ASPECTOS DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO SERGIPANO E DEMANDA POR POLITICAS PÚBLICAS

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1 ASPECTOS DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE DO IDOSO SERGIPANO E DEMANDA POR POLITICAS PÚBLICAS Neilson Santos Meneses Departamento de Geografia - Universidade Federal de Sergipe - nmeneses@bol.com.br

2 Introdução Em Sergipe, a dinâmica populacional nas últimas décadas, coloca em evidência transformações importantes pelas quais tem passado a população, entre elas está um crescente processo relativo de envelhecimento demográfico. O citado processo resulta principalmente de uma rápida queda da fecundidade e de um constante aumento da esperança média de vida do Sergipano, ainda que comparativamente menor que a média do país (Meneses, 2015). Além do aumento na esperança de vida, ocorre também um aumento na probabilidade de sobrevivência até os 60 anos, chegando a quase 85 % dos nascidos em Nesse contexto, o número e a proporção de idosos são crescentes e a tendência é de aumentos significativos nas próximas décadas, conforme as projeções realizadas pelo IBGE, o crescimento proporcional do número de idosos em Sergipe, deverá representar cerca de 15 % da população total, em O aumento da população idosa envolve uma série de desafios e demandas para sociedade, tendo em conta especialmente a melhoria da qualidade de vida desse coletivo e a necessidade de colher os dividendos da longevidade, conforme preconiza o documento da ILC/Brasil (2015). Nesse sentido, a informação e os dados se revelam aliados fundamentais para tomada de decisões quanto ao planejamento, a traçar objetivos, estabelecer metas, como alerta Jannuzzi (2002). A idéia é poder preparar um cenário positivo na perspectiva de um envelhecimento ativo e saudável em Sergipe. Entretanto, segundo Gouveia (1997, p. 11) Sem um contexto adequado, os dados e a informação passam por referir os mesmos aspectos, implicando a dificuldade em tomar decisões e ações, se não mesmo, de as impedir. Segundo Prata (1992, p. 168) O perfil de morbi-mortalidade pode ser considerado um indicador relativamente sensível das condições de vida e do modelo de desenvolvimento de uma população, sendo o resultado da interação de diversos fatores interdependentes. Nessa direção se buscou conhecer melhor aspectos das condições de saúde dos idosos sergipanos e que demandas implicam em termos de políticas públicas, tendo como referencias indicadores de mortalidade e morbidades de idosos, no período de e a partir de informações e dados censitários, da PNAD e DATSUS para Sergipe. O objetivo foi realizar uma breve analise descritiva da realidade das condições 1 IBGE Censos demográficos. Projeção do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais.

3 de saúde dos idosos sergipanos. Os resultados revelaram, entre outras constatações, uma esperada mudança no perfil epidemiológico da população, um significativo aumento das neoplasias como causa morte entre os idosos, assim como um importante aumento das causas externas na mortalidade dos idosos. Além disso, se verifica que os gastos com saúde estão crescendo com o envelhecimento populacional, o que coloca a necessidade de políticas públicas pró ativas. E por fim também se revela a necessidade de ampliar a infraestrutura de atendimento, maior foco na formação de profissionais especializados no trato da saúde de idosos e que se encaixem dentro da perspectiva das mudanças do novo perfil epidemiológico que se observa a partir das transformações demográficas. Materiais e Métodos O trabalho trata de um estudo exploratório, quantitativo, descritivo, de evolução temporal e teve como ponto de partida o aprofundamento técnico e teórico sobre estudos populacionais, focado na análise da literatura sobre condições de saúde dos idosos. Foram realizadas coletas de dados censitários da FIBGE, dados do SIM (a partir da base do DATASUS) e informações sobre a realidade populacional de Sergipe abordada em documentos levantados em outros trabalhos de pesquisa. Segundo Paes (2000) o Brasil, adota a padronização dos instrumentos de coleta de dados, com relação a óbitos, a partir de 1976, com a instalação do Subsistema de Informação Sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Os dados que foram levantados para Sergipe, tiveram como ponto de partida os anos 1980, e as causas mortes tiveram como critério a nona e décima classificação internacional de doenças. Após a fase de levantamento dos dados os mesmos receberam um tratamento estatístico e cartográfico. Os dados foram trabalhados de acordo com técnicas demográficas de mensuração, bem com técnicas estatísticas e cartográficas de tratamentos de dados (utilizando os softwares SPSS e Excel). Para cálculo das taxas de mortalidade foi utilizada a população do Estado obtida dos censos de 1980 e 2010 do IBGE, nas taxas de mortalidade, são considerados os óbitos por local de residência. A fase final foi da descrição e análise dos resultados encontrados. Os resultados passaram por uma avaliação quanto às tendências e transformações que permitiram

