SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL

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1 1 A s e g u r a n ç a a l i m e n t a r e n u t r i c i o n a l s e r á o t e m a d e s t a s e m a n a. N o t e x t o b a s e v a m o s r e l e m b r a r o s p r i n c i p a i s f a t o s q u e c o n d u z i r a m à a t u a l P o l í t i c a N a c i o n al d e S e g u r a n ç a A l i m e n t a r e N u t r i c i o n a l. S ã o 8 0 a n o s d e h i s t ó r i a. O q u e v o c ê v i u o u v i v e u d e s s a h i s t ór i a? Q u e t i p o d e a r t i c u l a ç ã o e m t o r n o d a g a r a n t i a d o d i r e i t o h u m a n o à a l i m e n t a ç ã o s e a p r e s e n t a h o j e e m s e u m u n i c í p i o o u c o m u n i d a d e? P r of a. M a r i a R i t a SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO BRASIL Fabiana Florian 1 INTRODUÇÃO O tema segurança alimentar e nutricional vem ganhando, ao longo dos últimos anos, importância cada vez maior. A busca por políticas públicas realmente efetivas para superar problemas tais como a eliminação da pobreza absoluta, a exclusão e a fome têm mobilizado pesquisadores e políticos. Os debates intensificaram-se após o compromisso assumido pelo governo brasileiro, em 2002, de erradicar a fome, a miséria e a exclusão social 1 Economista, Doutoranda em Alimentos e Nutrição Faculdade de Ciências Farmacêuticas /UNESP, Araraquara-SP.

2 2 por meio do Programa Fome Zero. O programa visa articulação entre políticas públicas, a partir de ações estruturantes e emergenciais, bem como a constituição de um grande mutirão social na elaboração de uma política específica de segurança alimentar e nutricional. A Política de Segurança Alimentar e Nutricional, embora ainda esteja sendo implementada, rompeu com a tradição de criação de inúmeras políticas compensatórias isoladas, com a oscilação de alocação de recursos, a partir de uma concepção integrada entre os órgãos do governo nos três níveis e de forma participativa, com a criação dos conselhos nacional, estaduais e municipais de segurança alimentar e nutricional (TAKAGI, BELIK, 2007). Essas conquistas são, antes de tudo, o resultado das lutas de muitos brasileiros no decorrer do último século de história do país. E, embora se reconheça os avanços, há ainda muito a fazer para reduzir as desigualdades sociais e os problemas ligados à alimentação e nutrição no Brasil. BREVE HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SAN) NO BRASIL A década de 30 marca os primórdios do estabelecimento, no Brasil, de uma política de enfrentamento da questão da fome e desnutrição. Dentre as transformações econômicas, políticas e sociais ocorridas no Brasil, sobretudo no período entre , denominado Estado Novo, verificou-se a emergência do processo simultâneo de descoberta científica da fome (o surgimento da ciência da Nutrição); de criação da prática profissional em Nutrição (criação dos cursos para formação de nutricionistas) e de instituição da política social de alimentação e nutrição (VALENTE, 1997; VASCONCELOS, 2005).

3 3 Em 1938 são elaborados os primeiros inquéritos alimentares, coordenados por Josué de Castro, análises pioneiras e clássicas sobre o fenômeno da fome no Brasil. Figura 1. Josué de Castro A partir das conclusões destes estudos foi estabelecido o Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, em que a chamada ração essencial mínima seria composta, em quantidade e qualidade, dos alimentos necessários ao atendimento das necessidades nutricionais de um trabalhador adulto e também foi criado o Serviço Central de Alimentação, pelo Decreto- Lei nº de 1 de agosto de O SAPS Serviço de Alimentação da Previdência Social, por sua vez, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2.478, de 05 de agosto de 1940, tendo como objetivo principal: assegurar condições favoráveis e higiênicas à alimentação dos segurados dos Institutos e Caixas de Aposentadorias e Pensões subordinados ao Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (CASTRO, 1977). Extinto em 1967, esse serviço teve, entre suas atribuições principais, o fornecimento de refeições a determinados segmentos da população (trabalhadores, estudantes), a venda de alimentos a preço de custo e o apoio a pesquisas na área de alimentação. De acordo com Barros e Tartaglia (2003); L Abbate (1988), entre a época da criação do SAPS e o início da década de 70, várias outras instituições, co-responsáveis pela execução da política de alimentação do Estado brasileiro, foram criadas, com objetivos semelhantes ou correlatos aos do SAPS. Todas tinham como responsabilidade estudar a situação nutricional e os hábitos alimentares da população, estudar e propor normas para a política nacional de alimentação, estimular e acompanhar campanhas educativas. Os programas, elaborados a partir da década de 40, estiveram intimamente articulados às organizações internacionais e aos programas

