CONTRIBUTO DA UGT ESTRATÉGIA DE LISBOA E POLÍTICA DE EMPREGO (05/09/2005)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONTRIBUTO DA UGT ESTRATÉGIA DE LISBOA E POLÍTICA DE EMPREGO (05/09/2005)"

Transcrição

1 CONTRIBUTO DA UGT ESTRATÉGIA DE LISBOA E POLÍTICA DE EMPREGO (05/09/2005) I. NOTA PRÉVIA No âmbito dos compromissos assumidos em sede de concertação social, o Governo apresentou aos Parceiros Sociais o documento Linhas de Orientação para a revisão das políticas de emprego, no quadro do PNE Para a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social de 26 de Julho de 2005, para além daquele documento, o Governo enviou ainda um outro sobre o Plano Nacional de Emprego Linhas de Intervenção. Este documento é já uma versão revista pelo Governo de um anterior documento discutido com os parceiros sociais no âmbito do Grupo Técnico do PNE. A discussão do Plano Nacional de Emprego 2005 decorre actualmente num contexto diferente do de anos anteriores, tendo o Conselho Europeu de Bruxelas (23-24 de Março 2005) aprovado um conjunto de medidas relativas ao relançamento da Estratégia de Lisboa com implicações na Estratégia Europeia de Emprego. Foram aprovadas as Linhas Directrizes Integradas para o Crescimento e Emprego - constituídas por dois elementos as GOPE - Grandes Orientações das Políticas Económicas e as LDE Linhas Directrizes para o Emprego, no sentido de ser assegurada uma maior articulação entre aquelas duas dimensões e, assim, responder mais eficazmente à metodologia de Lisboa. As grandes orientações económicas devem, portanto, assegurar uma coerência económica geral das três dimensões da Estratégia de Lisboa. O Conselho Europeu estabeleceu ainda que, tendo como base aquelas Linhas Directrizes Integradas, caberia a cada Estado-membro definir, num processo participado, um Programa de Reforma Nacional que melhor identifique e responda às necessidades, problemas e situações específicas de cada País naqueles dois domínios - políticas económicas e política de emprego. Esse Programa deve ser enviado a Bruxelas até ao dia 15 de Outubro.

2 É neste contexto que apresentamos este documento, que constitui um primeiro contributo da UGT para a preparação do Programa de Reforma Nacional, no âmbito da Estratégia de Lisboa. O nosso documento integra, ainda, uma apreciação aos dois documentos apresentados em sede de CPCS. II. PROGRAMA DE REFORMA DE LISBOA A UGT congratula-se com o facto de, no relançamento e redinamização da Estratégia de Lisboa, ter sido realçada a necessidade de manter um equilíbrio entre os pilares económico, social e ambiental, explorando as sinergias entre eles. Ou seja, defendendo-se o reforço da articulação entre as diferentes políticas para atingir objectivos comuns o emprego, a competitividade e um desenvolvimento equilibrado. De facto, a falta de articulação entre estas políticas tem sido desde há muito uma preocupação recorrentemente sublinhada pela UGT, especialmente nas discussões sobre a política de emprego. Lamenta-se, no entanto, que no documento comunitário sobre as Linhas Directrizes Integradas nem sempre esteja devidamente assegurada a adequada articulação entre os diferentes domínios. Entendemos que a eficácia deste novo procedimento dependerá de uma efectiva articulação e coerência entre as directrizes de política económica, na sua dimensão macro e micro e as de emprego. Mas este novo procedimento exige também que se estabeleça uma nova metodologia de envolvimento e participação dos parceiros sociais, em que estes sejam efectivamente ouvidos e consultados sobre o conjunto de matérias que compõe agora estas Directrizes Integradas e não apenas sobre a política e as directrizes do Emprego. Espera-se, por conseguinte, que o Governo inicie urgentemente uma discussão sobre a estratégia de desenvolvimento para Portugal à luz dos objectivos de Lisboa, dando a conhecer especialmente a sua posição no que se refere às respostas nacionais em termos de Grandes Orientações de Política Económica comunitárias. 1. REORIENTAR A POLÍTICA MACROECONÓMICA Para a UGT, é urgente uma reorientação da política nacional de forma a assegurar condições propícias a um maior crescimento económico e à criação de mais empregos. Portugal vive actualmente uma situação algo particular no contexto comunitário, sendo dos poucos Estados- 2

3 membros que se mantêm em desaceleração económica, com riscos de uma nova recessão a curto prazo, o que teria novamente impactos muito negativos em termos sociais. O nosso País tem de ter, nos próximos anos, um crescimento superior à média comunitária de modo a podermos convergir com os países mais desenvolvidos e a combater o insustentável nível de desemprego. Defendemos, por conseguinte, que as políticas macro e micro económicas se articulem entre si, e também com a política de emprego, no sentido de assegurar maior crescimento económico e mais e melhores empregos. Portugal não pode continuar a implementar políticas económicas cuja prioridade se centre na estabilidade orçamental. Partilhando da preocupação em controlar o défice e sanear as finanças públicas, não pode a UGT aceitar que tal objectivo seja assumido como prioridade e prosseguido independentemente dos seus custos económicos e sociais. O combate ao défice não pode continuar a ser feito à custa da redução indiscriminada das despesas públicas com custos elevados para os cidadãos e com perdas de direitos para os trabalhadores. O combate ao défice exige igualmente que se actue do lado das receitas, prosseguindo políticas que favoreçam um maior crescimento económico, uma maior riqueza e que assegurem um efectivo combate à economia clandestina e à fuga e evasão fiscais. Para responder aos desafios da competitividade, do crescimento e do emprego, para além da estabilidade orçamental, importa avançar e aprofundar as necessárias reformas estruturais (maior eficiência da Administração Pública, combate à fraude e fuga fiscal, entre outras) bem como dar um novo lugar às políticas económicas assentes na procura interna. Estas têm sido fortemente negligenciadas nos últimos anos, tendo-se assistido a quebras significativas dos rendimentos dos portugueses, com prejuízo grave em termos de poder de compra e de consumo privado. A melhoria da confiança das empresas e das famílias que hoje atinge os mais baixos níveis dos últimos anos - é uma condição essencial para a retoma económica e é uma matéria sobre a qual o Governo tem especiais responsabilidades. A estratégia de desenvolvimento nacional a desenhar tem necessariamente de integrar ainda outras questões problemas com relevância para o País: Assegurar um desenvolvimento regional mais equilibrado, já que continuam a persistir fortes assimetrias que, nos últimos anos e em certos casos, se agravaram; 3

4 Combater o desemprego, a exclusão e a pobreza em geral. Portugal é dos países da UE15 com maior disparidade na distribuição dos rendimentos e com maior percentagem de população em situação de pobreza/ risco de pobreza; Assegurar uma adequada gestão das reestruturações empresariais. Por último, e no que se refere à política económica, a UGT considera desejável que sejam estabelecidas algumas metas e objectivos quantificados, de curto e médio prazo, para permitir uma monitorização mais eficaz da estratégia, nomeadamente como taxa de crescimento do PIB, peso do investimento público e total em I&D. 2. PRIORIDADES EM MATÉRIA DE POLÍTICA DE EMPREGO Nos últimos anos, o desemprego em Portugal tem vindo a subir fortemente, atingindo actualmente níveis insustentáveis, quer do ponto de vista económico, quer social. A persistência de problemas como o alto nível do desemprego, um peso muito elevado do desemprego de longa duração, um elevado número de desempregados licenciados, a manutenção de baixas qualificações, a insistência nos baixos salários, a intensificação das situações de pobreza e exclusão, o impacto das reestruturações empresariais, entre muitos outros revela a incapacidade que a política económica e social e, em especial, a política de emprego têm manifestado na resolução daqueles problemas, exigindo uma reorientação urgente das políticas nacionais. Para a UGT, o combate ao desemprego e a formação contínua dos trabalhadores, dimensões em que as nossas fragilidades são bem visíveis à escala comunitária, são prioridades centrais da política económica e da política de emprego para os próximos anos que, por conseguinte, devem ser claramente assumidas pelo Governo. Seria desejável que a preparação da política de emprego para 2005/2006 fosse feita num quadro de uma discussão mais alargada sobre as prioridades, objectivos e instrumentos da política económica em geral, incorporando as dimensões propostas pela Comissão Europeia macroeconómica, a microeconómica e a política de emprego. Contudo, o documento preparado pelo Governo reporta-se apenas à vertente Emprego, não tendo existido até ao momento uma discussão com os Parceiros Sociais sobre as prioridades e linhas de intervenção em matéria de política macro e microeconómica. Para a UGT, as prioridades em termos de política de emprego são: 1) Promover a criação de empregos e combater o desemprego o que, para além da reorientação das políticas económicas visando um maior crescimento económico, passa 4

