Posicionamento Autónomo Instantâneo por Observações de Código. Aplicação ao Sistema GPS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Posicionamento Autónomo Instantâneo por Observações de Código. Aplicação ao Sistema GPS"

Transcrição

1 Posicionamento Autónomo Instantâneo por Observações de Código Aplicação ao Sistema GPS António Pestana Outubro de 2014

2 1 Resumo O Posicionamento Autónomo Instantâneo por Observações de Código por vezes denominado, em língua inglesa Single Point Positioning, ou SPP (Satiropod et al., 2001) é a mais simples técnica de posicionamento GNSS. O domínio desta técnica de posicionamento é fundamental para que outras técnicas de posicionamento GNSS sejam compreendidas e implementadas. O objectivo fundamental deste documento é o de mostrar como, a partir de um conjunto de observações de código simultâneas, é possível calcular as coordenadas geocêntricas instantâneas do centro de fase da antena de um receptor GPS. 2 Notas prévias Neste texto o substantivo instante é utilizado para designar um momento no tempo. O substantivo hora designa o valor numérico único que uma particular escala de tempo atribui a um determinado instante. O substantivo Tempo (sempre com maiúscula) será usado com o significado de escala de tempo. Como existem várias escalas de tempo, elas terão de ser convenientemente identificadas (exemplos: Tempo UTC, Tempo do satélite e Tempo GPS ) Uma hora deve ser sempre acompanhada pela denominação da respectiva escala de tempo. Alguns exemplos: hora UTC, hora GPS e hora do satélite. Uma função (em sentido matemático) do tempo será uma função das horas dos instantes temporais relevantes. Resulta então que uma função do tempo é, na prática, uma função da escala temporal utilizada. Uma determinada hora identifica um determinado instante, mas, porque existem várias escalas de tempo, um mesmo instante pode ser identificado por várias horas distintas. Por vezes a palavra instante será utilizada em lugar de hora, mas este relaxamento semântico apenas ocorrerá quando seja evidente qual a escala de tempo utilizada. O substantivo posicionamento será utilizado para designar o acto, ou o efeito, de determinar as coordenadas de um ponto. Designar-se-á por posicionamento autónomo qualquer posicionamento GNSS 1 que seja conseguido recorrendo exclusivamente a sinais que, tendo sido emitidos pelos satélites GNSS, são captados por um único receptor 2. Em complemento a esta designação será também utilizada a expressão posicionamento instantâneo para designar um qualquer posicionamento GNSS que tenha sido efectuado recorrendo a um conjunto de observações resultantes do processamento de um único conjunto de sinais captados, em simultâneo, pela antena do receptor. As observações obtidas nestas condições serão designadas por observações contemporâneas. 3 Fundamentos do posicionamento GPS por análise de código Cada satélite GPS transporta, no mínimo, um relógio atómico responsável por criar a realização de uma escala de tempo específica desse satélite: o Tempo do satélite. É atribuída a denominação de sinal à combinação de uma onda portadora com um ranging code (Xu, 2007). 1 Sistemas Globais de Navegação por Satélite (Global Navigation Satellite Systems). 2 Outra forma de definir o conceito de posicionamento autónomo: técnica que permite o posicionamento da antena de um receptor GNSS de forma completamente autónoma (isto é, sem recorrer a qual outro equipamento ou serviço) e utilizando exclusivamente os dados que essa antena recebe dos satélites GNSS. 1

3 Um ranging code é um código binário pseudo-aleatório único 3 (PRN) destinado à medição da distância entre o satélite que o emite e a antena de um receptor que o capte. Cada satélite GPS emite vários sinais, cada um deles muito precisamente gerado em função da respectiva hora do satélite. Cada satélite GPS também difunde uma mensagem de navegação que lhe é específica. Cada receptor GPS possui um relógio interno que realiza uma outra escala de tempo, que é específica desse receptor: o Tempo do receptor. Todos estes receptores são capazes de gerar uma réplica de, no mínimo, um dos ranging codes emitidos por cada dos satélites. Portanto, um receptor é capaz de gerar, no mínimo, tantas réplicas distintas quantos os satélites GPS. Todas estas réplicas são geradas em função do Tempo do receptor. Um receptor mede a duração do voo de um sinal captado pela sua antena recorrendo a uma análise de correlação entre o código recebido e a réplica que dele está a gerar. Obtém-se assim uma observação (uma medição) que depende do Tempo do satélite e do Tempo do receptor. Esta observação, por ser obtida com recurso exclusivo a um ranging code, é denominada observação de código. Atribui-se a designação de pseudodistância ao produto da velocidade da luz no vazio pela duração do voo de um sinal, quando este percorre a distância que medeia entre o satélite emissor e a antena do receptor. Assim sendo, uma pseudodistância será uma estimativa da distância rectilínea entre o ponto ocupado pelo satélite emissor no instante da emissão e a posição ocupada pela antena do receptor no instante da recepção. Num determinado instante de medição um receptor determina, no mínimo, uma pseudodistância a cada satélite que observa. Para um determinado satélite, o receptor poderá determinar tantas pseudodistâncias quantas as réplicas de sinais captados que consegue gerar. Todos os sinais captados por um determinado receptor são-no de forma praticamente simultânea, já que os receptores modernos possuem dezenas de canais que permitem receber, de forma contínua, dezenas de sinais. Porém, caso estes sinais não tenham sido emitidos pelo mesmo satélite, os respectivos instantes de emissão serão diferentes. A posição ocupada por um qualquer satélite GPS no instante de emissão pode sempre ser calculada, no referencial geodésico WGS84 4, recorrendo a parâmetros que fazem parte da mensagem de navegação que esse satélite difunde. Porém, este cálculo obriga à utilização de uma terceira escala temporal: o Tempo GPS, de aqui em diante designado pela sigla GPST 5. O GPST é a escala de tempo oficial do Sistema GPS e será, no âmbito deste texto, a escala de tempo fundamental. Se dispusermos de um número suficiente de observações simultâneas, bem como das posições ocupadas pelos satélites observados nos respectivos instantes de emissão, então será possível calcular as coordenadas do ponto ocupado pela antena do receptor no instante da recepção. O problema a resolver é uma trilateração e o seu modelo matemático é não-linear. Neste texto considerar-se-á que o receptor apenas capta um sinal por cada satélite observado. Porém, as expressões que serão apresentadas facilmente são generalizáveis de modo 3 Um determinado código PRN é emitido por um, e apenas um, satélite GPS. Cada satélite GPS emite vários códigos PRN distintos. Os PRN do Sistema GPS podem ser transmitidos na mesma frequência portadora sem que interfiram uns com os outros. Todos estes PRN têm correlações cruzadas particamente nulas para todos os desfasamentos temporais. Um PRN particular manifesta autocorrelação praticamente nula para todos os desfasamentos temporais, com a excepção do desfasamento nulo (Misra e Enge, 2004). 4 O WGS84 (World Geodetic System 84) é um sistema de referência terrestre utilizado pelo Sistema GPS. Este sistema de referência inclui um referencial cartesiano tridimensional com origem no centro de massa da Terra e que a ela está fixo, acompanhando todos os movimentos do nosso planeta. O terceiro eixo coordenado deste referencial cartesiano (o eixo dos zz) é muito aproximadamente coincidente com o eixo de rotação da Terra. 5 O GPST (sigla de GPS time ) é uma escala de tempo uniforme e contínua. Esta escala de tempo é similar à escala temporal UTC (USNO), desde que sejam descontados os segundos intercalares (os leap seconds ). 2

