Ana Luiza de Araújo e Silva ¹ Curso de Geografia- Ufpa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ana Luiza de Araújo e Silva ¹ Curso de Geografia- Ufpa"

Transcrição

1 Ana Luiza de Araújo e Silva ¹ ana_luiza_16@hotmail.com Curso de Geografia- Ufpa Interfaces da cidade com o rio no Oeste Paraense: estudo sobre a orla fluvial de Santarém ² INTRODUÇÃO Compreender as transformações (mudanças e permanências) das práticas e dinâmicas das cidades ribeirinhas na Amazônia, especificamente em Santarém inclui perceber e analisar a realidade espacial da cidade e do rio que pode ser percebido entre muitas outras condições como facilitador da circulação de pessoas, experiências e mercadorias. Através da percepção voltada para essas cidades é possível apreender que costumes tradicionais persistem assim como a relação que as pessoas estabelecem com as amenidades físicas encontradas à paisagem beira-rio. A pesquisa enfatiza as particularidades sub-regionais que diferenciam essa cidade das demais, e como as políticas de ordenamento territorial se consolidam nas últimas décadas na cidade considerada para estudo. Dessa forma buscou-se analisar alterações na orla da cidade de Santarém, tendo em vista processos relacionadas à dinâmica regional recente de ocupação nesta fração do espaço. Esse artigo está dividido em três etapas, a primeira faz uma caracterização da cidade de Santarém enfatizando a sua formação histórico-geográfica; a segunda busca analisar a produção do espaço urbano na orla fluvial e a terceira e última enfatiza os usos na orla fluvial desta cidade. Por ser um trabalho que ainda se encontra em andamento, foi sistematizado apenas os resultados parciais da pesquisa. Graduanda do curso de Geografia da Universidade Federal do Pará e Bolsista Atividade Acadêmica/ Proex vincula ao projeto de pesquisa intitulado A cidade e o rio na Amazônia: mudanças e permanências face às transformações sub-regionais 2 Este trabalho é parte integrante do projeto de pesquisa intitulado A cidade e o rio na Amazônia: mudanças e permanências face às transformações sub-regionais coordenado pelo Prof. Dr. Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior e financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a pesquisa no país e pela 1 1

2 Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (FAPESPA), uma entidade do governo do estado do Pará voltada ao desenvolvimento, à ciência e à tecnologia. OBJETIVOS O objetivo geral deste artigo é analisar a dimensão ribeirinha de uma cidade de nível intermediário na rede urbana amazônica, procurando identificar os usos presentes especificamente na orla fluvial de Santarém, para tentar identificar o papel que as cidades situadas à beira-rio exercem na realidade. METODOLOGIA Durante o período da realização da pesquisa foi possível fazer o levantamento teórico-conceitual sobre a cidade e o urbano, revisão bibliográfica histórico-geográfica sobre a cidade de Santarém e do Oeste Paraense. Foram analisados materiais bibliográficos sobre a construção histórica da cidade de Santarém e suas características particulares, além de leituras que envolvem os agentes produtores do espaço articulados com a interação da cidade com o rio. CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE DE SANTARÉM A cidade de Santarém, que surge, ainda no período colonial com a formação de aldeamentos missionários, como o nome de Aldeia do Tapajós, é rebatizada com a denominação de Santarém no século XVII. A partir desse período ocorre a elevação de aldeia para a categoria de vila, como uma estratégia de uma política pombalina de ocupação e defesa do território amazônico (REIS, 1979). Essa cidade tem uma dinâmica que se desenvolve historicamente a partir de atividades ligadas ao rio, sendo este estruturador da vida econômica, política e social das pessoas que ali transitam. No entanto, a partir da década de 1960 quando são pensadas políticas de integração, ocupação e desenvolvimento para a Amazônia, o padrão de organização espacial da região foi profundamente alterado, principalmente a partir da abertura de rodovias (BECKER, 1990, 2006). Com efeito, a cidade de Santarém passa a polarizar o conjunto de 2 2

3 dezesseis municípios tanto do Estado do Pará como do Amazonas, uma vez que muito dos fluxos passaram a convergir para essa aglomeração urbana. Esses fluxos acabam configurando-a como uma cidade média, na qual o ritmo de crescimento urbano é bem maior que a expansão de serviços básicos (PEREIRA, 2006). È importante destacar que: (...) As cidades intermediárias são aquelas que se colocam num intervalo da hierarquia urbana entre as principais cidades regionais e as cidades locais, podendo ou não assumir importância regional. Assim considerando, toda cidade média é uma cidade intermediária, mas nem toda cidade intermediária pode ser considerada cidade média. Ademais, existem centros urbanos de porte médio que não são necessariamente cidades médias, a exemplo do que acontece com cidades de mais de habitantes que compõem regiões metropolitanas. Há, ainda, cidades que, mesmo não atingindo o porte médio, assumem o papel de centros urbanos sub-regionais, alçando-se, portanto, à condição de cidade média (TRINDADE JR; PEREIRA, 2007, p.314). A cidade de Santarém é classificada, como intermediária, média e cidade de porte médio, caracterizando-se como centro urbano de mediação entre as pequenas cidades e as metrópoles regionais, tornando-se, por esse motivo, relevante para a compreensão do papel que desempenha em nível sub-regional. Em Santarém, os fluxos de mercadoria e pessoas das capitais estaduais, notadamente Belém e Manaus, assim como também de outros centros urbanos da região, têm uma referência nodal, seja do ponto de vista da circulação aérea - o aeroporto de Santarém é o segundo maior em movimento de passageiros do Estado do Pará -, seja do ponto de vista da circulação rodoviária (rodovia Cuiabá-Santarém articulada à Transamazônica) e fluvial (rio Amazonas e Tapajós). Neste caso, circulações rodoviárias, aeroviárias e hidroviárias parecem se complementar, numa forma de organização do espaço um pouco diferenciada de outras sub-regiões paraenses (PEREIRA, 2006). Para entender a formação histórico-geográfica de Santarém podemos considerar a proposta de Corrêa (1987), que faz uma periodização da rede urbana na Amazônia dividida em seis períodos. O primeiro momento, caracterizado por Corrêa (1987) de 1616 a 1655 sendo um período inicial da conquista de território e consolidação da cidade. Como elemento da formação sócio-espacial do baixo Amazonas aponta-se a chegada das tropas de resgate de Pedro Teixeira a região (REIS, 1979). O segundo momento caracteriza a expansão dos fortes e a criação de aldeias missionárias, que simbolizou o embrião de futuras cidades 3 3

4 (CORRÊA, 1987) pela metade do séc. XVII à metade do sec. XVIII. Fortins, aldeias missionárias e as drogas do sertão marcaram esse momento histórico que culminou com o controle sobre os indígenas. Esse momento é marcado pela fundação do aldeamento missionário onde hoje se localiza a cidade de Santarém. Em 1665 a aldeia do Tapajós ganhou importância e foi transformada em sede de missão católica, dada a importância que a região possuía como capital de todo o distrito missionário (REIS, 1979). Em 1693 ocorre a construção da Fortaleza do Tapajós. É nesse mesmo momento histórico que se consolida a construção da primeira igreja que foi dedicada a N. Srª da Conceição onde se localiza a praça Dr. Rodrigues dos Santos (REIS, 1979), na orla da cidade. Em outro momento de exploração do espaço amazônico, a partir de 1750, entrou em ação a política pombalina, que criou a Companhia Mercantil do Grão-Pará e Maranhão, assumindo a colonização dessa região (CORRÊA, 1987). A partir de 1772, Belém torna-se a capital político-administrativa de toda a Amazônia e em 1758 a Aldeia do Tapajós foi graduada à condição de Vila e recebeu o nome de Santarém (REIS, 1979). O quarto período mencionado por Corrêa (1987) ocorre do final do sec.xvii à metade do sec.xix. É caracterizado por uma estagnação econômica e urbana. O período do boom econômico da borracha é o quinto momento da periodização e marca a expansão da riqueza urbana, que se estende da metade do sec. XIX ao final da primeira guerra mundial. É possível observar que nesse período ocorre a expansão do extrativismo da borracha e da rede urbana. A partir do final do sec. XIX Santarém transforma-se na segunda cidade do Pará, ultrapassando também a cidade de Cametá, pouco valorizada pela produção da borracha e desvalorizada pela perda de importância da cultura do cacau. Um sexto período foi o de estagnação após a crise da borracha, que se estende de 1920 a Sementes da seringueira foram transferidas para Ásia em décadas anteriores, que através de suas plantations produziram muito mais que o Brasil. A decadência da extração da borracha, o refluxo populacional e a relativa autarcização dos seringais, afetaram a rede urbana (CORRÊA, 1987). 4 4