5 nomeadamente por Investimentos em I&D, apoios à criação de empregos, políticas activas mais eficientes, entre outros. 2) Melhorar a qualificação dos trabalhadores e desempregados, considerando-se essencial: - Assegurar a concretização do direito à formação, criando condições para que todos os trabalhadores possam exercer o direito ao número mínimo de horas de formação por ano, que recorde-se é de 35 horas a partir de 2006; - Assegurar a operacionalização da cláusula de formação para os trabalhadores menores; - Assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo sobre a Política de Emprego, Mercado de Trabalho, Educação e Formação. 3) Reforçar as políticas activas de emprego e modernizar os Serviços Públicos de Emprego, assegurando uma melhoria da empregabilidade e a inserção dos desempregados no mercado de emprego (ver comentários mais detalhados no ponto III.2) 4) Promover a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres e o combate a todas as formas de discriminação no mercado de emprego 5) Melhorar a qualidade do emprego, nomeadamente por via: - Combate à precariedade do emprego e eliminação do trabalho não declarado; - Melhoria das condições de trabalho, assegurando o cumprimento dos compromissos assumidos no Acordo sobre as Condições de Trabalho, Higiene e Segurança no Trabalho e Combate à Sinistralidade (2001), como o reforço da acção inspectiva e a concretização do PNAP- Programa Nacional de Acção para a Prevenção, entre outras. 6) Assegurar a gestão preventiva das reestruturações. A UGT tem vindo, desde há muito, defender um quadro de gestão preventiva de crises e reestruturações empresariais sendo totalmente inaceitável a passividade existente perante encerramentos sistemáticos de empresas, deslocalizações e processos de reestruturação. Neste sentido, importa desenvolver de forma sustentada indicadores de alerta, promover um quadro de maior e melhor participação dos trabalhadores e seus representantes, permitindo a adopção atempada de medidas de formação, de requalificação e de reinserção dos trabalhadores, 5

6 uma maior responsabilização das empresas nestes processos, nomeadamente no que se refere à melhoria da empregabilidade dos seus trabalhadores. 7) Desenvolver um Plano de Emprego para os desempregados licenciados, integrando, nomeadamente, medidas específicas de apoio à inserção destes jovens no mercado de emprego, de acções de requalificação profissional ajustando os seus perfis às necessidades do tecido económico e que abranja o maior número possível de jovens. Quer a política económica em geral quer a política de emprego dependem também dos recursos existentes, especialmente dos recursos financeiros. Assim, será igualmente importante discutir conjuntamente política de emprego e respectivo financiamento. Para a UGT, a inclusão de um Capítulo sobre o Emprego no Programa de Reforma Nacional que, de acordo com a Comissão, deverá ser um documento sucinto e de carácter político, não pode significar o total desaparecimento do Plano Nacional de Emprego tal como o conhecemos nos últimos anos, ou seja, como um instrumento nuclear da política de emprego onde se identifiquem prioridades, se definam objectivos concretos e calendarizados e onde se enunciem medidas e instrumentos, permitindo assim um acompanhamento sistemática da implementação do Plano. III. Documentos em apreciação III.1. PLANO NACIONAL DE EMPREGO 2005 LINHAS DE INTERVENÇÃO (13 de Julho 2005) Note-se que, de acordo com o solicitado pela Comissão Europeia, um dos elementos que deve integrar o Programa de Reforma Nacional consiste numa breve apresentação da situação e dos principais desafios específicos nacionais, nomeadamente na área do emprego. Este ponto de situação que, em nosso entender, deveria incorporar alguma informação sobre a avaliação da implementação do PNE em constituiria igualmente uma base de trabalho importante para a melhor definição das prioridades e linhas de intervenção para Registase, desde já, a ausência deste balanço no documento em apreciação e espera-se que o mesmo venha a ser discutido com os parceiros sociais. Por último, e aguardando, como já referimos, a divulgação urgente da posição do Governo sobre as opções económicas, apresentam-se (ou re-apresentam-se) algumas preocupações e sugestões relativas às directrizes de emprego. Reservamo-nos o direito de, num momento posterior, aprofundarmos o nosso contributo. 6

7 No documento em apreciação, o Governo elenca 6 prioridades para o PNE 2005: Promover a criação de emprego, prevenir e combater o desemprego e contribuir para a dinamização do espírito empresarial. Relançar as políticas activas de emprego. Reforçar a educação e qualificação da população portuguesa. Promover a flexibilidade com segurança no emprego. Antecipar e gerir positivamente as reestruturações. Modernizar o sistema de protecção social. Considera-se que as seis prioridades nacionais propostas para 2005 nem sempre encontram expressão nas directrizes apresentadas, cuja estrutura assenta mais nas prioridades gerais da Estratégia Europeia para o Emprego definidas pela Comissão do que nas próprias prioridades nacionais, criando portanto aqui alguma distorção. Este é pconsequentemente um aspecto que merece uma reflexão especial. Por outro lado, e tendo em conta que nesta fase dos trabalhos não são ainda apresentadas as medidas e instrumentos concretos para responder aos objectivos, muitas das directrizes e linhas de intervenção estratégica são enunciadas de forma genérica, dificultando um contributo específico da nossa parte. I - Atrair e reter mais pessoas no emprego e modernizar os sistemas de protecção social Directriz nº 17 Executar políticas de emprego para atingir o pleno emprego, melhorar a qualidade e a produtividade do trabalho e reforçar a coesão social e territorial. Sendo a qualificação dos activos um elemento nuclear para promover a qualidade dos empregos, esta não se reduz àquela dimensão. A qualidade do emprego depende também de uma intervenção mais activa do lado das políticas activas de emprego, do cumprimento das normas em matéria de S.H.S.T bem como de uma intervenção mais sustentada da IGT. Directriz nº 18 - Promover uma abordagem do trabalho baseada no ciclo de vida Chamamos novamente a atenção para o contributo da UGT sobre o Envelhecimento Activo. Considera-se fundamental que se assegure que as eventuais modernizações dos sistemas de 7

8 protecção social e saúde tenham por objectivo adequar-se aos novos desafios sem contudo comprometerem os actuais níveis de protecção social. Directriz nº 20 - Melhorar a resposta às necessidades do mercado de trabalho Considera-se de extrema relevância a linha de intervenção que prevê o reforço da capacidade de antecipação preventiva das necessidades em matéria de competências, incluindo aqui a gestão dos processos de migração. Nesta directriz, seria igualmente importante existir uma referência à gestão preventiva das situações de reestruturações ou de crise, nomeadamente quanto a responsabilidades específicas dos serviços públicos de emprego neste domínio. II Melhorar a adaptabilidade dos trabalhadores e das empresas e a flexibilidade dos mercados de trabalho Directriz nº 21 Promover a flexibilidade em conjugação com a segurança do emprego e reduzir a segmentação do mercado de trabalho Deverá ser dado um especial enfoque ao investimento em I&D por parte das empresas e a uma maior articulação entre estas e os centros de investigação, nomeadamente nas Universidades. Directriz nº 22 Garantir uma evolução salarial e de outros custos do trabalho favorável ao emprego Nas Linhas Directrizes Integradas, a Comissão Europeia atribuiu importância à questão da formação salarial ligando-a aos ganhos de produtividade. Tal como já referimos previamente, é necessário ter presente o papel da melhoria do poder de compra na retoma económica da UE e dos seus Estados-membros, facto que tem sido bastante negligenciado nos últimos anos. Entendemos que Portugal não pode continuar a ver nos baixos salários o principal factor de competitividade, pelo que se deverá ter uma atenção especial em relação a esta matéria. Para a UGT, os aumentos reais dos salários devem estar ligados ao crescimento da produtividade, assegurando, assim, a melhoria do poder de compra dos trabalhadores sem comprometer a competitividade das empresas e do País e assegurando a convergência com a União Europeia. Temos reservas quanto a esta directriz que o Governo reduz a favorecer a generalização de políticas remuneratórias visando conciliar a competitividade com a redução do desemprego e da pobreza e com a melhoria sustentada da qualidade do emprego, nomeadamente através da negociação colectiva e da actualização do salário mínimo nacional. 8