4 a poderem lidar com vários sinais captados por cada satélite observado. Dois sinais simultaneamente captados em duas portadoras distintas, emitidos pelo mesmo satélite, permitem eliminar a primeira componente da refracção ionosférica. Se forem três os sinais captados, cada um na sua frequência portadora, então poderão ser eliminadas a primeira e a segunda componente do mesmo efeito atmosférico (Urquhart, 2009). 4 A componente de longo prazo do erro da hora do satélite Cada sinal GPS é, em termos matemáticos, uma função do tempo. Na prática, este sinal é gerado pelo satélite emissor de acordo com a escala temporal materializada pelos relógios atómicos que transporta: este sinal é uma função do Tempo do satélite emissor. Esta é uma das razões que justificam o serem os relógios dos satélites considerados componentes críticos para o funcionamento de todo o Sistema GPS. Como componentes críticos que são, os relógios dos satélites são continuamente monitorizados pelo controlo de terra, de modo a garantir que as escalas de tempo que materializam se mantêm dentro de exigentíssimos padrões de qualidade. O erro do Tempo de cada satélite é determinado relativamente ao GPST e apresenta evolução temporal, isto é, é função da hora (ver figura). Esta evolução pode ser considerada como o resultado da adição de duas componentes: uma componente que apresenta flutuações com períodos muito curtos (a componente de curto prazo ) e uma outra componente que manifesta períodos bem mais longos (a componente de longo prazo ). Os relógios dos satélites são de elevadíssima qualidade (são relógios atómicos muito estáveis) e, como já foi dito, são constantemente monitorizados. É possível caracterizar com elevado rigor a componente de longo prazo do seu erro e, aquando da resolução do problema de posicionamento, autonomizá-la da componente de curto prazo. Os elementos necessários para o cálculo da componente de longo prazo fazem parte das mensagens de navegação, sendo por isso possível aos utilizadores dos sistemas proceder a esse cálculo. Seja t s uma qualquer hora do satélite s e δt s o erro de longo prazo que lhe está associado. Os relógios dos satélites são de elevadíssima qualidade, pelo que os seus erros de curto prazo são muitíssimo pequenos. Assim sendo, a grandeza t s = t s δt s será uma boa estimativa da correspondente hora GPST 6. O IS-GPS-200D-001 (2006), nas páginas 68 e 69, especifica que δt s deve ser calculado recorrendo à expressão seguinte: δt s = a f0 + a f1 b 1 + a f2 b Δt rel (1) 6 No modelo matemático do SPP não é explicitamente considerada a componente de curto prazo do erro do Tempo do satélite. 3

5 Nesta expressão b 1 = t s t oc, sendo t oc uma hora de referência (GPST) denominada clock data reference time. A mensagem de navegação difundida pelo satélite fornece o valor de t oc em segundos da semana GPS (a semana GPS possui segundos GPS) pelo que se deverá ter particular cuidado com o correcto cálculo de b 1 quando ele abrange uma mudança de semana GPS. As quatro parcelas existentes no lado direito da igualdade modelam quatro fenómenos que contribuem para δt s, a saber: desvio ( bias ), deriva ( drift ), taxa de deriva ( drift rate ) e efeitos relativísticos. Os parâmetros a f0, a f1 e a f2 fazem parte da mensagem de navegação do satélite. O efeito relativístico Δt rel deve ser calculado de acordo com o procedimento indicado na especificação atrás mencionada. A equação (1) evidencia que δt s depende de t s e, por isso, t s depende de si próprio. Porém δt s varia lentamente ao longo do tempo, pelo que manifesta uma muito baixa sensibilidade a pequenas variações de t s. Face ao exposto resulta evidente que, para o cálculo de δt s, basta recorrer a uma razoável estimativa de t s : fazer t s = t s é suficiente. Se necessário, poderá sempre iterar-se esta igualdade (Borre, 2003). 5 A duração do voo de um sinal Já foi referido que o receptor utiliza análise de correlação para medir a duração do voo de um sinal, obtendo assim uma observação de código Δt s. Seja δt o erro, em relação ao GPST, do Tempo do receptor. Uma muito boa estimativa do tempo de voo do sinal será obtida corrigindo Δt s dos erros dos relógios do satélite e do receptor. Esta estimativa de muito boa qualidade é dada por: Δt s = Δt s + δt s δt (2) Seja t E a hora da emissão de um determinado sinal (Tempo do satélite) e t R a hora da recepção desse mesmo sinal (Tempo do receptor). A grandeza t R = t R δt é uma muito boa estimativa da hora GPST da recepção do sinal. A grandeza t E = t R Δt s será uma muito boa estimativa da hora GPST da emissão desse mesmo sinal. Resulta então que: t E = t R Δt s δt s (3) A grandeza t E = t R Δt s, que unicamente utiliza medições efectuadas pelo receptor, é apenas uma boa estimativa da hora GPST da emissão do sinal. Esta estimativa deve ser melhorada aplicando o procedimento apresentado na secção anterior, ou seja, fazendo t s = t E e utilizando a Equação (1). 6 A posição dos satélites no espaço A posição, no instante de emissão t E e referida ao referencial cartesiano tridimensional do WGS84, de um determinado satélite observado, pode ser calculada com recurso às efemérides difundidas por esse satélite. As efemérides difundidas são um conjunto de parâmetros orbitais do satélite, funções do tempo, que fazem parte da mensagem de navegação por ele transmitida. Estas efemérides apenas devem ser usadas para instantes posteriores ao reference time of ephemeris t oe (hora definida em segundos da semana GPS, também incluída na mensagem de navegação do satélite) e mantêm a validade durante duas horas. As fórmulas necessárias para o cálculo do vector de posição do satélite no instante da emissão podem ser encontradas nas páginas 97 a 98 do IS-GPS-200D-001 (2006) ou em numerosos livros de texto, nomeadamente Leick (2004), Borre et al. (2007) e Xu (2007). Os 4

