Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos. Presidente do Comitê sobre Crimes Eletrônicos OAB SP

Transcrição

1 Projeto Nota Fiscal Eletrônica Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos Presidente do Comitê sobre Crimes Eletrônicos OAB SP 29/09/2009

2 Histórico Artigo 199 do CTN- Mútua assistência para Fiscalização de Tributos (U, E, M e DF).

3 Reafirmando a necessidade de integração Emenda Constitucional n. º 42 introduziu o Inciso XXII ao art. 37 da Constituição Federal, que determina às administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais. (SPED e NF-e)

4 Controle on-line A idéia do Controle on-line pelas Administrações Tributárias é recente e data de 2005? Começam a surgir os primeiros fenômenos para maximizar a velocidade na emissão de notas fiscais.

5 Contribuintes Varias empresas obtiveram liminares ou regimes especiais i ouautorizações específicas para emissão e impressão de Nota Fiscal em branco.

6 CONFAZ Convoca os grandes fabricantes g de documentos de segurança.

7 Formulário de segurança EMPRESAS CREDENCIADAS A FABRICAR FORMULÁRIO DE SEGURANÇA:

8 Conceito Segurança de documento consiste em desenvolver sistemas específicos para dificultar a ação fraudulenta e deve compor tecnologias que aplicadas ao ao documento os tornem pouco atrativos ao criminoso, inviável tecnicamente de fraudar ou custoso demais a quem quiser contrafazê-lo

9 Controle on-line Ao emitir este documento o contribuinte em 1995 teria de enviar a Secretaria da Fazenda uma cópia da nota fiscal por meio eletrônico ou no ambiente da Internet.

10 Quem utiliza? FBI Interpol Sistema t financeiro i Empresas de auditoria Elemento de segurança de primeiro Elemento de segurança de primeiro nível.

11 Exemplo Passaporte Brasileiro com 16 itens de segurança. Atualmente de mais inseguro passa a um dos mais seguros do mundo. Exemplo: p marcas d água visíveis apenas quando expostas a raios ultravioleta. Papel com fio de segurança, tintas sensíveis à abrasão e a solventes, marca d'água e papel reativo a produtos químicos, além de outras medidas que dificultarão falsificação do documento.

12 Porque padronizar? A fiscalização não poderia verificar vários tipos de documentos diferentes. A fiscalização não estaria treinada.

13 Limitação Sujeito a Regime especial. Existia i o controle on-line que não pode ser implantado apenas 120 contribuintes em todo p o Brasil tiveram autorização.

14 Conclusão Convênio CONFAZ - 58/95 Impressão Simultânea cria o conceito de NF-e; Porque se chama Convênio para impressor autônomo por emissão simultânea de Notas Fiscais? O contribuinte é o impressor e emissor da Nota em calcografia.

15 Conclusão Ao entendermos a história do projeto entendemos melhor a legislação que disciplina os métodos de contingência.

16 Cenário % = 55% % = 35% Fonte: ABRAFORM

17 Agenda Conceitos da NF-e Histórico Modelo Operacional Cancelamento Consulta Legislação Massificação da NF-e Obrigatoriedade Emissor Gratuito

18 SPED SPED Sistema Público de Escrituração Digital Documentos Escrituração Escrituração Eletrônicos Fiscal Contábil Eletrônica Eletrônica NF-e CT-e

19 Conceito da NF-e Documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes, ecujavalidade jurídica é garantida pela assinatura digitalit do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do Fato Gerador.

20 Modelo Operacional Envio NF-e Envia NFE Vendedor Em cada operação o vendedor deve solicitar autorização de uso da NFe à SEFAZ Recepção antes da ocorrência do Fato Gerador Comprador Secretaria Fazenda

21 Modelo Operacional Envio NF-e Envia NFE Vendedor A SEFAZ procederá à validação da NF-e recebida. Validação Recepção: Assinatura Digital Leiaute XML Comprador Validação Numeração Secretaria Fazenda Emitente t Autorizado

22 Modelo Operacional Envio NF-e Vendedor Se a análise for positiva, autorizará o uso de NF-e... Comprador Envia NFE Devolve Autorização de Uso NF-e Validação Validação Recepção: Assinatura Digital Leiaute XML Numeração Secretaria Fazenda Emitente t Autorizado

23 Modelo Operacional Envio NF-e Vendedor... e retransmitirá a NF-e para a Receita Federal. Comprador Envia NFE Devolve Autorização de Uso NF-e Retransmite NF-e Secretaria Fazenda Receita Federal

24 Modelo Operacional Envio NF-e Vendedor Trânsito Autorizado - DANFE Comprador Envia NFE Secretaria Fazenda Devolve Autorização de Uso NF-e Autorizado o uso da NF-e naquela operação, o DANFE acompanhará o trânsito da mercadoria... Receita Federal