9 Discutir a evolução de custos do trabalho em articulação com a promoção de emprego implica igualmente abordar questões como a política fiscal, os apoios ao emprego em especial dos trabalhadores com baixas qualificações, entre outros, sendo o documento omisso nestas questões. III Aumentar o investimento em capital humano melhorando a educação e as competências Directriz nº 23 Alargar e aumentar o investimento em capital humano A formação dos trabalhadores ao longo da vida constitui, para nós, uma prioridade nestes próximos anos. Entendemos que o Governo tem claras responsabilidades na concretização do direito a um número mínimo de horas de formação para todos os trabalhadores, cabendo aos serviços públicos desenvolver mecanismos que assegurem que esse direito possa ser operacionalizado, especialmente se solicitado por iniciativa do trabalhador. Não nos parece portanto suficiente o incentivar a procura da aprendizagem por parte das pessoas e organizações estimulando novos modelos de financiamento assentes numa partilha de direitos e deveres.... Directriz nº 24 Adaptar os sistemas de educação e formação de forma a poderem responder às novas exigências em matéria de competências Também nos casos de reestruturações, é essencial a promoção de uma constante actualização de competências dos trabalhadores por parte das empresas, a par do desenvolvimento de planos sociais que façam o levantamento de alternativas aos despedimentos e/ ou à minimização dos custos sociais para os trabalhadores que são despedidos. Nomeadamente através da reclassificação profissional, da formação para reconversão, ou do apoio à criação de empregos para os desempregados, em que o Estado desempenha um papel fundamental. 9

10 III.2. LINHAS DE ORIENTAÇÃO PARA A REVISÃO DAS POLÍTICAS DE EMPREGO NO ÃMBITO DO PNE Tendo em consideração o papel nuclear que podem desempenhar as políticas activas de emprego e de formação no combate ao desemprego, na promoção da criação de mais e melhores empregos, especialmente num contexto de crescente desemprego e de fenómenos estruturais complexos como o desemprego de longa duração, o desemprego de trabalhadores menos jovens, desemprego qualificado e o desemprego juvenil em geral, a UGT acolhe positivamente uma discussão sobre esta temática. O agravamento do desemprego e a intensificação de alguns problemas específicos têm vindo a realçar a ineficácia destas políticas perante os seus objectivos principais - combater o desemprego, melhorar a empregabilidade dos trabalhadores e desempregados e promover a inserção dos desempregados, em especial dos grupos mais fragilizados no mercado de emprego. Nesse sentido, desde há muito que vimos defendendo uma reorientação das políticas activas de emprego e de formação. Partilhamos da análise efectuada pelo Governo quanto ao actual quadro, ou seja, de que existe um conjunto demasiado alargado, diversificado e disperso de medidas, dificilmente apreendido pelos destinatários finais, sejam eles empresas ou trabalhadores e desempregados e que tem criado obstáculos a uma eficiente divulgação, gestão e acompanhamento por parte dos serviços públicos. E que, como já referimos, não conseguem responder eficazmente ao novo contexto e realidades do mercado de emprego. Consideramos ainda que têm sido insuficientes as avaliações feitas aos diferentes instrumentos e medidas e ainda mais insuficientes as modificações introduzidas na sequência dos exercícios de avaliação já efectuados. O documento apresentado pelo Governo é um documento genérico que integra um conjunto de objectivos e de orientações para o processo de revisão das políticas de emprego bem como a futura arquitectura dessas políticas. Assim, os comentários que seguidamente se apresentam são um primeiro contributo da UGT também ele genérico que serão posteriormente aprofundados no decorrer quer dos trabalhos de preparação do PNE 2005 para os quais o Governo remete a tarefa de definir metodologias, instrumentos concretos e objectivos e metas a atingir para cada Programa, na discussão da proposta de alteração legislativa (ao Decreto-Lei nº 132/99 de 21 de Abril) que o Governo apresentará aos parceiros sociais até Outubro de 2005 como também na sequência dos 10

11 trabalhos técnicos que visam a apresentação de propostas de alteração, extinção ou criação de medidas de emprego. No âmbito da revisão do quadro das políticas activas de emprego, a UGT considera importante: - uma simplificação das medidas activas, melhorando o acesso por parte dos cidadãos, empresas, trabalhadores e desempregados e tornando mais claro o enquadramento existente favorecendo não apenas a gestão dos programas como a sua fiscalização; - uma resposta diferenciada, mais eficaz e rápida junto de populações específicas como os desempregados de longa duração, os jovens desempregados licenciados e os jovens em geral, imigrantes, entre outros; - a criação de condições para a operacionalização do direito à formação profissional direito a um número mínimo de horas certificadas, por iniciativa da empresa ou do trabalhador, e a formação qualificante para trabalhadores com menos de 18 anos; - mas, simultaneamente, uma melhor intervenção dos Serviços Públicos na gestão da procura e oferta de emprego, nomeadamente por via de uma maior aproximação dos Centros de Emprego junto do tecido empresarial da região em que operam; Objectivos e princípios orientadores Em termos gerais, os objectivos e princípios orientadores apresentados não merecem discordância da nossa parte. Existem, no entanto, algumas matérias que entendemos deverem ser revistas e melhor explicitadas. 1. Em traços gerais, os princípios orientadores da revisão das políticas activas de emprego devem igualmente ter em consideração aqueles que são os objectivos prioritários da política de emprego. Para a UGT, uma das matérias prioritárias para Portugal é a melhoria das qualificações e competências profissionais, portanto, o reforço da formação contínua. O direito legal a um número de horas de formação profissional certificada constitui por conseguinte um domínio que deve ser claramente reflectido nesta revisão das políticas activas de emprego. 2. O Governo apresenta como um dos objectivos/ princípios orientadores do processo de revisão o de adequar a cobertura das políticas aos problemas estruturais e conjunturais do mercado de emprego, reforçando o seu contributo para a aceleração da qualificação e da empregabilidade, ignorando um outro objectivo que entendemos como fundamental o de 11