6 cálculos a efectuar dependem de t E t oe pelo que, mais uma vez, é necessário ter em consideração eventuais mudanças de semana GPS. 7 A rotação da Terra O referencial cartesiano tridimensional do WGS84 (RCT WGS84) move-se no espaço 7 durante o voo do sinal. A Terra roda da Este para Oeste pelo que, quando observado da extremidade positiva do seu eixo do zz (observação de Norte para Sul), este referencial cartesiano roda em sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. Para que seja possível resolver a trilateração é necessário que, tanto o vector de posição da antena do receptor no instante da recepção como o vector de posição de cada um dos satélites observados no respectivo instante de emissão, sejam conhecidos num mesmo referencial cartesiano inercial (um RCTI). Existem tantos instantes de emissão quantos os satélites observados, mas existe apenas um instante de recepção para todos os sinais captados. Assim sendo, afigura-se ser vantajoso impor que o RTCI seja coincidente com o RCT WGS84 no instante da recepção. Seja ω a velocidade de rotação da Terra (o WGS84 define ω = rad/s). Durante o voo do sinal emitido pelo satélite s a Terra roda de um ângulo dado por: Deve notar-se que a Equação (4) depende do erro do relógio do receptor ver Equação (2). Seja X s o vector de posição do satélite s relativo ao RCT WGS84 no instante de emissão t E. Sendo R 3 (θ) a matriz de rotação relativa ao terceiro eixo coordenado, então o vector de posição deste mesmo ponto, agora relativo ao RCTI será: θ = ω Δt s (4) X rot = R 3 (θ) X s (5) A Terra move-se em trono do Sol, o eixo de rotação da Terra oscila ao longo do tempo e a nossa galáxia move-se através do espaço. Porém, de acordo com Groves (2008), no posicionamento autónomo instantâneo estes movimentos podem ser ignorados. 8 As equações do modelo matemático do problema A pseudodistância ao satélite s é ρ s = c Δt s, onde c é a velocidade da luz no vazio. Seja d s a distância rectilínea entre a posição ocupada pela antena do receptor no instante da recepção e a posição ocupada pelo satélite no instante da emissão. Para cada satélite observado verificar-se-á a seguinte relação óbvia: ρ s é igual a d s mais o efeito acumulado (em termos de distância) de todos os fenómenos físicos que afectam: a) as medições efectuadas pelo receptor; b) a geração do sinal captado; c) o sinal no seu percurso entre o satélite emissor e a antena receptora. A Equação (2) mostra que uma muito boa estimativa do erro que afecta a observação que, relativamente ao satélite s, foi efectuada pelo receptor é δt δt s. Seja E s o somatório das melhores estimativas disponíveis para as grandezas dos efeitos mencionados no parágrafo anterior, excluindo o efeito do erro do Tempo do receptor e o efeito do erro do Tempo do satélite. Seja ε s o somatório de todos os efeitos negligenciados e dos efeitos dos erros dos modelos 7 Um referencial inercial permanece imóvel no espaço, ou, caso se mova, não roda e desloca-se segunda uma linha recta com velocidade constante (Groves, 2008). Face ao exposto resulta evidente que o referencial cartesiano tridimensional do WGS84, como qualquer outro referencial cartesiano fixo à Terra, é um referencial não-inercial. 5

7 utilizados para obter as estimativas. Se tanto E s como ε s forem expressos em termos de distâncias, então resulta que: ρ s = d s + c δt c δt s + E s + ε s (6) Já foi demonstrado, em secção anterior, que δt s pode ser calculado em função da hora da recepção t R (Tempo do receptor), da observação Δt s e de informação fornecida na mensagem de navegação difundida pelo satélite. A distância d s é uma função de dois vectores de posição, ambos determinados no mesmo referencial cartesiano inercial. Estes dois vectores são: a) o vector de posição da antena do receptor no instante da recepção; b) o vector de posição do satélite no instante da emissão. Se o RCTI adoptado for coincidente com o RCT WGS84 no instante t R, então pode obter-se uma boa estimativa do vector b) recorrendo à Equação (5) e às efemérides do satélite. A distância rectilínea procurada será d s = X X rot, onde X é o vector de posição, referido ao RCTI, da antena do receptor no instante da recepção. Note-se que X é desconhecido. Do exposto resulta que a Equação (6) é uma função de cinco incógnitas, a saber: o erro do Tempo do receptor (no momento da recepção), as três componentes do vector de posição X e ε s. Sendo n o número de satélites observados, o número de incógnitas do problema será n + 4. O modelo matemático do Posicionamento Autónomo Instantâneo por Observações de Código ignora as n incógnitas ε s, desta forma reduzindo para quatro o número de incógnitas do problema. Este modelo matemático é constituído por um conjunto de n equações não-lineares cuja forma genérica é: ρ s = d s + c δt c δt s + E s (7) A resolução deste problema implica a prévia linearização das equações do modelo e a escolha de um conjunto adequado de valores iniciais para as incógnitas 8. O sistema linearizado terá solução quando n > 3. Se n > 4 então o sistema linearizado será sobredeterminado e, por isso, de modo geral impossível. Uma estimativa do valor das incógnitas poderá ser encontrada recorrendo ao método dos mínimos quadrado (ordinários ou ponderados). O método dos mínimos quadrados fornece também o vector das n estimativas dos ε s. Sejam X = [x 1 x 2 x 3] T, X s = [x s,1 x s,2 x s,3] T e X rot = [x rot,1 x rot,2 x rot,3] T. Seja U T = [X T c δt] o vector das incógnitas. A matriz jacobiana (relativa ao vector das incógnitas) das equações do modelo matemático tem dimensão n 4 e a sua linha genérica (a linha s) é: [ d s x 1 d s x 2 d s x 3 1] (8) As derivadas da distância euclidiana em relação ao vector de posição da antena receptora são dadas pela seguinte expressão genérica: d s x i = 1 (x d i x rot, i ), com i = 1,,3 (9) s A matriz jacobiana depende das incógnitas do problema, pelo que a determinação de uma solução aceitável para o problema obriga à implementação computacional de um processo iterativo. Este processo iterativo utiliza todas as equações apresentadas neste texto, com excepção da Equação (6). 8 É frequente serem escolhidos valores iniciais nulos. 6

8 9 O algoritmo de cálculo Os dados do problema de posicionamento autónomo instantâneo são: a) O número de satélites observados (n) b) A duração aparente do voo do sinal emitido por cada satélite observado, determinado pelo receptor (Δt s, para s = 1,2,, n), ou as correspondentes pseudodistâncias ρ s c) Hora da recepção dos sinais, na escala de tempo do receptor (t R ) d) Informação existente na mensagem de navegação de cada satélite observado (parâmetros para a correcção da hora do satélite, efemérides, etc.). Será necessário adoptar valores para três constantes: a) A velocidade da luz no vazio (c) b) A velocidade de rotação da Terra (ω). c) O real positivo μ que será utilizado na definição do critério de paragem do processo iterativo. Será necessário arbitrar valores iniciais para as quatro incógnitas: a) As três coordenadas iniciais da antena do receptor (valores iniciais para o vector X) b) O valor inicial do erro do Tempo do receptor (valor inicial para δt) As incógnitas a determinar são as coordenadas da antena do receptor (X) e o erro da hora do receptor (δt). Seguidamente é apresentado um processo de cálculo baseado naquele que é apresentado em Borre (2003). Neste processo vai ser admitida a inexistência de valores credíveis para os erros englobados na parcela E s da Equação (6), pelo que se fará E s = Fazer B = [X c δt] e s = 0 2. s = s Calcular t E, que é uma estimativa de média precisão da hora GPST da emissão do sinal (t E = t R Δt s ) 4. Calcular δt s, que é uma estimativa da componente de longo prazo do erro do Tempo do satélite, recorrendo à Equação (1) 5. Calcular t E, que é uma estimativa de alta precisão da hora GPST da emissão do sinal, recorrendo à Equação (3) 6. Calcular Δt s, que é uma estimativa de alta precisão da duração do voo do sinal, recorrendo à Equação (2) 7. Calcular X s o vector de posição do satélite s relativo ao RCT WGS84 no instante de emissão t E 8. Determinar X rot, o vector de posição do satélite no instante de emissão, mas agora relativo ao RCT WGS84 no momento da recepção, utilizando a Equação (5) 9. Calcular d s, que é uma estimativa da distância rectilínea entre a posição da antena do receptor (no instante da recepção) e o satélite no instante da emissão (d s = X X rot ). Terminado este passo ficam a ser conhecidos todos os termos da Equação (7), pelo que ela já poderá ser incluída no modelo de mínimos quadrados 10. Se s n 1 volta a Construir a matriz jacobiana A, de acordo com as equações (8) e (9) 7

