Palavras-chave: elite mercantil, Câmara Municipal, escravidão. Abstract

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1 Entre a Praça e a Mesa do Senado: aliança e disputa entre os homens de negócio e os homens bons no interior da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (c.1730-c.1775) Lucimeire da Silva Oliveira 1 Resumo O presente artigo pretende apresentar os principais postos da pesquisa que busca analisar as aproximações e disputas por poder estabelecidas pelos homens de negócio e comerciantes de escravos novos ocorridas no interior da câmara municipal do Rio de Janeiro em um período marcado por enormes transformações na capitania fluminense, pela consolidação de uma elite mercantil como um grupo específico destacado do restante da sociedade e por disputas por lugar na governança da cidade. Palavras-chave: elite mercantil, Câmara Municipal, escravidão. Abstract This article aims to present the main points of the research that explores the power struggles and approaches established by businessmen and traders of new slaves occurred within the municipal council of Rio de Janeiro in a period marked by huge changes in the captaincy of Rio de Janeiro fluminense capitancy the consolidation of a merchant elite as a specific group stood out of the rest of the society, and by rank disputes for the governance of the town Key words: Merchant elite, Municipal Council, slavery A presente pesquisa encontra-se em fase de mapeamento e ampliação do acervo documental. Sendo assim, o artigo aqui apresentado tem um caráter de apresentação dos principais objetivos e linhas de pesquisa a serem seguidos. A análise que se pretende desenvolver tem como propósito discutir as relações estabelecidas pelos homens de negócio e mais comerciantes de escravos novos da praça no interior da câmara municipal do Rio de Janeiro. Desse modo, buscar-se-á investigar a natureza das relações estabelecidas entre os oficiais da câmara e a comunidade de comerciantes, assim como inter-relações e alianças construídas por esses indivíduos e outras 1 Mestranda do programa de Pós-graduação em História Social (PPGHIS-UFRJ), pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

2 esferas sociais. Privilegia-se para essa proposta o período entre 1730 a 1775, marcado pela consolidação de uma elite mercantil, se constituindo como grupo destacado do restante da sociedade. O período situado entre meados do século XVII e XVIII é caracterizado por enormes transformações na capitania fluminense, que a converteu em uma das principais cidades do Império Português. Com a criação da Colônia de Sacramento em 1680 e as descobertas auríferas em fins do século XVII na região das Minas Gerais, devido à localização privilegiada de seu porto, o Rio de Janeiro assume o papel de abastecedor mais importante das regiões mineradoras, sobretudo após a construção do Caminho Novo. Tais eventos refletem diretamente na economia da cidade e são evidenciados no crescimento da atividade comercial. Mudanças importantes também ocorreram no campo político. As descobertas auríferas deslocam o eixo econômico e a atenção do Império Português para a América portuguesa. Portugal passa a se preocupar em concentrar um maior poder político em suas mãos tendo uma maior iniciativa aumentando o investimento da coroa em um maior controle do aparelho administrativo e fiscal. O início dos setecentos é marcado por uma atuação da coroa no intuito de reduzir a autonomia que caracterizou o comportamento das elites no século precedente (SAMPAIO, 2007:230). Essas mudanças foram intensificadas na segunda metade do século XVIII com a ascensão da figura de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal ( ). O período pombalino estendeu-se de 1750 a 1777 e implicou numa série de transformações em toda a América portuguesa, inclusive na capitania fluminense. No que tange às colônias, especialmente no Brasil, ocorreu uma reforma completa em sua estrutura administrativa; priorizando a política colonial, o marquês criou as companhias do comércio como a Companhia do Grão-Pará e Maranhão (MAXWELL,1996:97-98). Em 1761, a criação do Erário Régio buscou a racionalização e centralização da cobrança de tributos, já que nele deveria ser concentrada e registrada toda a renda da coroa. Visando ainda controlar de perto as questões jurídicas da colônia brasileira, criou em 1751 o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro. A capitania fluminense também foi atingida diretamente por essas reformas em 1763 quando, influenciado pelo pós-guerra 2 e buscando melhorar as defesas do Brasil, Pombal transferiu a capital do Brasil para o Rio de Janeiro, o que demonstra a consolidação da relevância da capitania fluminense 2 O envolvimento de Portugal na Guerra dos Sete anos provocada pela invasão das forças espanholas em 1762 requereu a assistência britânica para repelir a incursão. A subseqüente vitória da Grã-Bretanha provocou no Marques de Pombal o temor de uma reivindicação de maior acesso à América portuguesa por parte dos ingleses, fazendo-o tomar ações mais incisivas tendo em vista a proteção da colônia. (MAXWELL,1996: )