4 4 internacionais de ajuda alimentar criados logo após a Segunda Guerra Mundial, tais como a Food and Agriculture Organization (FAO), o United Nations International Children Emergency Fund (UNICEF), o Programa de Alimentos para a Paz, da Agency for International Development (USAID) dos Estados Unidos da América e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) (L ABBATE,1988; VASCONCELOS, 2005). Em meados da década de 50 surgem as ligas Camponesas no Nordeste. Duas teses passam a ser discutidas pela sociedade: a primeira, afirmava que a escassez de alimentos no país era conseqüência do atraso do padrão tecnológico da agricultura, e que para superá-la seria necessário desencadear um processo de modernização e a segunda, defendia que a fome e a desnutrição no Brasil era consequência da concentração da terra nas mãos de poucos. Seria necessária uma reforma agrária ampla, massiva e imediata, que pusesse fim ao latifúndio e fortalecesse a pequena produção camponesa. Em 1952, a CNA elaborou um trabalho denominado A conjuntura alimentar e o problema da nutrição no Brasil, que estruturou um programa de merenda escolar de caráter nacional, sob responsabilidade pública. Ao longo dos anos, este programa transformou-se no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e mais recentemente, está sob a coordenação do FNDE- Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação. Entre , ressaltam-se a propagação do discurso de combate à fome no contexto mundial e no Brasil e a criação das primeiras organizações não governamentais (ONG s), a exemplo da Associação Mundial de Luta Contra a Fome (ASCOFAM). Ao lançar o livro Geografia da Fome, em 1946, além de traçar o primeiro mapa da fome no país, Josué de Castro analisava seus principais determinantes e apontava os caminhos para sua superação, denuncia a realidade da situação alimentar e nutricional no Brasil. Afirma que a fome não é um fenômeno divino, mas uma questão política. (VASCONCELOS, 2005).

5 5 Figura 2- Josué de Castro publica o livro Geografia da Fome em1946. Com o golpe militar em 1964 intensificou-se o processo de industrialização, de modo a diminuir ainda mais a dependência econômica brasileira da exportação de produtos agrícolas. Nesse período a inflação chega a 80% ao ano, o crescimento do Produto Nacional Bruto é de apenas 1,6% ao ano. Para sanear a economia, o governo impõe uma política recessiva: diminui o ritmo das obras públicas, corta subsídios, principalmente ao petróleo e aos produtos da cesta básica, dificulta o crédito interno. Baseado no binômio segurança-desenvolvimento, o modelo de crescimento econômico instaurado pela ditadura conta com recursos do capital externo, do empresariado brasileiro e com a participação do próprio Estado como agente econômico. O início da década de 70 foi marcado por grandes impactos sociais econômicos e ambientais. Acentuou-se a migração rural-urbana e a violência no campo. Em 1972, um relatório do banco mundial mostra que o Brasil tem o 9º produto nacional bruto, mas em desnutrição perde apenas para Índia, Indonésia, Bangladesh, Paquistão e Filipinas. Nesse mesmo ano, a criação do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), marca alteração na forma de execução da política de alimentação pelo estado brasileiro, ao propor, em