9 12. Determinar, por mínimos quadrados, um valor de maior qualidade para as coordenadas da antena (X ) e para o erro do Tempo do receptor (δt ) 13. Determinar a norma (Δ) do vector da variação que as incógnitas sofreram nesta iteração: Δ = [ X X c δt ] [ c δt ] 14. Se Δ > μ, fazer X = X e δt = δt, fazer s = 0 e voltar a 2 para dar início a uma nova iteração 15. Determinar o vector dos resíduos: R = A [ X c δt ] B 16. Terminar o processo. 10 Referências Borre, K. (2003). The GPS Easy Suite Matlab code for the GPS newcomer. GPS Solutions, vol. 7, no. 1, pp Borre, K., Akos, D., Bertelsen, N., Rinder, P. and Jensen, S. (2007). A software-defined GPS and Galileo receiver a single-frequency approach. Birkhäuser Boston. ISBN Groves, P. (2008). Principles of GNSS, Inertial, and Multisensor Integrated Navigation Systems. Artech House. ISBN IS-GPS-200D-001 (2006). Interface Specification IS-GPS-200 Revision D. NAVSTAR Global Positioning System. Leick, A. (2004). GPS Satellite Surveying. 3rd Edition. John Wiley & Sons. ISBN Misra, P. and Enge, P. (2004). Global Positioning System signals, measurements, and performance. Ganga-Jamuna Press. ISBN Satiropod, C., Rizos, C. and Wang, J. (2001). GPS single point positioning with SA off: How accurate can we get? Survey Review, 36(282), Urquhart, L. (2009). An Analysis of Multi-Frequency Carrier Phase Linear Combinations for GNSS. Senior technical report, Department of Geodesy and Geomatics Engineering Technical Report No. 263, University of New Brunswick, Fredericton, New Brunswick, Canada. Xu, G. (2007). GPS theory, algorithms and applications. Second edition. Springer- Verlag Berlin Heidelberg. ISBN

ESTIMATIVA DOS EFEITOS DA IONOSFERA NO POSICIONAMENTO GNSS ABSOLUTO E DETERMINAÇÃO DA POSSIÇÃO APROXIMADA PELO MÉTODO DE BANCROFT

ESTIMATIVA DOS EFEITOS DA IONOSFERA NO POSICIONAMENTO GNSS ABSOLUTO E DETERMINAÇÃO DA POSSIÇÃO APROXIMADA PELO MÉTODO DE BANCROFT ESTIMATIVA DOS EFEITOS DA IONOSFERA NO POSICIONAMENTO GNSS ABSOLUTO E DETERMINAÇÃO DA POSSIÇÃO APROXIMADA PELO MÉTODO DE BANCROFT Lucas Gonzales Lima Pereira Calado 1 ; Haroldo Antonio Marques 2 1 Estudante

Leia mais

Posicionamento com GNSS em Cenários de Multi-Constelação

Posicionamento com GNSS em Cenários de Multi-Constelação Posicionamento com GNSS em Cenários de Multi-Constelação 8 º CONGRESSO DO COMITÉ PORTUGUÊS DA U R S I L I S B O A, 2 8 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 4 Rita Vallejo José Sanguino António Rodrigues Estrutura

Leia mais

Advanced Multipath Mitigation Techniques for GNSS Receivers

Advanced Multipath Mitigation Techniques for GNSS Receivers Advanced Multipath Mitigation Techniques for GNSS Receivers Índice 1. Introdução 2. Estrutura do Receptor 3. Definição de Multipercurso 4. Revisão das Técnicas T de Mitigação de Multipercurso 5. Conclusão

Leia mais

MONITORIZAÇÃO DE FROTAS URBANAS COM GPS ESTUDO DO POSICIONAMENTO COM CONSTELAÇÃO MÍNIMA

MONITORIZAÇÃO DE FROTAS URBANAS COM GPS ESTUDO DO POSICIONAMENTO COM CONSTELAÇÃO MÍNIMA MONITORIZAÇÃO DE FROTAS URBANAS COM GPS ESTUDO DO POSICIONAMENTO COM CONSTELAÇÃO MÍNIMA Gonçalo Prates 1, Carlos Antunes 2, Luís Santos 2, Paulo Sousa 3 1 Escola Superior de Tecnologia da Universidade

Leia mais

!"! #!" #! $ $ % &' " ( &

!! #! #! $ $ % &'  ( & !"! #!" #! $ $ % &' " ( & $)**+, $+!$$ $-$. Os sistemas de posicionamento global surgiram como sistemas militares, sendo concebidos dentro do contexto da guerra fria. O GPS (Global Positioning System)

Leia mais

GPS Conceitos Fundamentais HISTÓRIA ICIST ICIST. núcleo 7 ICIST

GPS Conceitos Fundamentais HISTÓRIA ICIST ICIST. núcleo 7 ICIST GPS Conceitos Fundamentais HISTÓRIA núcleo 7 núcleo 7 1 Posicionamento Astronómico Radar e Distanciómetro II Guerra Mundial 1973 Navigation System with Timing and Ranging Global Positioning System (Directiva

Leia mais

MAP Exercício programa GPS e o Método de Newton

MAP Exercício programa GPS e o Método de Newton MAP3121 - Exercício programa 1-2018 GPS e o Método de Newton O Sistema de Posicionamento Global O Sistema de Posicionamento Global (GPS, sigla do nome em inglês) é um sistema de navegação formado por uma

Leia mais

O BeiDou é constituído por 3 componentes: espacial, controlo terrestre e utilizador.

O BeiDou é constituído por 3 componentes: espacial, controlo terrestre e utilizador. BeiDou 1. INTRODUÇÃO O Sistema BeiDou ou BDS (BeiDou Navigation Satellite System) é um sistema de navegação em desenvolvimento pela República Popular da China. O BeiDou (que significa Ursa Maior) começou

Leia mais

GLONASS. V. B. Mendes

GLONASS. V. B. Mendes GLONASS 1. INTRODUÇÃO O sistema de navegação global por satélite (GLONASS, acrónimo da designação russa Global naya Navigatsionnaya Sputnikovaya Sistema ou da correspondente designação anglo-saxónica Global

Leia mais

Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS)

Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS) Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: p Topografia p g III Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS) Renato de Oliveira

Leia mais

AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO ESTÁTICO PARA DISTÂNCIAS MÉDIAS

AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO ESTÁTICO PARA DISTÂNCIAS MÉDIAS 79 AVALIAÇÃO DO POSICIONAMENTO ESTÁTICO PARA DISTÂNCIAS MÉDIAS Avaliating static positionning for mid distances JOSÉ GONZÁLEZ BRICEÑO Dirección de Geografía y Cartografía de la Fuerza Armada Venezolana

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL APLICAÇÃO DE SIG NA ANÁLISE AMBIENTAL GNSS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL APLICAÇÃO DE SIG NA ANÁLISE AMBIENTAL GNSS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL APLICAÇÃO DE SIG NA ANÁLISE AMBIENTAL GNSS Setembro, 2017. GNSS Sistemas Globais de Navegação por Satélite Global Navigation Satellite

Leia mais

Física I 2010/2011. Aula 13 Rotação I

Física I 2010/2011. Aula 13 Rotação I Física I 2010/2011 Aula 13 Rotação I Sumário As variáveis do movimento de rotação As variáveis da rotação são vectores? Rotação com aceleração angular constante A relação entre as variáveis lineares e

Leia mais

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica Cálculo Numérico em Erro vs Incerteza - Um erro define-se como a diferença entre uma determinada solução e a verdade ou solução exacta. Tem um sinal e requer o conhecimento da solução exacta ou verdade

Leia mais

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR

GUIA DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR Curso Engenharia Topográfica Ano letivo 2018-2019 Unidade Curricular Sistemas de Posicionamento e Navegação por Satélite Regime Obrigatório ECTS 6,5 Ano 3º Semestre 2º sem Horas de trabalho globais Docente

Leia mais

UNIDADE 15 OSCILAÇÕES

UNIDADE 15 OSCILAÇÕES UNIDADE 15 OSCILAÇÕES 557 AULA 40 OSCILAÇÕES OBJETIVOS: - DEFINIR O CONCEITO DE OSCILAÇÃO; - CONHECER AS GRANDEZAS QUE DESCREVEM O MOVIMENTO. 40.1 Introdução: Há, na Natureza, um tipo de movimento muito

Leia mais

GLONASS Sistema idêntico ao GPS, mas projetado e lançado pela Rússia.

