Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe"

Transcrição

1 Toxoplasmose Cerebral em paciente portadora de Esclerose Múltipla sob tratamento com Natalizumabe Autores: Castro R.S1; Quinan, T.D.L2; Protázio F.J3; Borges, F.E4 Instituição: 1- Médico Residente em Neurologia do Hospital Geral de Goiânia 2- Médica Residente em Neurologia da Santa Casa de Misericórdia, 3- Médica graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás 4- Médico Neurologista Preceptor da Residência Integrada em Neurologia (HGG, SCM e HUGO). Introdução: A toxoplasmose Cerebral é uma doença causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii que é um parasita intracelular muito disseminado em nosso país podendo causar infecções congênitas ou adquiridas. A neurotoxoplasmose é rara em imunocompetentes, mas é a infecção oportunista mais prevalente em pacientes HIV positivos, sendo causada por reativação de uma infecção latente.

2 Material e Métodos: Relatar a ocorrência de caso de Neurotoxoplasmose em paciente sob uso de Natalizumabe para tratamento de Esclerose Múltipla Remitente Recorrente através de revisão de prontuário da paciente do ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Hospital Geral de Goiânia. Relato de Caso: Paciente A.A.O.M sexo feminino 46 anos, natural de Santa Rosa Goiás, portadora de EMRR há 7 anos em uso de Natalizumabe há 2 anos, em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Desmielinizantes do Hospital Geral de Goiânia, paciente com EDSS de 6,5 teste para vírus JC positivo retorna a consulta ambulatorial para mostrar exame de RNM de Crânio de controle sem novas queixas refere melhora da marcha após inicio de fampiridina ha 15 dias.

3 Ao exame Neurológico paciente apresenta paresia de MIE 4/5 associada a hiperreflexia e presença de sinal de Babinski a esquerda marcha ceifante com auxílio de andador. Na RNM de Crânio 16/06/15 foi evidenciado lesão expansiva com realce anelar completo pelo contraste em topografia subcortical mo giro temporal médio direito com focos de baixo sinal T2 associado a edema perilesional (figura 1 e 2). Paciente foi internada para investigação etiológica da lesão e iniciado tratamento empírico com Pirimetamina, sulfadiazina e acido folinico por 6 semanas para Neurotoxoplasmose. A sorologia no liquor para Toxoplasmose IGG foi positiva em altos títulos, aguarda PCR no liquor para JC Vírus. Após 14 dias do tratamento foi repetido a RNM de Crânio que demonstrou redução importante do edema perilesional e do realce anelar da lesão (figura 3 e 4)

4 Imagens: Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4

5 Discussão: O natalizumabe é um anticorpo monoclonal recombinante, humanizado obtido a partir das células murínicas de mieloma, ele bloqueia três das quatro etapas do processo inflamatório na Esclerose Múltipla. O mecanismo de ação do natalizumabe faz acompanhar da redução da proteção imunológica do SNC, facilitando a reativação do vírus JC, agente envolvido na leucoencefalopatia multifocal progressiva sendo o risco de desenvolver tal condição foi estimado em 0,1%. Entretanto não há na literatura nacional relatos de associação do uso de natalizumabe com outras infecções oportunistas inclusive a neurotoxopasmose dai a droga não ser considerada uma droga imunossupressora clássica. Existe segundo pesquisa no PUBMED apenas um relato, mas de toxoplasmose ocular associado a Natalizumabe ocorrido na cidade de Lugano na Suíça e publicado em 2009 no Neurology, outras doenças oportunisticas foram relatados como uma serie 20 casos de encefalite por Herpes Simples e Varicela Zoster entre em uma revisão do US Food and Drug Administration s (FDA s) e Adverse Event Reporting System (FAERS) junto a plataforma do MEDLINE. Conclusão: Diante do quadro apresentado concluímos que é importante ficarmos atentos para outras infecções oportunistas de acometimento do SNC e não somente a leucoencefalopatia multifocal progressiva durante a utilização do natalizumabe. Salientar também a importância do exame de RNM periódico durante uso da medicação. Referências 1. Brasil Neto, J.M et al; Tratado de Neurologia da Academia Brasileira de Neurologia 1. ed Eslsevier Bertolluci, P.H.F et al, Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp-EPM / Neurologia, 1 ed. Manole Stüve,O et al; Iatrogenic immunosuppression with biologics in MS: Expecting the unexpected? Neurology 2009;73; ; originally published online Sep 23, 2009; 4. Zecca, C. Et al; OCULAR TOXOPLASMOSIS DURING NATALIZUMAB TREATMENT Neurology 2009;73; ; originally published online Sep 23, 2009; 5. Fine A. J et al; Central Nervous System Herpes Simplex and Varicella Zoster Virus Infections in Natalizumab-Treated Patients, Clin Infect Dis. (2013) 57 (6): doi: /cid/cit376First published online: May 31, 2013

TOXOPLASMOSE. Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica)

