Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico"

Transcrição

1 Oftalmologia - Vol. 34: pp Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico Marta Vila Franca 1, Tiago Silva 1, Hugo Nogueira 1, Rita Pinto 1, Paulo Rosa 2, João Nascimento 3, António Castanheira-Dinis 3 1 Interno do Complementar de Oftalmologia do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (IOGP) 2 Assistente Hospitalar e Responsável do Departamento de Retina Médica do IOGP 3 Assistente Hospitalar e Responsável do Departamento de Retina Cirúrgica do IOGP 4 Director do IOGP e do Centro de Estudos das Ciências da Visão RESUMO Introdução e Objectivos: Os autores descrevem um caso clínico de Hemangioblastomas da Retina em doente com Von Hippel-Lindau. Métodos: Doente do sexo feminino, 29 anos, com antecedentes de Hemangioblastoma cerebeloso, que apresentava diminuição progressiva da acuidade visual em OD (4/10). Foi realizado exame oftalmológico completo, retinografia, angiografia fluoresceínica, ecografia, OCT (Cirrus ), microperimetria (MP-1 ) e orbscan. Resultados: Detectou-se Queratocone e identificaram-se múltiplos hemangioblastomas retinianos em ODE associados a descolamento exsudativo, com componente traccional. Iniciou-se, após consentimento informado, terapêutica combinada com Laser Argon, PDT modificado, Triamcinolona intra-vítrea e Bevacizumab sub- -conjuntival com consequente regressão tumoral e redução da exsudação. Aguarda cirurgia em OE. Conclusão: A terapêutica combinada foi eficaz na redução do tamanho e da exsudação dos tumores. ABSTRACT Introduction and Purpose: The authors describe a case of retinal haemangioblastomas in a patient with Von Hippel-Lindau Disease. Methods: A 29 year-old woman with a history of Cerebellar Haemangioblastoma, presented with progressive loss of visual acuity in the right eye (6/10 Best Corrected Visual Acuity). Complete ophtalmological evaluation was performed, aswell as retinography, fluorescein angiography, ultrasonography, OCT (Cirrus ), microperimetry (MP-1 ) and Orbscan. Results: Evaluation revealed the presence of keratoconus, bilateral multiple retinal haemangioblastomas, and exsudative retinal detachment with a tractional component in the left eye. After informed consent, combined therapy with Argon Laser, modified PDT, intra-vitreal Triamcinolone and sub-conjunctival Bevacizumab was carried out. A significant regression of tumor with reduction in size and exsudation was obtained. The patient currently waits surgery for the left eye. Conclusion: Combined therapy was effective in reduction of tumoral size and tumoral exsudation. Palavras-chave: Doença de Von Hippel-Lindau; Hemangioma; Bevacizumab; Terapêutica Fotodinâmica; Triamcinolona. Key words: Von Hippel-Lindau Disease; Retinal haemangioblastomas; Bevacizumab; Photodinamic Therapy; Triamcinolone. VOL. 34, ABRIL - JUNHO,

2 Marta Vila Franca, Tiago Silva, Hugo Nogueira, Rita Pinto, Paulo Rosa, João Nascimento, António Castanheira-Dinis Introdução Doença de Von Hippel-Lindau (DVHL) A é autossómica dominante, com uma taxa de incidência de 1 por O gene envolvido é o VHL, que se localiza no braço curto do cromossoma 3, na região 3p25. A proteína é expressa em vários tecidos e actua na degradação de factores que se formam em resposta à hipoxia. Consequentemente aumentam proteínas como a eritropeitina, factores de crescimento do endotélio vascular (VEGF), factor de crescimento derivado das plaquetas (PEDF). Existe, portanto, uma desregulação deste processo e pensa-se que níveis constitutivamente elevados de VEGF e PEDF estimulem a angiogénese, divisão e crescimento celular, contribuindo para o desenvolvimento de tumores. As manifestações clínicas são bastante variadas e distribuídas entre os vários membros da família, o que dificulta o seu diagnóstico. Existe uma predisposição para desenvolvimento de tumores benignos (hemangioblastomas oculares e do sistema nervoso central (SNC), quistos renais, pancreáticos, do epididimo) de lesões pré-malignas (adenomas renais e pancreáticos) e de tumores malignos (adenocarcinoma de células claras renais, adenocarcinoma pancreático, feocromocitoma). Algumas famílias podem apresentar o feocromocitoma como manifestação principal, associada a outras manifestações. Em geral a primeira manifestação desta doença, pelos 25 anos, é o hemangioma capilar da retina. O hemangioma cerebelar ocorre pelos 29 anos e o carcinoma renal pelos 44 anos. O hemangioma capilar é um hamartoma vascular que está confinado à retina e/ou disco óptico. No caso da DVHL são habitualmente bilaterais e múltiplos. O crescimento destes tumores tende a assumir duas formas principais: exsudativa e vítreo-retiniana. A forma exsudativa caracteriza-se pela associação de líquido sub-retiniano e exsudação. A forma vítreo-retiniana caracteriza-se por um fenómeno reactivo local com o gel vítreo, com consequente fibrose e desenvolvimento de bandas traccionais. As duas formas podem, no entanto, coexistir, sendo que a forma exsudativa pode evoluir para a forma vítreo-retiniana, com ou sem tratamento. O tratamento depende fundamentalmente da localização e do tamanho do tumor. A fotocoagulação é normalmente usada em tumores pequenos, <5mm, com objectivo de diminuir o fluxo vascular dos feeder vessels. A terapêutica fotodinâmica (PDT) tem sido usada nos últimos anos e com bons resultados no tratamento de tumores de dimensões intermédias, >5mm e <8mm, ou com localização macular e justa-papilar. Estão, no entanto, descritas algumas complicações, como o aumento da tracção vítreo-macular, oclusão vascular retiniana e isquémia do nervo óptico. A crioterapia está habitualmente reservada para tumores periféricos ou do pólo posterior mas com dimensões sem indicação para fotocoagulação. Em casos muito avançados, sobretudo com a forma vítreo- -retiniana, a cirurgia é uma opção. O prognóstico visual é muito variável e depende do tamanho e localização do tumor, bem como de factores como grau de exsudação, gliose sub-foveal e presença de fibrose. A probabilidade cumulativa de perda visual permanente pelos 40 anos é de 35% em doentes assintomáticos e de 82% em doentes sintomáticos. Os autores descrevem um caso clínico de múltiplos hemangiomas da retina em doente com DVHL. Realçam a dificuldade do tratamento e a importância do diagnóstico precoce para um melhor resultado visual final. Caso Clínico Doente do sexo feminino, 28 anos, que recorre à consulta geral do Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto em Abril de 2009 por diminuição progressiva e indolor da acuidade visual em ODE, sobretudo em OD. Como antecedentes pessoais referia diagnóstico de DVHL, há 6 meses, após cirurgia de urgência para excisão de hemangioma do cerebelo. Seguida, desde essa altura, na 386 OFTALMOLOGIA