GLONASS Sistema idêntico ao GPS, mas projetado e lançado pela Rússia. Sumário UNIDADE TEMÁTICA 1 Movimentos na Terra e no Espaço. 1.1 - Viagens com GPS Funcionamento e aplicações do GPS. Descrição de movimentos. Posição coordenadas geográficas e cartesianas. APSA GPS e Coordenadas

Leia mais

GPS. Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais Profa. Dra. Claudia Celeste. Lívia Denardi Samir Vaz da Rocha

GPS. Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais Profa. Dra. Claudia Celeste. Lívia Denardi Samir Vaz da Rocha GPS Dinâmica e Controle de Veículos Espaciais Profa. Dra. Claudia Celeste Lívia Denardi Samir Vaz da Rocha http://carlospuch.desnivel.com/blogs/2010/01/12/la-cobertura-gps-va-a-mejorar-en-los-proximos-meses/

Leia mais

Unidade 1 de Física do 11º ano FQA 1 V I A G E N S C O M G P S

Unidade 1 de Física do 11º ano FQA 1 V I A G E N S C O M G P S Unidade 1 de Física do 11º ano FQA 1 V I A G E N S C O M G P S 1. O sistema GPS Para indicar a posição de um lugar na superfície da Terra um modelo esférico da Terra e imaginam-se linhas: os paralelos:

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Código Referenciais Geodésicos CAR 1075 Semestre Ano Letivo 2 o Quadrimestre 2017 Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais Área: CONCENTRAÇÃO

Leia mais

GE G O E D O É D S É I S A I A E S E P S A P C A I C A I L A

GE G O E D O É D S É I S A I A E S E P S A P C A I C A I L A GEODÉSIA ESPACIAL Um pequeno histórico sobre Sistemas de Posicionamento. Onde estou? Para onde vamos? São as primeiras indagações do homem. De Navegações Marítimas e as Viagens Espaciais A criação de vários

Leia mais

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares Sistemas de Capítulo 6 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil e Electrotécnica Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica

Utilização de Métodos de Cálculo Numérico em Aerodinâmica Erro Numérico: - Erro de arredondamento - Erro iterativo - Erro de discretização Três componentes do erro numérico têm comportamentos diferentes com o aumento do número de graus de liberdade (refinamento

Leia mais

ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ATAS DAS I JORNADAS LUSÓFONAS DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA Editores: José Gomes dos Santos Cidália Fonte Rui Ferreira de Figueiredo Alberto Cardoso Gil Gonçalves José Paulo Almeida

Leia mais

Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I /08 FORÇA GRAVÍTICA

Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I /08 FORÇA GRAVÍTICA Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 2007/08 1. Objectivo FORÇA GRAVÍTICA Comparar a precisão de diferentes processos de medida; Linearizar

Leia mais

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Curso Profissional de Técnico de Multimédia Informação Prova da Disciplina de Física - Módulo: 1 Forças e Movimentos; Estática Modalidade da Prova: Escrita Ano

Leia mais

Prof. Tiago Badre Marino Geoprocessamento Departamento de Geociências Instituto de Agronomia - UFRRJ Como funciona o GPS?

Prof. Tiago Badre Marino Geoprocessamento Departamento de Geociências Instituto de Agronomia - UFRRJ Como funciona o GPS? O que é o GPS? O sistema GPS (Global Positioning System) é composto atualmente por 24 satélites ativos e 3 de reserva colocados numa órbita a 20.200 km de altitude, e distribuídos por 6 planos orbitais

Leia mais

GPS: conceitos, funcionamento e utilidade

GPS: conceitos, funcionamento e utilidade GPS: conceitos, funcionamento e utilidade Prof. Adriana Alves Abril 2015 Adaptado por Prof. André Negrão Abril 2017 Introdução às geotecnologias (bacharelado) 0440221 O que você deve saber depois da aula...

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e

Análise de Regressão Linear Simples e Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Introdução A análise de regressão estuda o relacionamento entre uma variável

Leia mais

O PROBLEMA DE DOIS CORPOS

O PROBLEMA DE DOIS CORPOS O PROBLEMA DE DOIS CORPOS O que é? Por exemplo, para o caso de um veículo espacial orbitando a Terra... As equações de movimento do movimento orbital As principais forças atuando em um veículo espacial

Leia mais

Sistema de Navegação Global por Satélite

Sistema de Navegação Global por Satélite Universidade Regional do Cariri URCA Pró Reitoria de Ensino de Graduação Coordenação da Construção Civil Disciplina: Topografia II Sistema de Navegação Global por Satélite Renato de Oliveira Fernandes

Leia mais

Posicionamento por Ponto Preciso usando GIPSY-OASIS II

Posicionamento por Ponto Preciso usando GIPSY-OASIS II Grupo de Estudos em Geodésia Espacial Programa de Pós-Graduação em Ciências Cartográficas Posicionamento por Ponto Preciso usando GIPSY-OASIS II Mestrando: Guilherme Poleszuk dos Santos Rosa Orientador:

Leia mais

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares Capítulo 4 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

GA119 MÉTODOS GEODÉSICOS

GA119 MÉTODOS GEODÉSICOS Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura GA119 MÉTODOS GEODÉSICOS Profa. Regiane Dalazoana 4 Métodos baseados em Geodésia Espacial 4.1 Métodos Celestes da Geodésia

Leia mais

A FUNÇÃO AMBIGÜIDADE

A FUNÇÃO AMBIGÜIDADE 5 A FUNÇÃO AMBIGÜIDADE Ambiguity Function JOSÉ BITTENCOURT DE ANDRADE RESUMO Os métodos cinemático e rápido estático para a navegação precisa e o posicionamento geodésico com NAVSTAR-GPS exigem um procedimento

Leia mais

Aula 1: Conceitos Introdutórios. EAC-066: Geodésia Espacial

Aula 1: Conceitos Introdutórios. EAC-066: Geodésia Espacial EAC-066: Geodésia Espacial Prof. Paulo Augusto Ferreira Borges https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/~paulo.borges/ 1 1/35 A Geodésia é a ciência que tem por objeto determinar a forma e as dimensões

Leia mais

Sistema de Posicionamento por Satélites

Sistema de Posicionamento por Satélites Cartografia Sistema de Posicionamento por Satélites Elaboração e Organização: Profa. Dra. Andréia Medinilha Pancher Edição: Maria Isabel C. de Freitas SISTEMAS DE POSICIONAMENTO POR SATÉLITE São sistemas

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Elementos de Geodésia e Referenciais Geodésicos Semestre Código Ano Letivo Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais Área: CONCENTRAÇÃO

Leia mais

Lista 7. Campo magnético, força de Lorentz, aplicações

Lista 7. Campo magnético, força de Lorentz, aplicações Lista 7 Campo magnético, força de Lorentz, aplicações Q28.1) Considere a equação da força magnética aplicada sobre uma partícula carregada se movendo numa região com campo magnético: F = q v B. R: Sim,

Leia mais

Global Positioning System

Global Positioning System Global Positioning System O termo Global Positioning System (SIG) é aplicado para sistemas que realizam o posicionamento baseado por satélites operacionalizado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Leia mais

Resposta da questão. A figura ilustra as duas situações, descida e subida.

