UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE A LITERATURA BRASILEIRA NO ENSINO SUPERIOR Por: Rosângela Castanheira do Prado Orientador Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães Rio de Janeiro 2005

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE 2 A LITERATURA BRASILEIRA NO ENSINO SUPERIOR Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Por: Rosângela Castanheira do Prado

3 AGRADECIMENTOS 3 Agradeço a Deus pela saúde e força para concluir mais uma etapa da minha vida universitária.

4 DEDICATÓRIA 4 Ofereço este trabalho à minha mãe, Maria Helena Castanheira do Prado, por ser um exemplo de força e dedicação.

5 RESUMO 5 O estudo da literatura como forma de desenvolvimento cultural é um trabalho que possibilita ao aluno o conhecimento de seu passado, através de obras clássicas e proporciona um enriquecimento cultural por meio da leitura e da prática. Neste estudo foi realizado um trabalho de pesquisa da literatura desde o descobrimento do Brasil, passando pelos grandes movimentos literários, até o processo de ensino e aprendizagem nos dias atuais. Para que serve o estudo da literatura e quais os seus fundamentos no ensino universitários? Iremos estudar a literatura como fonte de inspiração, criação e principalmente como uma importantíssima fonte de conhecimento, porque através dos livros aprendemos muito sobre o mundo que nos rodeia. No âmbito universitário, a literatura exerce um papel de formação e também informativo, com o aprofundamento nas obras literárias, com o conhecimento dos autores e desenvolvimento para a vida.

6 METODOLOGIA 6 Os métodos de pesquisa utilizados na produção desta monografia foram basicamente bibliográficos.

7 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - O Estudo da Literatura como forma de desenvolvimento Cultural 10 CAPÍTULO II Como despertar o interesse do aluno para as Obras importantes e Clássicas da Literatura Brasileira 28 CAPÍTULO III Para que serve o estudo da Literatura e quais os seus fundamentos no Ensino Universitário 32 CONCLUSÃO 34 ANEXO 35 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 58 ÍNDICE 60 FOLHA DE AVALIAÇÃO 62

8 INTRODUÇÃO 8 Segundo Lígia Chiappini (1999), podemos distinguir algumas significações da palavra literatura: 1. A literatura como instituição nacional, como patrimônio cultural. 2. A literatura como sistema de obras, autores e público. 3. A literatura como disciplina escolar que se confunde com a história literária. 4. Cada texto consagrado pela crítica como sendo literário. 5. Qualquer texto, mesmo não consagrado, com intenção literária, visível num trabalho da linguagem e da imaginação, ou simplesmente esse trabalho enquanto tal. Podemos dizer que a literatura possibilita, de acordo com o leitor e com o contexto histórico-social, diversas leituras e interpretações. É um método de pesquisa capaz de estimular os alunos universitários a desenvolver um pensamento crítico e de conhecer a cultura Brasileira através de construções lingüísticas populares e eruditas, passadas e presentes. Esse estímulo que será criado a partir do desenvolvimento literário, através de pesquisas didáticas, textos literários e documentários, devendo observar sempre a realidade do aluno universitário, incentivando sempre a busca do conhecimento. Diz Lígia, que é importante, sobretudo nos primeiros anos de contato com os textos, exercitar a leitura e a escrita, para que a reflexão teórica e histórica sobre eles se dê a partir de uma vivência e do processo que os gera: o trabalho criativo com a linguagem, a prática da expressão livre. Neste trabalho iremos presenciar a evolução da literatura a partir de seu contexto histórico, com a História do Brasil, desde o descobrimento, com

9 9 vários relatos dos portugueses colonizadores e diários de bordo, bem como os movimentos literários desde o Renascimento até o Modernismo. Trataremos ainda, de uma forma especial, da difícil tarefa de despertar o interesse do aluno universitário pelas Obras Clássicas da literatura Brasileira e descrevendo a importância da literatura na nossa vida, como algo vivo, que faz parte da vida da gente, em um mundo com um passado histórico a ser conhecido, com histórias atuais contadas, poemas, canções, contos, prosas, filmes e documentários, enfim, conhecendo o passado e o presente da literatura.

10 10 CAPÍTULO I O ESTUDO DA LITERATURA COMO FORMA DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL... O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado... Mário Quintana