4 chegar a um breve diagnostico sobre aspectos das condições de saúde (mortalidade e morbidade) dos idosos sergipanos e as demandas por políticas públicas. Resultados e discussões Em Sergipe o processo de envelhecimento da população se insere em um contexto histórico do país, marcado por uma forte desigualdade social e de fragilidade da economia. Neste sentido, a população atinge a velhice sem as devidas condições para promover o seu próprio bem-estar e necessita de grande atenção social por parte do Estado (Meneses, 2015). Para melhor poder atender a demanda de atenção social deste crescente coletivo de população as informações e dados são de fundamental importância na construção de um diagnóstico que permita decisões mais eficientes. Então, para entender melhor a situação da saúde dos idosos em Sergipe se buscou dados e informações sobre dois aspectos importantes que também refletem bem as suas condições de vida e saúde: a mortalidade e a morbidade. Ambos são muito sensíveis ao contexto sócio-econômico, ambiental, demográfico e têm servido para revelar aspectos da saúde e qualidade de vida da população, uma vez que abordam em conjunto as limitações e os êxitos alcançados pela população, especialmente no campo da saúde. Mortalidade A transição da mortalidade pode ser entendida no contexto do desenvolvimento socioeconômico, bem como no contexto da difusão de medidas de proteção a saúde e de tecnologias médicas. Há alguns autores como Preston (1975) que acreditam que no mundo em desenvolvimento os fatores por detrás desta redução estão mais relacionados com a difusão de medidas efetivas de proteção a saúde do que resultados do desenvolvimento socioeconômico, mas outros autores, como a Wood e Carvalho (1988) consideram que, no caso brasileiro os dois fatores são o que melhor explicam a redução da mortalidade no país. Pendleton (1985), estudando as sociedades em desenvolvimento, considera que a redução inicial da mortalidade ocorre principalmente devido à aplicação de medidas de saúde, mas quando as taxas de mortalidade já são mais baixas a continuidade da redução se deve ao desenvolvimento socioeconômico. Ou seja, neste momento, o desenvolvimento socioeconômico torna-se responsável pelo declínio, incluindo a mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida.

5 Há um consenso na literatura científica de que a expectativa de vida média da população tem uma relação direta com as condições de saúde, quanto melhores as condições de saúde, maior será a expectativa de vida média da população. No entanto a expectativa de vida varia de acordo com a influência do contexto social e do ambiente onde está inserida a população, de modo que os valores não são uniformes para todas as populações ou coletividades. Com já mencionado a expectativa de vida ao nascer em Sergipe, para ambos os sexos, apresentou um aumento significativo no período de 1980 e 2010, onde os anos de vida adicionados foram cerca de 16 anos no citado período. A diferença de gênero reflete a maior mortalidade masculina, uma vez que as mulheres têm vantagens na esperança média de vida em 2010, cerca de 7 anos, os homens (68,3 anos para os homens e 75,1 anos para mulheres). O aumento observado neste indicador pode ser atribuído à redução da mortalidade infantil e a melhoria das condições de vida da população, como: a redução do analfabetismo e desnutrição e a melhoria e maior alcance das tecnologias médicas (vacinas, terapias antibióticas, melhorias na qualidade e tratamento de resíduos ou de esgoto). Assim, torna-se claro que a sociedade sergipana em geral e no setor da saúde, em particular, passou por transformações e evoluiu no sentido positivo neste período. As transformações nas taxas de mortalidade (de redução) e nas condições de saúde da população também significou uma maior probabilidade de sobrevivência até aos 60 anos, saltando de cerca de 62% no inicio da década de 1990 para quase 85 % em 2010.