TOXOPLASMOSE. Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica) TOXOPLASMOSE Agente Toxoplasma gondii (protozoário) CID 10 B58 (ocular) e B58.2 (Neurológica) Contágio Contato com fezes de gato, alimentos de comida crua (inclui peixe cru, ostras, entre outros) ou mal

Leia mais

Infecções Oportunistas do Sistema Nervoso Central em HIV/AIDS na Emergência

Infecções Oportunistas do Sistema Nervoso Central em HIV/AIDS na Emergência Infecções Oportunistas do Sistema Nervoso Central em HIV/AIDS na Emergência Autores e Afiliação: Raoni Moreira. Ex-médico Residente do Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP; Fernando Fonseca França

Leia mais

Profa. Carolina G. P. Beyrodt

Profa. Carolina G. P. Beyrodt Profa. Carolina G. P. Beyrodt Agente etiológico: Toxoplasma gondii (Protozoário coccídeo do Filo Apicomplexa) Histórico Isolado em 1908 de um roedor do deserto: Ctenodactylus gondii 1923 descrição do primeiro

Leia mais

HERPES ZOSTER DISSEMINADO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE. Dra. Rosanna Carrarêtto Dr. Fabrício Prado Monteiro

HERPES ZOSTER DISSEMINADO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE. Dra. Rosanna Carrarêtto Dr. Fabrício Prado Monteiro HERPES ZOSTER DISSEMINADO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE Dra. Rosanna Carrarêtto Dr. Fabrício Prado Monteiro OBJETIVO Relatar o acometimento de escolar de sete anos de idade, sexo feminino, imunocompetente,

Leia mais

DOENÇAS DESMIELINIZANTES

DOENÇAS DESMIELINIZANTES 1ª Jornada de Neurociências da PUC DOENÇAS DESMIELINIZANTES MIRELLA FAZZITO Neurologista Hospital Sírio Libanês Bainha de mielina : conjunto de células que envolvem o axônio. Tem por função a proteção

Leia mais

Toxoplasma gondii. Ciclo de vida e patogênese com foco para imunodeprimidos

Toxoplasma gondii. Ciclo de vida e patogênese com foco para imunodeprimidos Toxoplasma gondii Ciclo de vida e patogênese com foco para imunodeprimidos INTRODUÇÃO O Toxoplasma gondii é um protozoário intracelular obrigatório, para que seu ciclo de vida esteja completo, precisa

Leia mais

Infecções do Sistema Nervoso Central. Osvaldo M. Takayanagui. Professor Titular de Neurologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Infecções do Sistema Nervoso Central. Osvaldo M. Takayanagui. Professor Titular de Neurologia. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Infecções do Sistema Nervoso Central Osvaldo M. Takayanagui Professor Titular de Neurologia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Letalidade (%) Meningite Bacteriana Purulenta

Leia mais

LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM.

LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM. LEVANTAMENTO DOS CASOS DE TOXOPLASMOSE AGUDA EM GESTANTES ACOMPANHADAS NO AMBULATÓRIO DE TOXOPLASMOSE DO HUM. Camila Mariano Orathes (PIBIC/CNPq-UEM), Prof a Dra Ana Maria Silveira Machado de Moraes (Orientadora)

Leia mais

Incorporação do Palivizumabe para Imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR)

Incorporação do Palivizumabe para Imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR) Incorporação do Palivizumabe para Imunização contra o vírus sincicial respiratório (VSR) O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais agentes etiológicos envolvidos nas infecções respiratórias

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn

Toxoplasmose. Zoonoses e Administração em Saúde Pública. Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Prof. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Soroprevalência

Leia mais

Esclerose Múltipla. Amilton Antunes Barreira Departmento de Neurociências Faculdade de Medicina and Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP

Esclerose Múltipla. Amilton Antunes Barreira Departmento de Neurociências Faculdade de Medicina and Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP Esclerose Múltipla Amilton Antunes Barreira Departmento de Neurociências Faculdade de Medicina and Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP Esclerose múltipla (EM) é uma doença desmielinizante inflamatória

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública

Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Universidade Federal de Pelotas Departamento de Veterinária Preventiva Toxoplasmose Zoonoses e Administração em Saúde Pública Fábio Raphael Pascoti Bruhn Por que estudar a toxoplasmose Zoonose Nos EUA,

Leia mais

Infecções Herpéticas. Benedito Antônio Lopes da Fonseca Disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais Departamento de Clínica Médica FMRP - USP

Infecções Herpéticas. Benedito Antônio Lopes da Fonseca Disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais Departamento de Clínica Médica FMRP - USP Benedito Antônio Lopes da Fonseca Disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais Departamento de Clínica Médica FMRP - USP Transmissão HSV-1 secreções respiratórias HSV-2 contato sexual vertical 85%

Leia mais

TOXOPLASMOSE. Gláucia Manzan Queiroz Andrade. Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais

TOXOPLASMOSE. Gláucia Manzan Queiroz Andrade. Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais TOXOPLASMOSE Controle da toxoplasmose congênita em Minas Gerais Gláucia Manzan Queiroz Andrade Departamento de Pediatria, NUPAD, Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais Ericka Viana