11 11 A Literatura é um método de pesquisa que se propõe a estimular os alunos universitários a desenvolver um pensamento crítico, possibilitando o conhecimento da cultura Brasileira através de construções lingüísticas, populares e eruditas, passadas e presente. A Literatura oferece ainda o mapeamento de espaços e béns simbólicos, trazidos à cena através de patrimônios (material, imaterial e natural), que configuram o perfil identitário de um determinado lugar dentro do nosso país. Neste caso entendemos a literatura em relação ao estético (Lígia Chiappini, 1999). O Patrimônio material é toda cultura arquitetônica presente num determinado lugar, como, por exemplo, obras de arte, igrejas, casas culturais, e como exemplo de patrimônio imaterial podemos citar mitos, lendas, folclore, danças, músicas, culinária, hábitos de um povo. Ainda existe o patrimônio natural, que são os rios, cachoeiras, etc... Conhecer nossa literatura através dos tempos é colocar em perspectiva nossas tradições sócio-cultural e políticas. Sabe-se que a literatura, enquanto a arte da palavra, é uma das formas mais ricas de expressão de uma sociedade Conhecendo a História do Brasil Contexto Histórico: Após o descobrimento do Brasil, em meados de 1500, a Coroa Portuguesa passou a se interessar pelo país e a enviar expedições colonizadoras, às quais cabia dar parte ao rei de tudo quanto no seu vasto território houvesse. A adoção do sistema de capitanias hereditárias, a expedição de Martim Afonso e o estabelecimento do governo geral, em 1945, em Salvador, na Bahia, foram fatos marcantes no processo de colonização do Brasil. Com o

12 12 primeiro governador geral, Tomé de Souza, chegaram os primeiros jesuítas, chefiados por Manuel da Nóbrega, com a missão de catequizar o indígena, marcando o início da organização da vida administrativa, econômica, política, militar, espiritual e social do Brasil-Colônia (história do Brasil) Origem de nossa Literatura até os nossos dias Características: No cumprimento de suas tarefas, portugueses colonizadores, jesuítas, viajantes aventureiros dão origem às primeiras manifestações literárias do período, cujas primeiras obras são predominantemente informativas. Seus textos, marcados pela subjetividade cultural do europeu, descrevem a fauna, a flora, os habitantes nativos e as condições de vida na terra recémdescoberta. Apesar de não ser considerada literária, essa crônica histórica tem seu valor, pois além da linguagem e da visão de mundo dos primeiros observadores do país, revelam as condições primitivas de uma cultura nascente. Nesse primeiro século da nossa formação, a literatura informativa do colonizador português é representada inicialmente pela Carta de Pero de Vaz de Caminha, relatando o descobrimento do Brasil a D. Manuel. Historicamente, é uma verdadeira certidão de nascimento do país e dá início a um período de três séculos na nossa literatura: O Período Colonial, que inclui, além do Quinhentismo, o Barroco e o Arcadismo. Outro documento da época é o Diário de Navegação (1530) de Pero Lopes de Souza. Não é tão importante como a carta de Caminha mais enquadra-se nas crônicas de viagens, prestando informações a futuros colonizadores e exploradores de Portugal. Sem muitos dados históricos, relata a expedição de Martim Afonso de Souza ao Brasil, em 1530, como também o comando de Pero Lopes no retorno da esquadra a Portugal. Apenas em uma ou outra passagem, faz alguma referência histórica,

13 13 ressaltando a beleza da terra e de seus habitantes. Narra eventos e aponta observações náuticas e geográficas, o que o torna um documento de interesse para a história marítima de Portugal e para a da colonização do Brasil. Essencialmente informativas, as obras: História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente Chamamos Brasil (1576) e Tratado da Terra do Brasil, publicado em 1826, de Pero de Magalhães de Gândavo, e Tratado Descritivo do Brasil em 1587, de Gabriel Soares de Souza, inauguram atitudes e lançam sugestões temáticas. Manifestações que serão retomadas por alguns escritores brasileiros pertencentes ao Modernismo, tais como Oswald de Andrade (Pau-Brasil) e Mário de Andrade (Macunaíma). O trabalho informativo, pedagógico e moral dos jesuítas tem como expoentes as obras dos padres Manuel de Nóbrega, Fernão Cardim e José de Anchieta Nóbrega, com a carta noticiando sua chegada ao território brasileiro, inaugura, em 1549, a literatura informativa dos jesuítas. Além da vasta correspondência em que relata o andamento da catequese e da obra pedagógica a outros membros da Companhia de Jesus, escreve o Diálogo Sobre a Conversão de Gentio (1557), única obra planejada e com valor literário reconhecível. Nela, sua intenção é convencer os próprios jesuítas do significado humano e cristão da catequese. As obras de Cardim Do Clima e Terra do Brasil e de Algumas Coisas Notáveis que se Acham Assim na Terra como no Mar; Do princípio e Origem dos Índios do Brasil e de seus Costumes, Adoração e Cerimônias, Narrativa Epistolar de uma Viagem e Missão Jesuítica revelam um certo planejamento literário, independentemente da informação epistolar (Heitor Megale, 1977). Quanto à valorização literária, José de Anchieta destaca-se como o único autor desta época cuja produção extrapola o caráter meramente histórico. Escreveu poemas líricos, épicos, autos, cartas, sermões e uma

14 14 pequena gramática da língua tupi. Além do caráter informativo e educacional, algumas de suas criações literárias visavam, satisfazer sua vida espiritual Carta de Pero Vaz de Caminha, Textos de Informação (vide Anexo 1). Pero Vaz de Caminha descreve, com a máxima atenção, o que encontrou ao chegar no Brasil. Os habitantes da terra com feição parda, bons rostos, bons narizes, e o adorno que usavam no lábio inferior, um osso branco. Os habitantes demonstravam interesse, surpresa ou repulsa aos objetos e iguarias a eles apresentados. terra havia. Relatando ainda, todos os primeiros acontecimentos e tudo o que na 1.3. Os Grandes Movimentos Literários Renascimento ou Quinhentismo (século XVI) Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos e sermões, cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação (de viagem) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.

