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1 ÍNDICE INTRODUÇÃO PROGRAMA REDE SOCIAL Enquadramento Metodologia Órgãos da Rede Social I DEMOGRAFIA POPULAÇÃO RESIDENTE E DENSIDADE POPULACIONAL CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS PERFIL DA POPULAÇÃO: ESTADO CIVIL E DIMENSÃO DAS FAMÍLIAS ÓBITOS OCORRIDOS NO CONCELHO DE GOUVEIA NOVAS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS II SAÚDE CENTRO DE SAÚDE DE GOUVEIA Prioridades estabelecidas pelo Centro de Saúde de Gouveia Ambulatório Consultas de vigilância Saúde Escolar Saúde pública ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA OUTROS RECURSOS PARA A SAÚDE GRAU DE RESPOSTA DOS RECURSOS LOCAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE FACE ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS DE SAÚDE NUMA PERSPECTIVA INTEGRADA Factores condicionantes sócio ambientais Grau de consciência e práticas de promoção de saúde pela população PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS III EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO NÍVEL DE ENSINO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE GOUVEIA CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO EM GOUVEIA Evolução da frequência do número de alunos no Concelho Índice

2 2.2. Localização das estruturas de ensino Agrupamento de Escolas de Gouveia Educação Pré-escolar Escolas do 1. Ciclo do Ensino Básico Escolas do 2. e 3. Ciclos do Ensino Básico Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem Educação pré-escolar Escolas do 1. Ciclo do Ensino Básico Escolas do 2. e 3. Ciclos do Ensino Básico Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico IG - Escola Profissional de Gouveia Curso de Educação e Formação para Jovens Necessidades Educativas Especiais FORMAÇÃO DESTINADA A JOVENS E ADULTOS Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela (ADRUSE) Centro Novas Oportunidades (CNO) ADRUSE Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia (IEFP) Centro Novas Oportunidades (CNO) Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG) Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta OUTRAS ENTIDADES/ACÇÕES FORMATIVAS Actividades de Leitura Acções no âmbito da Saúde Desenvolvidas em Contexto Escolar OUTRAS ACÇÕES FORMATIVAS PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS IV ACÇÃO SOCIAL IDOSOS Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Instituições e Respostas Existentes Outras iniciativas/respostas de apoio à população idosa Cáritas Paroquial de Gouveia Centro de Recursos para Dependentes do GAF DESEMPREGADOS Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Índice

3 2.2. Instituições e Respostas Existentes CRIANÇAS E JOVENS Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Instituições e Respostas Existentes Instituições de apoio a crianças e jovens Outras Respostas Existentes Fundação D. Laura dos Santos Grupo Aprender em Festa Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco Associação Reencontro FAMILIAS Instituições e Respostas Existentes Comunidade de Inserção da Fundação D. Laura dos Santos Grupo Aprender em Festa Outras Respostas destinadas às Famílias Cáritas Paroquial de Gouveia Loja Social Equipa de Rendimento Social de Inserção NLI Núcleo Local de Inserção DEFICIÊNCIA Caracterização do Grupo Instituições e Respostas Existentes Associação de Beneficência Popular de Gouveia Grupo Aprender em Festa DEPENDÊNCIAS Caracterização da População-Alvo Instituições e Respostas Existentes Projecto ALAVANCA Consulta de Toxicodependência Projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS V HABITAÇÃO PANORAMA GERAL DA HABITAÇÃO NO CONCELHO RESPOSTAS E NECESSIDADES Índice

4 2.1 Respostas existentes Bairro de realojamento social Mata da Rainha Bairro Social Dr. António Moura (Vila Nova de Tazem) Apoio ao nível do arrendamento, aquisição e taxas e tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos CASAS DEGRADADAS E DEVOLUTAS NO CONCELHO DE GOUVEIA Programas de reabilitação habitacional PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS VI EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS POPULAÇÃO Evolução da População Residente Evolução da População Activa Categoria de Desemprego por Freguesia PERFIL DOS EMPRESÁRIOS Género e Idade Habilitações Literárias Formação Profissional PANORAMA GERAL DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO EMPRESARIAL As empresas em geral Pecuária Vitivinicultura O turismo face à Região INVESTIMENTOS NO ÂMBITO DO QREN: QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO NACIONAL INVESTIMENTOS NO ÂMBITO DO POPH: PROGRAMA OPERACIONAL DE POTENCIAL HUMANO Perspectivas dos Empresários PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS VII SEGURANÇA POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA Respostas Programas Especiais GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Respostas Sinistralidade Índice

5 Segurança Criminalidade Análise da Criminalidade do Concelho de Gouveia PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS VIII AMBIENTE O AMBIENTE E SUA EVOLUÇÃO A fauna A flora A reserva biogenética da Serra da Estrela Os recursos minerais e energéticos Recursos hídricos INTERVENÇÃO AMBIENTAL Rede Hidrológica ou Hídrica Áreas sujeitas a restrições de utilidade pública do solo Enquadramento no Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte (PROF- BIN) Enquadramento no Plano Director Municipal Enquadramento no Regime Florestal Parque Natural da Serra da Estrela Objectivos do Parque Natural da Serra da Estrela Princípios Caracterização da intervenção do Parque Natural da Serra da Estrela CARACTERIZAÇÃO FISICA Enquadramento geográfico do Concelho Modelo Digital do Terreno Declives Exposição Hidrografia CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA Caracterização Climatológica Temperatura Precipitação Insolação Humidade Relativa Índice

6 Ventos SOLOS Geomorfologia Geologia e Litologia Capacidade de uso dos solos Ocupação do Solo Superfície Agrícola Utilizada (SAU) Superfície Agrícola não utilizada Matas e Florestas sem Cultura Sob-Coberto Povoamentos Florestais Forma da exploração Área Agrícola e a sua utilização Produção Pecuária Área Protegidas, Rede Natura (ZPE+ZEC) e Regime Florestal ANÁLISE DO HISTÓRICO E DA CAUSALIDADE DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS Área ardida e ocorrências Distribuição anual Área Ardida e Ocorrências Distribuição Semanal Área Ardida e Ocorrências Distribuição Diária Área Ardida e Ocorrências Distribuição Horária Área Ardida por Tipo de Coberto Vegetal Área Ardida e nº de Ocorrências por Classes de Extensão Pontos de Inicio e Causa Fontes de Alerta RESÍDUOS Os Resíduos Urbanos (RU) Os resíduos líquidos A SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL Educação ambiental Valorização do património ambiental Impactos e intervenção ambiental PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS IX-ASSOCIATIVISMO INICIATIVAS LOCAIS EQUIPAMENTOS DE CULTURA, RECREIO E LAZER Índice

7 3. ESTRUTURAS LOCAIS DE CULTURA, RECREIO E LAZER PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS BIBLIOGRAFIA Índice

8 ÍNDICE DE ESQUEMAS Esquema 1 - METODOLOGIA DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO Esquema II. 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS UTENTES REGISTADOS NO CENTRO DE SAÚDE PELAS SUAS EXTENSÕES. 37 Esquema III. 1 - FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DE INTERVENÇÃO NOS CENTROS NOVAS OPORTUNIDADES ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico I. 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE 1930 A Gráfico I. 2 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1995 E Gráfico I. 3 - EVOLUÇÃO DOS GRUPOS ESTÁRIOS ENTRE 1920 E Gráfico I. 4 - SITUAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS EM Gráfico I. 5 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GÉNERO E O ESTADO CIVIL EM Gráfico I. 6 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS POR FAMÍLIA ENTRE 1981 E Gráfico I. 7 - EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1920 E Gráfico I. 8 - IMIGRANTES NO CONCELHO EM Gráfico II. 1 - PIRÂMIDE ETÁRIA DOS UTENTES INSCRITOS NO CENTROS DE SAÚDE DE GOUVEIA Gráfico II. 2 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES DO GÉNERO MASCULINO POR FAIXA ETÁRIA Gráfico II. 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES DO GÉNERO FEMININO POR FAIXA ETÁRIA Gráfico III. 1- POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O NÍVEL DE INSTRUÇÃO E A IDADE Gráfico III. 2 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GRAU DE INSTRUÇÃO E O GÉNERO, EM Gráfico III. 3 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEM NÍVEL DE INSTRUÇÃO, EM Gráfico III. 4 - FREQUÊNCIA DE ALUNOS (2001/2010) Gráfico IV. 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 65 ANOS POR FREGUESIA Gráfico IV. 2 - POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DO CONCELHO COM IDADES ATÉ AOS 14 ANOS Gráfico IV. 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS JOVENS A QUEM FOI APLICADO O PROGRAMA "MAIS JOVEM MAIS"104 Gráfico IV. 4 - NÚMERO DE PROCESSOS ACOMPANHADOS PELA CPCJ DE GOUVEIA EM Gráfico IV. 5 - NÚMERO DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA CPCJ DE GOUVEIA NO ANO DE Gráfico IV. 6 - CARACTERIZAÇÃO ETÁRIA DO AGREGADO FAMILIAR DAS CRIANÇAS/JOVENS Gráfico IV. 7 - CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR DO AGREGADO FAMILIAR DAS CRIANÇAS/JOVENS Gráfico IV. 8 - CARACTERIZAÇÃO DOS RENDIMENTOS FAMILIARES DAS FAMILIAS Gráfico IV. 9 - NÚMERO DE PROCESSOS POR FREGUESIA EM MAIO DE Gráfico IV DISTRIBUIÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS DE RSI POR FREGUESIA Gráfico IV NÚMERO DE DOENTES ALCOÓLICOS POR FREGUESIA COM REGISTO NO GIAG Gráfico IV IDADE DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Gráfico IV ESTADO CIVIL DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Gráfico IV SITUAÇÃO DE EMPREGO DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Gráfico IV HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Índice

9 Gráfico VI. 1 - NÚMERO DE DESEMPREGOS POR CATEGORIA E POR FREGUESIA Gráfico VI. 2 - CARACTERIZAÇÃO DOS DESEMPREGADOS POR GÉNERO Gráfico VI. 3 - HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS DESEMPREGADOS Gráfico VI. 4 - NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR FAIXA ETÁRIA Gráfico VI. 5 - CARACTERIZAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DOS EMPRESÁRIOS Gráfico VI. 6 - NECESSIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS EMPRESÁRIOS Gráfico VI. 7 - PERCENTAGEM DE EMPRESAS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA Gráfico VI. 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO À FORMA JURÍDICA Gráfico VI. 9 - SITUAÇÃO ECONÓMICA DAS EMPRESAS POR SECTOR DE ACTIVIDADE Gráfico VIII. 1 - SUPERFICÍE AGRÍCOLA UTILIZADA Gráfico VIII. 2 - TOTAL DE EXPLORAÇÕES POR FREGUESIA Gráfico VIII. 3 - ÁREA MÉDIA DA EXPLORAÇÃO POR FREGUESIA Gráfico VIII. 4 - SUPERFICÍE AGRÍCOLA NÃO UTILIZADA Gráfico VIII. 5 - OCUPAÇÃO DO SOLO NO CONCELHO DE GOUVEIA Gráfico VIII. 6 - FORMA DE EXPLORAÇÃO DOS SOLOS Gráfico VIII. 7 - ÁREA AGRÍCOLA E SUA UTILIZAÇÃO Gráfico VIII. 8 - PRODUÇÃO PECUÁRIA Gráfico VIII. 9 - DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 1980 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO MENSAL DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO SEMANAL DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DIÁRIA DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO HORÁRIA DA ÁREA ARDIDA E DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA POR TIPO DE COBERTO VEGETAL ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA E NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR CLASSES DE EXTENSÃO ENTRE 2001 E Gráfico VIII CAUSALIDADE DOS INCÊNDIOS ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR FONTES DE ALERTA ENTRE 2001 E Gráfico VIII DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS POR FONTES E HORAS DE ALERTA Índice

10 ÍNDICE DE MAPAS Mapa I. 1 - POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS Mapa III. 1 - LOCALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ENSINO Mapa VIII. 1 - PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA Mapa VIII. 2 - DIVISÃO CONCELHIA DO DISTRITO DA GUARDA Mapa VIII. 3 - DIVISÕES ADMINISTRATIVAS DAS FREGUESIAS DO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 4 - MODELO DIGITAL DO TERRENO DO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 5 - CARTA DE DECLIVES DO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 6 - CARTA DE EXPOSIÇÕES DO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 7 - CARTA HIDROGRÁFICA DO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 8 - DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES MÉDIOS ANUAIS DA TEMPERATURA DO AR NO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII. 9 - DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES MÉDIOS ANUAIS DA PRECIPITAÇÃO NO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES MÉDIOS ANUAIS DE HORAS DE INSOLAÇÃO NO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES MÉDIOS ANUAIS DE HUMIDADE NO CONCELHO DE GOUVEIA214 Mapa VIII CARTA DE POVOAMENTOS FLORESTAIS NO CONCELHO DE GOUVEIA Mapa VIII ÁREAS PROTEGIDAS, REDE NATURA 2000 E REGIME FLORESTAL Mapa VIII DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA ARDIDA E NÚMERO DE OCORRÊNCIA DO CONCELHO DE GOUVEIA 230 Mapa VIII DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS E INÍCIO DAS OCORRÊNCIAS NO CONCELHO DE GOUVEIA Índice

11 ÍNDICE DE QUADROS Quadro 1 PARCEIROS CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL Quadro I. 1 - INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE O CONCELHO E A REGIÃO Quadro I. 2 - POPULAÇÃO E DENSIDADE POPULACIONAL NAS FREGUESIAS Quadro I. 3 - CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ENTRE 1991 E Quadro I. 4 - PESO RELATIVO DOS GRUPOS ETÁRIOS ENTRE 1971 E Quadro I. 5 - GRUPOS ETÁRIOS SEGUNDO O GÉNERO E IDADE EM Quadro I. 6 - ÓBITOS NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro II. 1 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES REGISTADOS NO CENTRO DE SAÚDE Quadro II. 2 - RECURSOS HUMANOS DO CENTRO DE SAÚDE DE GOUVEIA EM Quadro II. 3 - CONSULTAS MÉDICAS EFECTUADAS NOS CENTROS DE SAÚDE E SUAS EXTENSÕES SEGUNDO AS ESPECIALIDADES EM 31 DE DEZEMBRO DE Quadro II. 4 - CONSULTAS DE CESSAÇÃO TABÁGICA EM 31 DE DEZEMBRO DE Quadro II. 5 - CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICAS DOS UTENTES ACOMPANHADOS NO ANO DE Quadro II. 6 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG EM Quadro II. 7 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG NO ÂMBITO DOS CUIDADOS CONTINUADOS Quadro II. 8 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG EM 2010 ATRAVÉS DE CONSULTAS EXTERNAS Quadro II. 9 - EXAMES COMPLEMENTARES REALIZADOS NA ABPG EM Quadro II PESSOAL TÉCNICO DA ABPG EM Quadro II CONSULTÓRIOS PARTICULARES E LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS EXISTENTES NO CONCELHO EM Quadro II FARMÁCIAS EXISTENTES EM Quadro II PARAFARMÁCIAS EXISTENTES EM Quadro II POSTOS DE MEDICAMENTOS EXISTENTES EM Quadro III. 1 POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O NÍVEL DE INSTRUÇÃO E IDADE EM 2001 NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA Quadro III. 2 - EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DE ALUNOS NAS ESCOLAS DO 1º CEB Quadro III. 3 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA ENTRE OS ANOS LECTIVOS DE 2001/2002 E 2009/2010 POR NÍVEL DE ENSINO Quadro III. 4 - CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III. 5 - CARACTERIZAÇÃO DO 1º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III. 6 - CARACTERIZAÇÃO DO 2.º E 3.º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO DE 2009/ Quadro III. 7 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO 2.º E 3.º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA Quadro III. 8 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2001/2002 E 2009/2010 POR NÍVEL DE ENSINO Quadro III. 9 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS INSCRITAS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NO AGRUPAMENTO DE ESCOALS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2003/2004 E 2009/2010 POR FREGUESIA Índice

12 Quadro III CARACTERIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA ZONA DE ABRANGÊNCIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM NO ANO LECTIVO DE 2009/ Quadro III EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NO 1.º CEB EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO AGRUPAMENTO DE ESCOALS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS DE 2003/2004 E 2009/ Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO 2.º E 3.º CEB NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM NO ANO LECTIVO DE 2009/ Quadro III EVOLUÇÃO NO NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NOS 2.º E 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2003/2004 E 2009/ Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO DO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III EVOLUÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA DE 2003/2004 A 2009/ Quadro III CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA FORMATIVA NA ES/3 DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO Quadro III EVOLUÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA DE 2003/2004 A 2009/ Quadro III ÁREA DE RESIDÊNCIA DOS ALUNOS QUE FREQUENTAM O ENSINO PROFISSIONAL Quadro III CARACTERIZAÇÃO DOS CEFS NO CONCELHO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO CONCELHO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/ Quadro III ACÇÕES DE FORMAÇÃO REALIZADAS EM GOUVEIA PELA ADRUSE NO ANO DE Quadro III ADULTOS INSCRITOS EM RVCC NA ADRUSE EM Quadro III ACÇÕES FORMATIVAS DESENVOLVIDAS PELO CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEIA EM Quadro III INSCRITOS NO CNO DO CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEIA (ATÉ MAIO DE 2011) Quadro III QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COM PROGRAMA ESCOLAR EM NÚCLEO DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL Quadro III CENTRO DE ACTIVIDADES OCUPACIONAIS Quadro III EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COM PROGRAMA ESCOLAR Quadro III RESPOSTAS FORMATIVAS DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SECTOR TÊXTIL DA BEIRA ALTA Quadro IV. 1 - IPSS COM RESPOSTAS DE APOIO À POPULAÇÃO IDOSA EXISTENTES NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro IV. 2- RESPOSTAS APOIO ÀS CRIANÇAS E JOVENS PRESTADAS PELAS IPSS Quadro IV. 3 - INSTITUIÇÕES DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÕES DE PERIGO Quadro IV. 4 - SINALIZAÇÃO DE CRIANÇAS/JOVENS Quadro IV. 5 - PROBLEMÁTICAS IDENTIFICADAS Índice

13 Quadro IV. 6 - MEDIDAS DE PROMOÇÃO E PROTECÇÃO APLICADAS Quadro IV. 7 - INSTITUIÇÕES DE APOIO À FAMILIA Quadro IV. 8 - FAIXA ETÁRIA DOS BENEFICIÁRIOS Quadro IV. 9 - NÚMERO DE SUJEITOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA INSTITUCIONALIZADOS Quadro IV INSTITUIÇÕES DE APOIO A PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA Quadro IV DOENTES ALCOÓLICOS ACOMPANHADOS PELO PROJECTO "ALAVANCA" ATÉ MARÇO DE Quadro V. 1 - ALOJAMENTOS CLÁSSICO SEGUNDO A ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO Quadro V. 2 - ÍNDICE DE LOTAÇÃO DOS ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS, OCUPADOS COMO RESIDÊNCIA HABITUAL Quadro V. 3 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA Quadro V. 4 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE INSTALAÇÃO SANITÁRIA Quadro V. 5 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE ÁGUA CANALIZADA E INSTALAÇÃO DE BANHO OU DUCHE Quadro V. 6 - CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DAS FAMILIAS RESIDENTES NO BAIRRO EM Quadro V. 7 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES HABITACIONAIS NO BAIRRO SOCIAL EM Quadro V. 8 - CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DAS FAMILIAS RESIDENTES NO BAIRRO DE VILA NOVA DE TAZEM EM Quadro V. 9 - NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA GOUVIJOVEM Quadro V LEVANTAMENTO DAS CASAS DEVOLUTAS E DEGRADADAS EXISTENTES NO CONCELHO Quadro VI. 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM GOUVEIA Quadro VI. 2 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA EM GOUVEIA Quadro VI. 3 - GÉNERO DOS DESEMPREGADOS POR FREGUESIA Quadro VI. 4 - CARACTERIZAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS QUANTO AO GÉNERO E À IDADE Quadro VI. 5 - HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS EMPRESÁRIOS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA Quadro VI. 6 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS COLABORADORES Quadro VI. 7 - COMPARAÇÃO DO TECIDO EMPRESARIAL DO CONCELHO ENTRE OS ANOS 2002 E Quadro VI. 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO À ACTIVIDADE ECONÓMICA Quadro VI. 9 - DIMENSÃO DAS EMPRESAS SEGUNDO O NÚMERO DE TRABALHADORES Quadro VI FORMA JURÍDICA DAS EMPRESAS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA Quadro VI VOLUME DE NEGÓCIOS Quadro VI TIPO DE RECURSOS EM FALTA PARA CONFRONTAR SITUAÇÃO DAS EMPRESAS Quadro VI COMPARAÇÃO DA DIMENSÃO DOS REBANHOS DE OVINOS E NÚMERO DE EXPLORAÇÕES 167 Quadro VI COMPARAÇÃO DE QUEIJARIAS ENTRE CONCELHOS (PRODUTOS À BASE DE LEITE) Quadro VI COMPARAÇÃO ENTRE AS PRODUÇÕES DE VINHOS Quadro VI COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO ENTRE REGIÕES VITIVINÍCOLAS (CAMPANHAS DE 2003/2004 E 2008/2009) Quadro VI MEDIDAS DE INTERVENÇÃO: AJUDAS PAGAS PELO IFAP Quadro VI CAPACIDADE E UTILIZAÇÃO DOS ALOJAMENTOS EXISTENTES NO EIXO NORTE-SUL DA SERRA DA ESTRELA Quadro VI DORMIDAS EM ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS EM Índice

14 Quadro VI DORMIDAS EM ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS EM Quadro VI LISTAGEM DE PROJECTOS APROVADOS PELAS AUTORIDADES DE GESTÃO SISTEMA DO INCENTIVO Quadro VI CURSOS DE JOVENS EMPRESÁRIOS AGRÍCOLAS DURANTE OS QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO Quadro VI SITUAÇÃO DAS EMPRESAS POR SECTOR DE ACTIVIDADE Quadro VI TIPO DE RECURSOS EM FALTA PARA CONFRONTAR SITUAÇÃO ECONÓMICA POR SECTOR DE ACTIVIDADE Quadro VII. 1 - ANÁLISE CRIMINAL DO CONCELHO DE GOUVEIA (ATÉ MAIO) Quadro VIII. 1 - LINHAS DE ÁGUA QUE ATRAVESSAM O CONCELHO Quadro VIII. 2 - ABASTECIMENTO E CONSUMO DE ÁGUA EM Quadro VIII. 3 PRINCIPAIS HABITATS DO SÍTIO DA SERRA DA ESTRELA EXISTENTES NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro VIII. 4 - INTERVENÇÃO DO PNSE Quadro VIII. 5 - CLASSIFICAÇÃO HIPSOMÉTRICA Quadro VIII. 6 - CLASSIFICAÇÃO DOS DECLIVES Quadro VIII. 7 - CLASSIFICAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES Quadro VIII. 8 - LOCALIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS Quadro VIII. 9 - VALORES MÉDIOS ANUAIS DA HUMIDADE RELATIVA DO AR Quadro VIII TIPOLOGIA DOS SOLOS Quadro VIII PRINCIPAIS HABITATS DO SITIO SERRA DA ESTRELA EXISTENTES NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro VIII COMPOSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO PLANALTO BEIRÃO - ECOBEIRÃO Quadro VIII PRODUÇÃO ANUAL DE RESÍDUOS URBANOS (TONELADAS) NO CONCELHO DE GOUVEIA, ENCAMINHADAS PARA ATERRO SANITÁRIO Quadro VIII QUANTITATIVO DE RESÍDUOS SEPARADOS AO NÍVEL DOS ECOPONTOS NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro VIII QUANTITATIVOS RECOLHIDOS DE 2008 A Quadro VIII NÚMERO DE CONTENTORES DE RECOLHA DE RESÍDUOS URBANOS, DE ECOPONTOS E DE OLEÕES NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro VIII DRENAGEM E TRATAMENTO DE ÁGUAS EM Quadro IX. 1 - EQUIPAMENTOS DE CULTURA E LAZER Quadro IX. 2 - EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS Índice

15 INTRODUÇÃO O Diagnóstico Social, permite perceber a realidade social local ao incluir o reconhecimento das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e respectivas causas, bem como, os recursos e potencialidades locais, que constituem reais oportunidades de desenvolvimento. O Diagnóstico Social pretende ir mais longe, uma vez que se constitui numa análise por áreas problemáticas permitindo uma compreensão mais lata dos problemas que afectam o nosso Concelho. Por ser um instrumento que resulta da participação de diversos parceiros e indivíduos, é um documento facilitador da interacção, organizando e orientando a comunicação entre eles, tornando-se parte integrante do processo de intervenção e criando as condições institucionais para o seu sucesso. Ao mesmo tempo que fortalece e cimenta as relações de parceria, no sentido em que resulta de uma acção conjunta, orientada por objectivos concretos e na qual todos se revêem, porque é um resultado colectivo. Deste modo, o actual Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia é um documento de desenvolvimento estratégico do Concelho construído através da colaboração entre as várias entidades pertencentes à Rede Social sob a coordenação do Município. Este Diagnóstico resulta de um trabalho de continuação e actualização do anterior, realizado em Das áreas temáticas abordadas no Diagnóstico de 2004, foram introduzidos novos dados que permitiram uma visão mais lata do Concelho relativamente às várias problemáticas que agora se enumeram, possibilitando uma análise estratégica e de planeamento da realidade social actual do Concelho. A abordagem para a actualização do Diagnóstico Social foi eminentemente participativa, valorizando a informação e experiência dos actores locais que trabalham nas diferentes áreas identificadas. Este Diagnóstico, de natureza dinâmica e inacabada, deve sofrer novos inputs, de todos os parceiros, resultantes de dados, informações mais actualizadas, identificação de novas problemáticas e/ou transformação das existentes. Pretende-se que este seja, essencialmente, um documento de trabalho, que fundamente a intervenção social futura da Rede Social e de todos os seus parceiros. Sabendo que este é um processo sempre em construção e que, apesar de nenhum documento ou procedimento está isento de lacunas, estamos convictos que este é um instrumento capaz de sustentar um planeamento eficaz para a intervenção social, a curto e médio prazo no Concelho de Gouveia. 15 Introdução

16 PROGRAMA REDE SOCIAL Enquadramento A Rede social é um Programa criado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 197/97 de 18 de Novembro, regulamentado pelo Decreto-Lei 115/2006 de 14 de Junho. Com este Programa pretendeu-se fomentar uma consciência colectiva e responsável dos problemas sociais e incentivar a implementação de redes de apoio social integrado com funcionamento a nível local. Assim a Rede Social procura lançar e reforçar os fundamentos que promovem a articulação e congregação de esforços entre os agentes sociais activos no Concelho com vista a dois grandes objectivos fundamentais: combate à pobreza e exclusão social e promoção do desenvolvimento social. Destes objectivos decorrem os seguintes objectivos estratégicos: desenvolver uma parceria efectiva e dinâmica que articule a intervenção social dos diferentes agentes locais; promover um planeamento integrado e sistemático, potenciando sinergias, competências e recursos a nível local; garantir uma maior eficácia do conjunto de respostas nos concelhos e freguesias. Pretende-se assim com este Programa: induzir o planeamento estratégico participado; promover a coordenação das intervenções ao nível concelhio e de freguesia; procurar soluções para os problemas das famílias e pessoas em situação de pobreza e exclusão social; formar e qualificar agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local, no âmbito da Rede Social; promover uma cobertura adequada do concelho por serviços e equipamentos; potenciar e divulgar o conhecimento sobre as realidades concelhias. Este Programa deve ser visto como uma medida de política social activa, baseada numa filosofia de desenvolvimento e consolidação de uma consciência colectiva dos problemas sociais, que pretende potenciar e alargar o trabalho de parceria, contribuindo desta forma para a criação/ desenvolvimento de resposta e optimização de recursos existentes no Concelho. De modo a dar cumprimento a estes objectivos fundamentais a Rede Social deve ser orientada pelos seguintes princípios de acção: 16 Introdução

17 Princípio de subsidiariedade O modelo instituído para funcionamento da Rede Social, significa que é no território, local que os problemas terão de ser resolvidos. É próximo das populações que se deve actuar, de uma forma concertada, articulada e preventiva, pois, é a este nível que: se identificam os problemas e as necessidades, os recursos, as potencialidades e identidades dos agentes de mudança; se podem ensaiar, inovar e desenvolver acções de intervenção colectiva visando a resolução de problemas concretos locais. Neste contexto, a aplicação deste princípio implica reconhecer que, só depois de explorados os recursos e competências locais, se apela a outros níveis sucessivos de encaminhamento e resolução dos problemas. O local é o espaço privilegiado de desenvolvimento de processos participativos, no exercício de uma democracia efectiva e de formas de regulação social, em que o Estado, sociedade civil organizada e cidadãos se unem, criando factores de mudança propiciadores da inserção dos mais desfavorecidos e do desenvolvimento social. A resolução depende muitas vezes em primeira mão das pessoas, devendo por isso ser associadas às suas soluções. 17 Princípio de Integração A integração social, como um dos princípios fundamentais de todo o trabalho social, faz apelo ao desenvolvimento de intervenções integradas e multissectoriais para responder eficazmente ao carácter multidimensional dos fenómenos de pobreza e exclusão social. O princípio de integração social deverá assentar: na convergência das medidas económicas, sociais e ambientais entre outras, com vista à promoção das comunidades locais, através de acções planificadas, executadas e avaliadas de uma forma conjunta; no incremento de projectos locais de desenvolvimento integrado, fazendo apelo à participação de todos os intervenientes locais e à congregação dos recursos de todos, para a resolução dos problemas sociais. Introdução

18 Princípio de Articulação Este princípio traduz a necessidade de articular a acção dos diferentes agentes com actividade num território, através do desenvolvimento do trabalho em parceria, da cooperação e da partilha de responsabilidades. Assim, em consonância com este princípio, a Rede Social deve constituir um suporte da acção, permitir mobilizar os recursos e as competências existentes na comunidade e contribuir para a promoção de projectos de acção colectivos. A construção da parceria, em torno de objectivos comuns, pressupõe: definir o objecto da cooperação e equacionar em conjunto o contributo de cada parceiro; definir acções concretas, envolvendo os parceiros, que permitam ajustar os diferentes modos de intervenção e proporcionar uma aprendizagem da cooperação; co-responsabilizar os parceiros envolvidos no desenvolvimento e sucesso do conjunto das acções, pressupondo que os vários agentes definam, uma estratégia comum. A cooperação entre parceiros é um processo negociado que deve ter em conta a diversidade de interesses. É, pois, importante que as parcerias funcionem de uma forma simples e desburocratizada, que facilitem o diálogo, a participação e a decisão, que sejam flexíveis na procura de soluções para a resolução dos problemas ou para a criação de novas respostas. O princípio de articulação, no quadro do desenvolvimento da Rede Social, aponta para a criação de uma parceria estratégica integrando as parcerias sectoriais existentes num dado território e cuja esfera de actuação se centra na planificação e coordenação das actividades dos diferentes actores envolvidos. 18 Princípio de Participação O princípio de participação significa que o combate à pobreza e à exclusão social, numa perspectiva da promoção do desenvolvimento social, é tanto mais efectivo quanto resulte de um processo amplamente participado. No quadro da Rede Social a participação deve alargar-se aos actores locais e às populações, em particular às mais desfavorecidas e estender-se a todas as acções desenvolvidas no quadro do Programa. Assim, este princípio pressupõe: Introdução

19 a tomada de consciência das entidades e populações locais dos problemas que originam a pobreza e a exclusão social; a mobilização dos actores e populações locais em torno de acções concretas que visem a solução dos problemas existentes; o apoio à organização e mobilização das pessoas que vivem em situação de exclusão para que participem na resolução dos problemas. Por outro lado, é essencial reforçar a importância das organizações de base associativa, como instrumentos que contribuem para o reforço dos elos sociais e para o protagonismo que as populações devem ter nos processos de desenvolvimento que as visam. 19 Princípio de Inovação Face à emergência de novas problemáticas e às mutações sociais que ocorrem a um ritmo acelerado, torna-se imprescindível que as novas políticas, medidas e programas sejam portadores de inovação para se adequarem às realidades em presença. A Rede Social integra perspectivas inovadoras relativamente à descentralização da intervenção social, ao desenvolvimento de uma parceria estratégica baseada numa ampla democracia participativa e na introdução de metodologias de planeamento intersectorial da intervenção social no local. Contudo este processo só terá sequência na medida em que também se traduza na criação de dinâmicas de inovação nos processos de trabalho e nas práticas. Neste sentido, importa caminhar para a descentralização efectiva dos serviços, para a desburocratização dos procedimentos dos organismos públicos e privados, para a circulação e partilha da informação, para a criação de um sistema de comunicação fácil e acessível entre os serviços e os cidadãos e para formas de actuação que motivem a participação das comunidades locais. Introdução

20 Metodologia O Programa Rede Social assenta na implementação de estratégias de planeamento activas e participadas baseadas num processo que implica levar a efeito várias etapas de trabalho interligadas entre si (Esquema I): elaboração do Diagnóstico Social participado, instrumento que dá conta das principais dinâmicas sociais locais (concelhias e, em princípio, das respectivas freguesias), através de indicadores de base que contribuam para desenhar, implementar e manter actualizados Sistemas locais de Informação; elaboração e operacionalização do Plano de Desenvolvimento Social fixando os objectivos e as estratégias de intervenção, a médio e/ou longo prazo; elaboração e concretização dos Planos de Acção; definição do processo de Avaliação. 20 Esquema 1 - METODOLOGIA DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO Fonte: Programa da Rede Social de 2001 Núcleo da Rede Social do Instituto para o Desenvolvimento Social Introdução

21 Órgãos da Rede Social As medidas necessárias à prossecução dos objectivos e das acções de intervenção, no âmbito da rede social, são assumidas localmente pelos Conselhos Locais de Acção Social (CLAS) e pelas Comissões Sociais de Freguesia (CSF). 21 Comissões Sociais de Freguesia As CSF são compostas pelas Juntas de Freguesia (e, em princípio, presididas pelos seus Presidentes), organismos da administração pública central implantados na área, outras entidades particulares sem fins lucrativos e representantes de grupos sociais, com relevância na intervenção local. Conselho Local de Acção Social O CLAS de Gouveia foi constituído no dia 09 de Junho de Dele fazem parte, como parceiros, várias entidades públicas e privadas (Quadro 1), que a ele aderiram voluntariamente, o que torna este órgão um local de concertação e congregação de esforços funcionando como um espaço privilegiado de diálogo, análise dos problemas e planeamento da intervenção directa ou indirecta na área social. Os órgãos do Conselho Local de Acção Social são o Plenário e o Núcleo Executivo. O Plenário tem um funcionamento e competências semelhantes a um órgão deliberativo. Reúne-se ordinariamente três vezes por ano e nele estão representadas todas as entidades aderentes. O Núcleo Executivo é um órgão técnico-operativo do CLAS e é composto por cinco elementos, dos quais um represente da Câmara Municipal, da segurança social, de uma entidade sem fins lucrativos, dos serviços de saúde e de educação (os três últimos eleitos pelo CLAS). Introdução

22 Quadro 1 PARCEIROS CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL 2011 Câmara Municipal de Gouveia ABPG- Associação de Beneficência Popular de Gouveia Abrigo da Sagrada Família ADRUSE- Associação de Desenvolvimento Rural Serra da Estrela Agrupamento de Escolas de Gouveia Associação Comercial de Gouveia, Seia e Fornos de Algodres Associação Cultural e Recreativa de Vila Nova de Tazem Associação de Amigos de Nespereira Associação de Beneficência Cultural e Recreativa da Freguesia de Lagarinhos Associação de Jovens para a Solidariedade Associação de Voluntários de Acção Social de Vila Cortês da Serra Associação dos Bombeiros Voluntários de Folgosinho Associação dos Bombeiros Voluntários de Gouveia Associação dos Bombeiros Voluntários de Melo Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem Associação Lar de Folgosinho Cáritas Paroquial de Gouveia Casa do Povo de Vila Nova de Tazem Centro de Assistência Cultura e Recreio de Arcozelo da Serra Centro de Assistência Cultura e Recreio de Paços da Serra Centro de Assistência Cultura e Recreio de Vila Franca da Serra Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia Centro de Respostas Integradas IDT da Guarda Centro de Saúde de Gouveia Centro Distrital da Segurança Social Centro Social e Paroquial de Nabais Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Assunção de Vila Nova de Tazem Centro Social e Paroquial de Vinhó Comissão de Melhoramentos de Freixo da Serra- Lar Nossa senhora do Ó Filarmónica Amizade de Arcozelo da Serra Fundação A Nossa Casa Fundação Dona Laura dos Santos Grupo Aprender em Festa Instituto de Gouveia Escola Profissional Junta de Freguesia de Aldeias Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra 22 Introdução

23 Junta de Freguesia de Cativelos Junta de Freguesia de Figueiró da Serra Junta de Freguesia de Folgosinho Junta de Freguesia de Freixo da Serra Junta de Freguesia de Lagarinhos Junta de Freguesia de Mangualde da Serra Junta de Freguesia de Melo Junta de Freguesia de Moimenta da Serra Junta de Freguesia de Nabais Junta de Freguesia de Nespereira Junta de Freguesia de Paços da Serra Junta de Freguesia de Ribamondego Junta de Freguesia de Rio Torto Junta de Freguesia de S. Julião Junta de Freguesia de S. Paio Junta de Freguesia de S. Pedro Junta de Freguesia de Vila Cortês da Serra Junta de Freguesia de Vila Franca da Serra Junta de Freguesia de Vila Nova de Tazem Junta de Freguesia de Vinhó Liga de Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio Liga dos Amigos de Ribamondego Liga dos Amigos de Rio Torto Liga Humanitária Social e Cultural de Aldeias Parque Natural da Serra da Estrela Polícia de Segurança Pública Santa Casa da Misericórdia de Gouveia Sociedade Recreativa e Musical de Moimenta da Serra URZE- Associação de Produtores Florestais 23 Introdução