3 como a mais importante do Império. Todas essas transformações também atingem as formas de reprodução das estruturas sociais, o que fica claro se analisarmos as transformações na composição das elites locais. No seiscentos, não existia nos trópicos uma nobreza estamental de sangue à semelhança da Europa, mas sim uma nobreza política civil de origem popular, formada por descendentes de conquistadores que reivindicavam o poder político por ter servido à coroa (FRAGOSO, 2007:230). Como é bem demonstrado pela historiografia, no período da tomada do Rio de Janeiro pelos portugueses e a subseqüente montagem da economia açucareira, a monarquia lusa não passava por um bom momento. Na virada do século XVI para o seguinte, o Ultramar estava sendo atacado militarmente em seus diferentes quadrantes. Quanto ao reino, ele passava por déficits orçamentários, crises de subsistência e de mortalidade (FRAGOSO, 2007:42). Dessa forma, a Coroa não possuía recursos para a afirmação da sua autoridade e nem para articular uma sociedade colonial na cidade, tendo a conquista se valido do sistema de mercê e de recursos particulares dos conquistadores para suprir suas necessidades de homens e cabedais. A forma como a capitania fluminense foi conquistada e povoada possui elementos que explicam as características de sua sociedade colonial. A conquista, o povoamento e a defesa da cidade foram argumentos usados com freqüência pelos vassalos fluminenses como moeda de troca em suas negociações com a coroa em Portugal (BICALHO, 2001:386). Como resultado percebe-se a formação de redes políticas entre segmentos das elites regionais e inter-regionais, constituição de uma nobreza da terra, interferência das parentelas dos conquistadores no governo da cidade e na montagem da economia da capitania (FRAGOSO, 2007:50). Essa nobreza da terra e seus descendentes exerceram poder de mando principalmente ocupando cargos nas câmaras municipais, e foi a ocupação desses postos periféricos que deu a essa nobreza o poder de intervir na economia, na justiça e na administração da capitania fluminense a partir do século XVI. Como visto anteriormente, surge no século XVIII uma nova realidade, a dinâmica econômica começa a sair parcialmente do controle das parentelas da nobreza da terra e novos personagens entram em cena: os homens de negócio. Ao longo da primeira metade do setecentos, esse grupo de negociantes vai gradualmente diferenciando-se da elite agrária, se fortalece economicamente e passa a controlar o mercado de bens urbanos, de crédito e principalmente o comércio de escravos (SAMPAIO, 2005:292). Cada vez mais os negociantes

4 vão se reconhecer como uma comunidade e agir coletivamente em defesa de seus interesses, reclamando lugar nas posições na governança da cidade. 3 Interesses divergentes converteram-se logo em disputas entre a nobreza da terra e os negociantes. Nesse quadro a câmara será um dos principais palcos dessas querelas. Cabe ressaltar, como afirma Fernanda Bicalho, que nas colônias foram as Câmaras, pelo menos durante todo século XVII, os órgãos fundamentais no gerenciamento de boa parcela, se não do comércio, ao menos das defesas e das rendas, tributos e donativos impostos pela metrópole. (BICALHO, 2001:304) Esse clima de disputa no interior da câmara também se evidencia nas transações comerciais de escravos novos no Rio de Janeiro. A ascensão dos negociantes estabeleceu novas relações entre compradores e comerciantes, provocando atritos em função de conflitos de interesses entre diversos tipos consumidores de escravos novos oferecidos no mercado do Rio de Janeiro. Um exemplo desses conflitos evidencia-se na decisão dos vereadores da câmara municipal do Rio de Janeiro de fixar edital em janeiro de 1758 no sentido de deslocar o comércio negreiro da área central da cidade, na região do Largo do Paço (atual Praça Quinze), para sua periferia, a região entre o forte de Santiago (atual área do Museu Histórico Nacional) e o morro de São Bento. A área do largo do Paço e Rua Direita (atual Primeiro de Março), era a principal artéria da cidade, abrigava a Mesa do Bem Comum, a Casa de Contos, além de moradias dos principais homens de negócio de grosso trato e de comerciantes de escravos novos (CAVALCANTI,2005:41). A razão alegada pelos vereadores tratava de uma questão de saúde pública, pois acreditavam que os negros novos vindos da Costa de Guiné provocariam epidemias que atingiriam o Rio de Janeiro. Segundo Nireu Cavalcanti, os motivos de tais reclamações eram outros. A localização da praça de comércio de escravos novos era desfavorável para a elite agrária, composta em sua maioria de moradores do recôncavo da cidade, que, devido à distância de suas propriedades do porto, até serem avisados da chegada de um navio com novo carregamento de escravos, quase sempre encontravam os negros de melhor qualidade já vendidos, tendo que comprá-los nas mãos de atravessadores a preços mais altos. Em contrapartida os homens de negócio, capitães de Navio, marinheiros e mais comerciantes de escravos que navegam do Reino de Angola para esta Cidade entram com 3 A Utilização da noção de comunidade pretende somente indicar o pertencimento dos comerciantes a um grupo mais amplo: Nesse sentido, é sintomática a autodenominação dos mesmos e, homem de negócio desta praça ou homem de negócio da Praça do Rio de Janeiro, tendo o termo praça o claro caráter de comunidade mercantil (SAMPAIO,2007:228)