5 Em 1940, Santarém possuía uma população de habitantes e em 1950, garantindo-lhe o terceiro lugar na rede urbana regional. Nesse mesmo período, na cidade de Santarém é construída a Av. Tapajós, que surgiu através de aterros no rio. Antes disso os quintais das casas terminavam na praia. Neste perímetro a cidade estava praticamente de costas para o rio. Um período mais recente, iniciado em 1960 e que ainda perdura, caracteriza-se por um intenso processo de mudança econômica e urbana. A expansão capitalista traz consigo forte industrialização realizada pelo e para o capital. Processos que garantam a acumulação do capital se intensificam e a Amazônia cada vez mais de incorpora no mercado de consumo de produtos industrializados e de matérias primas (CORRÊA, 1987). No período de , Santarém, tradicional capital regional no médio vale amazônico, na confluência do Tapajós com o Amazonas, cresceu e se beneficiou muito com a cultura da juta e da valorização da pecuária em sua região de influencia, não conhecendo a estagnação que passaram as cidades, que dependiam exclusivamente da borracha. Em 1974 ocorre a inauguração do Cais do Porto de Santarém. Anteriormente a operação portuária era feita em condições precárias no antigo Trapiche Municipal. Em uma dinâmica mais recente é possível identificar, em 2001, a inauguração da nova orla de Santarém (PMS, 2009) com posterior consolidação do porto graneleiro da empresa multinacional Cargil Agrícola S.A. (PMS, 2009). A importância econômica de Santarém está associada ao seu papel político no contexto regional, inclusive com perspectivas de se tornar a capital do possível Estado do Tapajós, conforme se percebe nas tentativas de emancipação dessa sub-região e de formação de um novo Estado desmembrado do Pará. Recentemente, essa proposta de criação de um novo estado, com sede administrativa em Santarém, e incluindo municípios do Baixo Amazonas e do Sudoeste Paraense, é retomada. Nesse sentido é perceptível a força política da elite local e a necessidade de garantir uma dada territorialidade, tendo em vista a constituição de uma nova unidade federativa, por um poder econômico e político aí constituído (TRINDADE JR, 2008). PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA ORLA FLUVIAL DE SANTARÉM. 5 5

6 A respeito das cidades ribeirinhas amazônicas e especificamente Santarém, estas apresentam intensa relação com o rio, não apenas pela sua localização absoluta, mas principalmente pelas relações socioculturais, simbólicas e econômicas que se apresentam através deste. Com base em Malheiro e Silva (2005), a compreensão de orla se dá enquanto fração do espaço urbano de maior contato com as vias fluviais, expressando a interação que a cidade mantém com o rio, seja esta em maior ou em menor grau. São estes espaços que revelam as mudanças relativas à dimensão ribeirinha da cidade, e onde junto com estas mudanças coexistem as permanências, ou ainda o que resiste a essas mudanças, entendido enquanto resíduos do urbano a partir da leitura de Lefebvre (2001). Em Santarém, a história de índios, religiosos, colonizadores europeus permanece viva na culinária, nos costumes, nas praças e na arquitetura do centro da cidade. É um lugar onde a natureza, imensamente generosa, permite o espetáculo de dois grandes rios que se encontram e que nunca se misturam (PMS, 2009). As águas límpidas do Tapajós destacam as embarcações que lentamente deslizam sobre elas, porém os iates e lanchas demarcam a modernidade que chega às mesmas águas da cidade As alterações que ocorrem na dinâmica de estruturação da cidade provocam mudanças espaciais nas relações tradicionalmente desenvolvidas, que a cidade de Santarém apresenta com o rio. Ao longo de quase todo seu processo histórico, Santarém apresentou atividades que estruturaram a dinâmica econômica da cidade, e que tinham nos cursos fluviais o principal meio para escoamento da produção e abastecimento da cidade. Muitas atividades na cidade estão atreladas ao rio e ao que denominamos de orla. Para uma boa definição do que estamos percebendo como orla nos apoiamos na leitura de Trindade Jr (2002), que possui o seguinte entendimento: Na verdade, o que se tem convencionado chamar de orla, diz respeito basicamente às faixas de contato imediato da cidade com os cursos fluviais principais que banham as cidades, provavelmente devido à maior importância que esses cursos possuem para a cidade, do ponto de vista da circulação (...) (TRINDADE JR, 2002, p.139). Trindade Jr (2002) avalia que podemos considerar como orla também outras beiras de corpos hídricos menores que cortam as cidades, mas que as orlas de cursos fluviais tidos 6 6

7 como de maior importância guardam peculiaridades, como outra configuração da paisagem e um maior fluxo de mercadoria e pessoas. As mudanças recentes que ocorrem nas orlas fluviais amazônicas encontram certas resistências nesses espaços, devido a usos que se configuram e demarcam vivências pré-existentes. Porém as políticas atuais e projetos que são pensados para a orla, seguem uma tendência que valoriza o rio para o turismo, contemplação e lazer. Atualmente ocorre um processo de padronização das frentes das cidades, as chamadas orlas fluviais, que até pouco tempo eram também denominadas de beira-rio e a frente. É possível perceber que a interação com o rio nas últimas décadas se volta para fins econômicos, com forte apelo turístico, configurando uma perda de atributos como as atividades lúdicas, de circulação e a dimensão simbólico-cultural. OS USOS NA ORLA FLUVIAL DE SANTARÉM. Os usos identificados na orla de Santarém confere a seguinte diferenciação: o uso residencial, que pode ser visto ao longo da orla tanto em residências de alto padrão, como em residências de médio e baixo padrão; industrial, que se mostra em estaleiros; comercial, que pode ser visualizado tanto em comércios do circuito superior da economia (supermercados e grandes lojas), como em comércios do circuito inferior (pequenas mercearias e lanchonetes); de serviços, observado em empresas de prestação de serviços, como companhias de turismo, agências bancárias, entre outros; de uso institucional, observado em vários prédios públicos, como o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), a Receita Federal, dentre outros; de feiras e mercados, que fica evidente nas proximidades do cais de arrimo e nos mercados ao longo da orla, como o mercado modelo e o mercadão 2000; além do uso misto, visto em aglomerações multifuncionais, que são ao mesmo tempo residências, bares, restaurantes, lanchonetes, dentre outros usos que se misturam, esses estão contidos dentro do item comércio que aparece com distanciamento significativo em relação aos demais usos, como se pode perceber na tabela abaixo: Tabela 01 Usos dos imóveis localizados na orla Orla da cidade de Santarém Uso do imóvel na orla Abs. % 7 7