3 Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico Consulta de Neurocirurgia do Hospital de Santa Maria. Em relação aos antecedentes familiares há a destacar a morte do pai com 45 anos por neoplasia renal. Sem história outras neoplasias na família, nomeadamente dos avós e tios paternos, mãe e irmã. À observação o olho direito (OD) apresentava acuidade visual (AV) com buraco estenopeico de 4/10, o olho esquerdo (OE) apresentava AV sem correcção de 9/10 e de 10/10 com correcção. Tinha sinal de Munson positivo em ODE, com anel de Fleisher visível em OD, câmaras profundas e opticamente vazias em ODE. Foram realizados vários exames complementares: angiografia, OCT e ecografia. A angiografia revelou exsudação precoce marcada nas áreas correspondentes às lesões tumorais e exsudação tardia peri-lesional, sobretudo na lesão localizada à 1H em OD. No OCT (Cirrus OCT Carl Weiss) utilizou- -se o programa macular cube 200x200 que mostrou uma espessura central média de 280µm e 291µm em ODE, respectivamente. O volume total foi de 11,9mm 3 em OD e 13,3mm 3 em OE. A ecografia mostrou aumento dos ecos na cavidade vítrea, sobretudo em OD, e confirmou a presença das lesões já descritas e do Fig. 1 Obrscan de OD e OE em Abril de A fundoscopia, sob midríase farmacológica, revelou em OD vítreo turvo e duas lesões arredondados, exofíticas e alaranjadas localizadas no pólo posterior, à 1 e 8H, com dimensões de 2,5 discos e ¾ discos de diâmetro, respectivamente. Ambas com vasos tortuosos e dilatados adjacentes. A lesão localizada à 1H associava-se a um descolamento exsudativo que se estendia da média periferia à arcada temporal superior e a exsudados duros perilesionais. Em OE identificaram-se 3 lesões com as mesmas características localizadas na região justa-papilar e às 4 e 7H. As lesão localizadas às 4 e 6H tinham cerca de 2 discos de diâmetro, com exsudação local, embora a lesão localizada às 4H apresentasse simultaneamente um componente traccional vítreo-retiniano transversal. descolamento exsudativo em OD. Confirmou ainda o componente traccional associado à lesão localizada às 4H em OE. Foi feito plano terapêutico individualizado a cada um dos olhos, atendendo ao prognóstico das lesões. Em OD optou-se inicialmente por laser árgon seguido de PDT modificado. Em OE propôs-se laser árgon, PDT modificado e seguidos de terapêutica anti-inflamatória (triamcinolona TCL) e anti-vegf (bevacizumab). O laser árgon peri-lesional prévio foi realizado com a finalidade de estabelecer uma retinopexia peri-lesional que ajudasse a conter a área de esxudação sub-retiniana aquando da abordagem terapêutica directa das lesões tumorais. VOL. 34, ABRIL - JUNHO,

4 Marta Vila Franca, Tiago Silva, Hugo Nogueira, Rita Pinto, Paulo Rosa, João Nascimento, António Castanheira-Dinis A B C D E F G H Fig. 2 Primeira visita (pré-tratamento): A Retinografia de OD; B Retinografia OE; C Angiografia OD; D Angiografia OE; E Angiografia OD, lesão à 1H; F Angiografia OE, lesão às 7H; G Angiografia OD, lesão à 1H; H Angiografia OE, lesão às 4H. 388 OFTALMOLOGIA

5 Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico Fig. 3 Primeira visita (pré-tratamento): OCT (Cirrus) ODE. A Tabela seguinte mostra a sequência temporal e o tratamento realizado em ODE. Data OD OE LASER árgon 1 LASER árgon LASER árgon 3 + Bevacibumab sub-conjuntival Dexametasona subconjuntival PDT modificado 6 PDT modificado TCL sub-tenon 8 TCL sub-tenon TCL intra-vítrea spots peri-lesionais às 13 e 8H, E de 200mJ, Ø 300, 0,1s spots peri-lesionais e lesionais às 4 e 6H, E de 200mJ, Ø 300, 0,1s sptos sobre os dois tumores, E de 200mJ, Ø ,3mL (1,25mg/0,05mL) sub-conjuntival (SC), dividido pelo quadrante inferior e superior. 5. 1mL (5mg/mL), fundo de saco conjuntival inferior. 6. Início aos 12 minutos após fim da perfusão, 5 spots de 5000µm sobre a lesão à 1H, 50J/cm2, 600mW/cm3, 83s. 7. Início aos 5 minutos após fim da perfusão, 5 spots de 5000µm, 4 sobre a lesão às 7H e 1 sobre a lesão às 4H, 50J/cm2,600mW/cm3, 83s. 8. 1mL (40mg/mL), subtenon (ST). 9. 0,1mL (40mg/mL), intra-vítrea (IV). Relativamente aos parâmetros do PDT administrou-se, por via endovenosa, 6mg de vertoporfirina por m 2 de superfície corporal. A administração durou 10 minutos e iniciou-se o tratamento aos 5 minutos em OE, tendo sido realizados 4 spots de 5000µm, com duração de 83s sobre a lesão localizada às 7H e um spot com as mesmas características na lesão localizada às 4H. De seguida, 12 minutos após o fim da administração da vertoporfirina, dispararam-se 5 spots de 5000µm, com duração de 83s sobre a lesão localizada à 1H. Uma semana depois existia extensa exsudação, sobretudo em OE, e realizou-se injecção subtenon de TCL. No entanto, 3 semanas depois, por manutenção da inflamação intra-ocular, optou-se por injecção IV de TCL em OE. Em Setembro de 2009 apresentava acuidade visual com correcção de 5/20 em OD e 16/20 em OE. A fundoscopia mostrou uma diminuição da exsudação e uma importante regressão tumoral em OE. Foi realizado novo OCT (Cirrus OCT) com o programa macular cube 200x200 que mostrou espessura central e volume de 273µm e 12,0mm 3 em OD e 225µm e 10,9mm 3 em OE. VOL. 34, ABRIL - JUNHO,

6 Marta Vila Franca, Tiago Silva, Hugo Nogueira, Rita Pinto, Paulo Rosa, João Nascimento, António Castanheira-Dinis A B Fig. 4 Avaliação pós-tratamento (1.º ciclo): A Retinografia OD; B Retinografia OE; C OCT OD; D OCT OE; A B C D Fig. 5 A Microperimetria OD, mapa de interpolado de cores; B Microperimetria OD, mapa numérico; C Microperimetria OE, mapa interpolado de cores; D Micrperimetria OE, mapa numérico. Tendo em consideração o excelente resultado em OE, foi proposto tratamento em OD. Iniciou-se ciclo de PDT modificado seguido de TCL IV e Bevacizumab SC. Em OE foi proposta cirurgia para controlo da excisão de bandas de fibrose e terapêutica ablativa em OE, seguida de novo ciclo de PDT modificado e TCL IV. A tabela seguinte mostra a sequência temporal e o tratamento realizado em ODE. Data OD OE PDT modificado Novembro TCL IV 2 + Bevacizumab SC 3 Aguarda Cirurgia 1. Início aos 6 minutos após fim da perfusão, 5 spots de 5000µm, 4 sobre a lesão às 1H e 1 sobre a lesão às 8H, 600mW/cm 3, 83s. 2. 4mg, TCL IV 3. 0,3mL (1,25mg/0,05mL) Bevacizumab SC, dividido pelo quadrante inferior e superior. 390 OFTALMOLOGIA