24 I DEMOGRAFIA A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. 24 Actualmente a população portuguesa tem vindo a aumentar, embora o crescimento natural (natalidade menos a mortalidade) seja cada vez menor, originando um envelhecimento cada vez maior do país e consequentemente a inexistência da renovação de gerações. O aumento da esperança média tanto nos homens como nas mulheres tem sido crucial para que se verifique este envelhecimento populacional. O maior crescimento da população tem-se verificado nos distritos costeiros principalmente Setúbal, Porto, Aveiro e Braga, mas continua a diminuir nos distritos do interior, levando à desertificação do mesmo. Nos últimos tempos a imigração tem vindo a aumentar em consequência da entrada de africanos provenientes dos PALOP, europeus de Leste e sul-americanos, principalmente brasileiros, os quais se têm estabelecido principalmente nas grandes cidades portuguesas. A emigração permanente tem-se mantido a níveis baixos, desde a revolução do 25 de Abril de 1974 e com a entrada na União Europeia. Internamente, a imigração é dominada pela atracção exercida pelas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto em relação ao resto do País. Com este capítulo procuramos dar a conhecer o panorama da população residente e densidade populacional, bem como referir dados do crescimento da população caracterizando os grupos etários. Por fim, procedemos a uma abordagem das novas tendências demográficas. 1. POPULAÇÃO RESIDENTE E DENSIDADE POPULACIONAL O Concelho de Gouveia é constituído por 22 freguesias e 25 povoações (22 freguesias mais 3 anexas), das quais integra a cidade de Gouveia e a vila de Vila Nova de Tazem. Tendo uma população residente de habitantes em 2001, para uma área total concelhia que varia entre os 290,7 e os 300,6 km 21. Assim sendo, o valor da densidade populacional em 2001 variou entre os 53,7 e os 55,4 habitantes por km 2, um pouco mais baixa que a respectiva média da região (NUTIII), a qual 1 Segundo o INE, a área concelhia corresponde a 300,6 km 2 ; segundo o PDM, a área concelhia corresponde a 290,9 km 2. I - Demografia

25 correspondeu a 57,5 habitantes por km 2. Os últimos dados publicados pelo INE, constantes das Estimativas provisórias de população residente, 2008 Portugal, NUTS II, NUTS III e Municípios, apontam para um decréscimo da população residente, estimando que existam em residentes neste Concelho. Quadro I. 2 - INDICADORES COMPARATIVOS ENTRE O CONCELHO E A REGIÃO Designação do Indicador Gouveia Região da Serra da Estrela Área Total 300,6 867,8 Densidade em ,7 57,5 População Residente total em População Residente (homens), em População Residente total, em População Residente (homens), em Fonte: Sector de Acção Social e Família 25 Gráfico I. 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE 1930 A 2001 Fonte: Plano Director Municipal e Censos 1991 e 2001 Nos últimos 70 anos, a população total do Concelho de Gouveia teve um decréscimo de 68%. A população diminuiu acentuadamente na década de 60, apresentando uma taxa de crescimento negativa de 27,4%, mais tarde, já na década de 80, verificou-se um ligeiro aumento. I - Demografia

26 Mapa I. 1 - POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS 26 Fonte: Viajar CLIX As freguesias de S. Julião, S. Pedro e Vila Nova de Tazem são as únicas localidades que apresentam núcleos populacionais superiores a 1500 habitantes, tendo Cativelos, Arcozelo, Nespereira e S. Paio entre 800 e 1500 habitantes. Quadro I. 3 - POPULAÇÃO E DENSIDADE POPULACIONAL NAS FREGUESIAS FREGUESIA hab./km hab./km população residente em 1991 população residente em 2001 Área (km 2 ) S. Julião 115,90 120, ,0 S. Pedro 62,10 62, ,8 Aldeias 29,10 26, ,9 Arcozelo da Serra 49,00 42, ,1 Cativelos 55,20 48, ,0 Figueiró da Serra 50,50 40, ,5 Folgosinho 15,23 11, ,1 Freixo da Serra 21,80 18, ,6 Lagarinhos 80,40 62, ,0 Mangualde da Serra 15,90 13, ,7 Melo 101,07 103, ,5 I - Demografia

27 Moimenta da Serra 210,73 172, ,1 Nabais 61,50 64, ,7 Nespereira 108,90 102, ,4 Paços da Serra 66,90 62, ,6 Ribamondego 33,00 33, ,0 Rio Torto 81,00 74, ,1 S. Paio 87,40 84, ,2 Vila Cortês Serra 27,60 27, ,0 Vila Franca da Serra 36,60 31, ,5 Vila Nova Tazem 164,10 163, ,3 Vinhó 114,10 94, ,6 CONCELHO 56,60 55, ,7 Fonte: INE Censos de 1991 e 2001 e PDM 27 Como podemos verificar no quadro I.2 as freguesias de S. Julião, Moimenta da Serra e Vila Nova de Tazem são aqueles que apresentam uma densidade populacional mais alta (+ de 150 hab/km 2 ). Nestas freguesias verificou-se uma diminuição acentuada de 1991 para 2001, mais propriamente na freguesia de Moimenta da Serra (210,73 para 172,44 hab/km 2 ). Em sentido contrário na freguesia de São Julião verificou-se um aumento (115,90 hab/km 2 ). É de destacar a diferença entre as freguesias urbanas de S. Julião e S. Pedro, que deriva da diferença de áreas:13,0 Km 2 e 38,8Km 2, respectivamente. 2. CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO Quadro I. 4 - CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ENTRE 1991 E 2001 Freguesias Crescimento Classificação em relação a do crescimento 1991 Gouveia -1,05% 6º V. N. Tazem -0,40% 5º S. Paio -3,47% 7º Cativelos -10,19% 12º Nespereira -5,90% 8º Arcozelo da Serra -14,71% 14º Paços da Serra -6,44% 9º Moimenta da Serra -18,17% 18º Melo +2,44% 2º Vinhó -17,13% 17º Rio Torto -8,35% 10º Folgosinho -25,94% 21º Lagarinhos -21,77% 20º Nabais +4,13% 1º I - Demografia

28 Aldeias -9,07% 11º Ribamondego +2,42% 3º V. Cortês da Serra +0,97% 4º V. Franca da Serra -12,69% 13º Figueiró da Serra -19,82% 19º Mangualde Serra -16,67% 15º Freixo da Serra -16,87% 16º Fonte: INE Censos de 1991 e Entre 1991 a 2001, as freguesias de Gouveia e Vila Nova de Tazem apresentam uma redução demográfica mínima, -1,05% e -0,40%. Por outro lado, Mangualde da Serra e Freixo da Serra são as freguesias que apresentam um menor número de população residente, com um crescimento negativo, -16,67% e -16,87%, respectivamente, correspondendo, por sua vez, ao 15.º e 16.º lugar na classificação do universo concelhio. Salienta-se, ainda, a diminuição de habitantes nas freguesias das Aldeias, Figueiró da Serra, Folgosinho, Freixo da Serra, Mangualde da Serra e Vila Franca da Serra. Por sua vez, as freguesias de Nabais, Melo e Ribamondego registam um crescimento positivo. Gráfico I. 2 - EVOLUÇÃO DA TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1995 E 2000 Dados em permilagem Excedente de vida Diferença entre o número de nados vivos e o número de óbitos Fonte: Anuários Estatísticos de 1995 a 2000 A partir de 1997, observa-se uma tendência para a recuperação suave do crescimento natural do Concelho. No entanto, tendo em conta o envelhecimento da população, este resultado, provém da diminuição do número de óbitos e não de um aumento da taxa de natalidade. I - Demografia

29 3. CARACTERIZAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS Gráfico I. 3 - EVOLUÇÃO DOS GRUPOS ESTÁRIOS ENTRE 1920 E Fonte: PDM e Censos 2001 Verifica-se que ocorreu uma diminuição brusca do escalão correspondente aos anos durante a década de 60, consequência do fenómeno emigratório em grande escala. Quadro I. 5 - PESO RELATIVO DOS GRUPOS ETÁRIOS ENTRE 1971 E 2001 Idade % 71/81 % 81/91 % 91/ ,3-38,7-31, ,4-23,4-35, ,1-12,3-29, ,6-20,4-18, ,7-23,2-6, ,1-6,5-16, ,2 3,8-12, ,5 3,9-1, ,3-6,7 4, ,5-18,1 3, ,7-16,9-2, ,2-4,2-16, ,0 8,8-10, ,6 3,8 0, ,1-8,0 11,4 75 ou + 45,6 36,3 24,7 TOTAL 4,0-8,58-7,4 Fonte: PDM e Censos 2001 I - Demografia

30 Entre os anos 70 e 2001, constata-se que houve uma variação dos escalões etários mais jovens no sentido negativo. Com efeito, na transição dos anos 70 para 1990 ocorreu uma variação negativa mais acentuada, nos escalões entre os zero e os 24 anos e, por consequência, na década seguinte, entre 1991 e 2001, também nos escalões dos 25 aos 34 anos (Gráfico I.4). Por outro lado, nos anos 80 ocorreu uma diminuição acentuada dos escalões entre os 45 e os 54 anos, com consequências negativas no escalão dos 55 aos 64 anos, nos 10 anos seguintes (Gráfico I.4). Já no que diz respeito aos escalões superiores (com mais de 65 anos), durante a década de 70 verificou-se um aumento significativo, cuja variação foi ao longo do tempo diminuindo bastante, mas no entanto ainda corresponde a um cenário preocupante. 30 Gráfico I. 4 - SITUAÇÃO DOS GRUPOS ETÁRIOS EM 2001 Fonte: INE Censos de 1991 e 2001 Por outro lado a variação total da população residente como podemos verificar no gráfico I.4 apresenta-se negativa, com maior incidência no grupo etário entre os zero e os 14 anos de idade que apresenta uma taxa de menos 31%, por outro lado, destaca-se um aumento da variação da população no grupo etário com 65 e mais anos, que apresenta uma taxa positiva de 13,7%. I - Demografia

31 Quadro I. 6 - GRUPOS ETÁRIOS SEGUNDO O GÉNERO E IDADE EM 2001 TOTAL 0-14 anos anos anos anos 65 e mais anos HOMENS MULHERES Fonte: INE Anuário Estatístico da Região Centro Quanto à distribuição da população por idade e género, constata-se que nos escalões entre os 14 e os 49 anos o número de homens é ligeiramente superior ao das mulheres. Contrariamente, nos escalões correspondentes a idades superiores a 50 anos, o número de mulheres aumenta ligeiramente. A partir dos 65 anos de idade, o número de mulheres é bastante mais significativo em relação ao número de homens. Na estimativa de população residente em 31 de Dezembro de 2008 publicada pelo INE pode observar-se que no total da população, existem mais indivíduos do género feminino, 8089 contra 7245 do género masculino. É na população com mais de 65 anos que se observa uma diferença mais elevada, 1732 residentes do género masculino e 2528 do género feminino respectivamente, constatando-se assim uma maior longevidade no género feminino. 4. PERFIL DA POPULAÇÃO: ESTADO CIVIL E DIMENSÃO DAS FAMÍLIAS Gráfico I. 5 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GÉNERO E O ESTADO CIVIL EM 2001 Fonte: INE Censos de 2001 I - Demografia

32 Gráfico I. 6 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS POR FAMÍLIA ENTRE 1981 E Fonte: PDM e INE Censos de 2001 Da comparação, entre 1981 e 2001, no número médio de pessoas do agregado familiar, conclui-se que as famílias numerosas (cinco ou mais elementos) reduziram substancialmente, verificando-se, também, um aumento do número de famílias monoparentais. Em 2001, cerca de 35% das famílias eram constituídas por duas pessoas e 22% apenas por um indivíduo, o que corresponde a cerca de metade da população. Por outro lado, é de destacar o peso das viúvas, cenário característico do quadro de envelhecimento existente. 5. ÓBITOS OCORRIDOS NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro I. 7 - ÓBITOS NO CONCELHO DE GOUVEIA Óbitos N.º % Homens ,04% Mulheres ,96% Total % Fonte: Conservatória dos Registos Civil, Predial e Comercial de Gouveia De acordo com o Quadro I.6 verifica-se que existe uma percentagem maior (54,96%) de óbitos do género feminino em detrimento com o género masculino (45,04%) no ano É de registar que as principais causas de morte indicadas são as doenças cardíacas, doenças oncológicas, pulmonares e cerebrais. I - Demografia

33 6. NOVAS TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS Gráfico I. 7 - EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES DE DEPENDÊNCIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE ENTRE 1920 E Fonte: INE Censos de 2001 De facto, o índice de dependência tem transitado do escalão etário dos jovens para o escalão dos idosos, tendo nestes aumentado de 11,5% em 1930 para 32,2% em Nos grupos mais jovens verifica-se um sentido inversamente proporcional em relação à sua evolução, (Gráfico I.7). A estimativa de 2008, já citada, refere que 61% da população é dependente. Assim, 16,3% desta população são jovens dependentes e 44,7% são idosos, na sua maioria do género feminino. Nos jovens não há grande diferença significativa entre género, contudo, verifica-se uma ligeira superioridade no género masculino. Gráfico I. 8 - IMIGRANTES NO CONCELHO EM 2001 Fonte: INE Censos de 2001 I - Demografia

34 Quanto à mobilidade populacional é de destacar que existiam em 2001 cerca de 320 estrangeiros a residir no Concelho. No que respeita aos imigrantes oriundos de outros Concelhos, o número de mulheres é superior ao número de homens. 34 I - Demografia

35 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Aumento da população idosa no Concelho face ao decréscimo da população jovem. Em sequência do problema anterior, verifica-se uma diminuição da população activa. 35 Crescente envelhecimento da população e diminuição da população activa Desafios O apoio aos idosos, pelo ajuste das infra-estruturas e equipamentos sociais existentes e serviços prestados face às necessidades crescentes. Proporcionar condições socioeconómicas que promovam a fixação e/ou regresso dos jovens que saíram do Concelho para estudar. Desenvolver o tecido económico e parque habitacional do Concelho de modo a constituir um suporte para pessoas em fase de adaptação a novos projectos de vida, nomeadamente imigrantes e emigrantes recém-chegados bem como desempregados de longa duração. Incentivo à natalidade. I - Demografia

36 II SAÚDE Saúde é uma condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou enfrentar o ambiente. A saúde é um recurso para a vida diária, e não um objectivo de vida; é um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas. É também, um estado caracterizado pela integridade anatómica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais; pela habilidade para tratar com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais com um sentimento de bem-estar e livre do risco de doença ou morte extemporânea. (Luís Rey) 36 Partindo desta definição a saúde deverá ser um direito garantido a todos os portugueses pela Constituição da República. O "bem saúde" é diferente de todos os outros, pois tem a ver com a qualidade e mesmo com a vida humana. O não acesso a ele determina uma vida sem qualidade ou mesmo a perda da vida. Diferentemente do que acontece com a generalidade de outros bens, a Constituição da República de 1976, no seu art.º 64, estabelecia que "o direito à protecção à saúde é realizado pela criação de um serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito". E mesmo quando este preceito constitucional foi revisto por pressão do neoliberalismo cada vez mais dominante na sociedade portuguesa, mesmo assim o "novo" art.º 64, que está actualmente em vigor, dispõe que "todos têm o direito à protecção da saúde e é realizado através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas dos cidadãos, tendencialmente gratuito". Portanto, a Constituição, continua a estabelecer que nenhum português deverá ser impedido do acesso à saúde por razões económicas, cabendo ao Estado criar as condições fundamentais, para que todos os portugueses tenham esse acesso através do serviço nacional de saúde. Nesta perspectiva o Centro de Saúde de Gouveia é absorvido em grande parte com a prestação de consultas e tratamentos. Contudo, com vista à busca de um projecto de vida pessoal e colectivo em direcção ao bem-estar da população, o Centro de Saúde estabelece parcerias com escolas, associações e Município. Outra entidade que se destaca neste território e que desenvolve um trabalho multidisciplinar no âmbito da saúde é a Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG). Esta entidade constitui-se de valências que, de forma integrada, pretendem contribuir para a promoção e II - Saúde

37 desenvolvimento integrado da população do Concelho de Gouveia. Neste âmbito, procuramos neste capítulo destacar os recursos disponíveis, identificar e caracterizar as problemáticas associadas à saúde, bem como, evidenciar as prioridades estabelecidas pelo Centro Saúde Gouveia e Associação de Beneficência Popular de Gouveia CENTRO DE SAÚDE DE GOUVEIA O CS de Gouveia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda E.P.E. é composto por uma sede situada no Sítio dos Barreiros e por nove extensões: Arcozelo da Serra, Cativelos, Folgosinho, Melo, Moimenta da Serra, Nespereira, Ribamondego, Vila Cortês da Serra e Vila Nova de Tazem (Caracterização do Centro de Saúde de Gouveia, Março de 2011). A sede do CS de Gouveia abrangia em Março de 2011 um total de utentes (inscritos em Médico de Família). Esquema II. 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS UTENTES REGISTADOS NO CENTRO DE SAÚDE PELAS SUAS EXTENSÕES Fonte: Centro de Saúde de Gouveia De acordo com os dados da Figura II.1 conclui-se que existe uma concentração de mais de 50% dos utentes, no Centro de Saúde de Gouveia. No que se refere ao número de utentes por médico de família, a média concelhia corresponde a 1384 utentes/médico de família, existindo assim um aumento comparativamente aos dados que constavam do diagnóstico social de 2004 (1281 utentes/médico de família). Relativamente à média II - Saúde

38 de utentes por enfermeiro, no Concelho, é de 755 utentes/enfermeiro, valor idêntico ao que se verificava em 2004 (757 utentes/enfermeiro). Quadro II. 1 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES REGISTADOS NO CENTRO DE SAÚDE Idade em anos Masculino Feminino < a a a a a a a a a a a a a a a Total Fonte: Centro de Saúde de Gouveia 38 Através de uma breve análise da tabela anterior pode concluir-se que dos utentes registados no Centro de Saúde a maior prevalência é do género feminino, apurando-se que 46,6% dos inscritos são homens e 53,3% são mulheres. Para auxiliar esta dedução apresenta-se a seguinte pirâmide etária e os correspondentes gráficos. Gráfico II. 1 - PIRÂMIDE ETÁRIA DOS UTENTES INSCRITOS NO CENTROS DE SAÚDE DE GOUVEIA Fonte: Centro de Saúde de Gouveia II - Saúde

39 Gráfico II. 2 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES DO GÉNERO MASCULINO POR FAIXA ETÁRIA 39 Fonte: Centro de Saúde de Gouveia Facilmente se constata, através do gráfico anterior, que no género masculino as faixas etárias com maior incidência abarcam os indivíduos dos 30 aos 34 anos e dos 55 aos 64 anos. Gráfico II. 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS UTENTES DO GÉNERO FEMININO POR FAIXA ETÁRIA Fonte: Centro de Saúde de Gouveia Pode aferir-se, com base nos dados representados no gráfico anterior, que no género feminino as faixas etárias com maior incidência abrangem as mulheres dos 65 aos 79 anos. Em suma, constata-se que temos uma população que recorre ao CS maioritariamente envelhecida, ainda que também haja uma grande percentagem de adultos que se dirija ao mesmo. II - Saúde

40 Quadro II. 2 - RECURSOS HUMANOS DO CENTRO DE SAÚDE DE GOUVEIA EM Médicos de saúde pública (Partilhada) 12 Médicos de família 22 Enfermeiros 1 Técnica de serviço social (Partilhada) 2 Técnicos de diagnóstico e terapêutica 1 Técnica de saúde ambiental 1 Técnico de higiene oral (Partilhada) 8 Assistentes Técnicos 28 Assistentes Operacionais 1 Psicóloga 1 Fisioterapeuta (Partilhada) 1 Nutricionista (Partilhada) Fonte: Centro de Saúde de Gouveia 40 Quadro II. 3 - CONSULTAS MÉDICAS EFECTUADAS NOS CENTROS DE SAÚDE E SUAS EXTENSÕES SEGUNDO AS ESPECIALIDADES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 Medicina geral Planeamento Saúde infantil Total Saúde materna e familiar familiar e juvenil Fonte: Centro de Saúde de Gouveia No que se refere às consultas médicas efectuadas no centro de saúde e extensões, durante o ano 2010, cerca de 90% correspondem a consultas de clínica geral. Nas consultas de Planeamento Familiar existe cerca de 2,8% de consultas efectuadas no centro de saúde e extensões, nas consultas de Saúde Infantil e Juvenil cerca de 5,5% e por último nas consultas de Saúde Materna cerca de 1% Prioridades estabelecidas pelo Centro de Saúde de Gouveia Além da prestação de cuidados de saúde de forma personalizada (a cargo dos médicos de família, enfermeiros e outros profissionais de saúde pública), e dos programas de intervenção em saúde pública, o Centro de Saúde de Gouveia tem vindo a desenvolver planos de actividades nos últimos 15 anos, com base no estabelecimento de um conjunto de prioridades formuladas a partir da experiência dos técnicos de saúde, de alguns estudos realizados localmente e das orientações gerais sobre política de saúde. Estas actividades são apresentadas de forma resumida, em seguida. II - Saúde

41 Ambulatório Rastreio do cancro do colo do útero Objectivo geral: diminuir a mortalidade por cancro do colo uterino. Objectivos específicos: Atingir uma taxa de participação da população alvo igual ou superior a 60 % em 4 anos. Submeter anualmente o programa às normas e procedimentos de controlo e garantia de qualidade. 41 Rastreio do cancro da mama Objectivo geral: diminuir a mortalidade por cancro da mama. Objectivos específicos: Colaborar com a Liga Portuguesa Contra o Cancro na sensibilização das mulheres com idade superior a 45 anos para a realização do rastreio. Cuidados continuados Objectivo geral: dar resposta às necessidades de saúde e sociais das pessoas idosas, cidadãos em situação de dependência e doentes crónicos, promovendo uma maior autonomia no seu ambiente habitual, potenciando os recursos locais. Objectivos específicos: 1. Estruturar a promoção da Saúde dos idosos, dependentes e doentes crónicos de modo a acentuar a obtenção de ganhos em Saúde. 2. Fomentar modelos organizativos em saúde no âmbito dos cuidados personalizados. 3. Conhecer o meio de reinserção familiar/comunitário do utente, bem como os recursos necessários e disponíveis. 4. Promover a articulação entre os diferentes níveis de prestação de cuidados privilegiando o estabelecimento de parcerias. 5. Promover um acompanhamento adequado do utente/família no processo de cuidar reforçando as suas competências. 6. Promover o conhecimento do cuidador com vista a avaliar os défices de saber e reconhecer o que é preciso ser feito no momento imediato, prevenindo o futuro. 7. Promover a autonomia dos utentes através de cuidados continuados humanizados, privilegiando a prestação de serviços no domicílio. Os objectivos a estabelecer estarão de acordo com o D.L., assim como as metas a atingir. 8. Avaliação do grau de satisfação dos profissionais envolvidos. 9. Aplicação de escalas de avaliação de dependência a todos os utentes. II - Saúde

42 Programa de Apoio aos Idosos Formação da equipa: início da actividade em Janeiro de População alvo: pessoas em situação de perda de autonomia, portadoras de dependência funcional, com necessidade continua de tratamentos, que necessitam de cuidados de saúde e/ou apoio psicossocial, que não possam deslocar-se ao Centro de Saúde ou necessitam de vigilância no seu domicilio. Equipa: a equipa de cuidados continuados integrados é constituída por 13 enfermeiros, 13 médicos, 1 técnico serviço social, 1 psicóloga, 1 fisioterapeuta e 1 nutricionista, bem como uma equipa de referenciação com 1 enfermeiro, 1 médico e 1 técnico de serviço social. 42 Programa Bate coração Parceria: Projecto Gouveia em Desenvolvimento, DLCG, EM Empresa Municipal de Desporto Lazer e Cultura de Gouveia. Objectivo: promover o bem-estar individual e colectivo dos idosos, ampliando a mobilidade geral, melhorando a coordenação e o equilíbrio, aumentando a amplitude articular das grandes articulações e retardando os efeitos do envelhecimento no sistema cárdio-circulatório. Em 2009, aderiram a esta iniciativa 10 IPSS, envolvendo cerca de 260 idosos. No âmbito do Centro de Saúde de Gouveia participaram 65 idosos não institucionalizados. Doenças cardio-vasculares Objectivo geral: redução da taxa de morbi-mortalidade por doenças cardio-vasculares em indivíduos com idade inferior a 65 anos. Objectivos específicos: Elaborar/manter o ficheiro piloto de HTA dos médicos de família; aumentar o número de hipertensos controlados; avaliar a prevalência da HTA na população com a 15 anos; identificar os doentes com factores de risco cardiovascular na população entre os anos das freguesias aderentes. Diabetes mellitus Objectivo geral: aumentar o número de anos de vida do doente diabético e reduzir as complicações da diabetes. Objectivos específicos: 1. Aumentar o número de Médicos de Família com registo no SAM da consulta de Diabetes. 2. Promover a implementação da consulta programada e individualizada para a Diabetes e tratamento do Pé Diabético. II - Saúde

43 3. Proceder a rastreio dos Diabéticos para a Retinopatia; Nefropatia; Vasculopatia e Neuropatia. 4. Diminuir o número de Diabéticos com complicações tardias. 5. Rastreio da Diabetes Gestacional Consultas de vigilância 43 Saúde materna Problema de saúde: mortalidade infantil. Objectivo geral: melhorar a qualidade em saúde materna. Objectivos específicos: Aumentar a percentagem de grávidas com 1.ª consulta no 1.º trimestre; cumprir o esquema mínimo de vigilância da gravidez (6 consultas); determinar o grau de risco na 1.ª consulta de gravidez; realizar o diagnóstico pré-natal às grávidas com indicação para tal; enviar à consulta hospitalar as grávidas de médio e alto risco; aumentar o número de mulheres com consulta de revisão do puerpério. Saúde infantil e juvenil Problema de saúde: morbi-mortalidade infantil. Objectivo geral: reduzir a morbi-mortalidade infantil. Objectivos específicos: 1. Efectuar a 1º consulta antes dos 28 dias de vida a todas as crianças. 2. Realizar o diagnóstico precoce até aos 10 dias de vida a todas as crianças. 3. Cumprir o esquema mínimo de vigilância no 1º ano de vida a todas as crianças. 4. Cumprir o esquema mínimo de vigilância no 2º ano de vida a todas as crianças. 5. Cumprir o Plano Nacional de Vacinação em todas as crianças. 6. Efectuar o Exame Global de Saúde (5-6 anos) a todas as crianças que se matriculam pela 1ª vez no Ensino Básico. 7. Fomentar a realização do Exame Global de Saúde (11-13 anos) a todos os adolescentes que completem 12 anos de idade. 8. Programar a visita domiciliária precoce nas situações referenciadas como de risco biológico e/ou social. Vacinação Objectivo geral: cumprir o plano nacional de vacinação II - Saúde

44 Objectivos específicos: Cumprir o Plano Nacional de Vacinação a todas as crianças que completam 12 M, 24 M, 7 A e 14 A; cumprir a vacinação anti-tetânica, de acordo com o PNV, no adulto; identificar e vacinar todos os prestadores directos de Saúde com a vacina anti-hepatite B; cumprir o esquema de vacinação anti-hepatite B nos grupos de risco; cumprir programa de vacinação para a meningite C, conforme orientações da D.G.S. 44 Equipa interdisciplinar para os problemas da criança Objectivo geral: melhorar as condições de saúde, aprendizagem e sócio - familiares das crianças. Objectivos específicos: Avaliar e acompanhar crianças a partir dos 3 anos de idade enquadradas em diferentes graus de ensino, com maior incidência ao nível do ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, com dificuldades de aprendizagem, problemas de saúde e situações sociofamiliares desfavoráveis; encaminhar todas as situações, que o justifiquem, para consultas de especificidade. Equipa de intervenção precoce Objectivo geral: melhorar as condições de saúde, desenvolvimento e sócio familiares das crianças. Objectivos específicos: Avaliação, acompanhamento e encaminhamento de crianças dos 0-6 anos em situação de risco ambiental, biológico e/ou estabelecido e respectivas famílias; qualificação da Equipa Técnica. «Ta se bem» - espaço de atendimento e promoção da saúde para adolescentes e jovens Objectivo geral: promover a saúde dos adolescentes e jovens. Objectivos específicos: Informar, formar e dinamizar, através da disponibilização de informação e apoio dos técnicos de Saúde em áreas temáticas como, a saúde sexual e reprodutiva, a educação alimentar, a educação ambiental, a prevenção do consumo de substâncias aditivas, lícitas e/ou ilícitas, a promoção da actividade física regular e questões sociais: prestar apoio a nível da aquisição de competências pessoais e relacionais; promover iniciativas socioculturais e de promoção da saúde; proporcionar aos adolescentes e jovens um espaço onde possam, colocar questões, tirar dúvidas, conversar e debater qualquer assunto do seu interesse. II - Saúde

45 Planeamento familiar Objectivo geral: reduzir a morbi-mortalidade infantil. Objectivos específicos: Diminuir o número de gravidezes não desejadas; identificar e orientar adequadamente os casos de infertilidade; diminuir o número de gravidezes em adolescentes (idade inferior a 17 anos) e mulheres com idade superior a 40 anos. Aumentar o diagnóstico precoce da neoplasia do colo do útero; diagnosticar e tratar adequadamente as doenças sexualmente transmissíveis. 45 Luta contra a tuberculose Objectivo geral: redução das taxas de incidência e prevalência da tuberculose na região. Objectivos específicos: manter a prática de terapêutica observada directamente (TOD) nos doentes com tuberculose multirresistente e manter o rastreio dos conviventes. Alcoologia Objectivo geral: Redução do número de consumidores excessivos de bebidas alcoólicas. Objectivos específicos: Identificar o doente alcoólico; aumentar o número de doentes alcoólicos em programa; aumentar o número de doentes alcoólicos recuperados; promover iniciativas de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco. Tabagismo Formação da equipa: início de actividade em Agosto Objectivo geral: redução do número de consumidores de tabaco. Objectivos específicos: identificar o consumidor de tabaco, aumentar o número de consumidores de tabaco em programa, aumentar o número de consumidores de tabaco recuperados, promover iniciativas de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco. Equipa: 1 médico, 1 psicóloga, 3 enfermeiros e 1 administrativa. Quadro II. 4 - CONSULTAS DE CESSAÇÃO TABÁGICA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 Masculino Feminino Total Fonte: Centro de Saúde de Gouveia II - Saúde

46 Toxicodependência Formação da equipa: A funcionar no Centro de Saúde de Gouveia desde 1996, com extensão do CRI da Guarda. Objectivo geral: redução do número de consumidores de substâncias ilícitas. Objectivo específico: identificar consumidores de substâncias ilícitas, promover a redução do número de consumidores de substâncias ilícitas e de toxicodependentes actuando ao nível da prevenção, dissuasão, tratamento, redução de danos e reinserção social. Equipa: 2 médicas de medicina geral e familiar, 2 enfermeiros, 1 psiquiatra, 2 psicólogas, 1 técnico serviço social e 1 técnico psicossocial. 46 Quadro II. 5 - CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICAS DOS UTENTES ACOMPANHADOS NO ANO DE 2010 HOMENS N = 25 MULHERES N = 2 Dos 20 aos 24 2 Dos 20 aos 24 0 Dos 25 aos 29 1 Dos 25 aos 29 0 Dos 30 aos 34 4 Dos 30 aos 34 0 ESCALÃO Dos 35 aos Dos 35 aos 39 1 ETÁRIO Dos 40 aos 44 4 Dos 40 aos 44 1 Dos 45 aos 49 2 Dos 45 aos 49 0 Dos 50 aos 54 2 Dos 50 aos 54-0 ESTADO CIVIL HABILITAÇÕES LITERÁRIAS Casado / União de Facto 12 Casado / União de Facto 2 Solteiro 10 Solteiro 0 Desconhecido 3 Desconhecido 0 1º Ciclo 1 1º Ciclo 0 2º Ciclo 8 2º Ciclo 0 3º Ciclo 8 3º Ciclo 0 Secundário 2 Secundário 2 Frequência Universitária 1 Frequência Universitária 0 Desconhecido 5 Desconhecido 0 Empregado 9 Empregado 0 SITUAÇÃO Desempregado 10 Desempregado 2 PROFISSIONAL Reformado/Pensionista 1 Reformado/Pensionista 0 Formação Profissional 1 Formação Profissional 0 Desconhecido 4 Desconhecido - 0 Fonte: Centro de Saúde de Gouveia Delegação Regional do Centro - CRI da Guarda Saúde Escolar Promoção da Saúde na Escola Objectivo geral: Promoção da saúde na escola. Objectivos específicos: Avaliar a realização do Exame Global de Saúde (5-6 anos) às crianças que vão entrar para o 1º ano do ensino básico; avaliar a realização do Exame Global de Saúde (11-13 anos) aos adolescentes que completem 12 anos durante o ano de 2006; avaliar o PNV e sua II - Saúde

47 actualização nas crianças do ensino básico; avaliar o PNV e sua actualização nos adolescentes e jovens do ensino secundário; proceder ao rastreio de visão e audição no 1º ciclo do ensino básico e encaminhamento dos casos identificados; dinamizar actividades na área da Educação para a Saúde. Saúde Oral Objectivo geral: diminuir a incidência de cárie dentária. Objectivos específicos: Incentivar a implementação do Programa da Saúde Oral nas crianças e adolescentes nos Jardins-de-infância e Escolas do 1º e 2º ciclo do ensino básico. No final da intervenção médico-dentária, todos os doentes permanentes da população alvo deverão estar protegidos ou tratados; Proporcionar a aquisição de conhecimentos e competências susceptíveis de assegurar a manutenção da boca saudável, durante toda a vida. 47 Nutrição Objectivo geral: melhorar os hábitos alimentares da população do Concelho, intervindo de forma concertada a nível dos vários programas do centro de saúde. Objectivos específicos: Promover a articulação entre a consulta de Diabetes e a consulta de Nutrição de modo a melhorar a qualidade de vida do doente diabético; enviar à consulta de nutrição, grávidas com necessidade de alterar comportamentos alimentares; enviar à consulta de nutrição crianças com necessidade de alterar comportamentos alimentares; enviar à consulta de nutrição utentes, em consultas de alcoologia, toxicodependência e desabituação tabágica, com necessidade de alterar comportamento alimentar; dinamizar actividades na área da educação para a saúde no âmbito escolar, nomeadamente no que diz respeito à alimentação; diminuir a incidência e a prevalência da pré-obesidade e da obesidade, através da adopção de medidas integradas de prevenção, nomeadamente: - reduzir a incidência de pré-obesidade; - reduzir a incidência de obesidade; - diminuir a prevalência da obesidade e pré-obesidade em crianças e adolescentes; - diminuir a prevalência da obesidade e pré-obesidade na população adulta; - reduzir o número de recidivas nos obesos tratados. II - Saúde

48 Saúde pública Higiene dos alimentos Objectivo geral: redução dos riscos ligados à insalubridade dos alimentos. Objectivos específicos: Realizar acções de formação/informação aos manipuladores de alimentos que trabalham nas cantinas escolares e refeitórios públicos; identificar anualmente a situação dos estabelecimentos com actividade de comercialização de géneros alimentícios e prestadores de serviços na área de alimentação. 48 Vigilância sanitária da qualidade da água para consumo humano Objectivo geral: contribuir para a minimização dos riscos para a saúde relacionados com o consumo de águas não potáveis. Objectivos específicos: Elaborar um diagnóstico da situação dirigido para o levantamento sanitário de carácter epidemiológico e tecnológico; planificar as acções de vigilância, incluindo as análises, de acordo com o definido no Dec. Lei nº 306/2007 de 27 de Agosto. Vigilância sanitária da qualidade de águas recreativas Objectivo geral: contribuir para a minimização dos riscos para a saúde relacionados com a utilização de águas recreativas. Objectivos específicos: Proceder à vigilância sanitária das piscinas abertas ao público. Equipa de Intervenção na Comunidade Formação da equipa: foi criada em 2008 tendo em vista uma possível reformulação para uma Unidade de Cuidados na Comunidade, prevista nas Unidades Funcionais dos ACES. Objectivo geral: contribuir para a melhoria do estado de saúde da população da sua área geográfica de intervenção, visando a obtenção de ganhos em saúde na população do Concelho de Gouveia. Modo de actuação: promoção de respostas integradas, articuladas, diferenciadas e de grande proximidade às necessidades em cuidados de saúde da população onde está inserida. Rege-se por princípios: cooperação entre todos os elementos da equipa para a concretização dos objectivos, solidariedade e trabalho de equipa, articulação com as outras equipas e profissionais do Centro de Saúde, formulação de parcerias com estruturas da comunidade local, avaliação contínua visando a adopção de medidas correctivas dos desvios susceptíveis de pôr em causa os objectivos do plano de acção e da qualidade dos cuidados, gestão participativa assente num II - Saúde

49 sistema de comunicação e de relações entre todos os seus profissionais, promotores de ganhos de motivação e satisfação profissional. 2. ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA 49 A Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG) é uma IPSS que, para além de outras valências, tem vindo a investir de uma forma muito importante na área da saúde, especialmente na Clínica de Medicina Física e de Reabilitação, a qual tem protocolo com a Região de Saúde do Centro para atendimento de utentes do Serviço Nacional de Saúde. Esta unidade encontra-se instalada em edifício próprio junto à Av. Botto Machado, em Gouveia. Atendendo mais de 220 pessoas por dia e dada a qualidade dos serviços prestados, a Clínica de Medicina Física e Reabilitação tem já um elevado impacto no Concelho, no distrito e na região. Quadro II. 6 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG EM 2010 Unidades de Medicina Física e Reabilitação Consulta de Fisiatria Fisioterapia Termoterapia Hidroterapia Massoterapia Ventiloterapia Cinesiterapia e Mecanoterapia Treinos Terapêuticos Terapia da Fala Terapia Ocupacional Cardiopneumologia Fonte: Associação de Beneficência Popular Gouveia Quadro II. 7 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG NO ÂMBITO DOS CUIDADOS CONTINUADOS Cuidados Continuados Unidade de Cuidados Continuados média duração e Reabilitação 30 camas Unidades de Cuidados Continuados longa duração e Manutenção 23 camas Fonte: Associação de Beneficência Popular Gouveia Esta instituição dispõe também, de duas Unidades de Cuidados Continuados Integrados: UCCI de Média Duração e Reabilitação (30 camas e Acordo com a ARS e ADSE) e uma UCCI de Longa Duração e Manutenção (23 camas Acordo com a ARS e ADSE). Estas Unidades encontramse sediadas na Av. Pedro Botto Machado, nos edifícios do antigo Hospital Nª. Senhora da Piedade, II - Saúde