12 apoiar e promover a efectiva inserção dos desempregados no mercado de emprego. Com efeito, tendo em conta as dificuldades de inserção no mercado de emprego em geral, mas em especial de certos grupos como os mencionados no documento, é essencial assegurar simultaneamente a melhoria das qualificações, o reforço da empregabilidade e o apoio à inserção. 3. Em nosso entender, existe um outro aspecto que deve ser considerado nuclear. Dever-se-á definir como princípio orientador deste processo de revisão o de assegurar, nos três tipos de Programas, mas sobretudo nos Programas Específicos e nos Programas de base Territorial uma adequada coordenação e articulação com medidas e políticas de outra natureza, nomeadamente as de apoio à actividade económica, à modernização empresarial, ao desenvolvimento regional e à Inovação o que não tem sido devidamente conseguido em anos anteriores. Este é, por conseguinte, um aspecto que deve ser tido em consideração na preparação do Quadro de Referência Estratégica Nacional. 4. Em nosso entender, rever as políticas activas de emprego implica também discutir o funcionamento do IEFP Centros de Emprego, Centros de Formação e Centros Protocolares assegurando que existem de facto condições para avançar com aquela revisão, nomeadamente em termos de recursos disponíveis - humanos, técnicos e financeiros. Neste sentido, importa assegurar condições que permitam um maior enfoque nas actividades directamente ligadas ao ajustamento entre oferta-procura de emprego A arquitectura das políticas de emprego Em 2001, no âmbito do Acordo tripartido, defendíamos uma racionalização das políticas de emprego e formação, de modo a sistematizar em programas as medidas existentes e a reforçar a sua coordenação e orientação operacional. Hoje continuamos a defender essa sistematização e racionalização. O Governo propõe uma nova arquitectura a ser incorporada e consubstanciada no novo PNE assente em três tipos de Programas: Programas Gerais transversais ao País, a todos os grupos de pessoas e a todos os sectores de actividade; Programas Específicos destinando-se a segmentos específicos da população desempregada, com uma metodologia e medidas próprias e/ ou ajustamentos das medidas dos Programas Gerais; Programas de Base Territorial destinando-se a regiões/ áreas específicas. 12

13 Não tendo objecções, à partida, quanto a esta tipificação dos Programas, a UGT considera importante relembrar que para a racionalização das políticas activas de emprego, não é suficiente criar uma nova arquitectura das medidas, mantendo as medidas e instrumentos actualmente existentes, ainda que sob a égide de um Programa mais abrangente. Entende-se como fundamental uma avaliação da eficácia e eficiência das diferentes medidas, a introdução dos ajustamentos considerados necessários, a redução do seu número e a simplificação do sistema. Consequentemente, deve ser assegurado um dos princípios defendidos neste documento o da concentração das medidas num conjunto reduzido de programas dotados de clareza e coerência interna

Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE) Estratégia de Lisboa- Portugal de novo CONTRIBUTOS DA UGT

Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego (PNACE) Estratégia de Lisboa- Portugal de novo CONTRIBUTOS DA UGT Programa Nacional de Acção para o Crescimento e o Emprego 2005-2008 (PNACE) Estratégia de Lisboa- Portugal de novo CONTRIBUTOS DA UGT I. INTRODUÇÃO O Conselho Europeu de Bruxelas de 22-23 de Março de 2005

Leia mais

POSIÇÃO DA UGT SOBRE O QUESTIONÁRIO FUNDOS EUROPEUS ESTRUTURAIS E DE INVESTIMENTO

POSIÇÃO DA UGT SOBRE O QUESTIONÁRIO FUNDOS EUROPEUS ESTRUTURAIS E DE INVESTIMENTO POSIÇÃO DA UGT SOBRE O QUESTIONÁRIO FUNDOS EUROPEUS ESTRUTURAIS E DE INVESTIMENTO 2014-2020 A UGT deve, antes de mais, assinalar que o questionário apresentado se torna de difícil resposta num contexto

Leia mais

POLITICAS ACTIVAS DE EMPREGO PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO DA UGT AO DOCUMENTO APRESENTADO PELO GOVERNO

POLITICAS ACTIVAS DE EMPREGO PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO DA UGT AO DOCUMENTO APRESENTADO PELO GOVERNO POLITICAS ACTIVAS DE EMPREGO PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO DA UGT AO DOCUMENTO APRESENTADO PELO GOVERNO BASES PARA ACORDO SOBRE A REFORMA DAS POLÍTICAS ACTIVAS DE EMPREGO 13 OUTUBRO 2006 I. INTRODUÇÃO No âmbito

Leia mais

EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO

EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO EVOLUÇÃO DO PIB E DO DESEMPREGO 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0 Taxa de crescim ento do PIB Taxa Desem prego 2000.1 2 3 4 2001.1 2 3 4 2002.1 2 3 4 2003.1 2 3 4 2004.1 2 3 4 2005.1 2 Fonte:

Leia mais

RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO

RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO RESOLUÇÃO UGT REIVINDICA DIMENSÃO SOCIAL NO PROGRAMA DE GOVERNO As eleições legislativas, ao darem maioria absoluta ao Partido Socialista, criaram condições de estabilidade e governabilidade. O Governo

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 1. Uma Situação Preocupante O nosso País tem tido um crescimento económico inferior à média da União Europeia desde 2002. Seis anos continuados de crise económica fizeram

Leia mais

ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL ACORDO ENTRE AS CONFEDERAÇÕES COM ASSENTO NA COMISSÃO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL, VISANDO A FORMAÇÃO PROFISSIONAL A formação profissional constitui um instrumento fundamental para combater o défice

Leia mais

OBSERVAÇÕES DA UGT SOBRE A ACTUALIZAÇÃO DA RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA

OBSERVAÇÕES DA UGT SOBRE A ACTUALIZAÇÃO DA RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA OBSERVAÇÕES DA UGT SOBRE A ACTUALIZAÇÃO DA RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA I. ELEMENTOS PARA A ACTUALIZAÇÃO DA RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA Documento distribuído pelo Governo em CPCS Regista-se

Leia mais

PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA

PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DE LISBOA 2007-2013 Outubro de 2008 Plano de do aprovado em 23 De Dezembro de 2008 pela Comissão 1 ÍNDICE 1. AVALIAÇÃO DO PROGRAMAS OPERACIONAIS 2007-2013...3

Leia mais

9878/19 hs/ap/jv 1 LIFE 1.C

9878/19 hs/ap/jv 1 LIFE 1.C Conselho da União Europeia Bruxelas, 6 de junho de 2019 (OR. en) 9878/19 NOTA de: para: Presidência SOC 406 EMPL 303 ECOFIN 537 EDUC 255 Comité de Representantes Permanentes/Conselho Assunto: Aspetos horizontais

Leia mais

NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL

NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL NOTAS DA UGT SOBRE A 2º VERSÃO DO DOCUMENTO DO GOVERNO PROPOSTAS DE REFORMA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL 1. Introdução O documento Propostas de Reforma para a Formação Profissional foi elaborado pelo Governo

Leia mais

PROPOSTA PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE OBTENÇÃO DE UM COMPROMISSO NACIONAL A PRESENTE PROPOSTA REFLETE A VONTADE AFIRMADA POR TODOS DE PROCURAR

PROPOSTA PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE OBTENÇÃO DE UM COMPROMISSO NACIONAL A PRESENTE PROPOSTA REFLETE A VONTADE AFIRMADA POR TODOS DE PROCURAR 1 PROPOSTA PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE OBTENÇÃO DE UM COMPROMISSO NACIONAL A PRESENTE PROPOSTA REFLETE A VONTADE AFIRMADA POR TODOS DE PROCURAR DAR SATISFAÇÃO À INICIATIVA DE S. EXA. O PRESIDENTE DA

Leia mais

Conteúdos sobre segurança e saúde no trabalho Organismos e instituições

Conteúdos sobre segurança e saúde no trabalho Organismos e instituições ISHST - Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Criado em 2004, pelo Decreto-lei n.º 171, de 17 de Julho, o Instituto para a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (ISHST), I. P., é o organismo

Leia mais

COMENTÁRIOS UGT. Relatório sobre a Sustentabilidade da Segurança Social - Síntese

COMENTÁRIOS UGT. Relatório sobre a Sustentabilidade da Segurança Social - Síntese COMENTÁRIOS UGT Relatório sobre a Sustentabilidade da Segurança Social - Síntese No âmbito do acordado em sede de Concertação Social, o Governo comprometeu-se a enviar aos Parceiros Sociais um relatório

Leia mais

Balanço do ano 2005 O DESEMPREGO A AUMENTAR E PIORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO. SERÁ 2006 MELHOR?