15 15 Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença. As características principais deste período são as seguintes: - Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentistas, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais; - As qualidades mais valorizadas no ser humano passam a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico; - Enquanto na Idade Média a vida do homem era centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo); - A razão e natureza passam a ser valorizados com grande intensidade, O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo. (José Luis Jobim, 1987) As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc. Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

16 Barroco (século XVI e ainda se estuda pela primeira metade do século XVII) Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do Barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, Antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia, Gregório de Matos Guerra (Boca do Inferno), autor de várias poesias críticas e satíricas, e Padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes. O Barroco exprime o imponderável, visando ao infinito, pois nem os tetos das igrejas limitam o espaço, quando decorados com pinturas que os projetam para as nuvéns, representando a assunção da Virgem, a ascensão do Senhor ou a corte celeste, representando assim a exaltação religiosa. José Luís Jobim (1987), o estilo Barroco se caracteriza pelo gosto dos ornamentos e da ênfase, cultivando figuras de linguagem de todo tipo, especialmente hipérboles, antíteses e paradoxos. Gregório de Mattos, não produziu apenas sátiras. Fez também poemas amorosos, bem ao sabor do Barroco, dividido entre espírito e matéria; Anjo no nome, Angélica na cara! / Isso é se flor e anjo juntamente (Mattos, 1969 v. 3, p. 524).

17 Arcadismo (século XVIII) 17 Foi marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção de obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do Barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uruguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão. (José Luís Jobim, 1987) Depoimentos de CLÁUDIO MANUEL DA COSTA ( ), autor cujas obras, publicadas em 1768, se consideram o marco do Arcadismo no Brasil. Bem creio que te não faltará que censurar nas minhas Obras, principalmente nas Pastoris 1, onde preocupado da comum opinião, te não há de agradar a elegância de que são ornadas. Sem te apartares deste mesmo volume, encontrarás alguns lugares que te darão a conhecer como talvez ne não é estranho o estilo simples /.../; mas temendo que me condenes o muito uso das metáforas, bastará, para te satisfazer, o lembrar-te que a maior parte destas Obras foram compostas, ou em Coimbra ou pouco depois, nos meus primeiros anos; tempo em que Portugal apenas principiava a melhorar de gosto nas belas letras. A lição dos Gregos, Franceses e Italianos, sim, me fizeram conhecer a diferença sensível dos nossos estudos e dos primeiros mestres da Poesia. É infelicidade, que haja de confessar que vejo e aprovo o melhor, mas sigo o contrário na execução. (Cláudio Manuel da Costa, 1971, p ).

18 Romantismo (século XIX) 18 A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real Portuguesa em 1808 e a independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar: Individualismo, Nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. O romântico coloca na obra o seu amor, sua paixão, sua emoção, sua intuição, em fim, sua alma; O Romantismo foi à negação do Racionalismo e Convencionalismo; Sentimentalismo; Amor à natureza; Lirismo: O romântico ama o devaneio, o horror ao real leva-o a colorir o que escreve com Idealismo e Lirismo; Ilogismo: Por não ser racional, o romântico não ter lógica em sua atitude; Senso de mistério; Escapismo: Imaginação cria outro mundo e o romântico vive em seu mundo idealizado. O romântico é Idealista. Ele quer um mundo melhor. São contemporâneas da Revolução Francesa, Independência política da metrópole, libertação dos escravos; Nacionalismo; Idealização da mulher; Gosto pelo noturno.

19 19 O Romantismo aparece como um movimento internacional, de profundo significado histórico, que toma conta não só da literatura, mas também da música, da pintura, escultura e arquitetura. É ainda um conjunto de atitudes em face da vida. É uma concepção da natureza com um todo vivo; uma interpretação do mundo; a primazia da imaginação; o contato com a natureza, com o regional, com o pitoresco, com o selvagem; a fuga do mundo real para um passado remoto. (José Luís Jobim, 1987) O maior romancista e um dos maiores escritores brasileiros foi José Martiniano de Alencar, criando uma linguagem nova e que ele tentou chamar Língua Brasileira, interpretando a formação histórica da nacionalidade brasileira como dando uma visão lírica da nossa paisagem, da nossa gente e do nosso meio. Pelo Realismo psicológico com que enfoca as personagens dos seus romances urbanos, Alencar antevê o Realismo influenciando bastante Machado de Assis. Escreveríamos um poema, mas não um poema épico; um verdadeiro poema nacional, onde tudo fosse novo, desde o pensamento até a forma, desde a imagem até o verso. A forma com que Homero cantou os Gregos não serve para cantar os índios; o verso que disse a desgraça de Tróia e os combates mitológicos não pode exprimir as tristes endeixas do Guanabara, e as tradições selvagens da América. Por ventura não haverá no caos incriado do pensamento humano uma nova forma de poesia, um novo metro de verso? Tamoios. JOSÉ DE ALENCAR. As cartas sobre a Confederação dos

