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1 MATEMÁTICA ÍNDICE Potenciação

2 2 Atualidades Matemática Potenciação Quando multiplicamos várias vezes um número por ele mesmo, podemos escrever essa multiplicação como uma potência, a fim de reduzir a expressão. Nomenclatura Chamamos o x de base e o y de expoente. Ex.: elevar o número 2 ao expoente 5 significa multiplicar o 2 por ele mesmo 5 vezes. Todo número elevado a zero é igual a 1 por definição. Ex.: 4 3 = = = = ( 3) = ( 3).( 3) = = = 81 4 ( 2) = ( 2).( 2).( 2).( 2) = =.. = »» Expoente Inteiro Negativo Em matemática, o expoente -1 é utilizado para simbolizar o inverso, e, quando falamos em inverso de um número, estamos falando em inverter a fração = = = = = 3 2 4»» Expoente Fracionário Quando o expoente é uma fração, transformamos a potência em um radical. x Ex.: 2 y y x a = a 8 = 8 = 4»» Propriedades da Potenciação 01 x y x y I. a.a = a + multiplicação de potências de mesma base: conservamos a base e somamos os expoentes. a II. a base: conserva base subtraímos os expoentes. x III. ( ) y x.y b = b potência de uma potência: conserva a base e multiplica os expoentes. x x y = a divisão de potências de mesma y IV. ( ) x x x a.b = a.b V. x a a = b b Ex.: = 3 5 = 5 ( ) x x Exponenciais»» Equações exponenciais Uma equação é exponencial se tiver uma variável no expoente. Para resolver uma equação exponencial, temos que tentar igualar as bases para poder cortar as mesmas, a fim de poder igualar os expoentes. Ex.: x 2 = 16 x 4 2 = 2 x = 4 Ex.: x 3 2 = 4 x = 2 2 x 2 = x = 3 Ex.: = 3 = 3 = = 7 = x+ x = 27 2 x 3 3 (3 ) + = 3 ( ) 2x+ 6 3x 3 = 3 2x+ 6= 3x 6= 3x 2x 6 = x x 6 5

3 Quando não conseguimos igualar as bases de uma equação exponencial, temos que usar uma artifício que geralmente chega a uma equação do segundo grau. Ex.: 2x x = 0 x 2 x x (2 ) = 0 t= 2 2 t 5t + 4 = 0 t = 1 e t = 4 x x 2 = 1 ou 2 = 4 x 1 x 2 = 2 ou 2 = 2 x=1 ou x=2 Ex.: x 1 x = 90 x x = x x = x 10.3 = 270 x 3 = 27 x 3 3 = 3 x = 3 2 Gráfico de Uma Função Exponencial Uma função é exponencial quando a variável está no expoente. O gráfico é a representação no plano cartesiano e a função mais simples é: Crescente ( ) = 2 x f x ou y 2 = x X Y -2 1/4-1 1/ Quando invertemos a base temos: ( ) f x Logaritmo x 1 = 2 Decrescente log a = C b ou 1 y = 2 a é o logaritmando b é a base c é o logaritmo Na definição de logaritmo o transformamos em uma exponencial. log a = C b b c = a Podemos observar que, tecnicamente, o logaritmo é o expoente. Ex.: log 64 = 6 pois 2 6 = 64 2 Logo o logaritmo de 64 na base 2 é 6, porque dois elevado a 6 resulta em 64. Ex.: log 27 = 3, pois 3 3 = 27 3 Ex.: log 100 = 2, pois 10 2 = x X Y /2 2 1/4 3 3 Atualidades Matemática

4 44 Atualidades Matemática Logaritmo na base 10 não é necessário apresentar a base, ou seja, log 100 pode ser 10 escrito como log 100. Condição de existência Só existe logaritmo de números positivos e em base positiva e diferente de um. log a só existe de a > 0 e se b > 0 com b 1. b Mas não confunda o resultado de um logaritmo pode ser negativo. Ex.: 1 2 log = -1 1 pois = 2 log 0,001 = -3, pois 10-3 = 1 1 e = 0, Propriedades dos Logaritmos I. log x. y = log + log, propriedade da b b b multiplicação. x y II. log = log - log b t x b x y b y, propriedade da divisão. III. log x x = t.log, propriedade da potência. b b x log IV. log x y =, propriedade da mudança de b b log y base. Ex.: Dado log 2 = 0,301 e log3 = 0,477, calcule o log72 e log 5. log 72 = log 2³. 3² = log 2³ + log 3² 3. log log 3 = 3. 0, ,477 = 1,857 log 5 = log 10 2 log 10 - log 2 1-0,301 = 0,699 Principal aplicação de logaritmo em concursos públicos é o uso das propriedades no cálculo do tempo em juros compostos. Um capital de R$ 800,00, aplicado a juros compostos de 2% ao mês, gera um montante de R$ 1 672,00 em quanto tempo? Dados log 1,02 = 0,008 e log 2,09 = 0,32. M = C (1 + i) t 1672 = 800(1 + 0,02) t 1672 t 800 =(1,02) 2,09 = (1,02) t log 2,09 = t. log 1,02 log 2,09 log 1,02 = t 0,32 0,008 = t t = 40 meses. t = 3 anos 4 meses. 01. Qual é a soma dos valores de x que verifica a equação a) 5 b) 2 c) 3 d) 8 e) 4 Resposta: B. Como 9 = 32, temos a seguinte situação: 3x2-8x+12 = [(32)x+1]x-6 Sendo (am)n = amxn, fazemos então: 2 x (x+1) = 2x+2, com isso: 3x2-8x+12 = (32x+2)x-6 Da mesma forma: (2x+2) x (x-6) = 2x2-10x-12, o que dá: 3x2-8x+12 = 32x2-10x-12 Outra propriedade das potências é: am = an => m = n, assim: x2-8x+12 = 2x2-10x-12 Passando tudo para o mesmo lado da igualdade: x2-2x-24=0 Resolvendo a equação do 2º grau: X = 6 ou x = -4