8 Residencial Comercial Serviços 5 5 Industrial 0 0 Residencial/Comercial 8 8 Institucional 2 2 Total Fonte: Trabalho de campo realizado por Tatiane Costa, agosto de Considerando os dados obtidos com a aplicação de formulários pela equipe de pesquisa, podemos fazer uma análise sobre os principais usos da orla pela população local de Santarém. O uso de lazer (41%), notado na tabela 02, pode ser observado ao longo da maior parte da orla. Isso se deve a vários equipamentos de recreação construídos neste lugar e o amplo calçadão que as pessoas usam para caminhar e fazer exercícios. Ainda observando a tabela 02, vemos a questão do transporte (31%), que também é bastante significativa. Isso ocorre devido à presença de pequenas e grandes embarcações, barcos e rabetas que levam e trazem pessoas cotidianamente a Santarém, e demarcam o forte atrelamento do homem ao rio e seus recursos. Tabela 02 Principais usos da orla Orla da cidade de Santarém Uso dos rios Abs. % Recursos 4 4 Lazer Contemplação da paisagem 9 9 Transporte

9 Turismo 3 3 Outro 4 4 Uso Misto 6 6 Total Fonte: Trabalho de campo realizado por Tatiane Costa, agosto de A orla de Santarém é um espaço agradável para passeio, apreciação do Rio Tapajós e é através dela que chegam centenas de embarcações da região, trazendo peixe fresco e salgado, farinhas, frutas, grãos, legumes e plantas medicinais, camarão regional etc. (PMS, 2009). Quando se pergunta aos moradores e/ou pessoas que trabalham à beira rio qual a importância da orla, 83% afirmam que a importância da orla é grande. Tabela 03 Importância da orla para os informantes Orla da cidade de Santarém Importância da orla Abs. % Grande Média Pequena 5 5 Não tem importância 0 0 Total

10 Fonte: Trabalho de campo realizado por Tatiane Costa, agosto de A maior parte da população entende que a importância da orla é significativa, isso enfatiza que essas pessoas são freqüentadores deste local rotineiramente e usufruem das vantagens de amenidades físicas e recursos que ela apresenta. Na cidade considerada, mesmo que se faça presente o domínio de uma psicosfera urbana esfera dos valores, dos comportamentos, que assume uma dimensão essencialmente urbana (SANTOS, 1994) -, não há como desconsiderar as fortes ligações com a vida ribeirinha tradicional. Considerar o papel dessa cidade na nova dinâmica regional pressupõe levar em conta o processo de urbanização, que caracteriza o espaço amazônico, em um ritmo de crescimento econômico intenso e marcado por processos de exclusão e de segregação. Esses processos estão associados à expansão da fronteira urbana, que não se resume, conforme demonstra Becker (1990), à simples proliferação e crescimento das cidades, mas que difunde um novo modo de vida e uma nova lógica de ordenamento espacial. Dessa forma, a cidade de Santarém assume papel importante, como cidade ribeirinha amazônica em uma realidade que se inseriu de maneira diferenciada nas políticas de ordenamento territorial nas últimas décadas. Ao mesmo tempo, chama atenção para as particularidades sub-regionais existentes que demarcam diferentes espacialidades e territorialidades, sugerindo, em conseqüência, políticas públicas também diferenciadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS. A grande complexidade das transformações na produção do espaço urbano promove gradualmente a necessidade de um conhecimento mais detalhado e aprofundado do que se estuda. Talvez seja esse um dos motivos porque os geógrafos têm se interessado cada vez mais pela temática urbana. Entender as mudanças e permanências em cidades ribeirinhas é perceber as ações que manipulam ou destroem as raízes ribeirinhas ainda guardadas pela cidade. E ao mesmo tempo identificar as tradições que se conservam nesses centros urbanos

11 Os portos, feiras e trapiches na orla, exercem cada vez menos as funções do passado, que era a pesca tradicional, o banho ao final da tarde etc. Algumas vezes esses lugares servem apenas como ponto de encontro para recordar atividades que um dia aconteceram ali. Dessa forma, quando estudamos as cidades ribeirinhas, vemos que costumes tradicionais ainda persistem nessas localidades, mas atualmente a relação com as amenidades físicas encontradas à paisagem beira-rio volta-se para uma lógica do capital, que faz desses espaços lugares de compra e venda de produtos e vivências; que faz com que, de certa forma, experiências e costumes ribeirinhos espontâneos sejam perdidos. REFERÊNCIAS. BECKER, B. K. Amazônia. São Paulo: Editora Ática, (Série Princípios). CORRÊA, R. L. A periodização da rede urbana amazônica. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, O espaço urbano. 3 ed. São Paulo: Ática, (Série Princípios). GUILHON. N. Confederados em Santarém. Coleção História do Pará. Série Arthur Vianna, Belém, Pará. Conselho Estadual de Cultura MALHEIRO, B. C. P; SILVA, M. A. P. Faces ribeirinhas da orla fluvial de Belém: espaços de (sobre) vivência na diferença. In: TRINDADE JR, S. C.; SILVA, M. A. P. Belém: a cidade e o rio na Amazônia. Belém: EDUFPA, PEREIRA, J C. M. Importância e significado das cidades médias na Amazônia: uma abordagem a partir de Santarém (PA). (Dissertação de Mestrado). NAEA, PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, Disponível em: Acesso em: 08/10/2009. REIS, A. C. F. Santarém: seu desenvolvimento histórico. 2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Edusp, SANTOS, P. R. dos. Tupaiulândia. Belém: Imprensa Oficial do Estado do Pará, TRINDADE JR., S-C. A cidade e o rio na Amazônia: mudanças e permanências face às transformações sub-regionais (Projeto de Pesquisa). Belém-Pará

12 TRINDADE JR., S. C.; AMARAL, M.D.B.; SILVA, M.A.P. da. Cidades ribeirinhas na Amazônia: mudanças e permanências. Belém: EDUFPA, TRINDADE JR, S.C; PEREIRA, J.C.C. Reestruturação da rede urbana e importância das cidades médias na Amazônia oriental. In: SPOSITO, M.E. Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular,

Projeto analisa a relação de municípios paraenses com os grandes rios da região

Projeto analisa a relação de municípios paraenses com os grandes rios da região Matéria do Jornal Beira do Rio da Universidade Federal do Pará. Ano XXVII Nº 109, Nov. e Dez. de 2012. Projeto analisa a relação de municípios paraenses com os grandes rios da região por Glauce Monteiro

Leia mais

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO. PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos

COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO. PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos COLÉGIO 7 DE SETEMBRO DISCIPLINA DE GEOGRAFIA PROF. RONALDO LOURENÇO 7º ANO PERCURSO 14 REGIÃO NORTE a construção de espaços geográficos A construção de espaços geográficos de 1500 a 1930 Inicialmente

Leia mais

A MÃO-DE-OBRA AFRICANA NA ECONOMIA DO GRÃO-PARÁ *

A MÃO-DE-OBRA AFRICANA NA ECONOMIA DO GRÃO-PARÁ * 1 A MÃO-DE-OBRA AFRICANA NA ECONOMIA DO GRÃO-PARÁ * Sônia Viana do Nascimento ** RESUMO: Este artigo enfatiza a força da mão-de-obra negra de origem africana no Estado do Grão-Pará, nos séculos XVII-XIX.

Leia mais

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL

A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL A Formação do Território Brasileiro O surgimento do que denominamos de Brasil foi produto de um processo mais amplo, denominado de Expansão Mercantil europeia, desencadeado

Leia mais

CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO. Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira

CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO. Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira 1- O país dos contrastes Imensas riquezas naturais, culturais e econômicas.