20 Realismo (segunda metade do século XIX) 20 A literatura romântica entrou em declínio, junto com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar: Objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social e visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras Memórias Póstumas de Brás de Cubas, Quincas Borbas, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluísio de Azevedo autor de O Mulato e o Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu. (Heitor Megale, 1977) Na literatura Brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. As peças de teatro retratam a realidade do povo brasileiro dando destaque para os principais problemas sociais. Os personagens românticos são substituídos por trabalhadores e pessoas simples Naturalismo (a partir da década de oitenta do século XIX) (José Luís Jobim, 1987) O Naturalismo sublinha a aliança que a arte da época pretendia fazer com as ciências naturais (Física, Química e Biologia), a fim de combater o caráter espiritualizado comum na produção artística do Romantismo.

21 21 Tratava-se de entender o homem principalmente como ser sujeito às leis da Natureza, isto é, um animal condicionado por mecanismos físicoquimica-biológicos cientificamente determináveis. O objetivo do Realismo-naturalismo era observar e descrever o homem em seu meio ambiente com todos os problemas sociais Parnasianismo (segunda metade do século XIX) (Heitor Megale, 1977) O parnasianismo participa do amplo movimento anti-romântico, correspondendo na poesia, ao que representam na prosa o Realismo e o Naturalismo. O Parnasianismo propõe que a literatura se torne dominada pela objetividade, evitando-se desse modo os derramamentos subjetivos e sentimentos típicos do Romantismo. Os Parnasianos praticam uma poesia predominantemente descritiva, interessada em representar paisagens e ambientes, reduzindo ao máximo o envolvimento emotivo do poeta, busca correções gramaticais, apuro da métrica e nas rimas, vocabulário selecionado. Esse aspecto do estilo parnasiano é designado pela expressão arte pela arte. O Parnasiano buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.

22 Profissão de Fé 22 Invejo os ouvires quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto relevo. Faz de uma flor. Torce, aprimora, alteia, lima. a frase; e, enfim, No verso de ouro engasta 1 a rima, Como um rubim 2. Quero que a estrofe cristalinas Dobrada ao jeito Do ouvires, saia da oficina. Sem um defeito: E horas sem conta passo, mudo, O olhar, atento, A trabalha, longe de tudo. O pensamento. Porque o escrever tanta perícia 3, Tanta requer, Que ofício tal... nem há notícia De outro qualquer. Assim procedo, minha pena Segue esta norma, Por te servir, Deusa serena, Serena Forma! (Olavo Bilac, 1977, p. 5.7)

23 1.3.8 Simbolismo (Fins do século XIX) 23 Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broqueis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismos religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. (CHADWICK, 1971, p. 13) O Simbolismo pode, pois, ser definido como a arte de exprimir idéias e emoções, não descrevendo-as diretamente, nem definindo-as através de comparações patentes com imagens concretas, mas sugerindo o que são essas idéias e emoções, e recriando-as no espírito do leitor através do emprego de símbolos não explicados. (José Luís Jobim, 1987) Os principais representantes do Simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens. Lua das noites pálidas! Alheia Ao sofrimento humano, segues no alto... Ao ouvir-te as baladas de sereia, Soluçam corações em sobressalto. És minguante, és crescente, és nova, e cheia, E sempre que tu vens, é um novo assalto Misterioso à pobre alma que vagueia, Caravela perdida no mar alto... Atrás de ti partem gemidos: corre O pranto, ao ver-te, pela face nua De quem de mágoa e de saudades morre... Vais perfumando, além, montes e vales: E nem presumes, por acaso, ó lua, Que foste a causadora dos meus males. (Alphonsus de Guimaraens, 1963, p. 78).

24 Pré Modernismo (1902 até 1922) 24 Este período é marcado pela transição, pois o Modernismo só começou em 1922, com a Semana de Arte Moderna. Esta época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. (José Luís Jobim, 1987) Os principais autores são: Euclides da Cunha (autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos. O Morcego Meia noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este Morcego! E, agora, vede: Na bruta evidência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo 1 e escaldante molho. Vou mandar levantar outra parede... - Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede! Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh alma se concentra. Que ventre produzir tão feio parto?! A consciência humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto! (Augusto dos Anjos, 1965, p. 59)

25 Primeiro Momento Modernista (1922 a 1930) 25 Neste período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. As principais características da literatura modernista são: Nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos), linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores Modernistas: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira. (Heitor Megale, 1987) A Semana de Arte Moderna, serviu como elemento de divulgação e dinamização das discordâncias, acelerando o processo de modernização. O objetivo central era se impor contra o Naturalismo. A Semana incluiu uma série de eventos (13, 15, 17 de fevereiro de 1922) no teatro Municipal de São Paulo, reunindo artistas e intelectuais que, sob o aplauso e vaias da platéia, apresentava uma espécie de sarau, declamando poemas, lendo trechos de romances, fazendo discursos, expondo quadros e tocando música. Escritores que se destacaram: Oswald de Andrade, Antônio de Alcântara Machado com Pathé Baby, Plínio Salgado com o Estrangeiro, José Américo de Almeida com Bagaceira. Mário de Andrade é um de seus representantes com Amor, Verbo Intransitivo e Macunaíma.