7 Doença de Von Hippel-Lindau A propósito de um caso clínico Discussão A maioria dos hemangiomas capilares da retina aumenta progressivamente, com consequente aumento da exsudação, podendo em casos muito avançados originar um descolamento total da retina e eventualmente cegueira. Assim sendo a detecção e o tratamento precoces estão associados a um melhor prognóstico visual. Em geral a decisão de tratar os hemangiomas capilares da retina e o método escolhido são determinados quer pelo tamanho e localização como pelas características associadas, nomeadamente extensão do líquido sub-retiniano, evidência de tracção vítreo-retiniana. O conhecimento recente das bases genéticas e moleculares subjacentes à doença, nomeadamente o conhecimento da disfunção proteica e tumorogénese, conduziu à terapêutica dirigida a alvos biológicos específicos. As moléculas aumentadas no contexto das mutações na DVHL como o VEGF e PDGF são alvos de diversas terapêuticas em investigação, tanto ao nível ocular como sistémico. Tal introduziu a alternativa da terapêutica médica em oposição, ou complemento, às abordagens com fotocoagulação, crioterapia e PDT, em que se realiza uma disrupção física do tumor, ou com cirurgia vítreo-retiniana. Os casos clínicos e pequenos estudos publicados usando anti-vegf s ao nível ocular na DVHL sugerem que a sua efectividade é incerta e limitada quando em terapêutica isolada. Os resultados tendem a ser melhores ao nível da redução da exsudação do que na regressão tumoral. Há também a noção de que a penetração local (por via intravítrea) dos fármacos anti-vegf pode ser limitada em tumores de maiores dimensões. A existência de uma mais vasta desregulação molecular exige a introdução do conceito da terapêutica combinada na DVHL, e provavelmente sob a forma de ciclos periódicos para controlar o tamanho tumoral e o seu comportamento (exsudativo e traccional). Todas as opções terapêuticas foram discutidas em detalhe com a doente. Pelo grande risco de hemorragia e agravamento da vítreoretinopatia proliferativa na crioterapia e pelas limitações da fotocoagulação na ablação total das lesões e extensa presença de líquido sub- -retiniano foi proposto tratamento com PDT. Inicialmente com tratamento mais intenso de OE, olho com melhor prognóstico visual. A vertoporfirina é uma preparação que tem grande afinidade com tecidos que expressão à superfície muitos receptores de lipoproteínas de baixa densidade, como acontece nas membranas neovasculares. Apesar de histologicamente as células endoteliais e pericitos destes tumores serem normais, à sua superfície podem desenvolver-se neovasos. É desta forma que o PDT poderá exercer o seu efeito trombótico, com regressão e diminuição da exsudação tumoral, como já foi demonstrado em várias publicações. Esta opção é particularmente atractiva no tratamento de lesões de grandes dimensões, nas quais a crioterapia aumenta o risco de agravamento da vítreorretinopatia proliferativa e de descolamento exsudativo da retina. Por se tratar de um tumor com elevado fluxo vascular iniciou-se o tratamento mais precocemente com objectivo de aumentar a concentração do fármaco no tumor. O PDT já mostrou, em algumas séries, ser eficaz na regressão tumoral. Quando combinado com corticoesteroides os resultados são ainda melhores, uma vez que após o tratamento com PDT existe um grande aumento da exsudação, que é assim controlado pelo corticoesteroide. Neste caso optou-se ainda por associar bevacizumab subconjuntival já que esta terapêutica se mostrou também eficaz na regressão tumoral. Conceptualmente faz sentido que a terapêutica anti-vegf possa ter um papel na terapêutica destes doentes, pelo menos inibindo a sua progressão. De facto, obteve-se uma boa resposta à combinação do PDT, com a TCL IV e com o bevacizumab sub-conjuntival. Iniciou-se, por isso o mesmo ciclo em OD. Serão certamente necessários mais ciclos, uma vez que as lesões são grandes, múltiplas e tendencialmente progressivas. VOL. 34, ABRIL - JUNHO,

8 Marta Vila Franca, Tiago Silva, Hugo Nogueira, Rita Pinto, Paulo Rosa, João Nascimento, António Castanheira-Dinis De notar a presença de queratocone (Q) bilateral. Aparentemente não existe correlação entre a existência de Q e a DVHL, ou pelo menos não existe nada publicado sobre esta eventual associação. A presença do queratocone, que tem evoluído ao longo do tempo, torna a avaliação da resposta à terapêutica mais difícil, mesmo recorrendo ao BE. Assim, a informação subjectiva da doente sobre a acuidade visual, bem como a avaliação anatómica, especialmente pelo OCT, são ainda mais importantes. Actualmente estão prescritas lentes de contacto semi-rígidas. Não está planeada outra terapêutica enquanto não existir regressão estável dos hemangiomas. Conclusão A Doença de Von Hippel-Lindau é uma doença hereditária rara com manifestações ao longo da vida. Os membros da família devem realizar rastreio molecular e/ou clínico. O edema macular e os exsudados duros são habitualmente a primeira manifestação da doença. O diagnóstico e tratamento ablativo precoces podem ser eficazes no controlo da progressão da doença na retina e permitir um melhor prognóstico visual. Novos conhecimentos sobre a função da proteína VHL e da tumorogénese da Doença de Von Hippel-Lindau vão permitir o desenvolvimento de novos tratamentos com alvos biológicos em oposição às abordagens ablativas e cirúrgicas, contribuindo para uma melhor acuidade visual final. Bibliografia 11. ATEBARA NH.: Retinal capillary haemangioma treated with verteporfin photodynamic therapy. Am J Ophthalmol 2002;134: MCDONALD HR, SCHATZ H, JOHNSON RN, et al.: Vitrectomy in eyes with peripheral retinal angioma associated with traction macular detachment. Ophthalmology 1996;103: MOSKOWITZ C, EDELSTEIN C, OH M, et al.: Retinal capillary hemangioma in von Hippel-Lindau disease. Can J Ophthalmol 2005;40: PENFOLD PL, WEN L, MADIGAN MC et al.: Modulation of permeability and adhesion molecules expression by human choroidal endothelial cells. Invest Ophthalmol Vis Sci 2002; RODRIGUEZ-COLEMAN H, SPAIDE RF, YANNUZZI LA.: Treatmentof angiomatous lesions of the retina with photodynamic therapy. Retina 2002;22: RYAN SJ.: Capillary hemangioma of the retina and von Hippel-Lindau diease. In : Hinz BJ, Schachat AP, eds. Retina, 4th ed. Mosby: Elsevier Inc., 2006; v. 1. chap RYAN SJ.: Capillary hemangioma of the retina and von Hippel-Lindau diease. In : Hinz BJ, Schachat AP, eds. Retina, 4th ed. Mosby: Elsevier Inc., 2006; v. 1. chap RYAN SJ.: Capillary hemangioma of the retina and von Hippel-Lindau diease. In : Hinz BJ, Schachat AP, eds. Retina, 4th ed. Mosby: Elsevier Inc., 2006; v. 1. chap SINGH AD, SHIELDS JA, SHIELDS, CL.: Solitary retinal capillary hemangioma: hereditary (von Hippel- Lindau disease) or non hereditary? Arch Ophthalmol 2001;119: SINGH AD, SHIELDS CL, SHIELDS JA.: Von Hippel- -Lindau disease. Surv Ophthalmol 2001;46: SPAIDE RF, SORENSON J, MARANAN L.: Combined photodynamic therapy with verteporfin and intravitreal triamcinolone acetonide for choroidal neovascularization. Ophthalmology 2003;110: WANG YS, FRIEDRICHS U, EICHLER W et al.: Inhibitory effects of triamcinolone acetonide on bfgf-induced migration and tube formation in choroidal microvascular endothelial cells. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol 2002;240: ZIEMSSEN F, VOELKER M, INHOFFEN W, et al.: combined treatment of a juxtapapilar retinal haemangioma with intrevitreal bevacizumab and photodymanic therapy. Eye 2007;21: OFTALMOLOGIA