6 Figura 1 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil Com base nos dados censitários. Este fenômeno provoca que mais pessoas atinjam o limiar quantitativo que caracteriza a população demograficamente idosa, "democratizando" de alguma forma as oportunidades de sobrevivência até estender à maioria, as oportunidades de alargamento da vida, o que deve ser visto como uma conquista da sociedade sergipana. Os dados sobre as taxas específicas de mortalidade revelam que os mesmos incrementam com aumento da idade. Além disso, em todos os grupos de idades em Sergipe, no período estudado ( ), as taxas masculinas são superiores às mulheres, sendo que essa diferença é acentuada com a velhice.

7 Figura 2 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM Além disso, as informações as taxas especificas de mortalidade por grupo de idade, também revelam uma mudança com relação a mortalidade no estado. Em 1980, a mortalidade ainda não estava condicionada pelo grupo de população idosa, já que este representava apenas 42,2% dos óbitos naquele ano, o que se relaciona com um perfil demográfico mais jovem da população sergipana no período e a maior importância da mortalidade juvenil. Em 2010, já se começa a notar uma mudança, posto que, os óbitos de idosos já representam um 57 % do total de óbitos no estado, enquanto que a mortalidade do grupo de até 4 anos, que representava, em 1980, 30,4% dos óbitos, reduz sua proporção para 5,5% do total de óbitos em Entretanto não se descarta a importância de seguir investindo na redução da mortalidade infantil em Sergipe, já que a mesma ainda tem um importante espaço para redução. Porém, se chama atenção para importância também para necessidade atenção a mortalidade do grupo de idosos, pois os dados indicam que vivemos um momento de transição, onde parece ser será crescente a importância da mortalidade nas últimas idades e que declinará a importância da mortalidade infantil.

8 Morbidade Como informa a teoria transição epidemiológica o processo de envelhecimento da população promove mudanças no perfil epidemiológico da população, de acordo Chaimowicz (1997), modifica-se o perfil de saúde da população; ao invés de processos agudos que se resolvem rapidamente através da cura ou do óbito, tornam-se predominantes as doenças crônicas e suas complicações, que implicam em décadas de utilização dos serviços de saúde. Os dados sobre a causa morte da população mudaram no período , apesar de que, em 1980, já havia sinais da transição epidemiológica. Figura 3 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM. População total de 60 anos e mais obtida dos censos demográficos 1980 e 2010 do FIBGE. Em 1980, as doenças do aparelho circulatório (12,3%) se apresentaram ligeiramente superior às enfermidades infecciosas, (8,3%), lhes seguem como enfermidades importantes, neste ano, as doenças do período perinatal (7,2%), e as do aparelho respiratório (4,9%). Chama a atenção, para o citado ano, a alta porcentagem de mortes por sintomas indefinidos (46%), o que pode estar indicando insuficiência de atendimento médico naquele momento. Para 2010, as mortes devidas a sintomas indefinidos são drasticamente reduzidas (5,4%), enquanto que as principais causas mortes da população em geral foram às do aparelho circulatório (27,9%), causas