26 Modernismo Geração de 30 e No Brasil, a Revolução de 1930 conduziu Getúlio Vargas ao poder com o apoio da burguesia industrial. Tratava-se de um governo Provisório que incentivou a industrialização e substituiu o capital inglês pelo norte-americano. Em 1934, é promulgada a nova Constituição Brasileira, acompanhada da eleição de Getúlio Vargas para presidente da República. Em 1936, vários membros do Partido Comunista são presos, incluindo os escritores Jorge Amado e Graciliano Ramos. (José Luís Jobim, 1987) Nesta fase os escritores retornam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacaram-se as seguintes obras: Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Luís do Rego, O Quinze de Raquel de Queiroz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os Principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drumond de Andrade e Cecília Meireles.

27 27 No Meio do Caminho No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retiras tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha um pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra. (Carlos Drumond de Andrade, 1973, p. 12)

28 28 CAPÍTULO II COMO DESPERTAR O INTERESSE DO ALUNO PARA AS OBRAS IMPORTANTES E CLÁSSICAS DA LITERATURA BRASILEIRA A literatura antecipa sempre a vida. Ela não a copia em nada mas a moeda segundo seus fins. Oscar Wilde

29 29 O principal objetivo de um professor e pesquisador de Literatura é formar leitores. A partir do desenvolvimento, dentro e fora, da sala de aula é que iremos por em prática este objetivo. (Marisa Lajolo, 2003) A linguagem serve para nos comunicarmos, e também para transmitir experiências, idéias e emoções do ser humano. É nesse último sentido que ela é utilizada pela Literatura. O escritor dá muita atenção à escolha e ao sentido das palavras, e a linguagem em toda a sua amplitude, porque quer estabelecer uma relação de cumplicidade com seu leitor. A princípio, a literatura era transmitida de forma oral. Ainda hoje temos muitos exemplos de Literatura oral, como é nosso cordel. As primeiras obras de literatura que chegaram até nós estão ligadas às tradições religiosas e às origens dos povos. Como por exemplo a Bíblia dos hindus e muçulmanos, os vedas pertencente ao hinduísmo. Os textos literários mais antigos que se conhece registram lendas e mitos sobre a criação do mundo. A palavra Bíblia vem do grego e significa livros. Na verdade, podese dizer que a Bíblia não é um livro, mas vários livros, uma autêntica biblioteca composta por textos escritos em datas muito diferentes. Por autores diversos e que a barca todos os estilos literários. A literatura está presente no nosso dia-a-dia, no teatro, nas canções, na poesia, poemas e na prosa.

30 30 Os alunos, de uma maneira geral são motivados a colocar em prática o desejo de conhecimento da Literatura, devido a cobrança de obras literárias e clássicas durante as provas. Mas alguns são estimulados quando se deixam levar pela viagem que é o conhecimento das obras literárias, quando os poemas e histórias se revelam em misto de amor e ódio, reverência e desprezo, impulsos vitais e mortais, etc. Um exemplo do texto elaborado por Paulo Leminski (1983:144). O assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente. Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular com um paradigma da 1ª conjunção. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto. Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, Conetivos e agentes da passiva, o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça. Beth Brait (2003) em análise ao poema, já estamos constituídos pelo texto de Leminski. Não como sujeitos empíricos, indivíduos, mas, num

31 31 primeiro momento, como alunos, como aprendizes submetidos a um velho e tradicional padrão de análise sintática. E é isso que nos inclui de imediato no poema. E como o poeta introduz isso no texto? De várias maneiras. Uma delas, e talvez a mais forte, é por meio do léxico. O mesmo léxico que nos torturou nas aulas de análise sintática, aqui aparece uma nova organização, numa nova síntese, que, em lugar de nos causar horror, causa o riso, mostra uma face diferente. O poeta utiliza termos e expressões características do registro da análise sintática, articulados de uma forma nova, como qualificadores da maneira de ser e das ações do professor, causando o estímulo e com grande senso de humor, utilizando-se de ambigüidades, como é o caso de sujeito inexistente, artigo indefinido, etc. A literatura, naturalmente, é uma das possibilidades de exploração e utilização da língua, das palavras, para uma diversidade de fins, de propósitos os quais as teorias literárias e as teorias lingüísticas, têm contribuído decisivamente para caracterizar, pontuando as mudanças de acordo como os diferentes momentos históricos, com os diferentes povos, com as diferentes línguas, mas sempre, apesar de todas as diferenças de gêneros e conteúdos, fazer comm que a língua, em sua modalidade escrita ou oral, é utilizada para expressar e justificar a existência humana.

