- NOVOS ASSOCIADOS: COM GRANDE ALEGRIA PASSARAM A SER ASSOCIADOS DO RKL ADVOCACIA O DR. NEWTON APARECIDO ALVES E O DR. LUCAS DE PAIVA SASSAKI
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- Nathalie Madureira Valgueiro
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1 EDIÇÃO DE 09 A 16 DE SETEMBRO DE 2009 NESTA EDIÇÃO: - NOVOS ASSOCIADOS: COM GRANDE ALEGRIA PASSARAM A SER ASSOCIADOS DO RKL ADVOCACIA O DR. NEWTON APARECIDO ALVES E O DR. LUCAS DE PAIVA SASSAKI - OUTORGA UXÓRIA: FIANÇA NA LOCAÇÃO, COMPRA E VENDA, ANULATÓRIA, LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO - TORTURA. CRIME PRATICADO PELA POLÍCIA - EMBRIAGUEZ NO VOLANTE. PERIGO CONCRETO - REINCIDÊNCIA. CONDENAÇÃO. TRANSITO EM JULGADO - DEFENSOR DATIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - TÓXICO. DEPÓSITO DE ENTORPECENTE - ROUBO. RECONHECIMENTO DO AUTOR PELA VÍTIMA Página 1 de 5
2 "Jamais diga uma mentira que não possa provar" (Millôr Fernandes). OUTORGA UXÓRIA Independentemente do regime de bens, exceto o de separação absoluta, nenhum dos cônjuges poderá, sem a autorização escrita e expressa do outro: a)alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis, devendo o consenso constar de instrumento público (CC, art. 108), isso porque os imóveis podem assegurar uma renda para a mantença da família ou propiciar abrigo na desventura, mas, pelo art. 978 do Código Civil, o empresário casado poderá, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrarem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real; b) pleitear como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos reais imobiliários, devendo conseguir a anuência mediante procuração, sob pena de anulabilidade; c) prestar fiança ou aval, pois este anulável será sem o consenso do outro cônjuge. Contudo, pelo Enunciado n. 114 (aprovado pela Jornada de Direito Civil, promovida, em setembro de 2002, pelo Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal), o aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inciso III do art apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu; d) fazer doação, não sendo remuneratória, com os bens comuns ou dos que possam integrar a futura meação; logo, as doações remuneratórias, por não lesarem o patrimônio da família, poderão ser levadas a efeito sem a anuência do cônjuge. OUTORGA UXÓRIA. LOCAÇÃO É vedado ao Fiador buscar a nulidade da fiança diante da falta da outorga uxória, sendo que tal prerrogativa somente é assegurada ao cônjuge prejudicado ou seus herdeiros, através de ação própria (TJMG, Apel. Cível /001, DJ 26/04/2008). OUTORGA UXÓRIA. COMINATÓRIA. COMPRA E VENDA. CADEIA TRANSMISSIVA. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO Em se tratando de cumprimento de obrigação de fazer (outorga de escritura), oriunda de promessa de compra e venda, obrigatoriamente, deve o autor se voltar contra quem lhe alienou o imóvel e, ainda, contra aqueles que integraram as sucessivas alienações anteriores, sob pena de nulidade do processo. Constada a existência de litisconsórcio passivo necessário, deve o Magistrado assinalar prazo para que o autor promova a inclusão dos litisconsortes necessários, dentro do prazo que assinalar, nos exatos termos da norma cogente do parágrafo único do artigo 47, parágrafo único do CPC, sob pena de declarar extinto o processo (TJMG, Apel. Cível /001, DJ ; TJMG, Apel. Cível /001, j ; TJMG, Apel. Cível /001, j ; STJ, Resp /MG, DJ ). OUTORGA UXÓRIA. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. DIREITO REAL. Página 2 de 5
3 MARIDO E MULHER PROMITENTES VENDEDORES Tendo marido e mulher participado, como promitente vendedores, do Contrato de Promessa de Compra e Venda, devem ambos ser citados para os termos da ação de Obrigação de Fazer movida pelo promissário comprador. - A falta de tal providência implica na nulidade do processo, para que seja atendido pelo magistrado de primeiro grau o disposto no art. 47, Parágrafo Único do CPC, sob pena de sua extinção (TJMG, Apel. Cível /000, DJ ). Compor somente a questão litigiosa entre o autor e o proprietário do imóvel, ora requerido, seria resolver apenas parcialmente a relação controvertida, deixando margem a que terceiro viesse postular o mesmo direito, a princípio, possuidor de título hábil à obtenção