50 propriedade da ABPG, e recentemente reabilitados. Quadro II. 8 - SERVIÇOS MÉDICOS PRESTADOS NA ABPG EM CONSULTAS EXTERNAS Consultas externas de especialidade (não convencionais) Cardiologia Otorrinolaringologia Gastrenterologia Ortopedia Neurologia Ginecologia/obstetrícia Pediatria Fonte: Associação de Beneficência Popular Gouveia 50 A ABPG dispõe ainda de diversos outros serviços, nomeadamente consultas de várias especialidades (não convencionadas em relação aos utentes do Serviço Nacional de Saúde). Quadro II. 9 - EXAMES COMPLEMENTARES REALIZADOS NA ABPG EM 2010 Exames complementares de diagnóstico com acordos ARS ECG - ARS e ADSE Prova de esforço - ARS e ADSE Holter - ARS e ADSE Ecocardiograma - ARS e ADSE Endoscopia - ARS Colonoscopia - ARS Fonte: Associação de Beneficência Popular Gouveia Quadro II PESSOAL TÉCNICO DA ABPG EM 2010 Pessoal Técnico ao Serviço Médicos Fisiatras 6 Médicos Clínica Geral 3 Enfermeiros 16 Fisioterapeutas 10 Terapeuta Ocupacional 2 Terapeuta da Fala 1 Psicólogos Clínicos 2 Técnico de Serviço Social 1 Técnico Superior Educação Especial 1 Animadora Sociocultural 1 Nutricionista 1 Administrativos 2 Recepção 4 Auxiliares Acção Médica 32 Auxiliares Serviço Gerais 8 Manutenção 2 Fonte: Associação de Beneficência Popular Gouveia II - Saúde

51 3. OUTROS RECURSOS PARA A SAÚDE Quadro II CONSULTÓRIOS PARTICULARES E LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS EXISTENTES NO CONCELHO EM 2010 Cidade de Gouveia Número de consultórios particulares Especialidade 4 Médicos dentistas 1 Clínica geral 2 Ginecologia 3 Laboratórios de análises clínicas 2 Oftalmologia 51 Vila Nova de Tazem Número de consultórios particulares Especialidade 2 Médico dentista Consultas por 1 médico na Caixa de 1 Crédito Agrícola 1 Posto de colheita para análises clínicas 1 Oftalmologia Fonte: Centro de Saúde de Gouveia No ano 2010, existiam 15 médicos especialistas com atendimento de consultas particulares, dois laboratórios de análises clínicas e um posto de colheita para análises clínicas, cinco farmácias, três parafarmácias e dois postos de medicamentos. Quadro II FARMÁCIAS EXISTENTES EM 2010 Nome Localidade Farmácia Albuquerque Moimenta da Serra Farmácia Feliz Gouveia Farmácia Patrício Gouveia Farmácia Pedroso Vila Nova de Tazem Farmácia Central Melo Quadro II PARAFARMÁCIAS EXISTENTES EM 2010 Nome Localidade Nespereirafar, Farmácia Arcozelo da Serra Nespereirafar, Farmácia Nespereira Gouvipharma Gouveia Quadro II POSTOS DE MEDICAMENTOS EXISTENTES EM 2010 Nome Localidade Posto de medicamentos da Farmácia Central Folgosinho Posto de medicamentos da Farmácia Albuquerque Cativelos Fonte: Sector de Acção Social e Família II - Saúde

52 4. GRAU DE RESPOSTA DOS RECURSOS LOCAIS PARA A PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE FACE ÀS NECESSIDADES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO - Além da sede em Gouveia, o Centro de Saúde dispõe de extensões em 9 freguesias Arcozelo da Serra, Cativelos, Folgosinho, Melo, Moimenta da Serra, Nespereira, Ribamondego, Vila Cortês da Serra e Vila Nova de Tazem, com uma frequência de apoio médico e de enfermagem que varia entre uma e cinco vezes por semana, conforme a dimensão populacional da freguesia. - O SAP (Serviço de Atendimento Permanente) do Centro de Saúde funciona 24 horas por dia e dispõe de uma boa articulação com os meios de transporte dos Bombeiros Voluntários e do INEM. Verifica-se que no edifício onde funciona este SAP não existem barreiras arquitectónicas que impeçam a mobilidade de pessoas com dificuldades a esse nível. - Ainda no que respeita ao grau de acessibilidade dos utentes ao seu médico de família, não se dispõe de elementos actualizados em relação ao tempo de espera dos mesmos para obter consultas, no entanto, deve-se salientar que nos casos mais graves são abertas excepções. - Relativamente ao serviço de radiologia verificou-se uma redução do tempo de funcionamento do mesmo, contudo, em casos de urgência, principalmente durante a noite, há a necessidade de encaminhar utentes para o Hospital Sousa Martins (na Guarda). As radiografias não urgentes são feitas mediante marcação prévia IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS DE SAÚDE NUMA PERSPECTIVA INTEGRADA 5.1. Factores condicionantes sócio ambientais Problemas identificados Poluição da água e do solo Descrição e tópicos para a sua valorização Em relação aos fontanários com água não tratada são poucos os que se mantêm ao longo de todo o ano com água própria para consumo humano; O uso descuidado de produtos tóxicos na agricultura contribui para a poluição dos cursos de água; As ribeiras, as florestas e os campos são frequentemente sujos com os lixos mais variados, desde detritos provenientes da construção civil, até aos lixos domésticos e outros deixados pelos II - Saúde

53 cidadãos nos seus passeios pela Serra. Deficientes condições em algumas casas de habitação Verifica-se que existem ainda algumas casas antigas, mais ou menos degradadas, sem conforto, expostas às adversidades do clima, sobretudo nos meses de Inverno. A falta de condições de segurança e cuidados dos utilizadores faz com que exista o risco de incêndio associado ao uso de lareiras, sem precauções. Para um conhecimento mais aprofundado desta problemática deve-se consultar o capítulo V Habitação Grau de consciência e práticas de promoção de saúde pela população Problemas identificados Pessoas/Famílias em situação de exclusão e/ou pobreza A influência perversa dos media em relação aos processos de promoção da saúde Descrição e tópicos para a sua valorização Nos últimos 25 anos verificou-se uma mudança no paradigma escolar. Cada vez é dada mais importância ao ensino e tal reflecte-se no aumento de sujeitos inscritos nos estabelecimentos escolares do Concelho. No entanto, continua-se a verificar igualmente que um conjunto de pessoas e famílias fica à margem desta evolução positiva, quer porque as condições de pobreza não lhes permitem o acesso a bens essenciais, quer porque o processo educativo no ambiente familiar e escolar não lhes proporciona a consciencialização face à importância de práticas promotoras de saúde, quer ainda porque vivem muitas vezes em situações de progressiva exclusão social, que condicionam ainda mais a sua dificuldade de acesso a estes conhecimentos e práticas. Para um conhecimento mais aprofundado desta problemática deve-se consultar os capítulos: III Educação e Formação, IV Acção Social e VI Emprego e Actividades Económicas). As mudanças nos estilos de vida têm vindo a provocar desequilíbrios porque determinadas práticas tradicionais se perderam ou já estão desajustadas no contexto actual e não foram substituídas por outras mais adequadas. Os media através do forte apelo que fazem ao consumo dos alimentos fastfood e outros com excesso de calorias fazem com que se coloquem de lado hábitos alimentares tradicionais, relacionados com muitos recursos II - Saúde

54 acessíveis através da agricultura local e com um tipo de trabalho com bastante actividade física. Estes novos estilos de vida têm importantes repercussões na saúde: os problemas psicológicos e físicos relacionados com o stress. O facto dos programas serem cada vez mais diversificados e atractivos para os sujeitos fazem com que a ocupação dos tempos livres passe mais por actividades sedentárias, individualistas e de consumo passivo. 54 O défice de consciencialização das pessoas em relação às suas responsabilidades sociais e ambientais face à promoção da saúde Os desafios que se colocam à promoção da saúde não podem ser desligados do vínculo que cada pessoa tem, por um lado, à sua família e à comunidade onde vive e, por outro lado, também à sociedade de que faz parte e ao planeta cujo equilíbrio está a ser cada vez mais afectado. Assim, a promoção da saúde está fortemente relacionada com a cidadania, o desenvolvimento e a ecologia. As respostas a estas e outras questões passam, em grande parte, pela palavra Educação. Importa reflectir, não só sobre como promover o papel das escolas na educação para a saúde e na educação ambiental, mas também sobre o papel que as famílias, as associações, as empresas, os meios de comunicação social e os serviços, devem ter nestes processos educativos. II - Saúde

55 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Internamento prolongado de utentes nos Cuidados Continuados (ABPG), devido à falta de condições habitacionais, carências económicas e inexistência de retaguarda familiar. 55 Prolongamento injustificado do internamento dos utentes Desafios Maior articulação entre os serviços de saúde e os serviços de apoio social, nomeadamente IPSS e Segurança Social. Maior fiscalização/regularização por parte da Segurança Social das camas que estão protocoladas, no sentido de se destinarem a situações consideradas de emergência. Criar um centro de acolhimento temporário para adultos em situação de vulnerabilidade social. II - Saúde

56 Problemáticas Ausência de respostas para doentes do foro psiquiátrico. Elevado número de doentes com problemas ao nível das dependências, verificando-se a inexistência de respostas continuadas e integradas ao nível da prevenção, tratamento e reinserção socioprofissional. 56 Grupos Vulneráveis Desafios Criar uma unidade para doentes psiquiátricos, com a valência de apoio domiciliário. Maior interligação entre os diversos agentes no sentido de estabelecer parcerias para a inserção social e profissional dos individuos pertencentes aos grupos vulneráveis. Acções de sensibilização na área das dependências. II - Saúde

57 Problemáticas Inexistência de rastreio no âmbito destas doenças, com excepção dos rastreios do cancro da mama e do colo do útero. Ausência de cuidados paliativos. 57 Prevenção e tratamento de doenças crónicas Desafios Promover acções de rastreio em áreas não abrangidas pelo Serviço Nacional de Saúde, a realizadar através de parcerias entre os agentes locais da Saúde. Criar de uma equipa de cuidados paliativos com valência de apoio domiciliário. II - Saúde

58 Problemáticas Verifica-se um aumento significativo do número de crianças obesas. Necessidade de assegurar uma melhor prevenção e cuidados na área da saúde oral. Saúde e desenvolvimento de crianças e jovens 58 Desafios Campanhas de sensibilização alertando para estilos de vida saudável. Promover actividades na comunidade associadas à prática da actividade física. Desenvolver rastreios e campanhas de sensibilização na área da saúde oral infantil e juvenil. II - Saúde

59 Problemáticas Desconhecimento dos utentes em relação ao funcionamento dos serviço de saúde. Poucas especialidades e exames convencionados. Rede de transportes ineficaz. 59 Qualidade dos serviços prestados Desafios Consciencializar a população em geral para os serviços disponiveis e modo de funcionamento do Centro de Saúde, assim como os factores facilitadores de atendimento (por exemplo, marcações por telefone, online etc.). Solicitar às entidades ligadas à saúde de outras especialidades e exames, no sentido de estes serem convencionados. Organizar/operacionalizar a rede de transportes existente no Concelho. II - Saúde

60 III EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. (John Dewey) A educação tem ocupado um papel central no percurso histórico do desenvolvimento do potencial humano. Analisando o percurso histórico ocidental das relações entre os elementos educação, trabalho e ciência, verificamos que o modelo de ensino é mais uma das heranças gregoromana que não tem recebido expressivas contribuições. As concepções da educação do período clássico englobaram as matrizes educacionais grega e romana, com intenção de formar o homem a partir de um ideal perfeito predeterminado caracterizado pela busca constante de respostas aos anseios idealizados em cada período históricosócio-cultural. Por seu lado, para os gregos, a formação do cidadão era o vértice de sua sociedade e o trabalho requerido para essa conquista que compreendia toda uma vida. Desta forma, a educação baseava-se nas relações interpessoais, na força dos exemplos. Dando um salto na história, a perspectiva educacional que surge na concepção do movimento iluminista, promoveu uma revolução no campo educacional e social. A força desse movimento reflecte uma visão antropológico-social, deixando marcas e desafios na actualidade. Se no passado a forma de ensinar e de educar foi uma construção inspirada nas tradições e na filosofia voltadas para a reprodução das práticas sociais, mais tarde, este conceito foi considerado um instrumento de salvação guiado pela perspectiva religiosa, pelo início dos vários paradigmas de ciência que diligenciaram o ensino, a escola e os seus métodos, cientificamente orientados. Surgiram assim, vários ramos da ciência que se ocupam desse campo do saber e têm vindo a gerar explicações e visões sobre os processos de aprendizagem. No século XXI, a educação passou a ser encarada como uma preparação para a mudança, ao contrário do passado, educava-se e instruía-se para preservar o status quo. Pensar contemporaneamente, no âmbito da educação e da sociabilidade humana tornou-se uma actividade extremamente complexa e desafiadora, pois há quem defenda a educação como a solução de todos os problemas sociais: violência, terrorismo, indigência moral e material e subdesenvolvimento económico e social. Piaget afirma que a razão e emoção envolvidas no processo jamais se separam. Não há mais espaço para uma metodologia empirista, sendo o construtivismo o caminho mais adequado para implantarmos a escola cidadã. Mesmo que a tendência seja liberal, progressista o importante é 60 III Educação & Formação

61 estimular a prática do aprendizado, a troca de experiências e uma constante reflexão interna para a realização de uma nova práxis pedagógica, sob ponto de vista cognitivo, afectivo e ético, assim como actividades colectivas envolvendo o educador e aluno. No que concerne ao Município de Gouveia, com a reorganização a que foi sujeita a rede educativa nos últimos anos, foram várias as alterações ocorridas na educação e formação. Desta forma, torna-se fundamental referenciar essas transformações. Assim, neste capítulo são 61 apresentadas com um cariz dinâmico e actual a caracterização do ensino em Gouveia, a localização das estruturas de ensino e formação bem como o número de indivíduos afectos às mesmas. 1. NÍVEL DE ENSINO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro III. 1 POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O NÍVEL DE INSTRUÇÃO E IDADE EM 2001 NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA Nível de instrução 10 anos anos anos anos anos 65 anos Sem nível de ensino Educação Pré-escolar º CEB º CEB º CEB Ensino Secundário Ensino Médio Ensino Superior Fonte: INE Censos 2001 A população sem nível de instrução abrange uma franja maior nas pessoas com idade superior a 65 anos, correspondendo, em termos percentuais a 62,40%, seguindo-se o grupo etário entre os 25 e os 64 anos de idade com 17,22%. Podemos afirmar que a totalidade dos alunos frequenta o ensino pré-escolar. Em relação ao 1º Ciclo, 54,63% da população tem entre os 25 e os 64 anos de idade, seguindo-se, com 36,33% a população com mais de 65 anos de idade. A população mais representativa detentora do 3º ciclo ou ensino secundário abrange a faixa etária dos 25 aos 64 anos de idade com 43,87%, seguindo-se o grupo entre os 15 e os 19 anos de idade com 25,78%. Também o ensino médio e superior tem grande representatividade. Estes dados apontam para uma mudança do paradigma escolar ao longo dos tempos e reflectem o aumento da importância dada ao ensino ao longo das últimas décadas. III Educação & Formação

62 Gráfico III. 1- POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O NÍVEL DE INSTRUÇÃO E A IDADE 62 Fonte: INE Censos 2001 Comparando as diferenças entre os géneros dentro de cada escalão de ensino, verifica-se que até ao ensino secundário existe um equilíbrio entre os indivíduos do género masculino e do género feminino. No ensino médio verifica-se já uma ligeira prevalência do género feminino que se acentua fortemente no ensino superior (Gráfico III.2). Gráfico III. 2 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO O GRAU DE INSTRUÇÃO E O GÉNERO, EM 2001 Fonte: INE Censos 2001 Relativamente à população sem qualquer nível de instrução é possível identificar determinadas diferenças, entre as quais se destaca a existência de 5% de indivíduos que, apesar de, não terem instrução possuem capacidades que permitem ler e escrever (Gráfico III.3). III Educação & Formação

63 Gráfico III. 3 - POPULAÇÃO RESIDENTE SEM NÍVEL DE INSTRUÇÃO, EM Fonte: INE Censos CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO EM GOUVEIA 2.1. Evolução da frequência do número de alunos no Concelho O Gráfico III.4 representa a evolução da frequência de alunos nos estabelecimentos de educação e ensino no Concelho de Gouveia entre os anos de 2001 a Gráfico III. 4 - FREQUÊNCIA DE ALUNOS (2001/2010) Fonte: Sector de Acção Social e Família No Quadro seguinte é apresentada a evolução do número de alunos nas escolas do 1º CEB do Concelho de Gouveia. Podemos constatar que desde o ano lectivo 1990/1991 encerraram 7 estabelecimentos deste nível de ensino. No ano lectivo 1990/1991 havia um total de 1079 alunos sendo que 20 anos depois, ano lectivo , este número foi reduzido para 484 correspondendo a uma redução de 45% da população escolar do 1º CEB. III Educação & Formação

64 Ano Lectivo Escolas 1990/ / / 1993 Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia Quadro III. 2 - EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DE ALUNOS NAS ESCOLAS DO 1º CEB 1993/ / / / / / 1999 Aldeias Arcozelo Cativelos Figueiró da Serra Folgosinho Freixo da Serra Lagarinhos Mangualde Melo Moimenta Nabainhos Nabais Nespereira Paços Passarela Póvoa da Rainha Ribamondego Rio Torto S. Julião S. Paio S. Pedro Vila Cortês Vila Franca V. N. Tazem Vinhó Tazem Nota: As escolas a amarelo encontram-se encerradas. Fonte: Sector da Acção Social e Família 1999/ / / / / / / / / / / III Educação & Formação

65 Quadro III. 3 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA ENTRE OS ANOS LECTIVOS DE 2001/2002 E 2009/2010 POR NÍVEL DE ENSINO Níveis de ensino 2001/ / / / / / / / /2010 Total Pré-escolar º CEB º CEB º CEB ns. Secundário Ens. Profissional Total Fonte: Sector de Acção Social e Família 65 Da análise dos dados conclui-se que existe uma tendência decrescente do número de alunos matriculados. Esta tendência apenas se inverteu nos anos lectivos 2003/2004 (mais 1 aluno do que no ano transacto) e no ano lectivo 2007/2008 (mais 60 alunos do que no ano anterior). Desde o ano lectivo 2001/2002 até ao ano lectivo 2009/2010 verificou-se uma redução de 309 alunos. Apesar dessa redução no total de alunos matriculados verifica-se que no pré-escolar existem mais 97 alunos e no ensino secundário mais 34, do que em Localização das estruturas de ensino Mapa III. 1 - LOCALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE ENSINO Fonte: Sector da Acção Social e Família III Educação & Formação

66 Capacidade Frequência Taxa de ocupação (1) Nº de educadores Crianças por educador Total Com turma Sem turma Crianças por sala Recreio Cantina Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia Agrupamento de Escolas de Gouveia Educação Pré-escolar Da observação do Quadro III.4 podemos concluir que o Concelho de Gouveia, em relação à Educação Pré-escolar, tem oferta em 31,81% das freguesias, com excepção das Aldeias, Cativelos, Freixo da Serra, Mangualde da Serra, Ribamondego, Rio Torto e Vila Cortês. Existe ainda oferta privada em Vila Nova de Tazem, Lagarinhos e Gouveia. 66 Quadro III. 4 - CARACTERIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Nº de salas Estabelecimento de ensino EB1/JI Arcozelo , EB1/JI Figueiró da Serra , EB1/JI Folgosinho , JI Melo , EB1/JI Moimenta da Serra , , ,50 EB1/JI Nabais , JI Nespereira , EB1/JI Paços da Serra , JI São Paio , JI Gouveia , , ,50 1 EB1/JI Vila Franca da Serra , EB1/JI Vinhó , JI Vila Nova de Tazem (2) , ,50 2 JI Abrigo da Sagrada Família (3) , A.B.P.G. (3) , , , Fundação "A Nossa Casa" (3) , JI Casa do Povo de Vila Nova de Tazem (3) ,38 2 9, ,50 1 Fonte: Sector de Acção Social e Família (1) Taxa de Ocupação É a relação entre a capacidade de um edifício escolar em regime normal de funcionamento e o número de alunos que o frequentam num período diurno (2) Estabelecimento de Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem (3) Estabelecimentos de Educação Pré-escolar sem Agrupamento de Escolas Constata-se que nenhum dos estabelecimentos de ensino tem uma taxa de ocupação superior a 0,70, sendo que este valor pertence à Associação de Beneficência Popular de Gouveia (A.B.P.G.), um dos estabelecimentos de ensino que não se encontra afecto a qualquer agrupamento de escolas, uma vez que possuiu um cariz privado. As taxas de ocupação mais baixas, iguais ou inferiores a 0,20, verificam-se nos Estabelecimentos de Ensino das freguesias de Figueiró da Serra, Nespereira e Vila Franca da Serra. Podemos constatar, igualmente, que a maioria dos estabelecimentos têm recreio mas que III Educação & Formação

67 Capacidade Frequência Taxa de ocupação Nº de professores Alunos por professor Total Com turma Sem turma Alunos por sala Recreio Cantina Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia apenas dois pertencentes aos agrupamentos têm cantinas (Vinhó e Folgosinho). Face a esta realidade é importante a rede de IPSS existentes no Concelho que assegura as refeições aos alunos dos estabelecimentos que não possuem cantina. Analisando a evolução do número de alunos desde 2001/2002 até 2009/2010 verifica-se que há um aumento de cerca de 100 alunos tendo a curva evolutiva atingido o pico em 2008/2009, ano em que se encontravam 314 crianças matriculadas no ensino pré-escolar no Município de Gouveia (Gráfico III.4 e Quadro III.4) Escolas do 1. Ciclo do Ensino Básico Da análise do Quadro III.5 podemos concluir que no Concelho de Gouveia, em relação ao 1º Ciclo do Ensino Básico existe uma oferta de 81,81% das freguesias, com excepção das Aldeias, Cativelos, Freixo da Serra, Mangualde da Serra. Quadro III. 5 - CARACTERIZAÇÃO DO 1º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Nº de salas Estabelecimento de ensino EB1/JI Arcozelo , EB1/JI Figueiró da Serra , EB1/JI Folgosinho ,23 3 4, EB1 Melo , EB1/JI Moimenta da Serra , , ,33 1 EB1/JI Nabais , EB1 Nespereira , EB1/JI Paços da Serra ,47 3 9, EB1 Ribamondego , EB1 São Julião , ,75 1 EB1 São Paio , , ,50 1 EB1 São Pedro , , ,80 1 EB1 Vila Cortês da Serra ,18 2 3, EB1/JI Vila Franca da Serra , EB1/JI Vinhó , EB1 Lagarinhos (1) , EB1 Rio Torto (1) , EB1 Tazem (1) , EB1 Vila Nova de Tazem (1) , , Fonte: Sector de Acção Social e Família (1) Estabelecimentos pertencentes ao Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem III Educação & Formação

68 Da análise do Quadro III.4 verifica-se que a escola EB1 São Julião é a única escola que tem mais alunos do que a sua capacidade (taxa de ocupação de 1,14). Também o Estabelecimento de Ensino situado na freguesia de S. Pedro tem uma taxa de ocupação elevada. Devido a este factor uma das turmas do 4º ano de S. Julião foi instalada na Escola Básica do 2º Ciclo de Gouveia. Em comum estes estabelecimentos têm o facto de se situarem na sede de Concelho. Em sentido contrário verifica-se que existem 9 estabelecimentos com baixa taxa de ocupação (inferior a 0,25) entre os quais se encontram os estabelecimentos de Nabais, Ribamondego, Vila Cortês da Serra, Rio Torto e Tazem, sendo os dois últimos pertencentes ao Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem. A análise da evolução do número de alunos matriculados no 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Gouveia desde 2001/2002 até 2009/2010 mostra que tem vindo a ocorrer uma diminuição significativa verificando-se no final deste período a existência de menos 129 alunos matriculados (Gráfico III.4 e Quadro III.5) Escolas do 2. e 3. Ciclos do Ensino Básico No Concelho de Gouveia existe oferta educativa no 2º e 3º Ciclos em Vila Nova de Tazem e Gouveia, como podemos verificar no Quadro III.6. Quadro III. 6 - CARACTERIZAÇÃO DO 2.º E 3.º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO DE 2009/2010 Estabelecimento de ensino Capacidade Frequência Taxa de ocupação Nº de professores Alunos por professor Nº de salas Alunos por sala EB2 de Gouveia , ,50 ES/3 de Gouveia , , ,12 EB2,3 de Vila Nova de Tazem , , ,60 Fonte: Sector de Acção Social e Família Da análise do quadro anterior podemos verificar que a taxa de ocupação mais elevada no decorrer do ano 2009/2010 se verificou na Escola Secundária com 3º Ciclo de Gouveia (67,16) que é igualmente o estabelecimento com mais alunos matriculados no 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico. Este é também o estabelecimento de ensino onde se encontra um maior número de docentes e onde o número de alunos por professor é menor (2,82). A Escola Básica do 2º e 3º Ciclos de Vila Nova de Tazem é destes estabelecimentos o que tem maior capacidade, porém, tem o menor número de alunos o que faz com que tenha a menor taxa de ocupação (31,67). III Educação & Formação

69 2001/ / / / / / / / /2010 Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia Quadro III. 7 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO 2.º E 3.º CEB NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA Variação Ano de escolaridade 2003/ / / / / / / / /2010 5º ano ,91 6º ano ,69 Total ,75 7º ano ,16 8º ano ,61 9º ano ,46 Total ,85 Total ,60 Fonte: Sector de Acção Social e Família 69 Da análise da evolução do número de alunos matriculados neste nível de ensino, no Município, desde o ano lectivo 2003/2004 até ao ano lectivo 2009/2010 verifica-se que há uma diminuição em todos os anos. Assim, todas as variações são negativas perfazendo uma variação total de -43, Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem À semelhança do que acontece na análise global do Concelho também no Agrupamento de Vila Nova de Tazem ocorreu uma diminuição do número de alunos matriculados, à excepção do ensino pré-escolar que se reflecte neste quadro, devido ao elevado número de crianças que frequentam a Casa do Povo de Vila Nova de Tazem, IPSS que oferece resposta a crianças em idade pré-escolar. Quadro III. 8 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ALUNOS MATRICULADOS NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2001/2002 E 2009/2010 POR NÍVEL DE ENSINO Ano lectivo Educação Pré-escolar º CEB º CEB º CEB Total Na Educação Pré-escolar não se encontram contabilizados os estabelecimentos de ensino da rede particular. Fonte: Sector de Acção Social e Família Total III Educação & Formação

70 Capacidade Frequência Taxa de ocupação Nº de educadores Crianças por educador Total Com turma Sem turma Crianças por sala Recreio Cantina Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia No ano lectivo de 2005/2006 observou-se a inversão da tendência de descida que ocorreu ao longo de todos os anos lectivos. Se considerarmos os extremos do período em análise verifica-se que existem em 2009/2010 menos 173 alunos matriculados do que em 2001/ Educação pré-escolar Verificou-se desde o ano lectivo 2003/2004 uma redução de número de estabelecimentos de educação pré-escolar no Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem passando de quatro para apenas um, situado em Vila Nova de Tazem. Quadro III. 9 - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS INSCRITAS NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NO AGRUPAMENTO DE ESCOALS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2003/2004 E 2009/2010 POR FREGUESIA Freguesia 2003/ / / / / / /2010 Cativelos Lagarinhos Rio Torto Vila Nova de Tazem Total Fonte: Sector de Acção Social e Família Quadro III CARACTERIZAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR NA ZONA DE ABRANGÊNCIA DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM NO ANO LECTIVO DE 2009/2010 Nº de salas Estabelecimento de ensino JI Vila Nova de Tazem ,58 3 9, ,50 2 JI Casa do Povo de Vila Nova de Tazem ,38 2 9, ,50 1 Fonte: Sector de Acção Social e Família No ano lectivo de 2009/2010 existiam dois estabelecimentos de educação pré-escolar na zona de abrangência do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem. Ambas as respostas existentes se situam em Vila Nova de Tazem e são frequentadas por um total de 48 crianças tendo capacidade, cada uma delas, para 50 crianças. A maior taxa de ocupação verifica-se no Jardim-de-infância de Vila Nova de Tazem (0,58). III Educação & Formação

71 Escolas do 1. Ciclo do Ensino Básico Desde o ano lectivo de 2003/2004 o número de alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico tem diminuído, acompanhando a tendência do Agrupamento de Escolas de Gouveia. Destaca-se o encerramento do estabelecimento de ensino da freguesia de Cativelos que encerrou no ano lectivo de 2007/ Quadro III EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NO 1.º CEB EM ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO AGRUPAMENTO DE ESCOALS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS DE 2003/2004 E 2009/2010 Variação Freguesia 2003/ / / / / / / / /2010 Cativelos Lagarinhos ,71 Rio Torto ,75 Vila Nova de Tazem Total ,82 Fonte: Sector de Acção Social e Família A maior variação ocorreu na Escola do 1º Ciclo de Rio Torto (-68,75) o que corresponde a um decréscimo de 9 alunos. Na escola de Vila Nova de Tazem, verificou-se uma redução de 27 alunos quando comparamos o número de matrículas de 2003/2004 e 2009/2010. A esta redução corresponde uma variação de Escolas do 2. e 3. Ciclos do Ensino Básico A Escola do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico de Vila Nova de Tazem é um Estabelecimento de Ensino com 20 salas e capacidade para 480 crianças e foi frequentada no ano lectivo 2009/2010 por 152 jovens. A estes valores corresponde uma taxa de ocupação de 31,67. Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO 2.º E 3.º CEB NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM NO ANO LECTIVO DE 2009/2010 Estabelecimento de ensino Capacidade Frequência Taxa de ocupação Nº de professores Alunos por professor Nº de salas Alunos por sala EB2,3 de Vila Nova de Tazem , , ,60 Fonte: Sector de Acção Social e Família No 2º e 3º Ciclos do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem constata-se uma III Educação & Formação

72 redução do número de jovens com uma variação total de -47,96. No ano lectivo 2005/2006 verificouse um máximo de alunos (216 jovens) sendo o valor mínimo encontrado no ano lectivo de 2009/2010 (152 alunos). Quadro III EVOLUÇÃO NO NÚMERO DE CRIANÇAS MATRICULADAS NOS 2.º E 3.º CICLOS DO ENSINO BÁSICO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA NOVA DE TAZEM ENTRE OS ANOS LECTIVOS 2003/2004 E 2009/2010 Variação Ano de escolaridade 2003/ / / / / / / / /2010 5º ano ,90 6º ano ,38 Total ,64 7º ano ,82 8º ano ,14 9º ano ,26 Total ,31 Total ,96 Fonte: Sector de Acção Social e Família Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico No Município de Gouveia existe um estabelecimento do Ensino Secundário que se situa na sede de Concelho. Possui 21 salas, com capacidade para 588 alunos estando matriculados neste 366 alunos, observando-se uma taxa de ocupação de 57,14. Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO DO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Estabelecimento Taxa de Nº de Alunos por Pessoal Pessoal Alunos Capacidade Frequência de ensino ocupação professores professor técnico auxiliar Nº de salas por sala ES/3 Gouveia , , Fonte: Sector de Acção Social e Família A análise da evolução do ensino secundário apresentou, ao longo dos últimos anos, variações significativas tendo atingido o menor número de alunos matriculados no ano lectivo 2006/2007 (275 alunos) e o número máximo logo no início do período em análise, ano lectivo 2003/2004 (Quadro III.14). Comparando os extremos do período em análise verifica-se que houve um decréscimo de apenas 3 alunos (variação de -0,88) desde 2003/2004 até aos dados mais actuais (Quadro III.15). III Educação & Formação

73 Quadro III EVOLUÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA DE 2003/2004 A 2009/2010 Variação Ano de escolaridade 2003/ / / / / / / / / º ano ,98 11º ano ,14 12º ano Total ,88 Fonte: Sector de Acção Social e Família 73 O Quadro III.16 caracteriza a oferta educativa e formativa existente na Escola Secundária de Gouveia. Verifica-se que a maioria dos alunos está inserida nos cursos Científico-Humanísticos. Porém, existe também um número considerável de alunos que frequentam cursos profissionais na Escola Secundária de Gouveia. Quadro III CARACTERIZAÇÃO DA OFERTA FORMATIVA NA ES/3 DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Cursos Número de alunos Científico-Humanísticos Ciências e Tecnologia 163 Línguas e Humanidades 59 Sub-total 222 Tecnológicos Desporto 10 Sub-total 10 Técnico de Contabilidade 17 Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade 11 Cursos Profissionais Técnico de Energias Renováveis 28 Técnico de Electrónica, Automação e Computadores 16 Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos 24 Técnico de Instalações Eléctricas 8 Sub-total 104 Total 336 Fonte: Sector de Acção Social e Família 2.6. IG - Escola Profissional de Gouveia O IG Escola Profissional de Gouveia iniciou actividade em Desde então este estabelecimento de ensino procura proporcionar aos jovens do Concelho e oriundos de Concelhos vizinhos respostas educativas que respondam às necessidades do mercado local e regional, com uma forte componente prática através de protocolos com as empresas e instituições que proporcionam aos alunos a realização de estágios regulares. III Educação & Formação

74 Quadro III CARACTERIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO Estabelecimento de Taxa de Nº de Pessoal Pessoal Alunos por Alunos Capacidade Frequência ensino ocupação professores técnico auxiliar Nº de salas professor por sala Instituto de Gouveia - Escola Profissional , , ,90 Fonte: Sector de Acção Social e Família 74 O IG Escola Profissional constitui-se como o único estabelecimento de ensino profissional em funcionamento no Município de Gouveia. Com capacidade para 186 alunos, tinha inscritos no ano lectivo 2009/2010, 159 alunos o que conduz a uma taxa de ocupação de 85,48. Quadro III EVOLUÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE GOUVEIA DE 2003/2004 A 2009/2010 Variação Ano de escolaridade 2003/ / / / / / / / / º ano ,69 11º ano ,39 12º ano ,88 Total ,91 Fonte: Sector de Acção Social e Família Verifica-se no Quadro III.18 que o ensino profissional em Gouveia tem, no período em análise uma variação positiva (16,91), tendo no ano lectivo 2009/2010 o número máximo de alunos desde 2003/2004. Estes alunos estão distribuídos pelos três cursos que esta escola lecciona: 1) Animador Sociocultural, 2) Técnico de Informática de Gestão e 3) Técnico de Restauração. Quadro III ÁREA DE RESIDÊNCIA DOS ALUNOS QUE FREQUENTAM O ENSINO PROFISSIONAL Município Número de alunos Gouveia 49 Canas de Senhorim 1 Celorico da Beira 7 Fornos de Algodres 6 Guarda 7 Mangualde 13 Manteigas 5 Mealhada 1 Mêda 1 Oliveira do Hospital 25 Penalva do Castelo 1 Sabugal 4 III Educação & Formação

75 Seia 31 São Tomé e Príncipe 8 Total dos restantes Municípios 110 Total 159 Fonte: Sector de Acção Social e Família Como referido incialmente são vários os Concelhos representados neste estabelecimento de 75 ensino. Verifica-se não só a existência de jovens de Concelhos limítrofes mas também de outros mais distantes como por exemplo Oliveira do Hospital e Sabugal. De salientar também a existência de 8 jovens de São Tomé e Príncipe que escolheram este estabelecimento de ensino para completar o ensino secundário nesta vertente profissionalizante Curso de Educação e Formação para Jovens Esta é uma resposta educativa legislada desde 2004 e com a qual se pretende reduzir o número de jovens em situação de abandono escolar facilitando a transição para a vida activa. Através dos planos curriculares destes cursos procura-se que os jovens desenvolvam competências escolares, técnicas, sociais e relacionais com vista ao ingresso no mercado de trabalho. Quadro III CARACTERIZAÇÃO DOS CEFS NO CONCELHO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Estabelecimento de ensino Curso Número de alunos ES/3 Gouveia Electricista de Instalações 9 EB2,3 Vila Nova de Tazem Hidrobalneoterapia 10 Silvicultura e Caça 9 Total 28 Fonte: Sector de Acção Social e Família Verifica-se que no decorrer do ano lectivo 2009/2010 existiam três turmas de Cursos de Educação e Formação no Concelho de Gouveia. Duas destas estão implementadas na EB2,3 de Vila Nova de Tazem e a outra na ES/3 de Gouveia. No total estão matriculados 28 jovens. III Educação & Formação

76 2.8. Necessidades Educativas Especiais O conceito de Necessidades Educativas Especiais é um conceito relativamente recente no panorama educativo nacional, foi inicialmente legislado pelo Decreto de Lei nº 319/91 de 23 de Agosto e encontra-se actualmente legislado pelo Decreto de Lei nº 3/2008 que define entre outros aspectos, os apoios a prestar, tal como, os objectivos a cumprir. 76 No que concerne às linhas directivas o Ministério da Educação tem procurado abranger essencialmente: o investimento na organização do sistema e em equipamento; o aumento do número de docentes de educação especial em função das necessidades; a formação de professores e pessoal não docente, articulada com instituições de ensino superior; a criação de uma rede de escolas, de agrupamentos de referência e de unidades de apoio especializadas; o aumento do número de técnicos especializados; a criação de centros de recursos TIC [tecnologias de informação e comunicação]; a acreditação de centros de recursos para a inclusão (CRI) por reorientação das escolas especiais; a elaboração e homologação de um programa curricular de Língua Gestual Portuguesa; a elaboração e homologação de um programa curricular de Português Língua Segunda para Alunos Surdos; a atribuição de produtos de apoio (software) aos alunos com necessidades especiais; o aumento do número de manuais escolares em formatos acessíveis a alunos com necessidades educativas especiais. Quadro III DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO CONCELHO DE GOUVEIA NO ANO LECTIVO 2009/2010 Nível de ensino Freguesia Estabelecimento de ensino Número de alunos Arcozelo EB1/JI Arcozelo 0 Figueiró da Serra EB1/JI Figueiró da Serra 0 Folgosinho EB1 Folgosinho 1 Lagarinhos EB1 Lagarinhos 0 Melo EB1 Melo 0 1º CEB Moimenta da Serra EB1/JI Moimenta da Serra 3 Nabais EB1/JI Nabais 0 Nespereira EB1 Nespereira 0 Paços da Serra EB1/JI Paços da Serra 0 Ribamondego EB1 Ribamondego 0 Rio Torto EB1 Rio Torto 1 III Educação & Formação

