Caracterização. Serve de base à preparação dos planos, das intervenções e do complemento de programação, nos quais está integrada.
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1 6. AVALIAÇÃO Quadro regulamentar da avaliação do QCAIII De acordo com o Regulamento (CE) n.º 1260/1999 do Conselho, de 21 de Junho de 1999, que estabelece disposições gerais sobre os Fundos estruturais, os exercícios de avaliação obrigatórios são: Modalidades de Avaliação Caracterização Ponto de Situação Ex-ante Serve de base à preparação dos planos, das intervenções e do complemento de programação, nos quais está integrada. Da responsabilidade das autoridades competentes para a preparação dos planos, das intervenções e dos complementos de programação. Concluído Intercalar Tendo em conta a avaliação ex-ante, examina os primeiros resultados das intervenções, a sua pertinência e a realização dos objectivos, bem como a utilização dos créditos e o desenvolvimento do acompanhamento e da execução. Em preparação Da responsabilidade das autoridades de gestão, em colaboração com a Comissão Europeia e o Estado-Membro. Ex-post Visa, tendo em conta os resultados das avaliações disponíveis, prestar contas sobre a utilização dos recursos, a eficácia e a eficiência das intervenções e do seu impacte, e recolher ensinamentos para a política de coesão económica e social. A elaborar após 2008 Da responsabilidade da Comissão Europeia, em colaboração com o Estado-Membro e as autoridades de gestão
2 Principais alterações face ao QCAII Passagem de um exercício anteriormente muito centrado na análise da realização física e financeira do QCAIII e dos PO, eventualmente complementado com algumas considerações qualitativas em matéria de impactes, a um exercício mais centrado na análise dos respectivos efeitos (resultados e impactos) na realidade económica e social do país. O terceiro ciclo da intervenção estrutural comunitária introduz duas inovações muito significativas no contexto da avaliação: - Por um lado, a possibilidade de realização, por iniciativa do Estado-Membro ou da Comissão, de avaliações complementares, designadamente temáticas; As iniciativas concretizadas neste âmbito pelas autoridades portuguesas compreenderam a realização, por iniciativa do Observatório do QCA III, em articulação com a Comissão de Gestão e com a Comissão de Acompanhamento do QCA, de estudos de avaliação sobre matérias de relevância central para apoiar e complementar as avaliações obrigatórias, contribuindo para melhorar o conteúdo dos instrumentos de programação e a qualidade da gestão. Os estudos lançados em 2001 foram os seguintes: A Economia Portuguesa e o Alargamento da União Europeia, cujo objectivo principal é aprofundar o conhecimento existente sobre os problemas e oportunidades que o alargamento da União Europeia trazem especificamente à economia portuguesa, designadamente no sentido de identificar os principais factores críticos que poderão condicionar a superação dos efeitos mais negativos ou a valorização das potencialidades detectadas e, bem assim, as reorientações estratégicas a introduzir nas principais políticas e instrumentos de desenvolvimento económico e social. Competitividade Territorial e Coesão Económica e Social, que visa proceder a uma reflexão crítica sobre a natureza e os efeitos dos financiamentos, designadamente comunitários, ao desenvolvimento económico, social e territorial português, tomando por referência temporal a década de 90, valorizando a variável de síntese que se considera, neste contexto, mais importante: a melhoria da situação competitiva das regiões portuguesas tanto no que se refere às relações que entre elas se verificam como, sobretudo, no que respeita ao seu posicionamento relativo no contexto europeu
3 A Próxima Reforma das Políticas Estruturais, que se destina a analisar as principais consequências do alargamento da União Europeia sobre as políticas estruturais e de coesão e a apresentar hipóteses de trabalho que fundamentem a introdução das necessárias transformações dessas políticas. No sentido de aprofundar a concepção de um modelo de políticas estruturais e de coesão territorialmente equilibrado e coerente, que reconheça e responda à prioridade do alargamento e do grande esforço financeiro que tem de ser destinado às regiões dos novos países aderentes e simultaneamente mantenha, numa linha de continuidade, o apoio estrutural ao esforço de convergência das regiões mais desfavorecidas dos actuais Estados membros em que esse processo