5 recurso em 11 de fevereiro de 1758 contestando as argumentações dos sanitaristas, alegando que tal comércio era antiqüíssimo e que não provocava danos à cidade. Levantaram depoimentos de médicos como José Caetano Lopes, Inácio Francisco Mascarenhas, Bernardo da Costa Ramos Carvalho entre outros doutores e cirurgiões-mores, utilizando também de argumentos como a falta de formação dos camaristas conseguindo convencer os desembargadores do Tribunal da Relação a embargarem a proibição 4. Mostrando que os comerciantes tinham algum poder político na cidade nesse período. Recentemente, a produção historiográfica referente ao estudo das elites no Antigo Regime nos trópicos vem se multiplicando. A revisão de antigos conceitos da história colonial, principalmente no que tange à relação metrópole-colônia, tem produzido debates que vêm ampliando a visão sobre o papel da sociedade colonial e suas elites senhoriais na construção da história do Brasil (FRAGOSO,2000:67). Além de Portugal, a América Portuguesa possuía relações com outras regiões do Império, como a África e a Ásia portuguesas. Não há como negarmos o papel exercido pelo comércio ultramarino na reprodução dessas sociedades (FRAGOSO,2002:42). Nesse sentido, a pesquisa se propõe a compreender a sociedade colonial da América portuguesa como uma sociedade marcada por regras econômicas, políticas e simbólicas de Antigo Regime. Em outras palavras, sua hierarquia social seria formada não somente por sua configuração econômica, mas também por seus aspectos culturais e políticos, onde os grupos sociais se percebiam e eram percebidos em suas qualidades (FRAGOSO, 2002:44). Nesse sentido, o estudo das elites se mostra extremamente importante, pois nos permite conhecer melhor essas diversas conexões e a dinâmica dessa sociedade. Sendo assim nos pautamos em pesquisa como a de Jorge Miguel Viana Pedreira que analisando as trajetórias pessoais dos homens de negócio da Praça de Lisboa, procura traçar o perfil de carreira de tais negociantes demonstrando o caráter fluido e estratificado desse segmento da sociedade. Tais comerciantes constituíam um grupo flutuante composto por recémchegados de outras áreas de Portugal e do mundo, que não conseguiam permanecer no mercado durante um longo tempo, sendo freqüentemente substituídos; em média, somente 40% dos negociantes se mantinham em exercício durante 10 anos e apenas uma quarta parte durante 15 anos (PEREIRA,1995:33). Apesar da entrada no comércio grosso ser considerada flexível, alguns comerciantes tinham mais oportunidades de manter sua atividade que outros, cerca de 4 Documento presente no AGCRJ - Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro códice Conjunto documental: Auto de homens de negócio e mais comerciantes de Escravos