Leia mais

Internato de Neurologia Quinto Ano Médico. Ano 2015

Internato de Neurologia Quinto Ano Médico. Ano 2015 DEPARTAMENTO DE NEUROLOGIA E NEUROCIRURGIA DISCIPLINA DE NEUROLOGIA CLÍNICA Internato de Neurologia Quinto Ano Médico Ano 2015 Curso MEDICINA Unidade Curricular NEUROLOGIA CLÍNICA/NEUROCIRURGIA ANO LETIVO

Leia mais

TOXOPLASMOSE. Prof. Sérvio Túlio Stinghen

TOXOPLASMOSE. Prof. Sérvio Túlio Stinghen TOXOPLASMOSE Prof. Sérvio Túlio Stinghen 1 Toxoplasmose: histórico 1908: Charles Nicolle e Louis Hubert Manceaux Toxoplasma gondii em roedores 1932: doença infecciosa 1939: Wolf et al infecção congênita

Leia mais

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA EM GOIÂNIA, GO, BRASIL.

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA EM GOIÂNIA, GO, BRASIL. Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante, progressiva, crônica que atinge o sistema nervoso central. Essa desmielinização afeta as fibras nervosas do cérebro e da medula espinhal

Leia mais

desmielinizantes co esclarecidos.

desmielinizantes co esclarecidos. 1 INTRODUÇÃO + associado infecciosos vi / desmielinizantes co esclarecidos. ESCLEROSE MULTIPLA de sintomas dos chamados de surtos ou ataques, que podem deixar sequelas e ocorrer de forma vem ser suspeitadas

Leia mais

NEURITE ÓPTICA - CIS. Mirella Fazzito Ambulatório EM Hospital Brigadeiro

NEURITE ÓPTICA - CIS. Mirella Fazzito Ambulatório EM Hospital Brigadeiro NEURITE ÓPTICA - CIS Mirella Fazzito Ambulatório EM Hospital Brigadeiro SÍNDROME CLÍNICA ISOLADA É o primeiro evento neurológico indicativo de desmielinização inflamatória do SNC. Ausência de febre e/ou

Leia mais

TEMA: FINGOLIMODE NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

TEMA: FINGOLIMODE NA ESCLEROSE MÚLTIPLA NTRR 253/2013 Solicitante: Alyrio Ramos Desembargador da 8ª Câm. Cível - TJMG Data: 13/12/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Número do processo: 1.0702.13.078195-9/001 TEMA: FINGOLIMODE

Leia mais

Material e Métodos Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 14 anos, internada para investigação de doença reumatológica

Material e Métodos Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 14 anos, internada para investigação de doença reumatológica Introdução A síndrome da encefalopatia (PRES) caracteriza-se clinicamente por cefaleia, alterações sensoriais e convulsões. Os achados clássicos na tomografia computadorizada são de hipodensidades córtico-subcorticais

Leia mais

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Departamento de Ciências Neurológicas Waldir Antonio Maluf Tognola Definição Doença crônica, inflamatória e degenerativa do Sistema Nervoso Central, com destruição

Leia mais

DISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019

DISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019 DISCIPLINA PARASITOLOGIA 2019 14 de março TOXOPLASMOSE Docente: Profa. Dra. Juliana Q. Reimão SOCRATIVE (SALA JULIANA2019) Quiz eletrônico sobre as possíveis formas de transmissão da toxoplasmose VÍDEO

Leia mais

Aluna do Curso de Graduação em Farmácia da Faculdade de Medicina de Campos da FMC 2

Aluna do Curso de Graduação em Farmácia da Faculdade de Medicina de Campos da FMC 2 Revista Científica da FMC - Vol. 12, Nº 3, Dez. 2017 ARTIGO ORIGINAL DOI: 10.29184/1980-7813.rcfmc.149.vol.12.n3.2017 IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS RELACIONADOS A MEDICAMENTOS APRESENTADOS DURANTE O TRATAMENTO

Leia mais

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo.

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo. 1 INSTRUÇÕES Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo. 2 Este Caderno contém 04 casos clínicos e respectivas

Leia mais

Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada

Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada Toxoplasmose congênita: desafios de uma doença negligenciada Dra. Jaqueline Dario Capobiango Universidade Estadual de Londrina 2018 = 110 anos de história Nos EUA a toxoplasmose é considerada uma das cinco

Leia mais

O PERFIL DO SETOR DE NEUROLOGIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO - CAMPO GRANDE-MS

O PERFIL DO SETOR DE NEUROLOGIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO - CAMPO GRANDE-MS 23 O PERFIL DO SETOR DE NEUROLOGIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DOM BOSCO - CAMPO GRANDE-MS Aline Schio* Karla de Toledo Candido** Lúcio Benedicto Kroll*** RESUMO Este artigo descreve a característica dos

Leia mais

Meningoencefalomielites. Meningoencefalomielites protozoárias II. Protozoários intra-celulares. Toxoplasmose. Vias e formas infectantes 08/10/2016