9 externas (16,3%), tumores (13, 1%) e doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (8,3%), seguidas por as enfermidades do aparelho respiratório (7,8%). Os dados sugerem que a transição epidemiológica está sendo concluída em Sergipe, já que a parte proporcional de doenças infecciosas e perinatais são reduzidas para 3,8% e 1,1%, respectivamente em Os dados para a população idosa de Sergipe, no mesmo período, destacam também uma redução significativa das causas indefinidas que passaram de 62,5% em 1980 para 6,1% em As principais enfermidades que afetam mortalidade de idosos em 2010 são as do aparelho circulatório, os tumores, endócrina, metabólica e nutricional e respiratória, semelhante ao padrão de Vale ressaltar que, devido às poucas diferenças relativas à proporção de mortes entre homens e mulheres os dados fora coletados para os idosos de ambos os sexos. Enfermidades do aparelho circulatório, tumores, do sistema endócrino (presumivelmente por conta do diabetes) e enfermidades respiratórias são responsáveis por mais de 74,6% das mortes entre pessoas idosas. As citadas causas variam positivamente entre 1980 e 2010, porém as enfermidades circulatórias foram a que menos aumentaram proporcionalmente, o que pode estar relacionado aos cuidados de saúde e tratamento mais eficaz. É possível que os idosos estejam melhor assistidos (medidas preventivas, consultas médicas regulares, diagnóstico mais preciso e acesso a medicamentos) e estimulados a mudanças no estilo de vida, que estão associados com enfermidades do aparelho circulatório e com isso aumentem a sua esperança média de vida. Por outro lado, o crescimento significativo de tumores, diabetes e doenças respiratórias revela demandas importantes em termos de saúde dos idosos em Sergipe, ainda que não se deixe de evidenciar a importância que ainda mantêm as enfermidades do aparelho circulatório, posto que por sua proporção atual possa permanecer ainda como sendo a principal causa de morte entre os idosos na próxima década. As informações sobre o padrão de mortalidade segundo as principais causas de morte por grupo etário nos permitem ver como cada tipo de causa de morte afeta todas e a cada faixa etária. Em crianças predominam causas relacionadas a malformações e enfermidades ligadas ao período perinatal que respondem por 60% das mortes entre eles; nos jovens, as causas externas (acidentes e mortes violentas) representam mais de 73% dos óbitos; nos adultos as enfermidades cardiovasculares, tumores e causas externas são as mais importantes causas morte, e nos idosos, principalmente as doenças do aparelho circulatório, seguidas por tumores e enfermidades endócrinas.

10 Figura 4 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Sergipe - Óbitos Segundo a Causa e Grupo de Idade 2010 IV. endócrinas IX. Circulatórias X. Respiratórias II. Neoplasias (tumores) XX. Causas externas Outras causas Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM Os tumores (neoplasias) apresentaram um crescimento significativo como causa morte entre os idosos nos últimos anos, porém também na população total, influenciada pelo envelhecimento da população no estado. Cerca de 260% em ambos os casos. Os dados revelam como se ampliou a mortalidade por neoplasias na população em geral, bem como para os idosos. Observou-se um crescimento em todas as faixas etárias e ambos os sexos entre 1980 e 2010, mas os dados revelam ainda um crescimento muito mais significativo na população idosa e especialmente entre os homens idosos, nos quais há um aumento fenomenal, superando em muito o aumento entre as mulheres.

11 ANOS Figura 5 SERGIPE - DISTRIBUIÇÃO DAS TAXAS ESPECÍFICAS DE MORTALIDADE POR NEOPLASIAS SEGUNDO IDADE E SEXO / ou mais 70 a a a a a a a a a a ,0 1100,0 900,0 700,0 500,0 300,0 100,0 100,0 300,0 500,0 700,0 900,0 POR Habs. HOMENS 1980 MUHERES 1980 HOMENS 2010 MULHERES 2010 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM Fatores como a industrialização, a urbanização e o aumento da esperança média de vida contribuem para um aumento e maior número de doenças, incluindo as neoplasias. Esta situação mostra a necessidade de estudos mais detalhados que possam orientar as ações em termos de saúde pública e à formulação de políticas e programas de saúde, tendo em conta as orientações dos custos no momento da definição de prioridades. Os dados levantados apontam o crescimento da taxa de mortalidade por neoplasias nas diversas faixas etárias e dois sexos para os idosos e chamam a atenção o seu aumento com a idade e as diferenças por sexo em favor dos homens, principalmente na faixa etária de 80 anos ou mais de idade. Embora as causas externas não estejam entre as principais causas de morte entre idosos, sendo a sétima causa de morte representando proporcionalmente 3,9% das mortes para eles, nos últimos 30 anos apresentaram variação positiva de cerca de 180%. De qualquer forma, é importante considerar este tipo de causa que inclui as mortes por acidentes de trânsito, suicídios e mortes violentas, pelo que se pode deduzir um crescimento da violência na vida cotidiana dos idosos no estado.

