leia mais

Escravos, conquistadores e seus tramados: notas sobre as hierarquias costumeiras de Antigo Regime ao sul dos trópicos (Viamão, meados do século XVIII)

Escravos, conquistadores e seus tramados: notas sobre as hierarquias costumeiras de Antigo Regime ao sul dos trópicos (Viamão, meados do século XVIII) Escravos, conquistadores e seus tramados: notas sobre as hierarquias costumeiras de Antigo Regime ao sul dos trópicos (Viamão, meados do século XVIII) MÁRCIO MUNHOZ BLANCO* O presente texto integra o primeiro

Leia mais

O CREPÚSCULO DOS GRANDES

O CREPÚSCULO DOS GRANDES A- NUNOGONCALO FREITAS MONTEIRO O CREPÚSCULO DOS GRANDES A casa e o património da aristocracia em Portugal (1750-1832) IMPRENSA NACIONAL CASA DA MOEDA ÍNDICE GERAL AGRADECIMENTOS 5 APRESENTAÇÃO : 7 Convenções

Leia mais

Livro de atividades - páginas 10 e 11

Livro de atividades - páginas 10 e 11 Escola Nova Pedagogia Cuiabá, 11/03/2019 Tarefão P2 - História (1º bimestre) Estudante: 2ª Série EM Professora: Júnia Naves Conteúdo: Colonização portuguesa na América (capítulo 21) e Brasil Colonial:

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO. Os contornos do nosso país, nem sempre foram como atualmente.

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO. Os contornos do nosso país, nem sempre foram como atualmente. FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO Os contornos do nosso país, nem sempre foram como atualmente. Muitas terras que pertencem, atualmente, ao Brasil foram conquistadas em guerras, acordos, tratados e compradas

Leia mais

FORMAS E MOMENTOS DE AVALIAÇÃO

FORMAS E MOMENTOS DE AVALIAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE ESTUDOS EM DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E REGIONAL IEDAR CURSO: CIÊNCIAS ECONÔMICAS PLANO DE ENSINO APRENDIZAGEM Disciplina: ECO 01100 Formação Econômica

Leia mais

Lavradores de cana: posse de escravos e qualidades sociopolíticas Freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro (1797)

Lavradores de cana: posse de escravos e qualidades sociopolíticas Freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro (1797) Lavradores de cana: posse de escravos e qualidades sociopolíticas Freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro (1797) Jerônimo Aguiar Duarte da Cruz 1 Resumo: Este estudo busca ressaltar o perfil diferenciado

Leia mais

Tráfico interno de escravos em Mariana: Ao longo do século XIX, as medidas referentes à proibição do tráfico atlântico

Tráfico interno de escravos em Mariana: Ao longo do século XIX, as medidas referentes à proibição do tráfico atlântico Tráfico interno de escravos em Mariana: 1861-1886. Camila Carolina Flausino 1 Ao longo do século XIX, as medidas referentes à proibição do tráfico atlântico africano para o Brasil fizeram com que o preço

Leia mais

Origem O gado foi introduzido, e passou a ser criado nos engenhos do Brasil em meados do século XVI, para apoiar a economia açucareira como força

Origem O gado foi introduzido, e passou a ser criado nos engenhos do Brasil em meados do século XVI, para apoiar a economia açucareira como força 1 Origem O gado foi introduzido, e passou a ser criado nos engenhos do Brasil em meados do século XVI, para apoiar a economia açucareira como força motriz, animais de tração e de transporte (animal de

Leia mais

AULA DADA, AULA ESTUDADA!!!