6 6 1976, promover, fiscalizar e avaliar um Programa Nacional de Alimentação e Nutrição o PRONAN. Em 1988 ocorre a promulgação da nova Constituição Federal (CF) da República, garantindo condições para a consolidação democrática. O que cabe registrar é que até o final da década de 80, diversos e diferentes programas representaram as formas principais de execução da política nacional de alimentação e nutrição. Depois de vinte anos de ditadura militar e aprofundamento das desigualdades sociais, um presidente é eleito pelo voto popular. O início da década de 90 marcou uma mudança nos rumos da política do estado brasileiro com a tentativa de implantação das idéias neoliberais de reforma do Estado, conforme receita ditada pelo Fundo Monetário Internacional-FMI. O Governo Fernando Collor foi marcado por irregularidades administrativas e na gestão dos recursos. Como consequência, escassearam os recursos destinados à área social e os programas foram sensivelmente prejudicados, tornando-se alvo dos desvios de verbas públicas, de licitações duvidosas e de outros mecanismos ilícitos que caracterizaram a escandalosa corrupção instalada no interior daquele governo (BARROS, M. J. C. e TARTAGLIA, J. C., 2003; VASCONCELOS, 2005). Apenas três programas mantiveram-se na agenda política: o Programa de Combate ao Bócio Endêmico e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) - no âmbito do setor saúde - e o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), sob gestão do Ministério do Trabalho. PROMÓRDIOS DA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL No decorrer de 1992, diante do agravamento da crise ética verificada no interior da política brasileira, entidades da sociedade civil constituíram o chamado Movimento pela Ética na Política, contra a corrupção no Governo Collor que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor, em setembro desse mesmo ano.

7 7 Hebert de Souza (Betinho) Esse movimento plantou os alicerces do movimento Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida, por iniciativa do sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, que levou a criação em todo país de Comitês de Solidariedade, cuja ação privilegiava a arrecadação e distribuição de alimentos, na forma de cestas básicas, às populações carentes. Dom Mauro Morelli teve importante participação nesse processo. O Presidente Itamar Franco, cria por Decreto Presidencial, em 26 de abril de 1993, o CONSEA Conselho Nacional de Segurança Alimentar, integrado por nove Ministros de Estado e 21 representantes da sociedade civil, com o objetivo de assessorar o governo na formulação de propostas e implementação de ações em busca de soluções para o problema da fome e da miséria no Brasil (CONSEA,1995). Durante o governo Itamar ( ), o CONSEA foi presidido por Dom Mauro Morelli e coordenado pelo Betinho. Dom Mauro Morelli A primeira Conferência Nacional de Segurança Alimentar, de julho de 1994, evidenciou o diagnóstico da concentração da terra e da renda como fatores determinantes para a situação da fome e da insegurança alimentar no país e definiu três importantes diretrizes para a elaboração de políticas: (i) ampliar as condições de acesso à alimentação e reduzir seu peso no orçamento familiar; (ii) assegurar saúde, nutrição e alimentação a grupos populacionais determinados; (iii) assegurar a qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos e seu aproveitamento, estimulando práticas alimentares e estilos de vida saudáveis (CONSEA,1995).