Resposta da questão. A figura ilustra as duas situações, descida e subida. 1) Em atmosfera de ar calmo e densidade uniforme d a, um balão aerostático, inicialmente de densidade d, desce verticalmente com aceleração constante de módulo a. A seguir, devido a uma variação de massa

Leia mais

Durante o voo as posições ocupadas pelo avião variam no

Durante o voo as posições ocupadas pelo avião variam no Movimento Movimento e Repouso são conceitos relativos. PORQUÊ? 1 Movimento -Referencial Referencial Durante o voo as posições ocupadas pelo avião variam no decurso do tempo x x x x x x Avião está em Movimento

Leia mais

SISTEMAS DE COORDENDAS UTILIZADOS NO GPS

SISTEMAS DE COORDENDAS UTILIZADOS NO GPS SISTEMAS DE COORDENDAS UTILIZADOS NO GPS Prof. Dr. Carlos A. Nadal Posicionamento com GPS - posição sobre a superfície terrestre num sistema de coordenadas. Sistema de referência, referencial (Reference

Leia mais

Geodesia Física e Espacial <<>> Sistemas e Tecnologias de Georeferenciação

Geodesia Física e Espacial <<>> Sistemas e Tecnologias de Georeferenciação Geodesia Física e Espacial Sistemas e Tecnologias de Georeferenciação Professores: Cursos: Ano Lectivo: 11/12 Gil Gonçalves e João Fernandes Mestrado em Engenharia Geográfica Mestrado em Tecnologias

Leia mais

Sugestão de resolução do Teste Intermédio de Janeiro de 2008

Sugestão de resolução do Teste Intermédio de Janeiro de 2008 Sugestão de resolução do Teste Intermédio de Janeiro de 008 1. Leia atentamente o seguinte texto. O receptor GPS utilizado nos carros é uma parte do chamado sistema GPS (Global Positioning System), que

Leia mais

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE DIFERENTES FATORES NO ADOP PARA O MODELO DE GEOMETRIA FIXA EM DIFERENTES LINHAS DE BASE

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE DIFERENTES FATORES NO ADOP PARA O MODELO DE GEOMETRIA FIXA EM DIFERENTES LINHAS DE BASE IV Simpósio Brasileiro de Geomática SBG207 II Jornadas Lusófonas - Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica - CTIG207 Presidente Prudente - SP, 24-26 de julho de 207 p. 397-402 ANÁLISE DA INFLUÊNCIA

Leia mais

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR PARA SATÉLITES GPS

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR PARA SATÉLITES GPS 3 AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA PRESSÃO DE RADIAÇÃO SOLAR PARA SATÉLITES GPS Luiz Danilo Damasceno Ferreira Universidade Federal do Paraná Departamento de Geociências CP: 19011 CEP: 81531-990 Curitiba PR Brasil

Leia mais

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I. Profa. Adriana Goulart dos Santos

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I. Profa. Adriana Goulart dos Santos Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA I Profa. Adriana Goulart dos Santos Instrumentação Topográfica O primeiro fundamento que o profissional da área deve

Leia mais

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA DIVISÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA MP-272: CONTROLE E NAVEGAÇÃO DE MULTICÓPTEROS VI. NAVEGAÇÃO Prof. Davi Antônio dos Santos (davists@ita.br) Departamento de Mecatrônica

Leia mais

5 Equacionamento do Filtro de Kalman

5 Equacionamento do Filtro de Kalman 5 Equacionamento do Filtro de Kalman As implementações do filtro de Kalman para a fusão do GPS com o sensor inercial são classificadas na literatura principalmente como: acopladas, utilizando como informação

Leia mais

Deteção remota desia/cartografia/detecao_remota/copernic us/componente_espaco/

Deteção remota   desia/cartografia/detecao_remota/copernic us/componente_espaco/ Deteção remota http://www.dgterritorio.pt/cartografia_e_geo desia/cartografia/detecao_remota/copernic us/componente_espaco/ Universidade do Minho/ Escola de Engenharia/ Departamento de Engenharia Civil/Topografia/Elisabete

Leia mais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais

PROGRAMA DE ENSINO. Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Código Referenciais Geodésicos CAR 1075 Semestre Ano Letivo 2 o Quadrimestre 2018 Área de Concentração Aquisição, Análise e Representação de Informações Espaciais Área: CONCENTRAÇÃO

Leia mais

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS TERRESTRES PARA CELESTES SEGUNDO A RESOLUÇÃO IAU 2000

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS TERRESTRES PARA CELESTES SEGUNDO A RESOLUÇÃO IAU 2000 VIII GEGE Anual TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS TERRESTRES PARA S SEGUNDO A RESOLUÇÃO IAU 2000 Eduardo de Magalhães Barbosa Mestrando em Ciências Cartográficas INTRODUÇÃO No posicionamento geodésico espacial,

Leia mais

MÉTODO DE POSICIONAMENTO ABSOLUTO, QUAL PRECISÃO PODE SER OBTIDA ATUALMENTE?

MÉTODO DE POSICIONAMENTO ABSOLUTO, QUAL PRECISÃO PODE SER OBTIDA ATUALMENTE? p. 001-009 MÉTODO DE POSICIONAMENTO ABSOLUTO, QUAL PRECISÃO PODE SER OBTIDA ATUALMENTE? CLÁUDIA PEREIRA KRUEGER SUELEN CRISTINA MOVIO HUINCA ORIANA CARNEIRO MAIA Universidade Federal do Paraná - UFPR Setor

Leia mais

Ficha de Exercícios nº 3

Ficha de Exercícios nº 3 Nova School of Business and Economics Álgebra Linear Ficha de Exercícios nº 3 Transformações Lineares, Valores e Vectores Próprios e Formas Quadráticas 1 Qual das seguintes aplicações não é uma transformação

Leia mais

Unidade 1. Viagens com GPS. Sistema de Posicionamento Global. Movimentos na Terra e no espaço MOVIMENTOS NA TERRA E NO ESPAÇO

Unidade 1. Viagens com GPS. Sistema de Posicionamento Global. Movimentos na Terra e no espaço MOVIMENTOS NA TERRA E NO ESPAÇO Unidade 1 MOVIMENTOS NA TERRA E NO ESPAÇO Viagens com GPS 1 Sistema de Posicionamento Global 2 O GPS é um sistema de rádio - navegação por satélites desenvolvido e controlado pelo Departamento de Defesa

Leia mais

Física I 2010/2011. Aula 16. Momento de uma Força e Momento Angular

Física I 2010/2011. Aula 16. Momento de uma Força e Momento Angular Física I 2010/2011 Aula 16 Momento de uma Força e Momento Angular Sumário O Momento angular A 2.ª Lei de Newton na forma angular O Momento Angular de um Sistema de Partículas O Momento Angular de um Corpo

Leia mais

Departamento de Agronomia UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Departamento de Agronomia UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Tecnologias utilizadas na agricultura de precisão. Os sistemas GPS. A determinação da variabilidade espacial de uma dada característica do solo, cultura, ou meio ambiente, implica conhecer a localização