Balanço do ano 2005 O DESEMPREGO A AUMENTAR E PIORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO. SERÁ 2006 MELHOR? Balanço do ano 2005 O DESEMPREGO A AUMENTAR E PIORES CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO. SERÁ 2006 MELHOR? Em 2005, os portugueses tiveram, uma vez mais, poucas ou nenhumas razões para celebrar. Foram confrontados

Leia mais

APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE

APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE PARECER DA UGT SOBRE PROJECTO DE PORTARIA QUE CRIA A MEDIDA VIDA ATIVA APRECIAÇÃO NA GENERALIDADE A UGT vem desde há muito reclamando medidas dirigidas aos desempregados, em particular aos jovens, aos

Leia mais

PROGRAMA NACIONAL DE REFORMAS 20 20

PROGRAMA NACIONAL DE REFORMAS 20 20 1 PROGRAMA NACIONAL DE REFORMAS 20 20 Contributo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo Março de 2011 2 A implementação da Estratégia EUROPA 2020 prevê a preparação, pelos Estados

Leia mais

Duarte Rodrigues. Coimbra, 13 de Outubro 2009

Duarte Rodrigues. Coimbra, 13 de Outubro 2009 Duarte Rodrigues Coordenador adjunto do Observatório do QREN Coimbra, 13 de Outubro 2009 A monitorização estratégica: Enquadramento (comunitário e nacional) Para que serve? Como fazemos? Que outputs? Factores

Leia mais

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo

Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhora e Senhores Membros do Governo do Governo As propostas de Plano e Orçamento para 2005 e das Orientações de Médio Prazo para 2005-2008, agora em discussão, assinalam um novo ciclo para os Açores, após a fase do ciclo da Nova Autonomia

Leia mais

Caracterização. Serve de base à preparação dos planos, das intervenções e do complemento de programação, nos quais está integrada.

Caracterização. Serve de base à preparação dos planos, das intervenções e do complemento de programação, nos quais está integrada. 6. AVALIAÇÃO Quadro regulamentar da avaliação do QCAIII De acordo com o Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21 de Junho de 1999, que estabelece disposições gerais sobre os Fundos estruturais,

Leia mais

O papel do QREN na promoção da inclusão social

O papel do QREN na promoção da inclusão social O papel do QREN na promoção da inclusão social Lisboa, 03 de julho de 2013 Susana Monteiro Núcleo de Estudos e Avaliação Estrutura 1. Diagnóstico 2. Planeamento 3. Monitorização 4. Avaliação O ciclo da

Leia mais

A UGT E O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

A UGT E O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO A UGT E O SUBSÍDIO DE DESEMPREGO A UGT em 10/4/06, em sede de CPCS, acordou o texto final relativo à revisão do subsídio de desemprego. O mesmo aconteceu com a CGTP, CAP, CCP e CTP. A CIP manifestou a

Leia mais

A economia social, o emprego e o desenvolvimento local. Auditório do Banco de Portugal Lisboa, 18 de junho de 2013

A economia social, o emprego e o desenvolvimento local. Auditório do Banco de Portugal Lisboa, 18 de junho de 2013 A economia social, o emprego e o desenvolvimento local Auditório do Banco de Portugal Lisboa, 18 de junho de 2013 Agenda 1. Dados globais do FSE no QREN 2. Alguns resultados do FSE nas políticas públicas

Leia mais

Da formação à. Qualificação: os. desafios do QREN

Da formação à. Qualificação: os. desafios do QREN Da formação à Qualificação: os desafios do QREN 2008-03-13 AGENDA OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO I AS 5 MARCAS DO POPH II EIXOS PRIORITÁRIOS III ARRANQUE DO PROGRAMA IV I OS DESAFIOS DA QUALIFICAÇÃO Emprego

Leia mais

PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO Versão de trabalho Fevereiro Parecer da CGTP-IN

PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO Versão de trabalho Fevereiro Parecer da CGTP-IN PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO 2014 2020 Versão de trabalho Fevereiro 2014 Parecer da CGTP-IN I. INTRODUÇÃO O Programa Operacional Regional do Centro para o período 2014-2020 (CRER 2014-2020)

Leia mais

As condições de trabalho entre o Estado e o mercado. -Riscos e Desafios -

As condições de trabalho entre o Estado e o mercado. -Riscos e Desafios - As condições de trabalho entre o Estado e o mercado -Riscos e Desafios - Marcelino Pena Costa Vice - Presidente CCP ICSLM Congress 25/ Novembro/ 2016, Covilhã Apresentação da CCP A Confederação do Comércio

Leia mais

Escola ES/3 Dos Carvalhos Março 2007 Geografia A - 10

Escola ES/3 Dos Carvalhos Março 2007 Geografia A - 10 Análise da notícia Lisboa mais pobre Trabalho Realizado por: Ana Luísa nº2 Maria Elisa nº16 Mariana nº18 Marta Daniela nº19 10ºD 1 Título da Notícia Lisboa mais pobre Data de edição da notícia Setembro

Leia mais

A próxima geração de políticas de coesão para o período

A próxima geração de políticas de coesão para o período A próxima geração de políticas de coesão para o período 2014-2020 Seminário Fundos Estruturais: Prioridade máxima para a Coesão Social EAPN Portugal 20 março 2013 Painel 2 Quirino Mealha - REPER Portugal

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL UMA SITUAÇÃO ECONÓMICA QUE URGE MUDAR

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL UMA SITUAÇÃO ECONÓMICA QUE URGE MUDAR RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL UMA SITUAÇÃO ECONÓMICA QUE URGE MUDAR 1. Enquadramento Após um fraco crescimento da economia portuguesa em 2005 (0.3%), o Governo prevê para 2006, um crescimento de 1.4%;

Leia mais

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO. relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros

Proposta de DECISÃO DO CONSELHO. relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 2.3.2015 COM(2015) 98 final 2015/0051 (NLE) Proposta de DECISÃO DO CONSELHO relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros PT PT EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

O POTENCIAL HUMANO PARA de NOVEMBRO 2012

O POTENCIAL HUMANO PARA de NOVEMBRO 2012 O POTENCIAL HUMANO PARA 2013 28 de NOVEMBRO 2012 O POTENCIAL HUMANO PARA 2013 ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O FUTURO - CAPITAL HUMANO PARA O CRESCIMENTO E O EMPREGO CONTRIBUTO DO POPH (ANOS 2013 E 2014)

Leia mais

ORÇAMENTO DE ESTADO 2015

ORÇAMENTO DE ESTADO 2015 ORÇAMENTO DE ESTADO 2015 APRESENTAÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA NOVEMBRO 2014 Execução das medidas integradas na Garantia Jovem, e coordenação geral da intervenção, de modo a garantir, em Portugal, aos

Leia mais

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020

PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 FORUM REGIONAL ALENTEJO 2020 DESAFIOS E OPORTUNIDADES PLANO DE ACÇÃO REGIONAL ALENTEJO 2020 COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DO ALENTEJO Joaquim Fialho joaquim.fialho@ccdr-a.gov.pt Vendas

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO

PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO PARECER DA UGT SOBRE O FUNDO E AS COMPENSAÇÕES POR DESPEDIMENTO I. ANTECEDENTES 1. O Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego O Acordo Tripartido para a Competitividade e Emprego de 22 de Março

Leia mais

EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA

EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA EVOLUÇÃO DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PELAS CONFEDERAÇÕES SINDICAIS E PATRONAIS ACORDO BILATERAL VISANDO A DINAMIZAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA UGT (12/11/04) Confederações Patronais (29/11/04) UGT (28/12/04)

Leia mais

Instrumentos públicos de apoio à competitividade

Instrumentos públicos de apoio à competitividade Instrumentos públicos de apoio à competitividade apresentação das linhas principais da avaliação intercalar do COMPETE Augusto Mateus 6.12.2013 índice 1. os contornos do programa operacional COMPETE 2.