77 2º e 3º CEB São Julião EB1 São Julião 7 São Paio EB1 São Paio 2 São Pedro EB1 São Pedro 18 Vila Cortês da Serra EB1 Vila Cortês da Serra 2 Vila Franca da Serra EB1/JI Vila Franca da Serra 0 EB1 Tazem 1 Vila Nova de Tazem EB1 Vila Nova de Tazem 10 Vinhó EB1/JI Vinhó 0 Sub-total 45 São Julião EB2 Gouveia 13 ES/3 Gouveia 5 Vila Nova de Tazem EB2,3 Vila Nova de Tazem 13 Sub-total 31 Total 76 Fonte: Sector de Acção Social e Família 77 O Quadro III.21 apresenta a distribuição dos alunos com necessidades educativas especiais nos 3 níveis de ensino básico, num total de 76 crianças. Dos dados apresentados sobressai a Escola Básica do 1º Ciclo de São Pedro onde estão identificados 18 crianças com NEE. 3. FORMAÇÃO DESTINADA A JOVENS E ADULTOS Segundo a declaração de Hamburgo, escrita em 1997 na V Conferência Internacional de Educação de Adultos: "A Educação de Adultos deverá reflectir sobre a riqueza da diversidade cultural, respeitar o saber tradicional e autónomo e os seus sistemas de aprendizagem." Entre os objectivos da educação de adultos destaca-se a possibilidade de assegurar a escolaridade, dando uma segunda oportunidade aos que dela não usufruíram, aos que abandonaram precocemente o sistema educativo e aos que a procuraram por razões de promoção cultural e profissional, combater o analfabetismo literal e funcional; desenvolver a capacidade para o trabalho através de uma preparação adequada às exigências da vida activa; promover o desenvolvimento e a actualização de conhecimentos e de competências em substituição ou complemento de educação escolar; promover a ocupação criativa e formativa dos tempos livres. Por seu lado, a oferta de ensino socioprofissional tem também vindo a manter-se como uma importante via de formação e especialização em diferentes áreas. Este tipo de formação tem como objectivo principal a aquisição e desenvolvimento de competências profissionais, pessoais e sociais com vista à sua integração no contexto socioeconómico da região. No Concelho de Gouveia existem diversas entidades promotoras de formação profissional. No decorrer do ano de 2010 o Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, a Associação de III Educação & Formação

78 Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela (ADRUSE), a Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG) e o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta destacam-se pela oferta que proporcionaram e pelo número de sujeitos envolvidos. São esses dados que se apresentam em seguida. Em seguida são elencadas as respostas existentes no Concelho, no ano de Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela (ADRUSE) A ADRUSE promove cursos de formação desde 1995, com maior incidência na formação profissional agrária e temáticas associadas. As acções formativas promovidas por esta entidade no ano de 2010 são apresentadas no quadro seguinte. Quadro III ACÇÕES DE FORMAÇÃO REALIZADAS EM GOUVEIA PELA ADRUSE NO ANO DE 2010 Curso Curso EFA B1+B2 Operador de Jardinagem Número de alunos Inscritos 15 Certificados 12 Fonte: ADRUSE Centro Novas Oportunidades (CNO) ADRUSE O CNO é um centro que acolhe e orienta adultos maiores de 18 anos que não possuam o 4.º, 6.º, 9.º ou 12.º anos de escolaridade. Tem como objectivos reconhecer, validar e certificar competências que foram adquiridas ao longo da sua experiência de vida nos mais variados contextos (na família, no local de trabalho, em actividades lúdicas e sociais). O processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) consiste em: 1. Identificação das competências e conhecimentos que o adulto adquiriu durante a sua vida (pessoal, social e profissional), com base na elaboração da sua história de vida/dossier pessoal, através de diversas actividades, em sessões individuais e colectivas. Sendo o principal objectivo a identificação das competências do adulto em quatro áreas: linguagem e comunicação, matemática para a vida, tecnologias da informação e comunicação e cidadania e empregabilidade (definidas no referencial de competências-chave, do Ministério da Educação). 2. Formações Complementares: quando as competências demonstradas pelo adulto nas quatro áreas não correspondem ao exigido, de acordo com o referencial do Ministério da Educação. Deste III Educação & Formação

79 modo o adulto poderá ter algumas horas (25 horas no máximo) de formação nas áreas em que for necessário. 3. Validação e Certificação: consiste na avaliação dos conhecimentos do adulto nas quatro áreas referidas, e consequente registo, numa carteira pessoal de competências-chave (validação) e, quando for caso disso, emissão de um certificado do 4.º, 6.º ou 9.º ano (certificação). 79 Esquema III. 1 - FLUXOGRAMA DAS ETAPAS DE INTERVENÇÃO NOS CENTROS NOVAS OPORTUNIDADES Fonte: Gomes e Simões, 2007, p. 20 Quadro III ADULTOS INSCRITOS EM RVCC NA ADRUSE EM 2010 Processo Número de alunos Inscritos 90 Em reconhecimento 77 1º CEB (B1) 1 2º CEB (B2) 6 Certificados 3º CEB (B3) 33 Secundário 43 Fonte: ADRUSE No Quadro III.23 pode-se constatar que se encontravam inscritos, em 2010, 90 indivíduos, 77 dos quais em processo de reconhecimento. Foram já certificados pelo CNO da ADRUSE 83 sujeitos, a maioria destes no nível secundário e do 3º Ciclo do Ensino Básico. III Educação & Formação

80 3.2. Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia (IEFP) O Centro de Emprego e Formação Profissional, sediado em Seia, assume-se como principal entidade formadora e promotora do Concelho de Gouveia. No âmbito da formação, o Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, aposta na qualificação dos recursos humanos, com particular relevância na elevação das qualificações da população activa. Esta é uma das suas prioridades por se considerar que a melhoria dos níveis de qualificação se revela de importância estratégica para sustentar um novo modelo de desenvolvimento, baseado na inovação e no conhecimento, assegurar a renovação do modelo competitivo da nossa economia e promova uma cidadania de participação. Os dados apresentados dizem respeito à formação realizada pelo Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, não distinguindo os formandos residentes no Concelho de Gouveia. 80 Quadro III ACÇÕES FORMATIVAS DESENVOLVIDAS PELO CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEIA EM 2010 ACÇÕES SUBMETIDAS A FINANCIAMENTO Número de Formandos Volume de Formação Medida Aprendizagem Medida Educação e Formação de Jovens Medida Educação e Formação de Adultos Medida 106 Formação Modular Certificada Sub-Total ACÇÕES NÃO ELEGIVEIS Formação Contínua de Formadores Total Fonte: Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia No quadro anterior destaca-se a não existência de acções não submetidas a financiamento. No que diz respeito à medida 101 Cursos de Aprendizagem são cursos de formação profissional inicial, em alternância, dirigidos a jovens, privilegiando a sua inserção no mercado de trabalho e permitindo o prosseguimento de estudos. Através desta medida foram abrangidos 61 formandos. A medida 102 Cursos de Educação e Formação para Jovens tem por objectivo dar resposta a um elevado número de jovens em situação de abandono escolar e em transição para a vida activa. Estes cursos visam a recuperação dos défices de qualificação, escolar e profissional, destes públicos, através da aquisição de competências escolares, técnicas, sociais e relacionais, que lhes permitam ingressar num mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Assim, destinam-se a jovens, candidatos ao primeiro emprego, ou a novo emprego, com idade igual ou superior a 15 anos e III Educação & Formação

81 inferior a 23 anos, à data de início do curso, em risco de abandono escolar, ou que já abandonaram a via regular de ensino e detentores de habilitações escolares que variam entre o 6.º ano de escolaridade, ou inferior e o ensino secundário. Foram abrangidos por esta medida, no ano de 2010, 19 jovens. No que concerne à medida 105 Educação e Formação para Adultos foram abrangidos 451 indivíduos. Estes cursos visam elevar os níveis de habilitação escolar e profissional da população portuguesa adulta, através de uma oferta integrada de educação e formação que potencie as suas condições de empregabilidade e certifique as competências adquiridas ao longo da vida. Destina-se a sujeitos com idade igual ou superior a 18 anos à data de início da formação, sem a qualificação adequada para efeitos de inserção ou progressão no mercado de trabalho ou sem a conclusão do ensino básico ou do ensino secundário. Relativamente à Medida Formação Modular Certificada, esta, tem como objectivo o desenvolvimento de um suporte privilegiado para a flexibilização e diversificação da oferta de formação contínua, integrada no Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ), com vista ao completamento e à construção progressiva de uma qualificação profissional. Esta formação propõese a colmatar algumas lacunas de conhecimentos verificadas, pelos candidatos, no decurso da respectiva actividade profissional. Foram envolvidos nesta medida 1116 indivíduos. Finalmente, a Formação Contínua de Formadores apresenta-se como tendo um carácter estratégico no desenvolvimento. No caso da Educação/Formação, esta asserção ganha particular acuidade porque é dos profissionais e da sua prestação que dependem, em grande medida, os resultados e o sucesso que se deseja. Foram abrangidos 30 profissionais Centro Novas Oportunidades (CNO) O CNO do Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia tem como missão disponibilizar quer aos activos empregados, quer aos desempregados uma oportunidade de certificação e/ou de qualificação das competências, conhecimentos e aprendizagens adquiridas ao longo da vida, de nível básico e secundário, adequada ao seu perfil e às suas necessidades, no âmbito da sua área territorial de intervenção. Para isso o CNO adopta uma estratégia de actuação que procura promover novos métodos e processos de aprendizagem respondendo às necessidades dos adultos com baixos níveis de qualificação escolar e profissional e com dificuldades de inserção no mercado de trabalho, valorizando a aprendizagem ao longo da vida com destaque para os desempregados de longa duração III Educação & Formação

82 e públicos desfavorecidos. A área de actuação deste CNO, caracteriza-se em termos de população adulta pela existência de baixos níveis de escolaridade e qualificações profissionais, situação esta, típica das regiões do interior, para as quais são necessárias respostas adequadas de proximidade. No que respeita ao RVCC profissional as metas previstas têm a ver com diversas saídas profissionais, nomeadamente: acompanhantes de crianças, assistentes de acção educativa, agentes de geriatria, cozinheiro e serviço de mesa. As opções no âmbito do RVCC PRO fundamentam-se no facto de nos dois Concelhos da área de intervenção do Centro (Gouveia e Seia) existirem um significativo número de unidades de apoio à criança e ao idoso bem como uma quantidade significativa de espaços de restauração cujos profissionais não estão certificados profissionalmente, pretendendo as entidades patronais procederem à referida certificação. No quadro III.24 são apresentados os dados quantitativos do CNO do Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, no qual se inserem também indivíduos do Concelho de Gouveia. 82 Quadro III INSCRITOS NO CNO DO CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE SEIA (ATÉ MAIO DE 2011) Nível Situação Formandos Básico + Secundário Profissional Inscritos 965 Processos 792 Certificados 139 Inscritos 104 Processos 154 Certificados 53 Fonte: Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia 3.3. Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG) A ABPG, considerada a maior associação especializada da região na integração e reabilitação profissional das pessoas portadoras de deficiência, tem também desenvolvido acções de formação para pessoas em situação de exclusão, desempregos de longa duração ou com dificuldades de aprendizagem de aprendizagem, como se pode observar nos quadros seguintes. III Educação & Formação

83 Quadro III QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COM PROGRAMA ESCOLAR EM NÚCLEO DE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL Cursos/Secções de Formação Duração População-alvo Total de Formandos Carpintaria Costura Até 4 anos: - orientação Cozinha vocacional; Idades iguais Mesa e bar - 1. ano de ou superiores a Ajudantes de quartos e manutenção e limpeza qualificação; anos; Jardinagem - 2. ano de jovens e adultos Lavagem e lubrificação qualificação; com deficiência Pastelaria e padaria - estágio. Auxiliar de serviços administrativos Fonte: Associação de Beneficência Popular do Gouveia 83 População alvo Utentes maiores de 15 anos portadores de deficiências moderadas e graves Quadro III CENTRO DE ACTIVIDADES OCUPACIONAIS Nº de Objectivos utentes - Rentabilização das capacidades físicas, sensoriais, cognitivas e psicossociais individualizadas e de grupo. - Promoção da interacção social no grupo e na comunidade Desenvolvimento de competências relativas ao funcionamento independente nas actividades da vida diária. - Processo contínuo em estreita colaboração com as famílias. Fonte: Associação de Beneficência Popular do Gouveia A ABPG é uma IPSS em grande parte destinada a pessoas com deficiência e, como tal, as suas instalações não possuem barreiras arquitectónicas e têm um número significativo de ajudas técnicas. Existem sete salas de actividades ocupacionais, ateliers de cerâmica, fotografia, tecelagem e reciclagem de papel, sala de tecnologias de informação, gabinete médico e de enfermagem e sala de relaxamento. Quadro III EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS EM QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL COM PROGRAMA ESCOLAR Nº de Acções População-Alvo Objectivos Utentes Curriculum alternativo de 1. e 2. ciclo do ensino básico no âmbito do ensino recorrente Projecto de transição para a vida activa Utentes maiores de 16 anos, que frequentam a reabilitação profissional e as actividades ocupacionais Alunos com necessidades educativas especiais entre os 12 e os 16 anos que frequentam a Escola EB2,3 de Gouveia e a Secundária Obter a escolaridade ao nível do 1. ciclo do ensino básico - Promover o desenvolvimento da autonomia pessoal e social. Suscitar outras perspectivas de inserção na vida activa. III Educação & Formação

84 Educação extra escolar Utentes maiores de 15 anos com deficiência, baixo nível de escolaridade e em processo de socialização Fonte: Associação de Beneficência Popular de Gouveia 13 - Permitir aumentar os conhecimentos e desenvolver as potencialidades em complemento da formação escolar Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta O Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta, em articulação com o Inovinter proporcionam no Concelho de Gouveia uma vasta oferta formativa. No quadro seguinte podemos verificar as características referentes ao plano da formação no âmbito das acções promovidas por esta entidade. Quadro III RESPOSTAS FORMATIVAS DO SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SECTOR TÊXTIL DA BEIRA ALTA Designação da Acção de Formação Destinatários Nº de Formandos Carga Horário Processador de Texto - Processamento e Edição Empregados Folha de Cálculo - Operação e Programação Empregados Primeiros Socorros - Tipos de Acidentes e Formas de Actuação Empregados Servidores de Web e acesso à Internet Empregados Internet Evolução Empregados Sistema de Gestão de Bases de Dados (SGBD) Empregados Sistema e normalização contabilística Empregados Língua Espanhola - Informação Empregados Internet- Navegação Empregados Técnico /a de Acção Educativa Desempregados Internet- Navegação Empregados Saúde da Pessoa Idosa - Prevenção de problemas Empregados Introdução ao Código de contas e Normas contabilísticas Empregados Técnicas de Socorrismo Empregados Internet Evolução Empregados Fonte: Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Alta 4. OUTRAS ENTIDADES/ACÇÕES FORMATIVAS A Associação Comercial de Gouveia, Seia e Fornos de Algodres, tem como objectivo a promoção de políticas empresariais orientadas para a qualidade, para a produtividade e para a modernização empresarial. No que diz respeito à formação, esta entidade, implementou no ano III Educação & Formação

85 de 2010 acções formativas destinadas às pequenas e médias empresas. A Cáritas Paroquial de Gouveia, tem como objectivo melhorar os serviços prestados pelas respostas sociais existentes, com vista à satisfação das necessidades de famílias vulneráveis. A Cáritas Paroquial de Gouveia a nível da educação e formação disponibiliza aos jovens e famílias beneficiárias apoio a nível do estudo. Com o objectivo de promover competências pessoais e sociais nos seus utentes organiza pontualmente formações. A Fundação D. Laura dos Santos, usufrui de uma unidade formativa com o objectivo de complementar o serviço de acção social e destina-se quer à qualificação dos seus funcionários, quer a fornecer formação escolar e profissional a públicos desfavorecidos possibilitando-lhes uma mais fácil inserção no mercado de trabalho. Durante o ano de 2010 esta entidade teve apenas uma formação que terminou em Fevereiro desse mesmo ano. A Fundação Aurora Borges (St.ª Marinha - Seia), apesar de ser uma IPSS do Concelho vizinho, recebe indivíduos do Concelho de Gouveia para integrarem esses cursos de formação mas que no entanto não podemos quantificar. Esta Fundação desenvolve cursos de formação profissional com vista à qualificação de públicos desfavorecidos Actividades de Leitura Esta acção surge através de uma parceria entre a Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira Gouveia e a Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Gouveia, no sentido de promover a leitura explorando o texto dramático, poético e literário nos estabelecimentos de educação pré-escolar e nas escolas do 1.º ciclo do ensino básico do Agrupamento Escolas de Gouveia, durante o ano lectivo 2010/2011. Neste sentido, são trabalhadas obras de autores portugueses que fazem parte do Plano Nacional de Leitura e outros textos considerados importantes nesta acção. A equipa dinamizadora é constituída por uma Educadora de Infância e uma Técnica Superior de Biblioteca. A equipa é apoiada através de uma parceria pelo Grupo Aprender em Festa na cedência de viatura e pelo Município de Gouveia no apoio ao combustível. III Educação & Formação

86 4.2. Acções no âmbito da Saúde Desenvolvidas em Contexto Escolar No âmbito das prioridades estabelecidas pelo Centro de Saúde são desenvolvidas actividades de promoção da saúde na escola como a saúde oral e nutrição. Estas actividades são apresentadas em maior detalhe no Capítulo III Saúde OUTRAS ACÇÕES FORMATIVAS Através do projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais programa operacional de respostas integradas IDT, o GAF proporcionou formação a 44 técnicos, Professores e Auxiliares de Acção Educativa no âmbito de programas de prevenção e treino de competências pessoais, sociais e parentais (Programa Mais Jovem Mais e Programa Mais Família Mais ambos da autoria da Professora Doutora Maria Filomena Gaspar da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação de Coimbra). III Educação & Formação

87 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas A reestruração da rede escolar do Concelho, nos últimos anos, levou ao encerramento de diversas escolas o que obriga as crianças a deslocarem-se. Estabelecimentos de ensino com materiais e equipamentos desatualizados face à nova visão da educação. 87 Desafios Optimizar recursos para que o transporte das crianças deslocadas seja feito no mínimo de tempo possível e decorra em condições de segurança, deslocando as crianças para as escolas de acolhimento mais próximas da sua residência. Proporcionar respostas e condições de acolhimento às crianças deslocadas, durante o período de almoço e após o términus das actividades. Condições de Funcionamento e Organização das Escolas Dotar os estabelecimentos de ensino de novos materiais e equipamentos adequados às crianças e às novas exigências do processo educativo, salvaguardando a possibilidade desses equipamentos poderem ser transportados para os estabelecimentos onde se fizer sentido a sua necessidade (caso se verifique o encerramento dos estabelecimentos onde se efectuou o investimento). III Educação & Formação

88 Problemáticas Falta de diversificação das ofertas formativas de forma a que estas respondam às necessidades locais. Insuficiente rede de transportes que responda às necessidades dos formandos que necessitam deslocar-se para Seia. Situação económica das familias (40% dos alunos do agrupamento de escolas de Gouveia beneficiam de auxilios económicos). Falta de emprego desemprego com níveis acentuados. 88 Desafios Criar uma maior interligação entre as escolas do Agrupamento, IG - Escola Profissional, Centro de Emprego de Seia (IEFP), entidades empregadoras do Concelho e áreas envolventes, com o objectivo de se criarem locais de estágio onde os alunos possam desenvolver as competências práticas mais direccionadas para o mercado de trabalho. Desenvolver a rede de transportes local. Processo Educativo e Inserção Profissional Facilitar a comunicação entre os agentes educativos de modo a que possam oferecer uma melhor resposta à população, evitando, também a duplicação das mesmas. Incentivar as empresas onde os alunos fazem os estágios a empregarem os mesmos. Fomentar a capacidade empreendedora dos jovens. III Educação & Formação

89 Problemáticas O abandono/absentismo escolares continuam a ser uma realidade principalmente nos jovens que frequentam o 3º Ciclo e Secundário. Abandono escolar precoce, principalmente, por jovens de etnia cigana, sendo mais significativo pelas raparigas. 89 Abandono e Absentismo Escolar Desafios Criar uma turma PIEC que se apresente como uma opção mais motivadora para jovens em abandono e absentismo escolares. Motivar e encaminhar jovens que pretendam abandonar os estudos após concluírem o 2º/3.º Ciclos para cursos profissionais. Procurar respostas ao nível do ensino socio-profissional para franjas da população que não têm respostas na oferta formativa que exista no Concelho. Promover e valorizar a educação formal e não formal, assim como criar respostas profissionais qualificantes. Proporcionar actividades entregadoras, orientadas para troca de saberes, que permitam desenvolver nos alunos o espirito de iniciativa, criatividade, o pensamento critico, a responsabilidade, a organização e a autonomia. Garantir apoio pedagógico acrescido a todos os alunos sinalizados pelos conselhos de turma, ou pelo professor titular de turma. Dinamizar o gabinete de atendimento/apoio ao aluno existente no agrupamento. Dar respostas adequadas em 24 horas às solicitações direccionadas no âmbito do Projecto Quero Ajuda. Co-responsabilizar os pais pelo processo educativo dos filhos. III Educação & Formação

90 IV ACÇÃO SOCIAL Acção social é um comportamento humano, é uma atitude interior ou exterior voltada para acção ou privação. Esse comportamento só é acção social quando o protagonista atribui a sua conduta a um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas. (Max Weber) 90 As alterações verificadas na sociedade dos nossos dias, trazem problemas e necessidades que exigem formas diferentes de olhar e actuar no social, apelando ao esforço de todos e à utilização das várias energias positivas, no sentido da melhoria das condições de vida dos cidadãos. Atento aos novos desafios sociais, reflectidos na vulnerabilidade de determinados grupos da população, como é o caso das pessoas idosos, com deficiência ou incapacidades, crianças e jovens, entre outros, o Município de Gouveia tem procurado ser um agente fundamental na aplicação de políticas de protecção social, desempenhando um papel fulcral na elaboração de estratégias de desenvolvimento social integrado e na criação de respostas inovadoras e sustentáveis. Este trabalho social, que só é possível com base na criação de sinergias, é potenciado e enriquecido pela existência de uma cobertura significativa de resposta sociais diversificadas criadas por diferentes instituições. Neste capítulo são caracterizados os grupos considerados especialmente vulneráveis, assim como as principais respostas sociais dirigidas aos mesmos. Contudo, salienta-se que estes grupos não são homogéneos, partindo do princípio de que a vulnerabilidade constitui um traço comum da condição humana e que, em rigor, todos somos sujeitos de ajuda. IV Acção Social

91 1. IDOSOS Deixemo-nos de batota. O sentido da vida está em causa no futuro que nos espera. Não sabemos quem somos, se ignorarmos quem seremos: reconheçamo-nos neste homem ou nesta mulher idosa. (Beauvoir, 1979) 91 As sociedades actuais, dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, deparam-se com um novo desafio, o envelhecimento demográfico. O número de pessoas idosas está a aumentar vertiginosamente em relação ao número de jovens. Esta realidade deve-se essencialmente a dois factores: ao aumento da esperança média de vida e à diminuição das taxas de fecundidade e natalidade. Este é um fenómeno incontornável que encerra em si várias consequências que abrangem áreas tão distintas, mas ao mesmo tempo, com relação imediata, como a família, a política, a economia, a saúde e a educação. O envelhecimento demográfico tem sido alvo de um olhar atento por parte da União Europeia e da ONU, que têm procurado analisar e reflectir sobre este facto, criando directrizes que levem os países a criar medidas para que o envelhecimento deixe de ser visto como uma adversidade, mas que se torne uma oportunidade. Contudo, apesar das directrizes criadas os nossos idosos continuam a integrar o núcleo das chamadas populações em risco. A população idosa continua a ser alvo de exclusão social e pobreza extrema. De salientar que os idosos portugueses são os quartos mais pobres da União Europeia, registando-se ainda em Portugal, um incremento dos episódios de violência contra esta faixa etária, como indica o relatório "Primavera 2009", do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), que refere que, apesar das respostas sociais terem vindo a aumentar, estão muito longe de corresponder às reais necessidades. Os idosos portugueses continuam a ser uma população desfavorecida e vulnerável e como é característico deste tipo de populações, o exercício da sua cidadania é exíguo. IV Acção Social

92 1.1. Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Segundo os dados dos Censos de 2001 existiam no Concelho de Gouveia 4505 pessoas idosas, número que diminuiu para 4260 nas estimativas do INE datadas de 31/12/2008 (1732 indivíduos do género masculino e 2528 do género feminino). 92 Gráfico IV. 1 - DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 65 ANOS POR FREGUESIA Fonte: INE Censos de Instituições e Respostas Existentes Ao longo dos últimos anos o número de respostas sociais de apoio às pessoas idosas registou um ligeiro aumento, existindo em Gouveia uma grande diversidade de respostas dirigidas a este grupo-alvo, nomeadamente: IV Acção Social

93 Apoio Domiciliário assegura a prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a idosos quando, por motivo de doença, deficiência ou outros impedimentos, não possam assegurar, temporária ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária. Centro de Dia desenvolvido em infra-estrutura específica, assegura um conjunto de 93 serviços (refeições, convívio/ocupação, cuidados de higiene, tratamento de roupa, férias organizadas) que contribui para a manutenção dos idosos no seu meio sociofamiliar. Lar equipamento de alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou de autonomia. Centro de Noite desenvolvido em infra-estrutura específica é uma resposta social que tem por finalidade o acolhimento nocturno de idosos com autonomia, que por vivenciarem situações de solidão, isolamento ou insegurança necessitam de suporte e acompanhamento durante a noite. Quadro IV. 1 - IPSS COM RESPOSTAS DE APOIO À POPULAÇÃO IDOSA EXISTENTES NO CONCELHO DE GOUVEIA Frequência Freguesia Instituição Respostas sociais Acordo (Dez.2010) Aldeias Arcozelo Cativelos Figueiró da Serra Freixo da Serra Liga Humanitária Social Cultural das Aldeias Centro de Assistência Cultural e Recreativa do Arcozelo Associação de Beneficência Popular de Gouveia Centro Social Paroquial de Figueiró da Serra Comissão de Melhoramentos do Freixo da Serra Centro de Dia SAD Centro de Noite 9 9 Lar de Idosos Centro de Dia 10 8 SAD Lar de Idosos Centro de Dia 5 3 Centro de Dia 4 1 SAD Lar de Idosos Centro de Dia 2 5 Folgosinho Associação Lar de Folgosinho Lar de Idosos Lagarinhos Associação de Beneficência Cultural Recreativa de Lagarinhos Centro de Dia SAD Melo Associação Beneficência Cultural Recreativa de Melo Lar de Idosos Centro de Dia IV Acção Social

94 SAD Moimenta da Serra Nabais Fundação D. Laura dos Santos Centro Social Paroquial de Nabais Lar de Idosos Lar para idosos dependentes Centro de Dia 6 6 Lar de Idosos Centro de Dia 5 4 SAD Lar de Idosos Nespereira Paços da Serra Ribamondego Rio Torto S. Julião S. Paio S. Pedro Vila Cortês da Serra Vila Franca da Serra Vila Nova Tazem Associação Amigos de Nespereira Centro de Assistência Cultura e de Recreio de Paços da Serra Liga Amigos de Ribamondego Associação de Beneficência Popular de Gouveia Associação de Beneficência Popular de Gouveia Liga Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio Fundação a Nossa Casa Santa Casa da Misericórdia de Gouveia Associação de Voluntários de Acção Social de Vila Cortês da Serra Centro de Assistência e Cultura de Vila Franca da Serra Centro Social Paroquial N.ª Sr.ª da Assunção Centro de Dia 10 6 SAD SAD Lar de Idosos Centro de Dia 5 3 SAD Lar de Idosos Centro de Dia 2 1 SAD 10 8 Centro de Dia SAD 10 7 Lar de Idosos SAD 4 3 Centro de Dia SAD Lar de Idosos Centro de Noite Centro de Dia 7 5 SAD Centro de Dia 8 8 SAD Lar de Idosos Centro de Dia 5 5 SAD Lar de Idosos Vinhó Centro Social Paroquial de Vinhó Centro de Dia 8 8 SAD Total de respostas 14- Lares de 18-Centros 2-Centro de 17- SAD 1-Acamados Idosos de Dia Noite Total de utentes com apoio Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia IV Acção Social

95 Comparativamente aos dados do último Diagnóstico Social de Gouveia verifica-se que houve um aumento do número de respostas que prestam apoio à população idosa, observando-se um incremento de 43 para 52 respostas. Constata-se, também, que são as respostas sociais de Lar de Idosos e de Serviço de Apoio Domiciliário que integram um maior número de idosos, beneficiando das mesmas 346 e 283 indivíduos respectivamente. Paralelamente pode-se aferir que as respostas sociais que existem em maior número de instituições são os Centros de Dia (16 instituições), os Serviços de Apoio Domiciliário (16 instituições) e os Lares de Idosos (13 instituições). Contudo, apesar do número de respostas terem aumentado, verifica-se que o número de idosos que usufruem destas não sofreu alteração (2004 apoiados 803 idosos e em 2010 apoiados 802 idosos) Outras iniciativas/respostas de apoio à população idosa Cáritas Paroquial de Gouveia É uma instituição oficial da Igreja que presta apoio a idosos em situação de carência económica, entre outros, através da cedência de bens alimentares, vestuário e equipamentos, promovendo também a realização de visitas domiciliárias. Esta instituição é igualmente, responsável pela organização anual do encontro Luta Contra a Solidão Centro de Recursos para Dependentes do GAF Centro criado com a finalidade de cedência, mediante prescrição médica, de equipamentos médicos ou de apoio a idosos ou pessoas carenciadas, que após internamento necessitam de equipamento adequado para a sua reabilitação em casa. IV Acção Social

96 2. DESEMPREGADOS "O desemprego é uma violência e a raiz de quase todos os males. Desempregada, a pessoa sente-se humilhada, inferiorizada e atingida na sua honra e dignidade". (Luíza Erundina) 96 Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) agência das Nações Unidas, o conceito de desempregado segue regras bem definidas, que estão expressas na secção de conceitos da presente publicação. O conceito retém a intersecção de três situações: 1) não tem um trabalho, remunerado ou não; 2) tem disponibilidade para trabalhar; 3) fez diligências para encontrar emprego. Uma pessoa que declare ter trabalhado pelo menos uma hora durante a semana de referência, ou que esteja temporariamente fora do trabalho (e.g., férias) está classificada como empregada. Também são consideradas empregadas aquelas pessoas que estão em cursos de formação profissional remunerados ou pessoas que efectuam trabalho não remunerado no negócio de um indivíduo com o qual tem laços familiares e que pertence ao mesmo agregado familiar. Aqueles que não estão empregados mas que não cumprem os critérios associados ao conceito de desemprego, são considerados inactivos. O desemprego, que segundo o INE apresentou no primeiro trimestre de 2011 uma taxa de cerca de 12%, tem sido um dos maiores problemas sociais actualmente enfrentados no nosso país. Esta realidade, espelhada no nosso Concelho no crescente número de desempregados, possui graves consequências que podem ser devastadoras, tanto do ponto de vista da pessoa desempregada, da família, como do ponto de vista, social, económico e político Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Com o encerramento de diversas fábricas, essencialmente da indústria têxtil, verificou-se no Concelho de Gouveia, um aumento do número de desempregados, à semelhança do que vem acontecendo em todo o país. Deste Concelho estão inscritos no Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, 871 indivíduos em situação de desemprego. A caracterização detalhada deste grupo pode ser consultada no Capítulo VI Emprego e Actividades Económicas. IV Acção Social

97 2.2. Instituições e Respostas Existentes a) Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia O CEFP de Seia disponibiliza actualmente um conjunto de medidas, no âmbito do emprego e formação profissional, direccionadas para diversos públicos. Neste sentido, esta entidade tem promovido várias medidas com vista à integração no mercado de trabalho, em parceria com instituições e empresários locais, entre as quais se destacam: 97 Incentivos à Mobilidade Geográfica pretendem incentivar a deslocação dos desempregados e respectiva família de zonas de elevadas taxas de desemprego para zonas de elevados índices de emprego. Programa Estágios Profissionais aperfeiçoar competências socioprofissionais dos jovens desempregados, de forma a facilitar a sua transição para o mercado de trabalho. Contratos de Emprego (Inserção e Inserção +) potenciar a melhoria das competências socioprofissionais dos desempregados e dos desempregados beneficiários do rendimento social de inserção e proporcionar uma aproximação ao mercado de trabalho, mantendo-os em contacto com outros trabalhadores e outras actividades. Bolsa de formação da iniciativa do trabalhador melhorar as condições de empregabilidade e de realização do trabalhador, através da frequência de acções de formação contínua, com salvaguarda do normal funcionamento da empresa. Criação do próprio emprego: o Programa vida-emprego permitir ao indivíduo equacionar a reinserção social e profissional como parte do seu processo de tratamento, quer através da participação num estágio de integração socioprofissional, quer da criação do próprio emprego; o Empresas de inserção permitir a aquisição e o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais através do exercício de uma actividade profissional. IV Acção Social

98 3. CRIANÇAS E JOVENS O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade. (Karl Mannheim) O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu carácter. (Sócrates) 98 Quando de manhã cedo muito carinhosamente o vou acordar, depressa os seus olhos, meio fechados, ainda um pouco ensonados, formam um olhar intenso, ficando enormes com o seu sorriso. É logo neste primeiro momento do dia que descubro algo de muito valioso que uma criança pode ensinar a um adulto, estar feliz e contente sem precisar de um grande motivo. Depressa se ocupa de alguma coisa, vai beber o leite, aproveita para brincar, para falar e logo aprendo outra coisa importante de uma criança, estar sempre ocupado com alguma coisa, ensinandonos que é em vão que perdemos tempo com coisas inúteis e preocupações excessivas. Depois, no caminho para a escola, olho-o tão pequeno - é ainda o meu Bebé, olho aquele Bebé de mochila às costas, quase tão grande como ele e mais uma vez ele ensina-me uma nova coisa, que podemos desempenhar por gosto todas as nossas tarefas diárias, ainda que não façamos o que gostaríamos mais de fazer na vida. E, lá vai ele com uma grande expressão de felicidade. É então que penso que ele um dia será um jovem, depois um adulto como eu e que todos os adultos e amigos que o rodeiam nestas horas são tão importantes na sua vida e formação como os seus pais, pois estão com eles, às vezes, mais tempo do que os próprios pais. Todos nós estamos a fazer crescer estas crianças, como pássaros no ninho, que precisam dos pais, dos professores e dos auxiliares de educação e do seu tempo livre e amigos para que eles possam criar asas neste ninho e um dia possam voar livres, para a construção de um mundo mais admirável. Todos os dias levantamo-nos com a certeza que o sol brilhará, mesmo nos dias mais cinzentos, por entre as nuvens, ele brilhará e dará luz à nossa vida. Imaginar um mundo sem uma criança, seria como acordar um dia sem que existisse o sol para iluminar a nossa vida, por isso temos que olhar, compreender e ouvir os nossos filhos, dar-lhes toda a atenção. Em suma, se sentirmos a criança que cada um tem dentro de nós. Jamais a nossa vida deixará de brilhar. Se um dia perdermos o contacto com essa criança, perderemos o contacto com a vida, com os nossos filhos, com o sol que brilha todos os dias. in geografiadovale.blogspot.com IV Acção Social

99 3.1. Caracterização e distribuição geográfica do grupo-alvo Gráfico IV. 2 - POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DO CONCELHO COM IDADES ATÉ AOS 14 ANOS Fonte: INE Censos de 2001 Segundo os Censos de 2001 o número de crianças e jovens varia significativamente consoante a freguesia, pelo que a sua distribuição acompanha os núcleos mais povoados, ou seja, as freguesias da sede do Concelho (S. Julião e S. Pedro) e Vila Nova de Tazem. Verifica-se a existência de freguesias com um número reduzido de crianças e jovens, como Vila Franca da Serra, Vila Cortês, Ribamondego, Mangualde da Serra, Freixo da Serra, Figueiró da Serra e Aldeias. Segundo as estimativas de população residente do INE em 2008, o número de crianças e jovens dos 0 aos 14 anos residentes no Concelho era de Assim, comparativamente aos dados dos censos de 2001, em que o número era de 1989, podemos afirmar que ocorreu, no Concelho, um decréscimo bastante relevante no número de indivíduos desta faixa etária. IV Acção Social

100 3.2. Instituições e Respostas Existentes Instituições de apoio a crianças e jovens Quadro IV. 2- RESPOSTAS APOIO ÀS CRIANÇAS E JOVENS PRESTADAS PELAS IPSS Frequência Freguesia Instituição Respostas sociais Acordo (Dez. 2010) Centro de Assistência, Cultura e Recreio do CATL Arcozelo Arcozelo C/Ext.S/Almo. Lagarinhos Melo Moimenta da Serra Abrigo da Sagrada Família Associação de Beneficência, Cultura e Recreativa de Melo Fundação D. Laura dos Santos Creche Creche 10 5 CATL C/Ext.C/Alm Creche CATL C/Ext.S/Alm Nespereira Associação Amigos de Nespereira CATL C/Ext.S/Alm Centro Assistência, Cultura e Recreio de Paços da Creche Paços da Serra Serra CATL C/Ext.S/Alm Rio Torto Liga dos Amigos da Freguesia de Rio Torto CATL S/Alm S. Julião Associação de Beneficência Popular de Gouveia S. Pedro Fundação a Nossa Casa Creche CATL C/Ext.S/Alm CATL C/Ext.C/Alm E.P.E-ACT.EDU E.P.E. ACT.EDU E.P.E.- ACT.AP.SOC CATL C/Ext.C/Alm E.P.E- ACT.AP.SOC Creche E.P.E-ACT.EDU E.P.E- ACT.AP.SOC CATL C/Ext.C/Alm Creche E.P.E-ACT.EDU Vila Nova de Casa do Povo de Vila Nova de Tazem E.P.E- Tazem ACT.AP.SOC CATL C/Ext.S/Alm CATL S/Alm. 9 9 Vinhó Centro Social Paroquial de Vinhó CATL C/Ext.S/Alm Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia 100 IV Acção Social