6 15% dos homens de negócio conservavam seu lugar na praça durante um quarto de século e quase 10% por mais de 30 anos, um núcleo fixo que se mantinha devido a relações pessoais, familiares ou profissionais. Certas transações, como as operações de financiamento do Estado, não estavam ao alcance de todos, e sim destinadas a um grupo mais seleto. A obtenção de grandes contratos de cobrança de direitos e monopólios públicos, como a cobrança de dízimos, por exemplo, proporciona grandes rendimentos que eram essenciais para a repartição da hierarquia interna e forjavam a verdadeira elite mercantil (PEDREIRA,1995:151). Tais contratos eram obtidos através das redes de relações que os grandes capitalistas estabeleciam entre si; e essa reprodução baseava-se principalmente em laços de parentesco. Os privilégios que conquistavam e o domínio que adquiriam sobre as finanças régias, bem como a sua manutenção em tais domínios, conferiam a um grupo restrito famílias de mercadores, o caráter de uma oligarquia financeira (PEDREIRA,1995:175). Admitindo-se os múltiplos significados que o grupo mercantil possuía nessa sociedade, Antônio Carlos Jucá de Sampaio busca discutir o estatuto social das elites mercantis no Antigo Regime português. Apesar de a sociedade do Antigo Regime ser considera estamental e estável em sua conformação, sua pretensa organização social era abalada constantemente pelas transformações sociais e econômicas (SAMPAIO,2006:73-96). Segundo Sampaio, ao ressaltar a historicidade do estatuto social dos negociantes, Pedreira obriga o pesquisador a pensar a multiplicidade no interior do grupo de comerciantes (SAMPAIO,2006:84-85). Para o autor, esse tipo de análise é muito escasso para o Brasil. Sampaio acredita que um erro das discussões sobre a classificação social dos comerciantes tem sido a perspectiva monolítica sobre esse tema. A maioria dos estudiosos sobre o assunto não faz distinções claras entre as diversas épocas e locais, assim como não considera a diversidade existente no interior do grupo mercantil, que de maneira alguma era homogêneo. Voltando-se para a formação da comunidade mercantil carioca na primeira metade dos setecentos, Sampaio também evidencia a importância da análise das famílias e suas interrelações para um conhecimento mais aprofundado dos homens de negócio. Através da análise de trajetórias de vários negociantes, demonstra-se a importância das estratégias matrimoniais, alianças políticas e do poder econômico. A análise do padrão das trajetórias matrimoniais de tais indivíduos apontou para uma tendência clara construída ao longo do século XVIII: uma independência em relação à nobreza da terra. A tendência desses negociantes era o casamento endógeno ou com mulheres de segmentos mais baixos da sociedade. Investigando os ofícios dos

7 sogros dos homens de negócio do Rio de Janeiro e a freqüência de casamentos evidencia-se a endogamia no interior desse grupo. (SAMPAIO,2007:244). Esse padrão matrimonial contribuiu para separar ainda mais os dois grupos, servindo para consolidar o poder político dos negociantes frente à nobreza da terra e reivindicando sua qualidade para concorrer a cargos de governança na capitania. No centro desta disputa estariam os cargos camarários. Dedicando-se ao estudo da história urbana da Cidade do Rio de Janeiro setecentista e de suas múltiplas relações, econômicas e políticas, Maria Fernanda Bicalho apresenta a câmara municipal fluminense como um lócus de negociações, conflitos e disputas. A autora debruça-se mais especificamente sobre as rusgas existentes entre camaristas e os oficiais reinóis, evidenciando uma crescente busca de maior controle do poder local por parte da monarquia lusa. Os oficiais camarários acusavam os oficiais régios de promoverem eleições de pessoas de infecta nação e outras de baixa limpeza no Senado. Tal queixa referia-se à candidatura de homens de negócio moradores no Rio de Janeiro e naturais do reino nas eleições no Senado da Câmara. Em 23 de janeiro de 1709, uma carta régia era dirigida aos então vereadores requerendo que os negociantes fossem aceitos nas eleições do senado e nos cargos da República. (BICALHO, 2003:374) Os trabalhos supracitados mostram o caminho a ser seguido para analisarmos a natureza das relações estabelecidas entre os oficiais da câmara e a comunidade de comerciantes. Contudo, o que pretendemos com a presente pesquisa é decompor e examinar as inter-relações e alianças construídas entre esses indivíduos e entre os mesmos com outras esferas sociais principalmente no segundo quartel do século XVIII. Tendo como objetivo geral estudar as alianças construídas pelos homens de negócio como forma de criarem um espaço próprio no interior da hierarquia social colonial. Como supracitado, a principal fonte da presente pesquisa será o Autos de homens de negócio e mais comerciantes de escravos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro de O presente documento se apresenta singular para entendermos a dinâmica da sociedade colonial fluminense em um momento em que os homens de negócio e comerciantes da praça cada vez mais possuem um papel mais atuante nessa sociedade. O documento também se demonstra interessante para analisarmos os conflitos e as alianças no interior da câmara entre homens de negócio e não somente com os oficiais camarários como também com indivíduos de outras esferas sociais assim como no interior do grupo dos homens de negócio. Para tal, a análise