Leia mais

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM - PARÁ

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM - PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM - PARÁ Alter do Chão, o Caribe da Amazônia Sobre Alter do Chão Alter do Chão é uma vila a 37 km da sede do município de Santarém; O acesso a Vila se dá por meio da PA-457,

Leia mais

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia

2º ano do Ensino Médio. Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia 2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia Complexo Regional da Amazônia (processo de ocupação) Século XVII - XVIII Drogas do Sertão Final do século XIX - início do século XX

Leia mais

A Formação Territorial do BRASIL

A Formação Territorial do BRASIL A Formação Territorial do BRASIL Descobrimento da América O surgimento do que denominamos de Brasil foi produto de um processo mais amplo, denominado de Expansão Marítimo Comercial europeia, desencadeado

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ GEOGRAFIA PROSEL/ PRISE 1ª ETAPA EIXO TEMÁTICO I MUNDO 1. ESPAÇO MUNDIAL COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS 1. A reestruturação do espaço mundial:modos de 1. Entender a reestruturação

Leia mais

Palavras Chave: segunda residência; produção do espaço urbano; dinâmica imobiliária; Santos SP; segregação socioespacial 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Palavras Chave: segunda residência; produção do espaço urbano; dinâmica imobiliária; Santos SP; segregação socioespacial 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA INSTITUCIONAL/IFSP PROJETO DE PESQUISA TÍTULO DO PROJETO: O turismo de segunda residência na Baixada Santista e a dinâmica imobiliária em Santos - SP Área do Conhecimento (Tabela do CNPq): 6. 1 3. 0 0.

Leia mais

Tabela 1 Marabá Fonte: Org.:

Tabela 1 Marabá Fonte: Org.: Camila Garcia Nascimento de Souza UFPA/Campus Marabá;cammylla_garcia@hotmail.com Marcus Vinícius Mariano de Souza UFPA/Campus Marabá; marcusjaba@yahoo.com.br José Evilázio de Brito Nunes Neto UFPA/Campus

Leia mais

CRESCIMENTO DA ÁREA URBANA NAS CIDADES MÉDIAS: O CASO DE SANTARÉM E MARABÁ NOS ANOS DE 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 E 2012.¹

CRESCIMENTO DA ÁREA URBANA NAS CIDADES MÉDIAS: O CASO DE SANTARÉM E MARABÁ NOS ANOS DE 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 E 2012.¹ CRESCIMENTO DA ÁREA URBANA NAS CIDADES MÉDIAS: O CASO DE SANTARÉM E MARABÁ NOS ANOS DE 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010 E 2012.¹ Emily Regina Siqueira Dias emily.siqueira@gmail.com Universidade Federal

Leia mais

As cidades e a urbanização brasileira. Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017

As cidades e a urbanização brasileira. Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017 As cidades e a urbanização brasileira Professor Diego Alves de Oliveira IFMG Campus Betim Fevereiro de 2017 O que consideramos cidade? No mundo, existem diferentes cidades (tamanhos, densidades demográficas

Leia mais

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL

Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL Universidade Federal do Pará Processo Seletivo Especial 4-2011 Conteúdo de Geografia 1. ESPAÇO MUNDIAL EIXO TEMÁTICO I MUNDO COMPETÊNCIAS HABILIDADES CONTEÚDOS 1. Entender a reestruturação do espaço mundial

Leia mais

Revista Políticas Públicas & Cidades, v.3, n.2, p , mai/ago, 2015

Revista Políticas Públicas & Cidades, v.3, n.2, p , mai/ago, 2015 HERRERA, J. A. A PESQUISA URBANA NAS CIDADES AMAZÔNICAS. Revista Políticas Públicas & Cidades. [29 de agosto de 2015], v.3, n.2, p. 120 125, mai/ago, 2015. Entrevista concedida a Wesley Medeiros. A PESQUISA

Leia mais

GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES

GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES GEOGRAFIA HISTÓRICA DO BRASIL CAPITALISMO, TERRITÓRIO E PERIFERIA ANTÔNIO CARLOS ROBERT DE MORAES A GEOGRAFIA HISTÓRICA DO CAPITALISMO I) Espacialidade do Modo de produção capitalista - a valorização do

Leia mais

PERCURSO 14 Região Norte: a construção de espaços geográficos. Prof. Gabriel Rocha 7º ano - EBS

PERCURSO 14 Região Norte: a construção de espaços geográficos. Prof. Gabriel Rocha 7º ano - EBS PERCURSO 14 Região Norte: a construção de espaços geográficos. Prof. Gabriel Rocha 7º ano - EBS 1 A construção do espaço geográfico de 1500 a 1930 A ocupação da Amazônia não despertava tanto interesse

Leia mais

Escalas do urbano e o alcance de pequenas mobilizações sociais: O Março das Mulheres em Santarém (PA) 1

Escalas do urbano e o alcance de pequenas mobilizações sociais: O Março das Mulheres em Santarém (PA) 1 Telma de Sousa Bemerguy 361 Escalas do urbano e o alcance de pequenas mobilizações sociais: O Março das Mulheres em Santarém (PA) 1 Telma de Sousa Bemerguy PPGAS/Museu Nacional tsbemerguy@gmail.com No

Leia mais

Organização do espaço amazônico: conflitos e contradições

Organização do espaço amazônico: conflitos e contradições Organização do espaço amazônico: conflitos e contradições Roberta Maria Guimarães da silva Universidade Federal do Pará Resumo: Este artigo é uma abordagem com considerações sobre a região Amazônica que

Leia mais

ESPAÇO URBANO E ESPAÇO RURAL 20/05/ :00 2

ESPAÇO URBANO E ESPAÇO RURAL 20/05/ :00 2 1 ESPAÇO URBANO E ESPAÇO RURAL 20/05/2016 13:00 2 O ESPAÇO URBANO O ESPAÇO URBANO É O ESPAÇO DAS CIDADES E SE CARACTERIZA PELO PREDOMÍNIO DAS ATIVIDADES SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS, OU SEJA, AS ATIVIDADES

Leia mais

Comunidades ribeirinhas: uma análise exploratória nas comunidades do Arapiuns (Pará Brasil) Ana Paula Dal Asta

Comunidades ribeirinhas: uma análise exploratória nas comunidades do Arapiuns (Pará Brasil) Ana Paula Dal Asta Comunidades ribeirinhas: uma análise exploratória nas comunidades do Arapiuns (Pará Brasil) Ana Paula Dal Asta Disciplina: Análise espacial de dados geográficos 21 de dezembro de 2012 Introdução Região

Leia mais

Ações Educativas na área do Patrimônio Cultural - Rede Casas do Patrimônio Pará

Ações Educativas na área do Patrimônio Cultural - Rede Casas do Patrimônio Pará Ações Educativas na área do Patrimônio Cultural - Rede Casas do Patrimônio Pará PALESTRA: O PROJETO ROTEIROS GEO-TURISTICOS E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NA CIDADE DE BELÉM Profa. Dra. Maria Goretti da Costa

Leia mais

BOA VISTA - ESPAÇO URBANO NA AMAZÓNIA BRASILEIRA

BOA VISTA - ESPAÇO URBANO NA AMAZÓNIA BRASILEIRA BOA VISTA - ESPAÇO URBANO NA AMAZÓNIA BRASILEIRA Paulo Rogério de Freitas Silva * Quando se tenta trabalhar o aspecto urbano da Amazónia, destacando-se o surgimento, o crescimento e a organização espacial

Leia mais

República Conceitos básicos

República Conceitos básicos República Conceitos básicos Estado: e a formação de um povo. Território:, ou seja, representa a base física limitada por suas fronteiras. República Conceitos básicos Povo: é todo o, regulamentados por