5 Somando os valores de x: 6 + (-4) = 6 4 = (CESGRANRIO) Na igualdade x 2 2 = 1300 é um número real compreendido entre: a) 8 e 9 b) 9 e 10 c) 10 e 11 d) 11 e 12 e) 12 e (COMPERVE) Numa experiência realizada em laboratório, Alice constatou que, dentro de t horas, a população P de determinada t bactéria crescia segundo a função P(t) = Nessa experiência, sabendo-se que log2 2,32 a população atingiu 625 bactérias em, aproximadamente: a) 4 horas e 43 minutos. b) 5 horas e 23 minutos. c) 4 horas e 38 minutos. d) 5 horas e 4 minutos. 03. (CONSULPLAN) Qual é o valor de k, para que a expressão log4 + log9 + log25 seja igual a 2? a) logk b) 4 c) 9 d) 2 e) (CONESUL) Utilizando os valores log2 = 0,30 e log3 = 0,47, assinale a alternativa que corresponde a log 12. a) 0,141 b) 1,7 c) 1,07 d) 10,7 e) 1, Indagado sobre o número de processos que havia arquivado certo dia, um Técnico Judiciário, que gostava muito de Matemática, respondeu: - O número de processos que arquivei é igual a 12, ,25 2. Chamando X o total de processos que ele arquivou, então é correto afirmar que: a) X < 20. b) 20 < X < 30. c) 30 < X < 38. d) 38 < X < 42. e) X > A potência de 10 mais próxima de (5 4 ) 2 é: a) 105 b) 104 c) 103 d) 102 e) Uma quantidade X é dada pela expressão: Desse modo, X é igual a: a) 25, b) 26, c) 27, d) 36, e) 36, Desenvolvendo obtémse um número da forma x + y z, em que x, y e z são racionais. Nessas condições a soma x + y + z é um número: a) cubo perfeito. b) menor que 50. c) primo. d) maior que 70. e) divisível por Dos números que aparecem nas alternativas, o que mais se aproxima do valor da expressão (0, ,599 2 )x0,75 é: a) 0,0018. b) 0,015. c) 0,018. d) 0,15. e) 0, Se y = log 81 (1 27) e x IR+, são tais que x y = 8, então x é igual a: a) 1 16 b) 1 2 c) log 3 8 d) 2 e) A C E C E A C A 9 10 C A 5 5 Atualidades Matemática

6 6 DIREITO CONSTITUCIONAL ÍNDICE Princípios Fundamentais... 7 Organização do Estado Organização dos Poderes III Ordem Social... 51

7 01 Princípios Fundamentais Os princípios fundamentais, também chamados de princípios constitucionais, formam a base de toda a organização do Estado Brasileiro. Como bem citado pelo Professor José Afonso da Silva os princípios fundamentais visam essencialmente definir e caracterizar a coletividade política e o Estado e enumerar as principais opções políticoconstitucionais 1. Exatamente em razão de sua importância, a Constituição Federal os colocou logo no início, pois eles são a base de todo o texto constitucional. O que se segue a partir desses princípios que estudaremos é mero desdobramento de seu conteúdo. Quem se prepara para concurso deve saber que, quando esse tema é trabalhado, costuma-se trabalhar questões, o conteúdo previsto nos artigos 1º ao 4º do texto constitucional. Geralmente cai apenas texto constitucional puro, mas dependendo do concurso as bancas costumam cobrar umas questões doutrinárias mais pesadas. Quais princípios vamos abordar? 01. Princípio da Tripartição dos Poderes 02. Princípio Federativo 03. Princípio Republicano 04. Presidencialismo 05. Princípio Democrático 06. Fundamentos da República Federativa do Brasil 07. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil 08. Princípios que regem as relações internacionais do Brasil Comecemos o estudo dos princípios em espécie. Princípio da Tripartição dos poderes Este princípio, também chamado de Princípio da Separação dos Poderes originouse, historicamente, numa tentativa de limitar os poderes do Estado. Alguns filósofos perceberam que se o Poder do Estado estivesse dividido entre três entidades diferentes, seria possível que a sociedade exercesse um maior controle de sua utilização. Na verdade, a divisão não é do Poder Estatal haja vista ser ele uno, indivisível e indelegável, mas apenas uma divisão das suas funções. Nos dizeres de José Afonso da Silva: Vale dizer, portanto, que o poder político, uno, indivisível e indelegável, se desdobra e se compõe de várias funções, fato que permite falar em distinções das funções, que fundamentalmente são três: a legislativa, a executiva e a jurisdicional 2. A previsão constitucional deste princípio encontra-se no artigo 2º que diz: Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Estes são os três poderes, cada qual, responsável pelo desenvolvimento de uma função principal do Estado: 01. Poder Executivo Função principal (típica) de administrar o Estado; 02. Poder Legislativo Função principal (típica) de legislar e fiscalizar as contas públicas; 03. Poder Judiciário Função principal (típica) jurisdicional. Além da sua própria função, a Constituição criou uma sistemática que permite a cada um dos poderes o exercício da função do outro poder. Essa função acessória nós chamamos de função atípica: 01. Poder Executivo Função atípica de legislar e julgar; 02. Poder Legislativo Função atípica de administrar e julgar; 03. Poder Judiciário Função atípica de administrar e legislar. Dessa forma, pode-se dizer que além da própria função, cada poder exerce de forma acessória a função do outro poder. ¹ CANOTILHO, J. J. Gomes, e MOREIRA, Vital. Fundamentos da Constituição. In: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª Ed. São Paulo: Malheiros, p. 94. ² SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 33ª Ed. São Paulo: Malheiros, p Direito Constitucional 7