101 Os serviços referidos no Quadro IV.2, referem-se apenas aos prestados pelas instituições de solidariedade social que têm acordo com a Segurança Social, existindo também outros prestados pelo Ministério de Educação e Município de Gouveia (ver Capítulo III Educação & Formação). O serviço de apoio a crianças prestado pelas IPSS corresponde a 7 creches com frequência de 150 crianças, no ensino pré-escolar, com actividades educativas e actividades de apoio social registam-se 242 crianças. Relativamente aos centros de actividades de tempos livres abrangem 304 crianças, 4 destes centros prestam apoio com a refeição do almoço Outras Respostas Existentes Fundação D. Laura dos Santos Quadro IV. 3 - INSTITUIÇÕES DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS EM SITUAÇÕES DE PERIGO Freguesia Instituição Resposta Social Acordo Frequência (Dez.2010) Moimenta Fundação D. Laura dos Santos Centro de Acolhimento Temporário Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia Como se pode verificar no Quadro IV.3, o Centro de Acolhimento Temporário da Fundação D. Laura dos Santos é a única resposta concelhia existente neste âmbito. Devido à sua compreensível relevância seguidamente é feita uma breve caracterização. Início da actividade: 01 de Abril de 2007 Entidades Parceiras: Centro de Saúde de Gouveia, Município de Gouveia, Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, Intermarché de Gouveia e Agrupamento de Escolas de Gouveia. Destinatários: crianças em perigo, com idades compreendidas entre os 0 e os 12 anos. Objectivos: Acolher temporariamente crianças consideradas em risco/ perigo, de forma a proporcionar-lhes um ambiente saudável e familiar, com vista ao desenvolvimento integral das suas capacidades e aptidões. IV Acção Social

102 Intervenção: Acompanhar e estimular o desenvolvimento físico, psicológico, social e pedagógico; fomentar, através de acções integradas, o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e relacionais; garantir, com recurso aos serviços de saúde locais, os cuidados necessários a um bom nível de saúde; assegurar os meios necessários à formação escolar das crianças, em estreita cooperação com os agentes educativos. Funcionamento/Localização: Fundação D. Laura dos Santos Moimenta da Serra 102 Crianças Acolhidas: Durante o ano de 2010 permaneceram institucionalizadas no Centro de Acolhimento Temporário 34 crianças Grupo Aprender em Festa Esta Associação surgiu da iniciativa de um grupo informal de Técnicos de vários sectores para animar a cooperação entre escolas, famílias e comunidades locais, no Concelho de Gouveia, através de um projecto de realização de Festas Comunitárias. Este foi o ponto de partida para a posterior criação do Grupo Aprender em Festa, em a) Centro Comunitário desta Instituição - Outro Olhar tem como objectivo geral, desenvolver um olhar mais atento às necessidades da família, promovendo a autonomia, a inserção socioprofissional de pessoas em situação de exclusão social, bem como, intervir em comportamentos de risco biológico, ambiental e relacional visando a redução do insucesso/abandono educativo das crianças e jovens. Este centro abarca um conjunto de actividades bastante vasto e um conjunto de objectivos bem definidos mediante a população alvo a que se dirige. Início da resposta social: 01 de Julho de 2006 Funcionamento/Localização: Grupo Aprender em Festa - Gouveia Equipa técnica: 1 Psicóloga que acumula com a coordenação técnica e 2 técnicos a 50%. Crianças e Jovens que usufruíram de intervenção: Durante o ano de 2010 participaram 55 crianças e jovens. IV Acção Social

103 Entidades Parceiras: A instituição tem ao longo dos anos estabelecido parcerias com diversos organismos, designadamente, IDT, Município de Gouveia, Segurança Social, Educação, Saúde, Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia e com outras entidades da comunidade que tendo um sentido comum a nível dos objectivos, procuram articular esforços para melhorar a inserção social das crianças, jovens e adultos. 103 Objectivos: Animar processos educativos em torno das crianças e jovens que estimulem a consciencialização, o desenvolvimento pessoal e social, a cooperação e a escolha de comportamentos autónomos, saudáveis e geradores de alegria; dar respostas a problemas relacionados com a exclusão nas vertentes pessoal, familiar e/ou social através do acompanhamento integrado e continuado de crianças e jovens. Intervenção: É realizada maioritariamente em jovens que frequentam Cursos de Educação e Formação (CEF) e alunos com Necessidades Educativas Especiais. As actividades desenvolvidas com este público são as que foram referenciadas aquando da candidatura para esta resposta social, designadamente: Clube Serra Aventura: Espaço de desenvolvimento de competências pessoais e sociais, através de ateliers de expressão dramática, expressão plástica, educação para a saúde e desporto aventura. Estas actividades decorrem semanalmente, à quarta-feira. Durante o período de férias (Natal, Páscoa e férias escolares) participam em actividades tais como: piscina, campo de férias, etc. Recreio do Saber: Apoio ao estudo, auxílio na elaboração de trabalhos e criação de hábitos de estudo. Percursos: Acompanhamento psicológico individual/orientação vocacional. b) Projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais no âmbito do Programa Operacional de Respostas Integradas do Instituto da Droga e Toxicodependência Aplicação do Programa de Prevenção e Treino de Competências Pessoais e Sociais Mais Jovem Mais A aplicação do programa Mais Jovem Mais, foi uma das acções do projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais, que decorreu durante o ano lectivo Foi implementado por Professores, Técnicos e Monitores que obtiveram prévia formação teórica. O IV Acção Social

104 menos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos 22 anos mais de Diagnóstico Social do Concelho de Gouveia referido programa foi dinamizado no Concelho de Gouveia junto de pré-adolescentes e adolescentes do ensino profissional e uma turma PIEF. O objectivo foi promover a aquisição de competências pessoais e sociais em pré-adolescentes e adolescentes, trabalhando entre outras as seguintes competências: auto-conhecimento, assertividade, auto-confiança, problemas comportamentais, resistência à frustração, pressões familiares, entre outras. Assim, o programa Mais Jovem Mais foi aplicado, no Concelho de Gouveia, junto dos 148 jovens, 142 dos quais estavam inscritos no IG Escola Profissional Gouveia e os restantes 6 jovens pertenciam a uma turma PIEF. Por ser um projecto supraconcelhio não foi feita distinção, pela entidade executora, do público abrangido. 104 Gráfico IV. 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS JOVENS A QUEM FOI APLICADO O PROGRAMA "MAIS JOVEM MAIS" GÉNERO DOS JOVENS IDADE Feminin o 43% Masculin o 57% ESCOLARIDADE º 6º 7º ano ano ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano Fonte: Grupo Aprender em Festa Os gráficos anteriores apresentam as principais características dos jovens a que foi aplicado o programa e verificando-se que 56,8% dos jovens são do género masculino (n=125) e 43,2% são do género feminino (n=95). Relativamente à idade dos jovens verifica-se que as mesmas se distribuem entre os 11 e os 26 anos, apresentando uma maior percentagem, os alunos de 17 anos, com 25,9% (n=57). No que diz respeito à escolaridade a maior parte dos jovens encontra-se a frequentar o ensino profissional (equivalente ao ensino secundário), com maior incidência no 10.º ano, com 34,1% IV Acção Social

105 (n=75) seguido do 11.º ano com percentagem de 30% (n=67). Resultados Alcançados com esta Intervenção, com base numa metodologia científica que contemplou a aplicação de pré-teste, pós-teste e follow-up: Como desejável, os jovens consideraram que reduziram o total de dificuldades comportamentais e emocionais [problemas externalizantes (comportamento; hiperactividade; com os colegas) e internalizantes (emocionais)] entre o pré e o pós-teste. Os jovens consideraram que aumentaram a sua competência social entre o pré e o pós-teste. Estas diferenças apresentam significância estatística [F(1,181)=7.62, p=.006] o que indica que o programa Mais Jovem Mais permitiu aos participantes sentirem-se mais competentes socialmente. Sabendo que a competência social é um factor protector de trajectórias desadaptativas e promotor de trajectórias de vida mais funcionais, este resultado assume bastante importância. Na opinião dos Professores os jovens que participaram no programa reduziram o total de dificuldades comportamentais e emocionais [problemas externalizantes; comportamento; hiperactividade; com os colegas) e internalizantes (emocionais)] entre o pré e o pós-teste. Este resultado é estatisticamente significativo [F(1,100)=6.89, p=.01] indicando que os professores avaliaram os jovens que participaram no programa como tendo menos problemas depois de participarem no programa que antes. Este dado é extremamente relevante dado que as percepções dos professores são determinantes na forma como se relacionam com os alunos e das expectativas que constroem sobre eles. Foi pedido aos jovens que avaliassem o professor que aplicou o programa, do ponto de vista da aceitação e da supervisão deste em relação ao jovem. De acordo com os resultados obtidos estas percepções do jovem não mudaram entre o pré e o pós-teste Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) é uma instituição oficial não judiciária com autonomia funcional que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. De acordo com a Lei nº 147/99 de 1 de Setembro, lei de protecção de crianças e jovens em IV Acção Social

106 perigo, que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2001 e, através da Portaria nº BP/ 2000, de 30 de Dezembro, a Comissão de Protecção de Menores de Gouveia (CPMG) foi reorganizada em Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia, funcionando nas instalações do Município. Formação da equipa: Entidades parceiras: Município; Assembleia Municipal; Segurança Social; Centro de Saúde; Ministério da Educação; Instituições Particulares de Solidariedade Social; Guarda Nacional Republicana; Polícia de Segurança Pública; Associações de Pais e Associações Culturais, Desportivas e Recreativas. Intervenção: A CPCJ actua nas mais variadas situações onde o bem-estar físico está em perigo, nomeadamente: negligência; abandono; maus-tratos físicos e psicológicos; abuso sexual; abandono/absentismo escolar; prática de facto qualificado; mendicidade; corrupção; trabalho infantil; exercício abusivo da autoridade; uso de estupefacientes e ingestão de bebidas alcoólicas. (Lei n.º 147/99, de 1 de Setembro) Funcionamento: A CPCJ funciona em duas modalidades: alargada e restrita. A Comissão Alargada procura desenvolver acções de promoção dos direitos e de prevenção das situações de perigo para a criança e para o jovem. À comissão restrita compete intervir nas situações em que a criança ou jovem está em perigo, nomeadamente: atender e informar as pessoas que se dirigem à comissão de protecção; apreciar liminarmente as situações de que a comissão de protecção tenha conhecimento; proceder à instrução dos processos; decidir a aplicação, acompanhar e rever as medidas de promoção e protecção. Composição da Comissão Alargada 2 representantes do Município de Gouveia, 4 representantes da Assembleia Municipal, 1 representante de uma IPSS sem acolhimento, 1 representante de uma IPSS com acolhimento, 1 representante das Associações de pais, 1 representante das Associações culturais e Recreativas, 1 representante da GNR, 1 representante da PSP, 1 representante do Grupo Aprender em Festa, 1 representante da Segurança Social, 1 representante do Ministério da Saúde, 1 representante do Ministério da Educação, 1 representante das Associações RNAJ e 1 representante da Fundação D. Laura dos Santos. IV Acção Social

107 Composição da Comissão Restrita - 2 representantes do Município de Gouveia, 1 representante da Assembleia Municipal, 1 representante da Segurança Social, 1 representante do Ministério da Saúde, 1 representante do Ministério da Educação e 1 representante de uma IPSS com Acolhimento. No ano de 2010 foram abertos 13 novos processos, tendo transitado dos anos anteriores 21 processos e foram reabertos 2. Por outro lado, 27 processos foram encerrados porque a situação de perigo não se justificava, já não persistia após intervenção e os processos abertos já tinham ultrapassado os dezoito meses como podemos verificar nos dois gráficos seguintes. 107 Gráfico IV. 4 - NÚMERO DE PROCESSOS ACOMPANHADOS PELA CPCJ DE GOUVEIA EM 2010 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia Gráfico IV. 5 - NÚMERO DE CRIANÇAS ACOMPANHADAS PELA CPCJ DE GOUVEIA NO ANO DE 2010 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia Relativamente ao modo como os casos são sinalizados à CPCJ verifica-se que é feita em grande parte pelas autoridades policiais, familiares e estabelecimentos de ensino, como podemos IV Acção Social

108 verificar no Quadro IV.4. Quadro IV. 4 - SINALIZAÇÃO DE CRIANÇAS/JOVENS SINALIZAÇÃO N.º SITUAÇÕES Familiares 7 CPCJ 3 Ministério Público 1 Autoridades Policiais 12 Serviços da Segurança Social 1 Estabelecimentos de Saúde 1 Estabelecimentos de Ensino 4 Tribunais 1 Instituições de Apoio à Criança e ao Jovem 1 Comissão Local de Acompanhamento RSI 2 Outra CPCJ 3 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia 108 Quadro IV. 5 - PROBLEMÁTICAS IDENTIFICADAS FAIXA ETÁRIA PROBLEMÁTICA N.º CRIANÇAS/JOVENS 0-5 Problemas de saúde 3 Abuso sexual 1 Exposição a modelos de comportamento desviantes 1 Maus tratos físicos Maus tratos psicológicos e abuso emocional 5 Negligência Abandono escolar 1 Exercício abusivo de autoridade 1 Exposição a modelos de comportamento desviantes 1 Maus tratos físicos 2 Maus tratos psicológicos e abuso emocional 1 + de 15 anos Negligência 2 Abandono escolar 1 Maus tratos físicos 2 Maus tratos psicológicos e abuso emocional 1 Negligência 1 Prática de facto qualificado como crime 10 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia No que concerne às problemáticas identificadas destacam-se a prática de facto qualificado, seguida pelos maus tratos psicológicos e abuso emocional e problemas de saúde como aquelas que mais predominam no acto de sinalizar. IV Acção Social

109 Gráfico IV. 6 - CARACTERIZAÇÃO ETÁRIA DO AGREGADO FAMILIAR DAS CRIANÇAS/JOVENS 109 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia Gráfico IV. 7 - CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR DO AGREGADO FAMILIAR DAS CRIANÇAS/JOVENS Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia Gráfico IV. 8 - CARACTERIZAÇÃO DOS RENDIMENTOS FAMILIARES DAS FAMILIAS Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia Relativamente ao contexto familiar no que diz respeito à caracterização etária do agregado familiar, como podemos verificar nos gráficos supra a predominância situa-se na faixa etária dos anos com predominância de pais com o 1.º e o 2.º ciclo de escolaridade e cujas remunerações são IV Acção Social

110 provenientes, na grande maioria, do trabalho efectivo. Convém referenciar que o número de agregados familiares que beneficiam da prestação do Rendimento Social de Inserção (RSI) é também bastante expressiva. As medidas de intervenção aplicadas para a promoção e protecção dos direitos da criança/jovem em perigo são na sua maioria medidas que os integram na sua família como podemos verificar no quadro seguinte Associação Reencontro Quadro IV. 6 - MEDIDAS DE PROMOÇÃO E PROTECÇÃO APLICADAS Faixa Etária Tipo de Medidas N.º de Crianças e Jovens 0-5 anos Apoio junto dos pais 1 Apoio junto de outro familiar Apoio junto dos pais 7 Apoio junto dos pais Apoio junto de outro familiar 1 Acolhimento institucional Apoio junto dos pais 8 Apoio junto de outro familiar 2 Fonte: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Gouveia A Associação Reencontro é uma colectividade que desenvolve projectos para e com a comunidade. No âmbito da sua intervenção, os principais objectivos são a promoção de actividades e iniciativas de carácter social, educativo, cultural e recreativo que possibilitem aprendizagens colectiva das relações entre os indivíduos, os grupos sociais, o meio em que vivem e preencham necessidades e/ou interesses dos sócios ou da comunidade, bem como, desenvolver serviços e actividades que visem a promoção integral do indivíduo, família, comunidade, estimulando a sua participação activa, fomentando o voluntariado e privilegiando o trabalho em rede com os parceiros locais, nacionais e/ou internacionais. Início da resposta social: 2010 Destinatários: Comunidade em geral. Entidades Parceiras: entidades nacionais e internacionais, visando a optimização dos recursos locais. Actividades desenvolvidas: Realização de actividades culturais; planificação e execução de campos de férias para crianças/jovens. IV Acção Social

111 4. FAMILIAS A família é a unidade básica da sociedade formada por indivíduos com ancestrais em comum ou ligados por laços afectivos. (Alberto Eiguer) O termo família é derivado do latim famulus, que significa escravo doméstico. Este termo foi criado na Roma Antiga para designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao serem introduzidas na agricultura e também para a escravidão legalizada. Se nesta época predominava uma estrutura familiar patriarcal em que um vasto leque de pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, na Idade Média, as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais, formando novas famílias. A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de indivíduos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adopção. Nesse sentido, o termo confunde-se com clã. O conceito de família vem-se transformando através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, económicas e socioculturais. A família é um espaço sociocultural que deve ser continuamente renovado e reconstruído. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações. Desta forma, as famílias como agregações sociais, ao longo dos tempos, assumem ou enunciam funções de protecção e socialização dos seus membros, como resposta às necessidades da sociedade a que pertencem. Nesta perspectiva, as funções da família regem-se por dois objectivos, sendo um de nível interno, como a protecção psicossocial dos membros e, o outro de nível externo, como a acomodação a uma cultura e sua transmissão. A família deve então, responder às mudanças externas e internas de modo a atender às novas circunstâncias sem, no entanto, perder a continuidade Instituições e Respostas Existentes Quadro IV. 7 - INSTITUIÇÕES DE APOIO À FAMILIA Respostas Frequência Freguesia Instituição Acordo Sociais (Dez.2010) Fundação D. Laura dos Comunidade de Moimenta Santos Inserção Centro Acordo Acordo São Julião Grupo Aprender em Festa Comunitário Atípico Atípico Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia IV Acção Social

112 Comunidade de Inserção da Fundação D. Laura dos Santos Início da actividade: 01 de Abril de 2007 Entidades Parceiras: Centro de Saúde de Gouveia, Câmara Municipal de Gouveia, Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, Intermarché de Gouveia, Agrupamento de Escolas de Gouveia. 112 Destinatários: Capacidade para acolher 12 mulheres em risco e seus descendentes. Objectivos: Resposta social que abrange um conjunto de acções integradas, com vista à inserção social de mulheres que, por diversos factores, se encontram em situação de vulnerabilidade, exclusão ou marginalização social. Intervenção realizada: - Proporcionar apoio psicológico e social, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar. - Promover acções com vista ao desenvolvimento de competências pessoais, sócias, profissionais e relacionais. - Contribuir para o desenvolvimento das capacidades e potencialidades das utentes no sentido de favorecer a sua progressiva integração social e profissional. Funcionamento/Localização: Fundação D. Laura dos Santos Moimenta da Serra. Constituição da Equipa: Director Técnico, Psicóloga, Assistente Social, Educadora Social, Educadora, Professor e Ajudantes Familiares. Desde a abertura da instituição passaram pelas suas instalações 55 mulheres. Durante o ano de 2009 permaneceram na Comunidade de Inserção 23 mulheres, 12 das quais com idade entre os 20 e 25 anos. IV Acção Social

113 Grupo Aprender em Festa a) Centro Comunitário Outro Olhar Objectivos: Proporcionar aos pais ou cuidadores de crianças e jovens o acesso a informação pertinente e um conjunto de competências relevantes para a vida familiar; desenvolver um conjunto de actividades promotoras do desenvolvimento de competências parentais necessárias na educação dos filhos; contribuir para a formulação de um projecto de vida de mulheres que se encontrem em situação de carência, violência doméstica e exclusão através de um acompanhamento integrado. 113 Funcionamento/Localização: Grupo Aprender em Festa Gouveia, Rua Eulália Mendes, Gouveia Famílias que usufruíram de intervenção no ano de 2010: 23 famílias. Intervenção: Neste público visa-se o acompanhamento às mulheres e pais e nesse contexto o desenvolvimento de um conjunto de actividades promotoras do aumento de competências pessoais e sociais tendo em vista a integração socioprofissional/comunitária através de: Grupos de interajuda: onde são tratadas temáticas ligadas à vida diária, como: gestão doméstica, planeamento familiar, ateliers de educação para a saúde e ateliers de expressão plástica/dramática dinâmicas de grupo). Pais à Conversa: acção desenvolvida com famílias acompanhadas pelo Centro Comunitário. Percursos: Nesta acção foram identificadas as necessidades da família e procurou-se, dada a complexidade dos problemas, trabalhar com o apoio integrado dos diversos serviços que actuam com as famílias, estabelecendo responsabilidades repartidas entre os serviços da Saúde, Educação, Acção Social, Instituições Particulares de Solidariedade Social e congéneres. Quando necessário foram também realizadas sessões de intervenção sistémica no domicílio. Foram igualmente desenvolvidos programas de intervenção psicossocial que visaram a definição de projectos de vida, especialmente em mulheres que se encontram em situação de exclusão/carência económica e violência doméstica, articulando com as redes locais formais e informais. IV Acção Social

114 b) Projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais Aplicação de Programas de Prevenção e Treino de Competências Pessoais, Sociais e Parentais Mais Família, Mais Jovem Perante a mudança de paradigma na intervenção familiar, particularmente no que concerne à educação parental, o GAF, desde 2007, tem desenvolvido um trabalho na área da parentalidade através de dois projectos financiados pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT). De 2008 a 2010 implementou o Projecto de Prevenção Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais Programa Operacional de Respostas Integradas (PORI) IDT, cuja resposta destinada às famílias consistia na aplicação do Programa Mais Família, Mais Jovem. No que concerne à caracterização sociodemográfica dos participantes verificou-se que a idade dos participantes distribui-se entre os 21 anos e os 56 anos de idade. A maior parte dos pais tem o 1.º ciclo, 35% (n=35) seguido do 2.º ciclo 27% (n=27). Quanto à situação profissional dos participantes 52% (n=52) encontra-se numa situação de desemprego. 114 Resultados Alcançados com esta Intervenção, com base numa metodologia científica que contemplou a aplicação de pré-teste, pós-teste e follow-up: Na dimensão supervisão como desejável verificou-se um aumento da supervisão parental do filho entre o pré e o pós-teste. Na dimensão responsividade não se verificaram diferenças entre o pré e o pós-teste na responsividade materna. Na dimensão consistência como desejável verificaram-se um aumento entre o pré e o pósteste na consistência educativa materna. Como desejável, na opinião das mães, o filho reduziu o total de dificuldades comportamentais e emocionais [problemas externalizantes (comportamento; hiperactividade; com os colegas) e internalizantes (emocionais)] entre o pré e o pós-teste. Como desejável, na opinião das mães, o filho entre o pré e o pós-teste, aumentou ligeiramente a competência social. Na opinião dos filhos cujas mães frequentaram os grupos de educação parental, as mães aumentaram, entre o pré-teste e o pós-teste, as dimensões parentais da aceitação do filho (envolvimento e interesse pelas necessidades do filho) e da supervisão (saber onde, com quem e o que faz o filho). IV Acção Social

115 4.2. Outras Respostas destinadas às Famílias Cáritas Paroquial de Gouveia A Cáritas Paroquial de Gouveia, fundada no ano 2000, é uma organização oficial da Igreja que tem como objectivo promover e apoiar a acção sócio-caritativa da diocese. No âmbito da sua intervenção, apoia solidariamente os mais carenciados, procurando dar resposta às situações de pobreza e de exclusão social; sensibiliza a comunidade para a partilha de bens, ajudando as pessoas a crescer e a responder às suas carências; coopera com outros movimentos e associações com a mesma finalidade e tenta implementar nos jovens/comunidade o gosto pelo voluntariado, tendo como fim a luta contra a marginalização, a solidão e o afastamento. 115 Destinatários: pessoas em situação de carência económica e/ou em situação de emergência. Em 2009, segundo os registos desta instituição, foram apoiadas cerca de 50 famílias com géneros alimentares, 80 famílias com vestuário, 30 famílias com equipamento/mobiliário e 12 famílias a nível pecuniário para a regularização de rendas de casa, pagamento de medicamentos e óculos. A maioria destas famílias é predominantemente beneficiária do Rendimento Social de Inserção, pensionistas, desempregados e emigrantes, oriundas principalmente das freguesias de S. Pedro, S. Julião, Vinhó, S. Paio, Ribamondego, Moimenta da Serra e Paços da Serra. Ao efectuarmos uma comparação entre o número de famílias apoiadas em 2009 com os registos de 2004 (obtidos no último diagnóstico da Rede Social), constatamos que houve um aumento do número de famílias apoiadas, na medida em que em 2004 foram ajudadas 115 famílias face a uma média de 150 famílias, em Entidades Parceiras: todas as entidades que fazem parte do Núcleo Local da Acção Social, da Rede Social do Concelho de Gouveia e o Banco Alimentar Contra a Fome. Actividades desenvolvidas: Distribuição de bens alimentares, vestuário e equipamentos/mobiliário aos mais carenciados, sendo ainda de salientar o apoio pecuniário em situações de comprovada emergência social; recolha de bens alimentares em parceria com o Banco Alimentar Contra a Fome; recolha de material e de donativos para a missão de Moçambique dos Irmãos de S. João Baptista; visitas aos Lares de Terceira Idade do Concelho e dinamização de sessões de alfabetização e de catequese, entre outras. IV Acção Social

116 Loja Social A Loja Social de Gouveia, inaugurada no dia 01 de Dezembro de 2010, é um projecto de intervenção e apoio social do Município de Gouveia aos mais necessitados que através de uma rede de parcerias entre diferentes entidades pretende proporcionar melhores condições de vida às pessoas em situação de maior vulnerabilidade social. 116 Objectivo: A Loja Social foi criada tendo por bases os seguintes objectivos: promover a melhoria das condições de vida de pessoas em situação de maior vulnerabilidade social, através da atribuição totalmente gratuita e bens de primeira necessidade; suprir necessidades imediatas dessas famílias, mediante a recolha de diferentes géneros, nomeadamente, alimentos, vestuário, mobiliário e electrodomésticos, doados por particulares ou empresas; potenciar a responsabilidade cívica e comunitária das pessoas beneficiadas, mediante o compromisso assumido das mesmas para a integração em programas de serviço comunitário em entidades concelhias; contribuir para o incremento do espírito de solidariedade civil e responsabilidade social; incentivar e dinamizar o voluntariado local. Destinatários: Os indivíduos, residentes no Concelho de Gouveia, que revelem vulnerabilidade económica e social. Nos primeiros 6 meses de funcionamento da Loja Social, 64 famílias e pessoas singulares efectuaram requerimento para beneficiar dos apoios prestados por este projecto. Deste total, 53 processos foram deferidos, 1 indeferido e os restantes aguardam documentação em falta para conclusão da sua análise. Salientam-se que os 53 requerimentos deferidos correspondem a um total de 192 pessoas que são abrangidas pelas ajudas ao nível de bens alimentares, vestuário, calçado, brinquedos, entre outros bens, oferecidos pela Loja Social. IV Acção Social

117 Gráfico IV. 9 - NÚMERO DE PROCESSOS POR FREGUESIA EM MAIO DE Fonte: Sector da Acção Social e Família do Município de Gouveia Das 53 famílias e pessoas singulares a beneficiar, até ao mês supracitado, da Loja Social verifica-se que a maior percentagem às freguesias de S. Pedro, S. Paio, S. Julião (12, 9 e 7, respectivamente). Parceiros: todos os parceiros que integram o Concelho Local de Acção Social, assim como outras entidades particulares que apoiam a Loja Social através de ofertas e donativos. Valências: a Loja Social procura reunir diversas valências no sentido de dar respostas às necessidades do público-alvo com o qual desenvolve o seu trabalho, e que são apresentadas seguidamente: 1. O Banco Social, ou seja, uma loja de bens usados ou novos que, na verdade, constituem os bens materiais doados por particulares ou empresas tais como roupas, brinquedos, mobiliário, electrodomésticos e bens alimentares, onde as famílias com necessidades se podem dirigir. Esta estrutura contará com a doação de bens por parte de pessoas ou com o apoio de empresas. 2. O Banco Solidário define-se como o espaço que servirá de armazém para colocar os restantes donativos, de forma a servir como um suporte ao Banco Social, quando este se encontrar com pouco espaço de armazenamento, quer para certos bens materiais quer para IV Acção Social

118 objectos doados de grande porte. 3. O Banco de Voluntariado pretende ser, como o próprio nome indica, um espaço onde se reúnem voluntários para dar auxílio às tarefas que a Loja Social exige, quer seja, a recolha e distribuição de donativos, quer na triagem dos mesmos. O Banco de Voluntariado deverá, no seguimento da sua intervenção, articular com diferentes entidades de carácter social e comunitário, no sentido de permitir a integração dos beneficiários em programas de voluntariado, ajustados ao seu perfil e disponibilidade, de forma a garantir o pressuposto de uma responsável contrapartida social, promovendo a troca e não a dádiva. 4. A Mercearia Solidária define-se como um espaço de troca directa de bens alimentares. 5. Uma Equipa Móvel que servirá exclusivamente para a recolha e distribuição de bens materiais, quando estes sejam de grande porte. Esta distribuição pretende ser alargada a todo o Concelho de Gouveia. 6. Uma Equipa de Tratamento/Recuperação de bens materiais. Esta tem a responsabilidade de receber e fazer a triagem do material, engomar, dobrar e arrumar as roupas; limpar e cuidar da higiene da Loja Social. 118 Das valências apresentadas encontram-se em pleno funcionamento o Banco Social, Mercearia Solidária e a Equipa de Tratamento/Recuperação, as restantes estão em fase de implementação Equipa de Rendimento Social de Inserção O Rendimento Social de Inserção (RSI), «consiste numa prestação incluída no subsistema de solidariedade e um programa de inserção social de forma a assegurar às pessoas e seus agregados familiares recursos que contribuam para a satisfação das suas necessidades mínimas e para o favorecimento de uma progressiva inserção social, laboral e comunitária». (Lei nº 13/2003). De harmonia com o disposto no art. 37 da Lei n.º 13/2003, de 21 de Maio e no Despacho 451/2007, de 10 de Janeiro, foi celebrado em 26 de Julho de 2007, um protocolo entre o Instituto da Segurança Social, I.P. / Centro Distrital de Segurança Social da Guarda e a Associação de Beneficência Popular de Gouveia (ABPG), com vista ao acompanhamento de famílias carenciadas (beneficiárias do RSI) deste Concelho. A Equipa do Protocolo RSI é actualmente composta por 7 elementos: 3 Técnicas Superiores (2 Técnicas Superiores de Serviço Social e 1 Psicóloga Clínica) e 4 Ajudantes de Acção Directa, sendo a orientação Técnica da Equipa da responsabilidade da Técnica da Segurança Social. IV Acção Social

119 O trabalho desenvolvido pela Equipa RSI assenta no acompanhamento sistemático das famílias, através da organização dos processos, nomeadamente através da elaboração dos diagnósticos da situação familiar; elaboração do relatório social, negociação do programa de inserção; execução, acompanhamento e avaliação do Programa de Inserção. O acompanhamento sistemático das famílias realiza-se sobretudo através de visitas domiciliárias e dos atendimentos. As visitas domiciliárias contemplam a intervenção e acompanhamento no contexto da família. Pretende-se, deste modo, a promoção das competências destas, quer seja ao nível da aprendizagem de aptidões, identificação e activação das potencialidades e pontos fortes, bem como, na facilitação de tarefas. Têm ainda os seguintes objectivos: a avaliação das condições de habitabilidade (tipologia da habitação, regime de ocupação, estado de conservação, numero de divisões, infra-estruturas, saneamento básico e barreiras arquitectónicas); a avaliação das condições de higiene habitacional e posterior sensibilização para a organização e limpeza da mesma; a sensibilização para os cuidados e higiene pessoal - corporal, oral, vestuário, etc.; a avaliação do orçamento familiar (rendimentos e despesas) e caso se verifique, elaboração do plano mensal de pagamento de dívidas; divulgação semanal das ofertas de emprego e formativas, facilitando o acesso à informação a famílias que não vivem na freguesia de Gouveia; distribuição de roupas e equipamentos domésticos, recolhidos junto da Comunidade de Gouveia; encaminhamento das famílias para os diferentes parceiros locais e articulação com estes na tentativa de resolução das problemáticas existentes. Contemplam ainda a negociação e assinatura dos Acordos de Inserção, bem como a avaliação e acompanhamento do cumprimento das acções definidas. A par das visitas domiciliárias, realizam-se atendimentos, que possuem também uma periodicidade semanal. Para além de serem um espaço informativo (não só para os actuais beneficiários, mas para toda a Comunidade ou famílias que pretendam requerer a prestação), reforçam e complementam o acompanhamento iniciado em contexto familiar. Para ultrapassar as dificuldades encontradas no trabalho realizado, visando sinalizar as famílias que necessitam de uma intervenção prioritária, o encaminhamento a realizar e as estratégias a aplicar nas famílias abrangidas no protocolo, a Equipa RSI, realiza semanalmente reuniões de equipa 119 IV Acção Social

120 (segunda-feira, período da manhã). Paralelamente aos procedimentos acima mencionados, a Equipa RSI utiliza ainda as seguintes estratégias: realização semanal de sessões de estudo acompanhado com crianças e adolescentes que frequentam o sistema de ensino; exposição de informação relativa à oferta e procura de emprego no gabinete RSI placard INFORMA; colaboração na elaboração do curriculum vitae, carta de apresentação, carta de candidatura espontânea; divulgação semanal das ofertas de emprego e formativas, quer em contexto de atendimento, quer em contexto de visita domiciliária; encaminhamento dos beneficiários para entidades empregadoras e formadoras; encaminhamento para acções de alfabetização; elaboração de planos de pagamento de dívidas, gestão do orçamento familiar; sensibilizar para os cuidados e higiene pessoal diária; criar uma rotina diária funcional nos cuidados de higiene pessoal; sensibilizar para a importância da organização e limpeza habitacional e reforço dos progressos efectuados; criar uma rotina diária funcional nos cuidados de higiene habitacional; encaminhamento para o RSI e outras prestações sociais (pensões sociais, pensões de regime geral, entre outras); realização de actividades lúdico-pedagógicas durante o período de férias escolares (Verão, Natal, Páscoa, Carnaval); sinalização e encaminhamento das crianças para o Centro de Saúde de Gouveia para o Protocolo Dentário (Higienista oral); encaminhamento para consultas de medicina familiar; encaminhamento para consultas de planeamento familiar; encaminhamento para consultas de alcoologia; consultas de psicologia; acompanhamento dos beneficiários a consultas de medicina familiar, alcoologia, saúde materna, etc.; encaminhamento para o curso de educação parental. 120 IV Acção Social

121 Ao longo do trabalho realizado com as famílias, foram criados diversos projectos de intervenção, nomeadamente: - Projecto Juntos por um Sorriso : visa a recolha de todo o tipo de bens (novos ou usados) junto dos Parceiros de NLI, Empresas Locais e Comunidade em geral para posterior distribuição pelas famílias RSI. - Curso de Educação Social Família em Acção (em parceria com o Projecto GED): formação nas seguintes áreas: Comunicação e Expressão Corporal; Gestão Orçamental/Economato; Higiene Habitacional/Gestão Doméstica; Nutrição/Confecção de Refeições; Higiene e Segurança Infantil; Planeamento Familiar e Cuidados de Saúde e Técnicas de Procura de Emprego. - ExpoRSI: realização de uma exposição de artigos realizados pelas famílias, visando a divulgação das suas competências, o empenho em alcançar a sua autonomia, bem como a promoção de relações interpessoais e a inserção comunitária. Pretendeu-se, sobretudo, a alteração da visão negativa que a Comunidade tem, em geral, acerca das famílias beneficiárias do RSI. -Projecto Ajuda Alimentar : Atribuição de bens alimentares e/ou refeições a famílias ou indivíduos em situações de grande vulnerabilidade. - Projecto Aprender a sorrir : visa a promoção da higiene oral das famílias. Este projecto assentou essencialmente em 3 fases Formação da Equipa RSI sobre a promoção da Higiene Oral; acções de formação juntos das famílias; distribuição de escovas e pastas de dentes pelas famílias beneficiárias do Concelho. Em Dezembro de 2010 a Equipa RSI acompanhava 191 famílias, distribuídas do seguinte modo pelo Concelho de Gouveia: 121 Gráfico IV DISTRIBUIÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS DE RSI POR FREGUESIA Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia IV Acção Social

122 Através da visualização do gráfico, e tal como mencionado anteriormente, existiam um total de 191 agregados familiares beneficiários de RSI, registando-se, deste modo, um ligeiro aumento relativamente com os dados obtidos do último Diagnóstico Social (contabilizaram-se 180 famílias beneficiárias desta prestação social). As freguesias que registam um maior número de famílias beneficiárias são as de Gouveia (S. Pedro e S. Julião) e Vila Nova de Tazem. Relativamente ao número de beneficiários RSI, a distribuição por género e faixa etária é a seguinte: 122 Quadro IV. 8 - FAIXA ETÁRIA DOS BENEFICIÁRIOS Faixa etária Género Feminino Masculino Total > Total 449 Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia A maior proporção de beneficiários situa-se entre os 6 e os 18 anos de idade (127), seguindose a faixa correspondente dos anos (77 adultos). Os indivíduos em idade de reforma (> 65) são os menos abrangidos, uma vez que são encaminhados para outras prestações sociais (pensão). Simultaneamente, pela análise do Quadro 8, podemos ainda afirmar que o género masculino prevalece relativamente ao feminino. De realçar que em 2010 beneficiaram do RSI 8 famílias provenientes de outros Países Europeus, distribuídos da seguinte forma: Paços da Serra (1 agregado familiar), S. Paio (4 agregados familiares) e Vinhó (3 agregados familiares) NLI Núcleo Local de Inserção Os Núcleos Locais de Inserção (NLI) são estruturas operativas de composição plurisectorial que visam assegurar o desenvolvimento do RSI no respectivo âmbito territorial. A aprovação dos programas de inserção, a organização de meios inerentes à sua prossecução, IV Acção Social

123 bem como o acompanhamento e avaliação da sua execução, competem aos Núcleos Locais de Inserção, conforme previsto no art.º 33 da Lei n.º 13/2003, de 21 de Maio. O NLI reúne procurando assegurar o desenvolvimento da medida do Rendimento Social de Inserção no âmbito das competências que lhe são atribuídas pelo Despacho n.º 1810/2004 (2.ª Série), de 27 de Janeiro de No âmbito das suas competências salientam-se algumas delas, nomeadamente: - aprovar os programas de inserção e organizar os meios necessários à respectiva prossecução; - acompanhar o cumprimento e avaliar a execução do programa de inserção, nomeadamente quanto à sua adequação e eficácia, bem como aprovar as alterações que sejam necessárias; - elaborar proposta de atribuição, alteração ou cessação dos apoios complementares nos termos do n.º 5 do art.º 59.º do Dec. Lei n.º 283/2003, de 8 de Novembro, e submetê-la à apreciação da entidade distrital de Segurança social competente; - comunicar à entidade distrital da segurança social as seguintes situações: a) recusa de celebração do acordo do programa de inserção; b) incumprimento do programa de inserção; c) elaborar informação nos casos de alteração de residência do titular e consequente transferência do respectivo processo; d) acompanhar e avaliar a execução dos Protocolos celebrados nos termos do art.º 37.º da Lei n.º 13/2003, de 8 de Novembro; e) avaliar, em articulação com o Conselho Local de Acção Social do Programa da Rede Social, os recursos e os meios existentes na comunidade; f) elaborar o plano de acção anual bem como o relatório sobre a actividade desenvolvida, sem prejuízo da elaboração de relatórios intercalares sempre que sejam necessários; g) discussão de casos. O NLI reúne mensalmente, sendo constituído pelos seguintes parceiros: representante da Segurança Social que coordena o Núcleo; representante do Emprego e Formação Profissional; representante do Município de Gouveia; representante da Saúde; representante da Educação; GAF. 123 IV Acção Social