8 das estratégias de compadrio traçadas entre esses indivíduos, assim como a relações matrimoniais entre tais famílias se tornam fundamentais. Tendo em vista nosso objetivo de apreender as inter-relações entre esses indivíduos, assim como os laços de reciprocidade existentes entre eles o nome nos servirá de fio condutor na presente pesquisa. Essa abordagem nos permite destacar ao longo de uma trajetória específica o destino de uma comunidade, de um indivíduo ou de uma obra a complexa rede de relações e a multiplicidade dos espaços dos tempos nos quais se inscreve (REVEL,2000:17). Dessa forma, tal procedimento metodológico nos possibilitará acompanhar a trajetória de vida de um indivíduo ou grupo de indivíduos, e nos auxiliará na reconstrução das redes de relações estabelecidas entre as autoridades camarárias e os membros da elite do grupo de comerciantes. Dessa forma, para analisar a atividade mercantil no Rio de Janeiro em seu período colonial, procuraremos estudar um conjunto de fontes primárias que possibilitam reconstruir a trajetória do maior número possível de agentes mercantis (homens de negócio, comerciantes, mercadores etc.) assim como dos oficiais camarários, e outros indivíduos envolvidos no processo acima exposto. Contando com o nome como fio condutor, procuraremos sistematizar campos relativos a parentesco, compadrio e ocupação de cargos para apreender as trajetórias individuais e compreender as possíveis relações de reciprocidade e alianças existentes entre os sujeitos analisados. E assim a partir delas talvez nos possibilite levantar a hipótese central que sugerimos em que os laços de reciprocidade e alianças que eram estabelecidos ou reafirmados entre os homens de negócio e outros setores e a formação e laços de clientela eram cruciais para afirmação de sua presença e de poder político na sociedade. E que tais laços de clientela possibilitaram um crescimento da presença dos homens de negócio na Câmara municipal do Rio de Janeiro no período analisado, criando assim um espaço próprio de poder político no interior da hierarquia social colonial. Referências Fontes AGCRJ - Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro códice Conjunto documental: Auto de homens de negócio e mais comerciantes de Escravos

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10 Regime nos trópicos. América lusa, Séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007 pp MAXWELL, K. Marquês de Pombal: paradoxo do iluminismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, PEDREIRA, J. M.V. O homens de negócio da praça de Lisboa de Pombal ao vintismo ( ): diferenciação, reprodução e identificação de grupo social. Universidade nova de Lisboa: Lisboa, 1995 REVEL, Jacques. A história ao rés-do-chão, in: LEVI, Giovanni. prefácio. LEVI, Giovanni. A Herança Imaterial. Trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, SAMPAIO, Antônio C. J. de A produção da liberdade: padrões gerais das manumissões no Rio de Janeiro colonial. In: FLORENTINO. M. (org.). Tráfico, cativeiro e liberdade: Rio de Janeiro XVII a XIX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 SAMPAIO, Antônio Carlos Jucá. Comércio, riqueza e nobreza: elites mercantis e hierarquização social no Antigo Regime português. In: FRAGOSO, João, ALMEIDA, Carla; SAMPAIO, Antônio C. J. (org.). Nas rotas do Império. Rio de Janeiro: Edufes, 2006 SAMPAIO, Antônio C. J. de Famílias e negócios: a formação da comunidade mercantil carioca na primeira metade dos setecentos. In: FRAGOSO, João, ALMEIDA, Carla; SAMPAIO, Antônio C. J. (org.). Conquistadores e negociantes: Histórias de elites no Antigo Regime nos trópicos. América lusa, Séculos XVI a XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, SAMPAIO, Antonio Carlos Jucá de. Na encruzilhada do Império: hierarquias sociais e conjunturas econômicas no Rio de Janeiro (c c. 1750). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003.

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