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES

MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES MELANOMA DA COROIDEIA: DIFERENTES APRESENTAÇOES Cristina Santos; Ana Rita Azevedo; Susana Pina; Mário Ramalho; Catarina Pedrosa; Mara Ferreira; João Cabral Comunicação Livre Oncologia Ocular Hospital Prof.

Leia mais

DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992.

DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992. DR. EVANDRO LUÍS ROSA CRM-SC 5957 FORMAÇÃO Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina 1992. Especializado em Oftalmologia no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem. Oftalmologista

Leia mais

DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE. A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença

DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE. A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE Paulo Augusto de Arruda Mello Filho INTRODUÇÃO A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a doença ocular que acomete as regiões da retina e coróide responsáveis

Leia mais

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação

Boas Práticas em Oftalmologia 2008 Elementos Clínicos de Avaliação e Referenciação 6. PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES NO GLAUCOMA INTRODUÇÃO No Glaucoma de Ângulo Fechado (GAF) (estreito) existe predisposição ocular para o encerramento do ângulo da câmara anterior. Na crise, há dor intensa,

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI ranibizumab N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem PVH PVH com IVA Titular de AIM 5588744

Leia mais

URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA

URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA URGÊNCIAS EM OFTALMOLOGIA SEGMENTO POSTERIOR Ana Vergamota, José Pedro Silva SEGMENTO POSTERIOR ESCLERA Íris Córnea PUPILA CRISTALINO CONJUNTIVA Vítreo Coróide Nervo óptico Mácula RE T IN A SINTOMAS Diminuição

Leia mais

Milton Ruiz Alves. Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional

Milton Ruiz Alves. Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional Medida da Acuidade Visual em Ambulatório de Saúde Ocupacional Milton Ruiz Alves O apresentador declara não apresentar conflitos de interesse que possam ser relacionados à sua apresentação As funções visuais

Leia mais

7. PATOLOGIAS VASCULARES

7. PATOLOGIAS VASCULARES 7. PATOLOGIAS VASCULARES O edema macular é a causa principal de diminuição da visão nas doenças vasculares da retina. O OCT permite efectuar o estudo do edema macular, não só qualitativamente, como quantitativamente.

Leia mais

DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina ( )

DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina ( ) DR. MÁRIO JUNQUEIRA NÓBREGA CRM 4294 FORMAÇÃO Graduação em Medicina: Escola Paulista de Medicina (1976-81) Residência Médica em Oftalmologia: Escola Paulista de Medicina (1982-83) Título de Especialista:

Leia mais

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução

Atrabeculoplastia laser é uma forma terapêutica. A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up. Introdução Oftalmologia - Vol. 33: pp. 63-67 A Repetição da Trabeculoplastia Laser Selectiva 1 ano de follow-up Tiago Silva, José Dias, José Fernandes, Arabela Coelho, A. Castanheira Dinis Instituto de Oftalmologia

Leia mais

Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina

Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina Pesquisa com células tronco para tratamento de doenças da retina O Setor de Retina da Divisão de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP(HCRP-FMRP-USP) está

Leia mais

1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz

1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz 1 as Jornadas de Oftalmologia CHLO Hospital de Egas Moniz BURACOS MACULARES E BURACOS LAMELARES Nuno Gomes, Hospital de Braga, Portugal Introdução Estado da arte Perspectiva pessoal 2 3 Descritos por Knapp

Leia mais

NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019

NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019 NOVO ROL DA ANS TRATAMENTO OCULAR QUIMIOTERÁPICO COM ANTIANGIOGÊNICO 2018 / 2019 DMRI EMD OVC ORVC DMRI COBERTURA OBRIGATÓRIA PARA PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA A IDADE (DMRI)

Leia mais

Workshop de Angiografia Da Teoria à Prática Clínica

Workshop de Angiografia Da Teoria à Prática Clínica Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Centro de Responsabilidade de Oftalmologia Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem Sociedade Portuguesa de Oftalmologia Workshop

Leia mais

DESCOLAMENTO DE RETINA

DESCOLAMENTO DE RETINA DESCOLAMENTO DE RETINA Giovana Serrão Fensterseifer Laura Medeiros Refosco José Amadeu Vargas UNITERMOS DESCOLAMENTO DE RETINA; DESCOLAMENTO DO VÍTREO POSTERIOR; MOSCAS VOLANTES KEYWORDS RETINAL DETACHMENT;

Leia mais

A PREVENÇÃO faz a diferença

A PREVENÇÃO faz a diferença A Visão é um dos órgãos dos sentidos mais importantes Teve uma importância essencial no processo de desenvolvimento humano. A relação do homem com o mundo ganhou maior abrangência e segurança ao adquirir

Leia mais

Falha na terapia antiangiogênica no hemangioma circunscrito da coroide

Falha na terapia antiangiogênica no hemangioma circunscrito da coroide http://eoftalmo.org.br CASOS CLÍNICOS DISCUTIDOS Falha na terapia antiangiogênica no hemangioma circunscrito da coroide Failure of anti-angiogenic therapy in circumscribed choroidal hemangioma Falla en

Leia mais

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE NA OCLUSÃO DE DE VEIA RETINIANA CENTRAL

TEMA: USO DO RANIBIZUMABE NA OCLUSÃO DE DE VEIA RETINIANA CENTRAL NOTA TÉCNICA 141/2014 Solicitante Emerson Chaves Motta Juíza de Direito - Comarca de Teófilo Otoni - MG. Processo número: 0686 14 010142-5 Data: 18/07/2014 Medicamento X Material Procedimento Cobertura

Leia mais

A abordagem oftalmológica da doença de von Hippel-Lindau: Caso clínico

A abordagem oftalmológica da doença de von Hippel-Lindau: Caso clínico Oftalmologia - Vol. 38: pp.291-297 Comunicações Curtas e Casos Clínicos A abordagem oftalmológica da doença de von Hippel-Lindau: Caso clínico Rita Massa 1, Sílvia Monteiro 1, Miguel Neves 1, António Friande

Leia mais

Atlas de Oftalmologia 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS. António Ramalho

Atlas de Oftalmologia 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS. António Ramalho 2. ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS 1 2 - ANOMALIAS CONGÉNITAS RETINIANAS Macrovasos retinianos Caracteriza-se pela presença um vaso sanguíneo aberrante, no polo posterior, podendo atravessar a região foveal.