Leia mais

PROCESSO SELETIVO GEOGRAFIA

PROCESSO SELETIVO GEOGRAFIA PROCESSO SELETIVO GEOGRAFIA EIXO TEMÁTICO: O MUNDO 1 O ESPAÇO MUNDIAL CONTEÚDOS COMPETÊNCIAS HABILIDADES Compreender o espaço geográfico como resultante das interações históricas entre sociedade e natureza

Leia mais

AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÕES CENTRO OESTE E SUL

AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÕES CENTRO OESTE E SUL AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÕES CENTRO OESTE E SUL APRESENTAÇÃO DA REGIÃO CENTRO OESTE REGIÃO CENTRO OESTE APRESENTAÇÃO DA REGIÃO CENTRO OESTE A LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO CENTRO OESTE 18,8% do território nacional

Leia mais

101

101 PORTO XAVIER 101 PORTO XAVIER Após a decadência do sistema reducional, o território onde se localiza o atual município de Porto Xavier, embora tenha permanecido poucos indígenas, recebeu a chegada gradativa

Leia mais

ZONA DA MATA AGRESTE SERTÃO SEMIÁRIDO INDÚSTRIA DA SECA; MEIO-NORTE

ZONA DA MATA AGRESTE SERTÃO SEMIÁRIDO INDÚSTRIA DA SECA; MEIO-NORTE REGIÃO NORTE Possui 7 estados ( Acre, Amazonas, Pará, Roraima, Amapá, Rondônia e Tocantins); Possui mais de 15 milhões de habitantes; No período colonial não despertou o interesse do colonizador, pois

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 7 o - Ensino Fundamental Professora: Cristiane Mattar Geografia Atividades para Estudos Autônomos Data: 8 / 5 / 2018 Aluno(a):

Leia mais

GEOGRAFIA MÓDULO 9. Urbanização I. redes urbanas, o processo de urbanização, o espaço das cidades e especulação imobiliária. Professor Vinícius Moraes

GEOGRAFIA MÓDULO 9. Urbanização I. redes urbanas, o processo de urbanização, o espaço das cidades e especulação imobiliária. Professor Vinícius Moraes GEOGRAFIA Professor Vinícius Moraes MÓDULO 9 Urbanização I redes urbanas, o processo de urbanização, o espaço das cidades e especulação imobiliária O processo de urbanização apresenta diferentes dimensões,

Leia mais

OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO O povoamento brasileiro, no século XVI, se limitou em territórios litorâneos próximos ao oceano Atlântico onde desenvolveram

OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO O povoamento brasileiro, no século XVI, se limitou em territórios litorâneos próximos ao oceano Atlântico onde desenvolveram A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO O povoamento brasileiro, no século XVI, se limitou em territórios litorâneos próximos ao oceano Atlântico onde desenvolveram inúmeras lavouras

Leia mais

CONTEÚDOS GEOGRAFIA - 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER

CONTEÚDOS GEOGRAFIA - 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER CONTEÚDOS GEOGRAFIA - 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER UNIDADE 1 ORGANIZAÇAO DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS 1. Organização dos espaços no país Território e fronteira Organização política do Brasil Regiões

Leia mais

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações

Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Segregação sócio-espacial e pobreza absoluta: algumas considerações Thalita Aguiar Siqueira* 1 (PG), Marcelo de melo (PQ) Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Anápolis de ciências sócio-econômicas e

Leia mais

Tema Vulnerabilidade das Áreas Urbanas Painel: Edna Maria Ramos de Castro, UFPA

Tema Vulnerabilidade das Áreas Urbanas Painel: Edna Maria Ramos de Castro, UFPA Tema Vulnerabilidade das Áreas Urbanas Painel: Edna Maria Ramos de Castro, UFPA IV CONFERENCIA REGIONAL SOBRE MUDANCAS GLOBAIS Painel: Vulnerabilidade das Áreas Urbanas IEA/USP ABC PBMC Rede Clima-INCT

Leia mais

A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP

A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP A importância da análise da circulação de ônibus para o estudo das relações interurbanas: o caso da Região Administrativa de Presidente Prudente-SP Introdução: Vitor Koiti Miyazaki Faculdade de Ciências

Leia mais

A AÇÃO DO ESTADO E DO MERCADO IMOBILIÁRIO NO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM ILHA COMPRIDA - SP

A AÇÃO DO ESTADO E DO MERCADO IMOBILIÁRIO NO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM ILHA COMPRIDA - SP A AÇÃO DO ESTADO E DO MERCADO IMOBILIÁRIO NO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL EM ILHA COMPRIDA - SP NASCIMENTO, R. S. Departamento de Geografia - IGCE, Universidade Estadual Paulista Júlio De Mesquita

Leia mais

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO Brasil: a produção do território A história do território brasileiro é, a um só tempo, una e diversa, pois é também a soma e a síntese das histórias de suas

Leia mais

EXPRESSÔES DO URBANO NA AMAZÔNIA: INTENSIDADES DE URBANO EM UM TRECHO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA

EXPRESSÔES DO URBANO NA AMAZÔNIA: INTENSIDADES DE URBANO EM UM TRECHO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA EXPRESSÔES DO URBANO NA AMAZÔNIA: INTENSIDADES DE URBANO EM UM TRECHO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA População, Espaço e Ambiente SER - 457-3 Bruna Virginia Neves 130168 INPE São José dos Campos 2014 EXPRESSÔES

Leia mais

Roteiro de Estudo para a Recuperação Semestral GEOGRAFIA 7º ano

Roteiro de Estudo para a Recuperação Semestral GEOGRAFIA 7º ano Roteiro de Estudo para a Recuperação Semestral GEOGRAFIA 7º ano NOME: IMPRIMA AS FOLHAS. RESOLVA AS QUESTÕES DISSERTATIVAS EM FOLHA DE PAPEL ALMAÇO OU FOLHA DE FICHÁRIO; OS TESTES PODERÃO SER RESPONDIDOS

Leia mais

Lembro a todos que estes slides não servem como embasamento TOTAL para a prova. Prof. Matheus

Lembro a todos que estes slides não servem como embasamento TOTAL para a prova. Prof. Matheus Lembro a todos que estes slides não servem como embasamento TOTAL para a prova Prof. Matheus Indústria e Transportes Prof. Matheus O Processo de Industrialização Indústria: Setor Secundário da economia;

Leia mais

Amazônia Economia Atual. Resumo História da Região Norte Ocupação Econômica

Amazônia Economia Atual. Resumo História da Região Norte Ocupação Econômica Resumo História da Região Norte Ocupação Econômica 1500 1600 - A Espanha era quem controlava a maior parte da região, por parte do acordo do Tratado de Tordesilhas; - Praticamente não havia pessoas de

Leia mais

O III PLANO DIRETOR E A ZONA NORTE: A questão do rururbano na cidade de Pelotas-RS

O III PLANO DIRETOR E A ZONA NORTE: A questão do rururbano na cidade de Pelotas-RS O III PLANO DIRETOR E A ZONA NORTE: A questão do rururbano na cidade de Pelotas-RS Carlos Vinícius da Silva Pinto Juliana Cristina Franz Giancarla Salamoni 1 INTRODUÇÃO A expansão do perímetro urbano,

Leia mais

Formação espacial do Brasil. Prof. Gonzaga

Formação espacial do Brasil. Prof. Gonzaga Formação espacial do Brasil Prof. Gonzaga Território é tido como uma dimensão do espaço geográfico demarcada e submetida a um poder central e a um conjunto de normas específicas. Esse espaço é transformado

Leia mais

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira. Geografia As Regiões Geoeconômicas do Brasil Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia Aula XX AS REGIÕES GEOECONÔMICAS DO BRASIL A divisão regional oficial do Brasil é aquela