8 88 Direito Atualidades Constitucional Uma pergunta sempre surge na cabeça dos estudantes e poderá aparecer em sua prova: qual dos três poderes é mais importante? A única resposta possível é a inexistência de poder mais importante. Cada poder possui sua própria função de forma que não se pode afirmar que exista hierarquia entre os poderes do Estado. São três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Não existe hierarquia entre eles. Eles são independentes e harmônicos entre si e para se garantir esta harmonia, a doutrina norte-americana desenvolveu um sistema que mantém a igualdade entre os poderes: Sistema de Freios e Contrapesos (checks and balances). O sistema de freios e contrapesos adotado pela nossa Constituição revelase nas inúmeras medidas previstas no texto constitucional que condicionam a competência de um poder à apreciação de outro poder de forma a garantir o equilíbrio entre os três poderes. Abaixo estão alguns exemplos desta medida: 01. A necessidade de sanção do Chefe do Poder Executivo para que um Projeto de Lei aprovado pelo Poder Legislativo possa entrar em vigor; 02. O processo do Chefe do Poder Executivo por crime de responsabilidade a ser realizado no Senado Federal, cuja sessão de julgamento é presidida pelo Presidente do STF; 03. A necessidade de apreciação pelo Poder Legislativo das Medidas Provisórias editadas pelo Chefe do Poder Executivo; 04. A nomeação dos ministros do STF que é feita pelo Presidente da República depois de aprovado pelo Senado Federal. Veja que, em todas as hipóteses, acima, apresentadas se faz necessária a participação de mais de um Poder para a consecução de um ato administrativo. Isso cria uma verdadeira relação de interdependência entre os poderes, o que garante o equilíbrio entre eles. Veja como este tema já foi cobrado em prova: 01. (CESPE) A separação dos Poderes no Brasil adota o sistema norte americano checks and balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida, não se admitindo interferências ou controles recíprocos. ERRADO. O sistema norte americano checks and balances de fato é adotado no Brasil, contudo não significa separação rígida, mas uma separação que permite a um Poder fiscalizar a atuação do outro Poder. Desta forma, admite-se interferência e controle recíprocos. Por último, não esqueça que a separação dos poderes é uma das cláusulas pétreas por força do artigo 60, 4º, III da Constituição Federal. Significa dizer que a separação dos poderes não pode ser abolida do texto constitucional por meio de emenda: Art. 60, 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: III - a separação dos Poderes; Princípio Federativo Este princípio apresenta a Forma de Estado adotada no Brasil: federação. A forma de Estado reflete o modo de exercício do poder político em função do território. É uma forma composta ou complexa 3, visto que prevalece a pluralidade de poderes políticos internos. Está baseada na descentralização política do Estado cuja representação se dá por meio de quatro entes federativos: 01. União 02. Estados 03. Distrito Federal 04. Municípios Cada ente federativo possui sua própria autonomia política o que não pode ser confundido com o atributo da soberania, este pertencente ao Estado Federal. A autonomia de cada ente confere-lhe a capacidade política de, inclusive, criar sua própria Constituição. Apesar de cada ente federativo possuir esta independência, não se pode esquecer que a existência do pacto federativo pressupõe a existência de uma Constituição Federal e da impossibilidade de separação (Princípio da Indissolubilidade do vínculo federativo). Havendo quebra do pacto federativo, a Constituição Federal prevê como instrumento de manutenção da forma de estado a chamada Intervenção Federal a qual será estudada em momento oportuno. ³ A doutrina classifica as formas de Estado em Compostas ou Unitárias. Os Estados Compostos ou Complexos possuem como base a descentralização política enquanto que os Estados Unitários ou simples possuem uma única entidade política a qual exerce de forma centralizada o poder político.