Meningoencefalomielites. Meningoencefalomielites protozoárias II. Protozoários intra-celulares. Toxoplasmose. Vias e formas infectantes 08/10/2016 PUC Minas MV VITOR MÁRCIO RIBEIRO vitor@pucminas.br Meningoencefalomielites protozoárias II Toxoplasma, Neospora e Leishmania. Definição Meningoencefalomielites Processo inflamatório que envolve as MENINGES,

Leia mais

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto ESCLEROSE MÚLTIPLA: EXPERIÊNCIA CLÍNICA DO CENTRO DE REFERÊNCIA DO HOSPITAL DE BASE DE SÃO JOSE DO RIO PRETO, SÃO PAULO Waldir Antonio Maluf Tognola Definição

Leia mais

Toxoplasmose Roteiro da Aula

Toxoplasmose Roteiro da Aula Doenças de veiculação hídrica e ingestão de alimento contaminado Toxoplasmose oocisto/cisto Ascaridíase - ovos Amebíase - cistos Giardíase - cistos Oxiuríase - ovos Teníase / cisticercose cisto/ovos Ancilostomíase

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ

INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ INVESTIGAÇÃO DE CASOS DE TOXOPLASMOSE OCULAR NO NOROESTE DO PARANÁ Carlos Alexandre Zanzin Manrique (PPSUS-FA/UEM), Ana Lúcia Falavigna- Guilherme (Orientador), e-mail: cazmanrique@gmail.com Universidade

Leia mais

XVIII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen.

XVIII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen. XVIII Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen www.digimaxdiagnostico.com.br Caso Clínico Identificação: J.S.O. Paciente do sexo feminino. 24 anos. Caso Clínico Quadro Clínico: -HDA: - Cervicodorsalgia

Leia mais

FERNANDA DO CARMO DE STEFANI AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE IMAGEM E CRITÉRIOS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS

FERNANDA DO CARMO DE STEFANI AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE IMAGEM E CRITÉRIOS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS FERNANDA DO CARMO DE STEFANI AVALIAÇÃO DOS MÉTODOS DE IMAGEM E CRITÉRIOS UTILIZADOS NO DIAGNÓSTICO DE NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTES COM AIDS Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina,

Leia mais

CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3

CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3 CASO EM FOCO CASO EM FOCO EDNA M. ALBUQUERQUE DINIZ 1 MÁRIO E. CAMARGO 2 FLÁVIOA.COSTAVAZ 3 Instituto da Criança "Prof. Pedro de Alcântara" do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade

Leia mais

Infecção pelo HIV-AIDS

Infecção pelo HIV-AIDS Infecção pelo HIV-AIDS Doenças Oportunístas Valdes Roberto Bollela Divisão de Moléstias Infecciosas Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP Contagem de CD4 Infecções Oportunistas/CD4+ 800 700 600 500

Leia mais

Meningite. Introdução. Serão abordados os dois tipos de meningite, bacteriana e viral. Bacteriana: Definição:

Meningite. Introdução. Serão abordados os dois tipos de meningite, bacteriana e viral. Bacteriana: Definição: Meningite Introdução Serão abordados os dois tipos de meningite, bacteriana e viral Bacteriana: Definição: Infecção purulenta aguda no espaço subaracnóide. Está associada com uma reação inflamatória no

Leia mais

Imunologia da infecção pelo HIV

Imunologia da infecção pelo HIV Imunologia da infecção pelo HIV Histórico e epidemiologia 1981 - Em oito meses foram diagnosticados 5 casos de pneumonia pelo FUNGO (Pneumocystis jiroveci). Entre 1967 e 1979 foram diagnosticados apenas

Leia mais

Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial

Toxoplasmose. Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii. Único agente causal da toxoplasmose. Distribuição geográfica: Mundial Toxoplasmose Zoonose causada por protozoário Toxoplasma gondii Único agente causal da toxoplasmose Distribuição geográfica: Mundial Hospedeiros: a) Hospedeiros finais ou definitivos: - felideos (gato doméstico

Leia mais

II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM

II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM II SIEPS XX ENFERMAIO I MOSTRA DO INTERNATO EM ENFERMAGEM Fortaleza - CE 23 a 25 de Maio de 2016 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM APLICADO A UM PACIENTE COM AIDS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Mariane

Leia mais

Radiologia do crânio e face

Radiologia do crânio e face Radiologia do crânio e face WWW.CEDAV.COM.BR ricardoferreiractba@hotmail.com Radiologia do crânio e face Estruturas ósseas Seios da face Cavidade oral Órbitas Articulações temporo mandibulares (ATM) OSSOS

Leia mais

HIV. Infecção Primária

HIV. Infecção Primária HIV Infecção Primária Após o contato sexual, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) atravessa a barreira mucosa e alcança o tecido linfático da região em cerca de 2 dias, ganhando acesso aos linfócitos