Leia mais

Modelos Fundamentais de um SD. Modelo de Interação ou Sincronismo

Modelos Fundamentais de um SD. Modelo de Interação ou Sincronismo Modelos Fundamentais de um SD Modelo de Falhas/Avarias Modelo de Interação ou Sincronismo Modelo de Segurança 1 Recordando. Modelo de Avarias: Caracteriza o sistema em termos das falhas/avarias, i.e.,

Leia mais

GBAS. Geodésia II Eng. Cartográfica Prof. Dra. Daniele Barroca

GBAS. Geodésia II Eng. Cartográfica Prof. Dra. Daniele Barroca Cleber Junior Alencar Samira Neves Pedrosa GBAS Geodésia II Eng. Cartográfica Prof. Dra. Daniele Barroca Sumário 1. Introdução 2. Sistema de Aumento 3. Interferência nos sinais GNSS 4. O GBAS 5. Aplicações

Leia mais

Copyright LTG 2016 LTG/PTR/EPUSP

Copyright LTG 2016 LTG/PTR/EPUSP Introdução: Tipos de Coordenadas Coordenadas Geográficas: Geodésicas ou Elipsóidicas: latitudes e longitudes referidas à direção da normal. Astronômicas: latitudes e longitudes referidas à direção da vertical.

Leia mais

ReNEP Rede Nacional de Estações Permanentes GNSS

ReNEP Rede Nacional de Estações Permanentes GNSS ReNEP Rede Nacional de Estações Permanentes GNSS Divisão de Geodesia Lisboa, 04 de Novembro de 2009 Instituto Geográfico Português Autoridade Nacional nos domínios de: Geodesia Cartografia Cadastro No

Leia mais

Localização de robôs móveis baseados em balizas

Localização de robôs móveis baseados em balizas Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Localização de robôs móveis baseados em balizas Sandro Augusto Costa Magalhães Tiago José Ferreira Mendonça VERSÃO FINAL Trabalho realizada no âmbito da

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

Thainara Munhoz Alexandre de Lima Thamires Gil Godoy

Thainara Munhoz Alexandre de Lima Thamires Gil Godoy Thainara Munhoz Alexandre de Lima Thamires Gil Godoy REVISÃO BIBLIOGRÁFICA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Efemérides Coordenadas (X,Y,Z) Efemérides Transmitidas Tempo do satélite Órbita do satélite Efemérides

Leia mais

MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO MEEC IST, TESTE N0.1 TIPO V02. Consider o sistema dinâmico descrito pela equação diferencial

MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO MEEC IST, TESTE N0.1 TIPO V02. Consider o sistema dinâmico descrito pela equação diferencial MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO - 2018 MEEC IST, TESTE N0.1 TIPO V02 Problema No.1 [5v] Análise de Sistemas Não Lineares Consider o sistema dinâmico descrito pela equação diferencial dx = x (x 1) +u (1) onde u é

Leia mais

PROF.: Edvaldo Simões da Fonseca Junior HORÁRIO: 3a FEIRA: 14:00 às 17:00 horas CARGA HORÁRIA: CRÉDITOS: 8

PROF.: Edvaldo Simões da Fonseca Junior HORÁRIO: 3a FEIRA: 14:00 às 17:00 horas CARGA HORÁRIA: CRÉDITOS: 8 USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EP - ESCOLA POLITÉCNICA PTR - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE TRANSPORTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE TRANSPORTES SUBÁREA: INFORMAÇÕES ESPACIAIS PTR5781 - POSICIONAMENTO

Leia mais

Ajustamento de Observações

Ajustamento de Observações Ajustamento de Observações Teoria dos Erros Prof. Dr. Marcos Aurélio Basso IFSULDEMINAS Campus Incondentes MG Teoria dos Erros - Introdução Observações e erros de observação; Factores que caracterizam

Leia mais

2.1. Construção da Pista

2.1. Construção da Pista 2 Malha de Controle Para que se possa controlar um dado sistema é necessário observar e medir suas variáveis de saída para determinar o sinal de controle, que deve ser aplicado ao sistema a cada instante.

Leia mais

C I R C U L A R D E I N F O R M A Ç Ã O A E R O N Á U T I C A PORTUGAL

C I R C U L A R D E I N F O R M A Ç Ã O A E R O N Á U T I C A PORTUGAL INSTITUTO NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL, I.P. C I R C U L A R D E I N F O R M A Ç Ã O A E R O N Á U T I C A PORTUGAL INFORMAÇÃO AERONÁUTICA Aeroporto da Portela / 1749-034 Lisboa Telefone: 21 842 35 02 / Fax:

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA UC Física I ( ) FICHA DE TRABALHO PRÁTICO Nº 5 Máquina de Atwood OBJECTIVO

INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA UC Física I ( ) FICHA DE TRABALHO PRÁTICO Nº 5 Máquina de Atwood OBJECTIVO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA UC Física I (2016-2007) FICHA DE TRABALHO PRÁTICO Nº 5 Máquina de Atwood OBJECTIVO Analisar a 2ª lei de Newton, aplicada a um sistema de 2 massas ligadas por um fio que

Leia mais

Capítulo 3 Análise de Resultados Numéricos das Medidas

Capítulo 3 Análise de Resultados Numéricos das Medidas Análise de Resultados Numéricos das Medidas 28 Capítulo 3 Análise de Resultados Numéricos das Medidas Neste capítulo, são apresentadas as características dos ambientes selecionados para a campanha de medidas.

Leia mais

onde é a distância receptor-satélite, c a velocidade da luz no vácuo e d a diferença entre o tempo de recepção e o tempo de emissão.

onde é a distância receptor-satélite, c a velocidade da luz no vácuo e d a diferença entre o tempo de recepção e o tempo de emissão. OBSERVÁVEIS GPS Um receptor GPS regista dois tipos de medições com maior interesse para a Geodesia: pseudo-distância e fase de batimento da onda portadora. Para certas aplicações, as medições Doppler e

Leia mais

Roteiro do experimento Colisões bidimensionais Parte 2

Roteiro do experimento Colisões bidimensionais Parte 2 Roteiro do experimento Colisões bidimensionais Parte 2 Retomada do Experimento Como visto na primeira parte do experimento, o fluxo de ar injetado pelos furos do tampo formou um colchão de ar que praticamente

Leia mais

Uso do GPS na estimativa de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) Prof. Dr. Flávio Vaz.

Uso do GPS na estimativa de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) Prof. Dr. Flávio Vaz. Uso do GPS na estimativa de emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) Prof. Dr. Flávio Vaz flaviovaz@usp.br Agenda Apresentação do problema Apresentação sistema GPS Trabalho de campo Análise

Leia mais

GPCode SOFTWARE DIDÁTICO PARA CALCULAR OBSERVAÇÕES GPS

GPCode SOFTWARE DIDÁTICO PARA CALCULAR OBSERVAÇÕES GPS GPCode SOFTWARE DIDÁTICO PARA CALCULAR OBSERVAÇÕES GPS Eduardo de Paula Miranda Antonio Simões Silva Carlos de Castro Goulart Universidade Federal de Viçosa Departamento de Engenharia Civil Viçosa MG 36570-000

Leia mais

Como funciona um receptor GPS?