9 Não existe hierarquia entre os entes federativos. O que os distingue uns dos outros é a competência que cada um recebeu da Constituição Federal. Deve-se ressaltar que, os Estados e o Distrito Federal possuem direito de participação na formação da vontade nacional ao possuírem representantes no Senado Federal. Os Municípios não possuem representantes no Senado Federal. Caracteriza-se ainda, pela existência de um guardião da Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal. A doutrina tem apontado para algumas características da forma federativa brasileira: 01. Tricotômica Federação constituída em três níveis: federal, estadual e municipal. O Distrito Federal não é considerado nesta classificação haja vista possuir competência híbrida, ou seja, ora age como estado ora, como município; 02. Centrífuga Esta característica reflete a formação da federação brasileira. É a formação de dentro para fora. O movimento é de centrifugadora. A força de criação do estado federal brasileiro surgiu a partir de um Estado Unitário para a criação de um estado federado, ou seja, o poder centralizado que se torna descentralizado. O poder político era concentrado nas mãos de um só ente e depois passa a fazer parte de vários entes federativos. 03. Por desagregação Ocorre quando um estado unitário resolve se descentralizar politicamente desagregando o poder central em favor de vários entes titulares de poder político. Veja que questão de prova interessante: 02. (CESPE) Em face da descentralização administrativa e política que caracteriza o Estado brasileiro, a República Federativa do Brasil constitui um estado unitário descentralizado, dispondo os entes políticos estatais de autonomia para a tomada de decisão, no caso concreto, a respeito da execução das medidas adotadas pela esfera central de governo. ERRADO. O erro está em dizer que a República Federativa do Brasil é um estado unitário, pois sabemos que o Brasil é um estado Federal. Estado Unitário é uma forma oposta ao Estado Federal. Muito cuidado com esse tema que sempre cai em prova. Como última observação, não menos importante, a Forma Federativa de Estado também é uma cláusula pétrea. Depois de estudarmos os Princípios da Tripartição dos Poderes e o Federativo, vamos ver como eles estão estruturados dentro da República Federativa do Brasil. Uma informação importante antes de fazermos a junção entre eles: a autonomia política existente em cada ente federativo pode ser percebida por meio de existência dos poderes em cada um. Dessa forma, é possível verificar a seguinte situação: Os municípios não possuem Poder Judiciário. Princípio Republicano O princípio Republicano representa a Forma de governo adotada no Brasil. A forma de governo reflete o modo de aquisição e exercício do poder político além de medir a relação existente entre o governante e o governado. A melhor forma de entender este instituto é conhecendo suas características. A primeira característica decorre da análise etimológica da palavra res pública. Este termo que dá origem ao princípio ora estudado significa coisa pública, ou seja, em um Estado republicano o governante cuida da coisa pública, governa para o povo. Outra característica importante é a Temporariedade. Este atributo revela o caráter temporário do exercício do poder político. Por causa deste princípio, em nosso Estado, o governante permanece no poder por tempo certo. 9 9 Direito Atualidades Constitucional

10 1010 Direito Atualidades Constitucional Em uma República, o governante é escolhido pelo povo. Esta é a chamada Eletividade. O poder político é adquirido pelas eleições cuja vontade popular se concretiza nas urnas. Por fim, em um Estado Republicano o governante pode ser responsabilizado por seus atos. A forma de governo republicana se contrapõe à monarquia, cujas características são opostas às estudadas aqui. Muito cuidado com este tema em prova. As bancas adoram dizer que o princípio republicano é uma cláusula pétrea, contudo, este princípio não se encontra listado no rol das cláusulas pétreas do artigo 60, 4º da Constituição Federal. Apesar disso, a Constituição o considerou como princípio sensível 4. Princípios sensíveis são aqueles que, se tocados, ensejarão a chamada Intervenção Federal, conforme previsto no artigo 34, VII, a da Constituição: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII. assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; Presidencialismo O Presidencialismo é o Sistema de governo adotado no Brasil. O sistema de governo rege a relação entre o Poder Executivo e o Legislativo medindo o grau de dependência entre eles. No Presidencialismo prevalece a separação entre os Poderes Executivo e Legislativo os quais são independentes e harmônicos entre si. A Constituição declara que o Poder Executivo da União é exercido pelo Presidente da República auxiliado por seus Ministros de Estado: O Presidencialismo possui uma característica muito importante para sua prova, que é a concentração das funções executivas em uma só pessoa, no Presidente, o qual é eleito pelo povo, e exerce ao mesmo tempo três funções: Chefe de Estado, Chefe de Governo, e Chefe da Administração Pública. A função de Chefe de Estado diz respeito a todas as atribuições do Presidente nas relações externas do País. Como Chefe de Governo, o Presidente possui inúmeras atribuições internas, no que tange a governabilidade do país. Já como Chefe da Administração Pública o Presidente exercerá as funções relacionadas com a chefia da Administração Publica Federal. Democracia Este princípio revela o Regime de Governo adotado no Brasil. Caracteriza-se pela existência do Estado Democrático de Direito e pela preservação da dignidade da pessoa humana. A democracia significa o governo do povo, pelo povo e para o povo. É a chamada soberania popular. Sua fundamentação constitucional encontra-se no artigo 1º da CF: Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Este princípio também é conhecido como princípio sensível e, no Brasil, caracterizase por seu exercício se dar de forma direta e indireta. Por este motivo, a democracia brasileira é conhecida como semidireta ou participativa. Esse tema, porém, será abordado na seção sobre Direitos Políticos. Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 4 (CUNHA, 2011, p. 872). Estado Federal é espécie de Estado Composto, portanto, não se confunde com Estado Unitário.