Leia mais

TRATAMENTO DA NEUROTOXOPLASMOSE COM A ASSOCIAÇÃO SULFAMETOXAZOIL-TRIMETOPRIM

TRATAMENTO DA NEUROTOXOPLASMOSE COM A ASSOCIAÇÃO SULFAMETOXAZOIL-TRIMETOPRIM TRATAMENTO DA NEUROTOXOPLASMOSE COM A ASSOCIAÇÃO SULFAMETOXAZOIL-TRIMETOPRIM RELATO DE 10 CASOS JOSÉ PAULO SMITH NÓBREGA * RESUMO É crescente a incidência da neurotoxoplasmose em virtude do alastramento

Leia mais

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. HIV/AIDS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS HIV/AIDS Aula 2 Profª. Tatiane da Silva Campos Diagnóstico - investigação laboratorial após a suspeita de risco de infecção pelo HIV. janela imunológica é

Leia mais

Disciplina de Parasitologia

Disciplina de Parasitologia Disciplina de Parasitologia Curso de Medicina 2018 Tema: Toxoplasmose Profa. Dra. Juliana Quero Reimão Toxoplasmose Generalidades Zoonose cujo quadro clínico no homem varia desde infecção assintomática

Leia mais

NeuroAtual. Julho Efficacy of combined antiparasitic therapy with praziquantel and

NeuroAtual. Julho Efficacy of combined antiparasitic therapy with praziquantel and NeuroAtual Julho 2014 Osvaldo M. Takayanagui Efficacy of combined antiparasitic therapy with praziquantel and albendazole for neurocysticercosis: a double blind, randomized controlled trial. Garcia HH

Leia mais

ALDAIR WEBER 1*, GABRIELA FLORES DALLA ROSA 1, TATIANE DE SOUZA 1, LARISSA HERMES THOMAS TOMBINI 2,

ALDAIR WEBER 1*, GABRIELA FLORES DALLA ROSA 1, TATIANE DE SOUZA 1, LARISSA HERMES THOMAS TOMBINI 2, PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS DE PACIENTES PORTADORES DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV) QUE REALIZARAM ACOMPANHAMENTO EM UM SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA NA REGIÃO OESTE CATARINENSE NO

Leia mais

número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS número 32 - outubro/2016 RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida

Leia mais

A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens.

A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. CLAUDIA WITZEL A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente em

Leia mais

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS)

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS) Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS) Definição - Doença infecciosa sistêmica - Manifestação cutânea que acompanha o quadro clínico - Dado fundamental para o diagnóstico Exantema - Etiologia H. contágio

Leia mais

Esclerose Múltipla. Mirella Fazzito

Esclerose Múltipla. Mirella Fazzito Esclerose Múltipla Mirella Fazzito Introdução Definição : A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença auto-imune de caráter inflamatório desmielinizante que acomete mais freqüentemente adultos jovens, causa

Leia mais

NEURODENGUE. Marzia Puccioni Sohler, MD, PhD. Laboratório de Líquido Cefalorraquidiano UFRJ

NEURODENGUE. Marzia Puccioni Sohler, MD, PhD. Laboratório de Líquido Cefalorraquidiano UFRJ NEURODENGUE Marzia Puccioni Sohler, MD, PhD Laboratório de Líquido Cefalorraquidiano UFRJ Etiologia: Vírus da Dengue Composto de fita simples de RNA Proteínas E e NS1 Sorotipos: DENV-1,DENV-2, DENV-3,

Leia mais

10 FATOS SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE

10 FATOS SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE 10 FATOS SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE 10 FATOS SOBRE A SEGURANÇA DO PACIENTE ATUALIZADO EM MARÇO DE 2018 HTTP://WWW.WHO.INT/FEATURES/FACTFILES/PATIENT_SAFETY/EN/ 1 GOVERNO FEDERAL A segurança do paciente

Leia mais

COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS DA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA

COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS DA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS DA SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EXPERIÊNCIA DO HUCFF - UFRJ MARZIA PUCCIONI-SOHLER * ROSALIE BRANCO CORRÊA * MAURÍCIO A. PEREZ ** MAURO SCHECHTER ** CELSO RAMOS FILHO

Leia mais

Difusão por Ressonância Magnética

Difusão por Ressonância Magnética Difusão por Ressonância Magnética A difusão é definida basicamente como o movimento aleatório pelo qual as moléculas de um soluto migram em direção a um gradiente mais baixo de concentração da solução.

Leia mais

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical

Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2014 Tuberculose Chagas, Malária Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita

Leia mais

Infecções na gravidez

Infecções na gravidez Infecções na gravidez Perguntas norteadoras: 1. Quais são as formas de infecção vertical e as principais infecções que ocorrem por meio delas? 2. Do ponto de vista alimentar, que medidas poderiam prevenir

Leia mais

Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior...

Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior... Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior... (Aves e anfíbios) (Cachorro e gato) (Gado) (Gado e galinha) (Ungulados) Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie Protozoa Apicomplexa Taxonomia Sporozoa

Leia mais

ANORMALIDADES DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO EM 170 CASOS DE AIDS

ANORMALIDADES DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO EM 170 CASOS DE AIDS ANORMALIDADES DO LÍQUIDO CEFALORRAQUEANO EM 170 CASOS DE AIDS J. A. LIVRAMENTO * L. R. MACHADO * A. SPINA -FRANÇA ** RESUMO Foi estudado sistematizadamente o líquido cefalorraqueano (LCR) de 170 pacientes

Leia mais

O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO 1 O PERFIL DOS PACIENTES COM SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Aluana Moraes 1 Ana Cristina Casarolli Geis 2 Thaís Eberhardt 3 Daisy Cristina Rodrigues 4 Lili Marlene Hofstatter

Leia mais

TERAPIA IMUNOPROFILÁTICA COM PALIVIZUMABE

TERAPIA IMUNOPROFILÁTICA COM PALIVIZUMABE TERAPIA IMUNOPROFILÁTICA COM PALIVIZUMABE A partir de 02.01.2018, entra em vigência a RN 428 onde passa a ter cobertura a Terapia Imunoprofilática com Palivizumabe para o Vírus Sincicial Respiratório,

Leia mais

Infecções congênitas. Prof. Regia Lira

Infecções congênitas. Prof. Regia Lira Infecções congênitas Prof. Regia Lira 12 de maio de 2015 ADAPTAÇÃO IMUNOLÓGICA MATERNO-FETAL Interpretação de resultados dos imunoensaios: Feto ou necém-nascido: sistema imune em desenvolvimento (fora

Leia mais

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica

Pneumonia Comunitária no Adulto Atualização Terapêutica Pneumonia Comunitária no Adulto Carlos Alberto de Professor Titular de Pneumologia da Escola Médica de PósGraduação da PUC-Rio Membro Titular da Academia Nacional de Medicina Chefe do Serviço de Pneumologia,

Leia mais

COORDENADORIA DO CURSO DE MEDICINA CAMPUS DOM BOSCO PLANO DE ENSINO. Unidade Curricular: CUIDADOS EM NEUROLOGIA. Co-requisito: Grau: Bacharelad o

COORDENADORIA DO CURSO DE MEDICINA CAMPUS DOM BOSCO PLANO DE ENSINO. Unidade Curricular: CUIDADOS EM NEUROLOGIA. Co-requisito: Grau: Bacharelad o ! COORDENADORIA DO CURSO DE MEDICINA CAMPUS DOM BOSCO PLANO DE ENSINO Unidade Curricular: CUIDADOS EM NEUROLOGIA Coordenador de eixo: Viviane Accarino Grobério Nome do Coordenador da Unidade Curricular:

Leia mais

ESCLEROSE MÚLTIPLA. Prof. Fernando Ramos Gonçalves

ESCLEROSE MÚLTIPLA. Prof. Fernando Ramos Gonçalves ESCLEROSE MÚLTIPLA Prof. Fernando Ramos Gonçalves Unidade anatômica e funcional do SNC ESCLEROSE MÚLTIPLA Sinonímia: Esclerose em placas Esclerose insular Esclerose disseminada Conceito É uma doença crônica,

Leia mais

A ÉDIC A M IC CLÍN CSI INFECTOLOGIA VOL. 1

A ÉDIC A M IC CLÍN CSI INFECTOLOGIA VOL. 1 SIC CLÍNICA MÉDICA INFECTOLOGIA VOL. 1 Autoria e colaboração Durval Alex Gomes e Costa Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Especialista em Infectologia pelo Hospital

Leia mais

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão.

Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão. 1 Síndromes clínicas ou condições que requerem precauções empíricas, associadas às Precauções Padrão. SÍNDROMES OU CONDIÇÃO CLÍNICA PATÓGENOS POTENCIAIS PRECAUÇÕES EMPIRICAS Diarréia: Aguda, por provável

Leia mais

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus 02-2017 1- Quais foram as observações feitas por Adolf Mayer que permitiram concluir que o agente etiológico da Doença do Mosaico do tabaco era um

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

A EMA confirma as recomendações para minimizar o risco da infeção cerebral LMP com Tysabri

A EMA confirma as recomendações para minimizar o risco da infeção cerebral LMP com Tysabri 25/04/2016 EMA/266665/2016 A EMA confirma as recomendações para minimizar o risco da infeção cerebral LMP com Deve considerar-se a realização mais frequente de exames de IRM para os doentes de maior risco

Leia mais

Sessão de Neuro- Oncologia

Sessão de Neuro- Oncologia Sessão de Neuro- Oncologia ,, 34 anos Final de 2009: Crises de ausência pelo menos uma vez por semana, por 20-30 segundos eu deixava de compreender o que a pessoa estava falando, inclusive o que eu falava.