Leia mais

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES TRABALHOS DA COMISSÃO A Subcomissão da Comissão Permanente de Economia reuniu no dia 23 de abril de 2018, na Delegação da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na cidade de Ponta Delgada,

Leia mais

Ver será sempre a melhor metáfora de conhecer. Fernando Pessoa

Ver será sempre a melhor metáfora de conhecer. Fernando Pessoa 2007-2013 Ver será sempre a melhor metáfora de conhecer Fernando Pessoa O O B S E RVATÓ R I O D O Q R E N : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : O Observatório

Leia mais

Estudo de caso 1: Portugal

Estudo de caso 1: Portugal A Crise e o Emprego na Europa Estudo de caso 1: Portugal INTERVENÇÃO DA UGT NA REUNIÃO COM O FMI Washington, 15 de Fevereiro 2013 O crescimento económico e a redução do desemprego são os grandes desafios

Leia mais

Política de Coesão

Política de Coesão Política de Coesão 2014-2020 Carla Leal, Coordenadora do NAA Ílhavo 14 Dezembro 2011 Política de Coesão 2014-2020 Propostas apresentadas pela Comissão Europeia Abordagem estratégica Disposições comuns

Leia mais

Novo modelo de financiamento e apoio ao movimento associativo Apresentação das linhas gerais

Novo modelo de financiamento e apoio ao movimento associativo Apresentação das linhas gerais Novo modelo de financiamento e apoio ao movimento associativo Apresentação das linhas gerais Lisboa, 25 de Janeiro de 2007 1 Objectivo da sessão: Apresentar os princípios do novo modelo de financiamento

Leia mais

O Papel dos Fundos Estruturais na promoção da competitividade

O Papel dos Fundos Estruturais na promoção da competitividade O Papel dos Fundos Estruturais na promoção da competitividade "A caminho da EUROPA 2020" Conferência Crescer & Competir Porto, 6 dezembro 2013 Virgílio Martins Unidade G3 Portugal Direção-Geral Política

Leia mais

A EUROPA DO CONHECIMENTO

A EUROPA DO CONHECIMENTO SEMINÁRIO O PAPEL DOS SERVIÇOS DE INTERESSE GERAL NO QUADRO DA ESTRATÉGIA EUROPA 2020 A EUROPA DO CONHECIMENTO 19 de OUTUBRO de 2010 ESTRATÉGIA EUROPA 2020 Qual o papel dos Serviços de Interesse Geral?

Leia mais

BALANÇO DO ANO 2008 O ANO DE TODAS AS CRISES AGUDIZA DESEMPREGO E CRESCIMENTO ECONÓMICO

BALANÇO DO ANO 2008 O ANO DE TODAS AS CRISES AGUDIZA DESEMPREGO E CRESCIMENTO ECONÓMICO BALANÇO DO ANO 2008 O ANO DE TODAS AS CRISES AGUDIZA DESEMPREGO E CRESCIMENTO ECONÓMICO I. AS CRISES E AS DIFICULDADES DOS TRABALHADORES Em 2008, os portugueses foram confrontados com os aumentos dos preços

Leia mais

Medidas de Reforma da Segurança Social

Medidas de Reforma da Segurança Social Medidas de Reforma da Segurança Social Comentários aos contributos dos Parceiros Sociais sobre o Documento de Desenvolvimento do Acordo de Linhas Estratégicas 1 de Setembro de 2006 1 1. O Factor de Sustentabilidade

Leia mais

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO PARECER DA UGT SOBRE A PROPOSTA DE LEI 120/XII/2ª QUE ALTERA O VALOR DA COMPENSAÇÃO DEVIDA EM CASO DE CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO A proposta de lei agora apresentada pretende, segundo o Governo, proceder

Leia mais

Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa

Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa EAPN Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa Documento realizado para

Leia mais

Objetivos operacionais

Objetivos operacionais QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO - 2016 Ultima Actualização: 2016-06-09 Organismo: Camões, Instituto da Cooperação e da Língua Missão: Propor e executar a política de cooperação portuguesa e coordenar

Leia mais

RESOLUÇÃO DO CONSELHO GERAL COMBATER A CRISE: PRIORIDADE AO EMPREGO E AOS SALÁRIOS, VALORIZAÇÃO DA QUALIDADE DO TRABALHO E MELHOR EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO DO CONSELHO GERAL COMBATER A CRISE: PRIORIDADE AO EMPREGO E AOS SALÁRIOS, VALORIZAÇÃO DA QUALIDADE DO TRABALHO E MELHOR EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO DO CONSELHO GERAL COMBATER A CRISE: PRIORIDADE AO EMPREGO E AOS SALÁRIOS, VALORIZAÇÃO DA QUALIDADE DO TRABALHO E MELHOR EDUCAÇÃO 1. SITUAÇÃO ECONÓMICA E EMPREGO Todos os dados estatísticos divulgados

Leia mais

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social BASES PARA UM ACORDO DE REFORMA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social BASES PARA UM ACORDO DE REFORMA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL BASES PARA UM ACORDO DE REFORMA DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Considerando os Parceiros Sociais e o Governo que: A aposta estratégica na qualificação da população Portuguesa enquanto instrumento crítico para

Leia mais

PADRÕES de DESEMPENHO DOCENTE

PADRÕES de DESEMPENHO DOCENTE ESCOLA SECUNDÁRIA DO RESTELO 402679 PADRÕES de DESEMPENHO DOCENTE 2010-2011 Desp.n.º 16034-2010, ME (20 Out.) VERTENTE PROFISSIONAL, SOCIAL E ÉTICA Compromisso com a construção e o uso do conhecimento

Leia mais

Conferência Dia Nacional do Mutualismo

Conferência Dia Nacional do Mutualismo Associação Portuguesa de Mutualidades Conferência Dia Nacional do Mutualismo Qual o papel do sistema complementar no futuro da segurança social em Portugal? Lisboa, 25 Outubro 2017 Maria Margarida Corrêa

Leia mais

Plano Nacional de Saúde Contributo da Ordem dos Farmacêuticos

Plano Nacional de Saúde Contributo da Ordem dos Farmacêuticos Plano Nacional de Saúde 2011-2016 Contributo da Ordem dos Farmacêuticos A Ordem dos Farmacêuticos reconhece a grande importância que o Plano Nacional de Saúde assume na concretização de uma política de

Leia mais

Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento

Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento Investimento, Poupança e Competitividade Os três pilares do crescimento Teodora Cardoso Conferência Investimento em Portugal, Fundação Calouste Gulbenkian, 15 Março 2017 Princípios básicos: investimento

Leia mais

COMENTÁRIOS DA UGT AO RELATÓRIO SOBRE A RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA (MAIO 2014)

COMENTÁRIOS DA UGT AO RELATÓRIO SOBRE A RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA (MAIO 2014) COMENTÁRIOS DA UGT AO RELATÓRIO SOBRE A RETRIBUIÇÃO MÍNIMA MENSAL GARANTIDA (MAIO 2014) A UGT regista a apresentação do Relatório sobre a Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), que visa enquadrar

Leia mais

2.1. APRESENTAÇÃO GERAL DO PROGRAMA 2.2 MODELO DE GOVERNAÇÃO DO PROGRAMA 2.3 TEORIA DA PROGRAMAÇÃO Eixo Objectivos gerais Tipologia de projectos Grau de inovação 1 - Qualificação do capital humano,

Leia mais

CONTRIBUTO DA UGT AO DOCUMENTO

CONTRIBUTO DA UGT AO DOCUMENTO CONTRIBUTO DA UGT AO DOCUMENTO LINHAS GERAIS DE REVISÃO DA PROTECÇÃO SOCIAL NA EVENTUALIDADE DESEMPREGO I. NOTA PRÉVIA No âmbito dos compromissos assumidos em sede de concertação social, o Governo apresentou

Leia mais

UM COMPROMISSO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO. Uma Primeira Contribuição

UM COMPROMISSO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO. Uma Primeira Contribuição UM COMPROMISSO PARA O CRESCIMENTO, A COMPETITIVIDADE E O EMPREGO Uma Primeira Contribuição 1. PROMOVER UM DIÁLOGO RESPONSÁVEL Iniciou-se, finalmente, a discussão em CPCS de um possível Pacto para o Emprego.