Leia mais

Câncer cerebral e aconselhamento genético. Fernanda Teresa de Lima 2017

Câncer cerebral e aconselhamento genético. Fernanda Teresa de Lima 2017 Câncer cerebral e aconselhamento genético Fernanda Teresa de Lima 2017 Câncer cerebral Investigação Tratamento Localização Malignidade Sintomas Cirurgia Padrão de Crescimento Controle Radioterapia Quimioterapia

Leia mais

Procedimento Descrição Custo

Procedimento Descrição Custo Nome do procedimento de acordo com a terminologia da CBHPM/TUSS (se possível, informar também o nome em inglês). Descrição do que consiste o procedimento, qual sua finalidade, qual a importância da inclusão

Leia mais

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Serviço de Radioterapia Directora de Serviço: Dra. Gabriela Pinto ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico Rita da Costa Lago / Darlene Rodrigues / Joana Pinheiro / Lurdes

Leia mais

CORIORETINOPATIA A TOXOPLASMOSE Infecção principalmente congénita, que se localiza frequentemente na área macular.

CORIORETINOPATIA A TOXOPLASMOSE Infecção principalmente congénita, que se localiza frequentemente na área macular. 9) ONÇS INLMTÓRIS ORIORTINOPTI TOXOPLSMOS Infecção principalmente congénita, que se localiza frequentemente na área macular. SS NGIOGRI LUORSÍNI: rterial: Hipofluorescência na área das cicatrizes antigas.

Leia mais

Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab

Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab Oftalmologia - Vol. 40: pp.51-58 Artigo Original Parâmetros morfológicos no SD-OCT em doentes com degeneração macular da idade antes e após terapêutica com bevacizumab Manuel Noronha 1 ; Bárbara Borges

Leia mais

Retinopatia Diabética (RD); rastreio, diagnóstico precoce, referenciação

Retinopatia Diabética (RD); rastreio, diagnóstico precoce, referenciação NORMA NÚMERO: 016/2018 DATA: 13/09/2018 ASSUNTO: Rastreio da Retinopatia Diabética PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: Retinopatia Diabética (RD); rastreio, diagnóstico precoce, referenciação Médicos do Serviço

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI ranibizumab N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem PVH PVH com IVA Titular de AIM 5588744

Leia mais

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2

Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 Artigo Original TUMORES DO PALATO DURO: ANÁLISE DE 130 CASOS HARD PALATE TUMORS: ANALISYS OF 130 CASES 1 ANTONIO AZOUBEL ANTUNES 2 ANTONIO PESSOA ANTUNES 3 POLLIANA VILAÇA SILVA RESUMO Introdução: O câncer

Leia mais

Abordagem terapêutica no tumor vasoproliferativo da retina

Abordagem terapêutica no tumor vasoproliferativo da retina http://eoftalmo.org.br CASOS CLÍNICOS DISCUTIDOS Abordagem terapêutica no tumor vasoproliferativo da retina Therapeutic approach for retinal vasoproliferative tumor Abordaje terapéutico en tumor vasoproliferativo

Leia mais

Doença Coronária Para além da angiografia

Doença Coronária Para além da angiografia Reunião Clínica Hospital Fernando Fonseca Doença Coronária Para além da angiografia Sérgio Bravo Baptista Serviço de Cardiologia Agenda Avaliação funcional das lesões coronárias Fractional Flow Reserve

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA JURÍDICA NÚCLEO DE ASSESSORIA TÉCNICA EM AÇÕES DE SAÚDE

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE SUBSECRETARIA JURÍDICA NÚCLEO DE ASSESSORIA TÉCNICA EM AÇÕES DE SAÚDE PARECER TÉCNICO/SES/SJ/NAT Nº 3760/2017 Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2017. O presente parecer visa atender à solicitação de informações técnicas do 1 o Juizado Especial Fazendário da Comarca da Capital

Leia mais

Complicação severa das feridas oculares abertas % de todos os casos de endoftalmites infecciosas

Complicação severa das feridas oculares abertas % de todos os casos de endoftalmites infecciosas Complicação severa das feridas oculares abertas 25-30% de todos os casos de endoftalmites infecciosas 3,4% de incidência em feridas oculares abertas [0% - 60%] Diagnóstico A endoftalmite não é um diagnóstico

Leia mais

PROPOSTA DE TUTORIA DE PROJECTOS

PROPOSTA DE TUTORIA DE PROJECTOS PROPOSTA DE TUTORIA DE PROJECTOS Disciplinas de Investigação do Mestrado Integrado em Medicina Orientador responsável (docente ou investigador doutorado da FMUC): Paulo de Carvalho Pereira Rosa Fernandes

Leia mais

SABER MAIS SOBRE RETINOPATIA DIABÉTICA

SABER MAIS SOBRE RETINOPATIA DIABÉTICA SABER MAIS SOBRE RETINOPATIA DIABÉTICA FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Clínicas Leite, Lda Ver. 01 / Jan 2016 REDAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO Mariana Coimbra (Marketing e Comunicação) 1 RETINOPATIA DIABÉTICA O que é a retinopatia

Leia mais

SABER MAIS SOBRE DEGENERESCÊNCIA MACULAR RELACIONADA COM A IDADE

SABER MAIS SOBRE DEGENERESCÊNCIA MACULAR RELACIONADA COM A IDADE SABER MAIS SOBRE DEGENERESCÊNCIA MACULAR RELACIONADA COM A IDADE FICHA TÉCNICA EDIÇÃO Clínicas Leite, Lda Ver. 01 / Jan 2016 REDAÇÃO/DOCUMENTAÇÃO Mariana Coimbra (Marketing e Comunicação) 1 DEGENERESCÊNCIA

Leia mais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR DCI aflibercept N.º Registo Nome Comercial Apresentação/Forma Farmacêutica/Dosagem PVH PVH com IVA Titular de AIM 5487368

Leia mais

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v.73, n.1, p.77-80, 2010

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v.73, n.1, p.77-80, 2010 Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Outros departamentos - FM/Outros Artigos e Materiais de Revistas Científicas - FM/Outros 2010 Injeção intravítrea de bevacizumab

Leia mais

Prevenção e Tratamento

Prevenção e Tratamento Outubro mês do cancro da mama 1 - A PREVENÇÃO FAZ A DIFERENÇA Mama Saudável O cancro da mama é o cancro mais frequente na mulher e, em muitos países, é ainda a sua principal causa de morte. Na população