esteja ainda longe de concluído. A realização destes estudos foi objecto de concursos públicos internacionais, cuja adjudicação terá lugar no primeiro trimestre de Por outro, a articulação estabelecida entre a avaliação intercalar e a atribuição da reserva de eficiência: A reserva de eficiência eleva-se a 4,4% dos créditos dos Fundos Estruturais programados no Quadro Comunitário de Apoio, de acordo com o estabelecido no Regulamento (CE) n 1260/1999 de 21 Junho 1999, nomeadamente no seu artigo 44. A atribuição desta reserva constitui um instrumento de estímulo à eficiência de todos os Programas Operacionais, que devem ser apreciados em situação objectivamente concorrencial. A análise da eficiência de cada um dos Programas Operacionais será efectuada após a avaliação intercalar.... Características gerais da avaliação intercalar Âmbito: A avaliação intercalar respeita ao Quadro Comunitário de Apoio e a cada Programa Operacional. Finalidade: A avaliação intercalar visa examinar a relevância e a realização dos objectivos do Quadro Comunitário de Apoio e dos Programas Operacionais, apreciando igualmente a utilização das dotações financeiras e o funcionamento da execução e do acompanhamento. Objectivos: Visa especialmente melhorar a qualidade e a pertinência da programação, proporcionando também uma oportunidade para identificar possíveis reorientações da programação
4 Efeitos: As conclusões e recomendações da avaliação intercalar poderão apoiar ou fundamentar a introdução de modificações no Quadro Comunitário de Apoio e nos Programas Operacionais, influenciando ainda as decisões respeitantes à atribuição da Reserva de Eficiência. Divulgação: A avaliação intercalar deverá ser remetida à Assembleia da República, através das Comissões Parlamentares de Assuntos Europeus e de Economia, Finanças e Plano, no prazo máximo de 30 dias após a data da sua conclusão, sendo também posta à disposição do público, mediante pedido, salvaguardado o necessário acordo prévio da correspondente Comissão de Acompanhamento. Critério Geral: A eficácia das acções com finalidade estrutural é aferida em função de dois critérios: - o seu impacte de conjunto sobre os objectivos visados no artigo 158º do Tratado e, designadamente, o reforço da coesão económica e social da Comunidade; - o impacte sobre as prioridades propostas nos planos e os eixos prioritários previstos em cada Quadro Comunitário de Apoio e em cada Intervenção. A avaliação intercalar do QCAIII é algo mais do que o somatório dos exercícios de avaliação dos diversos PO, porque existe uma estratégia comum de desenvolvimento económico e social, e, portanto, uma necessidade de avaliar os efeitos produzidos pelos diversos PO sobre as prioridades desta estratégia, desde logo por uma questão de transparência na prestação de contas, dados os elevados montantes de fundos públicos envolvidos. Avaliar políticas e intervenções públicas não corresponde apenas, à prestação de contas pela administração junto do poder político e dos cidadãos; o exercício sistemático da avaliação representa também um poderoso instrumento de reflexão e de aprendizagem na gestão pública, em três dimensões fundamentais: na preparação e formulação das políticas e das intervenções (dirigida a examinar os respectivos requisitos e condições de sucesso); durante a sua execução (visando melhorar a própria gestão); após a sua concretização (tendo por objectivo verificar os resultados alcançados e os recursos utilizados, nas suas relações com as finalidades inicialmente identificadas e com os meios atribuídos)
5 Calendário da avaliação intercalar Calendário: O relatório final de cada avaliação intercalar é transmitido à Comissão Europeia, depois de apreciado pela correspondente Comissão de Acompanhamento, em regra até três anos após a aprovação do Quadro Comunitário de Apoio ou do Programa Operacional e, o mais tardar, até 31 de Dezembro de Actualização: A avaliação intercalar do Quadro Comunitário de Apoio e de cada Programa Operacional será objecto de actualização, a concluir até 31 de Dezembro de Responsáveis pela avaliação intercalar Responsabilidade: A avaliação intercalar é efectuada sob a responsabilidade da autoridade de gestão (Comissão de Gestão do QCA, Gestores dos Programas Operacionais) e realizada em colaboração com a Comissão Europeia através dos Grupos Técnicos de Avaliação, sendo os respectivos resultados apreciados pelas Comissões de Acompanhamento e transmitidos à Comissão Europeia, que se pronuncia sobre a pertinência e a qualidade da avaliação. Organização: A avaliação intercalar é realizada por um avaliador independente, submetida à apreciação da respectiva Comissão de Acompanhamento e subsequentemente transmitida à Comissão Europeia. Entidades envolvidas são: - Grupos Técnicos de Avaliação (que integram representantes da Comissão Europeia); - Comissão de Gestão do QCAIII; - Gestores; - Coordenadores das Intervenções Desconcentradas; - Comissão de Acompanhamento; - Observatório do QCAIII; - Avaliadores Independentes; - Comissão Europeia