11 Fundamentos da República Federativa do Brasil Dentre os Princípios Constitucionais mais importantes destacam-se os Fundamentos da República Federativa do Brasil, os quais estão elencados no artigo 1º da Constituição Federal. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I. A soberania; II. A cidadania III. A dignidade da pessoa humana; IV. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V. O pluralismo político. Façamos uma análise de cada um destes fundamentos para sua melhor compreensão. A soberania é um fundamento que possui estreita relação com o Poder do Estado. É a capacidade que o Estado tem de impor sua vontade. Este princípio possui uma dupla acepção: soberania interna e externa. A soberania interna é a capacidade de impor o poder estatal no âmbito interno, perante os administrados sem se sujeitar a qualquer outro poder. A soberania externa é percebida pelo reconhecimento dos outros Estados soberanos de que o Estado Brasileiro possui sua própria autonomia no âmbito internacional. A cidadania como princípio revela a condição jurídica de quem é titular de Direitos Políticos. Ela permite ao indivíduo que possui vínculo jurídico com o estado participar de suas decisões e escolher seus representantes. O exercício da cidadania guarda estreita relação com a Democracia, pois esta autoriza a participação popular na formação da vontade estatal. A dignidade da pessoa humana é considerada o princípio com maior hierarquia axiológica da Constituição. Sua importância se traduz na medida em que deve ser assegurada, primordialmente pelo Estado, mas também deve ser observada nas relações particulares. Como fundamento, embasa toda a gama de direitos fundamentais os quais estão ligados em sua origem a este princípio. A dignidade da pessoa humana representa o núcleo mínimo de direitos e garantias os quais devem ser assegurados aos seres humanos. O valor social do trabalho e da livre iniciativa revela a adoção de uma economia capitalista ao mesmo tempo em que elege o trabalho como elemento responsável pela valorização social. Ao mesmo tempo em que a Constituição garante uma liberdade econômica, protege o trabalho como elemento relacionado à dignidade do indivíduo como membro da sociedade. O Pluralismo Político, ao contrário do que parece, não está relacionado apenas com a pluralidade de partidos políticos, devendo ser entendido sob um sentido mais amplo, pois, revela uma sociedade em que pluralidade de ideias se torna um ideal a ser preservado. Liberdades como de expressão, religiosa ou política estão entre as formas de manifestação deste principio. Geralmente, quando este tema é cobrado em prova, costuma ser questionado apenas o texto constitucional. Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil Outro grupo de Princípios Constitucionais que costuma ser cobrado em prova é o dos Objetivos da República Federativa do Brasil, o qual está previsto no artigo 3º da Constituição Federal: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I. Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II. Garantir o desenvolvimento nacional; III. Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV. Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação Direito Atualidades Constitucional

12 1212 Direito Atualidades Constitucional Os objetivos são verdadeiras metas a serem perseguidas pelo Estado com o fim de garantir os ditames constitucionais. Muito cuidado com estes dispositivos, pois eles costumam ser cobrados em prova fazendo-se alterações dos termos constitucionais. Outra característica que distingue os fundamentos dos objetivos é o fato de os fundamentos serem nominados com substantivos enquanto que os objetivos se iniciam com verbos. Esta diferença pode ajudar a perceber qual a resposta correta na prova. Promover o bem de todos sem dis nção de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação Garan r o desenvolvimento nacional OBJETIVO Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais Construir uma sociedade livre, justa e solidária Princípios que regem as relações internacionais do Brasil E por fim, temos os Princípios que regem as relações internacionais os quais estão previstos no artigo 4º da CF: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I.Independência nacional; II.Prevalência dos direitos humanos; III. Autodeterminação dos povos; IV. Não-intervenção; V. Igualdade entre os Estados; VI. Defesa da paz; VII. Solução pacífica dos conflitos; VIII. Repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX. Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X. Concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Estes princípios revelam características muito interessantes do Brasil, ressaltando sua soberania e independência em relação aos outros Estados do mundo. A independência nacional destaca, no âmbito da soberania externa, a relação do país com os demais estados, uma relação de igualdade, sem estar subjugado a outro Estado. A prevalência dos direitos humanos vai ao encontro do fundamento da dignidade da pessoa humana, característica muito importante que se revela por meio do grande rol de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. O Brasil defende a autodeterminação dos povos. Por este princípio, respeitam-se as decisões e escolhas de cada povo. Entendese que cada povo é capaz de escolher o seu próprio caminho político e de resolver suas crises internas sem necessidade de intervenção externa de outros países. Este princípio se completa ao da não-intervenção no mesmo sentido de preservação e respeito à soberania dos demais Estados. Estes princípios se complementam juntamente com o da igualdade entre os estados onde cada país é reconhecido como titular de soberania na mesma proporção que os demais, sem hierarquia entre eles. Com uma ampla gama de garantias constitucionais, não poderia ficar de lado a defesa da paz como princípio fundamental ao mesmo tempo em que funciona como bandeira defendida pelo Brasil em suas relações internacionais. No mesmo sentido, a solução pacífica dos conflitos revela o lado conciliador do governo brasileiro que por vezes intermedia relações conturbadas entre outros chefes de estado. O repúdio ao terrorismo e ao racismo são princípios decorrentes da dignidade da pessoa humana os quais são inaceitáveis em sociedades modernas e repudiadas pelo Brasil.