124 5. DEFICIÊNCIA Considera-se pessoa com deficiência aquela que por motivo de perda ou anomalia congénita ou adquirida, de estrutura ou função psicológica, intelectual, fisiológica ou anatómica susceptível de provocar restrições de capacidade, pode estar considerada em situação de desvantagem para o exercício de actividades consideradas normais, tendo em conta a idade, o sexo e os factores sócio culturais dominantes. (OMS) 124 Uma pessoa com deficiência é uma pessoa de corpo inteiro, colocada em situação de desvantagem ocasionada por barreiras físicas/ambientais, económicas e sociais que, por causa das suas especificidades, não as pode transpor com os mesmos privilégios que os outros cidadãos. Estas barreiras são muitas vezes reforçadas por atitudes marginalizadoras da sociedade. Neste sentido, procuramos neste ponto dar a conhecer quais as instituições e respostas existentes no Concelho que possam colmatar/suprimir/reduzir ou compensar as barreiras a fim de garantir que cada pessoa possa beneficiar de uma cidadania de pleno exercício, que assegure o respeito pelos direitos e deveres de cada um Caracterização do Grupo Quadro IV. 9 - NÚMERO DE SUJEITOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA INSTITUCIONALIZADOS Tipo Deficiência Resposta Social Deficiência Intelectual Deficiência Psicológica Deficiência Funções Gerais Deficiência Linguagem Deficiência de outros Órgãos Deficiência Músculo - Esqueléticas Lar Residencial Centro de Actividades Ocupacionais Lar de Apoio Núcleo de Reabilitação Profissional Total Fonte: Associação de Beneficência Popular de Gouveia IV Acção Social

125 5.2. Instituições e Respostas Existentes Quadro IV INSTITUIÇÕES DE APOIO A PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA Respostas Frequência Freguesia Instituição Acordo Sociais (Dez.2010) Lar Residencial Associação de Beneficência. Popular de S. Julião Lar de Apoio Gouveia Centro de Actividades Ocupacionais Fonte: Centro Distrital de Segurança Social da Guarda Serviço Local da Segurança Social de Gouveia Associação de Beneficência Popular de Gouveia A Associação de Beneficência Popular de Gouveia, fundada em 1880, é uma instituição que apresenta uma multidisciplinaridade de valências, que têm por missão contribuir para a promoção e desenvolvimento integrado da população do Concelho de Gouveia nas áreas cultural, social e económica. Das várias valências que possui salientam-se as seguintes: Lar de Apoio este Lar, com uma capacidade para 21 utentes, é uma resposta direccionada aos jovens e adultos portadores de deficiência que se encontrem a frequentar formação profissional no Núcleo de Reabilitação Profissional (NRP) ou no Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) da ABPG. Destina-se a jovens mais autónomos cujo projecto de vida na ABPG se prefigura como temporário, facilitando a frequência de cursos de formação. Centro de Actividades Ocupacionais é uma resposta direccionada a jovens com idade superior a 15 anos e adultos que apresentem atrasos severos de desenvolvimento, realizando actividades pedagógicas-ocupacionais, lúdico-desportivas adaptadas e terapêuticas. Núcleo de Reabilitação Profissional destina-se a jovens maiores de 15 anos e/ou adultos com deficiências, incapacidades ou desvantagens. Desenvolve actividades pedagógicas orientadas para a população portadora de deficiência, garantindo a sua formação, informação, avaliação e orientação profissional, a integração no mercado de trabalho e o acompanhamento pós colocação. Lar Residencial acolhe pessoas com deficiência que se encontrem impedidas, temporária ou prolongadamente, de residir no seu meio familiar. O Lar garante a prestação de todos os cuidados básicos necessários, nomeadamente os relacionados com a alimentação, higiene, saúde e vigilância. IV Acção Social

126 Grupo Aprender em Festa O GAF, através do seu Centro Comunitário, também desenvolve grupos de interajuda que se destinam essencialmente às pessoas com problemas de saúde mental/deficiências. São realizadas actividades ocupacionais, programas de desenvolvimento de competências pessoais e sociais e ateliers de expressão plástica, com o objectivo de proporcionar um maior equilíbrio e autonomia a estas pessoas. Sendo também realizados acompanhamentos psicoterapêuticos e intervenções psicossociais. 126 IV Acção Social

127 6. DEPENDÊNCIAS Dependência química...estado, no qual o indivíduo tem uma necessidade de repetidas doses de uma droga para sentir-se bem ou evitar sentir-se mal. (OMS) 127 Quando pensamos na palavra dependência, associamos logo à sensação de estar presos a algo ou alguém. A dependência pode acontecer ao nível físico, emocional ou mental, mas a origem é sempre a mesma, orientar a vida naquilo que é externo ao ser, no entanto, o que muda é o objeto da dependência. Alguns apoiam-se em pessoas, e/ou objectos, outros optam por substâncias químicas, muitos passam a vida escondendo-se atrás de máscaras que os fazem sentir melhor e a grande maioria é dependente de determinados comportamentos. A OMS reconhece a dependência química como uma doença, pois trata-se de uma alteração da estrutura e funcionamento normal da pessoa e que lhe é prejudicial. Um comportamento autodestrutivo, no qual o pessoa busca fora dele, a compensação das suas insatisfações ou frustrações e por ser o objecto de dependência, algo externo a ele, portanto enganoso, a sensação de preenchimento ou de bem-estar é passageiro, o que torna o individuo cada vez mais dependente. Infelizmente os casos de dependência química vêm crescendo a um ritmo vertiginoso. Actualmente é um dos males psíquicos mais constantes e também de maior preocupação por parte de alguns governantes e da sociedade, uma vez que é uma situação que não afecta apenas o indivíduo dependente, mas todo o meio envolvente. Drogas como: álcool, maconha, cocaína, crack, medicamentos para emagrecer a base de anfetaminas, calmantes indutores de dependência entre outros, estão a cada dia mais, presentes na rotina das pessoas, independente de classe social, raça, credo, sexo, entre outras. As dependências químicas não têm uma única causa, são sim produto de vários factores que actuam ao mesmo tempo. O que acontece é que muitas vezes um é mais predominante do que o outro, em determinadas pessoas. Por exemplo, fala-se em predisposição natural que pode ocorrer por herança genética ou por convivência no ambiente em que o ser vive ou frequenta, mas seja como for, independente da origem, as consequências são muito parecidas como problemas sociais, familiares, sexuais, profissionais, emocionais, mentais e espirituais. Existem muitos programas no sentido de ajudar as pessoas que vivem a problemática da dependência, seja o próprio dependente ou os seus familiares, alguns muito bem sucedidos como é o IV Acção Social

128 caso dos Alcoólicos Anónimos, mas, nada disso traz resultados positivos se não houver uma mudança firme de postura do dependente Caracterização da População-Alvo 128 Não existem dados precisos relativamente ao número de pessoas com problemas relacionados com o consumo excessivo de bebidas alcoólicas no Concelho de Gouveia. Contudo, é conhecido que este problema atinge um elevado número de residentes e suas famílias. A aceitação social face aos consumos abusivos de álcool e a manutenção de alguns mitos em torno do álcool completam um cenário onde abundam os bebedores excessivos e se desenvolvem progressivamente formas de dependência alcoólica. Quanto às características da população com dependência alcoólica baseamo-nos nos dados obtidos em relação aos doentes do Centro de Saúde de Gouveia que têm vindo a fazer tratamento com o apoio do GIAG Grupo Intersectorial de Alcoologia de Gouveia Instituições e Respostas Existentes GIAG Grupo Intersectorial de Alcoologia de Gouveia Formação da equipa: 2002 Objectivos: diagnóstico e triagem de situações-problema; tratamento e acompanhamento de pessoas em situação de dependência alcoólica, com vista à obtenção de uma melhor qualidade de vida baseada na abstinência; fomentar a aquisição de competências psicossociais que possibilitem a reinserção social; trabalho junto da comunidade para a prevenção de questões relacionadas com o consumo excessivo de álcool. Funcionamento: Funciona às segundas-feiras nas instalações do Centro de Saúde de Gouveia. Actividades: tratamento e apoio médico, psicológico e social de doentes com quadros clínicos de dependência alcoólica; dinamização de grupos de interajuda; articulação com técnicos do Projecto IV Acção Social

129 Alavanca - PORI (Plano Operacional de Respostas Integradas CRI Guarda), no acompanhamento continuado de doentes; articulação com o CARG e UAC, bem como com outras entidades, tendo em vista o bom desenvolvimento do programa terapêutico; visitas domiciliárias para acompanhamento próximo do doente/família; envolvimento comunitário no sentido de garantir a integração socioprofissional do doente. 129 Gráfico IV NÚMERO DE DOENTES ALCOÓLICOS POR FREGUESIA COM REGISTO NO GIAG Fonte: GIAG de Gouveia Tomando como referência os 29 indivíduos em activo na consulta do GIAG, durante o ano de 2010, verifica-se que a sua distribuição por freguesias apresenta alguma homogeneidade, havendo uma uniformidade a nível concelhio. Contudo, com maior representação, salientam-se as duas freguesias da sede do Concelho (S. Julião e S. Pedro), seguidas das freguesias de S. Paio e de Moimenta (Gráfico IV.11). Gráfico IV IDADE DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG mais de 60 Fonte: GIAG de Gouveia IV Acção Social

130 Do total dos doentes em tratamento pelo GIAG, cerca de 90% são do género masculino. O grupo etário predominante corresponde ao intervalo dos anos. Gráfico IV ESTADO CIVIL DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Solteiro Casado Divorciado Solteiro Casado Divorciado Fonte: GIAG de Gouveia Cerca de 24,4 % dos doentes são divorciados e 24,3% são solteiros. Grande parte dos doentes apresenta alguma instabilidade na estrutura familiar e relações familiares. Gráfico IV SITUAÇÃO DE EMPREGO DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG Desempregados Emprego Precário Emprego Pensionistas Fonte: GIAG de Gouveia IV Acção Social

131 Gráfico IV HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS DOENTES ALCOÓLICOS COM INTERVENÇÃO DO GIAG 14 Sem estudos 8 3ª Classe 4ª Classe 6º Ano º Ano 12º Ano Sem estudos 3ª Classe 4ª Classe 6º Ano 9º Ano 12º Ano Fonte: GIAG de Gouveia Os baixos níveis educacionais são um traço marcante dos doentes do GIAG. Cerca de 49% dos doentes apresentam habilitações literárias ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico, 17% são analfabetos, 22 % tem o 6º ano de escolaridade e 12 % tem o 12º ano de escolaridade. Uma constante nestes doentes é a escassez de rendimentos, que resulta de uma combinação de factores, tais como o desemprego ou emprego precário, reduzidos níveis salariais, baixos rendimentos de pensões ou outras prestações pecuniárias da Segurança Social. Realça-se que do total de doentes 63,4% estão em situação de desemprego, 12,2 % são pensionistas e somente 24,4% estão activos a nível profissional Projecto ALAVANCA O Projecto Alavanca, cuja entidade promotora foi a Associação de Beneficência do Sabugueiro, está integrado no Plano Operacional de Respostas Integradas (PORI), eixo da reinserção, do Instituto de Droga e da Toxicodependência (IDT). Duração do Projecto: O Projecto Alavanca teve a duração de dois anos, tendo iniciado funções em Março de Entidades parceiras: Município de Gouveia, Município de Seia, Segurança Social de Gouveia, IV Acção Social

132 Segurança Social de Seia, Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, Centro de Saúde de Seia, Centro de Saúde de Gouveia, Presidentes de Juntas de Freguesia, ULS Seia e Serviços de Acção Social Local. Objectivos: promover a auto-estima do utente; promover o desenvolvimento das competências pessoais, sociais e profissionais do utente; melhorar/facilitar o processo de (re)integração desta população em meio laboral; melhorar a articulação entre as várias entidades, de forma a facilitar o acesso aos serviços; promover acções de sensibilização como forma de desmistificação de conceitos e realidades sobre estas problemáticas, bem como, a divulgação de formações práticas em contexto real de trabalho. 132 Acções: apoiar o indivíduo na construção de um projecto de vida compatível com o seu perfil e interesses; apoiar e intervir na família do consumidor (através de uma acompanhamento regular visitas domiciliárias); colaborar na dinamização de Grupos de Interajuda destinados à população Alcoólica e na população Toxicodependente e suas famílias; após um período de tratamento com sucesso encaminhar para Formação Profissional e/ou facilitar a integração no mercado de trabalho; desenvolver oficinas ocupacionais facilitadoras do desenvolvimento das capacidades individuais, respeitando o indivíduo através de respostas adequadas às especificidades destes utentes, em estreita articulação com Entidades Locais formadoras. Estas oficinas temáticas desenvolveram formação nas seguintes áreas: Informática; Cidadania; Gestão de Conflitos; Comunicação Interpessoal e sessões de Consolidação de Conhecimentos; realização de Acções de Sensibilização a Empresas Concelhias com o objectivo de aumentar a informação junto destas; desmistificar conceitos e realidades da população alcoólica e toxicodependente e divulgar o Programa Vida-Emprego e Emprego-Protegido (Formações práticas em contexto real de trabalho). Equipa Técnica: uma coordenadora psicóloga - 50%; uma técnica de serviço social 50%; uma técnica de serviço social 25% - cedência da Entidade Promotora Associação Beneficência do Sabugueiro; uma técnica de educação 10% - cedência da Entidade Parceira Município de Seia. IV Acção Social

133 Quadro IV DOENTES ALCOÓLICOS ACOMPANHADOS PELO PROJECTO "ALAVANCA" ATÉ MARÇO DE 2010 FREGUESIAS UTENTES ACOMPANHADOSFAIXA ETÁRIA GÉNERO Gouveia Feminino 2 Masculino Vinhó Masculino Vila Nova de Tazem Masculino 133 Paços da Serra Masculino Lagarinhos Masculino Nabais Masculino Fonte: Projecto Alavanca Consulta de Toxicodependência Formação da Equipa 1996 Entidades Parceiras Centro de Saúde de Gouveia e Centro de respostas Integradas (CRI). Objectivo geral redução do número de consumidores de substâncias ilícitas. Objectivo especifica identificar consumidores de substâncias ilícitas, promover a redução do número de consumidores de substâncias ilícitas e de toxicodependentes actuando ao nível da prevenção, tratamento, redução de danos e reinserção social. Equipa duas médicas de medicina geral e familiar, dois enfermeiros, um psiquiatra, duas psicólogas, um técnico de serviço social e um técnico psicossocial Projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais Desenvolvido no âmbito do eixo da prevenção, do Programa Operacional de Respostas Integradas, do Instituto da Droga e Toxicodependência, o Projecto Aventura Mais: + Jovem, + Família, + Escola, + Profissionais, teve como público-alvo pré-adolescentes e adolescentes dos IV Acção Social

134 Concelhos de Gouveia e Seia, bem como famílias multidesafiadas de ambos os Concelhos. A entidade promotora deste projecto no Concelho foi o Grupo Aprender em Festa (GAF). Acções: Aplicação do Programa Mais Jovem Mais por Professores, Técnicos e Monitores que obtiveram formação teórica, junto de pré-adolescentes e adolescentes do ensino profissional de Gouveia e Seia; turma PIEF, jovens institucionalizados do Centro de Acolhimento Temporário Solar do MIMO. Este Programa teve como objectivo promover a aquisição de competências pessoais e sociais em pré-adolescentes e adolescentes, trabalhando entre outras as seguintes competências: autoconhecimento, assertividade, autoconfiança, problemas comportamentais, resistência à frustração, pressões familiares, entre outras. 134 IV Acção Social

135 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Descriminação dos idosos pela sociedade. Ausência de resposta em tempo útil aos idosos que necessitam ser institucionalizados, principalmente nos casos em que apresentam quadros clinícos críticos. Isolamento geográfico e/ou social das pessoas idosas. 135 População Idosa Desafios Promover um envelhecimento activo (fisico, intelectual e social), através de um conjunto de iniciativas direccionadas para esta franja da população, por exemplo a criação de Centro de Pessoas Maiores, fixos e/ou itinerantes. Sensibilizar as familias, técnicos e comunidade em geral, no sentido de promover uma visão positiva sobre o envelhecimento e papel do idoso na sociedade. Desenvolver acções/encontros intergeracionais. Incentivar as pessoas idosas a participar nas decisões sociais e políticas através, por exemplo, da criação de um Conselho Municípal da Pessoa Maior. Avaliar as respostas institucionais ou não, destinadas aos idosos, no sentido de se verificar se estas respondem às necessidades existentes ou se por outro lado é necessário alargar ou criar novas. Teleassistência aos idosos que vivem isolados e em situações consideradas de risco. Criação de um Banco de Voluntários que prestem apoio aos idosos que dele o necessitarem. Desenvolver acções de formação para os cuidadores formais e informais desta população. IV Acção Social

136 Problemáticas Aumento dos desempregados de longa duração (baixa escolaridade), assim como dos jovens desempregados, que apresentam uma escolaridade média/alta. 136 Desempregados Desafios Sessões de esclarecimento sobre as respostas/apoios existentes para a procura e criação de emprego. Melhorar a articulação entre o Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia, o Gabinete de Inserção Profissional de Gouveia e as entidades empregadoras. Criação de incubadoras de empresas. Desenvolver Programas de Apoio à Criação e Fixação de Empresas. Investir numa educação empreendedora que promova a criatividade, a abertura de espírito, a disposição para correr riscos e a autoconfiança. IV Acção Social

137 Problemáticas Falta de respostas de acolhimento para jovens maiores de 12 anos. Falta de conciencialização por parte da comunidade ao nível da sinalização de crianças/ jovens em situação de risco/perigo. Carência de competências sociais, pessoais e valores das crianças e jovens. Ausência de resposta para crianças com menos de 3 anos e portadoras de multideficiências. 137 Crianças e Jovens Desafios Criar um Centro de Acolhimento para Jovens com mais de 12 anos. Acções de sensibilização na comunidade para a questão dos maus-tratos fisicos e psicológicos nas crianças e jovens. Assim como uma melhor e maior divulgação das respostas existentes no terreno, nomeadamente a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, entre outras. Criar Centros Sócio-juvenis, com programas e actividades promotaras de competências pessoais e sócio-afectivas. IV Acção Social

138 Problemáticas Acomodação à situação de carência e à dependência dos subsídios. Falta de articulação entre as diferentes equipas de apoio às famílias, o que leva à sobreposição de respostas e consequentemente à saturação por parte das famílias no que diz respeito ao processo de intervenção. Défice de competências parentais. Falta de competência na organização e gestão da vida doméstica. Olhar estigmatizante da comunidade para com estas famílias. 138 Famílias Multidesafiadas Desafios Promover uma cultura de responsabilização social, na qual o indivíduo que recebe prestações sociais se deva envolver em actividades úteis à comunidade e promotoras das competências que lhe permitam uma melhor inserção na comunidade. Criar um espaço de articulação entre os diferentes serviços em que sejam definidas as estratégias e as equipas que trabalham com cada família. Desenvolver acções promotoras de uma parentalidade positiva. Implementar acções de educação social que promovam melhores capacidades de organização e gestão doméstica, como por exemplo, economato, higiene habitacional, cuidados básicos de saúde, culinária, entre outras. Criar de um conjunto de acções direccionadas para todas as familias, por exemplo grupos de educação parental para familias assistidas e outras familias da comunidade. Implementar um Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), no sentido de este se constituir como uma resposta continuada para as familias. IV Acção Social

139 Problemáticas As respostas existentes no Concelho ao nível da deficiência, nomeadamente o Lar Residência, Lar de Apoio e Centro de Actividades Ocupacionais da ABPG, encontram-se lotadas. Dificuldade na inserção sócio-profissional das pessoas portadoras de deficiência. Existência de inúmeras barreiras arquitectónicas ao nível dos edificios e via pública. Olhar estigmatizante da comunidade para com as pessoas portadoras de deficiência. 139 Deficiência Desafios Alargamento e/ou criação de novas respostas na área da deficiência. Sensibilização das entidades empregadoras para o recrutamento de trabalhadores portadores de deficiência, divulgando simultaneamente os beneficios legais concedidos para a criação de postos de trabalho para estas. Criar um espaço público mais respeitador, seguro, saudável, funcional, em que não existam barreiras arquitectónicas. Promover acções na comunidade que combatam o preconceito e promovam o reconhecimento da igualdade essencial entre as pessoas. IV Acção Social

140 Problemáticas Consumo excessivo de álcool e substâncias psicoactivas por parte dos jovens e adultos, sendo esta droga socialmente aceite pela comunidade. Falta de conhecimento pela população em geral das causas/efeitos do consumo de Substância Psicoactivas (SPA s). Ausência de respostas continuadas no âmbito da prevenção e reinserção. Dificuldade na inserção socioprofissional das pessoas com dependências. Olhar estigmatizante da comunidade para com as pessoas com dependência. 140 Dependências Desafios Promover factores protectores associados ao consumo de álcool e de outras substâncias psicoactivas (aumento da auto-estima, competências pessoais e sociais, relação positiva entre pares, entre outras). Sessões de esclarecimento que alertem os jovens para o risco da dependência, bem como, para o risco do consumo destas substâncias. Criar resposta de longo prazo no Concelho no âmbito da prevenção e reinserção de dependentes. Desenvolver uma consciência social no tecido empresarial e na comunidade, no sentido, de facilitar a inserção profissional, pessoal e social dos dependentes. IV Acção Social

141 Problemáticas Falta de conhecimento do número de emigrantes residentes no Concelho, assim como da caracterização deste grupo. Os profissionais de saúde e de acção social apontam para a existência de um número signicativo de doentes do foro psiquiátrico, contudo não existe nenhum estudo que permita conhecer esta população. 141 Outros Grupos Desafios Realizar estudos que permitam caracterizar e desenvolver acções direccionadas para os grupos identificados nas problemáticas. IV Acção Social

142 V HABITAÇÃO A função primordial da habitação é a de abrigo. Com o desenvolvimento das suas habilidades, o homem passou a utilizar materiais disponíveis no seu meio, tornando o abrigo cada vez mais elaborado. Mesmo com toda a evolução tecnológica, a sua função primordial tem permanecido a mesma, ou seja, proteger o ser humano das intempéries e de intrusos. (ABIKO, 1995). 142 A habitação é uma necessidade básica e uma aspiração do ser humano. A casa própria, juntamente com a alimentação e o vestuário são o principal investimento para a constituição de um património, além de estar ligada, subjectivamente, ao sucesso económico e a uma posição social mais elevada. Actualmente a aquisição da habitação faz parte do conjunto de aspirações principais de uma parcela significativa da população e desempenha três funções distintas: social, ambiental e económica. Como função social, tem de abrigar a família representando um dos factores do seu desenvolvimento. É um espaço ocupado antes e após as jornadas de trabalho, acomodando as tarefas primárias de alimentação, descanso, actividades fisiológicas e convívio social devendo atender aos princípios básicos de habitabilidade, segurança e salubridade. Na função ambiental, a inserção no ambiente urbano é fundamental para que estejam assegurados os princípios básicos de infra-estrutura, saúde, educação, transportes, trabalho, lazer etc., além de determinar o impacto destas estruturas sobre os recursos naturais disponíveis. Apesar de ser o cenário das tarefas domésticas, a habitação é o espaço no qual muitas vezes ocorrem, em determinadas situações, actividades de trabalho, como pequenos negócios. Neste sentido, as condições de vida, de moradia e de trabalho da população estão estreitamente vinculadas ao processo de desenvolvimento. Já a função económica da habitação é inquestionável e a sua produção oferece novas oportunidades de geração, de emprego, de renda e mobiliza vários sectores da economia local, influenciando os mercados imobiliários de bens e serviços. Constituindo-se essencialmente como uma necessidade primária e um direito básico de qualquer cidadão, a habitação deve ser um aspecto fundamental a ter em conta em qualquer sociedade. Há que apostar na melhoria das condições habitacionais como objectivo de promover a qualidade de vida e o bem-estar da população. Neste sentido, este capítulo debruça-se sobre o V Habitação

143 panorama geral da habitação no Concelho, bem como as respostas e necessidades existentes, de forma a permitir um conhecimento mais alargado da realidade do Concelho. 1. PANORAMA GERAL DA HABITAÇÃO NO CONCELHO 143 Antes de 1919 Quadro V. 1 - ALOJAMENTOS CLÁSSICO SEGUNDO A ÉPOCA DE CONSTRUÇÃO * * Entre o período de 1971 e 1980 verifica-se uma maior construção de edifícios Fonte: INE Censos de Total Quadro V. 2 - ÍNDICE DE LOTAÇÃO DOS ALOJAMENTOS FAMILIARES CLÁSSICOS, OCUPADOS COMO RESIDÊNCIA HABITUAL Alojamentos sobrelotados Tipologia (n.º de divisões existentes) N.º de habitações existentes N.º de habitações sobrelotadas T T T3 ou Total Fonte: INE Censos de 2001 Destaca-se que cerca de 57% dos edifícios correspondem a uma construção anterior a 1980, ou seja, 3424 edifícios do Concelho têm mais de 20 anos. Pode-se constatar também que dos 476 alojamentos sobrelotados, mais de 75% com a existência de uma ou duas divisões apenas, deva corresponder a situações habitacionais de pobreza. Muitos alojamentos encontram-se degradados não só porque já foram construídos há várias décadas, mas também, porque só nos últimos anos se têm difundido programas de conservação e reabilitação de edifícios antigos. V Habitação

144 Quadro V. 3 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE INSTALAÇÃO ELÉCTRICA 144 Fonte: INE Censos de 2001 Quadro V. 4 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE INSTALAÇÃO SANITÁRIA A Corresponde ao número de retretes fora do alojamento, mas no edifício B alojamentos sem retrete Fonte: INE Censos de 2001 Quadro V. 5 - ALOJAMENTOS FAMILIARES OCUPADOS SEGUNDO A EXISTÊNCIA DE ÁGUA CANALIZADA E INSTALAÇÃO DE BANHO OU DUCHE Designação Sem água canalizada Sem instalação de banho ou duche Alojamento Fonte: INE Censos de 2001 V Habitação

145 Segundo os Censos, existiam ainda em 2001, 138 pessoas a habitar em residências sem electricidade, 314 alojamentos sem retrete, 128 alojamentos sem água canalizada e 548 alojamentos sem banheira ou chuveiro. 2 RESPOSTAS E NECESSIDADES Respostas existentes Bairro de realojamento social Mata da Rainha Quadro V. 6 - CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DAS FAMILIAS RESIDENTES NO BAIRRO EM 2010 Grupo de Idade Tipologia das Famílias Fontes de Rendimentos Pessoa isolada 6 Trabalhador conta outrem Monoparental 1 Formação profissional Nuclear 7 RSI Outra 2 Pensão Desemprego anos 7 Estudantes 5 Total Fonte: Sector da Acção Social e Família O Bairro de Habitação Social Mata da Rainha foi construído em 2000 com a finalidade de realojar os residentes das antigas casas pré-fabricadas em madeira existentes na rua Cidade de Danbury. É constituído por 17 fogos, sendo sete apartamentos de tipologia T3; seis T2 e quatro T3, de acordo com os agregados familiares a realojar. Desde essa data, apenas seis apartamentos foram ocupados por outros agregados familiares em situação de grave carência económica, estando os restantes 10 ocupados pelas famílias aos quais se destinavam. No quadro V.6 são apresentadas as características das famílias no que diz respeito à idade, tipologia familiar e fonte de rendimentos Bairro Social Dr. António Moura (Vila Nova de Tazem) O bairro surgiu nos anos 50 com o apoio do pároco que juntamente com outras pessoas angariou fundos para a construção das primeiras habitações. Por seu turno, em 30 de Maio de 1955 a Fábrica da Igreja de Vila Nova de Tazem criou o Património dos Pobres. Dos respectivos estatutos V Habitação

146 consta que, o Património dos Pobres destina-se prioritariamente à construção e administração de moradias para pobres e indigentes e subsidiariamente a todos os fins de caridade, educação, profilaxia e assistência. Ao longo de décadas, o bairro foi sofrendo transformações quer ao nível da mobilidade populacional, quer na construção de novas casas. Numa primeira fase foram construídas apenas seis habitações. Em 1957 surgiram mais dois alojamentos como resultado de ofertas beneméritas. Mais tarde, numa segunda fase, entre 1983 e 1989, verificou-se a construção de cinco novas moradias. Numa última fase, em 1996, foram construídas mais duas casas, assim como a colocação de um ponto de água no quintal de cada habitação. Actualmente o Bairro Social Dr. António Moura tem um total de 15 fogos habitacionais. 146 Quadro V. 7 - CARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES HABITACIONAIS NO BAIRRO SOCIAL EM 2010 Nº de casas 2010 Total Água potável Sem 0 Com Casa de Banho Sem 11 Com 4 15 Tipologia T2 14 T Fonte: Sector da Acção Social e Família Quadro V. 8 - CARACTERIZAÇÃO SOCIAL DAS FAMILIAS RESIDENTES NO BAIRRO DE VILA NOVA DE TAZEM EM 2010 Grupo de Idade Tipologia das Famílias Fontes de Rendimentos Pessoa isolada 6 Trabalhador conta outrem Monoparental 1 Formação profissional Nuclear 7 RSI Outra 2 Pensão Desemprego anos 7 Estudantes 1 Total Fonte: Sector da Acção Social e Família As condições habitacionais bem como das famílias que habitam nos fogos habitacionais do Bairro Dr. António Moura são apresentadas no quadro V.7 e no quadro V.8, respectivamente. V Habitação

147 Apoio ao nível do arrendamento, aquisição e taxas e tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos Ao nível do arrendamento e aquisição, o Município de Gouveia, no sentido de apoiar os jovens e incentivá-los a fixar-se no Concelho criou o Programa Gouvijovem. Este tem como principais modalidades de apoio o arrendamento, a aquisição de edifício ou fracção autónoma e redução nas tarifas das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos. 147 Quadro V. 9 - NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA GOUVIJOVEM Ano N.º de Jovens beneficiários até Maio 15 Fonte: Sector da Acção Social e Família Dentro do Programa + Social, o Município de Gouveia, criou, a partir de Janeiro de 2011, as modalidades de arrendamento e da redução nas tarifas das tarifas de água, saneamento e resíduos sólidos, para pessoas individuais ou famílias, em condições económicas vulneráveis, com mais de 65 anos ou agregados familiares constituídos por um ou mais dependentes. Desde a aprovação deste novo programa, até Maio do mesmo ano, 6 famílias e/ou pessoas individuais usufruem dos apoios supracitados. 3. CASAS DEGRADADAS E DEVOLUTAS NO CONCELHO DE GOUVEIA Quadro V LEVANTAMENTO DAS CASAS DEVOLUTAS E DEGRADADAS EXISTENTES NO CONCELHO Freguesias Casas Degradadas Casas Devolutas Total Ribamondego Rio Torto S. Julião S. Paio Vila Nova de Tazem Vinhó Vila Cortês da Serra Aldeias Vila Franca da Serra Cativelos Lagarinhos Mangualde da Serra V Habitação

148 Arcozelo da Serra Nespereira Figueiró da Serra Folgosinho Freixo da Serra Melo Moimenta da Serra Nabais Paços da Serra S. Pedro Total Fonte: Juntas de Freguesia do Concelho de Gouveia De acordo com o levantamento realizado pelas Juntas de Freguesia existem 703 casas devolutas identificadas, das quais, 216 localizam-se na freguesia de Vila Nova de Tazem. No que se refere às casas degradadas existem 531 casas identificadas no Concelho, destas o número mais elevado verifica-se na localidade de Cativelos (77). Quanto à freguesia de S. Pedro desconhece-se o número de casas com as características mencionadas Programas de reabilitação habitacional Actualmente, um dos principais problemas urbanos é a existência de vastas áreas degradadas não só do ponto de vista arquitectónico como também social, cultural e económico. A importância de travar e inverter este processo é já reconhecida pela grande parte da classe política e técnica. É com base neste reconhecimento que têm sido definidas políticas e programas de reabilitação e Portugal não foi excepção. Porém, apesar da existência de diversos programas e instrumentos de reabilitação, em Portugal, continuam a ser evidentes as dificuldades em passar das políticas para as acções. Vários esforços têm sido feitos a nível nacional no sentido de intervenção na reabilitação do parque habitacional através dos seguintes programas: RECRIA - Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (Decreto-Lei nº4/88, de 6 de Junho), visa financiar a execução das obras de conservação e beneficiação que permitam a recuperação de fogos e imóveis em estado de degradação, mediante a concessão de incentivos pelo Estado e pelos municípios. V Habitação

149 RECRIPH - Regime Especial de Comparticipação e Financiamento na Recuperação de Prédios Urbanos em Regime de Propriedade Horizontal (Decreto-Lei 105/96, de 31 de Julho), procura apoiar financeiramente a execução de obras de conservação nas partes comuns de edifícios, constituídos em regime de propriedade horizontal. REHABITA - Regime de Apoio à Recuperação Habitacional em Áreas Urbanas Antigas (Decreto-Lei nº106/96, de 31 de Julho), consiste numa extensão do Programa RECRIA e visa apoiar financeiramente as Câmaras Municipais na recuperação de zonas urbanas antigas. 149 SOLARH - Sistema de Solidariedade de Apoio à Reabilitação de Habitação (Decreto-Lei nº 7/99, de 8 de Janeiro), permite a concessão de empréstimos sem juros pelo IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP), para realização de obras de conservação em habitação própria permanente de indivíduos ou agregados familiares; em habitações devolutas de que sejam proprietários os municípios, as instituições particulares de solidariedade social, as pessoas colectivas de utilidade pública administrativa que prossigam fins assistenciais, e as cooperativas de habitação e construção; em habitações devolutas de que sejam proprietárias pessoas singulares. O Município de Gouveia através do Programa SOLARH interveio em 21 habitações no decorrer dos anos de 2009 e V Habitação

150 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Existência de um elevado número de habitações devolutas e degradadas, em mau estado de conservação ou ruína. Incapacidade dos proprietários, no sentido de realizarem as obras necessárias para a melhoria do seu estado de conservação. Falta de condições habitacionais nas casas do bairro social Dr. António Moura (Vila Nova de Tazem). Insuficiente caracterização das habitações devolutas (informação dos titulares, estado de conservação e necessidades de intervenção). 150 Habitações degradadas e devolutas Desafios Incentivar a população activa jovem a recuperar edificações em mau estado de conservação ou ruina para fins turísticos e/ou habitacionais em detrimento da construção de novos edifícios. Sensibilizar os proprietários para a necessidade de reabilitação das edificações em mau estado de conservação ou ruína. Implementar programas que abranjam ajudas técnicas e monetárias, no sentido de requalificar o parque habitacional. V Habitação

151 Problemáticas Falta de imóveis para arrendar e da sua adequação à tipologia dos agregados familiares. No seguimento da problemática anterior as rendas dos imóveis são inflacionadas. Contexto económico das famílias impossibilita a construção/reconstrução de imóveis para habitação própria. 151 Défice de oferta de habitação Desafios Sensibilizar os proprietários no sentido de aquisição de edificações devolutas, em mau estado de consevação ou ruina com vista à sua requalificação e posterior arrendamento. Melhorar a divulgação dos programas de apoio à requalificação habitacional e ao arrendamento de âmbito nacional e local. Nomeadamente, no âmbito da requalificação: RECRIA, RECRIPH, SOLARH, REHABITA e Porta 65; do apoio ao arrendamento: Porta 65 e Gouvijovem (programa municipal). V Habitação

152 VI EMPREGO E ACTIVIDADES ECONÓMICAS O trabalho é tão antigo quanto o ser humano. (Peter Drucker) Ao longo da história da humanidade ocorreram várias mudanças a nível cultural. Com o estágio evolutivo de cada sociedade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada. No ocidente, a dignidade do trabalho foi falsamente elogiada por muito tempo. O trabalho não merecia a atenção de pessoas educadas, abastadas ou com autoridade. O trabalho era o que os escravos faziam. Mas o trabalho é mais do que um instrumento criador de riqueza. Além do valor intrínseco, serve também para expressar muito da essência do ser humano, o homo faber estando intimamente relacionado à personalidade. No começo dos tempos, o trabalho era a luta constante pela sobrevivência e pela necessidade da procura de alimento e de abrigo. O avanço da agricultura, dos seus instrumentos e ferramentas trouxe progressos ao trabalho. Mais tarde, com a Revolução Industrial o valor e as formas de trabalho, bem como a sua organização e até o aparecimento de políticas sociais trouxe a necessidade de organizar o trabalho, uma vez que o número das pessoas, instrumentos e outros processos aumentaram e geraram a ideia de "emprego". Nos tempos primitivos da Babilónia, do Egipto e de Israel, havia o trabalho escravo e o trabalho livre, havia até o trabalho de artesãos mas não havia o emprego, tal como nós o compreendemos actualmente. Por seu lado na Antiguidade, não existia a noção de emprego. A relação trabalhista que existia entre as pessoas era a relação escravizador-escravo. Nessa época, todo o trabalho era feito por escravos. Havia artesãos, mas estes não tinham patrões definidos, tinham clientes que pagavam pelos seus serviços. Os artesãos podiam ser comparados aos profissionais liberais de hoje, já que trabalhavam por conta própria sem ter patrões. Na Idade Média também não havia a noção de emprego. A relação trabalhista da época era a relação senhor-servo. O servo não trabalhava para receber uma remuneração, mas para ter o direito de morar nas terras do seu senhor. Também não existia qualquer vínculo contratual entre os dois, mesmo porque senhor e servo eram analfabetos. Na Idade Moderna as coisas começam a modificar-se. Neste período, existiam várias empresas familiares que transaccionavam uma pequena produção artesanal, todos os membros da família trabalhavam juntos para vender produtos nos mercados, neste caso não poderemos falar de emprego. Além das empresas familiares, havia oficinas com muitos aprendizes que recebiam em troca residência e alimentação e ocasionalmente, algum pagamento. É neste período que se começa a 152 VI Emprego e Actividades Económicas