25 Modelo Operacional Envio NF-e Vendedor Trânsito Autorizado - DANFE Comprador NF-e... e o vendedor d enviará também o arquivo da NF-e para seu cliente. Secretaria Fazenda Receita Federal

26 Modelo Operacional Envio NF-e Vendedor O destinatário deverá então consultar a existência e validade da NF-e por meio do código de acesso Comprador Secretaria Fazenda Receita Federal

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28 Cancelamento da NF-e SomenteseaNF-e a e tiver sido autorizada Por meio de solicitação por web service para cada NF-e Desde que não tenha ocorrido circulação da mercadoria Valem procedimentos de NF-e de entrada e Nota Fiscal de devolução de compra Prazo para cancelamento da NF-e 168 horas (7 dias) a partir da autorização de uso;

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33 Legislação SP RICMS/00 Art. 212-O Portaria CAT nº 162/08 Comunicados DEAT série NF-e Protocolo ENAT 03/05 Ajuste t SINIEF 07/05 Ato COTEPE 14/09 Protocolo ICMS 10/07 (e alterações) pg

34 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09

35 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 -fabricantes de cigarros; -distribuidores ou atacadistas de cigarros; -produtores, formuladores e importadores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; -distribuidores de combustíveis líquidos, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; - transportadores e revendedores retalhistas TRR, assim definidos e autorizados por órgão federal competente;

36 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores 9 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 -fabricantes de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; -fabricantes de cimento; -fabricantes, distribuidores e comerciante atacadista de medicamentos alopáticos para uso humano; -frigoríficos fi e atacadistas t que promoverem as saídas de carnes frescas, refrigeradas ou congeladas das espécies bovinas, suínas, bufalinas e avícola; -fabricantes de bebidas alcoólicas inclusive cervejas e chopes; -fabricantes de refrigerantes; -agentes que, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), venderem energia elétrica a consumidor final; -fabricantes de semi-acabados, laminados planos ou longos, relaminados, trefilados e perfilados de aço; -fabricantes de ferro-gusa.

37 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores 9 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 -importadores de automóveis, camionetes, utilitários, caminhões, ônibus e motocicletas; -fabricantes de pneumáticos e de câmaras-de-ar; -fabricantes e importadores de autopeças; -produtores, formuladores, importadores e distribuidores de solventes derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; -comerciantes atacadistas a granel de solventes derivados de petróleo; -produtores, importadores e distribuidores de lubrificantes e graxas derivados de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; -comerciantes atacadistas a granel de lubrificantes e graxas derivados de petróleo; -produtores, importadores, distribuidores a granel, engarrafadores e revendedores atacadistas a granel de álcool para outros fins; -produtores, importadores e distribuidores de GLP gás liquefeito de petróleo, assim definidos e autorizados por órgão federal competente; -produtores e importadores GNV gás natural veicular; -atacadistas de produtos siderúrgicos e ferro gusa; -fabricantes de alumínio, laminados e ligas de alumínio;

38 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores 9 setores 25 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 -fabricantes de vasilhames de vidro, garrafas PET e latas para bebidas alcoólicas e refrigerantes; -fabricantes e importadores de tintas, vernizes, esmaltes e lacas; -fabricantes e importadores de resinas termoplásticas;-distribuidores, atacadistas ou importadores de bebidas alcoólicas, inclusive cervejas e chopes; -distribuidores, atacadistas ou importadores de refrigerantes; -fabricantes, distribuidores, atacadistas ou importadores de extrato e xarope utilizados na fabricação de refrigerantes; -atacadistas de bebidas com atividade de fracionamento e acondicionamento associada; -atacadistas de fumo beneficiado; -fabricantes de cigarrilhas e charutos; -fabricantes e importadores de filtros para cigarros; -fabricantes e importadores de outros produtos do fumo, exceto cigarros, cigarrilhas e charutos; -processadores industriais do fumo

39 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores 9 setores 25 setores 54 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 Protocolo ICMS 87/08 Houve ampliação das cadeias econômicas já abrangidas pelas obrigatoriedades de abril/08, dez/08 e abril/09.

40 Obrigatoriedade de Emissão de NF-e 5 setores 9 setores 25 setores 54 setores Abril/2008 Dez/08 Abril/09 Set/09 Abril/ estabelecimentos Dezembro/ estabelecimentos t Abril/ estabelecimentos Setembro/ estabelecimentos

41 Regra Geral Obrigatoriedade de Emissão de NF-e A obrigatoriedade se aplica a todas as operações efetuadas em todos os estabelecimentos dos contribuintes, que estejam localizados no Estado de São Paulo, ficando vedada a emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. Exemplos: Fabricante de Refrigerante (100%) Fabricante de refrigerante (5%) Produtor de maça (95%) Produtor de Maça (100%)

42 Aplicativo Emissor de NF-e Desenvolvido pela SEFAZ/SP, podendo ser utilizado por contribuintes de todos os Estados; Gratuito; Versão de testes e versão com validade jurídica; j ; Download no site da SEFAZ/SP e acesso pelo site nacional da NF-e Contribuinte precisa possuir apenas acesso à internet e certificado digital.