Leia mais

Cabotagem e navegação interior

Cabotagem e navegação interior Cabotagem e navegação interior Introdução Você já deve saber que existem tipos de navegação diferentes, porém será que eles trafegam na mesma via? Os mesmos serviços de engenharia são recomendados para

Leia mais

Entrevista. Prof. Dr. Rafael Ivan Chambouleyron (Universidade Federal Do Pará)

Entrevista. Prof. Dr. Rafael Ivan Chambouleyron (Universidade Federal Do Pará) REVISTA ESPACIALIDADES ISSN: 1984-817X espacialidades@gmail.com Entrevista Prof. Dr. Rafael Ivan Chambouleyron (Universidade Federal Do Pará) Prezado Professor Rafael Ivan Chambouleyron, Espacialidades:

Leia mais

A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES

A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES 47 A EXPANSÃO URBANA NA REGIÃO LESTE DA CIDADE DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA (SP) E A FORMAÇÃO DE NOVAS CENTRALIDADES Nathália Oliveira Silva Costa 1 ; Alexandre Carvalho de Andrade 2. 1 nathaliacosta40@hotmail.com;

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL

LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL LISTA DE EXERCÍCICIOS 2 REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL 1) Com base na figura seguinte, assinale a alternativa correta. a) A figura destaca as três macrorregiões naturais do Brasil, segundo o IBGE (1960), que

Leia mais

7.1.6 Origem/Motivação: Promover a integração da comunidade e comemorar a emancipação político

7.1.6 Origem/Motivação: Promover a integração da comunidade e comemorar a emancipação político 7 Missões: Recursos de Interesse Patrimonial FESTAS E CELEBRAÇÕES Eugênio de Castro 7.1 Aspectos Gerais 7.1.1 Identificação: Festa de Aniversário do Município 7.1.2 Denominação mais freqüente: Festa Popular

Leia mais

Palavras-Chave: Atividade Industrial, Humildes, Desenvolvimento, Urbanização.

Palavras-Chave: Atividade Industrial, Humildes, Desenvolvimento, Urbanização. DINÂMICA INDUSTRIAL E IMPLICAÇÕES SOCIOESPACIAIS EM HUMILDES, FEIRA DE SANTANA/BA: PROCESSOS E AÇÕES. Vanessa da Conceição Barbosa dos Anjos Graduanda em Geografia/UEFS. vanessa.124@hotmail.com Janio Santos

Leia mais

EXPRESSÔES DO URBANO NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO ARAPIUNS: A CONTRUÇÃO DE UM INDICADOR DE ACESSO A BENS E SERVIÇOS

EXPRESSÔES DO URBANO NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO ARAPIUNS: A CONTRUÇÃO DE UM INDICADOR DE ACESSO A BENS E SERVIÇOS EXPRESSÔES DO URBANO NAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO ARAPIUNS: A CONTRUÇÃO DE UM INDICADOR DE ACESSO A BENS E SERVIÇOS Introdução ao Geoprocessamento SER - 300 Bruna Virginia Neves 130168 INPE São José

Leia mais

O DESENHO UNIVERSAL E A ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRANSPORTE HIDROVIÁRIO DA AMAZÔNIA PARAENSE

O DESENHO UNIVERSAL E A ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRANSPORTE HIDROVIÁRIO DA AMAZÔNIA PARAENSE O DESENHO UNIVERSAL E A ACESSIBILIDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRANSPORTE HIDROVIÁRIO DA AMAZÔNIA PARAENSE Ronielson Santos das Mercês - UEPA 1 Priscilla Negrão Perdigão- FIBRA 2 Anderson Madson Oliveira

Leia mais

ABARÉ : Um modelo de atendimento para a Amazônia. Dr. Fabio Tozzi-

ABARÉ : Um modelo de atendimento para a Amazônia. Dr. Fabio Tozzi- ABARÉ : Um modelo de atendimento para a Amazônia Dr. Fabio Tozzi- Quadro de Exclusão Social e Insuficiência de Políticas Vivem da caça, pesca, coletas da floresta, e lavouras regionais, sendo muito baixa

Leia mais

AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS

AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS AMAZÔNIA BRASILEIRA: ANÁLISE DA MIGRAÇÃO DE RETORNO DE BRASILEIROS 1. INTRODUÇÃO Jonatha Rodrigo de Oliveira Lira Programa de Pós-Graduação em Geografia - UFPa rodrrigao@hotmail.com Quando pensamos em

Leia mais

PROMILITARES 07/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO

PROMILITARES 07/08/2018 GEOGRAFIA. Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO GEOGRAFIA Professor Leandro Almeida URBANIZAÇÃO Tipos de urbanização: Países centrais x Países periféricos Aglomerados urbanos: Metrópoles, Áreas metropolitanas, Megalópoles, Megacidades e Cidades globais

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE PLANO DE CURSO Departamento: Economia e Análise/Faculdade de Estudos Sociais Tel.: 3305-4544 Endereço: Av. Gal. Rodrigo Otávio Jordão Ramos nº. 3000 Campus Universitário - Aleixo. CEP 69077-000 Professor:

Leia mais

Expansão do território brasileiro

Expansão do território brasileiro Expansão do território brasileiro O território brasileiro é resultado de diferentes movimentos expansionistas que ocorreram no Período Colonial, Imperial e Republicano. Esse processo ocorreu através de

Leia mais

REVISÃO I Prof. Fernando.

REVISÃO I Prof. Fernando. REVISÃO I Prof. Fernando Brasil Colônia 1500: Descobrimento ou Conquista? Comunidades indígenas do Brasil Características: heterogeneidade e subsistência. Contato: a partir da colonização efetiva, ocorreu

Leia mais

Geografia - 6º AO 9º ANO

Geografia - 6º AO 9º ANO 5ª Série / 6º Ano Eixos norteadores Temas Conteúdo Habilidades Competências A Geografia como uma - Definição de Geografia - Noções de tempo e -Compreender processos - Identificar diferentes formas de representação

Leia mais

O CENTRO E A CENTRALIDADE EM PRESIDENTE PRUDENTE: A CONSOLIDAÇÃO DO NÚCLEO CENTRAL

O CENTRO E A CENTRALIDADE EM PRESIDENTE PRUDENTE: A CONSOLIDAÇÃO DO NÚCLEO CENTRAL O CENTRO E A CENTRALIDADE EM PRESIDENTE PRUDENTE: A CONSOLIDAÇÃO DO NÚCLEO CENTRAL Michelly Souza Lima Arthur Magon Whitacker (Orientador) Faculdade de Ciências e Tecnologia UNESP michellyslima@gmail.com

Leia mais

TÍTULO: GRUPO DE TRABALHO HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO : A ELABORAÇÃO DE PESQUISAS PARA A COMPREENSÃO DA ARQUITETURA DE MONTES CLAROS/MG.

TÍTULO: GRUPO DE TRABALHO HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO : A ELABORAÇÃO DE PESQUISAS PARA A COMPREENSÃO DA ARQUITETURA DE MONTES CLAROS/MG. TÍTULO: GRUPO DE TRABALHO HISTÓRIA, PATRIMÔNIO E PRESERVAÇÃO : A ELABORAÇÃO DE PESQUISAS PARA A COMPREENSÃO DA ARQUITETURA DE MONTES CLAROS/MG. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA:

Leia mais

Processo de Desenvolvimento do Capitalismo

Processo de Desenvolvimento do Capitalismo Processo de Desenvolvimento do Capitalismo Capitalismo Comercial Contexto: Do fim do século XV até o século XVIII. Características: A riqueza vinha do comércio (circulação). Período das Grandes Navegações.