AULA DADA, AULA ESTUDADA!!! AULA DADA, AULA ESTUDADA!!! Expansão Marítima Embarcaremos em uma longa e perigosa viagem a bordo dos navios lusitanos e espanhóis rumo à terra das especiarias. Você vai saber quais foram os fatores das

Leia mais

1. Formação do Feudalismo

1. Formação do Feudalismo 1. Formação do Feudalismo 1.1. Herança Romana O COLONATO foi uma instituição de fins do Império Romano, em que trabalhadores (colonos) recebiam um lote de terra para seu sustento, em grandes propriedades

Leia mais

Olinda: infância e juventude no século XIX. Considerações sobre nascimentos e casamentos realizados na igreja de São Pedro Mártir.

Olinda: infância e juventude no século XIX. Considerações sobre nascimentos e casamentos realizados na igreja de São Pedro Mártir. Olinda: infância e juventude no século XIX. Considerações sobre nascimentos e casamentos realizados na igreja de São Pedro Mártir. Resumo O foco desse trabalho é a análise de dados já disponíveis no software

Leia mais

Fontes manuscritas. Dilton Oliveira de Araújo

Fontes manuscritas. Dilton Oliveira de Araújo Fontes manuscritas Dilton Oliveira de Araújo SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros ARAÚJO, DO. Fontes manuscritas. In: O tutu da Bahia: transição conservadora e formação da nação, 1838-1850. Salvador:

Leia mais

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas

Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas DEPARTAMENTO DE _Línguas e Humanidades DISCIPLINA: História B ANO: 10º Planificação (Conteúdos)... Período Letivo: 1º_ Metas/Objetivos/Domínios Conteúdos/Competências/Conceitos Número de Aulas *Reconhecer

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL- 5º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2013/2014 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL- 5º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS Nº1 de SANTIAGO do CACÉM 2º CICLO Ano Letivo 2013/2014 HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL- 5º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa de História e Geografia de

Leia mais

Economia de tráfico, economia camponesa e economia de serviços: uma leitura da sociedade cabo-verdiana na longa duração

Economia de tráfico, economia camponesa e economia de serviços: uma leitura da sociedade cabo-verdiana na longa duração Economia de tráfico, economia camponesa e economia de serviços: uma leitura da sociedade cabo-verdiana na longa duração CEsA/ISEG, Universidade de Lisboa Seminários em Estudos de Desenvolvimento Lisboa,

Leia mais

Domínios Estrangeiros e Economia Colonial. Alan

Domínios Estrangeiros e Economia Colonial. Alan Domínios Estrangeiros e Economia Colonial Alan A França Antártica Passo inicial: expedição de Nicolas Durand de Villegaignon Chegaram à baía da Guanabara (RJ), em 1555 Junto de 290 colonos, aliaram-se

Leia mais

Elite local nas Freguesias Rurais do Rio de Janeiro: Freguesia de Piedade do Iguassú e Santo Antônio de Jacutinga ( )

Elite local nas Freguesias Rurais do Rio de Janeiro: Freguesia de Piedade do Iguassú e Santo Antônio de Jacutinga ( ) Elite local nas Freguesias Rurais do Rio de Janeiro: Freguesia de Piedade do Iguassú e Santo Antônio de Jacutinga (1750 1833) Mestranda do programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal

Leia mais

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2013 Conteúdos Habilidades Avaliação

PLANEJAMENTO ANUAL / TRIMESTRAL 2013 Conteúdos Habilidades Avaliação COLÉGIO LA SALLE BRASÍLIA Disciplina: História Trimestre: 1º Os primeiros tempos da América Portuguesa. A América Portuguesa a partir de meados do século XVI Resistência e definição do território da América

Leia mais

DOCUMENTO 5. Código de Referência: BR PEMJ REC PJUD JM AL

DOCUMENTO 5. Código de Referência: BR PEMJ REC PJUD JM AL DOCUMENTO 5 Código de Referência: BR PEMJ REC PJUD JM AL 1882.05.31 Título: Processo Cível (Ação de Liberdade) movido pelo escravo Simplício Manoel contra Ernesto & Leopoldo Datas: 1882 Fundo: Comarca