153 delinear o conceito de emprego. Com a chegada da Revolução Industrial, êxodo rural, concentração dos meios de produção, a maior parte da população não tinha ferramentas para trabalhar como artesãos, assim, restava às pessoas oferecerem o seu trabalho como moeda de troca. É neste período que a noção de emprego toma a sua forma. Temos motivos para crer que as mudanças que têm vindo a ocorrer graças à tecnologia, principalmente à tecnologia informativa e das telecomunicações, têm modificado as relações económicas entre as empresas, empregados, governos, países, línguas, culturas e sociedades. Essas mudanças direccionam-se para uma situação tão diferente da existente no final da Segunda Guerra Mundial, que podemos afirmar que um novo período da História está a ser delineado. Assim, procuramos neste capítulo expor num primeiro ponto uma caracterização da população do Concelho, no que concerne à evolução da população residente, população activa e população activa desempregada. Num segundo momento analisa-se o perfil dos empresários e fazemos uma exposição do panorama geral das Actividades Económicas no Concelho. 153 VI Emprego e Actividades Económicas

154 1. POPULAÇÃO 1.1. Evolução da População Residente Quadro VI. 1 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM GOUVEIA Faixa Etária H M Total % H M Total % 0-14 anos , , anos , , anos , ,8 65as , ,4 Ttal Fonte: INE Censos de Pela observação do Quadro VI.1, verificamos que desde o ano de 2001 até 2009 registou-se uma ligeira diminuição da população residente no Concelho de Gouveia, passando de para habitantes. Esta diminuição foi mais significativa na faixa etária dos 0-14 anos, com um decréscimo de 2,58% e na classe dos anos, com uma quebra de 1,59%. Paralelamente, assistimos a um ligeiro aumento (3,20%) da faixa etária dos 25 aos 64 anos, reflectindo, à semelhança do Diagnóstico Social anterior, uma tendência para o envelhecimento da população Evolução da População Activa Quadro VI. 2 - EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO ACTIVA EM GOUVEIA Faixa Etária H M Total % H M Total % anos , , anos , , anos , , anos , , anos , , anos , , anos , , anos , , anos , ,08 Total Fonte: INE Censos de 2001 VI Emprego e Actividades Económicas

155 O Quadro VI.2 indica-nos que houve um aumento significativo da população activa gouveense, passando de indivíduos em 2001, para no ano de Observa-se, igualmente, que no ano de 2001 o universo feminino da população activa era menos significativo do que o masculino, registando um elevado incremento em A faixa etária dos 35 aos 44 anos assume maior destaque na população activa no ano de 2001, expondo 27,72%, enquanto que em 2008 é a classe dos 25 aos 34 anos que apresenta uma maior proporção, com 24,05% da amostra Categoria de Desemprego por Freguesia Gráfico VI. 1 - NÚMERO DE DESEMPREGOS POR CATEGORIA E POR FREGUESIA Fonte: IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia O gráfico VI.1 mostra-nos que a freguesia que apresenta maior número de indivíduos à procura de novo emprego é a freguesia de S. Pedro (122), seguida de Vila Nova de Tazem (75), São Paio (68) e São Julião (66). Observa-se também que à procura do 1.º emprego evidencia-se a freguesia de S. Pedro com 15 sujeitos, seguida de São Julião (12) e São Paio e Vila Nova de Tazem com 11 sujeitos. Inseridos em programas ocupacionais destaca-se a freguesia de Vila Nova de Tazem e São Pedro com 9 sujeitos. Logo a seguir encontram-se as freguesias de Moimenta da Serra e São Julião com 8 indivíduos. VI Emprego e Actividades Económicas

156 Gráfico VI. 2 - CARACTERIZAÇÃO DOS DESEMPREGADOS POR GÉNERO 156 Fonte: IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia Do observado no gráfico supracitado verifica-se que o maior número de desempregados pertence ao género feminino (57%) comparativamente ao género masculino (43%). Quadro VI. 3 - GÉNERO DOS DESEMPREGADOS POR FREGUESIA Masculino Feminino Total Aldeias Arcozelo Cativelos Freixo Figueiró Folgosinho Lagarinhos Mangualde Melo Moimenta Nabais Nespereira Paços Ribamondego Rio Torto São Julião S. Paio São Pedro Vila Cortes Vila Franca Vila Nova de Tazem Vinhó Total Fonte: IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia Segundo os dados do CEFP de Seia, em 2010 Quadro VI.3 apresenta uma caracterização por género das várias freguesias. Como se pode verificar a freguesia de São Pedro é aquela que apresenta o maior número de indivíduos desempregados com um total de 146 indivíduos (65 género masculino VI Emprego e Actividades Económicas

157 e 81 género feminino), seguida da freguesia de Vila Nova de Tazem com 95 sujeitos (32 género masculino e 63 género feminino), freguesia de São Julião com 86 sujeitos (33 género masculino e 53 género feminino) e a freguesia de São Paio com um total de 82 indivíduos (46 género masculino e 36 género feminino). Relativamente ao ano 2010 registou-se um aumento bastante significativo de desempregados. De 699 indivíduos registados no Concelho de Gouveia em 2009, excedeu para 871 sujeitos no ano 2010, como se verifica no quadro VI.3. O número de desempregados presenciou um incremento em ambos os géneros: masculino e feminino. 157 Gráfico VI. 3 - HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS DESEMPREGADOS Fonte: IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia No que concerne às habilitações literárias dos desempregados, como se pode constatar no gráfico supracitado o maior número de desempregados possui o 4.º ano de escolaridade. Logo de seguida surgem aqueles que têm o 6.º ano de escolaridade, o 9.º ano e 12.º, respectivamente. Relativamente aos sujeitos que detêm um nível de habilitações superiores, os licenciados desempregados são aqueles que detêm um maior número de indivíduos comparativamente com o grau de mestre. De acordo com o gráfico VI.3 os indivíduos sem habilitações literárias é ligeiramente superior aos sujeitos que possuem o 11.º ano. VI Emprego e Actividades Económicas

158 Gráfico VI. 4 - NÚMERO DE INDIVÍDUOS POR FAIXA ETÁRIA 158 Fonte: IEFP - Centro de Emprego e Formação Profissional de Seia Analisando o Gráfico VI.4 verifica-se que o desemprego mais jovem (com idade inferior a 20 anos) atinge 13 sujeitos comparativamente com a faixa etária anos que apresenta um número reduzido (6 elementos). Pela observação do mesmo gráfico constata-se que a faixa etária anos é aquela que abarca um maior número de indivíduos, seguida pela faixa etária com um total de 115 sujeitos. Na faixa etária entre os 25 e os 29 anos, e anos o número de desempregados no ano de 2010 correspondente ao valor de 97 e 93 respectivamente. No gráfico VI.4, pode-se ainda constatar que o número de desempregados na faixa etária anos é bastante significativo (95 indivíduos). Nas faixas etárias dos 35-39, anos evidencia-se uma similaridade nos resultados apresentados como podemos constatar. Por último, na faixa etária anos o número total de indivíduos abarca os 78 sujeitos. VI Emprego e Actividades Económicas

159 2 PERFIL DOS EMPRESÁRIOS 2.1- Género e Idade Quadro VI. 4 - CARACTERIZAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS QUANTO AO GÉNERO E À IDADE Peso do Género do Empresário Intervalo de intervalo de idades idades Masculino Feminino 20 a 29 6,14% 3,37% 2,77% 30 a 39 18,41% 11,68% 6,73% 40 a 49 25,75% 17,83% 7,92% 50 a 59 27,53% 19,61% 7,92% 60 a 69 16,63% 12,08% 4,55% 70 a 79 4,55% 3,76% 0,79% 80 a 89 0,99% 0,99% 0,00% % Total 100% 69,32% 30,68% 159 Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Observando o Quadro VI.4, verifica-se que no universo dos empresários existentes 69,32% são do género masculino, ostentando uma maior representatividade em todas as actividades económicas. As empresárias gouveenses representam apenas 30,68% da amostra. Verifica-se assim uma prevalência de empresários do género masculino sobre o género feminino, reiterando os dados de Gráfico VI. 5 - CARACTERIZAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA DOS EMPRESÁRIOS 100% 6,14% 18,41% 25,75% 27,53% 16,63% 4,55% 0,99% 20 a a a a a a a 89 %Total Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 VI Emprego e Actividades Económicas

160 O Gráfico VI.5 revela que a maioria dos empresários inquiridos situa-se na faixa etária entre os 50 e os 59 anos de idade (27,53%), aferindo-se a presença de poucos empresários jovens: 6,14% na faixa etária dos anos e 18,41% na classe dos anos. Constata-se uma ligeira tendência para o envelhecimento do tecido empresarial do Concelho, se compararmos os 70% de empresários com mais de 40 anos referenciados em 2003, com os 75,45% nomeados em Habilitações Literárias Quadro VI. 5 - HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DOS EMPRESÁRIOS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA Habilitações literárias Peso da actividade económica Actividade económica Até 1º Ciclo do Ensino Básico 2º Ciclo do Ensino Básico 3º Ciclo do Ensino Básico Ensino Secundário Ensino Superior Alojamento/Restauração 19,89% 9,27% 3,67% 1,93% 4,05% 0,97% Comércio 31,86% 12,16% 5,03% 3,09% 8,49% 3,09% Construção Civil 10,42% 5,98% 1,74% 1,54% 0,97% 0,19% Indústria 17,94% 6,56% 4,63% 1,35% 2,70% 2,70% Serviços 19,89% 5,60% 4,44% 2,32% 3,86% 3,67% % Total 100% 39,57% 19,51% 10,23% 20,07% 10,62% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Ao observar o Quadro VI.5, constata-se que a maior parte dos inquiridos (39,57%) apresenta habilitações literárias até ao 1º Ciclo do Ensino Básico. Os empresários que detêm quer o Ensino Secundário, quer o 2º Ciclo do Ensino Básico, apresentam também uma percentagem significativa, figurando com 20,07% e 19,51% do universo, respectivamente. Sucede-se o Ensino Superior com 10,62% e o 3º Ciclo do Ensino Básico com 10,23% da amostra. Com efeito, regista-se um aumento tendencial das habilitações literárias dos empresários gouveenses, observando que, comparativamente a um estudo realizado em 2003, 60% dos empresários detinha apenas o 1º Ciclo do Ensino Básico, face aos 39,57% citados em Por outro lado, conclui-se que, no ano de 2008, cerca de 10,62% dos empresários possuem um curso superior, contrapondo aos 4% indicados em VI Emprego e Actividades Económicas

161 2.3 Formação Profissional Gráfico VI. 6 - NECESSIDADES DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS EMPRESÁRIOS Não Sim 61,22% ,78% Não Sim Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Observando o Gráfico VI.6, podemos inferir que 61,22% dos empresários questionados não sentem necessidade de obter formação profissional. Os restantes 38,78% referem que gostariam de frequentar acções de formação, evidenciando-se as actividades do Comércio (11,55%) e dos Serviços (10,24%). No entanto, o Quadro VI.6 revela-nos que mais de metade dos inquiridos (51,77%) declara que os seus colaboradores frequentaram acções de formação profissional. Quadro VI. 6 - FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOS COLABORADORES Peso da actividade Formação Profissional dos colaboradores Actividade económica económica Sim Não Alojamento / Restauração 18,44% 6,03% 12,41% Comércio 30,50% 17,02% 13,48% Construção de Civil 12,06% 3,55% 8,51% Indústria 19,15% 10,28% 8,87% Serviços 19,85% 14,89% 4,96% % Total 100% 51,77% 48,23% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Depreende-se que existe uma crescente preocupação com o investimento em formação profissional dirigida aos funcionários, pois a percentagem das empresas que apontou esta iniciativa VI Emprego e Actividades Económicas

162 no estudo realizado em 2003 (29%), cresceu significativamente em 2008 (51,77%). 3. PANORAMA GERAL DAS ACTIVIDADES ECONÓMICAS Quadro VI. 7 - COMPARAÇÃO DO TECIDO EMPRESARIAL DO CONCELHO ENTRE OS ANOS 2002 E 2008 Nº Empresas Total de empresas inventariadas em Empresas que fecharam entre 2002 e Total de empresas inventariadas em Empresas que iniciaram actividade após Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Ao observar o Quadro VI.7 verifica-se que no Concelho de Gouveia existia, em 2008, um total de 591 empresas, face às 710 que laboravam em De facto, ao longo destes seis anos encerraram 226 empresas, ou seja, cerca de 31,83% do total existente em Por outro lado, constata-se que 107 empresários decidiram apostar na criação do seu próprio negócio, iniciando a sua actividade após 2002, o que significa que 18,11% do total de empresas a laborar em 2008 são recentes, isto é, com menos de seis anos de existência. Freguesia Quadro VI. 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO À ACTIVIDADE ECONÓMICA Actividade económica Comércio Alojamento/ Restauração Construção Civil Indústria Serviços % de empresas Aldeias ,05% Arcozelo da Sª ,73% Cativelos ,15% Figueiró da Sª ,47% Folgosinho ,26% Freixo da Sª ,42% Lagarinhos ,52% Mangualde da Sª ,42% Melo ,57% Moimenta da Sª ,94% Nabais ,73% Nespereira ,99% Paços da Sª ,62% Ribamondego ,26% Rio Torto ,26% S. Julião ,45% S. Paio ,83% VI Emprego e Actividades Económicas

163 S. Pedro ,85% Vila Cortês da Sª ,68% Vila Franca da Sª ,89% Vila Nova Tazem ,56% Vinhó ,73% Zona Industrial ,62% Total % 21,43% 34,45% 7,77% 15,55% 20,80% 100% 163 Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 O Quadro VI.8, que representa cerca de 81% das empresas inventariadas no Concelho em 2008, demonstra que a freguesia de S. Pedro apresenta o registo mais elevado de empresas, representando 25,85% do total da amostra, concentrando as actividades associadas ao Comercio, Serviços e Alojamento & Restauração, à semelhança do que se verificava em Sucedem-se as freguesias de Vila Nova de Tazem com 11,56%, assumindo maior destaque nas actividades da Construção Civil e Serviços, e S. Julião com 9,45% do total de empresários, predominantemente das áreas do Comércio e Alojamento & Restauração. No que concerne à Zona Industrial de Gouveia, esta expõe 8,62% do total das empresas do Concelho, com grande representatividade no sector da Indústria. A freguesia de Paços da Serra continua a evidenciar-se, tal como em 2002, pela concentração de actividades da Indústria Têxtil. Neste sentido, pode-se afirmar que quanto à distribuição geográfica, regista-se uma aglomeração de empresas em redor da cidade propriamente dita: a soma das empresas das freguesias de S. Pedro, S. Julião e da Zona Industrial de Gouveia representa 43,92% da amostra, sendo que os restantes 56,08% encontram-se repartidos pelas freguesias remanescentes. Gráfico VI. 7 - PERCENTAGEM DE EMPRESAS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA 34,45% 21,43% 7,77% 15,55% 20,80% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 VI Emprego e Actividades Económicas

164 Pela observação do Gráfico VI.7, constata-se que a actividade económica com maior destaque é a Comercial, representando 34,45% do total das empresas do Concelho. Seguem-se as actividades de Alojamento/Restauração e Serviços, figurando respectivamente com 21,43% e 20,80%. Finalmente, surgem os sectores da Indústria (15,55%) e da Construção Civil (7,77%) CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO EMPRESARIAL 4.1 As empresas em geral Quadro VI. 9 - DIMENSÃO DAS EMPRESAS SEGUNDO O NÚMERO DE TRABALHADORES Nº de trabalhadores Peso da >=10<50 >=50<250 Actividade económica actividade <10 (Pequena (Média económica (Microempresa) empresa) empresa) Alojamento/Restauração 21,25% 20,39% 0,86% 0,00% Comércio 34,98% 34,34% 0,64% 0,00% Construção Civil 7,94% 6,44% 1,50% 0,00% Indústria 15,02% 10,94% 3,44% 0,64% Serviços 20,81% 20,17% 0,64% 0,00% % Total 100% 92,28% 7,08% 0,64% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Observando o Quadro VI.9 verifica-se que no tecido empresarial gouveense predomina uma percentagem marcadamente elevada de microempresas (92,28%), ou seja, com um número inferior a dez trabalhadores. A maior parte destas localiza-se nas actividades do Comércio (34,34%), Alojamento/Restauração (20,39%) e Serviços (20,17%). Das questionadas, somente 0,64% são classificadas como empresas de média dimensão, isto é, possuindo entre 50 e 250 trabalhadores. A totalidade destas empresas situa-se na actividade económica da Indústria, mais especificamente no sector têxtil. No que concerne ao número de empresas de grande dimensão, não houve nenhum registo, permitindo-nos concluir que, presentemente, não existem empresas com mais de 250 trabalhadores no Concelho de Gouveia. Conclui-se que, relativamente à sua dimensão, o registo de microempresas aumentou significativamente, evoluindo de 72% em 2002, para 92,28% em 2008, inversamente às pequenas e médias empresas que sofreram uma acentuada diminuição. VI Emprego e Actividades Económicas

165 Gráfico VI. 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS QUANTO À FORMA JURÍDICA 63,62% 34,07% 165 1,47% 0,84% Empresa em Nome individual Sociedad por Quotas Sociedade Anónima Outras Formas Jurídicas Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Analisando o GráficoVI.8, referente à distribuição das empresas quanto à sua forma jurídica, verifica-se que preponderam os empresários em Nome Individual, correspondendo a 63,62% do total dos inquiridos. Seguidamente, evidenciam-se as Sociedades por Quotas com 34,07% e as Sociedades Anónimas com 1,47%, que no Concelho de Gouveia estão relacionadas com as áreas quer da captação, quer da exploração e engarrafamento de águas, comercialização de materiais de construção civil, metalurgia, produção vinícola e confecção têxtil. Quadro VI FORMA JURÍDICA DAS EMPRESAS POR ACTIVIDADE ECONÓMICA Peso da Forma jurídica actividade Empresa Actividade económica económica em Nome Sociedade por Quotas Sociedade Anónima Outras formas jurídicas Individual Alojamento/Restauração 21,47% 17,27% 4,20% 0,00% 0,00% Comércio 34,53% 24,01% 10,10% 0,21% 0,21% Construção Civil 7,79% 2,95% 4,84% 0,00% 0,00% Indústria 15,58% 7,18% 7,14% 1,05% 0,21% Serviços 20,63% 12,21% 7,79% 0,21% 0,42% % Total 100% 63,62% 34,07% 1,47% 0,84% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 O Quadro VI.10 indica que as empresas em Nome Individual se evidenciam na generalidade das actividades económicas, nomeadamente Comércio (24,01%), Alojamento/Restauração (17,27%), Serviços (12,21%) e Indústria (7,18%), com excepção do sector da Construção Civil, em que se destacam as Sociedades por Quotas (4,84%). As Sociedades Anónimas distinguem-se nas áreas da Indústria (1,05%), Comércio (0,21%) e Serviços (0,21%). VI Emprego e Actividades Económicas

166 Quadro VI VOLUME DE NEGÓCIOS Actividade económica Peso da actividade económica Inferior a a Volume de negócios a a a Superior a Alojamento/Restauração 22,92% 15,19% 4,30% 1,43% 0,86% 0,86% 0,28% Comércio 31,81% 14,33% 4,30% 4,30% 4,01% 0,28% 4,59% Construção Civil 9,46% 1,72% 1,72% 3,44% 1,15% 1,15% 0,28% Indústria 14,61% 4,01% 2,29% 2,01% 2,58% 1,43% 2,29% Serviços 21,20% 9,45% 5,45% 4,01% 0,28% 0,86% 1,15% %% Total 100% 44,70% 18,06% 15,19% 8,88% 4,58% 8,59% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, Pela análise do Quadro VI.11, podemos afirmar que a maioria dos empresários regista um volume de negócios inferior a (44,70%). Apenas cerca de 8,59% dos inquiridos apresentam um volume de negócios superior a Observa-se, igualmente, o destaque das actividades económicas do Alojamento/Restauração (15,19%), Comércio (14,33%) e Serviços (9,45%) na classe das empresas que apresentam um volume de negócios inferior a Relativamente aos questionados cujo volume de negócios é superior a preponderam os sectores Comercial com 4,59% e Indústria apresentando 2,29%. Quadro VI TIPO DE RECURSOS EM FALTA PARA CONFRONTAR SITUAÇÃO DAS EMPRESAS Actividade económica Peso da actividade económica Recursos humanos Tipo de recursos em falta Recursos tecnológico s Recursos financeiros Formação profissiona l Alojamento/Restauração 22,57% 1,33% 1,77% 18,14% 1,33% Comércio 34,07% 1,77% 3,54% 26,55% 2,21% Construção Civil 6,64% 0,44% 0,00% 5,32% 0,88% Indústria 22,57% 3,99% 2,21% 14,16% 2,21% Serviços 14,15% 0,00% 0,88% 12,39% 0,88% % Total 100% 7,53% 8,40% 76,56% 7,51% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Na análise do Quadro VI.12, onde se pretende observar o tipo de recursos em falta para confrontar a situação económica da empresa, verificamos que 76,56% dos inquiridos apontam a carência de recursos financeiros como principal factor para fazer face às dificuldades do seu negócio. Seguidamente, é referenciada a escassez de recursos tecnológicos (8,40%), recursos humanos (7,53%) e de Formação Profissional (7,51%). A falta de recursos financeiros é alvitrada pelas empresas de todos os ramos de actividade. A VI Emprego e Actividades Económicas

167 insuficiência de recursos humanos qualificados é predominante nos sectores da Indústria (3,99%) e do Comércio (1,77%). Por outro lado, as áreas Comercial e Industrial são, também, as que mais citam a carência de recursos tecnológicos, apresentando 3,54% e 2,21% dos auscultados Pecuária 167 Quadro VI COMPARAÇÃO DA DIMENSÃO DOS REBANHOS DE OVINOS E NÚMERO DE EXPLORAÇÕES Concelhos Exploração Ovinos Média/Explor. (%) Exploração Ovinos Média/Explor. (%) Gouveia ,13 Seia Celorico da Beira Fornos de Algodres ,85 Total em Unidades ,98 Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Através da análise Quadro VI.13 constata-se que a criação de ovinos aumentou nos Concelhos de Gouveia e Seia do ano de 2003 para Relativamente aos Concelhos de Celorico da Beira e Fornos de Algodres, verifica-se uma diminuição do número de ovinos. No que diz respeito ao número de explorações, existe a uma quebra significativa em todos os concelhos, à excepção do Concelho de Gouveia, que registou um aumento de 7 explorações, entre 2003 e Quadro VI COMPARAÇÃO DE QUEIJARIAS ENTRE CONCELHOS (PRODUTOS À BASE DE LEITE) Comparação entre Concelhos Licenciadas (nº) % % Licenciadas (nº) % % Vendas Directas (nº) Vendas Directas (nº) Gouveia 25 11,6 1 1, ,4 1 3,0 Seia 27 12,4 1 1, ,1 0 0 Fornos de Algodres 77 35, , , ,9 Celorico da Beira 88 40, , ,6 3 9,1 Total (unidades) Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 VI Emprego e Actividades Económicas

168 O Quadro VI.14 revela que em todos os Concelhos em análise, se observou uma redução expressiva do número de Queijarias Licenciadas, entre 2002 e 2009, com grande destaque nos Concelhos de Fornos de Algodres, com menos 63 queijarias, e Celorico da Beira, apresentando um decréscimo de 47 queijarias. De salientar que, em termos percentuais, Gouveia apresenta, à semelhança do ano de 2002, a menor proporção de Queijarias Licenciadas dos vários Concelhos referenciados. 168 Em relação às Queijarias com Vendas Directas (que se encontram em processo de licenciamento e as vendas só podem ser efectuadas directamente para o consumidor final), estas também registaram uma diminuição entre 2002 e 2009, com uma maior representatividade no Concelho de Fornos de Algodres, com uma quebra de 27 queijarias, e em Celorico da Beira, onde se verificou uma redução de 10 queijarias. A contrariar esta tendência surge o Concelho de Gouveia, que manteve o número de Queijarias com Vendas Directas Vitivinicultura Quadro VI COMPARAÇÃO ENTRE AS PRODUÇÕES DE VINHOS Região Campanha de 2002/2003 Total (Unidade HL) Região Campanha de 2008/2009 Total (Unidade HL) Dão Dão Douro Douro Bairrada Bairrada Palmela Palmela Alentejo Alentejo Fonte: Anuário Vinhos e Aguardentes de Portugal Da análise dos Quadros VI.15 e VI.16 verificamos que da Campanha de 2002/2003, para a Campanha 2008/2009, todas as regiões vitivinícolas de produção VQPRD apresentaram uma quebra na sua produção, à excepção da região do Alentejo que registou um aumento significativo. No que diz respeito à produção do vinho Dão VQPRD, salientamos que este, além de registar também um decréscimo da sua produção, manteve o seu posicionamento face às restantes regiões vitivinícolas, entre as duas Campanhas em análise. VI Emprego e Actividades Económicas

169 Quadro VI COMPARAÇÃO DA PRODUÇÃO ENTRE REGIÕES VITIVINÍCOLAS (CAMPANHAS DE 2003/2004 E 2008/2009) 2003/ /2009 Regiões HL % HL % Minho , ,09 Douro , ,37 Trás-os-Montes , ,87 Dão , ,36 Bairrada , ,59 Outra Regiões da Beira , ,64 Ribatejo , ,22 Estremadura , ,59 Terras do Sado , ,98 Alentejo , ,37 Algarve , ,42 Madeira , ,914 Açores , ,17 Beira Interior , ,40 Total Fonte: Anuário Vinhos e Aguardentes de Portugal 169 O Quadro VI.16 indica que praticamente em todas as regiões vitivinícolas se registou uma diminuição da produção de vinho VQPRD (em hl), entre as campanhas 2003/04 e 2008/09. A excepção foi a região da Madeira que apresentou um pequeno aumento. Na região vitivinícola do Dão registou-se um acentuado decréscimo da produção de hl, entre 2003/2004 e 2008/2009. O vinho VQPRD do Douro continua a liderar o ranking das regiões vitivinícolas, sendo que o vinho VQPRD do Dão mantém-se na sétima posição deste ranking, à semelhança da campanha de 2003/2004. Quadro VI MEDIDAS DE INTERVENÇÃO: AJUDAS PAGAS PELO IFAP Medidas de Apoio 2002/ / % % Restituições à exportação Armazenagem Destilações voluntárias Destilações de subprodutos Compra de álcool Compra de álcool (ajuda Suplementar) Utilização de mosto Total Fonte: Anuário Vinhos e Aguardentes de Portugal VI Emprego e Actividades Económicas

170 O Quadro VI.17 demonstra que se registou uma diminuição das Ajudas Pagas pelo IFAP aos produtores entre as Campanhas de 2002/2003 e 2007/2008. Este decréscimo das Ajudas verificou-se em todas as Medidas de Apoio, com excepção das Restituições à exportação, onde se assinalou um ligeiro aumento, nas quais os produtores recebem ajudas da União Europeia com o objectivo de escoar a produção excedente de vinho para países terceiros. No Anuário de 2003/2004, os agentes económicos da região são constituídos por 59 vitivinicultores/engarrafadores, 57 armazenistas/engarrafadores e seis exportadores. No sector cooperativo em 2009 permanecem oito Adegas Cooperativas e a UDACA (União das Adegas Cooperativas). Quanto ao Enoturismo a rota do vinho Dão oferecia, entre 2003 e 2004, 32 hipóteses de locais para visitar na região. Em 2009, no Concelho de Gouveia, podem-se visitar: Adega Cooperativa de Vila Nova de Tazem, Casa da Passarela (Lagarinhos), Quinta da Espinhosa (Vila Nova de Tazem), Quinta de Saes/ Quinta da Pellada O turismo face à Região Quadro VI CAPACIDADE E UTILIZAÇÃO DOS ALOJAMENTOS EXISTENTES NO EIXO NORTE- SUL DA SERRA DA ESTRELA Evolução da oferta/procura Nº de Camas Potencial Turístico Produtivo Taxa de Ocupação (%) Nº de Camas Potencial Turístico Produtivo Taxa de Ocupação (%) Gouveia Seia Total Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Nota: a taxa de ocupação refere-se ao número de dormidas sobre o potencial turístico produtivo, que por sua vez é calculado através da multiplicação do número de camas pelo número de dias do ano. O Quadro VI.18 indica que tanto no Concelho de Gouveia como no de r Seia registou-se uma diminuição do potencial turístico produtivo entre o ano de 2000 e Comparativamente ao Concelho de Seia, este decréscimo foi mais significativo no Concelho de Gouveia (10.950). A taxa de ocupação total, embora tenha registado um ligeiro aumento entre os anos 2000 e 2009, este acréscimo apenas se verificou no Concelho de Seia, sendo que em Gouveia se observou uma diminuição desta taxa de ocupação. VI Emprego e Actividades Económicas

171 Quadro VI DORMIDAS EM ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS EM 2010 Nº Dormidas Nº Dormidas de Nº Total de Concelhos % % Nacionais % Estrangeiros Dormidas Gouveia , , ,57 Seia , , ,43 Total Fonte: INE Censos de Quadro VI DORMIDAS EM ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS EM 2009 Nº Dormidas Nº Dormidas de Nº Total de Concelhos % % % Nacionais Estrangeiros Dormidas Gouveia , , ,14 Seia , , ,86 Total Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Os Quadros VI.19 e VI.20 índica que o número de Dormidas Nacionais em estabelecimentos hoteleiros entre os anos 2001 e 2009 aumentou significativamente em ambos os Concelhos de para dormidas, sendo este incremento mais representativo no Concelho de Gouveia, observando-se uma maior ponderação percentual. Relativamente às Dormidas de Estrangeiros, entre 2001 e 2009, registou-se um decréscimo do número de dormidas no Concelho de Seia e um aumento significativo no Concelho de Gouveia. 5. INVESTIMENTOS NO ÂMBITO DO QREN: QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO NACIONAL Quadro VI LISTAGEM DE PROJECTOS APROVADOS PELAS AUTORIDADES DE GESTÃO SISTEMA DO INCENTIVO Nome do Auto- Org. Conc Reg Sect Data de Invest. Incen Instrumento Promotor Gestão Técnico elho ião or Aprovação Elegível tivo Cenários SI Inovação PO Gouve Cent Turis TP 24-Set Galácticos, Lda. /Inovação Produtiva Centro ia ro mo 425 SI Qualificação Curtumes PME/ PO Cent Indús IAPMEI Seia 10-Mar Fabrício, Lda. Projecto Individual Centro ro tria e de Cooperação Salema & Merca, Lda. SI Inovação Gouve Cent Indús PO FC IAPMEI 04-Set /Inovação Produtiva ia ro tria Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, VI Emprego e Actividades Económicas

172 Pela observação do Quadro VI.21, verifica-se que no actual Programa de Apoio Comunitário QREN: Quadro de Referência Estratégica Nacional, apenas foram aprovados pelas Autoridades de Gestão 3 Projectos que usufruíram de incentivos monetários. Destes projectos, dois situam-se no Concelho de Gouveia (no sector do Turismo e da Indústria) e um no Concelho de Seia (no sector da Indústria). 172 Quadro VI CURSOS DE JOVENS EMPRESÁRIOS AGRÍCOLAS DURANTE OS QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO Nº de formandos Ano Local de Realização Total % H M Gouveia 20 20, Gouveia 22 22, Gouveia 20 20, Gouveia 18 18, Gouveia 18 18,37 Total Fonte: QCAII - Janeiro 1994 a Dezembro 1999 Ano Nº de formandos Local de Realização Total % H M Gouveia 18 33, Gouveia 18 33, Gouveia 17 32,08 Total Fonte: QCAIII - Janeiro 2000 a Dezembro 2006 O Quadro VI.22 indica que ao longo dos vários Quadros Comunitários de Apoio se tem vindo a registar um sucessivo decréscimo do número de Cursos de Jovens Empresários Agrícolas, assim como do respectivo número de formandos. Relativamente, ao recente Programa de Apoio Comunitário QREN: Quadro de Referência Estratégica Nacional, verifica-se que não foi realizado nenhum Curso de Jovens Empresários Agrícolas, reflectindo o actual desinvestimento registado na área agrícola. VI Emprego e Actividades Económicas

173 6. INVESTIMENTOS NO ÂMBITO DO POPH: PROGRAMA OPERACIONAL DE POTENCIAL HUMANO 6.1. Perspectivas dos Empresários Quadro VI SITUAÇÃO DAS EMPRESAS POR SECTOR DE ACTIVIDADE 173 Sector de actividade Peso do sector de actividade Início de actividade Situação económica das empresas Situação económic a estável Situação económica favorável Situação económica desfavorável Com dificuldade s económicas Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 Situação de crise económic a Alojamento/Restauração 21,53% 1,96% 8,70% 0,87% 8,48% 1,52% Comercial 34,56% 2,17% 14,35% 1,30% 13,26% 3,48% Indústria Construção Civil 8,05% 0,00% 3,91% 0,66% 3,26% 0,22% Outras Indústrias 15,00% 0,87% 8,04% 0,87% 3,91% 1,31% Outros Serviços 20,86% 0,87% 12,39% 1,30% 4,78% 1,52% % Total 100% 5,87% 47,39% 5,00% 33,69% 8,05% 41,74% Através da análise do Quadro VI.23, constata-se que a maior parte dos auscultados (47,39%), transversalmente a todos os sectores, refere que o seu negócio apresenta uma conjuntura económica estável. Por outro lado, uma percentagem significativa de inquiridos (41,74%) menciona que a condição económica da sua empresa é desfavorável, dos quais 33,69% afirmam encontrar-se com dificuldades financeiras e 8,05% expressam estar a atravessar uma situação de crise económica. Poder-se-á também reconhecer que 5,00% da amostra relatam apresentar uma situação financeira favorável. Por outro lado, 5,87% dos inquiridos anunciam que a sua empresa se encontra em fase de início de actividade, pelo que ainda não podem avaliar a real condição económica da mesma. VI Emprego e Actividades Económicas

174 Gráfico VI. 9 - SITUAÇÃO ECONÓMICA DAS EMPRESAS POR SECTOR DE ACTIVIDADE Alojamento/Restauração Comercial Industria Construção Cívil Outras Indústrias Outros Serviços Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, 2009 O Gráfico VI.9 demonstra que os sectores Comercial e Alojamento/Restauração se destaca com uma situação económica desfavorável, apresentando respectivamente 16,75% e 10,00%. Com efeito, as empresas que apresentam maiores dificuldades financeiras pertencem aos ramos Comercial (13,26%) e Alojamento/Restauração (8,48%). Do mesmo modo, no âmbito das actividades que revelam estar a atravessar uma conjuntura de crise económica salientam-se, uma vez mais, a Comercial (3,48%), bem como Alojamento/Restauração e Outros Serviços, ambas com 1,52%. Poucos são os empresários que declaram vivenciar uma condição económica favorável, sobressaindo os sectores Comercial e Outros Serviços, ambos com escassos 1,30% da amostra. Comparativamente ao ano de 2002 constata-se que houve uma diminuição significativa de empresas com uma situação económica estável, ou seja, em 2002 assinalavam-se 62% de empresas com este registo e, presentemente, somente 47,39% referem estabilidade no seu negócio. Paralelamente, evidencia-se um aumento expressivo de inquiridos que apresentam uma condição financeira desfavorável; sendo que, em 2008, 41,74% evidenciaram estar com dificuldades ou em situação de crise económica e, em 2002, somente 29% o mencionaram. Relativamente à proporção de empresas com uma situação económica favorável registou-se uma ligeira diminuição (de 6% em 2002 para 5,00% no ano de 2008), revelando-se pouco significativa. VI Emprego e Actividades Económicas

175 Quadro VI TIPO DE RECURSOS EM FALTA PARA CONFRONTAR SITUAÇÃO ECONÓMICA POR SECTOR DE ACTIVIDADE Tipo de recursos em falta Peso do sector de Sector de actividade actividade Recursos humanos Recursos tecnológicos Recursos financeiros Formação profissional Alojamento/Restauração 22,57% 1,33% 1,77% 18,14% 1,33% Comercial 34,07% 1,77% 3,54% 26,55% 2,21% Indústria de Construção Civil 6,64% 0,44% 0,00% 5,32% 0,88% Outras Indústrias 22,57% 3,99% 2,21% 14,16% 2,21% Outros Serviços 14,15% 0,00% 0,88% 12,39% 0,88% % Total 100% 7,53% 8,40% 76,56% 7,51% Fonte: Projecto GED Estudo de Caracterização do Tecido Empresarial de Gouveia, Na análise do Quadro VI.24, onde se pretende observar o tipo de recursos em falta para confrontar a situação económica da empresa, verifica-se que 76,56% dos inquiridos apontam a carência de recursos financeiros como principal factor para fazer face às dificuldades do seu negócio. Seguidamente, é referenciada a escassez de recursos tecnológicos (8,40%), recursos humanos (7,53%) e de Formação Profissional (7,51%). A falta de recursos financeiros é alvitrada pelas empresas de todos os ramos de actividade. A insuficiência de recursos humanos é predominante no sector Outras Indústrias (3,99%) e Comercial (1,77%). Por outro lado, as áreas Comercial e Outras Indústrias são as que mais citam a carência de recursos tecnológicos, apresentando 3,54% e 2,21% dos auscultados. VI Emprego e Actividades Económicas

176 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Declínio do tecido económico (indústria têxtil e comércio) e a falta de uma visão estratégica do tecido empresarial que apresenta dificuldades ao nível do risco, empreendedorismo, inovação e adaptabilidade. Défice de inserção, numa perspectiva integrada, por parte das estruturas locais. Baixa escolaridade e falta de motivação para a formação/qualificação da comunidade. Desqualificação social e dificuldades de inserção socioprofissional. Deficiência nas competências para a produtividade. Falta de oportunidades de emprego no Concelho. Dificuldade de fixação de jovens devido à inexistência de oferta de emprego. 176 Elevada taxa de desemprego Desafios Criar condições no Concelho que promovam a fixação de empresas de forma a fomentar novas iniciativas empresariais que possibilitem uma modernização e qualidade dos equipamentos. Este desafio teria impacto na possibilidade de fixação, sobretudo dos jovens, no Concelho. Promover iniciativas conjuntas que possibilitem uma estratégia comum na gestão do mercado de trabalho. Promover junto da população com baixa literacia acções de qualificação, bem como, acesso a formações que possibilitem no futuro uma inserção socioprofissional compensatória e satisfatória. Sensibilizar a franja de desempregados para a existência de programas de apoio à criação do próprio emprego. Sensibilizar os empregadores para os programas e medidas existentes que apoiem o desenvolvimento do mercado de emprego local. VI Emprego e Actividades Económicas