Leia mais

FUTURA POLÍTICA DE COESÃO E EUROPA Luís Madureira Pires

FUTURA POLÍTICA DE COESÃO E EUROPA Luís Madureira Pires FUTURA POLÍTICA DE COESÃO E EUROPA 2020 Luís Madureira Pires Faro, 9 Jun 2011 TÓPICOS Calendário da negociação do próximo período de programação (pós 2013) Elementos essenciais do novo pacote Fundos Estruturais

Leia mais

PLANO TRIENAL 2008/2010

PLANO TRIENAL 2008/2010 Tribunal de Contas PLANO TRIENAL 2008/2010 (EXTRACTO) Departamento de Consultadoria e Planeamento LISBOA / 2007 ÍNDICE 1 Missão do Tribunal de Contas... 3 2. Valores... 3 3. Visão... 3 4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS

Leia mais

2011 PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO

2011 PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO 2011 PLANO DE ACÇÃO ESTRATÉGICA QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO Área dos Recursos Humanos Não Docentes NOTA INTRODUTÓRIA O Plano de Acção Estratégica especifica o rumo de acção que o Agrupamento

Leia mais

Portugal 2020: Objetivos e Desafios António Dieb

Portugal 2020: Objetivos e Desafios António Dieb Portugal 2020: Objetivos e Desafios 2014-2020 António Dieb Porto, 11 de julho de 2016 Tópicos: 1. Enquadramento Estratégico (EU 2020) 2. Portugal 2020: Objetivos e prioridades 3. Estrutura Operacional

Leia mais

Capital Social (do qual se encontra realizado o montante de )

Capital Social (do qual se encontra realizado o montante de ) Identificação da empresa PARPÚBLICA - Participações Públicas (SGPS) S.A. Capital Social 2 000 000 000 (do qual se encontra realizado o montante de 986 686 031) Pessoa Colectiva nº 502 769 017 Matriculada

Leia mais

PT 1 PT COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS BRUXELAS, 20/10/2009 ORÇAMENTO GERAL SECÇÃO III COMISSÃO, TÍTULOS 07, 17, 40

PT 1 PT COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS BRUXELAS, 20/10/2009 ORÇAMENTO GERAL SECÇÃO III COMISSÃO, TÍTULOS 07, 17, 40 COMISSÃO S COMUNIDES EUROPEIAS ORÇAMENTO GERAL - 2009 SECÇÃO III COMISSÃO, TÍTULOS 07, 17, 40 BRUXELAS, 20/10/2009 TRANSFERÊNCIA DE DOTAÇÕES N. DEC 41/2009 DESPESAS NÃO OBRIGATÓRIAS EUR ORIGEM S DOTAÇÕES

Leia mais

Conferência Quadro Estratégico Europeu Intervenção do Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus

Conferência Quadro Estratégico Europeu Intervenção do Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus Conferência Quadro Estratégico Europeu 2014-2020 Intervenção do Secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus Exmo. Senhor Primeiro-Ministro Exmos. Senhores Ministros Senhores Secretários de Estado

Leia mais

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO

COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO COMPROMISSO TRIPARTIDO PARA UM ACORDO DE CONCERTAÇÃO DE MÉDIO PRAZO Partindo de uma análise partilhada da realidade económica e social do país da qual faz sentido destacar, sem prejuízo de outros elementos,

Leia mais

I MAIO NOTAS PARA A INTERVENÇÃO

I MAIO NOTAS PARA A INTERVENÇÃO I MAIO 2011 - NOTAS PARA A INTERVENÇÃO Caras e caros Companheiros e Amigos Aqui, somos muitos, muitos mil para dizer ao País que os trabalhadores estão mobilizados na defesa de um PAÍS PROGRESSO ECONÓMICO

Leia mais

Sessão de Esclarecimento Póvoa de Lanhoso. 07 de Fevereiro de 2014

Sessão de Esclarecimento Póvoa de Lanhoso. 07 de Fevereiro de 2014 Sessão de Esclarecimento Póvoa de Lanhoso 07 de Fevereiro de 2014 Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal O Plano Estratégico de Desenvolvimento do Ave 2014-2020 (PEDI AVE) deve assumir-se

Leia mais

Criatividade e Inovação Chaves do Sucesso

Criatividade e Inovação Chaves do Sucesso Criatividade e Inovação Chaves do Sucesso Seminário A Economia Social, o Emprego e o Desenvolvimento Local 18 de Junho de 2013 Auditório da sede do Banco de Portugal Lisboa Apresentação do Estudo Estratégia

Leia mais

CARTA DE MISSÃO. 1. Missão do organismo. 2. Principais atribuições

CARTA DE MISSÃO. 1. Missão do organismo. 2. Principais atribuições CARTA DE MISSÃO Ministério: Ministério das Finanças Serviço / Organismo: Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) Cargo: Diretor-Geral Período de comissão de serviço:

Leia mais

NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011

NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011 NOVA LEGISLAÇÃO LABORAL JÁ EM 2011 No âmbito do programa de apoio económico e financeiro a Portugal, as medidas acordadas com a "troika" exigem o cumprimento de um conjunto de diversificado de acções e

Leia mais

1. Introdução Avaliação ex-ante como ponto de partida Principais objectivos Avaliação de natureza operacional 3

1. Introdução Avaliação ex-ante como ponto de partida Principais objectivos Avaliação de natureza operacional 3 1. Introdução 2 2. Avaliação ex-ante como ponto de partida 2 3. Principais objectivos 3 3.1. Avaliação de natureza operacional 3 3.2. Avaliação de natureza estratégica 4 4. Implementação 4 4.1. Avaliação

Leia mais

Política de Coesão da UE

Política de Coesão da UE da UE 2014 2020 Propostas da Comissão Europeia da União Europeia Estrutura da apresentação 1. Qual é o impacto da política de coesão da UE? 2. A que se devem as alterações propostas pela Comissão para

Leia mais

Anexo Único. Estrutura e modelo de funcionamento de Co- Governação para os Gabinetes de Apoio aos Bairros de Intervenção Prioritária

Anexo Único. Estrutura e modelo de funcionamento de Co- Governação para os Gabinetes de Apoio aos Bairros de Intervenção Prioritária Anexo Único Estrutura e modelo de funcionamento de Co- Governação para os Gabinetes de Apoio aos Bairros de Intervenção Prioritária Artigo 1º - Definição Um GABIP é uma estrutura de iniciativa municipal,

Leia mais

EIXO 1: EMPREGO, QUALIFICAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E INICIATIVA LOCAL

EIXO 1: EMPREGO, QUALIFICAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E INICIATIVA LOCAL EIXO 1: EMPREGO, QUALIFICAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E INICIATIVA LOCAL Desenvolver as condições facilitadoras da criação de emprego, combate ao desemprego e incentivo à iniciativa local referente ao empreendedorismo

Leia mais

Sistemas de Incentivos do QREN

Sistemas de Incentivos do QREN Sistemas de Incentivos do QREN Sistemas de Incentivos do QREN 1. Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME 2. Sistema de Incentivos à Inovação 3. Sistema de Incentivos à Investigação

Leia mais

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 13.10.2017 13/10/2017 22:49:53 1 Um orçamento para preservar e projetar um futuro com confiança e com previsibilidade. CRESCIMENTO, EMPREGO E CONSOLIDAÇÃO

Leia mais

5734/17 mam/jv 1 DGG 1A

5734/17 mam/jv 1 DGG 1A Conselho da União Europeia Bruxelas, 27 de janeiro de 2017 (OR. en) 5734/17 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações n.º doc. ant.: 5188/17 Assunto: ECOFIN 50 UEM 14

Leia mais

Política de Coesão da União Europeia: Processos de negociação e programação

Política de Coesão da União Europeia: Processos de negociação e programação Política de Coesão da União Europeia: Processos de negociação e programação Duarte Rodrigues Vice presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão ISCTE, 21 de abril de 2017 Tópicos: 1. A evolução