43 Importante Ajuste Sinief nº 01/2008 Autoriza SP a Dispensar a Guarda Documento Fiscal em Papel desde que transmitido à SEFAZ Novo Paradigma que surge: Documento Fiscal Válido é o Documento Fiscal Eletrônico existente na Base de Dados do Fisco!

44 Tendências Uso Massivo da Tecnologia de Informação Provas passam a ser Eletrônicas Contencioso Eletrônico Comunicação Eletrônica com Contribuinte Cruzamento Eletrônico de múltiplas bases de informações Utilização de informações de movimentação de cargas e veículos Novo Papel de Analista de Informações e de Inteligência Fiscal do Agente Fiscal de Rendas e nas Empresas

45 Comunicação Eletrônica com Contribuinte Bidirecional (Notificação e Requerimento) Transparência e Sigilo Garantia de Temporalidade e Validade Jurídica dos Atos Eletrônicos Praticados Rastreabilidade Segurança da Informação Simplificação e Redução de Custos para Fisco e Contribuinte Alavancagem da Capacidade de Atuação do Fisco

46 Fraudes Segmento de Combustíveis

47 Fraudes Reutilização e falsificação de DANFEs; Trânsito de mercadorias de NF-e canceladas; Emissão de NF-e em contingência sem o uso do formulário de segurança; Aumento trânsito de mercadorias sem documentação fiscal. Não preenchimento do campo código do produto (Tabela ANP).

48 Fraudes Liminares para não pagamento PIS e COFINS; Omissão no pagamento do PIS / COFINS. Fonte: s/ _140107_nf-e_encat_sc. e_encat_sc.ppt#418,28,slide 28 Informações da apresentação da Coordenação Técnica do ENCAT; Álvaro Bahia / Sefaz-Ba alvarob@sefaz.ba.gov.br

49 SEFAZ sofre ataque O site da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) ficou fora do ar durante todo o dia de ontem. No início da tarde do último domingo, a página da internet foi invadida por crackers.os invasores deixaram uma mensagem em inglês e também incluíram símbolos na tela, substituindo os verdadeiros. 23/09/ p online.com.br/editoria/cidades

50 Página dos jogos adulterada.

51 Portal na cor laranja

52 Tendências relacionadas ao tratamento das comunicações oficiais O FBI investiga s da Governadora do Alaska que foi a candidata republicana a vice-presidência dos EUA que supostamente teria usado o do Yahoo para tratar de assuntos oficiais. Nos EUA a discussão ganhou relevo após a descoberta de que o Governo Bush se utilizou de contas particulares de para conduzir assuntos da Casa Branca. Não deixar as crianças e adolescentes terem acesso a conta de corporativo

53 Evolução STF declara que existe o crime cibernético organizado no Brasil; HC N Goiás, Relator Ministro Gilmar Mendes; Facções Brasileiras e a atuação nos EUA; (NYPD)

54 Conclusões Documentos Fiscais Eletrônicos são Caminho sem Volta ; Novo Paradigma: Documentos Fiscais Válidos são Documentos Eletrônicos na Base do Fisco Documentos Eletrônicos são apenas a ponta do iceberg da modernização tributária Simplificação de Obrigações Acessórias aos Contribuintes Mudança Cultural de todos os atores envolvidos

55 Mensagem NÃO LUTO AQUI PELO MISERÁVEL OBJETO DO LITÍGIO, TALVEZ INSIGNIFICANTE, MAS SIM VISO DEFENDER UM OBJETO IDEAL, UM FIM IDEAL. Um fim ideal de amor, solidariedade e principalmente a afirmação de minha própria pessoa e do meu sentimento de justiça ( A Luta pelo Direito- i Rudolf Von Jhering- Editora Rio, 5ª edição-página 34).

56 Coriolano Aurélio de Almeida Camargo Santos Advogado. Presidente do Comitê sobre Crimes Eletrônicos OABSP, 2º Vice- Presidente da Comissão de Direito na Sociedade da Informação da OABSP. Juiz do Egrégio Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo. Mestre em Direito.Pesquisador da Universidade Federal de Santa Maria UFSM. Professor da Pós-Graduação do Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos em parceria com a Universidade Federal Fluminense. Professor do Master of Business Administration (MBA) em Direito Eletrônico da Escola Paulista de Direito e Impacta Tecnologia. Informações na Plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: coriolano@almeidacamargo.com.br