Francisco José Soller de Mattos
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- Brian Galindo Vidal
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1 Princípios gerais da publicidade no Código de Proteção e Defesa do Consumidor Francisco José Soller de Mattos
2 Introdução Nosso ordenamento jurídico não obriga a Nosso ordenamento jurídico não obriga a ninguém a anunciar os seus produtos ou serviços, porém, se o fizer, a sua publicidade está sujeita a uma série de deveresimpostospelaleinº8.078de11 de setembro de 1990(CDC).
3 O que é publicidade? É toda informação dirigida ao públicocomoobjectivodepromover, directa ou indirectamente, uma actividadeeconómica. Carlos Ferreira Almeida apud Antônio Herman de Vasconcelos e Benjamin.
4 Publicidade e propaganda A publicidade tem objetivo comercial x A propaganda visa a um fim ideológico, religioso, político, econômico ou social. Os elementos que constituem a publicidade são: a difusão e a informação. A publicidade caracteriza-se por ser paga e sempre identifica-se o seu patrocinador, o que nem sempre ocorre com a propaganda. Napropagandadifunde-se uma idéia,aopassoquena publicidade divulga-se uma mercadoria ou serviço.
5 Princípios Gerais da Publicidade no CDC Princípio da identificação da publicidade(art. 36). Princípio da vinculação contratual da publicidade(arts. 30e35). Princípiodaveracidade(art.37 1º). Princípio da não-abusividade da publicidade(art. 37 2º). Princípiodainversãodoônusdaprova(art.38). Princípio da transparência( art. 36, parágrafo único). Princípio da correção do desvio publicitário (art. 56, XII).
6 Princípio da Identificação da Publicidade Art.36.Apublicidadedeveserveiculadadetal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Parágrafo Único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem.
7 Objetivo do Princípio da Identificação da Publicidade Prevenir contra as chamadas "publicidades Prevenir contra as chamadas "publicidades ocultas" e"subliminares", através da técnica do Merchandising, de freqüente utilização em espetáculos, novelas, teatros, ou seja, a aparição dosprodutosnovídeo,noáudioounosartigos impressos, que insinuam situação normal de consumo, sem declaração ostensiva da marca.
8 Princípio da Vinculação Contratual da Publicidade Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer formaoumeiodecomunicaçãocomrelaçãoa produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular, ou dela seutilizar,eintegraocontratoquevieraser celebrado.
9 Objetivo do Princípio da Vinculação Contratual da Publicidade O consumidor pode exigir do fornecedor o cumprimento do conteúdo da comunicação publicitária. A publicidade constitui uma espécie de negócio jurídico unilateral, na medida em que obriga o fornecedor a cumprir com a promessa, desde a sua difusão.
10 Princípio da Veracidade da Publicidade OArt. 37 1º veda a publicidade enganosa, que pode ser apresentada de duas formas: Por comissão O fornecedor afirma alguma coisa capaz de induzir o consumidor a erro, dizendo alguma coisa que não é verdadeira. Por omissão. O anunciante deixa de afirmar o que é relevante, também induzindo o consumidor a erro. Irrelevanteaboaouamáfédofornecedor.
11 Princípio da Não Abusividade da Publicidade O art. 37, 2º, do CDC, proíbe de qualquer forma, dentre outras, a publicidade que: seja discriminatória; incite à violência; desperte o medo ou superstição; se aproveite da deficiência de julgamento e inexperiência da criança; atinja valores ambientais; induza a comportamento prejudicial ou perigoso à sua saúde ou segurança.
12 Abusividade do art. 37, 2º, do CDC. discrimine raça, sexo, condição social, nacionalidade, profissão, convicções políticas ou religiosas, etc. mostreaviolência,sejaentrehomens,sejaentrehomense animais, ou até contra bens públicos ou privados. atinge o meio ambiente, como direito fundamental. exploredomedooudasuperstição. sedirijaainfantes. Responde pelo desvio publicitário, em regra, o anunciante ou a quem o anúncio aproveita, não se excluindo, porém, a agência e do próprio veículo de comunicação.
13 Princípio da Inversão do Ônus da Prova (art. 38). Decorre dos Princípios da veracidade e da não abusividade da publicidade, bem como do reconhecimento opis legi, da vulnerabilidade do consumidor. Facilitaadefesadoconsumidoremjuízo,cabendoao fornecedor demonstrar que sua publicidade foi veiculada adequadamente. Justificativa: Trata-se, pois, de ação tendente a instruir, ilegitimamente, o consumidor, a respeito de bens ou serviços oferecidos, condicionando o seu comportamento para a respectiva aquisição ou fruição; daíporquesedeslocaparaopatrocinadoroônusda provadaveracidadeedacorreçãodainformaçãoouda comunicação publicitária.(c. A. Bittar)
14 Princípio da Transparência da Fundamentação DeveranexoaoPrincípiodaboa-fécomonormadeconduta,poisa publicidade constitui-se em verdadeira oferta (Princípio da vinculação contratual da publicidade- art. 31, do CDC): Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. A publicidade deve conter informações suficientes para esclarecer ao consumidor sobre os elementos básicos que irão fundamentar a eventual formação segura e satisfatória de um contrato que atenda a seus interesses econômicos.
15 Princípio da Correção do Desvio Publicitário Ocorrido o desvio publicitário, além da sua reparação civil, repressão administrativa e penal, necessário que sejam desfeitos o seu impacto sobre os consumidores, o que se faz através da contrapropaganda, sic,(melhor seria contra publicidade), acolhida pelocódigoemseuart.56,xii. Trata-se de veiculação de outra publicidade para sanar os malefícios causados pela publicidade originária. Naquela, de caráter explicativo, o fornecedor, às suas expensas, informa corretamente ao consumidor, desfazendo os erros do anúncio original. Édivulgadanomesmoveiculodecomunicaçãoutilizadoecomas mesmas características empregadas, no que se refere à duração, espaço, local e horário. Tem como objetivo apagar a informação inadequada da percepção do consumidor, restaurando dessa forma, a realidade dos fatos.
16 A tutela penal da publicidade Considera-se crimes contra as relações de consumo a prática de publicidade enganosa ou abusiva, bem como a promoção de publicidade que induza o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança. Aofornecedorquenãomantenhaemseupoderos dados fáticos, técnicos e científicos que embasaram a sua mensagem publicitária, será cominada pena de detençãoemulta(arts.67,68e69).
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