Leia mais

O BRASIL COLONIAL ( ) PROF. OTTO TERRA

O BRASIL COLONIAL ( ) PROF. OTTO TERRA O BRASIL COLONIAL (1530 1822) BRASIL PRÉ COLONIAL 1500-1532 - Não houve uma colonização de forma efetiva, sistemática até a década de 1530 predominância portuguesa no Oriente (Calicute e Goa); - Importância

Leia mais

ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA NO BRASIL COLONIAL. SÉCULO XVIII

ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA NO BRASIL COLONIAL. SÉCULO XVIII UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BRASIL COLONIAL - II Código: FLH 242 Semestre/Ano: 2º Semestre de 2010 Período:

Leia mais

A economia europeia. Nos séculos XVI e XVII assistiu-se ao nascimento de uma economia à escala mundial, marcada pelo desenvolvimento do

A economia europeia. Nos séculos XVI e XVII assistiu-se ao nascimento de uma economia à escala mundial, marcada pelo desenvolvimento do O ANTIGO REGIME O ANTIGO REGIME Período histórico que vai desde o século XVI ao século XVIII que se caracterizou: - na política, pelo Absolutismo; - na economia, pelo Mercantilismo; - na sociedade, pela

Leia mais

O mercado interno fluminense na segunda metade dos setecentos: nota de pesquisa #

O mercado interno fluminense na segunda metade dos setecentos: nota de pesquisa # O mercado interno fluminense na segunda metade dos setecentos: nota de pesquisa # Fábio Pesavento Doutorando do PPG em Economia - UFF Bolsista Capes Introdução Pode-se afirmar que é na segunda metade dos

Leia mais

colégio Os erros de ortografia serão descontados. 1. Mar Português

colégio Os erros de ortografia serão descontados. 1. Mar Português colégio Os erros de ortografia serão descontados. 1. Mar Português Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas

Leia mais

Caminhos de Muzambinho

Caminhos de Muzambinho ~ Caminhos de Muzambinho C{eraldoVanderlei falcucci ia Edição Poços de Caldas Sulminas Gráfica e Editora 2010 TENENTE BUENO - (Rua) Centro FRANCISCO ANTÔNIO BUENO, Tenente da Guarda Nacional, nascido em

Leia mais

A família no "governo da República": matrimônio e compadrio na câmara de São João del Rei - século XVIII Lívia Nascimento Monteiro

A família no governo da República: matrimônio e compadrio na câmara de São João del Rei - século XVIII Lívia Nascimento Monteiro A família no "governo da República": matrimônio e compadrio na câmara de São João del Rei - século XVIII Lívia Nascimento Monteiro Resumo: Este estudo se propõe a analisar a Câmara de São João Del Rei,

Leia mais

BRASIL COLÔNIA ( )

BRASIL COLÔNIA ( ) 1 - O CICLO DO AÇÚCAR Séc. XVI e XVII (auge). Nordeste (BA e PE). Litoral. Solo e clima favoráveis. Experiência de cultivo (Açores, Cabo Verde e Madeira). Mercado consumidor. Alto valor na Europa. Participação

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2016/2017 PLANIFICAÇÃO ANUAL 2º CICLO HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 5.º ANO Documento(s) Orientador(es): Programa de História e Geografia de Portugal

Leia mais

ANAIS DO II COLÓQUIO DO LAHES: MICRO HISTÓRIA E OS CAMINHOS DA HISTÓRIA SOCIAL

ANAIS DO II COLÓQUIO DO LAHES: MICRO HISTÓRIA E OS CAMINHOS DA HISTÓRIA SOCIAL ANAIS DO II COLÓQUIO DO LAHES: MICRO HISTÓRIA E OS CAMINHOS DA HISTÓRIA SOCIAL Comissão Organizadora: Profª Drª Carla Maria Carvalho de Almeida (UFJF) Profº Dr Cássio Fernandes (UFJF) Profª Drª Mônica