32 32 CAPÍTULO III PARA QUE SERVE O ESTUDO DA LITERATURA E QUAIS OS SEUS FUNDAMENTOS NO ENSINO UNIVERSITÁRIO

33 33 A Literatura é uma importantíssima fonte de conhecimentos, porque através dos livros aprendemos muito sobre o mundo que nos rodeia. È sempre mais fácil aprender quando nos divertimos, e a Literatura pode fazer estas duas coisas: divertir e ensinar. Outra função da Literatura é a de expressar a cultura, os valores, às tradições, além de exercer um papel de denúncia social. A Literatura serve ainda para proporcionar um enriquecimento cultural, estimulando aos alunos o hábito da leitura, conhecendo assim os estilos literários do passado e as manifestações culturais da atualidade. O aluno que lê e conhece as manifestações artísticas, terá um bom desenvolvimento no âmbito universitário e facilidade em pesquisas. Haquira Osakabe (1999), O aprendizado na Literatura passa a ser em vivenciamento da obra literária enquanto experiência transformadora e não simplesmente como a assimilação de mecanismos codificados de escuta e apreciação. Desta forma, a Literatura se atribui o papel de se mostrar como conjunto externo e determinante de obras catalogadas e consagradas que o aluno, por meio da pesquisa, adiciona às informações, que recebe, colocando em prática com o desenvolvimento de pesquisas, estudos e desenvolvimento principalmente cultural que adquire.

34 CONCLUSÃO 34 O estudo da Literatura possibilita uma ampliação nos horizontes educacionais dos alunos; bem como uma maior integração social, através do conhecimento das obras, clássicas ou atuais e o desenvolvimento por meio da leitura e da prática na escrita. Para a Literatura é fundamental a interação entre o mestre e o estudante, porque assim o professor consegue uma sintonia levando em consideração o conhecimento de toda história literária (como, canções, poemas, obras, etc...) que o aluno obtém desde criança, fruto de seu meio. O contato com a realidade do aluno é fundamental para esta pesquisa. O estudo da literatura é importantíssimo para o conhecimento de obras, autores e público, para o qual se fazer necessárias uma informação histórica e uma informação técnica precisas. É necessário ainda ao aluno que exercite a leitura e a escrita, para que a reflexão teórica e histórica sobre eles se dê a partir de uma vivência e do processo que os gera: o trabalho criativo com a linguagem, a prática da expressão livre.

35 ANEXO 1 INTERNET 35 NUPILL - Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Lingüística A CARTA, DE PERO VAZ DE CAMINHA Edição de base Carta a El Rei D. Manuel, Dominus : São Paulo, Senhor, posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! Todavia tome Vossa Alteza minha ignorância por boa vontade, a qual bem certo creia que, para aformosentar nem afear, aqui não há de pôr mais do que aquilo que vi e me pareceu. Da marinhagem e das singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza -- porque o não saberei fazer -- e os pilotos devem ter este cuidado. E portanto, Senhor, do que hei de falar começo: E digo quê: A partida de Belém foi -- como Vossa Alteza sabe, segunda-feira 9 de março. E sábado, 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grande Canária. E ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito

36 36 mês, às dez horas mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, a saber da ilha de São Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto. Na noite seguinte à segunda-feira amanheceu, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau, sem haver tempo forte ou contrário para poder ser! Fez o capitão suas diligências para o achar, em umas e outras partes. Mas... não apareceu mais! E assim seguimos nosso caminho, por este mar de longo, até que terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, topamos alguns sinais de terra, estando da dita Ilha -- segundo os pilotos diziam, obra de 660 ou 670 léguas -- os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, e assim mesmo outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam furabuchos. Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal e à terra A Terra de Vera Cruz! Mandou lançar o prumo. Acharam vinte e cinco braças. E ao sol-posto umas seis léguas da terra, lançamos ancoras, em dezenove braças -- ancoragem limpa. Ali ficamo-nos toda aquela noite. E quinta-feira, pela manhã, fizemos vela e seguimos em direitura à terra, indo os navios pequenos diante -- por dezessete, dezesseis, quinze, catorze, doze, nove braças -- até meia légua da terra, onde todos lançamos ancoras, em frente da boca de um rio. E chegaríamos a esta ancoragem às dez horas, pouco mais ou menos. E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos que chegaram primeiro.