8 8 Entre os principais resultados da primeira conferência está a definição da Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN, na qual o conceito de Segurança Alimentar encontra-se estreitamente vinculado aos direitos sociais, à consolidação da cidadania. O conceito é inovador ao firmar a promoção do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA) como fundamento de suas ações e aponta para a necessidade de criação de uma política abrangente de Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2002; VASCONCELOS, 2005). Para saber um pouco mais sobre a PNAN leia o texto que segue anexo a este. A experiência do CONSEA durou até o final do ano de 1994, quando o governo presidido por Fernando Henrique Cardoso lançou em 1995, o programa Comunidade Solidária, vinculado diretamente à Presidência da República e que abrangia as ações do Governo Federal na área social e na de alimentação e nutrição. Criado pelo Decreto nº 1366, de 12 de janeiro de 1995, o Programa Comunidade Solidária tinha objetivo de "coordenar ações governamentais voltadas para o atendimento da parcela da população que não dispunha de meios para prover suas necessidades básicas e, em especial, o combate à fome e à pobreza" (BRASIL, 1995; BARROS e TARTAGLIA, 2003). A partir de 2000, o governo de Fernando Henrique Cardoso implantou programas de transferência de renda como estratégia para assistir à população carente. Criou os Programas Bolsa Escola (no Ministério da Educação), Bolsa Alimentação (no Ministério da Saúde) e Bolsa Renda (no Ministério da Integração Nacional) (BARROS e TARTAGLIA, 2003). Ao longo de 2001, militantes e simpatizantes da campanha de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República, reunidos em diversos encontros, elaboraram o Projeto Fome Zero: Uma proposta de Política de Segurança Alimentar para o Brasil, lançado em 16 de outubro O projeto se constituiu em um dos instrumentos da campanha vitoriosa do candidato e nas bases do Programa Fome Zero, lançado em 31 de janeiro de 2003 (INSTITUTO CIDADANIA, 2001).

9 9 O Programa Fome Zero constitui-se de um conjunto de ações que se dizem integradas com o objetivo de erradicação da fome e a implantação da política de segurança alimentar e nutricional no país. Tais ações, que vêm gradativamente sendo executadas, agrupam três modalidades de intervenção denominadas: as políticas estruturais, políticas específicas e políticas locais. políticas estruturais: voltadas para combater as causas da fome, como aumento da renda familiar, a universalização dos direitos sociais e do acesso à alimentação de qualidade e da diminuição da desigualdade de renda; políticas específicas: englobam as intervenções nutricionais de natureza emergencial voltadas ao equacionamento de situações agudas de fome e miséria; políticas locais: são programas que já se encontram em atuação nos estados e municípios e que deverão ser ampliados (INSTITUTO CIDADANIA, 2001; TAKAGI, SILVA, DEL GROSSI, 2007; PACHECO, 2003). Em 23 de janeiro de 2004, foi criado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) para promover o desenvolvimento social e combater a fome, visando inclusão e promoção da cidadania, garantindo a Segurança Alimentar e Nutricional, uma renda mínima de cidadania e assistência integral às famílias. O MDS tem a missão de coordenar, supervisionar, controlar e avaliar a execução dos programas de transferência de renda, como o Programa Bolsa Família, bem como aprovar os orçamentos gerais do Serviço Social da Indústria (SESI), do Serviço Social do Comércio (SESC) e do Serviço Social do Transporte (SEST). Em março de 2004, dez anos após a I Conferencia Nacional, em 1994, realizou-se a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar Nutricional em Pernambuco, apontando princípios e diretrizes para a Segurança Alimentar no

10 10 país, em busca da construção conjunta de ações de governos e da sociedade civil (CONSEA, 2004a; MACEDO et al, 2009). Em 15 de setembro de 2006, foi criada a Lei Orgânica para a Segurança Alimentar e Nutricional LOSAN (BRASIL, 2006). A LOSAN é resultado de uma grande mobilização que envolveu a sociedade, o Governo e o Parlamento. A LOSAN estabelece as definições, princípios, diretrizes, objetivos e composição do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN, por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas, planos, programas e ações com vistas à assegurar o direito humano à alimentação, visando a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, incluindo-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição dos alimentos, incluindo-se a água,bem como da geração de emprego e da redistribuição da renda; conservando assim a biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos; promovendo a saúde, a nutrição e a alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e populações em situação de vulnerabilidade social (Lei nº , de 15 /09, 2006). Com esta lei foi possível instaurar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), permitindo uma ampla discussão em relação à Segurança Alimentar e Nutricional. A atuação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) no apoio à implantação do SISAN está diretamente relacionada à criação de estruturas e marcos regulatórios de segurança alimentar e nutricional nos Estados e municípios brasileiros, para que o Sistema ganhe capilaridade em todo o País. Para isso, o MDS oferece apoio técnico ao processo de desenvolvimento regional de conferências, leis e decretos referentes ao tema e à regulamentação de câmaras intersetoriais, conselhos e de outras instâncias que atuem na defesa do direito humano à alimentação. A Rede de Equipamentos Públicos de Alimentação e Nutrição constitui um dos marcos regulatórios importantes na promoção da alimentação. Ela conta com uma estrutura operacional composta por restaurantes populares, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, feiras e mercados populares, ações de educação alimentar e nutricional (BRASIL, 2004). Na sequência registram-se outros marcos importantes como a criação da lei , em 2009, que estabelece novas bases para o programa de alimentação escolar. Em fevereiro de 2010 o artigo 6º da Constituição Nacional foi alterado para incluir o direito humano a alimentação adequada