12 Figura 6 Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade SIM. Das tendências dos dados coletados, cabe observar que a vida cotidiana dos idosos em Sergipe é relativamente mais violenta do que a média da região e do país e que também a violência e abuso contra o idoso continua a aumentar comparando-se com os dados dos anos Isto pode estar relacionado com o aumento da população idosa, porém preocupa e revela uma demanda por ações que possam mudar essa realidade, isto é a trajetória crescente da violência contra idosos no estado. Salienta-se a importância das taxas de mortalidade por causas externas específicas para os idosos e ainda que esta seja a principal causa de morte proporcionalmente entre os jovens, são os idosos os mais afetados pela maior mortalidade por esse tipo de causa. Por fim estes resultados chamam a atenção para a importância de violência e abuso contra idoso, já que os dados mais detalhados para 2009 também mostram que, entre as causas externas estão as quedas, acidentes de trânsito e as agressões que são os principais responsáveis pela morte violenta de idosos em Sergipe em 2009, o que pode estar relacionado com o aumento da circulação da população em espaços públicos e traumas sofridos na esfera privada. Também é possível que a baixa valorização dos idosos na sociedade resulte em insuficientes ações que possam minimizar esta realidade.

13 Considerações Finais Como foi visto nesta breve análise, o grupo de idosos é o grupo populacional que apresenta o mais rápido crescimento entre a população, com o que já apresentam demandas significativas no desenho de políticas públicas, e essas demandas só tendem a aumentar nas próximas décadas. Sobre as condições de saúde se observou que as principais causas de morte entre os idosos estão relacionadas com doenças do aparelho circulatório, com o significativo crescimento de tumores, especialmente entre os homens mais velhos, e uma participação importante de causas endócrinas, supostamente relacionadas com a diabetes mellitus. Os gastos com saúde são o que mais crescem com o rápido envelhecimento da população no país e justamente por isso se impõe como forte necessidade de políticas de saúde proativas. Em Sergipe não é diferente, é uma demanda que envolve várias dimensões, a exemplo do estimulo ao autocuidado, incluindo também a educação e o incentivo a prática de atividade física, intelectual e cognitiva. Além disso, é preciso ter em mente que o estado vai ter que pensar também na formação de profissionais de saúde especializados em saúde que atendam as necessidades do idoso, posto que ainda é insuficiente, bem como melhorar a infraestrutura que leve em conta a situação específica deste grupo populacional, como as alas geriátricas em hospitais. Dados de atenção hospitalar para Sergipe revelam que em 2011, de acordo com o DATASUS, 7,1% das internações hospitalares em Sergipe foi causada pela violência, foram as quedas, acidentes de trânsito e agressões físicas. Como os idosos geralmente levam mais tempo para se recuperar, os custos dos cuidados hospitalares tendem a ser maiores. Referências Bibliográficas CHAIMOWICZ F. A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, projeções e alternativas. Rev. Saúde Pública. 1997; pp DE MARTINO JANNUZZI, Paulo. Indicadores Sociais na Formulação e Avaliação de Políticas Públicas Disponivel em: Acesso em 10/12/2015. DATASUS. Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde (SAS): Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). DATASUS; 2009 y Disponível em [Acessado em fevereiro de 2013]

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