37 37 Então lançamos fora os batéis e esquifes. E logo vieram todos os capitães das naus a esta nau do Capitão-mor. E ali falaram. E o Capitão mandou em terra a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou a ir-se para lá, acudiram pela praia homens aos dois e aos três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, já lá estavam dezoito ou vinte. Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. E um deles lhe arremessou um sombreiro de penas de ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e pardas, como de papagaio. E outro lhe deu um ramal grande de continhas brancas, miúdas que querem parecer de aljôfar, as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza. E com isto se volveu às naus por ser tarde e não poder haver deles mais fala, por causa do mar. À noite seguinte ventou tanto sueste com chuvaceiros que fez caçar as naus. E especialmente a Capitaina. E sexta pela manhã, às oito horas, pouco mais ou menos, por conselho dos pilotos, mandou o Capitão levantar ancoras e fazer vela. E fomos de longo da costa, com os batéis e esquifes amarrados na popa, em direção norte, para ver se achávamos alguma abrigada e bom pouso, onde nós ficássemos, para tomar água e lenha. Não por nos já minguar, mas por nos prevenirmos aqui. E quando fizemos vela estariam já na praia assentados perto do rio obra de sessenta ou setenta homens que se haviam juntado ali aos poucos. Fomos ao longo, e mandou o Capitão aos navios pequenos que fossem mais chegados à terra e, se achassem pouso seguro para as naus, que amainassem. E velejando nós pela costa, na distância de dez léguas do sítio onde tínhamos levantado ferro, acharam os ditos navios pequenos um recife com um porto dentro, muito bom e muito seguro, com uma mui larga entrada. E

38 38 meteram-se dentro e amainaram. E as naus foram-se chegando, atrás deles. E um pouco antes de sol-pôsto amainaram também, talvez a uma légua do recife, e ancoraram a onze braças. E estando Afonso Lopez, nosso piloto, em um daqueles navios pequenos, foi, por mandado do Capitão, por ser homem vivo e destro para isso, meterse logo no esquife a sondar o porto dentro. E tomou dois daqueles homens da terra que estavam numa almadia: mancebos e de bons corpos. Um deles trazia um arco, e seis ou sete setas. E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas não os aproveitou. Logo, já de noite, levou-os à Capitaina, onde foram recebidos com muito prazer e festa. A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber. Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena por pena, com uma confeição branda como, de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar. O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande,

39 39 ao pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa alcatifa. Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata! Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não queríamos nós entender, por que lho não havíamos de dar! E depois tornou as contas a

40 40 quem lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de encobrir suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam bem rapadas e feitas. O Capitão mandou pôr por baixo da cabeça de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava-se por não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e consentindo, aconchegaram-se e adormeceram. Sábado pela manhã mandou o Capitão fazer vela, fomos demandar a entrada, a qual era mui larga e tinha seis a sete braças de fundo. E entraram todas as naus dentro, e ancoraram em cinco ou seis braças -- ancoradouro que é tão grande e tão formoso de dentro, e tão seguro que podem ficar nele mais de duzentos navios e naus. E tanto que as naus foram distribuídas e ancoradas, vieram os capitães todos a esta nau do Capitão-mor. E daqui mandou o Capitão que Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias fossem em terra e levassem aqueles dois homens, e os deixassem ir com seu arco e setas, aos quais mandou dar a cada um uma camisa nova e uma carapuça vermelha e um rosário de contas brancas de osso, que foram levando nos braços, e um cascavel e uma campainha. E mandou com eles, para lá ficar, um mancebo degredado, criado de dom João Telo, de nome Afonso Ribeiro, para lá andar com eles e saber de seu viver e maneiras. E a mim mandou que fosse com Nicolau Coelho. Fomos assim de frecha direitos à praia. Ali acudiram logo perto de duzentos homens, todos nus, com arcos e setas nas mãos. Aqueles que nós levamos acenaram-lhes que se afastassem e depusessem os arcos. E eles os depuseram. Mas não se afastaram muito. E mal tinham pousado seus arcos quando saíram os que nós levávamos, e o mancebo degredado com eles. E saídos não pararam mais; nem esperavam um pelo outro, mas antes corriam a quem mais correria. E passaram um rio que aí corre, de água doce, de muita água que lhes dava pela braga. E muitos outros com eles. E foram assim correndo para além do rio entre umas moitas de palmeiras onde estavam outros. E ali pararam. E naquilo tinha ido o degredado com um homem que, logo ao sair do batel, o agasalhou e levou até lá. Mas logo o tornaram a nós. E com ele vieram os outros que nós leváramos, os quais vinham já nus e sem carapuças.