Leia mais

A Expansão Portuguesa. Portugal e o Mundo nos séculos XV e XVI

A Expansão Portuguesa. Portugal e o Mundo nos séculos XV e XVI A Expansão Portuguesa Portugal e o Mundo nos séculos XV e XVI Na Europa, as terras e povos desconhecidos surgiam em mapas, pinturas, gravuras e livros que influenciaram o pensamento europeu. A acção da

Leia mais

Formação espacial do Brasil. Prof. Gonzaga

Formação espacial do Brasil. Prof. Gonzaga Formação espacial do Brasil Prof. Gonzaga Território é tido como uma dimensão do espaço geográfico demarcada e submetida a um poder central e a um conjunto de normas específicas. Esse espaço é transformado

Leia mais

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL A Formação do Território Brasileiro O surgimento do que denominamos de Brasil foi produto de um processo mais amplo, denominado de Expansão Mercantil europeia, desencadeado

Leia mais

MEMÓRIA Por que nós, de língua portuguesa, sentimos saudades? António Manuel Hespanha e a História do Brasil

MEMÓRIA Por que nós, de língua portuguesa, sentimos saudades? António Manuel Hespanha e a História do Brasil MEMÓRIA Por que nós, de língua portuguesa, sentimos saudades? António Manuel Hespanha e a História do Brasil MEMORY Who Are We Portuguese Speakers Longing For? António Manuel Hespanha and the History of

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Ano: 7º - Ensino Fundamental Professoras: Letícia e Júlia Atividades para Estudos Autônomos Data: 9 / 10 / 2017 Aluno(a): Nº: Turma: Querido(a) aluno(a), este bloco

Leia mais

Distinção social nos Trópicos: as eleições na Câmara de São João Del Rey em meados do século XVIII

Distinção social nos Trópicos: as eleições na Câmara de São João Del Rey em meados do século XVIII Distinção social nos Trópicos: as eleições na Câmara de São João Del Rey em meados do século XVIII Lívia Nascimento Monteiro Resumo: Este trabalho tem o objetivo de analisar as eleições dos oficiais camarários

Leia mais

OS ROMANOS PARNAMIRIM - RN

OS ROMANOS PARNAMIRIM - RN OS ROMANOS PARNAMIRIM - RN Professores: Ricardo Gomes Verbena Ribeiro A CIVILIZAÇÃO ROMANA 1. CONTEXTO / INTRODUÇÃO: Do que lembramos ao falarmos de Roma? Península Senado Cristianismo Escravismo No início,

Leia mais

REVISÃO I Prof. Fernando.

REVISÃO I Prof. Fernando. REVISÃO I Prof. Fernando Brasil Colônia 1500: Descobrimento ou Conquista? Comunidades indígenas do Brasil Características: heterogeneidade e subsistência. Contato: a partir da colonização efetiva, ocorreu

Leia mais

UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS. Prof. Victor Creti Bruzadelli

UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS. Prof. Victor Creti Bruzadelli UNIÃO IBÉRICA E INVASÕES HOLANDESAS Prof. Victor Creti Bruzadelli A união Ibérica (1580-1640) Morte do rei D. João III (1557); Ascensão de D. Sebastião ao poder; Crises sucessórias: D. Sebastião (1578);

Leia mais

I Colóquio de História do Rio de Janeiro Colonial (21 a 23 de Novembro, UNIRIO) Local: Auditório Paulo Freire. Programação

I Colóquio de História do Rio de Janeiro Colonial (21 a 23 de Novembro, UNIRIO) Local: Auditório Paulo Freire. Programação I Colóquio de História do Rio de Janeiro Colonial (21 a 23 de Novembro, UNIRIO) Local: Auditório Paulo Freire Programação 21/11/2018 09:30 - Conferência de Abertura Ronaldo Vainfas (UFF) - Santo Ofício

Leia mais

A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre

A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre a escravidao A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro denominado por escravo, ao qual é

Leia mais