13 O Estado Brasileiro tem se destacado na cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, envolvendo-se em pesquisas científicas para cura de doenças bem como na defesa e preservação do meio-ambiente dentre outros. A concessão de asilo político como princípio constitucional fundamenta a decisão brasileira de amparar estrangeiros que estejam sendo perseguidos em seus países por questões políticas ou de opinião. Como último destaque dos princípios que regem as relações internacionais, um mandamento para que a República Federativa do Brasil busque a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Veja que o texto constitucional mencionou América Latina, não América do Sul. Parece não haver muita diferença, mas este tema já foi cobrado em prova e a troca dos termos considerada errada. 01. (FCC) Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada : a) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos. b) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais. c) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. d) pela integração econômica, política e social de todos os Estados. e) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. 02. (FCC) A Constituição Federal, no capítulo reservado aos princípios fundamentais, estabelece que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outras hipóteses, pelo princípio da: a) não intervenção. b) dependência nacional condicionada. c) determinação dos povos quanto à dignidade da pessoa humana. d) solução bélica e não arbitral dos conflitos. e) vedação de asilo e de exílio políticopartidário. 03. (FCC) No que concerne aos Princípios Fundamentais, considere: I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. II. Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvimento nacional. III. A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, além de outros, pelo princípio da concessão de asilo político. IV. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Está correto o que consta apenas em: a) I, II e IV. b) II, III e IV. c) I, II e III. d) II e III. e) I e III. 04. (FCC) Não é considerada exceção ao princípio da separação de poderes no Estado brasileiro, entre outras, a: a) fiscalização contábil, financeira e orçamentária consistente no controle externo de natureza técnica ou numérico-legal exercido pelos Tribunais de Contas. b) permissão para que Deputados Federais e Senadores exerçam funções de Ministros de Estado. c) convocação de Ministros de Estado, perante o plenário das Casas do Congresso Nacional e de suas comissões. d) adoção pelo Presidente da República de medidas provisórias, com força de lei, em casos de relevância e urgência. e) autorização, na forma de resolução, de delegação de atribuições legislativas ao Presidente da República. 05. (OAB-PR) Assinale a alternativa incorreta: a) por se apresentar como fundamento da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana possui valor apenas simbólico, não podendo ser considerada princípio constitucional Direito Atualidades Constitucional

14 1414 Direito Atualidades Constitucional b) nos termos da Constituição da República, todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. c) embora haja menção a Deus no preâmbulo da Constituição da República, o Brasil é um Estado laico. d) a autodeterminação dos povos e a não intervenção são princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil. 06. (CESPE) O Brasil caracteriza-se por ser um Estado unitário, o qual possui governo único, conduzido por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o poder político. 07. (CESPE) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente. 08. (CESPE) A livre iniciativa está entre os fundamentos da República Federativa do Brasil inseridos na CF, o que denota a opção do constituinte originário por uma economia de mercado capitalista. 09. (CESPE) A separação dos Poderes no Brasil adota o sistema norte americano checks and balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida, não se admitindo interferências ou controles recíprocos. 10. (CESPE) A Constituição Federal de 1988 apresenta os chamados princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, que incluem referências a sua forma de Estado, forma de governo e regime político. Deduz-se do texto constitucional que a República Federativa do Brasil é um Estado de Direito, o que limita o próprio poder do Estado e garante os direitos fundamentais dos particulares. 11. (CESPE) A dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, apresenta-se como direito de proteção individual em relação ao Estado e aos demais indivíduos e como dever fundamental de tratamento igualitário dos próprios semelhantes. 12. (FCC) Quanto aos Princípios Fundamentais, é correto afirmar que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outros, pelo princípio da: a) exclusiva proteção dos bens jurídicos. b) não cumulatividade. c) prevalência dos direitos humanos. d) uniformidade geográfica. e) reserva legal. 13. (FCC) Dentre as proposições abaixo, é INCORRETO afirmar que a República Federativa do Brasil, nas suas relações internacionais, regese pelo princípio da: a) independência nacional. b) vedação ao asilo político. c) não intervenção. d) prevalência dos direitos humanos. e) autodeterminação dos povos. 14. (FCC) Dentre as proposições abaixo, é INCORRETO afirmar que a República Federativa do Brasil tem como fundamentos, dentre outros: a) a cidadania e o pluralismo político. b) a soberania e a dignidade da pessoa humana. c) o pluralismo político e a valorização social do trabalho. d) a dignidade da pessoa humana e o valor da livre iniciativa. e) a autonomia e a dependência nacional. 15. (FCC) Soberania, cidadania e pluralismo político, de acordo com a Constituição Federal, constituem: a) objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. b) direitos políticos coletivos. c) garantias fundamentais. d) fundamentos da República Federativa do Brasil. e) princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. 16. (FCC) Em matéria de Princípios Constitucionais Fundamentais considere: I. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. II. O Brasil rege-se nas relações internacionais, dentre outros, pelos princípios da intervenção e negativa de asilo político. III. O Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino- americana de nações.

