Prof. Diogo Mayer Fernandes Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados Patologia e Clínica Cirúrgica I
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1 Prof. Diogo Mayer Fernandes Medicina Veterinária Faculdade Anhanguera de Dourados Patologia e Clínica Cirúrgica I
2 TÉCNICAS DE ASSEPSIA CIRÚRGICA ÍNDICE DE INFECÇÕES 5.5% IMPLICA NO RESULTADO DO PROCEDIMENTO CIRÚRGICO (IMPLANTE) CAUSA MAIS COMUM DE MORBIDADE PÓS-OPERATÓRIA, INTERVENÇÃO TERAPÊUTICA ONEROSA, HOSPITALIZAÇÃO PROLONGADA E ÓBITO IMPRESCINDÍVEL O PLANEJAMENTO PRÉ-OPERATÓRIO SELEÇÃO DO CASO TÉCNICA CIRÚRGICA BEM EXECUTADA CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS BANALIZAÇÃO DO USO DE ANTIBIÓTICOS AUMENTAM OS CUSTOS DE HOSPITALIZAÇÃO RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA
3 >>> CAUSAS DE INFECÇÃO DA FERIDA CIRÚRGICA >> FATORES DE RISCO HIPOTENSÃO HIPOXEMIA CORTICOTERAPIA CIRURGIA RECENTE, INFLAMAÇÃO CRÔNICA AUSÊNCIA DE BANHO PRÉ-OPERATÓRIO HOSPITALIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA PROLONGADA TRANSFUSÃO PREPARAÇÃO CUTÂNEA COM ÁLCOOL TEMPO DE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO PARA CADA MINUTO ACIMA DE 60 MINUTOS DE ANESTESIA AUM. EM 0.5% A TAXA DE INFECÇÃO PROPOFOL (EMULSÃO LIPÍDICA) ABRASÕES POR TRICOTOMIA
4 ANIMAIS IDOSOS E COM CONDIÇÕES CORPORAIS ANORMAIS DOENÇAS (DESNUTRIÇÃO, IMUNODEFICIÊNCIA, DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA, ENDOCRINOPATIAS, OBESIDADE, HIPOTIREOIDISMO, HIPOADRENOCORTICISMO...) >> FATORES DA FERIDA CIRÚRGICA TODA FERIDA CIRÚRGICA É CONTAMINADA: NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÕES EM TODAS AS FERIDAS IMPLANTES: 30 DIAS ATÉ UM ANO PATOGENICIDADE, INTEGRIDADE DA DEFESA DO HOSPEDEIRO, AMBIENTE NO LOCAL DA FERIDA E A TÉCNICA CIRÚRGICA NECESSIDADE DE UM NÍVEL CRÍTICO DE CONTAMINAÇÃO MICROORGANISMO POR GRAMA DE TECIDO FECHAMENTO DA FERIDA CRIA UM COMPARTIMENTO QUE ACUMULA LÍQUIDO SEROEMORRÁGICO (INFLAMAÇÃO)
5 FATORES LOCAIS: COÁGULOS, TECIDO ISQUÊMICO, BOLSAS DE LÍQUIDO E MATERIAL ESTRANHO OBLITERAÇÃO DE ESPAÇO MORTO, SUTURAS DE APOSIÇÃO DOS MESMOS TECIDOS, HEMOSTASIA ADEQUADA E COLOCAÇÃO DE DRENOS >> INFECÇÃO DA FERIDA CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS INDICA O USO DE ANTIMICROBIANO PROFILÁTICO INDICADO PARA FERIDAS LIMPAS CONTAMINADAS E CONTAMINADAS SELECIONADAS FERIDAS SUJAS REQUEREM ANTIBIOTICOTERAPIA FERIDAS LIMPAS (CONTROVERSO)