6 Competências das diversas entidades envolvidas na avaliação Grupos Técnicos de Avaliação: - Propor a metodologia; - Participar na elaboração do Caderno de Encargos ; - Dar parecer no processo de selecção dos avaliadores independentes; - Acompanhar e validar os estudos e Relatórios. Comissão de Gestão do QCAIII: - Organizar o processo de Avaliação; - Assegurar a existência e o funcionamento eficaz de um sistema de informação que permita a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução do QCAIII. Gestores: - Assegurar a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução; - Organizar o processo de Avaliação. Coordenadores das Intervenções Desconcentradas: - Assegurar a recolha e o tratamento de dados físicos, financeiros e estatísticos sobre a execução; - Colaborar na Organização. Comissão de Acompanhamento: - Analisar os resultados da execução, nomeadamente a realização dos objectivos definidos para as diferentes medidas. Observatório do QCAIII: - Acompanhar os trabalhos de base da avaliação e colaboração com a Comissão de Gestão do QCAIII. Comissão Europeia: - Acompanhar os trabalhos da avaliação; - Pronunciar-se sobre a qualidade dos estudos de avaliação
7 Avaliadores Independentes: - Realização da avaliação. Ponto de situação da avaliação intercalar Março de 2001 A Comissão de Gestão do QCA produziu um primeiro documento de orientações para o planeamento e organização da avaliação intercalar, o qual prevê: - a criação de uma estrutura de ligação em rede entre QCA e PO para o planeamento e organização da avaliação intercalar, e - um manual da avaliação intercalar. Junho de 2001 Para a elaboração do manual de avaliação intercalar, e dado o carácter especializado desta matéria, a Comissão de Gestão convidou um grupo de peritos, com experiência relevante nos domínios do QCA e das metodologias de avaliação, a preparar uma proposta de manual. O Observatório do QCAIII, órgão com competências de acompanhamento dos trabalhos de base da avaliação, bem como a própria Comissão de Gestão, participaram activamente nos trabalhos do grupo de peritos, o qual finalizou, em Junho de 2001, a sua proposta de manual. A proposta de manual foi objecto de apreciação pelo Grupo Técnico de Avaliação, a que se seguiram contributos escritos da Comissão Europeia, e pelos representantes dos gestores dos Programas Operacionais em reunião da Estrutura de Ligação e também através de contributos escritos. Novembro e Dezembro de 2001 Como resultado do acolhimento de muitos destes diversos contributos dos PO e da CE surgiu a versão final do Guia da Avaliação Intercalar do QCA (de manual passou-se a guia, conferindo-se-lhe uma conotação mais de orientação geral, menos de normas metodológicas detalhadas), com âmbito mais alargado, considerando-se nomeadamente mais aspectos relativos à avaliação ao nível de PO. Foi adoptado pela Comissão de Gestão do QCA em e encontra-se disponível na Internet no site Todos os Grupos Técnicos de Avaliação foram constituídos e iniciaram os seus trabalhos de preparação dos termos de referência (programa, cadernos de encargos, anúncios) dos concursos (19 concursos, 18 para cada PO e 1 para o QCA e Assistência Técnica) para adjudicação dos estudos de avaliação intercalar do QCA e dos PO
8 Na última reunião sobre a Avaliação, que teve lugar em Bruxelas no dia 18 de Janeiro de 2002, a Comissão reconheceu que o processo de preparação da Avaliação Intercalar está avançado em Portugal e em Itália. Próximas etapas da preparação da avaliação Janeiro/ Março de 2002 Finalização dos termos de referência, sua adopção pelas autoridades de gestão respectivas. Lançamento dos concursos. Março a Setembro de 2002 Realização dos concursos para a realização dos estudos de avaliação intercalar; Selecção dos avaliadores; Adjudicação dos estudos. Setembro a Outubro de 2002 Início da realização dos estudos de avaliação intercalar, por parte dos avaliadores independentes
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