11 11 como um direito do cidadão brasileiro. Em fevereiro de 2010, o presidente da república assinou a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, representando mais um passo para a concretização do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. De tudo o que se tem feito pela defesa do direito humano à alimentação e pela segurança alimentar e nutricional, a participação da sociedade civil continuará sendo nossa principal força, cobrando das políticas públicas e agindo localmente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, M.J.C.; TARTAGLIA, J.C. A política de alimentação e nutrição no Brasil: breve histórico, avaliação e perspectivas. Rev. Alimentos e Nutrição, v.14 (1), p ,2003. BRASIL.Presidência da República. Comunidade Solidária-três anos de trabalho Disponível em : < Acesso em: 19 de abr BRASIL, A Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação no Brasil -Documento elaborado para a visita ao Brasil do Relator Especial da Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas sobre Direito à Alimentação. Brasília: março de BRASIL, MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Disponível em: Acesso em 21 de jul BRASIL, Lei nº , de 15 de setembro de Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Diário Oficial {da} República Federativa do Brasil Poder Legislativo, Brasília: 18 set. 2006, Seção 1, p. 1. BRASIL, Decreto nº 6.273, de 23 de novembro de Cria, no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN, a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Diário Oficial {da} República Federativa do Brasil Poder Legislativo,Brasília, DF, 26 nov. 2007, Seção 1, p. 15.

12 12 CASTRO, A.M. Nutrição e desenvolvimento: análise de uma política [tese]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; CONSEA- I Conferência Nacional de Segurança Alimentar.Relatório final. Brasília: CONSEA CONSEA- II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A construção da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.Relatório final. Pernambuco: mar a. CONSEA - Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional Textos de Referência da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.Brasília, jul.2004b. INSTITUTO CIDADANIA. Fome Zero: uma proposta de política de segurança alimentar para o Brasil. São Paulo: Instituto da Cidadania, L ABBATE,S. As políticas de alimentação e nutrição no Brasil: I período de Rev. Nutr. PUCCAMP, Campinas, v.1,n.2,p ,jul-dez, MACEDO et al. A Construção Da Política De Segurança Alimentar E Nutricional No Brasil. Rev. Simbio-Logias, V.2, n.1, Maio/2009. PACHECO, Maria Emília L. Segurança Alimentar e Nutricional: novas políticas para antigos problemas. Proposta N º 97 Jun./Ago SABOIA J. Salário mínimo: a experiência brasileira. São Paulo: L&PM; SANTOS, S. M. C. dos; SANTOS, L. M. P. Avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e combate à fome no período de Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23,n.5,2007.Disponível em: < Acesso em: 20 jul TAKAGI, M. SILVA, J. G. DEL GROSSI,M. E.A política de segurança alimentar e nutricional do Brasil a partir do programa Fome Zero.In Desenvolvimento Territorial, Segurança Alimentar e Economia Solidária. Campinas: Alínea, TAGAGI, M.; BELIK, W. A implantação da política de segurança alimentar e nutricional no Brasil: entre a caridade e os gastos sociais. In Desenvolvimento Territorial, Segurança Alimentar e Economia Solidária. Campinas: Alínea, VALENTE F.L.S. Do combate à fome à segurança alimentar e nutricional: o direito à alimentação adequada. Rev Nutr. 1997; 10(2): VASCONCELOS, F. A. G.Combate à fome no Brasil: uma análise histórica de Vargas a Lula.Rev. Nutr. 18(4): , jul./ago., 2005.