6 LIMPA MANOBRA ELETIVA SEM INFLAMAÇÃO AGUDA SEM FALHA DAS TÉCNICAS ASSÉPTICAS SEM ACESSO AO TRATO GASTROINTESTINAL, UROGENITAL E RESPIRATÓRIO LIMPA CONTAMINADA ACESSO A TRATO GASTROINTESTINAL, UROGENITAL OU RESPIRATÓRIO SEM CONTAMINAÇÃO CIRÚRGICA PEQUENA FALHA NA TÉCNICA ASSÉPTICA
7 CONTAMINADA FERIDAS TRAUMÁTICAS RECENTES (< 4 HORAS DE EXISTÊNCIA) DERRAMAMENTO DOS TRATOS GASTROINTESTINAL OU UROGENITAL GRANDE FALHA NA TÉCNICA ASSÉPTICA SUJA FERIDA TRAUMÁTICA (> 4 HORAS DE EXISTÊNCIA) TECIDO DESVITALIZADOS OU CORPOS ESTRANHOS VÍSCERAS PERFURADAS INFECÇÃO BACTERIANA AGUDA OU PUS TECIDOS LIMPOS PARA ACESSO CONTAMINADO
8 >> PRINCÍPIOS DA TERAPIA ANTIMICROBIANA PROGRESSÃO À PRÁTICA DA CIRURGIA (ANTIBIOTICOTERAPIA E ANTIBIOTICOPROFILAXIA) RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA, AUMENTO NOS CUSTOS DE HOSPITALIZAÇÃO, SUPERINFECÇÃO E TOXICIDADE AVALIAR O CASO INDIVIDUALMENTE CARACTERÍSTICA DA TERAPIA: ATINGIR CONCENTRAÇÃO ADEQUADA NO TECIDO ALVO (RESPOSTA IMUNOLÓGICA) FATORES DE RISCO: NEGLIGÊNCIA DO PROPRIETÁRIO, IMUNOSSUPRESSÃO, INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, PRESENÇA DE CORPO ESTRANHO, ANTAGONISMOS, RESISTÊNCIA, DOSAGEM, VIA OU FREQUÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO E DIAGNÓSTICO INCORRETO CLASSIFICAÇÃO: BACTERIOSTÁTICOS E BACTERICIDAS
9 >> ANTIOBIOTICOPROFILAXIA CIRÚRGICA DEFINIÇÃO PROCEDIMENTO EMPÍRICO: BASEADO EM PROBABILIDADE FONTE DE CONTAMINAÇÃO: PRÓPRIO PACIENTE ESCOLHA: EFICÁCIA COMPROVADA, TOXICIDADE MEDICAMENTOSA, CUSTO, EFEITOS COLATERAIS E FARMACOLOGIA OBJETIVO: ALCANÇAR E MANTER OS NÍVEIS ANTIMICROBIANOS NO TECIDO ALVO DURANTE TODO O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO NO MÁXIMO 60 MINUTOS ANTES DO PROCEDIMENTO REAPLICAÇÃO DO MEDICAMENTO IRÁ DEPENDER DA FARMACOCINÉTICA DA DROGA
10 >> TERAPIA ANTIMICROBIANA EM FERIDA INFECTADA SECREÇÃO SEROSA: SINAL DE INFECÇÃO? HIPERTERMIA E LEUCOCITOSE PERSISTÊNCIA OU PRESENÇA EXCESSIVA: ERITEMA, DOR E TUMEFAÇÃO LOCAL ALTERAÇÕES SISTÊMICAS: HIPERTERMIA, LEUCOCITOSE COM DESVIO À ESQUERDA, TAQUIPNÉIA, DISPNÉIA, HIPER OU HIPOGLICEMIA, INSUFICIÊNCIA RENAL, TROMBOCITOPENIA, ICTERÍCIA E DEPRESSÃO MENTAL ESCOLHA: ANTIBIÓTICOS DE AMPLO ESPECTRO OU COMBINAÇÕES TERAPIA INADEQUADA: DOSE INCORRETA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO, PRESENÇA DE ABSCESSO OU INFECÇÃO PERSISTENTE QUE EXIJA DRENAGEM CIRÚRGICA, INFECÇÕES DISTANTES (PNEUMONIA, CISTITE, VASCULAR) AMOSTRAS DE CULTURAS