177 Problemáticas Redes viárias deficitárias, quer em termos de qualidade, quer pela falta de continuidade. Desorganização do tecido turístico quer pela deficiente oferta de estabelecimentos hoteleiros, quer pela fraca qualificação dos recursos humanos. Inexistência de um estudo que permita dar a conhecer qual o perfil do turista de forma a poder adequar as ofertas. 177 Turismo Desafios Desafiar os estabelecimentos hoteleiros e da restauração a divulgar as suas repostas turísticas. Promover e incentivar os proprietários de estabelecimentos hoteleiros a desenvolver programas atractivos aproveitando os recursos naturais do Concelho. Possibilitar o aumento de novos produtos promocionais e turísticos, tais como, o turismo sénior, turismo de saúde, turismo equestre, turismo cultural, turismo em espaço rural, natureza e a promoção de estágios desportivos. Incentivar os proprietários com habitações devolutas a sua reconstrução com o intuito de possibilitar e criar uma maior capacidade hoteleira e através deste aumento criar novos postos de emprego. Sensibilizar empregadores e funcionários de sector turístico e hoteleiro para a necessidade de formação adequada ao exercício das funções. VI Emprego e Actividades Económicas

178 Problemáticas Actividades económicas como a agricultura, pecuária e vitivinicultura não são valorizadas nem vistas como actividades economicamente gratificantes. 178 Outras Actividades Económicas Desafios Apoiar projectos nestas áreas auxiliando os investidores e informando-os sobre formas de se financiarem/auto-financiarem. Realizar um estudo sobre a viabilidade de criação de um sistema de escoamento de produtos agrícolas, provenientes da agricultura familiar. VI Emprego e Actividades Económicas

179 VII SEGURANÇA A prevenção do crime passa por um conjunto coordenado de medidas que visam a melhoria das suas condições de segurança ou dos seus bens. (P.S.P) A segurança nacional é uma atribuição fundamental do Estado moderno e sua prerrogativa exclusiva. O conceito é intrínseco à noção de Estado nacional desde a sua origem, no século XVII. O conceito segurança consiste em assegurar, em todos os lugares, a todo o momento e em todas as circunstâncias, a integridade do território, a protecção da população e a preservação dos interesses nacionais contra todo tipo de ameaça e agressão. Ao Estado é atribuído o monopólio do uso da força assim como o estabelecimento e manutenção da ordem e paz social desde a assinatura do Tratado de Westfália, em Para o exercício desta função o Estado pode lançar mão do seu poder económico, militar e político, bem como do exercício da diplomacia, estabelecendo alianças, tratados e acordos internacionais. Para além do exercício da diplomacia e da manutenção de um efectivo de forças armadas, a garantia da segurança nacional requer a implementação da defesa civil e medidas preventivas de situações de emergência definidas em lei; a promoção da resiliência ou da redundância de elementos críticos das infra-estruturas existentes no território; o uso de serviços de inteligência e contrainteligência para detectar, prevenir ou evitar espionagem ou atentados e para proteger informações confidenciais. Os indicadores de segurança no Concelho de Gouveia, nomeadamente no que respeita à criminalidade, revelam valores baixos, à semelhança da região, considerada a mais segura do país. Para tal, contribuem as forças policiais instituídas no Concelho, o Comando de Destacamento Territorial n.º 5 com um posto em Gouveia e um posto em Vila Nova de Tazem, e a Polícia de Segurança Pública na cidade de Gouveia POLÍCIA DE SEGURANÇA PÚBLICA Em Gouveia a PSP tem como zona de intervenção os limites da área urbana da cidade, é composta, em 2010, por 29 de elementos, dos quais seis são graduados. No que se refere aos equipamentos, a PSP dispõe de quatro viaturas e dois ciclomotores. A PSP tem como missão e objectivos fundamentais promover as condições de segurança que VII Segurança

180 assegurem o normal funcionamento das instituições democráticas, bem como o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias fundamentais dos cidadãos. 1.1 Respostas Para além do serviço de vigilância, fiscalização e prevenção, a PSP desenvolve projectos do âmbito comunitário direccionados para públicos específicos. De acordo com diversos estudos de vitimação efectuados em alguns Estados Membros da União Europeia parece consensual que o que incomoda e condiciona o comum dos cidadãos não é tanto o crime organizado, mas antes a pequena criminalidade ou criminalidade de massa, conforme é denominada pela Comissão Europeia. Esta criminalidade de massa, que inclui todos os tipos de crimes que são cometidos frequentemente e em que as vítimas são facilmente identificáveis (idosos, crianças, etc.), gera sentimentos subjectivos de insegurança, sendo nesse domínio que se deve centrar, sem menosprezo para as restantes vertentes, a reflexão macro-estratégica da PSP. A Policia de Segurança Pública desenvolve, há vários anos, boas práticas de Policiamento de Proximidade ou Policiamento Comunitário em todo o seu dispositivo, quer inseridos no âmbito de Programas Especiais lançados pela tutela quer por iniciativa dos diversos Comandos. Ao nível de boas práticas locais, têm-se apostado na organização de demonstração de meios, acções de formação e de sensibilização direccionadas quer para estudantes, quer para pais/encarregados de educação e professores, bem como para cidadãos idosos e comerciantes, nas áreas da prevenção criminal, violência doméstica, prevenção da toxicodependência, prevenção rodoviária, entre outras. Ao nível dos Programas Especiais (Policiamento de Proximidade) assistiu-se a uma afectação em permanência de recursos policiais para responder às necessidades de públicos - alvo específicos através da criação de equipas policiais direccionadas para a segurança de estabelecimentos de ensino, áreas comerciais ou zonas residenciais com uma população maioritariamente idosa. O Policiamento de Proximidade é mais eficaz porque: Mobiliza a comunidade na prevenção e combate ao crime; Utiliza conjuntamente os recursos comunitários e policiais no combate ao crime; Previne e combate as causas do crime e incivilidades em parceria com a comunidade; Está mais próximo dos problemas, tendo mais possibilidades de os identificar e resolver; Utiliza a comunidade como fonte de informação e apoio. 180 VII Segurança

181 1.2 Programas Especiais Programa Integrado de Policiamento de Proximidade (PIPP) sistematizou mecanismos de articulação entre as valências de prevenção da criminalidade e policiamento de proximidade, valências de ordem pública, investigação criminal e informações policiais. O PIPP, congrega os projectos que foram implementados de uma forma algo espartilhada, numa estratégia global, através do estabelecimento de objectivos estratégicos e operacionais, implementando mecanismos de coordenação, de avaliação e de formação, conferindo um maior enfoque na componente de proximidade/prevenção da criminalidade e na melhoria da sua articulação com as componentes de ordem pública, investigação criminal e informações policiais. 181 O Programa é composto por duas equipas: Equipas de Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV). Equipas do Programa Escola Segura (EPES). Os elementos que constituem as Equipas de Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV) e as Equipas do Programa Escola Segura (EPES), receberam formação específica para o desempenho das missões que lhes estão adstritas. As Equipas de Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV) são responsáveis pela segurança e policiamento de proximidade, em cada sector da área de responsabilidade das subunidades e, de acordo com o diagnóstico de segurança efectuado em cada Comando: pela prevenção e vigilância em áreas comerciais, vigilância em áreas residenciais maioritariamente habitadas por cidadãos idosos, prevenção da violência doméstica, apoio às vítimas de crime e acompanhamento pós-vitimação, identificação de problemas que possam interferir na situação de segurança dos cidadãos e pela detecção de cifras negras. As Equipas do Programa Escola Segura (EPES) são responsáveis pela segurança e vigilância nas áreas escolares, prevenção da delinquência juvenil, detecção de problemas que possam interferir na situação de segurança dos cidadãos e pela detecção de cifras negras no seio das comunidades escolares. Os elementos policiais que constituem estas equipas são designados por Agentes de Proximidade. Operacionalmente estes Agentes têm uma missão que abrange desde o policiamento de visibilidade, a resolução e gestão de ocorrências/conflitos, o reforço da relação polícia - cidadão e a detecção de situações que possam constituir problemas sociais ou dos quais possam resultar práticas VII Segurança

182 criminais. Os Agentes de Proximidade integrados nas EPAV e EPES, desenvolvem contactos com a população em geral, serviços das Juntas de Freguesia e Municípios, Tribunais, Técnicos de projectos de assistência social, conselhos directivos dos estabelecimentos de ensino, comerciantes, bem como os cidadãos em geral, sendo que as suas funções são as seguintes: garantir a segurança e visibilidade na via pública; garantir a segurança e visibilidade nas áreas escolares; prevenir a ocorrência de ilícitos criminais nas áreas residenciais, comerciais e escolares; estabelecer contactos periódicos com os comerciantes, os residentes e visitantes habituais no sector onde prestam serviço; dinamizar ou propor ao escalão superior a realização de acções de sensibilização/palestras/demonstrações sobre temáticas diferentes e a públicos-alvo diversos; efectuar o diagnóstico da situação de segurança no seu sector; proceder ao atendimento e apoio às vítimas de crime; manter-se à disposição do público, indo ao seu encontro; fornecer informações úteis ao cidadão; proceder à identificação/levantamento de problemas; colaborar com os serviços de apoio social; efectuar o levantamento das situações que podem ter um impacto negativo na segurança rodoviária; recolher informações sobre ilícitos criminais concretos; recolher informações sobre indivíduos suspeitos da prática de ilícitos criminais; recolher informação sobre possíveis locais de vigilância; recolher informação sobre a organização de manifestações/concentrações; recolher informação sobre alterações de ordem pública graves. 182 BRIGADAS DE PROTECÇÃO AMBIENTAL (BriPA) a) FINALIDADE Brigadas de Protecção Ambiental (BriPA), são uma estrutura dedicada à prevenção e fiscalização de ilícitos de natureza ambiental que ocorram na área de actuação da PSP. VII Segurança

183 b) ÂMBITO O conceito de segurança não se limita à prevenção e investigação criminal, antes abarca um conjunto de actividades e estratégias que, directa ou indirectamente, influenciam a forma como os cidadãos percepcionam a ordem e tranquilidade públicas na sua comunidade. A PSP, enquanto Polícia Integral e com um âmbito de actuação nacional tem competências genéricas na prevenção e fiscalização de ilícitos de natureza ambiental. Tendo em consideração a crescente preocupação da sociedade civil em relação às questões ambientais, foi criada uma brigada composta por dois elementos na Esquadra de Gouveia que procedem à fiscalização das situações que constituem ilícitos de natureza ambiental GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Está sediado em Gouveia o Comando de Destacamento Territorial de Gouveia, que comanda os postos da Guarda Nacional Republicana dos Concelhos de Gouveia, Seia, Fornos de Algodres e Aguiar da Beira. O Concelho de Gouveia tem dois postos, um com sede em Gouveia e um com sede em Vila Nova de Tazem, com uma equipa de 60 elementos no total. PT GOUVEIA (24), PT VILA NOVA (7), mais o efectivo do DTER ( EPF). 2.1 Respostas Sinistralidade Quanto aos problemas de sinistralidade, o Comando de Destacamento Territorial aplica como medidas, uma atitude preventiva e repressiva. Tem uma participação activa na Comissão Nacional de Prevenção Rodoviária e desenvolve acções de sensibilização junto da comunidade civil nesta área Segurança O projecto Segurança Solidária tem como objectivo garantir que os diferentes sectores da sociedade contribuam para a prevenção e contenção da criminalidade. A Segurança Solidária enquadra-se numa concepção cidadã da segurança, não só porque põe VII Segurança

184 a defesa dos direitos dos cidadãos como primeira prioridade, mas também porque eles devem ser actores do seu próprio destino. Numa primeira fase os programas da Segurança Solidária centram-se nas principais áreas, para prevenir e combater a criminalidade, com planos integrados envolvendo o governo, as forças de segurança, as autarquias e as organizações da sociedade civil, em sintonia com o Plano Nacional de Acção para a Inclusão Social. Existem um conjunto de programas diversificados: - Alguns de carácter eminentemente civil de combate à exclusão social (desenvolvimento económico, urbanismo, educação); e, - Outros com uma clara componente policial a desenvolver através das forças de segurança, que são os programas de policiamento comunitário, outrora designados por policiamento de proximidade. Aqui também os princípios orientadores da segurança comunitária se aplicam, procurando-se a cooperação estreita entre as forças de segurança e distintas entidades sociais e públicas. Constituem linhas prioritárias de actuação as seguintes: 1. A promoção duma política integrada de prevenção e contenção da criminalidade. 2. O fortalecimento de parcerias locais com organismos governamentais, autarquias locais e da sociedade civil, nomeadamente, organizações não-governamentais, iniciativa privada, fundações, empresas e outros, tendo em vista uma abordagem mais eficaz e adequada à especificidade de cada comunidade. 3. O coordenar a actuação conjunta e eficaz de todos os organismos/instituições do MAI destinados à implementação dos vários programas parcelares. 4. O fomentar a responsabilidade e a participação dos cidadãos. Entre os vários programas que se inserem no policiamento comunitário da Segurança Solidária destacam-se: Escola Segura; Apoio 65-Idosos em Segurança; Violência Doméstica; Crianças e Jovens em Risco; Apoio às Vítimas de Crime; Comércio Seguro; Verão Seguro; Inverno Seguro, entre outros. O modelo de policiamento comunitário assenta numa filosofia e estratégia organizacional que permite à Guarda Nacional Republicana trabalhar em conjunto com a comunidade. Para tal existem duas estratégias principais: O desenvolvimento e implementação de novas formas de organização policial e novas técnicas de proximidade e visibilidade no relacionamento diário entre o guarda e o cidadão; O estabelecer programas específicos focados em problemas concretos e naqueles em que os 184 VII Segurança

185 grupos sociais são mais vulneráveis. A prevalência da dimensão preventiva na acção policial constitui um factor altamente dissuasivo dos comportamentos desviantes, investindo a Guarda na concretização de partenariados e de mediações com outros actores sociais, visando a redução dos níveis subjectivos e objectivos de insegurança local, bem como a eliminação dos focos geradores de actos ilícitos. O policiamento comunitário tem como objectivos: Aumentar o grau de integração, melhorar a comunicação e promoção da ligação com todos os actores sociais relevantes, para o aumento da qualidade de vida das populações através da redução sustentada da criminalidade e do aumento do sentimento de segurança das populações. Assim sendo, a GNR vem estabelecendo parcerias com outras instituições e organizações. Tais como: 1. Participação na CPCJR Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, no âmbito da Resolução do Conselho de Ministros, segundo o D.-L. n.º 147/99, de 1 de Setembro. Assim, a GNR, constatando a existência de uma situação de perigo, para além de intervir de imediato no âmbito da sua competência, comunica-a à entidade com competência em matéria de infância e juventude: as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens. 2. Participação no Conselho Local de Acção Social, visando, entre muitos aspectos, actividades relativas a famílias, crianças, jovens e idosos, pessoas portadoras de deficiência, jovens e adultos em situação de grande dependência, entre outros. Neste âmbito, iniciou-se em 2003 um projecto direccionado para o apoio a pessoas com deficiência, através de um tratamento de hipoterapia, que consiste em aproveitar os movimentos tridimensionais do cavalo para estimular os músculos e articulações do paciente. É uma parceria com a Associação de Beneficência Popular de Gouveia (que dá apoio a cerca de 200 pessoas com deficiência), Município de Gouveia e Centro Hípico de Gouveia Criminalidade Relativamente à criminalidade destacam-se os crimes de violência doméstica, em relação aos quais e dadas as características que envolvem este tipo de crimes, constituem uma das grandes preocupações das autoridades. É nesse sentido que foi criada uma equipa de apoio NIAVE Núcleo de Investigação Apoio Vítimas Especificas, constituída por uma mulher e dois homens, com a missão de investigar estes crimes, assim como o acompanhamento e encaminhamento dos casos, a funcionar no âmbito do VII Segurança

186 Comando Territorial da Guarda, tendo ainda o apoio de um militar no Comando do Destacamento de Gouveia. A defesa e preservação da natureza e do meio ambiente é uma das missões da Guarda Nacional Republicana, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas, preocupação que obrigou a uma maior intervenção e co-responsabilização. Neste sentido, o Serviço da Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR, designado como 186 SEPNA, assume o carácter de uma nova especialização, com o objectivo de dar uma resposta adequada aos problemas na área da Protecção da Natureza e do Meio Ambiente, obedecendo aos parâmetros organizacionais, operacionais e funcionais. A Missão Geral do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente é zelar pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes à protecção e conservação da natureza e do meio ambiente, dos recursos hídricos, assim como da riqueza cinegética, piscícola, florestal e de qualquer outra índole relacionada com a natureza e ambiente. A Missão Geral aborda as seguintes matérias específicas para intervenção: comércio internacional das espécies da fauna e flora selvagens ameaçadas de extinção (convenção CITES); reservas, parques e florestas; prevenção de incêndios florestais, análise das causas e detecção de autores; caça e pesca; contaminação do meio ambiente: atmosfera, água, solo e acústica; ordenamento do território, controlos sanitários; campismo selvagem em áreas proibidas, protegidas ou controladas; resíduos e substâncias perigosas e proibidas; actividades extractivas; actividades perigosas ou nocivas; turismo e desportos; património histórico e artístico; outras áreas de interesse. Também no âmbito da realização de acções de sensibilização nas escolas, através do Programa Escola Segura, é incluída a vertente de Educação Ambiental, para além de todas as outras áreas abordadas, cujos conselhos serão transmitidos através da Mascote do SEPNA Análise da Criminalidade do Concelho de Gouveia Quadro VII. 1 - ANÁLISE CRIMINAL DO CONCELHO DE GOUVEIA (ATÉ MAIO) Contra Pessoas Contra o Património Contra a Vida em Sociedade Contra o Estado Legislação Avulsa TOTAL Fonte: Destacamento Territorial de Gouveia VII Segurança

187 Como se pode verificar no quadro supracitado, relativamente ao ano 2010, através da análise da tipologia criminal, verificou-se um aumento de ocorrências do ano de 2009 para 2010 e um decréscimo de 2010 para 2011 com excepção dos crimes contra o património (roubos e furtos). 187 VII Segurança

188 PROBLEMAS E DESAFIOS IDENTIFICADOS Problemáticas Ao nível da sinistralidade um dos pontos críticos do Concelho é a estrada nacional n.º 17, apesar de não se verificarem acidentes considerados graves. Na freguesia de Vila Cortês da Serra o excesso de velocidade e a falta de condições na estrada para os peões e ciclistas é uma preocupação manifestada pelas forças de segurança. Os acidentes envolvendo os tractoristas devido à falta de segurança dos tractores (inexistência de barras de protecção). Aumento da sinistralidade no inverno devido à acumulação de gelo nas estradas. 188 Sinistralidade Desafios Maior investimento ao nível da sensibilização da população em geral e dos condutores em particular para as questões rodoviárias (limites velocidade, condução sobre o efeito de alcool e outras drogas, etc). Criar/melhorar as condições de circulação para peões e ciclistas. Melhoria na sinalização das estradas e requalificação do piso. Dotar o Concelho de meios e equipamentos que permitam manter as estradas municipais transitáveis e em condições seguras. VII Segurança

189 Problemáticas O crime em geral diminuiu em 2011 relativamente a igual periodo de 2010 (até Maio), contudo verifica-se um aumento muito significativo do crime contra o património (furtos e roubo). Os episódios de vandalismo tornaram-se mais recorrentes e graves 189 Criminalidade Desafios Maior articulação entre as forças de segurança. Sensibilizar a população para à importância da denúncia. Maior número de agentes no terreno proporcionando patrulhas mais recorrentes. VII Segurança

190 Problemáticas Falta de limpeza dos terrenos envolventes às habitações e espaços florestais. Falta de acções de sensibilização estruturadas direccionadas à população idosa de todo o Concelho, para as questões relacionadas com a sua segurança. Ausência de consciência dos proprietários e frequentadores dos bares no que concerne ao cumprimento de horário, emissões de ruído e venda de tabaco e álcool a menores. 190 Outros problemas Desafios Aumentar as fiscalizações e aplicação de coimas previstas na lei. Acções de sensibilização para os proprietários e frequentadores dos bares, de modo a eliminar os problemas supracitados. Desenvolver parcerias e estratégias concertadas entre as forças de segurança e agentes sociais no terreno para a sensibilização/informação prestada à população idosa, no que concerne aos procedimentos de segurança a adoptar. VII Segurança

191 VIII AMBIENTE O meio ambiente, chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afectam os ecossistemas e a vida dos humanos. Em outras palavras, é o lugar em que vivemos, do qual dependemos para a nossa sobrevivência e o qual nos envolve e nos cerca. Um meio dinâmico, marcado por interacções, ao qual, devido ao nosso enorme poder de modificá-lo, constantemente temos que nos readaptar. O capítulo ambiente procura fazer uma caracterização do ambiente no Concelho e a sua intervenção nas várias questões ambientais O AMBIENTE E SUA EVOLUÇÃO 1.1. A fauna Entre os mamíferos identificados como mais importantes, consideram-se a raposa, o lobo, o javali, a lontra, a geneta, o texugo, a fuinha, o gato-bravo, e a toupeira-de-água. Quanto aos répteis e anfíbios, chamam a atenção a sardanisca argelina e o sapo parteiro no meio arbustivo, bem como a lagartixa de-montanha A flora A diversidade da vegetação existente no Concelho de Gouveia acompanha as variações de altitude, a natureza do solo, a exposição do terreno e as variações climáticas. O modo como se distribui no solo permite reparti-la por três andares altitudinais: andar superior, andar intermédio e andar basal. O andar superior localiza-se a uma altitude superior a 1600 metros, o que corresponde à zona da Lagoa do Vale do Rossim, onde domina o zimbro. A vegetação, edafófila, inclui comunidades de rochedos, de cascalheiras e de turfeiras, formações de pequenos lagoachos, ribeiros e lagos e alguns prados que suportam uma cobertura prolongada de neve sendo tolerantes ao gelo. 1 Lagartixa-de-montanha (lacerta monticola monticola) encontra-se numa altitude acima dos 1500 metros, sendo a Serra da Estrela o único local do território português em que foi referenciada. VIII Ambiente

192 No andar intermédio, localizado a uma altitude variável de 900 a 1600, metros o predomínio era o Carvalho negral. A vegetação natural era formada por bosques caducifólios ou mistos de quercíneas caducifólias e perenifólias com Quercus pyrenaica e Quercus rotundifolia. Sob condições climáticas e edáficas especiais surgiam bosques de Betula celtiberica ou Taxus baccata e, por vezes, Ilex aquifolium. Em solos mais húmidos, encontravam-se bosques de Fraxinus angustifolia e, ao longo dos rios, galerias de Alnus gutinosa. De todos estes bosques, apenas restam alguns exemplos pequenos e incompletos, devido, principalmente, aos incêndios e às actividades agrícolas e silvo-pastoris. A degradação dos bosques originais conduziu principalmente à instalação de urzais, giestais ou caldoneirais e a uma degradação mais acentuada, a prados pioneiros ou, em situações húmidas, a formações de feto-ordinário. Entretanto, através da rega e da fenagem foram criados prados seminaturais. O andar basal, situado em altitudes variáveis dos 400 aos 900 metros, tem o predomínio da vida agrícola. O povoamento humano é máximo e a perturbação é consequentemente mais forte. Todos os bosques climáticos desapareceram e foram substituídos por várias formações de degradação devido à actividade humana, como o fogo, o corte, o pastoreio, a lavoura, a florestação e o cultivo. Actualmente restam apenas fragmentos muito pequenos e incompletos de bosques seminaturais. As etapas de degradação incluem pequenas áreas de matagal e vastas áreas de matos rasteiros, principalmente aqueles em que ocorrem espécies de Cistus (giestas) e de Lavandula (rosmaninho). Uma degradação mais acentuada pode conduzir à existência de prados relativamente abertos e ricos em plantas anuais A reserva biogenética da Serra da Estrela Em Março de 1993, o Comité Director para a Protecção e Gestão do Ambiente e Meio Natural do Conselho da Europa integrou o Planalto Superior da Serra da Estrela na Rede Europeia de Reservas Biogenéticas. A área da Reserva Biogenética abrange as freguesias de Mangualde da Serra (Gouveia), Loriga, Valezim, Lapa dos Dinheiros e Alvoco da Serra (Seia) e Unhais da Serra (Covinhã). Trata-se de uma área com uma superfície de hectares, com um núcleo central que ocupa 5465 hectares e alberga as espécies florísticas e faunísticas de maior interesse. VIII Ambiente

193 1.4. Os recursos minerais e energéticos No Concelho de Gouveia existem algumas explorações mineiras abandonadas há muitos anos das quais podemos referir: Arcozelo da Serra (Zona dos Penedos Mouros), Vila Cortês da Serra (Minas do Castelejo) e Figueiró da Serra (Moinhos da Fraga). No que diz respeito à actividade de extracção existe apenas uma exploração mineira (extracção de caulino), localizada em Melo (Quinta do Saibro). A exploração de inertes (areias e areão, gravilhas), está localizada nas seguintes freguesias: Arcozelo da Serra (Aljão) e Vila Franca da Serra (Quinta da Balsa). Os recursos energéticos com maior potencialidade no Concelho são: água, sol e vento. Destes recursos energéticos o mais explorado é a água, que é utilizada para abastecimento das populações, para o regadio de campos agrícolas e também no abastecimento de pequenas charcas de retenção. O recurso energético sol é pouco utilizado, verificando-se uma maior utilização de painéis solares a nível de habitações particulares, sendo que o uso de energia solar em edifícios públicos é inexistente ou baixa. O recurso energético vento tendo um forte potencial não é explorado de forma adequada. No entanto, a produção de energia eólica seria uma forte componente enquanto geradora de riqueza para o Concelho Recursos hídricos O Concelho de Gouveia está integrado na região hidrográfica do Mondego, cujo percurso dos leitos de água escoam predominantemente para o Concelho de Seia. As principais linhas de água do Concelho são o Rio Mondego, o Rio Torto e as Ribeiras (Boco, Ribeira de Gouveia, Ribeira de São Paio, Ribeira do Paço, Ribeira do Freixo, Ribeira da Bandoiva, Ribeira dos Namorados, Ribeira de Nabais, Ribeira de Paços, Ribeira das Aldeias, Ribeira do Valongo, Ribeira das Costeiras). A quantidade e a qualidade dos recursos hídricos dependem, em grande medida, do coberto vegetal mais propriamente do estrato arbóreo. Os povoamentos florestais, por aumentarem as taxas de infiltração do solo e promoverem o escoamento não torrencial (causa de erosão), maximizam o aproveitamento das águas pluviais pelo próprio solo. Estas funções são particularmente importantes nas zonas de maior altitude, onde se localizam as bacias hidrográficas. VIII Ambiente

194 No Concelho de Gouveia existem importantes recursos hídricos: Rio Mondego (para armazenamento em albufeira da Aguieira); Albufeira do Vale do Rossim (albufeira protegida, para aproveitamento energético); outras ribeiras de menor dimensão (referenciadas em 2.1), com utilização para abastecimento de populações, rega de campos agrícolas e formação de praias fluviais (Vila Franca da Serra, Ribamondego, Cativelos) INTERVENÇÃO AMBIENTAL 2.1. Rede Hidrológica ou Hídrica Nascentes e fios de água, bem como inúmeras linhas de água de carácter torrencial, alimentados por águas transportadas pelos ventos húmidos de oeste, multiplicam-se pelo interior do maciço da Serra da Estrela, fazendo da mesma, o grande Castelo de Água das Beiras. Todo o Concelho se inclui dentro da rede hidrográfica do Mondego, existindo uma abundante rede de pequenas ribeiras, das quais se destacam: Quadro VIII. 1 - LINHAS DE ÁGUA QUE ATRAVESSAM O CONCELHO N.º Linha de água principal Área km 2 1 Ribeira de Girabolhos 15,57 ( 1 ) 2 Ribeira de Rio Torto 29,70 3 Rio Mondego A ( 2 ) 12,86 ( 1 ) 4 Ribeira do Boco 6,07 5 Ribeira de Gouveia 25,00 6 Ribeira de S. Paio 29,24 7 Rio Mondego B ( 2 ) 1,21 ( 1 ) 8 Ribeira do Paço 18,29 9 Rio Mondego C ( 2 ) 9,39 ( 1 ) 10 Rio do Freixo 33,86 11 Rio Mondego D ( 2 ) 57,20 ( 1 ) 12 Ribeira da Bandoiva 44,38 13 Ribeira de Paços 6,08 14 Ribeira de Fervença 44,38 15 Ribeira do Covão - 16 Ribeira do Valongo - 17 Ribeira dos Namorados - 18 Ribeira das Costeiras - 19 Ribeira de Nabais - ( 1 ) Apenas inclui a área do Concelho de Gouveia ( 2 ) Rio Mondego A, B, C encosta Norte; RiSul Fonte: PDM VIII Ambiente

195 Total 1471 Quadro VIII. 2 - ABASTECIMENTO E CONSUMO DE ÁGUA EM 2002 CONSUMO 1000 M3 Caudal Captado População Câmara Municipal servida Total Superficial Subterrânea Fonte: INE Anuário estatístico de % Áreas sujeitas a restrições de utilidade pública do solo Áreas industriais: abrangem a zona industrial de Gouveia localizada no eixo de Gouveia EN17, onde ainda se incluem manchas de expansão que lhe são contíguas, para uma maior acessibilidade e rentabilização das infra-estruturas existentes ou a criar. É de destacar o futuro espaço empresarial, na zona das Amarantes. Áreas para indústria extractiva: a marcação destas áreas apenas visa definir os limites das concessões mineiras legais existentes, sendo adoptado o mesmo critério para as pedreiras em laboração. Áreas agrícolas: são constituídas pelos solos mais adequados às actividades agrícolas e têm como objectivo a preservação da estrutura da produção agrícola e do coberto vegetal. O Concelho de Gouveia encontra-se integrado no sítio da Rede Natura 2000, Serra da Estrela PTCON0014. A Serra da Estrela possui diferentes tipos de habitats naturais de interesse comunitário (Directiva Habitats: 92/43/CEE, anexo I), cuja conservação é importante, exigindo a criação de zonas especiais de conservação (ZEC). A Directiva nº 92/43/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, prevê o estabelecimento de uma rede ecológica europeia, a Rede Natura 2000, que é composta por áreas de importância comunitária para a conservação de determinados habitats e espécies, nas quais as actividades humanas deverão ser compatíveis com a preservação destes valores, visando uma gestão sustentável do ponto de vista ecológico, económico e social. É formada pelas Zonas de Protecção Especial (ZPE), constituídas ao abrigo da Directiva Aves, e pelas Zonas Especiais de Conservação (ZEC), criadas ao abrigo da Directiva Habitats. O Município de Gouveia possui 63% da sua área classificada, dos quais 17% estão classificados no sítio Serra da Estrela. Deste modo, apresenta-se a listagem dos principais habitats encontrados no concelho. VIII Ambiente

196 Quadro VIII. 3 PRINCIPAIS HABITATS DO SÍTIO DA SERRA DA ESTRELA EXISTENTES NO CONCELHO DE GOUVEIA HABITATS DE ÁGUA DOCE: 3260 Cursos de água com Vegetação Ranunculion Fluitantis e Callitricho-Batrachion HABITATS ROCHOSOS E GRUTAS: 8230 Rochas Siliciosas com Vegetação Pioneira da Sedo-Scleranthion 8220 Vertentes Rochosas Siliciosas com Vegetação Casmofítica CHARNECAS E MATOS DAS ZONAS TEMPERADAS: 4090 Charnecas Oromediterrânicas Endémicas com Giestas Espinhosas 5120 Formações montanas de Cystisus Purgans 4030 Charnecas Secas Europeias FORMAÇÕES HERBÁCEAS NATURAIS E SEMI-NATURAIS: 6160 Prados Oro-Ibéricos de Festuca Indigesta 6230 Formações herbáceas de Nardus 6220 Subestepes de Gramíneas e anuais da Thero-Brachypodietea 6510 Prados de Feno Pobres de Baixa Altitude 6410 Pradarias com Molinion caeruleae em solos calcários, turfosos e argilo-limosos 6430 Comunidades de Ervas Altas Higrófilas FLORESTAS: 91E0 Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior 92A0 Florestas-galerias de Salix alba e Populus alba 9260 Florestas de Castanea sativa Fonte: Departamento de Planeamento Urbanístico e Ambiente do Município de Gouveia 196 De acordo com os objectivos específicos do Plano Ordenamento do PNSE, o Concelho de Gouveia localiza-se nos seguintes níveis de protecção: 1) - Áreas de protecção complementar (36.55%); 2) - Áreas de protecção parcial do tipo I (0.34%); 3) - Áreas de protecção parcial do tipo II (39.76%); 4) - Áreas de protecção parcial do tipo III (23.35%). O regime jurídico das zonas de protecção aos marcos geodésicos é estabelecido pelo Decreto- Lei nº 143/82, de 26 de Abril. Os marcos geodésicos têm zonas de protecção que abrangem uma área em redor do sinal, com o raio mínimo de 15 metros. Assim, os projectos ou obras que se pretendam levar a efeito na proximidade dos marcos geodésicos, não podem ser licenciados sem prévia autorização do Instituto Geográfico Português (IGP). Para a elaboração deste plano, foram ainda considerados instrumentos legais, que regulamentam práticas e actividades: Reserva Ecológica Nacional (Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto e legislação complementar); 1) As áreas da Reserva Ecológica Nacional referenciadas correspondem à delimitação aprovada das áreas integradas na REN relativas ao concelho de Gouveia e que são as seguintes: VIII Ambiente

197 a) Cabeceiras de linhas de água deverão assegurar-se a defesa contra a erosão e evitar-se obstruções ao escoamento superficial de água, favorecendo a infiltração das águas pluviais (PDM de Gouveia, 1996). b) Área de infiltração máxima deverá assegurar-se a implantação de coberto vegetal que favoreça a retenção de água e aumente a permeabilidade ao nível superficial do solo, contribuindo para o retardamento do escorrimento superficial da água das chuvas. c) Área com risco de erosão deverá assegurar-se a fixação e melhoramento do solo, através da protecção e extensão das áreas com vegetação vegetal ) Reserva Agrícola Nacional (Decreto-Lei n.º 196/89, de 14 de Junho e legislação complementar). As áreas da Reserva Agrícola Nacional referenciadas correspondem à delimitação aprovada das áreas integradas na RAN relativas ao concelho de Gouveia e que são as seguintes: a) Áreas da RAN por Classificação dos Solos e Capacidade de Uso do Solo; b) Áreas de RAN por Integração Especifica; c) Perímetros de Rega Enquadramento no Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte (PROF-BIN) Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal são instrumentos de política sectorial que incidem sobre os espaços florestais e visam enquadrar e estabelecer normas específicas de uso, ocupação, utilização e ordenamento florestal, por forma a promover e garantir a produção de bens e serviços e o desenvolvimento sustentado destes espaços. O PROF-BIN tem um período de vigência de 20 anos, contados a partir da sua publicação, podendo este estar sujeito a alterações periódicas, a efectuar de cinco em cinco anos, tendo em consideração os relatórios anuais da sua execução elaborados pela Autoridade Florestal Nacional ou a alterações intermédias sempre que ocorra algum facto relevante que o justifique. O PROF-BIN integra as funções de produção, protecção, conservação de habitats, fauna e flora, silvo-pastorícia, caça e pesca em águas interiores, recreio e enquadramento paisagístico. Segundo o PROF-BIN, o Concelho de Gouveia está incluído em três sub-regiões homogéneas. VIII Ambiente

198 - Sub-região homogénea da Estrela (11%); - Sub-região homogénea da Torre (18%); - Sub-região homogénea do Alto Mondego (44 %) Enquadramento no Plano Director Municipal 198 O PDM define um modelo de estrutura espacial do território municipal e estabelece as regras de utilização, ocupação e transformação do uso do solo em toda a área do Concelho. Integra as orientações de âmbito nacional e regional, nomeadamente no planeamento de ocupação, uso e transformação do território municipal, pelas diferentes componentes sectoriais da actividade nele desenvolvidas e apresenta uma programação dos investimentos a realizar no Concelho. De acordo com o PDM estas áreas integram o PNSE, sendo neste contexto, consideradas como área natural imediata, atendendo ao seu interesse paisagístico e cultural a preservar e ao seu uso a condicionar. Assim, como existe um POPNSE, estas áreas estão condicionadas ao seu zonamento e utilização regulamentada Enquadramento no Regime Florestal Os baldios tal como definido na Lei dos Baldios, Lei nº. 68/93 de 4 de Setembro, são terrenos possuídos e geridos por comunidades locais, ou seja, pelo universo dos compartes, moradores que seguindo os usos e costumes, têm direito ao uso e fruição do baldio. Estas áreas são geridas num sistema de gestão conjunta pelos representantes das comunidades locais através do Conselho Directivo do Baldio respectivos, e pela AFN através da Unidade de Gestão Florestal da Beira Interior Norte (UGFBIN). Foi publicado no Diário do Governo, II série Número 59 de 11 de Março de 1958, a submissão a regime florestal parcial, os terrenos baldios e particulares, situados nas seguintes freguesias do concelho de Gouveia: Aldeias 1253,34 ha; Folgosinho 4024,14 ha; Mangualde da Serra 929,52 ha; São Paio 261, 87 ha; São Pedro 1485,53 ha. VIII Ambiente

199 Quanto à modalidade de gestão, e de acordo com a informação obtida, os terrenos baldios sujeitos ao regime florestal são administrados em regime de associação entre os compartes e o Estado Parque Natural da Serra da Estrela 199 Abrange uma área do Maciço Central da Serra de Estrela, com uma superfície de hectares e estende-se por territórios dos Concelhos de Covilhã, Manteigas, Guarda, Celorico da Beira, Gouveia e Seia. Mapa VIII. 1 - PARQUE NATURAL DA SERRA DA ESTRELA Fonte: ICN Instituto de Conservação da Natureza Objectivos do Parque Natural da Serra da Estrela São objectivos do Parque Natural da Serra da Estrela: 1. Promover a conservação dos valores naturais, desenvolvendo acções tendentes à salvaguarda dos aspectos geológicos e das espécies da flora e fauna com interesse científico ou paisagístico. 2. Promover o desenvolvimento rural de acções de estímulo ou valorização das actividades económicas tradicionais que garantam a evolução equilibrada das paisagens e da vida em comunidade. 3. Salvaguardar o património edificado, levando a efeito acções de reabilitação, bem como VIII Ambiente

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