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14 14 POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Camila Gomes Komatsu 2 No âmbito da Política Nacional de Saúde, o Brasil dispõe da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) que propõe ações específicas para o setor saúde, constituindo instrumento técnico e político fundamental em termos de operacionalização da Segurança Alimentar e Nutricional para garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada. O conjunto de ações que integram a PNAN está sob responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). A PNAN veio da necessidade de o setor saúde dispor de uma política devidamente expressa relacionada à alimentação e nutrição, para garantir que todas as pessoas tenham acesso a alimento seguro e saudável, ou seja, um alimento que, além de fornecer os nutrientes que necessitamos, tenha propriedades higiênicosanitárias adequadas, diminuindo o número de infecções e outras doenças causadas por alimentos. A PNAN apresenta 7 diretrizes: 1ª Diretriz - Estímulo às ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos A garantia da alimentação adequada com regularidade envolve diversos setores tais como trabalho, agricultura, abastecimento, educação. Envolve ainda a sociedade civil e o poder público nos diversos níveis de governo. 2ª Diretriz - Garantia da segurança e da qualidade dos alimentos e da prestação de serviços neste contexto O alimento pode ser contaminado, desde sua produção até seu consumo. São necessárias ações educativas e de controle da qualidade dos alimentos para que se 2 Nutricionista Mestranda em Ciências Nutricionais Programa de Pós Graduação em Alimentos e Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNESP, Araraquara-SP.

15 15 previnam as doenças transmitidas por alimentos e perdas econômicas por deterioração. 3ª Diretriz - Monitoramento da situação alimentar e nutricional O monitoramento nutricional, por meio de medidas antropométricas (peso e altura) e informações sobre o consumo de alimentos da população, é necessário para conhecimento do estado nutricional da população e para a tomada de decisão quanto aos investimentos públicos. 4ª Diretriz - Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis As práticas alimentares saudáveis começam com o aleitamento materno, estendendo-se à prevenção de problemas nutricionais, desde a desnutrição até a obesidade. A Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN) é responsável pela elaboração de materiais informativos para melhor capacitar profissionais da rede básica de saúde a orientarem quanto à alimentação saudável ( 5ª Diretriz - Prevenção e controle dos distúrbios nutricionais e das doenças associadas à alimentação e nutrição O Brasil se apresenta em duas situações polares, ou seja, de um lado a prevalência de desnutrição e infecção, e de outro a obesidade e excesso de peso. Outros problemas alimentares importantes na população brasileira incluem as anemias nutricionais e a deficiência de vitamina. 6ª Diretriz - Promoção de linhas de investigação Hoje no Brasil existem pesquisas que permitam conhecer a situação do país e estabelecer relações com carência de nutrientes, valor nutritivo da dieta (quantidade e qualidade dos nutrientes) e doenças crônicas não-transmissíveis. 7ª Diretriz - Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos Os profissionais devem estar capacitados para realizar um elenco básico de atividades, que inclui: avaliação dos casos, eleição de beneficiários e devido acompanhamento nos serviços locais de saúde, prevenção e manejo adequado de doenças que interferem no estado de nutrição ou de condições alimentares e nutricionais que são fatores de risco no desenvolvimento de doenças, principalmente as crônicas não-transmissíveis.

16 16 No quadro a seguir apresenta-se a linha do tempo dos principais acontecimentos relativos à alimentação e nutrição no Brasil desde a criação da Política Nacional de alimentação e nutrição. POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Linha do tempo

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19 Referência: MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. 2 ed. rev, Brasília, Disponível em: Acesso em 22/07/

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