11 >> INFECÇÕES ANAERÓBICAS SÃO COMUMENTE ENCONTRADOS EM SUPERFÍCIES COM MUCOSA: CAVIDADE ORAL, UROGENITAL E GASTRINTESTINAL ABSCESSOS E TRAJETOS FISTULOSOS CRÔNICOS CAVIDADE PLEURAL, OSSOS, TRATO RESPIRATÓRIO OU CAVIDADE ABDOMINAL FONTE: ENDÓGENOS EM AMBIENTE COM BAIXO POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO NECESSITAM DE FONTES REDUZIDAS DE OXIGÊNIO (3 %) CHOQUE, FRIO, EDEMA, TRAUMATISMOS, DESVITALIZAÇÃO TECIDUAL, CIRURGIAS, CORPOS ESTRANHOS, DOENÇA MALIGNA E INFECÇÃO DIMINUEM O POTENCIAL DE OXIRREDUÇÃO Bacteroides, Peptostreptococcus, Fusobacterium, Porphyromonas FACULTATIVAS: E. coli, Pasteurella e Staphylococcus intermedius ANTIBIÓTICOS: Amoxicilina com ác. Clavulânico, cloranfenicol, metronidazol, ampicilina, clindamicina
12 >> PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIAS ORTOPÉDICAS SÃO DEFINIDOS COMO CIRURGIAS LIMPAS (EXCEÇÃO EXPOSTAS) S. aureus ORIGINÁRIOS DA PELE RECOMENDAÇÕES - TEMPO CIRURGICO PROLONGADO - FIXAÇÃO DE IMPLANTES - TRAUMATISMOS EXTENSOS CONSEQUÊNCIAS DEVASTADORAS CEFALOSPORINAS / PENICILINAS POTÁSSICAS CIRURGIA CARDIOPULMONAR GRAM POSITIVOS E COLIFORMES CEFALOSPORINAS
13 CIRURGIAS BUCAL E PROFILAXIA DENTÁRIA CIRURGIAS CONSIDERADAS CONTAMINADAS GRAM POSITIVAS, GRAM NEGATIVAS E ANAERÓBICAS POSSIBILIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE BACTEREMIA ANTIBIOTICOPROFILAXIA COM ANTECEDÊNCIA ESPIRAMICINA, METRONIDAZOL, AMPICILINA CIRURGIA GÁSTRICA E DO INTESTINO DELGADO ALTERAÇÕES NA TÉCNICA ESTÉRIL DEBILIDADE E IMUNOCOMPROMETIMENTO CEFALOSPORINAS, AMPICILINA INDICAÇÕES: - RESSECÇÃO DE TECIDO DESVITALIZADO OU OBSTRUÍDO - DOENÇAS ULCEROSAS COMPLICADAS
14 CIRURGIAS COLORRETAIS ALTO RISCO DE CONTAMINAÇÃO (COLIFORMES E ANAERÓBICOS) PREPARAÇÃO MECÂNICA X JEJUM PROLONGADO (É INDICADO?) CUIDADO COM OBSTIPAÇÃO 30 MINUTOS ANTES DA INCISÃO (PARENTERAL) 3 DIAS ANTES (ORAL) METRONIDAZOL, AMPICILINA, SULFAS, CEFALOSPORINAS CIRURGIA HEPÁTICA E BILIAR INDICADOS DEVIDO A PRESENÇA DE BACTÉRIAS ANAERÓBICAS NA MICROBIOTA HEPÁTICA NEUROCIRURGIA PROCEDIMENTOS CONSIDERADOS LIMPOS ALTOS ÍNDICES DE COMPLICAÇÕES TEMPO CIRÚRGICO PROLONGADO, USO DE FIOS ABSORVÍVEIS, IMPLANTES CEFALOSPORINAS
15 CIRURGIA UROGENITAL E ELETIVAS NÃO RECOMENDADA NECESSARIAMENTE PARA CIRURGIAS ELETIVAS (CAUTELA!!!) CIRURGIAS UROLÓGICAS (EVIDÊNCIAS DE INFECÇÃO) INFECÇÕES DO TRATO REPRODUTIVO PIOMETRA, INFECÇÕES PROSTÁTICAS CEFALOSPORINAS, ENROFLOXACINO
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