15 IV. Constitui, dentre outros, objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais. É correto apenas o que consta em: a) I e II. b) I, II e III. c) I, III e IV. d) II, III e IV. e) II e IV. 17. (FCC) Nos termos da Constituição Federal de 1988, constitui um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: a) construir uma sociedade igualitária. b) garantir o desenvolvimento econômico. c) reduzir as desigualdades sociais e regionais. d) promover a defesa da paz. e) garantir a dignidade da pessoa humana. 18. (FCC) Um dos princípios expressos na Constituição Federal de 1988 que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil é: a) Zelar pela soberania. b) Erradicação da pobreza. c) Garantir o desenvolvimento internacional. d) Prevalência dos direitos humanos. e) Pluralismo político. 19. (FCC) Quanto aos Princípios Fundamentais, considere: I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito. II. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. III. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil. IV. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo princípio da concessão de asilo político. Está incorreto o que consta apenas em: a) I e IV. b) I e II. c) III e IV. d) II e III. e) II e IV. 20. (FCC) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que: a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos. b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais. c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político. d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional. e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações E A B A A ERRADO ERRADO CERTO ERRADO CERTO CERTO C B E D C C D B B _ Direito Atualidades Constitucional

16 02 16 Direito Atualidades Constitucional Organização do Estado Para que possamos compreender a Organização Político-Administrativa do Estado Brasileiro, faz-se necessário, primeiramente, entendermos como se deu essa formação. Para isso vamos falar sobre o Princípio Federativo. Princípio Federativo A Forma de Estado adotada no Brasil é a Federativa. Quando afirmamos que o nosso Estado é uma Federação, queremos dizer como se dá o exercício do poder político em função do território. Em um Estado Federal existe pluralidade de poderes políticos internos, os quais se organizam de forma descentralizada. No Brasil, são quatro poderes políticos, também chamados de entes federativos: 01. União 02. Estados 03. Distrito Federal 04. Municípios Esta organização é baseada na autonomia política de cada ente federativo. Cuidado com este tema em prova, pois, as bancas gostam de trocar autonomia por soberania. Cada ente possui sua própria autonomia enquanto que o Estado Federal possui a soberania. A autonomia de cada ente federativo se dá no âmbito político, financeiro, orçamentário, administrativo e em qualquer outra área permitida pela Constituição Federal: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. Deve-se destacar, inclusive, que o pacto federativo sobrevive em torno da Constituição Federal que impede sua dissolução sob pena de se decretar Intervenção Federal: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I. manter a integridade nacional; A proibição de secessão, que impede a separação de um ente federativo, também é conhecida como Princípio da Indissolubilidade. Outro ponto muito cobrado em prova, diz respeito à inexistência de hierarquia entre os entes federativos. O que distingue um ente federativo do outro não é a superioridade, mas a distribuição de competências feita pela própria Constituição Federal. Não se deve esquecer também que as Unidades da Federação possuem representação junto ao Poder Legislativo da União, mais precisamente, no Senado Federal. Em razão desta organização completamente diferenciada, a doutrina classifica a federação brasileira de várias formas: 01. Tricotômica Federação constituída em três níveis: federal, estadual e municipal. O Distrito Federal não é considerado nesta classificação, haja vista possuir competência híbrida, agindo tanto como um Estado quanto como Município; 02. Centrífuga Característica que reflete a formação da federação brasileira. É a formação de dentro para fora. O movimento é de centrifugadora. A força de criação do estado federal brasileiro surgiu a partir de um Estado Unitário para a criação de um estado federado, ou seja, o poder centralizado que se torna descentralizado. O poder político era concentrado nas mãos de um só ente e depois passa a fazer parte de vários entes federativos; 03. Por desagregação Ocorre quando um Estado Unitário resolve se descentralizar politicamente desagregando o poder central em favor de vários entes titulares de poder político. Mais uma característica que não pode ser ignorada em prova: a Forma Federativa de Estado é uma cláusula pétrea conforme dispõe o artigo 60, 4º, I: Art. 60, 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I. a forma federativa de Estado; Cumpre-nos lembrá-los de que a Capital do Brasil é Brasília. Cuidado: já vi questão de prova que dizia que a Capital era o

17 Distrito Federal. O Distrito Federal é um ente federativo enquanto que Brasília é uma Região Administrativa dentro do Distrito Federal: Art. 18, 1º - Brasília é a Capital Federal. Outra coisa que você tem que ter cuidado é em relação aos Territórios Federais: 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Esses não são entes federativos, pois não possuem autonomia política. São pessoas jurídicas de direito público que possuem apenas capacidade administrativa. Sua natureza jurídica é de autarquia federal e só podem ser criados por lei federal. Para sua criação, se faz necessária a aprovação das populações diretamente envolvidas por meio de plebiscito, parecer da Assembleia Legislativa e lei complementar federal. Os territórios são administrados por governadores escolhidos pelo Presidente da República e podem ser divididos em municípios. Cada território elegerá quatro deputados federais mas não poderá eleger Senador da República. Seguem abaixo vários dispositivos constitucionais que regulamentam os Territórios: Art. 18, 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Art. 45, 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: VI. Incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: dos Territórios em Municípios. Os Territórios com mais de habitantes, possuirão Poder Judiciário próprio bem como membros do Ministério Público e Defensores Públicos Federais. Poderão ainda eleger membros para Câmara Territorial: Art. 33, 1º - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. 3º - Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. Os entes federativos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Territórios não são entes federativos. Vedações Constitucionais A Constituição Federal fez questão de estabelecer algumas vedações expressas aos entes federativos, as quais estão previstas no artigo 19: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I. Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II. Recusar fé aos documentos públicos; III. Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. A primeira vedação decorre da laicidade do Estado brasileiro, ou seja, não possuímos religião oficial no Brasil em razão da situação de separação entre Estado e Igreja. A segunda vedação decorre da presunção de veracidade dos documentos públicos. E por último, contemplando o Principio da Isonomia, o qual será tratado em momento oportuno, fica vedado estabelecer distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Olhe que questão curiosa: Direito Atualidades Constitucional XIV. Nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; A Constituição Federal autoriza a divisão 01. (FMP) A subvenção estatal de igrejas, em quaisquer dos níveis da Federação, somente será constitucionalmente válida se previamente autorizada por lei específica e desde que a subvenção seja estendível a todas as igrejas reconhecidas pelo ordenamento jurídico nacional.