Leia mais

A PREVENÇÃO faz a diferença

A PREVENÇÃO faz a diferença Cancro da Mama Mama Saudável O cancro da mama é o cancro mais frequente na mulher e, em muitos países, é ainda a sua principal causa de morte. Na população em geral, uma em cada dez mulheres virá a ter

Leia mais

Oftalmologia. Infografia da Especialidade

Oftalmologia. Infografia da Especialidade Oftalmologia Infografia da Especialidade by Queremos com este conteúdo contribuir para um processo de escolha mais informado, que esclareça os estudantes de medicina e médicos recém-formados acerca das

Leia mais

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS

INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Título: Associação da morfologia do edema macular e do status da membrana limitante externa com a acuidade visual na retinopatia diabética. Autores: Rosana Zacarias HANNOUCHE; Marcos Pereira de ÁVILA;

Leia mais

DIA 28/3/ QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT. 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação

DIA 28/3/ QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT. 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação DIA 28/3/2019 - QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO CATALUNYA 08:30-10:15 RETINA 1 - CURSO OCT 08:30-08:40 Correlações anatômicas e interpretação 08:40-08:50 Adesões vítreo-macular e membrana epirretiniana 08:50-09:00

Leia mais

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide

08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF X Corticoide DIA 17/3/2017 - SEXTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:30-10:00 RETINA - Encontro SBRV-SNNO 08:30-08:35 Abertura 08:35-08:55 A definir 08:55-09:15 Debate - Tratamento do edema de macula - Anti-VEGF

Leia mais

Proposta de Estágio Opcional em. Anestesiologia Oftalmológica / Desenvolvimento da Componente da Anestesia Loco-regional

Proposta de Estágio Opcional em. Anestesiologia Oftalmológica / Desenvolvimento da Componente da Anestesia Loco-regional Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte 1 Proposta de Estágio Opcional em Anestesiologia Oftalmológica / Desenvolvimento da Componente da Anestesia Loco-regional Preparado para: Colégio

Leia mais

Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina

Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina Oftalmologia - Vol. 37: pp.251-258 Artigo Original Espessura da Coróide na Oclusão de Ramo Venoso da Retina Maria Lisboa 1, Luísa Vieira 1, Ana Cabugueira 1, Rute Lino 2, Ana Amaral 3, Miguel Marques 4,

Leia mais

DIAGNÓSTICO: - Surge em idade inferior aos 10 anos, com nictalopia. - O sintoma major é a má visão nocturna.

DIAGNÓSTICO: - Surge em idade inferior aos 10 anos, com nictalopia. - O sintoma major é a má visão nocturna. Coroiderémia Designação atribuída em 1871 por Mauthner, o que significa Desolationofthe choroid. Referiu uma perda quase completa da coróide em ambos os olhos de um doentedo sexo masculino. É uma degenerescência

Leia mais

a) Episclerite b) Uveíte anterior aguda c) Esclerite d) Glaucoma agudo e) Hemorragia subconjuntival

a) Episclerite b) Uveíte anterior aguda c) Esclerite d) Glaucoma agudo e) Hemorragia subconjuntival 1) Criança de um ano de idade é levada ao oftalmologista para avaliação de estrabismo percebido pelos pais desde o nascimento. Marque a alternativa correta. a) Provavelmente trata-se de um exodesvio já

Leia mais

5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR

5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR 5. PATOLOGIAS HEREDITÁRIAS E TÓXICAS RETINOPATIA PIGMENTAR Os achados ao exame do OCT incluem: Diminuição da espessura e da reflectividade retiniana nas áreas afectadas. Edema macular cistóide Edema macular

Leia mais

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências Avaliação de Tecnologias em Saúde Implante intravítreo de polímero farmacológico de liberação controlada no tratamento de edema macular nas oclusões venosas

Leia mais

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 14. Profª. Lívia Bahia ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 14 Profª. Lívia Bahia Controle do câncer do colo do útero e de mama na Atenção Básica Controle do câncer da mama O câncer de mama é o mais incidente em

Leia mais

Coroidite serpiginosa macular: relato de caso

Coroidite serpiginosa macular: relato de caso RELATOS DE CASOS Coroidite serpiginosa macular: relato de caso Macular serpiginous choroiditis: case report Michel Klejnberg 1 Remo Turchetti 2 Eduardo Cunha de Souza 3 RESUMO A coroidite serpiginosa é

Leia mais

403/2014. Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da Retinopatia diabética

403/2014. Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da Retinopatia diabética 05/07/2014 403/2014 Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da Retinopatia diabética SOLICITANTE : Dr Leopoldo Mameluque. Juiz de Direito da Comarca de Montes Claros/MG NÚMERO DO PROCESSO: 433.14.026306-5

Leia mais

Hemangioma Capilar da Retina Combinação Terapêutica para o Melhor Resultado

Hemangioma Capilar da Retina Combinação Terapêutica para o Melhor Resultado Oftalmologia - Vol. 36: pp.173-182 Comunicações Curtas e Casos Clínicos Hemangioma Capilar da Retina Combinação Terapêutica para o Melhor Resultado Rita Pinto (1 e 3), Filipe Braz (1 e 3), Marta Vila Franca

Leia mais

FASES DA ANGIOGRAFIA FLUORESCEÍNICA:

FASES DA ANGIOGRAFIA FLUORESCEÍNICA: 6) TUMORS NVO OROI É o tipo de tumor intraocular benigno mais comum, com uma prevalência entre 11 a 20%. m 50% dos casos apresentam drusens na sua superfície. rterial: Hipofluorescência relativa da lesão.

Leia mais

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Assunto: Risco Global Cardiovascular Nº: 06/DSPCS DATA: 18/04/07 Para: Contacto na DGS: Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde do Serviço Nacional de Saúde

Leia mais

26ª Imagem da Semana: Imagem da Semana Fotografia

26ª Imagem da Semana: Imagem da Semana Fotografia 26ª Imagem da Semana: Imagem da Semana Fotografia Enunciado Paciente do sexo feminino, 29 anos, natural de Monte Sião MG, relata que há cerca de 10 anos começou a apresentar nódulos de tamanhos variados,

Leia mais

Ectasias Tratamento Cirurgia Refractiva a LASER Sim ou Não?? Paulo Torres Departamento de Córnea e Superfície Ocular Hospital Santo António CHP U.P., ICBAS Cirurgia Refractiva a Laser Contraindicações

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE Pedro Pissarra, Rui Alves Costa, Luís Ferreira, Yessica Costa, Maria Conceição Sanches, Manuela Gonçalo, Filipe Caseiro Alves X Jornadas Temáticas

Leia mais

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa 1 Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa XVI CURSO SUPERIOR DE ORTÓPTICA Maio, 2011 Ilda Poças Carla Vicente Daniela Rodrigues A prevenção primária e a redução de risco, o rastreio e a detecção