do domínio, acarretando indesejável insegurança jurídica. A indiscindibilidade do objeto do processo (ou da relação jurídica controvertida, como mais comumente se diz) não só impede que se profiram decisões conflitantes em relação aos litisconsortes (unitariedade), como também exige que todos eles estejam no processo (necessariamente). Essa é uma imposição de pura lógica, porque o absurdo é o mesmo (a) na sentença que pretendesse cindir o incindível mediante duas decisões conflitantes e (b) na que ditasse uma solução para um dos sujeitos sem ditá-la em relação aos outros porque não foram partes (CANDIDO RANGEL DINAMARCO, Instituições de Direito Processual Civil, Malheiros, 3ª ed., v. II, p. 353). OUTORGA UXÓRIA. ANULATÓRIA. IMÓVEL COMUM DO CASAL Embora separado de fato da apelada há aproximadamente dez anos, não poderia o varão ter alienado o imóvel à apelante sem o consentimento da autora-varoa, sobretudo porque citado bem, adquirido depois do casamento, compunha também o patrimônio desta, não havendo notícia nos autos da realização da partilha.o fato de se encontrar o casal separado de fato não dispensa a outorga uxória, porquanto, como bem ressaltado pelo julgador singular, a comunhão de bens, na forma do artigo 267, III e IV, da lei civil, só se dissolve pela separação judicial ou pelo divórcio, valendo ressaltar, mais uma vez, que o bem foi adquirido pelo casal na constância do casamento e não depois que cessada a união (TJMG, Apel. Cível /001, DJ ). "A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal" (Raul Seixas). TORTURA. CRIME PRATICADO PELA POLÍCIA Se nos autos há prova das lesões constatadas no Auto de Corpo de Delito nos pés das vítimas, que descrevem, ainda, aflição mental e violência aplicada pelo réu, policial civil que, prevalecendo-se desta condição, de arma em punho, juntamente com outros policiais, conduziu as vítimas à delegacia, onde lhes torturou com o especial fim de obter informações acerca de arranhão produzido no seu veículo particular, não há sombra de dúvida de que a ação violenta decorreu do especial fim, subsumindo-se, por Página 3 de 5
4 conseguinte, ao tipo descritivo de tortura, e não ao de lesões corporais (TJMG, Apel. Crim /001, DJ ). EMBRIAGUEZ NO VOLANTE. PERIGO CONCRETO O crime de embriaguez ao volante é crime de perigo concreto, exigindo efetiva comprovação do risco de lesão à incolumidade física de outrem, o que pode ser evidenciado pela prova testemunhal. Conforme recomendação da jurisprudência, a suspensão da CNH, ou do direito de sua obtenção, deve guardar proporcionalidade com a pena corporal imposta (TJMG, /000, DJ ). REINCIDÊNCIA. CONDENAÇÃO. TRANSITO EM JULGADO Para efeitos de reincidência ninguém poderá ser considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (CF, art. 5º, LCVII). DEFENSOR DATIVO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS São devidos pelo Estado os honorários advocatícios ao defensor dativo nomeado pelo Juiz para defender interesse de réu pobre (TJMG, Apel. Crim /001, DJ ). TÓXICO. DEPÓSITO DE ENTORPECENTE Mantém-se a condenação do agente que realiza as condutas de transportar, trazer consigo, guardar e, ter em depósito drogas, conforme preceitua o artigo 33, da Lei nº /06. Restando comprovadas autoria, materialidade e tipicidade do crime de tráfico ilícito de entorpecentes, não há falar em desclassificação para o delito previsto no artigo 28, da Lei nº /06. O tipo penal previsto no artigo 33 da Lei nº /06 é misto e alternativo, portanto não há falar em continuidade delitiva, mas sim em crime único quando o agente é surpreendido transportando maconha e, em menos de 48 horas, é flagrado guardando ou tendo em depósito outra parte da mesma substância (TJMG, Apel. Crim /001, DJ ). ROUBO. RECONHECIMENTO DO AUTOR PELA VÍTIMA Nos crimes de roubo, o reconhecimento pela vítima constitui peça basilar para a condenação, na medida em que tais delitos, quase sempre cometidos na clandestinidade, a palavra da vítima tem enorme importância, sobretudo quando harmoniosas e coincidentes com o conjunto probatório, e quando não há nos autos qualquer sinal de que tenha, gratuitamente, incriminado o agente (TJMG, Apel. Crim. Página 4 de 5
5 /001, DJ ). Página 5 de 5
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