A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

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Luiz Felipe Custódio Assunção
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1 A FORMAÇÃO HISTÓRICA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

2 Brasil: a produção do território A história do território brasileiro é, a um só tempo, una e diversa, pois é também a soma e a síntese das histórias de suas regiões. Para entendê-la no seu processo e na sua realidade atual, um esforço de periodização é essencial. (SANTOS & SILVEIRA, M. & M. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de janeiro: Record, 2001, p.23.)

3 HISTÓRIA, CARTOGRAFIA, GEOGRAFIA E O TRATADO DE TORDESILHA (1494)

CARACTERISTICAS GERAIS Inserido como colônia de exploração (economia de Plantation) -> Lei do Desenvolvimento Desigual e Combinado (antagonismo

4 CARACTERISTICAS GERAIS Inserido como colônia de exploração (economia de Plantation) -> Lei do Desenvolvimento Desigual e Combinado (antagonismo complementar); Divisão Internacional do Trabalho (DIT): estabeleceu uma função periférica para nossa economia fornecedora de produtos primários;

5 Fatores para a conquista do Brasil a)fator geopolítico: possibilidade de perda do território (Pirataria) vigência do princípio do Utipossidetis. b) Fator econômico: buscar uma atividade econômica alternativa para compensar o declínio do comércio das especiarias. c) Fator social: reduzir a quantidade de vadios e carcerários em Portugal. d) Fator religioso: ganhar novos fiéis para a igreja católica, que vivera na época a reforma protestante.

As Frentes econômicas de expansão 1 A Frente econômica do Pau-Brasil a) Tempo: 1500 1530 (período précolonial).

6 As Frentes econômicas de expansão 1 A Frente econômica do Pau-Brasil a) Tempo: (período précolonial). b) Espaço: Litoral nordestino. c) Características: C.1) Instituição das feitorias. C.2) Prática do escambo. C.3) Início da devastação da Mata atlântica.

7 2 A economia açucareira a) Tempo: XVI XVII. b) Espaço: Zona da Mata, litoral nordestino. c) Características: C.1) Plantação adaptada ao clima litorâneo e ao solo argiloso e fértil (massapê). C.2) Desenvolvimento de atividades paralelas e associadas a cana-de-açúcar, como: a Pecuária, fumo e o algodão (em minifúndios). d) As consequências: D.1) A concentração populacional na faixa litorânea. D.2) A concentração fundiária nas mãos da aristocracia rural, devido o sistema de sesmarias.

8 TOME NOTA... Principais características: Teve papel importante na ocupação colonizadora do Sertão Nordestino no contexto do século XVII. Migrou da Zona da Mata para o Sertão nordestino estendendose principalmente ao longo do Rio São Francisco. A pecuária extensiva desenvolveu-se ainda, a partir de São Paulo, na região Sul.

9 3 A Frente econômica das Drogas do Sertão. a) Tempo: Século XVII XVIII. b) Espaço: Amazônia (bacia Amazônica) c) Características: C.1) Extrativismo vegetal e produtos extraídos da floresta (canela, urucum, noz-moscada, castanha-do-pará, gergelim, salsa-parrilha...). C.2) Garantiu a ocupação, o controle e a exploração inicial da Amazônia. C.3) Formação de uma rede urbana dendrítica (cidades fundadas por fortificações e missões religiosas nas margens dos rios). C.4) Mão-de-obra indígena, resultado das missões e da catequização.

11 4 - A Frente Econômica da Mineração a) Tempo: Século XVIII b) Espaço: Centro-Sul brasileiro (MG, MT e GO). c) Características: C.1) Mudança da sede do governo de Salvador para o Rio de Janeiro e consequentemente, eixo econômico da colônia; C.2) Desenvolvimento de inúmeras atividades econômicas secundárias, como a pecuária (carne e couro), armas, móveis, vestuário, etc. C.3) Aumento da população colonial com a grande imigração. C.4) Movimento de Entradas e Bandeiras.

13 5 A Frente Econômica do Café. a) Tempo: 2ª metade do século XIX até meados do século XX. b) Espaço: Sudeste brasileiro (Vale do Paraíba e Oeste de SP e norte do PR). c) Características: C.1) Financiamento inglês para infraestrutura (ferrovias, urbanização, bancos, entre outros) e beneficiamento do café. C.2) No Vale do Paraíba foi utilizada mão-de-obra escrava, com a expansão para o oeste paulista foi usado o trabalhador assalariado imigrante (Italianos, poloneses e alemães). C.3) A rede ferroviária e as cidades se expandiram em direção do interior, principalmente do Estado de São Paulo. C.4) O Porto de Santos tornou-se o mais importante do país. C.6) Acumulação de capitais, posteriormente reinvestidos na produção industrial.

14 6 A Frente Econômica da Borracha. a) Tempo: (Coincide com o período do café). b) Espaço: Amazônia (bacia Amazônica). c) Características: C.1) Ampliação do território (anexação do Acre). C.2) Crescimento urbano e embelezamento das cidades de Belém e Manaus. C.3) Imigração de nordestinos (prática do sistema de aviamento). C.4) Expansão da indústria automobilística (pneus). C.5) Apresentou fortes contrastes sociais entre a elites locais e a população.

16 7 A Frente Econômica Agropecuarista Meridional. a) Tempo: Século XIX. b) Espaço: Sul do Brasil c) características: C.1) A falta de interesse dos portugueses devia aos fatores: distância em relação as áreas econômicas mais importantes da colônia e o clima subtropical, que não era propício ao desenvolvimento das PLANTATIONS. C.2) Os Jesuítas foram os primeiros habitantes da região e introduziram a agricultura e a pecuária, além de estabelecerem missões e a catequese indígena. C.3) A região sofreu a perda da colônia de sacramento (Uruguai) em 1750, depois de várias guerras e ganhou a de Sete povos das missões (RS). C.4)Marcado pela vinda de imigrantes europeus, destaque para os italianos, alemães, Além dos poloneses, russos eslavos, etc.

18 ALGUMAS HERANÇAS QUE O MODELO DE COLONIZAÇÃO IMPOSTO NO BRASIL DEIXOU Povoamento mais intenso na fachada litorânea (onde se localizam os portos e as cidades mais importantes); Utilização dos melhores solos para a produção de gêneros de exportação e não de alimentos para a população; Latifundiarização do Espaço Agrário; Formação de uma sociedade constituída principalmente por uma minoria de altíssima renda (que mantém ligações econômicas com o exterior) e uma maioria com baixa renda, que serve como força de trabalho barata; Dependência econômica em relação aos centros mundiais do capitalismo;

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