Leia mais

Política de. Coesão da UE Propostas da Comissão Europeia. Política de. coesão

Política de. Coesão da UE Propostas da Comissão Europeia. Política de. coesão Política de Coesão da UE 2014 2020 Propostas da Comissão Europeia Política de coesão Estrutura da apresentação 1. Qual é o impacto da política de coesão da UE? 2. A que se devem as alterações propostas

Leia mais

Medidas de Reforma da Segurança Social

Medidas de Reforma da Segurança Social Medidas de Reforma da Segurança Social Documento de Trabalho Complementar Dando continuidade ao processo negocial em curso, em sede de Comissão Permanente de Concertação Social, e na sequência do anterior

Leia mais

Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais PROJETO DE PARECER. da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais

Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais PROJETO DE PARECER. da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais Parlamento Europeu 2014-2019 Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais 2016/0265(COD) 11.1.2017 PROJETO DE PARECER da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais dirigido à Comissão dos Assuntos Económicos

Leia mais

Objetivos operacionais

Objetivos operacionais QUADRO DE AVALIAÇÃO E RESPONSABILIZAÇÃO - 2017 Ultima Actualização: 2017-05-16 Organismo: Camões, Instituto da Cooperação e da Língua Missão: Propor e executar a política de cooperação portuguesa e coordenar

Leia mais

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO

RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO RESOLUÇÃO DO SECRETARIADO NACIONAL 30/9/10 ORÇAMENTO 2011 MEDIDAS CONTRA OS TRABALHADORES, OS PENSIONISTAS E O EMPREGO O Governo acaba de anunciar as principais medidas para o Orçamento de 2011, que se

Leia mais

5156/18 pbp/jv 1 DGG 1A

5156/18 pbp/jv 1 DGG 1A Conselho da União Europeia Bruxelas, 12 de janeiro de 2018 (OR. en) 5156/18 ECOFIN 10 UEM 6 SOC 3 EMPL 2 COMPET 16 ENV 6 EDUC 5 RECH 9 ENER 6 JAI 14 NOTA de: para: Assunto: Secretariado-Geral do Conselho

Leia mais

ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992

ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992 CONSELHO PERMANENTE DE CONCERTAÇÃO SOCIAL ACORDO DE POLÍTICA DE RENDIMENTOS PARA 1992 LISBOA Em 15 de Fevereiro de 1992, culminando um processo gradual de concertação o Conselho Coordenador do Conselho

Leia mais

Documento de consulta

Documento de consulta Documento de consulta Acção comunitária para reduzir as desigualdades no domínio da saúde Pedido de informação Serve o presente documento para enviar um pedido de informação aos principais parceiros que

Leia mais

Portugal e a Política de Coesão

Portugal e a Política de Coesão MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Portugal e a Política de Coesão 2007-2013 2013 Rui Nuno Baleiras Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional Fevereiro

Leia mais

DECISÕES. DECISÃO (UE) 2015/1848 DO CONSELHO de 5 de outubro de 2015 relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros em 2015

DECISÕES. DECISÃO (UE) 2015/1848 DO CONSELHO de 5 de outubro de 2015 relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros em 2015 L 268/28 DECISÕES DECISÃO (UE) 2015/1848 DO CONSELHO de 5 de outubro de 2015 relativa às orientações para as políticas de emprego dos Estados-Membros em 2015 O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta

Leia mais

Acompanhamento da Elaboração do Plano Nacional da Água Informação n.º 2 do Grupo de Trabalho XV. (período de 10/07/2010 a 25/10/2010)

Acompanhamento da Elaboração do Plano Nacional da Água Informação n.º 2 do Grupo de Trabalho XV. (período de 10/07/2010 a 25/10/2010) Acompanhamento da Elaboração do Plano Nacional da Água 2010 Informação n.º 2 do Grupo de Trabalho XV (período de 10/07/2010 a 25/10/2010) 1- Período de acompanhamento e documento analisado A presente Informação

Leia mais

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018

ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO DO ESTADO 2018 10/14/17 4:40 PM 13.10.2017 1 CRESCIMENTO, EMPREGO E CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL Défice 2016 2,0 2017 1,4 1 2018 1,0 0.9 0.8 0.7 0.6 0.5 Dívida Pública

Leia mais

Portugal 2010 O desafio Sociedade do Conhecimento

Portugal 2010 O desafio Sociedade do Conhecimento Portugal 2010 O desafio da Sociedade do Conhecimento UE SOCIEDADE DO CONHECIMENTO A EVIDÊNCIA DOS NÚMEROS Indicadores de Inovação Indicador Posição de Portugal Portugal UE Espanha Irlanda Finlândia Recurs

Leia mais

Sendo esta a minha primeira intervenção neste plenário, não poderia deixar de cumprimentar de forma

Sendo esta a minha primeira intervenção neste plenário, não poderia deixar de cumprimentar de forma Excelentíssima Senhora Presidente, da Assembleia, Senhoras e Senhores Deputados, Senhor Presidente do Governo Regional, Senhoras e Senhores Membros do Governo. Sendo esta a minha primeira intervenção neste

Leia mais

PROGRAMA OPERACIONAL TEMÁTICO POTENCIAL HUMANO

PROGRAMA OPERACIONAL TEMÁTICO POTENCIAL HUMANO PROGRAMA OPERACIONAL TEMÁTICO POTENCIAL HUMANO 2007-201 Apresentação da Proposta ÍNDICE 1 O PROBLEMA 2 A ESTRATÉGIA 4 PLANO DE FINANCIAMENTO 1 1 O PROBLEMA Taxa de emprego Emprego em média e alta tecnologia

Leia mais

PROJECTOS DE EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO

PROJECTOS DE EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS Nº 20 / SI / 2008 SISTEMA DE INCENTIVOS À INOVAÇÃO (SI INOVAÇÃO) PROJECTOS DE EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO Nos termos do Regulamento do SI Inovação, a apresentação

Leia mais

RECOMENDAÇÕES. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 121. o, n. o 2,

RECOMENDAÇÕES. Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 121. o, n. o 2, 18.7.2015 L 192/27 RECOMENDAÇÕES RECOMENDAÇÃO (UE) 2015/1184 DO CONSELHO de 14 de julho de 2015 relativa às orientações gerais para as políticas económicas dos Estados-Membros e da União Europeia O CONSELHO

Leia mais

POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DE EMPREGO E EMPREGABILIDADE

POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DE EMPREGO E EMPREGABILIDADE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DE EMPREGO E EMPREGABILIDADE Senhora Presidente da ALRAA Senhoras e Senhores Deputados Senhor Presidente do Governo Senhoras e Senhores Membros do Governo O Plano Regional Anual para

Leia mais

CARTA DE MISSÃO. A Inspeção-Geral da Defesa Nacional prossegue as seguintes atribuições:

CARTA DE MISSÃO. A Inspeção-Geral da Defesa Nacional prossegue as seguintes atribuições: CARTA DE MISSÃO Ministério da Defesa Nacional Inspetor-Geral da Inspeção-Geral da Defesa Nacional Cargo: Inspetor-Geral da Inspeção-Geral da Defesa Nacional 1. Missão do organismo As atribuições e competências

Leia mais

POLÍTICA DE EMPREGO BASE JURÍDICA OBJETIVOS REALIZAÇÕES

POLÍTICA DE EMPREGO BASE JURÍDICA OBJETIVOS REALIZAÇÕES POLÍTICA DE EMPREGO Criar mais e melhores empregos é um dos principais objetivos da Estratégia Europa 2020. A Estratégia Europeia para o Emprego, com as suas Orientações para o Emprego e programas de apoio,

Leia mais

5601/19 mjb/mb/mjb 1 ECOMP 1A

5601/19 mjb/mb/mjb 1 ECOMP 1A Conselho da União Europeia Bruxelas, 22 de janeiro de 2019 (OR. en) 5601/19 RESULTADOS DOS TRABALHOS de: para: Secretariado-Geral do Conselho Delegações n.º doc. ant.: 5095/19 Assunto: ECOFIN 51 UEM 16

Leia mais