41 41 E então se começaram de chegar muitos; e entravam pela beira do mar para os batéis, até que mais não podiam. E traziam cabaças d'água, e tomavam alguns barris que nós levávamos e enchiam-nos de água e traziam-nos aos batéis. Não que eles de todo chegassem a bordo do batel. Mas junto a ele, lançavam-nos da mão. E nós tomávamo-los. E pediam que lhes dessem alguma coisa. Levava Nicolau Coelho cascavéis e manilhas. E a uns dava um cascavel, e a outros uma manilha, de maneira que com aquela encarna quase que nos queriam dar a mão. Davam-nos daqueles arcos e setas em troca de sombreiros e carapuças de linho, e de qualquer coisa que a gente lhes queria dar. Dali se partiram os outros, dois mancebos, que não os vimos mais. Dos que ali andavam, muitos -- quase a maior parte --traziam aqueles bicos de osso nos beiços. E alguns, que andavam sem eles, traziam os beiços furados e nos buracos traziam uns espelhos de pau, que pareciam espelhos de borracha. E alguns deles traziam três daqueles bicos, a saber um no meio, e os dois nos cabos. E andavam lá outros, quartejados de cores, a saber metade deles da sua própria cor, e metade de tintura preta, um tanto azulada; e outros quartejados d'escaques. Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam. Ali por então não houve mais fala ou entendimento com eles, por a barbana deles ser tamanha que se não entendia nem ouvia ninguém. Acenamos-lhes que se fossem. E assim o fizeram e passaram-se para além do rio. E saíram três ou quatro homens nossos dos batéis, e encheram não sei quantos barris

42 42 d'água que nós levávamos. E tornamo-nos às naus. E quando assim vínhamos, acenaram-nos que voltássemos. Voltamos, e eles mandaram o degredado e não quiseram que ficasse lá com eles, o qual levava uma bacia pequena e duas ou três carapuças vermelhas para lá as dar ao senhor, se o lá houvesse. Não trataram de lhe tirar coisa alguma, antes mandaram-no com tudo. Mas então Bartolomeu Dias o fez outra vez tornar, que lhe desse aquilo. E ele tornou e deu aquilo, em vista de nós, a aquele que o da primeira agasalhara. E então veio-se, e nós levamo-lo. Esse que o agasalhou era já de idade, e andava por galanteria, cheio de penas, pegadas pelo corpo, que parecia seteado como São Sebastião. Outros traziam carapuças de penas amarelas; e outros, de vermelhas; e outros de verdes. E uma daquelas moças era toda tingida de baixo a cima, daquela tintura e certo era tão bem feita e tão redonda, e sua vergonha tão graciosa que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhe tais feições envergonhara, por não terem as suas como ela. Nenhum deles era fanado, mas todos assim como nós. E com isto nos tornamos, e eles foram-se. À tarde saiu o Capitão-mor em seu batel com todos nós outros capitães das naus em seus batéis a folgar pela baía, perto da praia. Mas ninguém saiu em terra, por o Capitão o não querer, apesar de ninguém estar nela. Apenas saiu -- ele com todos nós -- em um ilhéu grande que está na baía, o qual, aquando baixamar, fica mui vazio. Com tudo está de todas as partes cercado de água, de sorte que ninguém lá pode ir, a não ser de barco ou a nado. Ali folgou ele, e todos nós, bem uma hora e meia. E pescaram lá, andando alguns marinheiros com um chinchorro; e mataram peixe miúdo, não muito. E depois volvemo-nos às naus, já bem noite. Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão ir ouvir missa e sermão naquele ilhéu. E mandou a todos os capitães que se arranjassem nos batéis e fossem com ele. E assim foi feito. Mandou armar um pavilhão naquele ilhéu, e dentro levantar um altar mui bem arranjado. E ali com todos

43 43 nós outros fez dizer missa, a qual disse o padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes que todos assistiram, a qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção. Ali estava com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saíra de Belém, a qual esteve sempre bem alta, da parte do Evangelho. Acabada a missa, desvestiu-se o padre e subiu a uma cadeira alta; e nós todos lançados por essa areia. E pregou uma solene e proveitosa pregação, da história evangélica; e no fim tratou da nossa vida, e do achamento desta terra, referindo-se à Cruz, sob cuja obediência viemos, que veio muito a propósito, e fez muita devoção. Enquanto assistimos à missa e ao sermão, estaria na praia outra tanta gente, pouco mais ou menos, como a de ontem, com seus arcos e setas, e andava folgando. E olhando-nos, sentaram. E depois de acabada a missa, quando nós sentados atendíamos a pregação, levantaram-se muitos deles e tangeram corno ou buzina e começaram a saltar e dançar um pedaço. E alguns deles se metiam em almadias -- duas ou três que lá tinham -- as quais não são feitas como as que eu vi; apenas são três traves, atadas juntas. E ali se metiam quatro ou cinco, ou esses que queriam, não se afastando quase nada da terra, só até onde podiam tomar pé. Acabada a pregação encaminhou-se o Capitão, com todos nós, para os batéis, com nossa bandeira alta. Embarcamos e fomos indo todos em direção à terra para passarmos ao longo por onde eles estavam, indo na dianteira, por ordem do Capitão, Bartolomeu Dias em seu esquife, com um pau de uma almadia que lhes o mar levara, para o entregar a eles. E nós todos trás dele, a distância de um tiro de pedra. Como viram o esquife de Bartolomeu Dias, chegaram-se logo todos à água, metendo-se nela até onde mais podiam. Acenaram-lhes que pousassem os arcos e muitos deles os iam logo pôr em terra; e outros não os punham.

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