Leia mais

TEMA: Anti-angiogênico (Eylia - aflibercepte) no tratamento de edema macular na obstrução da veia central da retina

TEMA: Anti-angiogênico (Eylia - aflibercepte) no tratamento de edema macular na obstrução da veia central da retina Data: 03/03/2016 NT 07/2016 Solicitante: Juiz de Direito Sérgio Castro da Cunha Peixoto 1ª Unidade Jurisdicional Cível Juizado de Consumo da Comarca de Belo Horizonte Número do processo: 9014825.22.2016.813.0024

Leia mais

Injeção intravítrea de acetato de triancinolona no tratamento da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada

Injeção intravítrea de acetato de triancinolona no tratamento da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada Injeção intravítrea de acetato de triancinolona no tratamento da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada Intravitreal triamcinolone acetonide injection in the treatment of Vogt-Koyanagi-Harada syndrome Rafael

Leia mais

Ranibizumab no Tratamento da Neovascularização Coroideia Secundária a Miopia Patológica: 24 Meses De Follow-Up

Ranibizumab no Tratamento da Neovascularização Coroideia Secundária a Miopia Patológica: 24 Meses De Follow-Up Oftalmologia - Vol. 35: pp.319-326 Artigo Original Ranibizumab no Tratamento da Neovascularização Coroideia Secundária a Miopia Patológica: 24 Meses De Follow-Up Nuno Franqueira 1, Pedro Fonseca 2, Maria

Leia mais

Gliomas de Alto Grau. Jacques Bines. Oncologista Clínico

Gliomas de Alto Grau. Jacques Bines. Oncologista Clínico Gliomas de Alto Grau Jacques Bines Oncologista Clínico Objetivos Definição Caracterização Tratamento Papel da quimioterapia Definição Neoplasias do Sistema Nervoso Central (SNC) Apresentam características

Leia mais

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE ATENÇÃO AO RECÉM-NASCIDO RETINOPATIA DA PREMATURIDADE Aproximadamente 50.000 crianças são cegas no mundo por Retinopatia da Prematuridade (ROP). Clare Gilbert, 2008 No Brasil, essa é uma das principais

Leia mais

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA)

GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO (GPAA) Prof. F. Falcão dos Reis 2006 DEFINIÇÃO Um suspeito de glaucoma é um indivíduo com achados físicos e/ou uma constelação de factores de risco que indicam uma probabilidade elevada de desenvolver Glaucoma

Leia mais

3248 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Maio de 2004

3248 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o de Maio de 2004 3248 DIÁRIO DA REPÚBLICA I SÉRIE-B N. o 119 21 de Maio de 2004 Escolaridade (em horas semanais) Unidades curriculares Tipo Observações Aulas teórico- Aulas teóricas Aulas práticas Seminários Estágios -práticas

Leia mais

1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA

1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA 1 SIMPÓSIO DE OFTALMOLOGIA NEUROMIELITE ÓPTICA NA PERSPECTIVA DA NEUROLOGIA Walter Diogo Neurologista Luanda Novembro, 2017 APRESENTAÇÃO SEM CONFLITOS DE INTERESSE OBJECTIVO GERAL OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Leia mais

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS)

Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) Versão de 2016 1. O QUE É A CAPS 1.1 O que é? A Síndrome Periódica Associada à Criopirina (CAPS) compreende

Leia mais

Comparação da Eficácia entre Bevacizumab e Ranibizumab no Edema Macular Associado à Oclusão Venosa da Retina

Comparação da Eficácia entre Bevacizumab e Ranibizumab no Edema Macular Associado à Oclusão Venosa da Retina Oftalmologia - Vol. 38: pp.1-6 Artigo de Revisão Comparação da Eficácia entre Bevacizumab e Ranibizumab no Edema Macular Associado à Oclusão Venosa da Retina Renata Rothwell 1, Sofia Fonseca 2, Lígia Ribeiro

Leia mais

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA

RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA RECOMENDAÇÕES PARA O TRATAMENTO DE DOENTES COM HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DE CAUSA NÃO VARICOSA 1. INTRODUÇÃO A hemorragia digestiva alta não varicosa (HDA) é uma causa frequente de emergência. A incidência

Leia mais

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética

Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Segmentação de Exsudatos em Imagens de Fundo de Olho para Detecção de Retinopatia Diabética Nigel da Silva Lima 1, Geraldo Braz Júnior 1 1 Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Av. dos Portugueses, 1966

Leia mais

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA 10. PATOLOGIAS DO NERVO ÓPTICO HIPERTENSÃO INTRACRANIANA IDIOPATICA O OCT pode ser útil no diagnóstico e no seguimento clínico do edema papilar. OCT: Saliência papilar, fibras nervosas com espessamento

Leia mais

XXIX PROGRAMA CIENTÍFICO 5-6 DE JULHO DE 2019 DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA

XXIX PROGRAMA CIENTÍFICO 5-6 DE JULHO DE 2019 DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA XXIX DE OFTALMOLOGIA DE COIMBRA BAIXA VISÃO EM PEDIATRIA E NO ADULTO HOT TOPICS: PEDIATRIA RETINA MÉDICA RETINA CIRÚRGICA CÓRNEA E CIRURGIA REFRATIVA CURSO EUPO TRATAMENTO DO GLAUCOMA 5-6 DE JULHO DE 2019

Leia mais

Neoplasias. Benignas. Neoplasias. Malignas. Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação.

Neoplasias. Benignas. Neoplasias. Malignas. Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação. - Neoplasias- Neoplasias Benignas Neoplasias Malignas Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação. Neoplasias Neoplasias Benignas PONTO DE VISTA CLÍNICO, EVOLUTIVO E DE COMPORTAMENTO

Leia mais

Vol. 1. Saúde Ocular na Melhor Idade. Oftalmologista Dr Cleiton A. Noll

Vol. 1. Saúde Ocular na Melhor Idade. Oftalmologista Dr Cleiton A. Noll Vol. 1 Saúde Ocular na Melhor Idade Oftalmologista Dr Cleiton A. Noll Enxergar bem para viver mais, porém com qualidade de vida... Com a expectativa de vida da população aumentando a cada década, as pessoas

Leia mais

Beira. 2º Ano. Caso Clínico

Beira. 2º Ano. Caso Clínico Universidade da Beira Interior 2º Ano de Mestrado em Optometria Ciências da Visão Ano Lectivo 2009/20100 Relatório de Estágio Caso Clínico Degenerescência Macular Relacionada com a Idade Orientador: Prof.