Como funciona um receptor GPS? Viagens com GPS O GPS (Global Positioning System) foi desenvolvido nos EUA (a Europa está actualmente a desenvolver um sistema concorrente, o Galileo) e é um sistema tecnológico que recorre a uma rede

Leia mais

Topografia. Distâncias. Aula 5. Prof. Diego Queiroz. Vitória da Conquista, Bahia. Contato: (77)

Topografia. Distâncias. Aula 5. Prof. Diego Queiroz. Vitória da Conquista, Bahia. Contato: (77) Topografia Distâncias Prof. Diego Queiroz Contato: (77) 9165-2793 diego.agron@gmail.com Aula 5 Vitória da Conquista, Bahia Tópicos abordados Gramometria; Processos indiretos para a determinação de distâncias

Leia mais

Sistemas de Referência Locais e Globais

Sistemas de Referência Locais e Globais Sistemas de Referência Locais e Globais Manuela Vasconcelos (mvasconcelos@dgterritorio.pt) Lisboa, 25 de Maio de 2017 Datum Local e Datum Global mvasconcelos@dgterritorio.pt 2 1 Coordenadas Astronómicas

Leia mais

Paulo J. S. Gil. Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial

Paulo J. S. Gil. Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial Órbita no Espaço Paulo J. S. Gil Departamento de Engenharia Mecânica, Secção de Mecânica Aeroespacial Instituto Superior Técnico Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial Paulo J. S. Gil (SMA, IST)

Leia mais

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES (Continuação) Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO

Leia mais

Capítulo 3 FASE DA PORTADORA E SUAS COMBINAÇÕES LINEARES

Capítulo 3 FASE DA PORTADORA E SUAS COMBINAÇÕES LINEARES 7 apítulo FSE D PORTDOR E SUS OMINÇÕES LINERES pós atravessarem a atmosfera, chegam simultaneamente à antena de um receptor GPS, dois sinais de cada satélite acima do horizonte desta antena. Se n satélites

Leia mais

Este capítulo descreve os testes realizados para validar a teoria proposta pela presente dissertação.

Este capítulo descreve os testes realizados para validar a teoria proposta pela presente dissertação. 6 Simulações Este capítulo descreve os testes realizados para validar a teoria proposta pela presente dissertação. 6.1. Descrição da Simulação Visando validar o equacionamento desenvolvido no Capítulo

Leia mais

POSICIONAMENTO COM GPS NO REFERENCIAL SIRGAS

POSICIONAMENTO COM GPS NO REFERENCIAL SIRGAS V SEMINÁRIO ANUAL DO GEGE ESTADO DA ARTE EM REFERENCIAIS GEODÉSICOS E GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS POSICIONAMENTO COM GPS NO REFERENCIAL SIRGAS João Paulo Magna Júnior Mestrando em Ciências Cartográficas

Leia mais

Processamento de linhas de bases curtas pelo método relativo utilizando efemérides transmitidas e precisas

Processamento de linhas de bases curtas pelo método relativo utilizando efemérides transmitidas e precisas Processamento de linhas de bases curtas pelo método relativo utilizando efemérides transmitidas e precisas Lorena Araújo Silva 1 Maria Lígia Chuerubim 1 Stephanie Cristina Matos Pereira 1 Josildo de Azevedo

Leia mais

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2015/2016

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2015/2016 MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 015/016 EIC0010 FÍSICA I 1o ANO, o SEMESTRE 1 de junho de 016 Nome: Duração horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O formulário

Leia mais

Capítulo II Relatividade Newtoniana

Capítulo II Relatividade Newtoniana Capítulo II Relatividade Newtoniana A mecânica newtoniana é baseada nas três leis de Newton, (1) a lei da inércia, (2) a lei da força e (3) a lei da ação e reação, válidas nos referenciais inerciais. Esses

Leia mais

Capítulo 3 - Mínimos Quadrados Lineares

Capítulo 3 - Mínimos Quadrados Lineares Capítulo 3 - Mínimos Quadrados Lineares Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil e Electrotécnica Carlos Balsa Métodos

Leia mais

Tópicos especiais em AP

Tópicos especiais em AP Tópicos especiais em AP Danubio J. dos Santos Mas que são e como funcionam sinais GNSS????? Posicionamento consiste na determinação da posição de objetos em relação a um referencial específico. Embora

Leia mais

REFERENCIAIS -CELESTE -TERRESTRE. Prof. Dra. Daniele Barroca Marra Alves

REFERENCIAIS -CELESTE -TERRESTRE. Prof. Dra. Daniele Barroca Marra Alves REFERENCIAIS -CELESTE -TERRESTRE Prof. Dra. Daniele Barroca Marra Alves INTRODUÇÃO Sistemas de Referência - Motivação Porque são necessários??? Qual a importância para a Geodésia? INTRODUÇÃO Quais as principais

Leia mais

Deslocamento e espaço percorrido a partir de gráficos velocidade-tempo

Deslocamento e espaço percorrido a partir de gráficos velocidade-tempo 3.ºB: Velocidade e gráficos posição-tempo (de movimentos retilíneos) Deslocamento e espaço percorrido a partir de gráficos velocidade-tempo 1 É possível determinar o valor da velocidade, v, de um movimento

Leia mais

Modelos determinísticos de trânsitos de potência. Documento complementar à dissertação. José Iria

Modelos determinísticos de trânsitos de potência. Documento complementar à dissertação. José Iria Modelos determinísticos de trânsitos de potência Documento complementar à dissertação José Iria ee06210@fe.up.pt - 10-03-2011 Modelo AC Num estudo de trânsito de potência determinístico AC, as quantidades

Leia mais

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica Olimpíadas de Física 006 Selecção para as provas internacionais Prova Teórica Sociedade Portuguesa de Física 6/Maio/006 Olimpíadas Internacionais de Física 006 Selecção para as provas internacionais Prova

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE ATITUDE EM DSP

IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE ATITUDE EM DSP Anais do 15 O Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação do ITA XV ENCITA / 2009 Instituto Tecnológico de Aeronáutica São José dos Campos SP Brasil Outubro 19 a 21 2009. IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA

Leia mais

Análise e Processamento de Bio-Sinais. Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Sinais e Sistemas. Licenciatura em Engenharia Física

Análise e Processamento de Bio-Sinais. Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Sinais e Sistemas. Licenciatura em Engenharia Física Análise e Processamento de Bio-Sinais Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Licenciatura em Engenharia Física Faculdade de Ciências e Tecnologia Slide 1 Slide 1 Sobre Modelos para SLIT s Introdução

Leia mais

d 2 e = d 1 dt =v * v 2

d 2 e = d 1 dt =v * v 2 MODELAÇÃO E SIMULAÇÃO TESTE No. 2 TIPO V02 2016 MEEC IST QUESTÕES-TIPO PARA O TESTE N0. 2 PROBLEMA N0.1 Estabilidade de Sistemas Não Lineares (Teoria de Lyapunov) Pretende-se coordenar o movimento de dois

Leia mais

Cinemática da partícula fluida

Cinemática da partícula fluida Cinemática da partícula fluida J. L. Baliño Escola Politécnica - Universidade de São Paulo Apostila de aula 2017, v.1 Cinemática da partícula fluida 1 / 16 Sumário 1 Descrição do movimento 2 Cinemática

Leia mais

étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos AJUSTE DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Leia mais

1. Estudo do pêndulo

1. Estudo do pêndulo Objectivos odelizar um pêndulo invertido rígido de comprimento e massa, supondo uma entrada de binário. Simular em computador. entar estabilizar o pêndulo em ciclo aberto por manipulação directa do binário.

Leia mais