Leia mais

GILENYA (fingolimod) Lista de Verificação do Médico Prescritor. Este medicamento está sujeito a monitorização adicional

GILENYA (fingolimod) Lista de Verificação do Médico Prescritor. Este medicamento está sujeito a monitorização adicional GILENYA (fingolimod) Lista de Verificação do Médico Prescritor Este medicamento está sujeito a monitorização adicional Lista de verificação dirigida ao médico com informação de segurança importante acerca

Leia mais

HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO

HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO HOSPITAL PEDIÁTRICO DAVID BERNARDINO SESSÃO CLÍNICA CASO CLÍNICO DO SERVIÇO DE NEONATOLOGIA Luanda, Setembro de 2016 Anete Caetano Identificação Nome: J.A.M Idade: 13 dias (DN: 27/07/2016) Sexo: Masculino

Leia mais

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA

EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA EXAMES LABORATORIAIS: IMUNOLOGIA Aula 2 CONCEITOS GERAIS Imunidade: conjunto de processos fisiológicos que permite ao organismo reconhecer corpos estranhos e responder contra os mesmos. Sistema imune:

Leia mais

AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM SNC, NA REATIVAÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS, EM PORTADORES DE HIV/AIDS

AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM SNC, NA REATIVAÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS, EM PORTADORES DE HIV/AIDS AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM SNC, NA REATIVAÇÃO DA DOENÇA DE CHAGAS, EM PORTADORES DE HIV/AIDS TAVARES, Walter. Docente do Curso de Graduação em Medicina. SOUZA, Alisson Dias Azevedo. Discente do Curso

Leia mais

Anexo IV. Conclusões científicas

Anexo IV. Conclusões científicas Anexo IV Conclusões científicas 38 Conclusões científicas As provas científicas sobre leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) em doentes tratados com Tysabri estão a aumentar rapidamente. Ficaram

Leia mais

Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma

Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 6, n. 1, p.13-18, 2005. 13 ISSN 1982-2111 Comparação entre testes utilizados para pesquisa de anticorpos antitoxoplasma em gestantes 1

Leia mais

RESPOSTA IMUNE CONTRA MICRORGANISMOS

RESPOSTA IMUNE CONTRA MICRORGANISMOS RESPOSTA IMUNE CONTRA MICRORGANISMOS Prof. Patrícia Costa Microrganismos Ø Bactérias extracelulares Clostridium tetani Ø Bactérias intracelulares Micobactérias Ø Vírus HepaDte B, HIV Ø Parasitas Ø Protozoários

Leia mais

aciclovir Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda creme dermatológico 50 mg/g

aciclovir Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda creme dermatológico 50 mg/g aciclovir Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda creme dermatológico 50 mg/g aciclovir Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999 LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO

Leia mais

VALOR DIAGNÓSTICO DA PCR EM TEMPO REAL NA MENINGITE TUBERCULOSA: DADOS PRELIMINARES DE ESTUDO PROSPECTIVO

VALOR DIAGNÓSTICO DA PCR EM TEMPO REAL NA MENINGITE TUBERCULOSA: DADOS PRELIMINARES DE ESTUDO PROSPECTIVO VALOR DIAGNÓSTICO DA PCR EM TEMPO REAL NA MENINGITE TUBERCULOSA: DADOS PRELIMINARES DE ESTUDO PROSPECTIVO Felipe Augusto Souza Gualberto1 Jose Ernesto Vidal1 Cláudio Tavares Sacchi2 Maria Gisele Gonçalves2

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA ASSOCIADO AO USO DE ANTICORPO MONOCLONAL NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

DESENVOLVIMENTO DE LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA ASSOCIADO AO USO DE ANTICORPO MONOCLONAL NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA DESENVOLVIMENTO DE LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA ASSOCIADO AO USO DE ANTICORPO MONOCLONAL NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA Juliana Araújo Ferreira 1, Felipe Mactavisch da Cruz 2 Resumo A

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IMUNOLOGIA CERTIFICADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM IMUNOLOGIA CERTIFICADO Certificamos que Lavinia dos Santos Mascarenhas apresentou na modalidade oral o trabalho intitulado Association Between Microbiote And Cancers: A Literature Review durante o VI Curso de Verão em Imunologia

Leia mais

ANO OPCIONAL EM NEUROLOGIA PROGRAMA: NEUROLOGIA ANO OPCIONAL (CÓD. 1547)

ANO OPCIONAL EM NEUROLOGIA PROGRAMA: NEUROLOGIA ANO OPCIONAL (CÓD. 1547) ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA RESIDÊNCIA MÉDICA 26 SÓ ABRA QUANDO AUTORIZADO LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO CONFIRA O SEU CADERNO. Este caderno de provas contém 20 questões assertivas.. Confira seu

Leia mais

Materiais e Métodos As informações presentes neste trabalho foram obtidas a partir de revisão bibliográfica e do prontuário

Materiais e Métodos As informações presentes neste trabalho foram obtidas a partir de revisão bibliográfica e do prontuário Introdução Pacientes portadores de Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) são predisponentes a desenvolverem complicações trombogênicas, especialmente em terapias envolvendo a L-asparaginase, que apresenta potencial

Leia mais

Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) Goiás 2016

Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) Goiás 2016 SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E RESPOSTA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Boletim de Microcefalia e/ou alterações do Sistema Nervoso

Leia mais

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CLÍNICA MÉDICA

PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CLÍNICA MÉDICA PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CLÍNICA MÉDICA 2016 Programa de Residência Médica em Clínica Médica 2016 Unidade: Hospital Copa D Or Diretor de Ensino e Coordenador Geral da Residência Médica: Dr Arnaldo

Leia mais

PROJETOS DE PESQUISA E EXTENSÃO

PROJETOS DE PESQUISA E EXTENSÃO Nome do projeto (programa vinculado se houver) A sobrecarga e a qualidade de vida de cuidadores de pacientes atendidos em Centros de Atenção Psicossocial. Vinculado ao programa de pós graduação da Ciências

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

ARTIGO ORIGINAL. Raquel Telles Quixadá Lima 1. Mailze Campos Bezerra 2. Ádilla Thaysa Mendes Ribeiro 3. Marta Maria das Chagas Medeiros 4.