Leia mais

436/2014. Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da DMRI

436/2014. Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da DMRI 28/07/2014 436/2014 Ranibizumabe (Lucentis ) para tratamento da DMRI SOLICITANTE : Dra Renata Abranches Perdigão. Juiza de Direito da Comarca de Campo Belo/MG NÚMERO DO PROCESSO: 112.14.005843-2 SOLICITAÇÃO/

Leia mais

Declaração de Conflitos de Interesses. O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação

Declaração de Conflitos de Interesses. O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação Declaração de Conflitos de Interesses O apresentador declara não haver conflitos de interesses que possam ser relacionados à sua apresentação FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO

Leia mais

Imagem da Semana: Fotografia

Imagem da Semana: Fotografia Imagem da Semana: Fotografia Imagem: Conjuntiva bulbar do olho direito Paciente feminina, faioderma, 24 anos, residente em Belo Horizonte (MG), sem sintomas oculares prévios, queixa aparecimento de manchas

Leia mais

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. TESTE DE AVALIAÇÃO 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta. 1. São indicação para a realização de RM todas as situações, excepto: ( 1 ) Mulher com

Leia mais

O Laser e a emissão estimulada

O Laser e a emissão estimulada O Laser e a emissão estimulada O Laser e a emissão estimulada E 3 E 2 E 1 Estado meta-estável E 2 Estado meta-estável E 1 E 0 E 0 O Laser e a cavidade e ressonância A Radiação Laser A radiação electromagnética

Leia mais

RICARDO MIGUEL JAPIASSÚ VARIAÇÃO DA ESPESSURA RETINIANA POR MEIO DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA APÓS APLICAÇÃO DE

RICARDO MIGUEL JAPIASSÚ VARIAÇÃO DA ESPESSURA RETINIANA POR MEIO DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA APÓS APLICAÇÃO DE RICARDO MIGUEL JAPIASSÚ VARIAÇÃO DA ESPESSURA RETINIANA POR MEIO DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA APÓS APLICAÇÃO DE TRIANCINOLONA SUB-TENONIANA E TERAPIA FOTODINÂMICA NA DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA

Leia mais

Doença de Coats : perfil de casos encaminhados para serviço referência em oncologia ocular

Doença de Coats : perfil de casos encaminhados para serviço referência em oncologia ocular 394 ARTIGO ORIGINAL Doença de Coats : perfil de casos encaminhados para serviço referência em oncologia ocular Coats Disease: profile of patients referred to a reference ocular oncology service Eduardo

Leia mais

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva Caderno de Questões Prova Discursiva 2015 01 Mulher de 54 anos de idade, pré-menopausa, apresenta mamografia com lesão sólida de 1,3 cm no quadrante superior externo de mama esquerda e calcificações difusas

Leia mais

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues Hospitais da Universidade de Coimbra Serviço de Ortopedia Diretor: Prof. Doutor Fernando Fonseca Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues História Clínica PRGP Sexo feminino 23 anos Empregada de escritório

Leia mais

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z

08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z DIA 16/3/2017 - QUINTA-FEIRA AUDITÓRIO SÉRGIO BERNARDES 08:00-10:30 CATARATA 1 - Cirurgia de catarata premium: de A a Z 1º Bloco: LIOs Tóricas 08:00-08:10 Dispositivo para aferição do alinhamento intraoperatório

Leia mais

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário.

Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. Responda às perguntas seguintes usando exclusivamente o glossário. 1 - Um homem de 50 anos com queixas de fadiga muito acentuada fez um exame médico completo que incluiu RX do tórax. Identificaram-se lesões

Leia mais

Oftalmologia Vol. 42: pp RESUMO

Oftalmologia Vol. 42: pp RESUMO Oftalmologia Vol. 42: pp. 000-000 RESUMO Introdução: O edema macular diabético (EMD), uma manifestação da retinopatia diabética, é a principal causa de perda da acuidade visual em doentes com Diabetes

Leia mais

MCDT realizados e Tempos de Espera (conforme n.º 6 do Despacho n.º 10430/2011 do Sr. Secretário de Estado da Saúde)

MCDT realizados e Tempos de Espera (conforme n.º 6 do Despacho n.º 10430/2011 do Sr. Secretário de Estado da Saúde) Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE MCDT realizados e Tempos de Espera (conforme n.º 6 do Despacho n.º 10430/2011 do Sr. Secretário de Estado da Saúde) Informação a 30-06-2016 Tempo de espera Os Tempos

Leia mais

Retinopatia diabética o papel da Medicina Geral e Familiar

Retinopatia diabética o papel da Medicina Geral e Familiar Retinopatia diabética o papel da Medicina Geral e Familiar VANDA NOGUEIRA,* PEDRO MOURO,* MARTA VILA-FRANCA,* MARGARIDA MESQUITA,** PAULO CALDEIRA-ROSA,*** ROSA GALLEGO,**** ANTÓNIO CASTANHEIRA-DINIS*****

Leia mais

Rastreio de cancro do pâncreas em famílias de cancro da mama hereditário: sim ou não?

Rastreio de cancro do pâncreas em famílias de cancro da mama hereditário: sim ou não? Clínica de Risco Familiar Instituto Português de Oncologia de Lisboa Rastreio de cancro do pâncreas em famílias de cancro da mama hereditário: sim ou não? Hugo Nunes 1, Ana Clara 1,2, Ana Luis 1,2, Ana

Leia mais

Angiofluoresceinography in the Diabetic Retinopathy

Angiofluoresceinography in the Diabetic Retinopathy 80 ARTIGO DE ATUALIZAÇÃO A Angiofluoresceinografia na Retinopatia Diabética LAÉRCIO BRAZ GHISI RESUMO O autor descreve a angiofluoresceinografia como um método semiótico importante para a avaliação da

Leia mais

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa XXIII Jornadas ROR-SUL 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa Estudo de Alta Resolução Tumores Malignos do Pulmão Maria Teresa Almodovar Objetivos 1. Detectar as diferenças na sobrevivência do cancro do pulmão

Leia mais

Formação para Agentes de Desporto Novembro Ilda Maria Poças

Formação para Agentes de Desporto Novembro Ilda Maria Poças Novembro 2015 Ortoptista Prof. Coordenadora Especialista Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa Sumário Campos visuais conceitos Campimetria - Objectivos - O Exame A Via Óptica Alterações do

Leia mais

Cancro do cólon e recto. - Estratégia de prevenção e vigilância -

Cancro do cólon e recto. - Estratégia de prevenção e vigilância - XXII Reunião Anual do N.G.H.D Cancro do cólon e recto - Estratégia de prevenção e vigilância - Luísa Glória Hospital de Santarém, EPE Estratégia de prevenção e vigilância Rastreio de CCR Avaliação de indivíduos

Leia mais

Principais Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento de Cataratas no Adulto

Principais Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento de Cataratas no Adulto Principais Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento de Cataratas no Adulto Prof. M. Monteiro Grillo 2006 Entidade Catarata no olho adulto (ICD 9#366.1) Definição de Doença Uma catarata é a degradação

Leia mais

Prevalência de Adesão Vitreo-Macular Focal na Degenerescência Macular Ligada à Idade Exsudativa

Prevalência de Adesão Vitreo-Macular Focal na Degenerescência Macular Ligada à Idade Exsudativa Oftalmologia - Vol. 36: pp.225-230 Artigo Original Prevalência de Adesão Vitreo-Macular Focal na Degenerescência Macular Ligada à Idade Exsudativa Rita Pinto 1,4, Teresa Varandas 1,4, Rui Fialho 1,4, Marta

Leia mais