Leia mais

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA Fixação 1) (UFRN) No século XVIII, teve início a exploração da região mineradora no Brasil, provocando transformações importantes na economia colonial,

Leia mais

Atividade de Revisão Prova 1 cap. 01 Questões Objetivas. Utilize o mapa a seguir para auxiliar na resolução das questões de 1 a 4:

Atividade de Revisão Prova 1 cap. 01 Questões Objetivas. Utilize o mapa a seguir para auxiliar na resolução das questões de 1 a 4: Atividade de Revisão Prova 1 cap. 01 Questões Objetivas Utilize o mapa a seguir para auxiliar na resolução das questões de 1 a 4: Fonte: Adaptado de http://image.slidesharecdn.com/profdemetriomelo-brasilregionalizao

Leia mais

MUNICÍPIO DE LONDRINA Plano Municipal de Saneamento Básico Relatório de Diagnóstico da Situação do Saneamento

MUNICÍPIO DE LONDRINA Plano Municipal de Saneamento Básico Relatório de Diagnóstico da Situação do Saneamento 2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO 2.1 INSERÇÃO DE LONDRINA NO CONTEXTO REGIONAL Londrina está localizada na Macrorregião Sul do Brasil, na mesorregião Norte Central Paranaense em uma posição geoeconômica

Leia mais

De arquipélago a continente: a constituição do território brasileiro

De arquipélago a continente: a constituição do território brasileiro Endereço da página: https://novaescola.org.br/conteudo/5911/dearquipelago-a-continente-a-constituicao-do-territoriobrasileiro Publicado em NOVA ESCOLA 02 de Setembro 2017 Geografia De arquipélago a continente:

Leia mais

Dinâmica Recente da Rede Urbana Brasileira

Dinâmica Recente da Rede Urbana Brasileira Dinâmica Recente da Rede Urbana Brasileira Entendida como um conjunto de centros funcionalmente articulados, constitui-se num REFLEXO SOCIAL, resultante da ação de vários agentes sociais. UNIVERSIDADE

Leia mais

TERRITORIALIDADE E EDUCAÇÃO DO CAMPO RIBEIRINHO: Estudo e mapeamento do transporte escolar em ilhas do município de Cametá-PA

TERRITORIALIDADE E EDUCAÇÃO DO CAMPO RIBEIRINHO: Estudo e mapeamento do transporte escolar em ilhas do município de Cametá-PA TERRITORIALIDADE E EDUCAÇÃO DO CAMPO RIBEIRINHO: Estudo e mapeamento do transporte escolar em ilhas do município de Cametá-PA Leonardo Cristhian Pompeu Wanzeler (Autor) 1 Edir Augusto Dias Pereira 2 Resumo

Leia mais

CRESCIMENTO DAS CIDADES. Profº Anderson Carlos

CRESCIMENTO DAS CIDADES. Profº Anderson Carlos CRESCIMENTO DAS CIDADES Profº Anderson Carlos URBANIZAÇÃO É o crescimento da proporção entre a população que vive em cidades em comparação com os habitantes de zonas rurais. A transferência da população

Leia mais

Recuperação de Geografia. Roteiro 7 ano

Recuperação de Geografia. Roteiro 7 ano Recuperação de Geografia Dicas: Roteiro 7 ano Comece revisando a aula através dos apontamentos relembrando, passando a limpo, fazendo leitura do assunto no módulo, no livro e principalmente resolvendo

Leia mais

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA NA CASA FAMILIAR RURAL DE BELTERRA- AMAZÔNIA PARAENSE. 1

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA NA CASA FAMILIAR RURAL DE BELTERRA- AMAZÔNIA PARAENSE. 1 00135 A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA NA CASA FAMILIAR RURAL DE BELTERRA- AMAZÔNIA PARAENSE. 1 Poliana Fernandes Sena 2 Solange Helena Ximenes-Rocha 3 E-mail: poliana.sena@ufopa.edu.br;

Leia mais

Em seu início, as cidades tinham a função administrativa, política e religiosa;

Em seu início, as cidades tinham a função administrativa, política e religiosa; INTRODUÇÃO À GEOGRAFIA URBANA 1 O surgimento das cidades As cidades são aglomerações humanas que surgem, crescem e se desenvolvem segundo uma dinâmica espacial, definida por circunstâncias históricas e

Leia mais

OS DISTINTOS USOS DO SOLO NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS (MG)

OS DISTINTOS USOS DO SOLO NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS (MG) 398 OS DISTINTOS USOS DO SOLO NA ÁREA CENTRAL DA CIDADE DE POÇOS DE CALDAS (MG) Mariana Medeiros Alves¹; Nathalia Oliveira Silva Costa², Alexandre Carvalho de Andrade³ ¹marianamedeirosalves@hotmail.com;

Leia mais

Fórum das Instituições de Ensino Superior IES 4º Distrito: Sociedade, Inovação e Desenvolvimento

Fórum das Instituições de Ensino Superior IES 4º Distrito: Sociedade, Inovação e Desenvolvimento Fórum das Instituições de Ensino Superior IES 4º Distrito: Sociedade, Inovação e Desenvolvimento Porto Alegre, 2015 Se encontra no cruzamento da área central e municípios da Região Metropolitana; Grande

Leia mais

Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / LISTA DE GEOGRAFIA I

Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / LISTA DE GEOGRAFIA I Unidade Senador Canedo Professor (a): Robson Nunes Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2018. LISTA DE GEOGRAFIA I Orientações: - A lista deverá ser respondida na própria folha impressa ou em folha de papel

Leia mais

AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA

AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA AS DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS URBANAS NA REGIÃO METROPOLITANA DE CHAPECÓ: UMA ANÁLISE DAS PEQUENAS CIDADES DÉBORA WEBER DE SOUZA Graduanda em Geografia, Universidade Federal da Fronteira Sul, campus

Leia mais

Amazônia Legal com Alter do Chão e Marajó

Amazônia Legal com Alter do Chão e Marajó Viva a Vida Viagens - www.vivaavidaviagens.com.br (41) 3010-2010 3262-2001 9117-8690 Amazônia Legal com Alter do Chão e Marajó Saída: 30/08/2017 - Quarta-feira Retorno: 09/09/2017 - Sábado Duração da Viagem:

Leia mais

CAP. 22 REGIÃO NORTE

CAP. 22 REGIÃO NORTE CAP. 22 REGIÃO NORTE 1 A CONQUISTA DA AMAZÔNIA Com cerca de 6,5 milhões de km² que abrangem 8 países Brasil, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana e Suriname e a Guiana Francesa, a Amazônia

Leia mais

Organização do Território e Industrialização Brasileira

Organização do Território e Industrialização Brasileira Organização do Território e Industrialização Brasileira 1. (UEPA) A organização do espaço está intimamente ligada ao tempo histórico e ao tipo de sociedade que a constitui. Analisando a relação entre os

Leia mais

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Complexos Regionais Amazônia: Baixa densidade demográfica e grande cobertura vegetal. 2 3 Complexos Regionais Nordeste: Mais baixos níveis de desenvolvimento

Leia mais

Disciplina: Geografia. Período: I. Professor (a): Liliane Cristina de Oliveira Vieira e Maria Aparecida Holanda Veloso

Disciplina: Geografia. Período: I. Professor (a): Liliane Cristina de Oliveira Vieira e Maria Aparecida Holanda Veloso COLÉGIO LA SALLE BRASILIA Associação Brasileira de Educadores Lassalistas ABEL SGAS Q. 906 Conj. E C.P. 320 Fone: (061) 3443-7878 CEP: 70390-060 - BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL Disciplina: Geografia Período:

Leia mais

AMAZÔNIA QUADRO HUMANO E ECONÔMICO. SINTESE DO MÓDULO 69 LIVRO 4 páginas a

AMAZÔNIA QUADRO HUMANO E ECONÔMICO. SINTESE DO MÓDULO 69 LIVRO 4 páginas a AMAZÔNIA QUADRO HUMANO E ECONÔMICO SINTESE DO MÓDULO 69 LIVRO 4 páginas a A conquista da Amazônia Os povos indígenas foram os primeiros a ocupar a região da Amazônia; aproximadamente 56% dos índios do

Leia mais

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Demografia - CE. Professor Luciano Teixeira. Geografia Demografia - CE Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia DEMOGRAFIA - CE O povo cearense foi formado pela miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após

Leia mais

SER-310 População Espaço e Meio Ambiente. EXERCÍCIO 1 E 2 Caracterização Demográfica da Área de Estudo Utilização de Dados Censitários IBGE

SER-310 População Espaço e Meio Ambiente. EXERCÍCIO 1 E 2 Caracterização Demográfica da Área de Estudo Utilização de Dados Censitários IBGE SER-310 População Espaço e Meio Ambiente EXERCÍCIO 1 E 2 Caracterização Demográfica da Área de Estudo Utilização de Dados Censitários IBGE A várzea do Baixo Amazonas Aluna: Vivian Fróes Renó A várzea foi

Leia mais

7.1.6 Origem/Motivação: Valorizar a cultura dos estados brasileiros. A idéia foi do Departamento de Cultura

7.1.6 Origem/Motivação: Valorizar a cultura dos estados brasileiros. A idéia foi do Departamento de Cultura 7 Missões: Recursos de Interesse Patrimonial FESTAS E CELEBRAÇÕES Roque Gonzales 7.1 Aspectos Gerais 7.1.1 Identificação: Integração Interestadual da Cultura em Roque Gonzáles. 7.1.2 Denominação mais freqüente:

Leia mais

Região Norte: Apresentação e aspectos físicos

Região Norte: Apresentação e aspectos físicos Região Norte Região Norte: Apresentação e aspectos físicos Região Norte e Amazônia Com uma superfície de 3.853.327 km 2, a Região Norte, definida pelo IBGE, corresponde a quase metade do território brasileiro.

Leia mais

A função de ligar a produção ao consumo; A evolução do sistema de transporte está associada às mudanças econômicas do Brasil;

A função de ligar a produção ao consumo; A evolução do sistema de transporte está associada às mudanças econômicas do Brasil; Geografia A dimensão territorial do país; A função de ligar a produção ao consumo; A evolução do sistema de transporte está associada às mudanças econômicas do Brasil; Segunda metade do século XX: contradição

Leia mais

O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO. Porto Alegre 2015

O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO. Porto Alegre 2015 O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO Porto Alegre 2015 INDUSTRIALIZAÇÃO NO CAMPO: IMPUSIONA A MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA, CONCENTRANDO TERRAS E DIMNUINDO A OFERTA DE POSTOS DE TRABALHOS REPULSÃO MIGRAÇÃO CAMPO-CIDADE

Leia mais

DIRETRIZES CURRICULARES do estado do PNLD

DIRETRIZES CURRICULARES do estado do PNLD DIRETRIZES CURRICULARES do estado do PNLD GEOGRAFIA: PARANÁ LEITURAS E INTERAÇÃO 2018 OBRAS APROVADAS MATERIAL DE DIVULGAÇÃO ESCALA E LEYA EDUCAÇÃO O conteúdo deste fascículo foi desenvolvido pela Escala

Leia mais

Regionalização. entende-se a divisão de um. espaço ou território maior, em unidades com áreas. menores que apresentam características em

Regionalização. entende-se a divisão de um. espaço ou território maior, em unidades com áreas. menores que apresentam características em Regionalização Por entende-se a divisão de um espaço ou território maior, em unidades com áreas menores que apresentam características em comum que as individualizam. Pode-se exemplificar a divisão regional

Leia mais

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA OBJETIVOS: 1º ano Conhecer o ambiente de moradia e sua localização através de passeios, fotos e desenhos. Conhecer o ambiente de estudo e sua localização através de passeios, fotos,

Leia mais

GEOGRAFIA 7 0 ANO UNIDADE 4 REGIÃO NORTE. Slides X SAIR. Atividades integradas. Alfabetização cartográfica. Inforresumo CADERNO 2

GEOGRAFIA 7 0 ANO UNIDADE 4 REGIÃO NORTE. Slides X SAIR. Atividades integradas. Alfabetização cartográfica. Inforresumo CADERNO 2 GEOGRAFIA 7 0 ANO UNIDADE 4 REGIÃO NORTE LUIZ CLÁUDIO MARIGO/OPÇÃO BRASIL Slides Capítulo 1: Aspectos gerais e físicos Capítulo 2: Ocupação da região Norte Capítulo 3: Expansão urbana e população tradicional

Leia mais

Geografia Marcelo Saraiva

Geografia Marcelo Saraiva Geografia Marcelo Saraiva Questões www.concursovirtual.com.br 1 www.concursovirtual.com.br 2 1 O atual território brasileiro é fruto de um longo processo de formação. Seu passado colonial trás a necessidade

Leia mais

Oficina 1 construção do projeto de Cidade

Oficina 1 construção do projeto de Cidade Oficina 1 construção do projeto de Cidade Objetivo: Apresentação e discussão dos Conteúdos Técnicos que subsidiarão à elaboração do PDDU e das legislações urbanísticas que dele derivam (LUOS, Código de

Leia mais

ORDEM DE CHAMADA PROVA ORAL DATA: 08/11 (Quarta-feira) SALA 1

ORDEM DE CHAMADA PROVA ORAL DATA: 08/11 (Quarta-feira) SALA 1 ORDEM DE CHAMADA PROVA ORAL DATA: 08/11 (Quarta-feira) SALA 1 01 02 03 04 05 06 07 08 Discutindo o Ambiente no Território Sateré-Mawé: O papel das histórias tradicionais para a Educação Ambiental. Mediação

Leia mais

AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÃO NORTE

AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÃO NORTE AS REGIÕES DO BRASIL: REGIÃO NORTE A LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO NORTE 45% do território nacional 16 milhões de habitantes 8% da população brasileira A LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO NORTE É formada por sete Estados:

Leia mais

EXTRATIVISMO VEGETAL NA AMAZÓNIA LIMITES E OPORTUNIDADES

EXTRATIVISMO VEGETAL NA AMAZÓNIA LIMITES E OPORTUNIDADES A Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, 7 «Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazónia Oriental - CPATU ^ Belém, PA EXTRATIVISMO

Leia mais

janeiro de A mudança foi motivada pelo convite para trabalhar como arquiteta na

janeiro de A mudança foi motivada pelo convite para trabalhar como arquiteta na 16 1 - INTRODUÇÃO Recém concluída a graduação de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo e chegando de uma temporada de seis meses em Paris, desembarquei em Rio Branco, no Acre, em janeiro de 1993. A mudança

Leia mais

XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil

XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil XIII Seminário para Integração em Gestão Ambiental NÓS E AS FLORESTAS Expansão da fronteira agrícola e demarcação das Terras Indígenas no Brasil Alexandra Freitas Piracicaba, agosto de 2016 Expansão das

Leia mais

1960: sob influência das teorias marxistas, surge uma tendência crítica à Geografia Tradicional, cujo centro de preocupações passa a ser as relações

1960: sob influência das teorias marxistas, surge uma tendência crítica à Geografia Tradicional, cujo centro de preocupações passa a ser as relações 1960: sob influência das teorias marxistas, surge uma tendência crítica à Geografia Tradicional, cujo centro de preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção

Leia mais