ARTIGO ORIGINAL. Raquel Telles Quixadá Lima 1. Mailze Campos Bezerra 2. Ádilla Thaysa Mendes Ribeiro 3. Marta Maria das Chagas Medeiros 4. 15 ARTIGO ORIGINAL Raquel Telles Quixadá Lima 1. Mailze Campos Bezerra 2. Ádilla Thaysa Mendes Ribeiro 3. Marta Maria das Chagas Medeiros 4. 1 Reumatologista pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital

Leia mais

Informação de segurança para o médico*

Informação de segurança para o médico* Informação de segurança para o médico* e recomendações para o acompanhamento de doentes com esclerose múltipla em tratamento com Tysabri (natalizumab) * A terapêutica com Tysabri deve ser iniciada e supervisionada

Leia mais

Microcefalia na atenção básica

Microcefalia na atenção básica Microcefalia na atenção básica Enfoque da Medicina Fetal Dra. Jamile Simas Abi Saab MICROCEFALIA NA ATENÇÃO BÁSICA Microcefalia: malformação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada.

Leia mais

Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira

Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira Seminários de Oncologia Prof. Dr. Harley Francisco de Oliveira SERVIÇO DE RADIOTERAPIA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Caso Clínico ID: AJS, feminino, 56 anos, gerente

Leia mais

aciclovir Creme dermatológico 50mg/g

aciclovir Creme dermatológico 50mg/g aciclovir Creme dermatológico 50mg/g MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE aciclovir Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. APRESENTAÇÃO Creme dermatológico 50mg/g Embalagem contendo 1 bisnaga

Leia mais

31/07 3 a -f 14:00 16:00 Resposta imune inata e Inflamação (AT) FF A. Keller

31/07 3 a -f 14:00 16:00 Resposta imune inata e Inflamação (AT) FF A. Keller Curso de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia 2º Semestre 2018-2º ano Biomédico Escola Paulista de Medicina UNIFESP AT: Aula Teórica AP: Aula Prática ED: Estudo Dirigido Disciplinas: Imunologia, Micro

Leia mais

Guia de Serviços Atualizado em 30/04/2019

Guia de Serviços Atualizado em 30/04/2019 Guia de Serviços Atualizado em 30/04/2019 Realizar consulta especializada em leishmaniose Atualizado em: 30/04/2019 Descrição A Fiocruz Minas Gerais (Instituto René Rachou - IRR) realiza o diagnóstico

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 1

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS 1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS São agentes infecciosos com características diferenciadas; Não são visualizados ao Microscópio de Luz; Não são isolados in vitro

Leia mais

OS VÍRUS. Um Caso à Parte

OS VÍRUS. Um Caso à Parte OS VÍRUS Um Caso à Parte CARACTERÍSTICAS São extremamente pequenos (medem menos que 0,2 um) e acelulares São considerados como a nova descoberta de seres vivos, porém possuem muitas características de

Leia mais

2. Nome do(s) supervisor(es): PROFA. DRA. SONIA REGINA PASIAN. Psicóloga MARIA PAULA FOSS

2. Nome do(s) supervisor(es): PROFA. DRA. SONIA REGINA PASIAN. Psicóloga MARIA PAULA FOSS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO CENTRO DE PESQUISA E PSICOLOGIA APLICADA ESTÁGIO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

Leia mais

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP UMA CONTRIBUIÇÃO DO RESIDENTE DE ENFERMAGEM NO CAMPO DE PRÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP UMA CONTRIBUIÇÃO DO RESIDENTE DE ENFERMAGEM NO CAMPO DE PRÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 4 RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP UMA CONTRIBUIÇÃO DO RESIDENTE DE ENFERMAGEM NO CAMPO DE PRÁTICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA Ana Carolina Albino de Oliveira 1, Márcia Pereira Gomes 2, Maria Tereza Tavares 3 RESUMO

Leia mais

Idade e mutação da protrombina G20120A são fatores de risco independentes para a recorrência de trombose venosa cerebral

Idade e mutação da protrombina G20120A são fatores de risco independentes para a recorrência de trombose venosa cerebral Idade e mutação da protrombina G20120A são fatores de risco independentes para a recorrência de trombose venosa cerebral Pires GS 1, Ribeiro DD 1, Freitas LC 1, Vaez R 3, Annichino-Bizzacchi JM 2, Morelli

Leia mais