18 1818 Direito Atualidades Constitucional ERRADO. O artigo 19 da Constituição veda a subvenção estatal de igrejas haja vista ser o Estado Brasileiro um estado laico, cuja relação da igreja com o estado político é de separação. A única exceção vislumbrada pela Constituição Federal para a subvenção é no caso colaboração de interesse público. Características dos Entes Federativos União Muitos sentem dificuldade em visualizar a União, tendo em vista ser um ente meio abstrato. O que você precisa saber é que a União é uma pessoa jurídica de direito público interno ao mesmo tempo em que é pessoa jurídica de direito público externo. É o Poder Central responsável por assuntos de interesse geral do Estado e que representa os demais entes federativos. Apesar de não possuir o atributo Soberania, a União exerce esta soberania em nome do Estado Federal. É só você pensar na representação internacional do Estado. Quem celebra tratados internacionais? É o Chefe do Executivo da União, o Presidente da República. Um dos temas mais cobrados em prova são os Bens da União. Os Bens da União estão previstos no artigo 20 da Constituição Federal: Art. 20. São bens da União: I. Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II. As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III. Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV. As ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V. Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI. O mar territorial; VII. Os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII. os potenciais de energia hidráulica; IX. Os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X. As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 2º - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Esse artigo quando cobrado em prova costuma ser trabalhado apenas com o texto literal da Constituição. A dica de estudo é a memorização dos bens que são considerados da União. Contudo, alguns bens necessitam de uma explicação maior para que sejam compreendidos. Terras Devolutas O inciso II fala das chamadas terras devolutas, mas o que significa terras devolutas? São terras que estão sob o domínio da União sem qualquer destinação, nem pública nem privada. Serão da União apenas as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, conforme definição em lei. As demais terras devolutas serão de propriedade dos Estados Membros nos termos do artigo 26, IV: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: IV. As terras devolutas não compreendidas entre as da União. Mar Territorial, Plataforma Continental e Zona Econômica Exclusiva Os incisos IV e V apresentam três bens que são muito interessantes e que se confundem nas cabeças dos alunos: mar territorial, plataforma continental e Zona Econômica Exclusiva. A lei 8.617/93 esclarece as diferenças entre estes institutos. O mar territorial é formado por uma faixa de água marítima ao longo da costa brasileira, com uma dimensão de 12 milhas marítimas contadas a partir da linha base. A plataforma continental é o prolongamento natural do território terrestre, compreendidos o leito e o subsolo do mar até a distância de 200 milhas marítimas ou até o bordo exterior da margem continental.

19 A zona econômica exclusiva é a extensão situada além do mar territorial até o limite das 200 milhas marítimas. Acerca deste tema sempre há confusão. O mar territorial é extensão do território nacional sobre qual o Estado exerce sua soberania. Já a plataforma continental e a zona econômica exclusiva, são águas internacionais onde o direito a soberania do Estado se limita à exploração e ao aproveitamento, à conservação e a gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona para fins econômicos. Estados Os Estados são pessoas jurídicas de direito público interno, entes federativos detentores de autonomia própria. Esta autonomia se percebe pela sua capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração. Destaca-se ainda, o seu poder de criação da própria Constituição Estadual, bem como das demais normas de sua competência: Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. Percebe-se ainda o seu Auto-Governo à medida que cada Estado organiza seus próprios Poderes: Poder Legislativo (Assembleia Legislativa), Poder Executivo (Governador) e Poder Judiciário (Tribunal de Justiça). Destacam-se também suas autonomias administrativa, tributária e financeira. Um tema que não cai muito em prova, é a possibilidade de criação de novos Estados. Segundo o artigo 18, 3º: Art. 18, 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. O que você precisa lembrar para a prova é que para se criar outro Estado faz-se necessária a aprovação da população diretamente interessada por meio de plebiscito e que esta criação depende de lei complementar federal. A Constituição prevê ainda a oitiva das Assembleias Legislativas envolvidas na modificação: Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: VI. Incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; A criação de novos estados ou territórios depende de: aprovação da população por meio de plebiscito, oitiva das assembleias legislativas e lei complementar federal. Em razão de sua autonomia, a Constituição apresentou um rol de bens que pertencem aos Estados: Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I. As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II. As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III. As ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV. As terras devolutas não compreendidas entre as da União. Algumas regras em relação à Organização dos Poderes Legislativo e Executivo no âmbito dos Estados também aparecem na Constituição Federal. Quando cobradas em prova, a leitura e memorização dos artigos abaixo se tornam essenciais: Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, 4º, 57, 7º, 150, II, 153, III, e 153, 2º, I. 3º - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 4º - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual Direito Atualidades Constitucional

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